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Trabalho sobre povoamento retificado 3

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1 
 
 Edi Assane 
Júnior João Banze 
Manuel Raul 
Melo Faustino 
Maguinildo Aizeque 
Naila caetano Ferro 
 
 
 
 
 
População e Povoamentos 
Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em História 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Chimoio 
2022 
 
2 
 
 Edi Assane 
Júnior João Banze 
Manuel Raul 
Melo Faustino 
Maguinildo Aizeque 
Naila caetano Ferro 
 
 
 
 
 
População e Povoamentos 
Licenciatura em Ensino de Geografia com habilitações em história 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Chimoio 
2022 
O trabalho da cadeira de Geografia de 
População e Povoamento, do VIII grupo, será 
apresentado na sala de aula e a ser entregue no 
departamento de ciências da terra e ambiente. 
Sob orientação de MSc. Marcelino José 
 
3 
 
Índice 
Conteúdo Pág. 
Introdução ....................................................................................................................................... 4 
Objetivos ......................................................................................................................................... 5 
Assentamentos humanos ................................................................................................................. 6 
Processo Evolutivo de assentamentos humanos ............................................................................. 7 
Tipos de Povoamento ...................................................................................................................... 8 
Tipo de povoamentos em Moçambique .......................................................................................... 9 
A evolução da população urbana em Moçambique ...................................................................... 11 
Conclusão ...................................................................................................................................... 13 
Referencias Bibliográficas ............................................................. Erro! Marcador não definido. 
 
 
 
4 
 
Introdução 
O presente trabalho que tem como foco explicar sobre assentamentos humano, nota-se que em 
geografia, estatística e arqueologia, um assentamento, localidade ou lugar povoado é uma 
comunidade na qual as pessoas vivem. A complexidade de um assentamento pode variar de um 
pequeno número de moradias agrupadas até a maior das cidades com áreas urbanizadas 
circundantes. Os assentamentos podem incluir aldeias, vilas, vilas e cidades. Um assentamento 
pode ter propriedades históricas conhecidas, como a data ou época em que foi colonizado pela 
primeira vez, ou povoado particular. Para elaboração deste trabalho, usou-se como metodologia a 
consulta bibliográfica. 
5 
 
Objetivos 
Geral: 
 Explicar sobre população e povoamentos. 
Específicos: 
 Identificar os tipos de povoamentos 
 Descrever o processo evolutivo de assentamentos humano. 
 Falar de tipos de povoamentos e Moçambique. 
 
6 
 
Assentamentos humanos 
Povoamento humano, por vezes referido como assentamento, é um termo genérico utilizado em 
arqueologia, geografia, urbanismo e em várias disciplinas que se ocupam do estudo de 
comunidades, temporárias ou permanentes, em que vivem pessoas, independentemente da sua 
dimensão ou importância populacional. 
Assentamento é uma espécie de espaço territorial de povoamento humano, geralmente constituído 
por camponeses ou trabalhadores rurais. ... Estes documentos asseguram o registro destes 
territórios rurais improdutivos ou desabitados para que camponeses ou trabalhadores sem-terra 
vivam permanentemente. 
Áreas de assentamento, resumidamente, são formadas a partir da desapropriação de determinado 
latifúndio improdutivo e distribuição de posse da terra pelo Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária (Incra). 
O objetivo geral dos assentamentos humanos é melhorar a qualidade social, econômica e ambiental 
dos assentamentos humanos e as condições de vida e de trabalho de todas as pessoas, em especial 
dos pobres de áreas urbanas e rurais. Essas melhorias deverão basear-se em atividades de 
cooperação técnica, na cooperação entre os setores público, privado e comunitário, e na 
participação, no processo de tomada de decisões, de grupos da comunidade e de grupos com 
interesses específicos, como mulheres, populações indígenas, idosos e deficientes. Tais 
abordagens devem constituir os princípios nucleares das estratégias nacionais para assentamentos 
humanos. Ao desenvolver suas estratégias, os países terão necessidade de estabelecer prioridades 
dentre as oito áreas programáticas deste capítulo, em conformidade com seus planos e objetivos 
nacionais e considerando plenamente suas capacidades sociais e culturais. Além disso, os países 
devem tomar as providências condizentes para monitorar o impacto de suas estratégias sobre os 
grupos marginalizados e não-representados, com especial atenção para as necessidades das 
mulheres. 
 
 
 
7 
 
Processo Evolutivo de assentamentos humanos 
De uma forma simplificada define-se urbanismo como o desenho e estudo das cidades. Em 
arquitetura o estudo da urbanística recai sobre a análise da forma urbana. No entanto, para se poder 
analisar uma cidade é preciso o contributo de outras disciplinas tais como a história, a sociologia, 
a geografia e a ecologia. O urbanismo é, assim, uma área multidisciplinar. Leopoldo Mazzaroli 
define o urbanismo como “a ciência que se preocupa com a sistematização e desenvolvimento da 
cidade, buscando determinar a melhor posição das ruas, dos edifícios e obras públicas, de habitação 
privada, de modo que a população possa gozar de uma situação sã, cômoda e estimada”. Com a 
revolução industrial surge o chamado “urbanismo moderno”: os termos urbanização e urbanismo, 
com o sentido de planeamento urbano, foram usados pela primeira vez na segunda metade do 
século XIX por Ildefonso Cerdá. O surgimento dos conglomerados urbanos é um fato histórico, 
geográfico e, acima de tudo, social. Tem-se, como seu aparecimento, o fim da pré-história, já que 
no início a sociedade primitiva não desenvolveu a cidade, mas apenas aldeias rurais - as chamadas 
“proto-cidades”, que não eram fixas e mudavam de lugar com a exaustão do solo, época que 
compreendeu especialmente o período paleolítico. 
8 
 
Tipos de Povoamento 
 
Em termos genéricos podemos encontrar dois tipos básicos de povoamento: o povoamento linear 
(“a ocupação urbana estrutura-se ao longo das vias”) e o povoamento nucleado (“nucleações e 
malhas urbanas relativamente densificadas e contidas no território”). 
 
Na categoria linear podemos ter duas situações distintas: o linear contínuo (a ocupação 
desenvolve-se de forma sistemática ao longo das principais estradas e tende a ocupar a rede de 
caminhos rurais) e o linear descontínuo (“a ocupação das vias restringe-se a extensões 
relativamente contidas e delimitadas no território”). 
 
Na categoria do povoamento nucleado, podemos ter o caso da nucleação primária (“deriva da 
importância que determinados cruzamentos assumem na estrutura, onde se materializam largos 
ou praças, que concentram algumas funções de apoio à coletividade”), e a nucleação urbana (“que 
se caracteriza por um lado, pela presença de uma estrutura claramente urbana, composta por 
quarteirões, ruas, praças, avenidas, tipologias multifuncionais e, por outro, com a existência de 
funções ligadas ao setor terciário e equipamentos de caráter social e lúdico”). 
 
O povoamento pode ainda ser disperso (“a ocupação urbana não é submetida a uma implantação 
mais disciplinada e ordenada, há uma dispersão pelo território, um disperso ordenado”) ou 
concentrado (“as estruturas lineares nem sempre são contidasespacialmente, embora o 
crescimento recente evidencie um certo reforço de fenómenos de nucleação”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Tipo de povoamentos em Moçambique 
Associa-se sempre a urbanização a um processo dinâmico e complexo de concentração de 
população num determinado espaço a partir do seu "situ" original, assunção que parte da ideia de 
que, originalmente, a distribuição da população no território era de carácter disperso e rural. Apesar 
de toda a polémica que pode envolver, sempre prevaleceu, e ainda assim sucede, esta oposição 
entre rural-disperso/urbano-concentrado. Atualmente esta oposição é cada vez mais polémica e, 
porque não menos verdadeira, em fungão das novas relações que se estabelecem na constituição 
dos espaços urbanos e rurais. Sendo isto uma realidade cada vez mais evidente nas regiões mais 
desenvolvidas, assim como em muitas outras que se encontram em etapas intermédias de 
desenvolvimento, na Africa subsaariana, onde se Insere Moçambique, o dualismo entre o urbano 
e o rural ainda é muito marcado e manifesta-se por oposições notórias, que não se transformam de 
imediato e, de acordo com a dimensão do movimento migratório, marcam a cidade que, muito 
gradualmente, cria a sua própria cultura, o que não sucede sem sobressaltos e antagonismos de 
diversa ordem. 
Quando, numa situação de espaços urbanos já criados, se assiste a um aumento segregados onde 
prevalecem, por bastante tempo, atitudes, hábitos e comportamentos rurais, dando origem a um 
fenómeno que, apesar de transitório, ruraliza" os espaços urbanos, por muito polêrnico que seja 
este termo. 
Os atuais espaços urbanos em Moçambique são resultantes de um processo alógeno, em que a 
concentração de atividades económicas foi decidida e imposta em função de interesses exteriores 
(coloniais), como sucedeu, igualmente, em toda a africa subsaariana. Muitas vezes, nem sequer 
são interesses económicos diretos que atuam como fator imediato da localização do "situ" urbano, 
mas antes interesses ligados às necessidades do poder colonial, como sejam o de controle militar 
e/ou administrativo e a exportação de matérias primas, geralmente provenientes do interior. Este 
processo transplantou modelos e perceções de organização do espaço oriundos das realidades das 
metrópoles coloniais, implantando-os num território para o qual se mantiveram, durante muito 
tempo, como corpos estranhos e antagónicos. Ainda hoje, as cidades e o campo moçambicanos 
apresentam alguns antagonismos que apenas o tempo e modelos mais adaptados às realidades e 
perceções locais vão reduzindo gradualmente. Por isso, a localização e características das atuais 
cidades moçambicanas, que não chegam a constituir uma rede urbana, é o resultado de interesses 
10 
 
político-económicos coloniais, sobre os quais se procurou ajustar, no pós-independência, as 
politicas nacionais de desenvolvimento. 
 Os assentamentos urbanos constituem uma forma particular de organização do espaço que preside 
às relações de um espaço maior, que é a sua área de influência, ou a sua região, É no âmbito destas 
relações que se insere o papel da cidade na distribuição territorial da população, assumindo a 
função de centro para o qual se dirige uma parte dos habitantes dessa região, 
Em inúmeros estudos feitos em cidades africanas, constata-se que a atracão de população para os 
principais centros urbanos varia na razão inversa da distância, Em Moçambique também se 
observa este princípio geral, pois a população imigrante das principais Cidades é, 
maioritariamente, oriunda das províncias onde elas se situam, diminuindo o seu peso à medida que 
a distância aumenta. Mais de 80% dos imigrantes da cidade de Maputo, de acordo com os dados 
dos censos demográficos de 2017, são oriundos das províncias a sul do rio Save Para a cidade da 
Beira, os dados indicam que a sua população imigrante é, quase totalmente (perto de 90%), 
proveniente da própria província de Sofala, onde se localiza esta cidade, Além disso, os estudos 
existentes, ainda que poucos e muito dispersos, apontam para uma distribuição territorial da 
população que progride no sentido de uma maior concentração em direção ao centro urbano e nesta 
dinâmica que as cinturas periurbanas das cidades nas funcionam como "zonas de transição" do 
rural disperso para o urbano concentrado. Na realidade, as áreas periurbanas das cidades 
moçambicanas, administrativamente considerados espaços urbanos, são cinturas de território ande 
as características da sociedade rural se misturam com formas econômico-sócio culturais urbanas. 
Em vários bairros desta cintura periurbana, a maioria dos seus habitantes sobrevivem da atividade 
agrícola familiar, tal como sucedia nas áreas rurais de origem, assim coma o tipo de habitação é 
semelhante àquele que tinham no campo. 
Para a população imigrante este espaço funciona, geralmente, como local de residência transitória, 
por três razões essenciais; 
 Primeiro, porque o objetivo é aproximar-se o mais possível do centro da cidade onde as 
possibilidades de trabalho, seja no setor formal, seja no informal, são maiores, não 
necessitando de fazer grandes despesas em transporte; 
 Em segundo lugar, e como fenómeno recente, porque estas áreas peri urbanas são muito 
procuradas par residentes privilegiados do centro urbano, onde pretendem construir a sua 
11 
 
segunda e terceira residência, sem problemas de espaço, num processo nem sempre 
pacifico e onde o elo mais fraco é a família imigrante; 
 Um terceiro aspecto é o tato e estas áreas periurbanas servirem para a localização de novas 
áreas de expansão urbana planificada para a instalação de população retirada de áreas 
problemáticas. 
Em Moçambique, as décadas de 70, 80 e 90 foram caracterizadas pela ocorrência de fatores 
conjunturais adversos (guerra colonial, guerra civil, calamidades naturais) que alteraram o 
desenvolvimento normal da distribuição territorial da população a partir dos centros urbanos. 
A evolução da população urbana em Moçambique 
As migrações são, por princípio, um poderoso fator de transformação dos meios natural, social, 
cultural e económico, agentes ativos das modificações do meio ambiente, os migrantes não são, 
como muitas vezes se considera, simples predadores. E incorreto ver nos movimentos migratórios 
apenas o seu lado negativo, pois eles engendram processos de transformação extremamente 
positivas para o desenvolvimento das regiões de partida e de chegada, Autores como Roland 
Pourtier, por exemplo, defendem que os movimentos migratórios podem ser um excelente fator de 
inovação do modo de exploração dos recursos e das relações sociais e de trabalho, pois eles podem 
funcionar como mola de desenvolvimento a médio e longo prazos. 
É verdade que as migrações provocam desequilíbrios porque modificam, nos lugares de partida e 
de chegada, as relações sociedade ou natureza, espaço ou sociedade e recursos/população. Mas, 
pelos próprios desequilíbrios que desencadeia, leva à procura de novas relações e novos equilíbrios 
que, dimensionados de forma adequada, estão na origem de um maior desenvolvimento 
socioeconómico. 
Quando se estudam as migrações rurais e urbanas, é norma mais ou menos generalizada enfatizar 
os aspetos que, por preocuparem os residentes urbanos, em particular aqueles que detêm o poder 
politica e econômico, são considerados como problemas para o desenvolvimento. Esta abordagem 
e forma de pensar esquece que, em geral, as cidades são um produto da imigração. Esta questão 
deve ser analisada de forma mais cuidadosa e complexa, em particular quando interferem fatores 
conjunturais que, agindo sobre urna base estrutural precária, como sucede em muitos países 
africanos, criam desequilíbrios de consequências imprevisíveis. Isto torna-se mais evidente quando 
12 
 
os movimentos migratórios em direção às urbes, para além de serem conjunturais, adquirem 
dimensão e dinâmica de difícil previsãoe controle. 
A rapidez e a dimensão do crescimento demográfico dos espaços urbanos na Africa subsaariana, 
que não tem sido acompanhado por um desenvolvimento urbano equivalente, tem alterado 
profundamente o meio ambiente e toda a estrutura socioeconómica urbana, suburbana, periurbana 
e mesmo a rural, Em multas casos, isto tem sido agravado com a ocorrência de movimentos 
migratórios de como aqueles provocados por instabilidade político-militar e por calamidades 
naturais, Autores como Ilídio Amaral referem que, em África, os fluxos migratórios resultantes do 
êxodo rural que se tem feito sentir nos últimos anos, levam as cidades para uma "espiral de 
crescimento demográfico que tem sido classificado como excessivo e incontrolado" Mas este 
"excessivo" e "encontro lado" deve ser visto em função da falta de meios que permitam gerir o 
processo da formação de grandes concentrações humanas para onde se faz a transferência 
demográfica, económica, social e cultural do meio rural, Esta escassez é agravada pela ausência 
de perspetivas e de políticas para o desenvolvimento urbano, fazendo-se este ao sabor do acaso e 
ou de interesses particulares que, na quase totalidade das vezes, criam obstáculos a tudo que sejam 
ações de planeamento integrado que visem a melhoria das condições de vida da população em 
geral 
Como já acima se referiu, os principais centros urbanos de Moçambique surgem num processo 
alógeno que originou dois movimentos espaciais de população subsequentes e opostos: com a 
instalação dos espaços urbanos estranhos ao meio socioeconómico local, copiando os modelos do 
colonizador, a população originariamente neles residente foi excluída, sendo obrigada a deslocar-
se para espaços rurais mais ou menos próximos; com o desenvolvimento desses espaços urbanos, 
as atividades económicas neles geradas necessitam e atraem um número considerável de mão de 
obra barata e não especializada, Estes fluxos, num primeiro momento, dirigem-se para as áreas 
periurbanas e posteriormente, estendem-se para áreas mais próximas do centra das cidades, 
formando faixas suburbanas. 
 
13 
 
Conclusão 
Chegado ao fim do trabalho, conclui-se que povoamento humano, por vezes referido como 
assentamento é um termo genérico utilizado em arqueologia, geografia, urbanismo e em várias 
disciplinas que se ocupam do estudo de comunidades, temporárias ou permanentes, em que vivem 
pessoas, independentemente da sua dimensão ou importância populacional. Um povoamento pode 
assim albergar tanto um pequeno número de habitações agrupadas num reduzido espaço, lugares, 
aldeias ou vilas, como vastas áreas urbanizadas, as cidades. Num sentido tradicional, um 
povoamento inclui bens urbanos como caminhos, estradas, ruas, recintos, campos, lagos, poços, 
moinhos, igrejas, entre outros. Salientar que o objetivo geral dos assentamentos humanos é 
melhorar a qualidade social, econômica e ambiental dos assentamentos humanos e as condições 
de vida e de trabalho de todas as pessoas, em especial dos pobres de áreas urbanas e rurais. Essas 
melhorias deverão basear-se em atividades de cooperação técnica, na cooperação entre os setores 
público, privado e comunitário, e na participação, no processo de tomada de decisões, de grupos 
da comunidade e de grupos com interesses específicos, como mulheres, populações indígenas, 
idosos e deficientes. Tais abordagens devem constituir os princípios nucleares das estratégias 
nacionais para assentamentos humanos. 
14 
 
Referencias bibliográficas 
1. ARAÚJO, Manuel G. Mendes De. Geografia dos povoamentos: assentamentos humanos 
rurais e urbanos, Maputo, 1997. 
2. GARRIDO, Dulce e COSTA, Rui. Dicionário breve da Geografia, ed. Presença, Lisboa, 
1996. 
3. NAKATA, Hirome e COELHO, Marcos Amorim. Geografia Geral, Editora Moderna- São 
Paulo, 1978. 
4. SANTANA, Tânia De. Geografia da população, Brasil.

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