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iStock 2017 Direito Ambiental Princípios gerais do Direito Ambiental Nesta webaula, conheceremos princípios norteadores do direito ambiental. Entre eles, podemos destacar: princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; da sustentabilidade; da prevenção; da precaução; do poluidor pagador; da informação, participação e educação; e o princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público. iStock 2017 O direito ambiental é ramo autônomo do direito, possuindo regras e princípios próprios, essenciais ao alcance de seu objeto: a tutela do meio ambiente. iStock 2017 Princípios específicos do direito ambiental Os princípios específicos do direito ambiental decorrem direta ou indiretamente da Constituição da República de 1988, que, no âmbito do direito ambiental, sofreu forte influência de discussões internacionais ocorridas em defesa do meio ambiente a partir da segunda metade do século XX. Explore a galeria e conheça os princípios específicos do direito ambiental. Princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; Princípio do direito à sadia qualidade de vida; Princípio da sustentabilidade; Princípio da função social da propriedade; Princípio da reparação/Princípio da responsabilidade; Os princípios específicos são norteadores no desenvolvimento de políticas ambientais e aplicação do direito positivado (THOMÉ, 2014). Segundo Paulo Affonso Leme Machado, os princípios são “alicerce ou fundamento do Direito” (MACHADO, 2016, p. 55). iStock 2017 Este princípio está disposto na Constituição da República de 1988, e estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo- se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988, art. 225). O Princípio do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado Traduz a ideia de existência de um direito à não ocorrência de desequilíbrio do ecossistema, com manutenção de suas características naturais, de forma a permitir o desenvolvimento dos seres vivos (MACHADO, 2016). Princípio do direito à sadia qualidade de vida e da sustentabilidade O Princípio do direito à sadia qualidade de vida informa que ao homem é deferido o direito não só de viver, mas de ter uma vida de qualidade, o que implica a excelência do meio ambiente. Este princípio também encontra respaldo na Conferência de Estocolmo (MACHADO, 2016). O Princípio da sustentabilidade estabelece o dever de preservar o meio ambiente para a presente e as futuras gerações (THOMÉ, 2014; MACHADO, 2016). Ele informa e norteia o uso dos recursos naturais para o desenvolvimento econômico e social. O Princípio da prevenção É invocado para impedir ou minimizar dano ambiental que, fatalmente, será consequência de determinada ação ou omissão, não havendo dúvida quanto a esse nexo causal. Este princípio será aplicado em situações em que há “certeza científica do impacto ambiental”, conforme explicado por Romeu Thomé (THOMÉ, 2014, p. 66). No mesmo entendimento, Édis Milaré afirma que a aplicação deste princípio se dará “quando o perigo é certo e quando se tem elementos seguros para afirmar que uma determinada atividade é efetivamente perigosa” (MILARÉ, 2009, p. 823). O Princípio da precaução Aplica-se em situações em que não há certeza científica do impacto que certa ação possa provocar ao meio ambiente. Assim, diante da incerteza, torna-se imperativo determinar a não realização de possíveis ações danosas. “Vale dizer, a incerteza científica milita em favor do ambiente [...]” (THOMÉ, 2014, p. 67). Romeu Thomé pondera, entretanto, que o princípio da precaução, sob pena de inviabilizar o desenvolvimento econômico, deve se ater a riscos de ocorrência de danos graves e irreversíveis (THOMÉ, 2014). iStock 2017 Princípio do usuário pagador De acordo com Paulo Affonso Leme Machado, ele abrange o princípio do poluidor pagador. Para o autor, esses princípios não são punição, pois podem ser aplicados mesmo diante de uma ação lícita, de uso ou poluição do meio ambiente. Alerta, ainda, que o pagamento não gera o direito a poluir, uma vez que o usuário/poluidor permanece com o dever de realizar todas as condutas para mitigar os danos causados por sua intervenção (MACHADO, 2016). Princípio da informação, da participação e da educação É de suma importância para a tutela de bem que é de todos, pois a “informação serve para o processo de educação de cada pessoa e da comunidade [...] visa, também, a dar chance à pessoa informada de tomar posições ou pronunciar-se sobre a matéria informada” (MACHADO, 2016, p. 125). O princípio da informação é pressuposto para o princípio da participação. E para que a intervenção da sociedade seja eficaz na proteção ao meio ambiente, torna- se forçosa a aplicação do princípio da educação, “relevante instrumento para esclarecer e envolver a comunidade no processo de responsabilidade com o meio ambiente” (THOMÉ, 2014, p. 81). Princípio da obrigatoriedade da intervenção do Poder Público Expressa a necessidade de tutela, pelo Estado, das questões ambientais, como preconiza a Constituição de 1988 (art. 225). Este princípio deve estar presente tanto na função legislativa quanto nas medidas de controle, na gestão do meio ambiente como bem da humanidade (MACHADO, 2016). Em outras palavras, o Poder Público deve se preocupar com o meio ambiente no momento da elaboração das políticas públicas e das leis, bem como quando exercer a fiscalização, o efetivo controle. iStock 2017 A partir do momento em que se tem um cidadão informado, envolvido e consciente da sua responsabilidade, fica mais fácil aplicar a legislação ambiental e, por conseguinte, assegurar a tutela do meio ambiente. iStock 2017 Bons estudos!
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