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Definição • Doença crônica não transmissível • Elevação persistente da PA 140/90mmHg • Impacto da HAS nas doenças cardiovasculares: • Frequentemente a HAS é assintomática • Costuma evoluir com alterações estruturais ou funcionais em órgãos alvo • Principal fator de risco modificável para DCV, DRC e morte prematura • Associa-se a fatores de risco metabólico (dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância a glicose e DM • Impacto nos custos médicos e socioeconômicos decorrente das complicações (fatais e não fatais) Fatores de risco: • Genética: influência até 50% dos casos • Idade: envelhecimento – vasos mais rígidos, perda da complacência das grandes artérias • Sexo: maioria homens mais jovens e mulheres >60 anos • Etnia: condições socioeconômicas e hábitos • Sobrepeso/obesidade: relação direta, excesso de peso • Ingestão de sódio • Sedentarismo • Drogas e medicamentos • Apneia obstrutiva do sono Prevalência da HAS no brasil: • Pesquisa nacional de saúde: 2013 - 21,4% dos adultos brasileiros autorrelataram hipertensão, 32,3% relataram PA maior ou igual a 140/90mmHg e uso de medicação • 2017 - 1.312.663 óbitos; 27,3% foram causados por DCV • DCV correspondem a 22,6% das mortes prematuras (entre 30-69 anos) • Tendência de estabilidade nas internações nos últimos 10 anos Prevenção primaria: • Controle de peso • Dieta saudável • Atividade física – 150 min por semanas de atividade moderada ou 75 minutos por semana de atividade rigorosa • Diminuir cessar consumo de álcool e tabaco • Controle do estresse emocional (pode contribuir mas ainda de estudos mais robustos) • Espiritualidade DIETA DASH: rica em frutas, vegetais, grãos e baixo teor de gordura, redução de gordura saturada e trans Diagnóstico e classificação: • Medidas de PA >140/90 mmHg • Não confirmar diagnostico com apenas 1 aferição (exceto em caso de dano a órgão alvo, DCV ou HÁ estágio 3) • História médica familiar e pessoal • Exame físico • Investigação clínica e laboratorial Importante: • Paciente estar em repouso pelo menos 5 minutos • Não ter bebido ou fumado 30 min antes • Não deve estar de bexiga cheia • Não deve ter feito atividade física • Não pode estar de pernas cruzadas • Braço sempre na altura do coração Medidas de PA: Aula 11 - IESC Hipertensão Arterial na Atenção Primária Avaliação clínica e complementar: Anamnese: • Avaliar história clínica da doença • Tempo de diagnostico (há quantos anos a pessoa sabe que ela tem HAS) • Uso de medicamentos (anti-hipertensivos ou outros) • Avaliar sintomas de possíveis lesões de órgão-alvo • História familiar • Uso de drogas ilícitas, tabaco e álcool Exame físico: • Peso, altura, IMC e circunferência abdominal • Palpação e ausculta cardíaca de carótida • Verificação de pulso Exames Laboratoriais: • Detectar situações clínicas ou subclínicas • Estratificar risco cardiovascular • Colesterol total, glicemia em jejum, potássio, creatinina, ácido úrico, urina, proteinúria/microalbuminúria • ECG Lesões em órgãos-alvo: Estratificação de Risco Cardiovascular (RCV): • Depende dos níveis de PA • Fatores de risco associados • Presença de LOA • Utilização de ferramentas Tratamento não farmacológico: • Atividade física • Alimentação adequada • Evitar álcool e tabaco • Diminuir ingesta de sódio • Controlar diabetes • Evitar alimentos gordurosos Tratamento farmacológico: Objetivo: reduzir PA Diuréticos, BCC, BRA, Betabloqueadores, IECA Inicialmente o tratamento pode ser por monoterapia Deve ser individualizado, de acordo com cada situação e paciente Observar as características dos pacientes – pensar no que pode facilitar a adesão Associações preferenciais nas medicações: Referências: • Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., 116(3), 516-658. • Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. 2 v. Capítulo 161
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