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Ao levarmos um susto, o sistema límbico, região cerebral que regula as emoções e relaciona-se com a memória e aprendizado, responsabiliza-se pela reação. A reação gerada pelos reflexos após a surpresa serve como mecanismo de defesa, para enfrentarmos ou fugirmos da ameaça. O cérebro comanda as suprarrenais para que liberem adrenalina, hormônio que prepara o corpo contra o perigo, diretamente na corrente sanguínea. A descarga adrenérgica provoca alguns acontecimentos, sendo o primeiro a aceleração dos batimentos cardíacos, elevando a pressão arterial. Assim, aumenta-se o fluxo sanguíneo nos músculos de forma que fiquem aptos para enfrentar qualquer situação. A Reação de Alarme subdivide-se em dois tempos: choque e contrachoque. Parte dessa reação assemelha-se à Reação de Emergência de Cannon. Ele percebeu que quando um animal era submetido a estímulos agudos ameaçadores da homeostase, inclusive medo, raiva, fome e dor, o animal apresentava uma reação em que se preparava para a luta ou fuga. Esta reação caracteriza-se por: a) aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, para permitir que o sangue circule mais rapidamente e, portanto, para chegar aos músculos esqueléticos e cérebro mais oxigênio e nutrientes e facilite a mobilidade e o movimento; b) contração do baço, levando mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea, acarretando mais oxigênio para o organismo particularmente nas áreas estrategicamente favorecidas; c) o fígado libera glicose armazenado na corrente sanguínea para que seja utilizado como alimento e, consequentemente, mais energia para os músculos e cérebro; d) redistribuição sanguínea, diminuindo o fluxo para a pele e vísceras, aumentando para músculos e cérebro; e) aumento da frequência respiratória e dilatação dos brônquios, para que o organismo possa captar e receber mais oxigênio; f) dilatação pupilar e exoftalmia, isto é, a protuberância do olho para fora do globo ocular, para aumentar a eficiência visual; g) aumento do número de linfócitos na corrente sanguínea, para reparar possíveis danos aos tecidos por agentes externos agressores. O cérebro fica sensibilizado a esta experiência e qualquer coisa que lembre esse susto pode causar um ciclo vicioso. Quando levamos um susto, o sistema nervoso libera, de forma maciça, adrenalina. Depois que passa o acidente, a força da liberação do neurotransmissor e o impacto desta memória no cérebro pode gerar trauma mental, causando um ciclo vicioso. Qualquer coisa que possa fazer a pessoa lembrar daquele momento, pode acionar este estímulo traumatizante. A estudos que indicam que uma pessoa pode ainda morrer de susto, por causa da alta descarga de adrenalina que eleva a aceleração do coração, podendo causar arritmia cardíaca. Se a pessoa já tem um histórico cardíaco, ela acaba tendo maior risco de isso acontecer. No entanto, qualquer pessoa pode ir a óbito por conta de algo que ela não espera.