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Fisiologia do movimento

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FISIOLOGIA DO MOVIMENTO
Controle neural do movimento
Introdução
· O controle voluntário dos músculos esqueléticos é fundamental para o controle de movimento e postura que depende de uma hierarquia entre planejamento, ordem, controle e execução. 
· Os movimentos conscientes ativam áreas corticais do cérebro enquanto os inconscientes ativam apenas áreas subcorticais. Isso porque, depois de aprendido certo movimento sua execução ficará guardada na memória e quando houver necessidade de realiza-lo novamente, não será preciso ativar áreas conscientes. Andar de bicicleta e dirigir são exemplos. 
Efetuadores
· Componentes da contração 
· Fibra muscular
· Placa motora
· Neuroreceptores colinérgicos (Ach) e nicotínicos musculares (Nm)
· Contração muscular esquelética
· Impulsos são enviados pelos motoneurônios e chegam à placa motora que está em contato com as fibras musculares. O potencial de ação gerado nas terminações nervosas leva a despolarização do sarcolema e abertura de canais de cálcio que induzem a liberação da acetilcolina da fenda sináptica. O potencial então é transmitido ao sarcolema e aos túbulos T das fibras. O cálcio liberado se liga a troponina C, que muda a conformação dos sítios de conexão da miosina na actina, deixando-os expostos. Assim dá-se o acoplamento dos filamentos contráteis que promovem a contração por meio do deslizamento, feito com a energia oriunda do ATP.
· Quando o estímulo é cessado, há a repolarização do sarcolema e cessa a liberação de cálcio que se desliga da troponina C e volta às cisternas do retículo sarcoplasmático por meio da bomba de cálcio, causando o relaxamento.
Ordenadores
· Se dá pela via eferente ou descendente que se origina de motoneurônios, núcleos vestibulares, formação reticular, núcleo rubro, colículo superior e córtex motor e passam por vias piramidais(córtico espinhal) ou extrapiramidais (retículo espinhal, bulbo espinhal, tecto espinhal...)
· VIAS DESCENDENTES
· Sistema lateral
· Mapa somatotópico
Córtex motor primário que fica no giro pré-central- representação do corpo motor no córtex
· Função
Responsável pelos movimentos voluntários finos, controlando a força, velocidade e direção. 
· Sistema medial
Faz a manutenção da postura de forma voluntária por meio da via retículo-espinal e involuntária por meio da via vestíbulo-espinal e da modulação de vias descendentes. 
· Órgão Tendionoso de Golgi (OTG)
Sinaliza o estiramento do tendão através das fibras aferentes Ib que são comprimidas pelas fibras colágenas, causando a despolarização e levando impulsos até a medula, onde ativam os interneurônios inibitórios que inibem a contração.
· Reflexo miotático
É um reflexo monosináptico que ocorre no reflexo patelar. Nesse, a promoção do estiramento do ligamento do joelho excita os fusos musculares do quadríceps femoral que leva estímulo até a medula, gerando excitação no motoneurônio alfa que promove a contração e no interneurônio inibitório, que a inibe.
· Reflexo miotático inverso
Ao pegar um peso maior, a contração é feita corticalmente através de fibras gama. As fibras Ib do OTG ativam o interneurônio inibitório (células de Renshaw) que faz o relaxamento do músculo antagonista, e ativam o neurônio motor alfa, que contrai o agonista,promovendo o movimento inverso.
· Reflexo de retirada
É um reflexo do tipo polissináptico de proteção. Ao pisar em um prego são excitadas as fibras da dor (Adelta) que fazem sinapses com os neurônios motores, promovendo a contração e relaxamento de músculos visando a retirada do pé e a manutenção do equilíbrio.
· Reflexo vestíbulo-ocular
Visa estabilizar a imagem na retina durante o movimento da cabeça, por meio do labirinto que envia informações para o gânglio vestibular, núcleo vestibular e núcleo oculomotor. Recebe propriocepção
· Reflexo optocinético
Permite a estabilização de imagens móveis no campo visual da retina por meio da retina, núcleos pré-tectáis e núcleos oculomotores.
· Movimento conjugado
Requer a conjugação de mais de um reflexo, havendo movimentos disjuntivos convergentes ou divergentes.
· MOTONEURÔNIOS INFERIORES
· Tipos
· α- fibras extrafusais (Ach)
· β- fibras intrafusais
· γ- fibras intra e extrafusais
· Interneurônios- modulação
· Razão de inervação
· Razão entre o número de motoneurônios e o número de fibras musculares. Quando mais complexo o movimento, mais motoneurônios há.
· Função
· Levar informações aferentes sobre o comprimento muscular por meio do fuso muscular e sobre a tensão por meio do Órgão Tendinoso de Golgi.
Planejadores
· Área pré- motora
Movimentos complexos com base nas informações sensoriais externas
· Área motora suplementar
Movimentos complexos com base na memória e movimentos posturais
· Giro do cíngulo
Movimento com conotação emocional- tremer
· Córtex motor primário
Inicia o movimento antes do planejamento
Controladores
· Controla quais os músculos serão usados para executar um movimento de forma automática
· Cerebelo
· Arquicerebelo (lobo posterior)
Cerebelo vestibular- equilíbrio e posição
· Paleocerebelo (lobo anterior)
Cerebelo espinal- tônus e postura no movimento voluntário
· Neocerebelo (flóculo- nodular)
Cerebelo cortical ou cérebro cerebelo- movimentos assimétricos e refinados e aprendizagem
 
· Gânglios da base
· Núcleos da base- controladores
Iniciação e modulação do movimento, sequência e parada
 
· Circuito direto
Receptor D1- facilitador
Neurônios corticais glutamaérgicos liberam glutamato no núcleo estriado, ativando-o. Este se liga diretamente ao globo pálido interno, que quando ativado é responsável pela inibição do tálamo e impede o movimento, inibindo-o por meio do GABA, deixando então o tálamo livre para transmitir informações motoras para o córtex, que direciona a informação para o feixe cortico espinhal lateral, levando a contração do músculo por meio dos motoneurônios.
· Circuito indireto
Receptor D2- inibidor
Os neurônios estriados da via indireta também são gabaérgicos, mas a comunicação com o globo pálido interno é diferente. Há a liberação de GABA do globo pálido externo, que faz a inibição tônica do núcleo subtalâmico quando ativado, e o inibe. O subtalâmico livre estimula o globo pálido interno por meio da liberação do glutamato. O globo pálido ativado libera GABA no tálamo e o inibe, impedindo o movimento.
· Ação simultânea das vias
As duas vias ocorrem ao mesmo tempo, mas não se anulam porque há núcleos próprios para a via direta e indireta no globo pálido interno em quantidades diferentes. O resultado se dá pela necessidade do movimento através da modulação da ativação das vias. 
· Ação dopaminérgica nas vias
A substância negra compacta libera dopamina no núcleo estriado que possui dois receptores: o D1 que está na via direta e D2, na via indireta. A dopamina traz o refinamento do movimento muscular e é favor do mesmo. Quando há a estimulação de D1, a dopamina aumenta suas ações na via direta e diminui as ações da via indireta. 
Doença de Parkinson
· Características
Há a destruição da substância negra compacta, resultando na diminuição da produção de dopamina e há a perda da alça de retroalimentação. Sem a dopamina as ações modulares diminuem, diminuem as ações a favor do movimento e não há refinamento e controle do movimento.
· Sintomas
Bradicinesia, tremores nas extremidades, aumento do tônus muscular e instabilidade postural.
 
Doença de Huntington
· Características
Há a degradação dos neurônios inibitórios GABA na via indireta pela produção de substâncias tóxicas e tem caráter progressivo. Só a via direta fica ativa a favor do movimento todo o tempo. 
· Sintomas
Coreia, contrações involuntárias, aumento do tônus, distúrbios e morte.

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