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Aula 08 - Direito Administrativo - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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AULA 08 – 
Direito ADMINISTRATIVO
	
	CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
2
Considerações iniciais
Vamos iniciar a nossa aula dessa matéria maravilhosa que é o Direito Administrativo falando sobre a parte II dos atos administrativos. Portanto, é de extrema necessidade saber na ponta da língua quais são os atos administrativos, pois é muito frequente nos depararmos com eles em questões e na vida pratica, pois é através deles que a administração se comunica. Depois dessa breve apresentação, vamos começar a colocar a mão na massa. 
Agentes públicos i
Noções Gerais
Conceito
O dispositivo legal que melhor expressa o conceito de agente público é o art. 2º da lei 8.429/92 (lei de improbidade administrativa): 
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Verifica-se que a qualificação de uma pessoa como agente público independe do pagamento de remuneração e pode ocorrer ainda que o vínculo com a Administração seja transitório.
Classificação:
Em primeiro lugar, há a classificação dos agentes públicos em: 
· Agentes de fato: são os particulares que não foram investidos em cargo, emprego ou função pública ou cuja investidura se deu de forma irregular, que exercem função pública de boa-fé. O vínculo jurídico com o Estado é nulo ou inexistente. 
· Agentes de direito: são os agentes que possuem vínculo jurídico formal e legítimo com a Administração Pública, tendo sido regularmente investidos em cargo, emprego ou função pública. 
· agentes políticos; 
· servidores públicos; e
· particulares em colaboração com o Estado.
Cargo público, emprego público e função pública 
· Cargo público: a lei 8112/90, em seu art. 3º, conceitua cargo público como: 
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Trata-se de uma unidade situada na organização interna da Administração Pública que contém um conjunto de atribuições definidas por lei e ocupado por um agente púbico com vínculo estatutário e permanente.
· Quanto à estabilidade:
· Cargo público em comissão: unidade indivisível de atribuições relacionadas à direção, chefia e assessoramento, ocupado por agente nomeado de forma livre pela autoridade competente e passível de livre exoneração a qualquer tempo, sem necessidade de motivação ou processo administrativo; 
· Cargo público efetivo: preenchidos por agentes públicos aprovados em concurso público de provas ou de provas e títulos, que possuirão estabilidade após cumpridos os requisitos do art. 41 da CF, o que lhes garante uma maior segurança no exercício de suas atividades; 
· Cargo público vitalício: também exige aprovação em concurso público, porém, os agentes públicos possuem maior segurança ainda em seus cargos, cuja perda somente poderá ocorrer por meio de sentença judicial transitada em julgado.
· Emprego público: é a unidade da estrutura de um ente público, dotada de um conjunto de atribuições, ocupada por agente público aprovado em concurso público, que forma um vínculo contratual com a Administração (e não estatutário), regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); 
· Função pública: é um conjunto de atividades atribuídas a um cargo ou emprego público.
Regimes Jurídicos Funcionais
O regime jurídico funcional, neste sentido, é o conjunto de normas que regem a relação jurídica entre a Administração Pública e o agente público.
Regime jurídico estatutário 
O regime jurídico estatutário é o conjunto de normas que disciplinam os servidores públicos estatutários ocupantes de cargo público. É o regime utilizado pelas pessoas jurídicas de direito público e seus respectivos órgãos com relação aos seus servidores.
Regime jurídico trabalhista ou celetista 
O regime jurídico trabalhista é o regime aplicável aos agentes públicos que ocupam emprego público, normalmente, nas entidades administrativas de Direito Privado da Administração indireta. Neste caso, aplica-se o conjunto de normas aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada, isto é, a CLT, sofrendo algumas derrogações constitucionais decorrente dos dispositivos relativos aos agentes públicos.
Regime originário da Constituição Federal de 1988 
O art. 39 da Constituição Federal, na sua redação original, previa o estabelecimento de um regime jurídico único, a ser adotado por cada Ente da Federação, relativamente aos servidores da Administração Pública Direta, das autarquias e das fundações públicas: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas 
Assim, cada Ente Federado deveria adotar o regime jurídico estatutário ou o celetista e o regulamentar, aplicando-se tal regime a todos os servidores da Administração Direta, autarquias e fundações. Ficaram de fora as empresas públicas e sociedades de economia mista, cujos servidores públicos se sujeitam ao regime celetista.
Espécies de Agentes Públicos
Agentes políticos 
São os agentes que exercem função política de Estado. Possuem cargos estruturais e inerentes à organização política do país, exercendo função diretiva e manifestando a vontade superior do Estado.
Servidores Públicos
· Servidores públicos estatutários efetivos: Os servidores estatutários possuem vínculo jurídico decorrente diretamente da lei, tal como o regime jurídico a que estão sujeitos. Não há contrato de trabalho, apenas termo de posse. Podem ser servidores públicos estatutários efetivos ou comissionados. Os efetivos possuem vínculo permanente com a Administração, de natureza profissional e prazo indeterminado, tendo em vista que executam atividades permanentes de interesse público.
· Servidor público estatutário em comissão (comissionado): São servidores estatutários que ocupam cargo de forma transitória, nomeados e exonerados livremente pela autoridade competente (exoneração ad nutum). Trata-se, portanto, de mais uma exceção à regra do concurso público, tendo em vista que os cargos são de livre nomeação e exoneração.
· Servidores públicos celetistas (empregado público): São agentes públicos com vínculo jurídico permanente e de prazo indeterminado com a Administração, formado mediante contrato de trabalho (relação de emprego), após aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos. 
· Regime jurídico: Esses agentes públicos são regidos pela CLT.
· Servidores públicos temporários: os servidores temporários estão sujeitos a um regime jurídico especial, estabelecido em lei de cada Ente Federado. Não estão sujeitos à CLT nem ao regime dos estatutários, bem como não celebram contrato de trabalho. Esses servidores celebram contrato de direito público, regido pela lei, para exercício de uma função pública, remunerada e de caráter temporário. A contratação temporária é uma exceção à regra do concurso público.
· Agentes comunitários de saúde e combate às endemias A contratação de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias é mais uma hipótese de exceção à regra do concurso público, tendo em vista que serão admitidos por meio de processo seletivo público, conforme previsto no art. 198, §4º, CF: 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
Particulares em colaboração com o Poder Público 
São os agentes públicos que atuam em situações excepcionais, em nome do Estado, mesmo sem perderem a condição de particulares e ainda que em caráter temporário ou ocasional e sem remuneração (embora possam serremunerados). A condição de particular em colaboração independe do vínculo jurídico estabelecido. Esses particulares exercem função pública e podem ser divididos em quatro espécies: 
· Designados (ou honoríficos): atuam em virtude de convocação do Poder Público e possuem a obrigação de participação quando requisitados, sob pena de sanção. Ex.: mesários das eleições, jurados do júri popular e os agentes militares constritos (convocados para o serviço militar obrigatório); 
· Voluntários: atuam de forma voluntária nas repartições públicas, tais como as escolas, hospitais ou em situações de calamidade. O Poder Público pode realizar programa de voluntariado, em que os particulares atuarão como agentes públicos voluntários; 
· Delegados: são os particulares que atuam na prestação de serviços públicos mediante delegação do Estado, como, por exemplo, os titulares de serviços de notas e registros (serventias extrajudiciais – cartórios) e nas concessões e permissões de serviços públicos previstas na lei 8.987/95; 
· Credenciados: são os particulares que atuam em nome do Estado em virtude de convênios celebrados com o Poder Públicos. Ex.: médicos privados que atuam em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Acessibilidade aos Cargos e Empregos Públicos 
Requisitos de acesso aos cargos e empregos públicos
· Princípio do amplo acesso aos cargos públicos: O art. 37, I, da CF estabelece o princípio da ampla acessibilidade aos cargos públicos: 
· I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
Neste sentido, o ingresso nos cargos públicos não pode sofrer restrições sem razoabilidade pela Administração Pública. Os requisitos necessários para se tornar servidor público devem ser apenas aqueles previstos na constituição e outros instituídos por lei, desde que guarde pertinência com a natureza e complexidade do cargo ou emprego público e seja razoável, com a finalidade de atender aos princípios da Administração Pública.
Concurso público é o processo administrativo por meio do qual a Administração seleciona os melhores candidatos para ocuparem os cargos ou empregos públicos, por meio da realização de provas ou de provas e títulos.
· REQUISITOS:
· Nacionalidade brasileira; 
· Por outro lado, previu que o acesso aos cargos e empregos públicos pelos estrangeiros deve ocorrer na forma da lei. O acesso pelos brasileiros é norma de eficácia contida, enquanto, em relação aos estrangeiros, é norma de eficácia limitada à edição de lei.
· Gozo dos direitos políticos; 
· Quitação com as obrigações militares;
· Nível de escolaridade exigida pelo cargo ou emprego público; 
· Aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos:

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