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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS - LGPD LUCIANA RAPOSO GAMEIRO TORRES Mat. 01044153 PSICOLOGIA A lei de proteção de dados veio condensar um regramento antes disposto em leis esparsadas, imponto de sanções administrativas e cíveis aos agentes de tratamento pelo vazamento dos dados pessoas. Nesse sentido, entende-se por tratamento de dados qualquer atividade que utiliza os dados pessoais na execução de sua operação, sejam elas: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração. Dito isso, o enunciado da questão diz que João teve seus dados expostos a outras empresas e redes sociais em virtude de um ataque de hacker ao seu banco digital. Ressalte-se que na LGPD, a responsabilidade civil surge a partir do momento em que há uma violação por parte do operador ou controlador (tratadores dos dados), no exercício da atividade de tratamento de dados, por dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, especialmente a operação se der uma relação de consumo entre o titular dos dados e controlador ou operador. Isso quer dizer que o banco tem o dever de se adequar a LGPD, envidando esforços necessários para adoção de medidas de segurança, técnicas e administrativas que visem a proteção de dados pessoais e que evitem ataques cibernéticos, sob penas das responsabilidades civil e administrativa. Além disso, no seu Art 45, a lei é expressa no que tange a aplicação subsidiária do CDC em caso do direito consumerista. Assim, podemos afirmar que o banco deverá ser punido, se não cumpriu os requisitos legais de desenvolver medidas de segurança no sentido de impossibilitar o vazamento dos dados, medidas estas, compatíveis com a especificidade técnica necessárias e razoáveis para o tipo de operação. Além disso, por se tratar de relação de consumo na modalidade serviço, a pessoa jurídica (no caso o banco) tem a responsabilidade objetiva (que não precisa comprovar dolo ou culpa, bastando ao consumidor comprovar a existência do dano causado). O fato de seus dados extarem expostos em outras empresas e mídias sociais por si, já configura o dano devendo o banco ser responsabilizado pela reparação. Por tudo já exposto acima, entendo sim que as redes sociais facilitam a exposição dos dados pessoais, uma vez que alimentam o grande Database e expõem dados de identificação, fotos, vídeos, e etc, ainda que de forma consensual ou ainda quando temos que aceitar as políticas de privacidade, sem lê-las, para poder consumir o produto seja ele o próprio app da rede social ou qualquer outro. REFERÊNCIAS LAJE E PORTILHO JARDIM ADVOCACIA E CONSULTORIA. A responsabilidade civil da Lei Geral de Proteção de Dados. Belo Horizonte: Fernanda Cristina Soares Santos, 2021. Disponível em: < https://lageportilhojardim.com.br/blog/responsabilidade-civil-na-lgpd . Acesso em: 27 abr. 2022. PLANALTO. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília: Michel Temer, 2018. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 27 abr. 2022. MIGALHAS: Responsabilidade Civil segundo a LGPD: Erick Felipe Medeiros, 2021. Disponível em: < https://www.migalhas.com.br/depeso/348113/responsabilidade-civil-segundo-a- lgpd. Acesso em: 27 abr. 2022. GOVERNO FEDERAL. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília. Disponível em: < https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acesso-a- informacao/lgpd . Acesso em: 27 abr. 2022. TJSP. Cadernos de Jurídicos. A responsabilidade civil na Lei Geral de Proteção de Dados. São Paulo: Walter Aranha Capanema, 2020. 8. Disponível em: < https://www.tjsp.jus.br/download/EPM/Publicacoes/CadernosJuridicos/ii_6_a_re sponsabilidade_civil.pdf?d=637250347559005712 . Acesso em: 27 abr.2022.
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