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Direito Ambiental
Princípios gerais do Direito Ambiental
Nesta webaula, conheceremos princípios  norteadores do direito ambiental. Entre eles,
podemos destacar:  princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; da
sustentabilidade; da prevenção; da precaução; do poluidor pagador; da informação,
participação e educação; e o princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público.
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O direito ambiental é ramo autônomo do direito, possuindo regras e princípios próprios,
essenciais ao alcance de seu objeto: a tutela do meio ambiente.
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Princípios específicos do direito ambiental
Os princípios específicos do direito ambiental decorrem direta ou indiretamente da
Constituição da República de 1988, que, no âmbito do direito ambiental, sofreu forte influência
de discussões internacionais ocorridas em defesa do meio ambiente a partir da segunda
metade do século XX.
Explore a galeria e conheça os princípios específicos do direito ambiental.
Princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;
Princípio do direito à sadia qualidade de vida;
Princípio da sustentabilidade;
Princípio da função social da propriedade;
Princípio da reparação/Princípio da responsabilidade;

Os princípios específicos são norteadores no desenvolvimento de políticas ambientais e
aplicação do direito positivado (THOMÉ, 2014). Segundo Paulo Affonso Leme Machado, os
princípios são “alicerce ou fundamento do Direito” (MACHADO, 2016, p. 55).
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Este princípio está disposto na Constituição da
República de 1988, e estabelece que “todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações” (BRASIL, 1988, art. 225).
O Princípio do direito ao
meio ambiente
ecologicamente
equilibrado
Traduz a ideia de existência de um direito
à não ocorrência de desequilíbrio do
ecossistema, com manutenção de suas
características naturais, de forma a
permitir o desenvolvimento dos seres
vivos (MACHADO, 2016).
Princípio do direito à sadia qualidade de vida e da
sustentabilidade
O Princípio do direito à sadia qualidade de
vida informa que ao homem é deferido o
direito não só de viver, mas de ter uma vida de
qualidade, o que implica a excelência do meio
ambiente. Este princípio também encontra
respaldo na Conferência de Estocolmo
(MACHADO, 2016).
O Princípio da sustentabilidade  estabelece o
dever de preservar o meio ambiente para a
presente e as futuras gerações (THOMÉ, 2014;
MACHADO, 2016). Ele informa e norteia o uso
dos recursos naturais para o desenvolvimento
econômico e social.
O Princípio da
prevenção
É invocado para impedir ou minimizar
dano ambiental que, fatalmente, será
consequência de determinada ação ou
omissão, não havendo dúvida quanto a
esse nexo causal.
Este princípio será aplicado em situações em
que há “certeza científica do impacto
ambiental”, conforme explicado por Romeu
Thomé (THOMÉ, 2014, p. 66). No mesmo
entendimento, Édis Milaré afirma que a
aplicação deste princípio se dará “quando o
perigo é certo e quando se tem elementos
seguros para afirmar que uma determinada
atividade é efetivamente perigosa” (MILARÉ,
2009, p. 823).
O Princípio da precaução
Aplica-se em situações em que não há certeza científica do impacto que certa ação possa
provocar ao meio ambiente. Assim, diante da incerteza, torna-se imperativo determinar a não
realização de possíveis ações danosas. “Vale dizer, a incerteza científica milita em favor do
ambiente [...]” (THOMÉ, 2014, p. 67).
Romeu Thomé pondera, entretanto, que o princípio da precaução, sob pena de inviabilizar o
desenvolvimento econômico, deve se ater a riscos de ocorrência de danos graves e
irreversíveis (THOMÉ, 2014).
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Princípio do usuário pagador
De acordo com Paulo Affonso Leme Machado, ele abrange o
princípio do poluidor pagador.
Para o autor, esses princípios não são punição, pois podem ser
aplicados mesmo diante de uma ação lícita, de uso ou
poluição do meio ambiente. Alerta, ainda, que o pagamento
não gera o direito a poluir, uma vez que o usuário/poluidor
permanece com o dever de realizar todas as condutas para
mitigar os danos causados por sua intervenção (MACHADO,
2016).
Princípio da informação, da participação e da
educação
É de suma importância para a tutela de bem
que é de todos, pois a “informação serve para
o processo de educação de cada pessoa e da
comunidade [...] visa, também, a dar chance à
pessoa informada de tomar posições ou
pronunciar-se sobre a matéria informada”
(MACHADO, 2016, p. 125). O princípio da
informação é pressuposto para o princípio da
participação.
E para que a intervenção da sociedade seja
eficaz na proteção ao meio ambiente, torna-
se forçosa a aplicação do princípio da
educação, “relevante instrumento para
esclarecer e envolver a comunidade no
processo de responsabilidade com o meio
ambiente” (THOMÉ,  2014, p. 81).
Princípio da obrigatoriedade da intervenção do
Poder Público
Expressa a necessidade de tutela, pelo Estado, das questões ambientais, como preconiza a
Constituição de 1988 (art. 225).
Este princípio deve estar presente tanto na função legislativa quanto nas medidas de
controle, na gestão do meio ambiente como bem da humanidade (MACHADO, 2016).
Em outras palavras, o Poder Público deve se preocupar com o meio ambiente no momento da
elaboração das políticas públicas e das leis, bem como quando exercer a fiscalização, o
efetivo controle.
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A partir do momento em que se tem um cidadão informado, envolvido e consciente da sua
responsabilidade, fica mais fácil aplicar a legislação ambiental e, por conseguinte, assegurar a
tutela do meio ambiente.
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Bons estudos!

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