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Módulo 1: estratégias de leitura, referência pronominal e conectores discursivos 1. Estratégias de leitura Ao realizar um exame de proficiência em língua inglesa, você geralmente tem pouco tempo para ler o longo texto da prova e responder às atividades propostas. Além disso, sua falta de vocabulário no idioma adicional e seu possível nervosismo podem tornar ainda mais limitado o seu tempo. Nessa perspectiva, conhecer estratégias de leitura otimiza seu entendimento do texto ao passo que você consegue lidar com ele de uma maneira rápida e eficiente. Veja, então, como aplicar Skimming e Scanning: Skimming - é uma leitura rápida e superficial com o objetivo de identificar a ideia central do texto. Como fazer skimming: 1. Identifique o gênero do texto: é um artigo científico? É um abstract? É um projeto de pesquisa? É uma notícia de popularização da ciência? Reconhecer o gênero é o primeiro passo para entender o texto; 2. Passe os olhos pelo texto e busque por imagens, gráficos, tabelas, palavras-chave e informações em negrito ou itálico. Lembre-se: toda informação que está em destaque, está em destaque por algum motivo; 3. Não menospreze a importância de nenhuma parte do texto: autoria, data de publicação e fonte, por exemplo, são sim informações relevantes. Scanning - é uma leitura rápida com o objetivo de buscar informações específicas do texto. Como fazer scanning na sua prova: 1. Identifique a informação que você precisa encontrar no texto (o referente de um pronome, por exemplo); 2. Volte ao texto e procure a informação desejada. Ao encontrá-la, sublinhe-a; 3. Leia com calma o parágrafo inteiro onde a informação está inserida, circulando as palavras que você conhece; 4. Use todo seu conhecimento de inglês para resolver a questão. 2. Referência pronominal Pronomes são elementos coesivos amplamente usados em textos para conectar termos e evitar repetição. Eles podem se referir a um termo que já foi citado (referência anafórica) ou que vai ser citado (referência catafórica). Em provas de proficiência em inglês, é muito comum que haja perguntas em que é necessário encontrar o referente de um pronome. Para isso, você precisa conhecer as principais classes de pronomes e saber como resolver esse tipo de questão. Confira abaixo: Tabela 1: Pronomes Pronomes demonstrativos: this, that, these, those Pronomes relativos: that, which, who, whom, whose Pronomes indefinidos: any, no, some, every, both, all, few… Assista ao vídeo “Pronomes em inglês” (disponível no Moodle) para você compreender melhor o uso dos pronomes. Feito isso, vamos agora entender como encontrar o referente deles em um texto. Confira os exemplos abaixo: Exemplo 1: “New Pfizer results show its COVID-19 vaccine is nearly 95% effective” (Fonte: https://www.sciencenews.org/article/coronavirus-covid19-vaccine-pfizer-biontech-final-results, grifo meu) (Novos resultados da Pfizer mostram que sua vacina da COVID-19 é aproximadamente 95% eficaz.) Pronomes sujeitos Pronomes objetos Adjetivos possessivos Pronomes possessivos Pronomes reflexivos I me my mine myself you you your yours yourself he him his his himself she her her hers herself it it its its itself we us our ours ourselves you you your yours yourselves they them their theirs themselves https://www.sciencenews.org/article/coronavirus-covid19-vaccine-pfizer-biontech-final-results Nesse caso, o pronome “its” refere-se a “Pfizer”, a empresa responsável pela fabricação da vacina mencionada. Veja que o referente está antes do pronome (referência anafórica) e esse é o tipo de referência mais comum em textos. Lembre-se: usa-se “its” para se referir a tudo aquilo que não tem sexo, pois esse é o pronome neutro da língua inglesa. Exemplo 2: “The study was conducted at the Yale Stress Center and the Connecticut Mental Health Center's Clinical Neuroscience Research Unit. It was supported by the National Institute of Alcoholism and Alcohol Abuse at the National Institutes of Health and the Connecticut State Department of Mental Health and Addiction Services.” (Fonte: https://www.sciencedaily.com/releases/2020/11/201119124716.htm, grifo meu) (O estudo foi conduzido no Centro de Estresse de Yale e na Unidade de Pesquisa em Neurociência Clínica do Centro de Saúde Mental de Connecticut. (Ele) foi apoiado pelo Instituto Nacional de Alcoolismo e Abuso de Álcool dos Institutos Nacionais de Saúde e do Departamento de Saúde Mental e Serviços de Dependência do Estado de Connecticut.) Nesse exemplo, o pronome “it” refere-se a “the study”. É muito importante que você considere o contexto para encontrar o referente correto. Em uma questão de múltipla escolha, por exemplo, poderia constar nas alternativas “Yale Stress Center” ou “Connecticut Mental Health Center's Clinical Neuroscience Research Unit” só para confundir o aluno. Então, tenha em mente: use seu conhecimento gramatical, mas não esqueça de levar em conta o contexto. Exemplo 3: “Born in 1934 in Klushino, near Moscow, Gagarin was the son of a carpenter and a milkmaid. When he was still a child, Nazi forces invaded the U.S.S.R. and occupied the town. Everyone suffered – two of his siblings wound up in labor camps but survived the war.” (Fonte: https://science.howstuffworks.com/yuri-gagarin.htm?utm_medium=recirc&utm_source=taboola&utm_campaign=feed, grifo meu) (Nascido em 1934 em Klushino, perto de Moscou, Gagarin era filho de um carpinteiro e uma leiteira. Quando ele ainda era criança, as forças nazistas invadiram a URSS e ocuparam a cidade. Todos sofreram - dois de seus irmãos acabaram em campos de trabalhos forçados, mas sobreviveram à guerra.) No exemplo acima, o referente de “his” é “Gagarin”, um termo que não está tão próximo do pronome. Por isso, é importante que você leia com atenção o parágrafo inteiro e use uma caneta ou um marca-texto para destacar o pronome e conseguir visualizá-lo melhor. https://www.sciencedaily.com/releases/2020/11/201119124716.htm https://science.howstuffworks.com/yuri-gagarin.htm?utm_medium=recirc&utm_source=taboola&utm_campaign=feed 3. Conectores discursivos Um texto bem escrito apresenta frases e parágrafos conectados entre si, promovendo o encadeamento de ideias e, consequentemente, o entendimento de seu conteúdo. Conjunções, locuções conjuntivas, advérbios e conjunções adverbiais são exemplos de conectores que contribuem para a articulação lógica dos elementos do texto. Confira na tabela abaixo alguns importantes conectores discursivos da língua inglesa: Tabela 2: Conectores discursivos São muitas as relações existentes entre elementos do discurso, portanto muitas palavras e expressões podem funcionar como conectores. O mais importante é que você memorize alguns deles e entenda que só a análise e interpretação do texto vai deixar clara a relação estabelecida pelo conector. Veja abaixo dois exemplos autênticos contendo conectores discursivos. Exemplo 1: “Additionally, we recognize that differences that were seen between courses may not be due to the differences in student backgrounds, because of the confounding presented by having different instructors in each course.” (Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/test.12214,grifo meu) Relação Conectores discursivos Adição and, furthermore, moreover, besides, in addition, as well as, also Contraste/Oposição but, however, on the other hand, nevertheless, nonetheless, although, even though, despite Causa because, because of, due to, since, as, owing to Resultado so, therefore, as a result, consequently Exemplificação for example, for instance, such as Sequência firstly, secondly, then, later Condição if, unless, as long as https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/test.12214 (Além disso, reconhecemos que as diferenças que foram observadas entre os cursos podem não ser devido às diferenças do background dos alunos, por causa da confusão apresentada por ter diferentes instrutores em cada curso.) Nesse exemplo, o conector “additionally” estabelece uma relação de adição com a ideia apresentada anteriormente no texto. Já os conectores “due to” e “because of” expressam ideia de causa. Perceba que o uso desses marcadores discursivos contribui enormemente para o encadeamento de ideias. Exemplo 2: “Even when positioned as ‘foreigners’ by locals, participants may view this as an opportunity and exploit it to develop local contacts (Du, 2015). Others, however, cannot adapt to local practices, for example, in gender relations, or in foreigner positioning (Iino, 2006), and may retreat into an enhanced national identity [...]” (Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/modl.12636,grifo meu) (Mesmo quando posicionados como "estrangeiros" pelos locais, os participantes podem ver isso como uma oportunidade e explorá-la para desenvolver contatos locais (Du, 2015). Outros, no entanto, não podem se adaptar às práticas locais, por exemplo, nas relações de gênero, ou no posicionamento estrangeiro (Iino, 2006), e podem recuar para uma identidade nacional reforçada [...]” No trecho acima, o conector “however” marca o contraste entre duas situações. Já o conector “for example”, inicia uma exemplificação. Tenha em mente: o contexto sempre deve ser considerado na hora de entender qual relação lógica o conector estabelece. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/modl.12636
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