Unidade 1 - Direito das Obrigações

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Aula 1 - Introdução ao direito das obrigações I
1. Assinale a alternativa correta acerca do conceito de obrigações.
Resposta incorreta.
A. 
Tanto no conceito clássico quanto no dinâmico, a obrigação foca no devedor, caracterizando-se como um processo.
Resposta incorreta.
B. 
No conceito clássico, analisa-se de uma perspectiva dúplice, na qual credor e devedor têm funções na realização jurídica, abrangendo, inclusive, os deveres secundários.
Resposta incorreta.
C. 
No conceito dinâmico, a obrigação foca no devedor, ou seja, o credor teria direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação.
Você acertou!
D. 
No conceito clássico, a obrigação foca no devedor, ou seja, o credor teria direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação.
No conceito clássico, a obrigação tem seu foco no devedor, ou seja, o credor teria direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação. Já no conceito dinâmico, analisa-se de uma perspectiva dúplice, na qual credor e devedor têm funções na realização jurídica, abrangendo, inclusive, os deveres secundários.
Resposta incorreta.
E. 
No conceito clássico, a obrigação foca no credor, ou seja, o devedor tem a obrigação de pagá-lo.
2. Há divergência entre os autores quanto aos elementos constitutivos das obrigações. Levando isso em consideração analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I - A garantia é elemento constitutivo essencial das obrigações.
II - Há certa uniformidade entre os autores em aceitar os elementos subjetivo (sujeitos) e o objetivo (objeto) como fundamentais para constituir uma obrigação.
III - De acordo com o Código Civil, o objeto da obrigação deve ser lícito, possível e determinável.​​​​​​​
Resposta incorreta.
A. 
Apenas a afirmativa I está correta.
Resposta incorreta.
B. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Resposta correta.
C. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Orlando Gomes afirma que os elementos podem permear: a) sujeitos (credor e devedor); b) objeto (ação ou omissão do sujeito passivo); c) conteúdo (relação crédito-débito); d) fato jurídico (fato que lhe deu origem); e) garantia (obtenção coativa do crédito). Contudo, os elementos principais são apenas dois: sujeitos e objeto. Já Fernando Noronha aponta que são quatro os elementos principais: sujeitos; objeto; fato jurídico e garantia; mas concorda com Orlando ao afirmar que a caracterização se dá pelos sujeitos e pelo objeto. Ainda, para Caio Mário, existem três elementos principais constitutivos das obrigações: a) elemento subjetivo (sujeitos); b) elemento objetivo (objeto) e c) elemento abstrato (vínculo jurídico). Conforme o artigo 104, II, do Código Civil, esse objeto deve cumprir com requisitos específicos, sendo lícito, possível e determinável.
Resposta incorreta.
D. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
Você não acertou!
E. 	
Todas as afirmativas estão corretas.
3. Existem dois componentes principais quanto ao elemento abstrato (vínculo jurídico): o __________, responsabilidade do devedor em prestar sua obrigação, cumpindo-a espontaneamente, e a __________, possibilidade do credor de exigir a obrigação com intervenção do Poder Judiciário.
As palavras que completam as lacunas corretamente são:
Resposta incorreta.
A. 
crédito e responsabilidade.
Resposta incorreta.
B. 
crédito e dívida.
Você acertou!
C. 
débito e responsabilidade.
Existem dois componentes principais quanto ao elemento abstrato: o débito, responsabilidade do devedor em prestar sua obrigação, cumprindo-a espontaneamente, e a responsabilidade, possibilidade do credor de exigir a obrigação com intervenção do Poder Judiciário.
Resposta incorreta.
D. 
débito e obrigação.
Resposta incorreta.
E. 
crédito e dívida.
4. Assinale a alternativa correta acerca das relações reais e obrigacionais.
Resposta incorreta.
A. 
As relações obrigacionais se dão entre pessoa e coisa.
Resposta incorreta.
B. 
O direito real trata-se de verdadeira relação entre pessoas, sendo indiferente em relação à coisa.
Resposta incorreta.
C. 
O direito de sequela e prevalência é característico do direito obrigacional.
Resposta incorreta.
D. 
Tanto os direitos reais quanto os obrigacionais têm as características do direito de sequela e prevalência.
Você acertou!
E. 
O direito de sequela e prevalência é característico do direito real.
As relações obrigacionais se dão entre pessoas, ou seja, é de natureza pessoal. No entanto, os direitos reais se dão entre pessoa e coisa. Tanto o direito de sequela quanto o direito de prevalência são característicos dos direitos reais.
5.  O elemento abstrato, ou seja, o vínculo jurídico do Código Civil brasileiro, adota a Teoria:
Resposta incorreta.
A. 
Monista
Você acertou!
B. Dualista.
O elemento abstrato do Código Civil brasileiro adota a Teoria Dualista. Nela, há o vínculo do dever jurídico, tal qual na Teoria Monista, e o vínculo da responsabilidade, que passa a integrar o conceito de obrigação, ou seja, esta é uma relação entre crédito e débito.
Resposta incorreta.
C. 
Trialista.
Resposta incorreta.
D. 
Polista
Resposta incorreta.
E. 
Pluralista
 Aula 2 - Introdução ao direito das obrigações II
1. No Direito Romano, as obrigações possuíam quatro fontes obrigacionais. Faça a ligação entre as fontes antigas e as obrigações trazidas pelo Código Civil.
Resposta incorreta.
A. Contratos = contratos.
Quase delito = contratos.
Delito = responsabilidade civil.
Quase contrato = ato unilateral
Resposta incorreta.
B. Contratos = título de crédito.
Quase delito = contrato.
Delito = responsabilidade civil.
​​​​​​​Quase contrato = ato unilateral.
Resposta incorreta.
C. Quase delito = contrato.
Delito = responsabilidade civil.
Quase contrato = ato unilateral.
​​​​​​​Contratos = responsabilidade civil.
Resposta incorreta.
D. Quase contrato = ato unilateral.
Contratos = responsabilidade civil.
Quase delito = contrato.
​​​​​​​Delito = responsabilidade civil.
Você acertou!
E. Quase delito = responsabilidade civil.
Contratos = contratos.
Quase contrato = atos unilaterais.
​​​​​​​Delito = responsabilidade civil.
Conforme o Professor Carlos Roberto Gonçalves, (Direito das obrigações, 2011, p. 16), o contrato é um regramento bilateral de condutas (contratos); o quase contrato a ele se assemelha, faltando-lhe, porém, o acordo de vontade (atos unilaterais); e o delito em ato doloso, bem como o quase delito de natureza culposa são responsabilidades civis.
2. Quanto à divergência doutrinária sobre as fontes das obrigações, assinale a alternativa correta.
Você acertou!
A. 
São duas correntes diferentes: a primeira entende que a vontade humana/fato jurídico e a lei são as fontes das obrigações, enquanto a segunda entende que são somente os fatos jurídicos.
São duas teorias que separam diversos doutrinadores em dois grupos, com diferentes conceitos quanto às fontes das obrigações. O primeiro afirma que a vontade humana/fato jurídico e a lei são as fontes das obrigações, já o segundo afirma que as fontes das obrigações são somente os fatos jurídicos, tendo a lei apenas como reguladora das obrigações previamente estabelecidas.
Resposta incorreta.
B. 
São três correntes diferentes: a primeira entende que a vontade humana e a lei são as fontes das obrigações; a segunda, que são os fatos jurídicos e a lei; e a terceira considera apenas os fatos jurídicos como fontes das obrigações.
Resposta incorreta.
C. 
São duas correntes diferentes: a primeira entende que a vontade humana e a lei são as fontes das obrigações, enquanto a segunda entende que os fatos jurídicos e a lei são as fontes das obrigações.
Resposta incorreta.
D. 
São três correntes diferentes: a primeira entende que somente os contratos são fontes das obrigações; a segunda, que somente as leis são fontes das obrigações; e a terceira, que são os contratos e as leis são fontes das obrigações.
Resposta incorreta.
E. 
São duas correntes diferentes: a primeira entende que somente os contratos são fontes das obrigações, enquanto a segunda entende que somente as leis sãofontes das obrigações
3. Alfredo ficou de entregar a Flávio uma bicicleta importada ou um computador. A bicicleta foi extraviada no transporte e se perdeu. Assim, avisou Flávio sobre a perda do objeto, dando por encerrada a obrigação. Flávio procura você como advogado que responde a afirmativa correta.
Resposta incorreta.
A. 
Alfredo está correto, pois havia se comprometido em entregar a bicicleta, que acabou se perdendo e, portanto, extinguiu a obrigação.
Você acertou!
B. 
A obrigação é alternativa, portanto, somente ocorre a sua extinção com a entrega de um dos objetos avençados ou com a perda de todos os objetos.
A obrigação de dar, descrita na questão, apresenta-se com dois objetos ligados pela partícula disjuntiva OU, portanto, é uma obrigação alternativa, podendo o devedor escolher um ou outro objeto para realizar a entrega. Do mesmo modo, somente com a perda de todos os bens a obrigação pode ser considerada extinta.
Resposta incorreta.
C. 
A obrigação é facultativa, portanto, somente ocorre a sua extinção com a entrega de um dos objetos avençados ou com a perda do primeiro objeto.
Resposta incorreta.
D. 
Por ser obrigação divisível, pode ser entregue parcialmente.
Resposta incorreta.
E. 
A obrigação é nula, pois o objeto deve ser sempre certo e nunca aberto para opções.
4. João conta a Rafael, que é advogado, que há 6 anos havia esquecido de pagar uma parcela de IPTU, mas que esta nunca foi cobrada. Passado o tempo, a prefeitura efetuou a cobrança e ele acabou pagando com multa, juros e correção monetária. Rafael, após escutar o caso, informa ao amigo que a conta que ele havia pagado já estava prescrita, não sendo mais necessário o pagamento. Diante dessa informação, João poderá reaver os valores relativos ao pagamento efetivado sem necessidade?
Resposta incorreta.
A. 
Por se tratar de obrigação civil, quando se paga errado, tem-se o direito de ingressar pedindo a restituição.
Você acertou!
B. 
Por se tratar de obrigação natural, mesmo que o pagamento tenha sido desnecessário, não há a possibilidade de reaver.
A origem da obrigação é civil, pois há toda uma regulamentação dos fatos jurídicos, fato gerador do IPTU. Entretanto, quando a dívida prescreveu, conforme informou o advogado, a obrigação perdeu a exigibilidade de cumprimento, transformando-se em obrigação natural, e, de acordo com o art. 882 do Código Civil, não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita.
Resposta incorreta.
C. 
Por se tratar de obrigação civil, quando se paga errado, não se tem o direito de ingressar pedindo a restituição.
Resposta incorreta.
D. 
Por se tratar de obrigação natural, sendo o pagamento desnecessário, há a possibilidade de reaver.
Resposta incorreta.
E. 
Por se tratar de obrigação mista – civil e natural – sendo desnecessário o pagamento, há a possibilidade de reaver.
5. Como são chamadas as obrigações que não possuem cláusulas contendo os elementos acidentais?
Resposta incorreta.
A. 
Obrigação com condição.
Resposta incorreta.
B. 
Obrigação com termo.
Resposta incorreta.
C. 
Obrigação com encargo.
Resposta incorreta.
D. 
Obrigação com modal.
Você acertou!
E. 
Obrigação simples e pura.
Cláusulas contendo os elementos acidentais são cláusulas acessórias que possibilitam mudanças nos seus efeitos naturais. Os elementos acidentais são a condição, o termo e o encargo ou modal. Portanto, quando a obrigação não possui as cláusulas supracitadas, denomina-se obrigação simples e pura.
 
Aula 3 - Das obrigações de dar
1. Assinale a alternativa correta quanto às distinções entre a obrigação de dar.
Resposta incorreta.
A. 
A obrigação de dar coisa certa refere-se à obrigação de entregar coisa individualizada, que seja expressa quantidade, qualidade e gênero, não podendo ser entregue coisa diversa daquela pactuada, exceto quando mais valiosa, tendo em vista que o credor não terá prejuízo.
Resposta incorreta.
B. 
A obrigação de dar coisa incerta é reconhecida pela indeterminabilidade definitiva, na qual se dispõe que a coisa poderá ser somente determinada pela quantidade e pelo gênero, podendo ser entregue, até a tradição, qualquer coisa que se encaixe nos padrões estabelecidos pelas partes.
Você acertou!
C. 
Há a possibilidade de modificação da obrigação de dar coisa certa por meio de ação em pagamento, contudo, só é possível através da anuência do credor, sendo, portanto, vontade das partes a substituição da obrigação inicialmente pactuada.
A obrigação de dar coisa certa refere-se à coisa individualizada pela quantidade, qualidade e gênero, entretanto, não pode ser entregue coisa diversa, ainda que mais valiosa, conforme artigo 313 do Código Civil. A coisa só será modificada com anuência de ambas as partes. A indeterminabilidade da coisa na obrigação de dar coisa incerta é provisória, desse modo, a coisa deve ser determinável em algum momento. O devedor realiza a escolha do que deve ser entregue – não podendo ser a melhor, nem a pior, devendo ser aquela na média – e, posteriormente à escolha, a obrigação se torna dar coisa certa. Assim, até a escolha, qualquer coisa pode ser entregue, e não até a tradição. O artigo 233 do Código de Processo Civil expõe que, estende-se, para a obrigação, os acessórios da coisa, salvo disposição em contrário.
Resposta incorreta.
D. 
A obrigação de dar coisa incerta é indeterminada e indeterminável e, portanto, obriga-se o devedor a entregar a melhor coisa dentre aquela espécie, considerando o princípio da boa fé objetiva, o qual expõe que as partes sempre agirão oferecendo suas melhores oportunidades no cumprimento do contrato.
Resposta incorreta.
E. 
Os acessórios da coisa, em regra, não seguem seu principal, devendo estar expressamente no contrato que acompanharão a coisa em sua entrega e que fazem parte do preço.
2. Assinale a alternativa correta quanto à perda e deterioração da coisa.
Resposta incorreta.
A. 
Na obrigação de dar coisa certa, se a coisa se perder antes da tradição, sem a culpa do devedor, a obrigação se resolverá para ambas as partes, contudo, responderá pelos prejuízos, perdas e danos causados ao credor.
Resposta incorreta.
B. 
Na obrigação de dar coisa certa, se houver deterioração da coisa, o credor não poderá aceita-la, tendo em vista que é vedado, nesse tipo de obrigação, entregar coisa diversa daquela inicialmente pactuada, ainda que mais valiosa, exceto no caso de anuência das partes. Contudo, nesse caso, a coisa é menos valiosa, sendo vedado, inclusive, com anuência das partes.
Resposta correta.
C. 
Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, o credor a receberá tal qual se ache, sem direito à indenização.
Em caso de perda total da coisa pactuada antes da tradição, sem culpa do devedor, a obrigação resta resolvida para ambas as partes, que simplesmente retornam ao status  quo. Se o vendedor, por ventura, já recebeu o preço da coisa, deve devolver os valores, não sendo obrigado a pagar valores por perdas e danos. No caso de deterioração, o credor de coisa certa não possui obrigação de receber a coisa deteriorada. Contudo, pode resolver a obrigação ou ainda recebê-la no estado em que se encontra, abatendo-se o preço proporcionalmente, em caso de não obter culpa –artigos 234, 235 e 240 do Código Civil. Se houver deterioração da coisa sem culpa do devedor, na obrigação de restituir, quem sofre a perda é o credor (artigo 238 do Código Civil). Na obrigação de dar coisa incerta, a Teoria do Risco é pouco presente, tendo em vista que a indeterminação é, de certa forma, incompatível com a deterioração ou perda (artigo 246 do Código Civil).
Você não acertou!
D. 
Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, o devedor sofrerá a perda.
Resposta incorreta.
E. 
Na obrigação de dar coisa incerta, a teoria mais relevante é a do risco, denominando-se a possibilidade de deterioração ou perda da coisa.
3. Assinale a alternativa correta quanto às obrigações de dar.
Resposta incorreta.
A. 
A indeterminação da obrigação de dar coisa incertacessa com a escolha, em regra, por parte do credor, considerando que este receberá a coisa pactuada entre as partes, denominando-se concentração o ato unilateral de escolha. Contudo, pode ser pactuado de forma diversa no contrato.
Resposta incorreta.
B. 
A transferência de domínio da coisa é realizada pela assinatura do contrato entre as partes, independentemente de ser bem móvel ou imóvel, vigorando a boa fé objetiva contratual. Desse modo, a coisa pertence ao credor desde o momento da assinatura.
Resposta incorreta.
C. 
Conforme o artigo 241 do Código Civil, se houver melhoramento ou acréscimo da coisa, mesmo que não tenha havido despesa ou trabalho do devedor, este faz jus à indenização ou aumento do preço inicialmente cobrado.
Você acertou!
D. 
Na obrigação de dar coisa incerta, posteriormente à escolha, se aplicarão as mesmas regras da obrigação de dar coisa certa, considerando que a coisa já foi determinada.
A indeterminação da obrigação de dar coisa incerta é provisória, caso contrário, falta objeto à obrigação, pois o devedor não pode cumprir prestação genérica. Assim, até o momento da execução, a obrigação do gênero converte-se em obrigação de coisa certa. Essa determinação da coisa ocorre pela escolha do devedor, se não for previsto o contrário no contrato firmado. O ato unilateral denomina-se concentração, mas este quem realiza, na regra, é o devedor. Posteriormente à escolha, o credor toma conhecimento, e a coisa se torna certa, passando a vigorar a legislação atinente à obrigação de dar coisa certa. A obrigação de dar coisa certa é cumprida somente com a entrega ou restituição da coisa, a qual denomina-se tradição. O contrato, por si só, não transfere o domínio da coisa, porém, gera a obrigação de entrega ou restituição. Entretanto, a coisa só deixa de pertencer ao devedor no momento da tradição – artigo 237 do Código Civil. Conforme o artigo 241, se, no caso do artigo 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Conforme o artigo 246, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Resposta incorreta.
E. 
O devedor, até mesmo antes da escolha, na obrigação de dar coisa incerta, poderá alegar perda e deterioração da coisa, baseando-se na Teoria do Risco.
4. Um indivíduo é obrigado a entregar 90.000 mil litros de gasolina. Procede a escolha dos litros que serão entregues e cientifica o credor de que serão enviados no dia 24 de maio pelo caminhão X. No entanto, o caminhão é afetado pela greve, sendo perdida a gasolina em sua totalidade, considerando o boicote dos grevistas. Sendo assim, assinale a alternativa correta quanto às obrigações do devedor.
Você acertou!
A. 
A obrigação restará resolvida para ambas as partes, considerando que o devedor não teve culpa na perda.
Posteriormente à escolha da coisa na obrigação de dar coisa incerta, sendo este o caso, tendo em vista que o devedor já teria selecionado os litros de gasolina e cientificado o credor, as regras aplicáveis à coisa são aquelas previstas no capítulo de obrigação de dar coisa certa. Desse modo, tendo se perdido a coisa sem culpa do devedor, conforme artigo 234 do Código Civil, a obrigação será resolvida entre as partes, sem direito à indenização por perdas e danos. Sendo assim, nesse caso, o devedor não é mais obrigado a entregar na totalidade, pois já se trata de obrigação de dar coisa certa. A previsibilidade não é fator relevante para determinar se o devedor terá obrigação ou não de entregar a coisa ou, ainda, restituir perdas e danos, havendo dispositivos próprios regulando o pacto entre as partes. No caso de perda da coisa, se o credor já tiver realizado o pagamento, tem direito a ser restituído pelos valores já pagos, tendo em vista a resolução da obrigação.
Resposta incorreta.
B. 
Ainda ficará obrigado a entregar na totalidade, embora possa realizar com atraso, pois, na obrigação de dar coisa incerta, não é possível alegar caso fortuito ou força maior.
Resposta incorreta.
C. 
A obrigação restará resolvida para ambas as partes, entretanto, o devedor deverá arcar com os prejuízos do credor por perdas e danos.
Resposta incorreta.
D. 
Na obrigação de dar coisa incerta, é possível a alegação de caso fortuito ou força maior até mesmo anteriormente à escolha da coisa. Contudo, nesse caso, era previsível que isso poderia acontecer, sendo o devedor obrigado a indenizar o credor na sua totalidade.
Resposta incorreta.
E. 
A obrigação restará resolvida entre as partes, e, mesmo que o credor já tenha realizado o pagamento do preço, não necessitará realizar a devolução dos valores.
5. Sabe-se que a prescrição, como regra geral, é de 10 anos. Entretanto, a lei poderá alterar o prazo prescricional. Assinale a alternativa correta quanto ao prazo prescricional das obrigações de dar.
Resposta incorreta.
A. 
Prazo de 2 anos.
Você acertou!
B. 
Prazo de 5 anos.
O prazo prescricional para as obrigações é de 5 anos, conforme o artigo 206, § 5.º, inciso I, do Código Civil. Do mesmo modo, esse é o entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme ACO 758, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 19/12/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-168 DIVULG 31-07-2017 PUBLIC 01-08-2017.
Resposta incorreta.
C. 
Prazo de 3 anos.
Resposta incorreta.
D. 
Prazo de 10 anos.
Resposta incorreta.
E. 
Prazo de 4 anos.
Aula 4 - Das obrigações de fazer e não fazer
1. Pedro, proprietário de uma editora de livros jurídicos, concilia com Caio, que é doutrinador na matéria de Direito Civil, a produção de um livro de sua autoria. O dono da editora estabelece o assunto, o título e a base do conteúdo. Identifique o(s) tipo(s) de obrigação(ões) concernentes nesse negócio jurídico.
Resposta incorreta.
A. 
Trata-se de obrigação de fazer pura..
Você não acertou!
B. 
Tratam-se de obrigações conjugadas de fazer e de dar.
Resposta incorreta.
C. 
Trata-se de obrigação de entregar coisa certa.
Resposta correta.
D. 
Trata-se de obrigação de fazer, de dar e de não fazer.
Na obrigação, ficam estabelecidas as obrigações conjugadas, pois Caio é devedor de obrigação de fazer, já que deverá desenvolver, de forma intelectual, a obra literária encomendada. Entretanto, há, ainda, a obrigação de dar ao entregar o livro original para a editora e, por fim, também é uma obrigação de não fazer, pois de nada adiantaria a encomenda do livro se este fosse publicado por várias editoras concorrentes, ou seja, não a obra não poderá ser vendida a mais ninguém.
Resposta incorreta.
E. 
Trata-se de obrigação de resultado, sendo, portanto, uma obrigação de fazer.
2. Em certo condomínio, após reunião com os moradores, ficou decidida a troca do piso da calçada, pois, diante de suas irregularidades, uma pessoa havia se ferido. O síndico, com urgência, contratou Alfredo, empreiteiro da região, para realizar o serviço. Passado o prazo determinado para a obra, sem que Alfredo tivesse feito o trabalho combinado, o síndico, na posição de advogado, o procura e questiona o que pode ser feito. Diante disso, aponte a melhor alternativa para o síndico.
Resposta incorreta.
A. 
O síndico deverá ingressar, na justiça, com ação de obrigação de fazer, para que seu direito seja satisfeito.
Você acertou!
B. 
O síndico poderá fazer a empreitada com outro profissional às custas de Alfredo, sem autorização judicial.
Nas prestações de fazer fungíveis, como é o caso do enunciado, o artigo 249 do Código Civil prevê que: 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Assim, por se tratar de urgência, já que uma pessoa havia se ferido por conta dos problemas do piso da calçada, deverá o síndico fazer a empreitada com terceiro e cobraros valores de Alfredo, sem necessitar, para tanto, de autorização judicial.
Resposta incorreta.
C. 
O síndico deverá cancelar o serviço e pedir o ressarcimento dos valores anteriormente pagos.
Resposta incorreta.
D. 
O síndico deverá ingressar com ação de cobrança por perdas e danos contra Alfredo.
Resposta incorreta.
E. 
Por conta do contrato assinado, o síndico deverá aplicar multa por atraso a Alfredo.
3. Carlos, um apaixonado por arte contemporânea, é apresentado à Vanessa por Felipe. Durante a apresentação, Felipe diz a Carlos que Vanessa é uma pintora maravilhosa e tem quadros expostos em diversos museus de arte no Brasil. Empolgado, Carlos encomenda um quadro da artista. Dois meses depois, e antes da entrega do quadro, Vanessa adoece e fica impossibilitada de pintar. Ciente de que ela possui outros quadros de sua autoria, assinale a alternativa correta.
Você acertou!
A. 
A obrigação será extinguida sem responsabilidade do devedor.
A obrigação de fazer contratada entre Carlos e Vanessa tornou-se impossível de ser cumprida, sem culpa da devedora, pois esta foi acamada por doença. Em caso de impossibilidade sem culpa do devedor, a obrigação é extinguida, sem nenhum tipo de responsabilização. Nesse sentido, afirma o Código Civil: Art. 248, CC. Se a prestação do fato tornar-se impossível, sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Resposta incorreta.
B. 
Vanessa responderá por perdas e danos, pois deixou de cumprir com a obrigação.
Resposta incorreta.
C. 
Vanessa deverá substituir a encomenda por outro quadro se sua autoria.
Resposta incorreta.
D. 
Carlos poderá fazer o quadro com outro pintor às custas de Vanessa.
Resposta incorreta.
E. 
Carlos poderá ingressar na justiça pedindo dano moral pela expectativa frustrada.
4. Lívia, que sempre teve receio de fazer cirurgia plástica de prótese de silicone nos seios, recebeu a indicação de uma amiga sobre um ótimo médico cirurgião, que possui uma técnica inovadora para este tipo de procedimento. Após diversas consultas e exames, Lívia estava pronta para a cirurgia e, assim, foi marcada para 20 dias após a última consulta realizada. Faltando 10 dias para a cirurgia, o médico, por conta da crise econômica no País, se resolveu mudar para os Estados Unidos, cancelando todos os atendimentos no Brasil. Diante disso, assinale a alternativa correta quanto à responsabilidade do médico.
Resposta incorreta.
A. 
A obrigação será extinta, e o médico não será responsabilizado.
Resposta incorreta.
B. 
Lívia poderá realizar a cirurgia com outro médico e requerer ressarcimento dos valores.
Você acertou!
C. 
A obrigação deverá ser convertida em perdas e danos.
Trata-se de obrigação de fazer infungível por dois motivos: a) Lívia recebeu indicação do médico através de uma amiga de confiança; e b) o médico possui técnica inovadora para este tipo de cirurgia. Desse modo, não havendo a possibilidade de realização da obrigação por culpa do devedor, pois este foi morar nos Estados Unidos por vontade própria, o impasse deverá ser resolvido através de indenização por perdas e danos, de acordo com o artigo 247 do Código Civil.
Art. 247, CC. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta ou só por ele exequível.
Resposta incorreta.
D. 
Lívia poderá ingressar na justiça, obrigando o médico a realizar a cirurgia.
Resposta incorreta.
E. 
Lívia deverá arcar com os custos e viajar até os Estados Unidos para realizar o procedimento.
5. João alugou sua casa para Pedro, pois a localização era ideal. No contrato de aluguel, João estipulou a obrigação de não fazer, que consiste em não modificar a estrutura da casa. Entretanto, no decorrer do contrato, a residência foi furtada duas vezes, dando enormes prejuízos a Pedro. Assim, ela resolveu colocar grades nas janelas praticando, assim, ato de modificar o imóvel, que causou a inadimplência da obrigação. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.
Resposta incorreta.
A. 
Pedro será obrigado a retirar as grades.
Resposta incorreta.
B. 
Pedro deverá ser responsabilizado por perdas e danos pelo não cumprimento da obrigação.
Resposta incorreta.
C. 
Pedro deverá pagar multas até o desfazimento do ato que gerou a inadimplência da obrigação.
Resposta incorreta.
D. 
Pedro será obrigado a indenizar João por danos morais pela modificação de seu imóvel.
Você acertou!
E. 
Pedro não será responsabilizado, pois a obrigação estava gerando onerosidade excessiva para sua pessoa.
Nas obrigações de não fazer, o devedor fica isento de responsabilidade se o cumprimento desta lhe causar onerosidade excessiva. Assim, determina o artigo 250 do Código Civil, in verbis:
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato que se obrigou a não praticar.