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Lívia França FISIOLOGIA (OMF III) placa motora · Pode ser chamada de junção neuromuscular/junção mioneural. Conceito · Sinapse específica entre o moto neurônio alfa e a célula muscular estriada esquelética. OBS: Não existe uma interação específica entre o neurônio e as células cardíacas e lisas. características · Infalível = NUNCA FALHA. · Um neurônio só estimulando outro = tem potencial de ação suficiente. · Moto neurônio alfa é amplamente distribuído ao longo do SN. · Recebe ordem de várias partes do sistema nervoso, por isso apresenta muitos dendritos. · Axônio longo e altamente mielinizado para que, quando o potencial de ação surja no cone de implantação, ele chegue rapidamente até a placa motora. · Moto neurônio alfa é o único que faz contato com as células estriadas esqueléticas. · Dificilmente esse neurônio faz contato somente com uma células, faz com mais de 2 células. · Somação temporal: quando se é lançado outro estímulo antes de um anterior ter terminado. · Neurônio pré-sináptico libera o neurotransmissor pós, o qual vai fazer o potencial local. No entanto, antes que ele termine é gerado outro potencial de ação e ocorre uma nova despolarização que vai ser somada com a anterior que não foi concluída. · Soma dos potenciais = limiar maior atingido. Unidade motora = moto neurônio alfa + células musculares esqueléticas. Quanto menos fibras = mais fino é controle Quanto menos fibras inervam = menor força de contração = menor limiar de disparo P.A. mecanismos/particularidades que a deixam infalível mecanismo relacionado aos neurônios · Geram a somação espacial. · Um único neurônio motor faz vários botões sinápticos. · Cada botão libera neurotransmissores · Cada botão sináptico vai provocar uma pequena despolarização na célula muscular que, quando somados, formam uma grande despolarização e a membrana da célula muscular despolarize até chegar ao limiar. mecanismo relacionado a célula muscular · Invaginações na membrana pós-sináptica: maior a área da membrana ---- mais receptores --- canais iônicos --- mais Na+ --- maior despolarização (estimulação maior). neurotransmissor usado na placa motora ACETILCOLINA · Único neurotransmissor da placa motora · Acetil-Coa: tem em grande quantidade · Colina: não tem em abundância, mas não precisamos nos preocupar com a falta dela, pois ela pode ser reaproveitada (reciclada). · Se no botão sináptico tiver os dois substratos, a acetilcolina vai ser sintetizada. OBS: Neurotransmissor acetilcolina sempre sintetizado no botão sináptico (citoplasma) = depois incorporado a vesícula para ser utilizada na transmissão sináptica. · A enzima (acetiltransferase) é produzida no corpo do neurônio e vai até o botão sináptico que chegando lá encontra os substratos os quais formarão a acetilcolina e então a enzima promove a reação. · A acetilcolinesterase (destrói a acetilcolina alguns milissegundos depois que ela foi liberada das vesículas sinápticas) fica em grandes quantidades no espaço sináptico. ETAPAS de síntese 1. Potencial de ação é conduzido pela membrana do moto neurônio alfa = passa pela membrana pré-sináptica. 2. Abre os canais de cálcio = ativa sinapsina 3. Sinapsina = vesículas descem 4. Vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica e essa fusão permite a formação de um orifício. 5. Neurotransmissor despejados na fenda sináptica. 6. Neurotransmissor se liga aos receptores da membrana pós-sináptica 7. Despolarização. OBS: é impossível que um neurônio pré-sináptico sozinho gere potencial de ação em outra célula. receptores da placa motora Receptores nicotínicos · Receptor ionotrópico = canal iônico dependente de ligante (substância específica), ele se abre toda vez que se liga a acetilcolina ou nicotina. · Só tem ele no músculo estriado esquelético. · Resposta rápida CURARE (ação antagonista): bloqueador neuromuscular = se encaixa no local da acetilcolina, mesmo que tenha muita acetilcolina ela não vai atuar = PARALISIA MUSCULAR. · Receptor nicotínico formado pela junção de α, β, γ e δ. · Uma droga agonista pode agir em um local e não agir em outro = efeitos colaterais são evitados. Receptores muscarínicos · Metabotrópico (relacionado ao metabolismo). · No músculo estriado esquelético não tem esse esquelético = tem no S.N. · Quando a acetilcolina se liga a esse receptor, uma série de reações químicas será desencadeada e só depois de várias reações, canal se abre. · Resposta mais lenta. · Muscarina = encontrada em uma célula muscular lisa, célula muscular cardíaca ou em glândulas. ATROPINA: se liga no receptor muscarínico e impede que a acetilcolina se ligue = Aumenta FC por causa do bloqueio da acetilcolina, já que a acetilcolina diminui a FC. OBS: Bloqueador neuromuscular - Usado na intubação: paralisa os músculos da respiração e abdominais fazendo o controle por aparelhos. CLASSIFICAÇÃO 1.Competitivo: impede que a acetilcolina se ligue ao receptor. Ex: curare, d-tubocurarina. 2. Despolarizante: Abertura dos canais de Na+ - entra Na+ - fica Na+ entrando – despolarização permanece. Enquanto a membrana estiver despolarizada o canal vai ficar fechado e inativado impedindo que haja potencial de ação no músculo. Provoca paralisia após alguns segundos de contração por não gerar potencial de ação. EX: Succinilcolina = efeito contínuo, se prende no receptor. finalização da ação neuromuscular Inibição enzimática · Acetilcolinesterase (presa na membrana pós-sináptica) quebra Ach = ácido acético + colina. · Se a acetilcolina ficar o tempo todo na fenda vai causar fibrilação e, em seguida, paralisia. · Aumentou a quantidade de acetilcolina na fenda sináptica = paralisia no lugar de contração. Recaptação · Não existe proteína receptadora da acetilcolina. · Nunca é recaptada, somente quando quebrada pela ACETILCOLINESTERASE e a colina é formada sendo recaptada (sofre reutilização no botão sináptico). Dispersão · Acetilcolina foge da fenda, entra na circulação e vai ser eliminada. OBS: Organofosforado – bloqueia acetilcolinesterase. doenças da placa BOTULISMO · Bactéria clostridium botulinum. · Encontrada em alimentos enlatados e vegetais. · Pacientes ficam com dificuldade de falar, fraqueza facial, dificuldade para engolir. · Toxina botulínica se liga a proteína da vesícula e impede que a vesícula se ligue a proteína pré-sináptica e não tem fusão = impede que o neurotransmissor seja liberado na fenda sináptica. · Bloqueio sura dias · Intubação. doença de lambert-eaton · Autoimune · Paraneoplásica: ocorre simultaneamente a doença maligna · Entrou em contato com uma proteína parecida com as do canal de Ca+2 voltagem dependente da membrana pré-sináptica. · Anticorpos produzidos para essa proteína combinam-se com ela e impede que ela se abra. · Cálcio não entra = não há liberação da sinapsina. miastenia gravis · Autoimune. · Não é paraneoplásica. · Infecção viral (parecida com a diabetes tipo I): proteínas que parecem com o receptor nicotínico tem no vírus e os anticorpos produzidos após o desaparecimento do vírus começam a atacar e destruir os receptores nicotínicos devido a semelhança das proteínas. · Fraqueza muscular. · Paralisia intermitente. · Destruição dos receptores nicotínicos.
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