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A INEFICACIA DO SISTEMA PENITENCIARIO BRASILEIRO A LUZ DA 
EXECUÇÃO PENAL E OS DESAFIOS DE RESSOCIALIZAR PARA NÃO 
REGREDIR 
 
MAYARA FAUSTINO DE JESUS 
Graduanda em Direito. 
e-mail: mayarafaustino2010@hotmail.com. 
 
ROGÉRIO TURELLA 
Professor, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 
e-mail : turella@uems.br 
 
RESUMO 
 
O Sistema Penitenciário brasileiro passa por uma crise estrutural, isto não 
apenas em termos de problemas e entraves de segurança pública, mas também 
por falta de eficiência na ressocialização dos detentos. A estrutura do Sistema 
Penitenciário clama por um novo modelo de gestão e soluções inovadoras para 
atender às necessidades básicas de mais de 770 mil pessoas que compõem 
essa massa, a terceira maior população carcerária do mundo. Em termos de 
ressocialização, o sistema apresenta graves fraturas, principalmente no que se 
refere à falta de desenvolvimento profissional dos presidiários para que possam 
reiniciar suas vidas fora do sistema. Hoje, ex-presidiários sofrem com a falta de 
qualificações e tem acesso muito limitado a importantes ferramentas de trabalho. 
Esses obstáculos são aprofundados pelo estigma e preconceito sofrido pelos 
presidiários. O sistema público penitenciário tem dado sinais de ineficiência e 
ineficácia, dado o alto custo per capita de manutenção dos presos nesse 
sistema, aliado à baixa segurança e dignidade da pessoa humana, devido à má 
gestão realizada pelo Poder Público, resultando em um baixo índice de 
ressocialização de pessoas que ingressam no sistema prisional brasileiro, bem 
como a morte de centenas deles. A ressocialização de sujeitos pós-condenados 
tem por base o arcabouço legal, que estabelece parâmetros normativos claros 
para o desenvolvimento do tratamento penitenciário e prisional, com a aplicação 
do de oportunidades que é função pública dentro do Estado social de Direito 
brasileiro, que deve promover a ressocialização como um direito que instiga nos 
presidiários a vontade de viver de acordo com a lei, capaz de proporcionar seu 
sustento no cumprimento de suas responsabilidades, dentro do marco legal para 
poder viver em comunidade. O objetivo principal desta pesquisa é estabelecer 
as obrigações do Estado quanto às políticas de oportunidades de vida no 
trabalho no processo de ressocialização do sujeito pós-condenado, para 
proporcionar seu sustento e alcançar o livre desenvolvimento da personalidade 
para que o indivíduo não volte a praticar atos ilícitos. 
 
 
Palavras Chave: Ressocialização, Penitenciária, Execução e Penal. 
 
mailto:mayarafaustino2010@hotmail.com
 
INTRODUÇÃO 
 
O tema a ineficácia do sistema penitenciário brasileiro a luz da execução 
penal e os desafios de ressocializar para não regredir busca demonstrar como 
há uma imensa falha no sistema prisional brasileiro, a ausência de ações 
governamentais faz com que não seja possível a ressocialização do apenado 
perante a sociedade. Todavia é preciso que exista leis em nosso âmbito jurídico, 
principalmente na Lei de Execução Penal, garantindo total amparo e tratamento 
adequado aos detentos para que não voltem a regredir. 
Consideradas uma das mais avançadas, a Lei de Execução Penal é a fase 
que aplica na realidade o “Jus Puniendi”, ou seja, o poder de punir do Estado. A 
aplicação da Execução penal não busca somente punir o preso ou reprimi-lo, 
mais sim buscar possibilitar condições que auxiliem nesse lapso de restauração, 
além de resguardar sendo possível reintegra-lo novamente a sociedade de uma 
forma mais adequada. O que não acontece na pratica devido à falta de estrutura. 
Pode-se dizer que o tema é essencial para a sociedade acadêmica, pois 
busca contextualizar as falhas do sistema carcerário, através dos meios de 
comunicação, onde pode-se perceber os problemas de superlotações ligado a 
rebeliões, fugas, mortes, onde fica claramente evidente a incompetência do 
Estado frente a reabilitação do sujeito, dando indícios da balburdia dentro das 
penitenciarias. 
Assim é relevante apontar qual a importância da ressocialização para o 
presidiário? Já que esse direito é garantido a sua integridade em todos os 
sentidos assim como dispõe o Art. 5º da Constituição, ou seja, cabe ao apenado 
desde a educação a sua profissionalização, mesmo estando recolhido 
judicialmente, garantido ao mesmo o direito as atividades físicas e um trabalho 
profissional, pois é através da educação e profissionalização que o sujeito terá 
oportunidade de reingressar novamente na sociedade podendo ter um trabalho 
digno e posteriormente voltar a viver em harmonia. 
Dessa maneira o objetivo geral visa demonstrar quais são as atividades 
disponíveis pelo Estado para ressocialização. Para tanto os objetivos específicos 
são discorrer como é o sistema penitenciário no Brasil, apontar a privatização 
como uma estratégia abrangente para segurança pública e descrever como é o 
processo de ressocialização e seus benefícios 
 já que o objetivo reabilitador, está descrito no ordenamento jurídico com 
a Lei de Execução Penal como um dos únicos elementos legais para preencher 
esta colocação de ressocializar o detento, todavia é necessário que seja 
preenchida as lacunas no sistema penitenciário brasileiro. 
Diante do exposto, o presente trabalho tratou através de uma pesquisa 
por meio do método de revisão de literatura, onde serão utilizados como critérios 
de seleção dos artigos: ser publicado entre 2008 a 2021, estar disponível online 
gratuitamente e ter os temas adequados ao proposto nesta pesquisa, serão 
excluídos os artigos que não atendem ao tema proposto. Será elaborado através 
da busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual, SCIELO (Scientific Eletronic 
Library), periódicos e revistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Sistema Penitenciário no Brasil 
 
Com mais de 811.000 presos, o Brasil registra a terceira maior população 
carcerária do mundo, atrás da China (1,6 milhão) e dos Estados Unidos (2,1 
milhões). De acordo com o Ministério da Segurança Pública do Brasil, a 
população carcerária do país chegará a 1,5 milhão em 2025. Ainda assim, o 
Brasil tem apenas metade do espaço de cela necessário para acomodar seus 
presos hoje1. 
O sistema penitenciário superlotado, subfinanciado e insuficiente do país 
deixa as autoridades prisionais com treinamento inadequado e os presos 
vulneráveis a abusos e recrutamento por organizações criminosas. Existem 
diversas organizações criminosas operando em prisões no Brasil. Duas das mais 
conhecidas são o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro e o Primeiro 
Comando da Capital (PCC) oriunda do estado de São Paulo e de lá atua em 
todos os 27 estados. Em várias prisões brasileiras os agentes penitenciários, em 
número muito inferior, exercem controle nominal, enquanto as facções 
conduzem atividades criminosas do interior dos presídios2. 
O abandono das prisões foi retratado no livro editado pelo Conselho 
Nacional de Justiça, resultante do projeto “Mutirão Carcerário”, que visa garantir 
o devido processo legal na revisão das detenções de presos permanentes e 
provisórios, bem como na fiscalização dos presídios. 
 
O Brasil se enquadra como um dos países mais desigual do mundo, 
resquício de uma colonização de exploração e de uma política 
escravocrata. Com a abolição da escravatura os negros ganharam sua 
liberdade, mas ao mesmo tempo a sua exclusão e segregação, restando 
às periferias para se restabelecerem originando-se favelas. Enquanto 
que em 2014, saímos do mapa da fome e entramos na lista de quarto 
país mais encarcerador, somos o país do samba, do futebol, do carnaval, 
das belezas naturais e do roubo famélico que deixa encarcerado aquele 
que tem fome3. 
 
 
1 PORPINO, Isabela Veras Sousa. Sistema carcerário brasileiro e o Estado de Coisas 
Inconstitucional, 2017. p. 14. 
2 SANTOS, Daniel Lin. Organizações criminosas: conceitos no decorrer da evolução legislativabrasileira, 2014. p. 3. 
3 NASCIMENTO, Andreia dos Santos. O crime des-compensa? Ensaios sobre psicologia, 
criminologia e violência, 2016, p. 73. 
 A infraestrutura dos presídios em vários estados, são precárias, as 
grades estão soltas, as paredes estão tremendo, há infiltrações em todas as 
partes da penitenciária estadual. Há sério risco de a laje desabar sobre os presos 
a qualquer momento. Há dupla pena do condenado, pois, além de sofrer a pena 
imposta, ele também passa pela situação de superlotação de celas, má 
alimentação e falta de higiene, estando sujeito à propagação de doenças4. 
Nesse sentido, a própria pena de prisão e o lamentável estado de saúde 
que adquire durante a sua permanência na prisão. Observa-se também o 
descumprimento do disposto na Lei de Execução Penal, que dispõe no inciso VII 
do artigo 41 sobre o direito do preso à saúde, como obrigação do Estado. O 
preso deve ter seus direitos fundamentais garantidos, porém, essa não é a 
realidade do sistema prisional brasileiro5. 
As instalações prisionais tornaram-se depósitos humanos, contrariando o 
disposto na Constituição Federal sobre garantias fundamentais, bem como a Lei 
de Execução Penal, em seus artigos 40 e 41. Na mesma linha de raciocínio 
pode-se afirmar que no sistema prisional brasileiro, há uma violação 
generalizada dos direitos fundamentais dos presidiários no que diz respeito à 
dignidade, saúde física e integridade mental. A superlotação carcerária e a 
precariedade das instalações policiais e penitenciárias, mais do que o 
descumprimento do Estado pelo ordenamento jurídico correspondente, 
constituem um tratamento degradante, ultrajante e indigno das pessoas sob 
custódia6. 
As penas privativas de liberdade impostas às prisões tornam-se castigos 
cruéis e desumanos. Os prisioneiros tornam-se 'lixo digno do pior tratamento 
possível' e não têm direito a uma existência minimamente segura e saudável. 
Superlotada e com falta de pessoal das prisões torna difícil separar qualquer 
política de ressocialização. A reabilitação e a reincidência são fatores igualmente 
importantes para conter o fluxo de presidiários 7. 
 
4 FERREIRA, Angelita Rangel. Crime-prisão-liberdade-crime: o círculo perverso da 
reincidência no crime, 2011, p. 25 
5 BRITO, Alex Couto de. Execução penal. Editora Saraiva, 2018, p.374 
6 Ibidem, p.374. 
7 PORPINO, Isabela Veras Sousa. Sistema carcerário brasileiro e o Estado de Coisas 
Inconstitucional, 2017, p. 12. 
Um estudo do IPEA de 2015 mostrou que 24% dos ex-presidiários foram 
condenados por outro crime um ano após sua libertação. Muitos presidiários que 
ingressam em facções na prisão em troca de proteção acabam endividados, 
fazendo com que voltem a se envolver no tráfico de drogas e em outras 
atividades criminosas. E poucos presidiários saem da prisão com experiência 
educacional ou de trabalho que melhoraria suas qualificações para contratação; 
em média, apenas 12% dos presos no Brasil recebem educação e 15% 
trabalham8. 
No entanto, existem algumas prisões no Brasil que estão servindo como 
projetos-piloto para testar as políticas de reabilitação. Uma prisão no estado do 
Paraná, resultado de uma parceria entre o governo do estado e a Justiça 
estadual, funciona em regime semiaberto, onde todos os presos são obrigados 
a estudar e trabalhar9. 
O resultado é reincidência zero. Outra modalidade de reabilitação já 
implantada em oito estados é a APAC (Associação de Proteção e Assistência 
aos Condenados): centros de reclusão administrados pela sociedade civil, onde 
os presidiários são responsáveis pelo estudo, trabalho, limpeza e até mesmo 
segurança, já que as APACs não possuem armas ou guardas. De acordo com o 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a taxa de reincidência dessas unidades gira 
em torno de 10% 10. 
Do lado da prevenção, atenção especial deve ser dada aos jovens em 
situação de risco, com maior probabilidade de ingressar em grupos do crime 
organizado, principalmente em um cenário de alto desemprego, que atinge 
desproporcionalmente jovens, negros ou pardos, brasileiros menos qualificados 
e com menor escolaridade. Um estudo divulgado pelo grupo da sociedade civil 
Observatório de Favelas constatou que os jovens mais vulneráveis do Rio de 
Janeiro ingressam no tráfico de drogas entre 13 e 15 anos, e citam sua principal 
motivação como financeira, seguida pelo pertencimento ao grupo e pelo estilo 
de vida carregado de adrenalina11. 
 
8BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Reincidência Criminal no Brasil, 
2015, p. 49. 
9 Ibidem, p.67. 
10 BRASIL. Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Novo diagnóstico de pessoas presas no 
Brasil, 2014, p.4. 
11 BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Reincidência Criminal no 
Brasil. Relatório de pesquisa, 2015, p.51. 
 
Não é necessária uma consistente base criminológica em perspectiva 
crítica para perceber que o dispositivo legal, ao invés de definir 
precisamente critérios de imputação, prolifera meta-regras que se 
fundam em determinadas imagens e representações sociais de quem 
são, onde vivem e onde circulam os traficantes e os consumidores. Os 
estereótipos do “elemento suspeito” ou da “atitude suspeita”, p. ex., 
traduzem importantes mecanismos de interpretação que, no cotidiano 
do exercício do poder de polícia, criminalizam um grupo social 
vulnerável muito bem representado no sistema carcerário: jovens 
pobres, em sua maioria negros, que vivem nas periferias dos grandes 
centros urbanos12 
 
O estudo também constatou que a maioria dos adolescentes abandona a 
escola ao iniciar o tráfico, o que aponta para o importante papel que as escolas 
públicas podem desempenhar na prevenção. A retenção de alunos, a formação 
profissional e as políticas públicas voltadas para a geração de renda e trabalho 
provavelmente afetarão positivamente os resultados da segurança pública13. 
 
Privatização uma estratégia abrangente para segurança pública 
 
Até que as taxas de encarceramento sejam resolvidas, a superlotação e 
a violência nas prisões provavelmente continuarão altas no Brasil. Os estados 
brasileiros oprimidos estão cada vez mais se voltando para a privatização como 
uma forma de melhorar instalações, condições de vida e oportunidades de 
emprego. Em junho de 2019, havia 32 prisões privadas no Brasil. Ao explorar as 
perspectivas de privatização, os Estados Unidos e outros países que adotaram 
amplamente essa abordagem que podem servir de referência para o que 
funciona e o que não funciona. No exemplo dos Estados Unidos, como Lauren-
Brooke Eisen, bolsista sênior do Brennan Center for justice, “as prisões privadas 
acabaram não sendo nem melhores nem mais baratas,” Enquanto o modelo de 
contratos com base no desempenho da Austrália e da Nova Zelândia está se 
mostrando mais bem-sucedido14. 
 
12 CARVALHO, Salo de. Nas Trincheiras de uma Política Criminal com Derramamento de 
Sangue: depoimento sobre os danos diretos e colaterais provocados pela guerra às 
drogas, 2014, p.67. 
13 BRASIL IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Reincidência Criminal no Brasil, 
2015, p. 51. 
14 FONTES, Giulia. Como funciona a gestão privada de presídios nos EUA e na França. 
Gazeta, 2019, p.1 
Ainda não se sabe se a atual administração no Brasil terá sucesso em 
coibir o crime e reduzir a taxa de encarceramento do país, mas uma estratégia 
abrangente que trate do sistema penal será crítica para a melhoria duradoura da 
segurança pública. A privatização do sistema prisional pode vir a ser uma 
solução para a ineficiência estatal, pois a iniciativa privada poderia, por meio de 
investimentos em novas tecnologias, reduzir custos de pessoal e implantar 
trabalho e estudo em todas as prisões, aos presos, a remissão da pena por meio 
de alfabetização, técnica a educação e o exercício de um trabalho humano 
decente, para cumprir, também, um dos fundamentos da ordem econômica 
brasileira15. 
A privatizaçãodo sistema prisional também pode ser uma solução para a 
ineficácia do Estado, uma vez que a gestão privada pode incorporar práticas de 
gestão da qualidade ao sistema prisional para melhorar continuamente o 
processo de ressocialização do preso. através do planejamento prévio, 
monitoramento e verificação de resultados contínuos e retroalimentação do 
sistema de gestão com práticas capazes de solucionar eventuais problemas que 
surgiram durante o período avaliado, para atender a uma antiga demanda da 
sociedade brasileira, a saber, o percentual de ampliação da ressocialização de 
presidiários16. 
A ressocialização dos presos contidos no sistema prisional brasileiro é 
uma reivindicação antiga da sociedade brasileira. Os eventos ocorreram em 
2006, no estado de São Paulo, com a chamada "Mega rebelião do sistema 
penitenciário paulista", e em 2017 nos estados do Amazonas, Roraima, Alagoas 
e Rio Grande do Norte, com as mortes de centenas de prisioneiros, mortos17. 
O refinamento da crueldade por outros presos, demonstra a falência do 
sistema prisional brasileiro e a necessidade de alternativas mais eficientes e 
eficazes na busca pelo controle do sistema prisional e pela ressocialização dos 
presos, por meio de investimentos em novas tecnologias e nova gestão práticas, 
que poderiam ser feitas pela iniciativa privada, por meio da privatização do 
 
15 MARCÃO, Renato. Curso de execução penal, 2019, p. 87. 
16 MAURICIO, Célia Regina Nilander. A privatização do Sistema Prisional, 2011, p. 123 
17 COUTINHO, Claudio Coutinho Neto. A eficiência do Estado de Coisas Inconstitucional 
no sistema penitenciário brasileiro. 2020, p. 134. 
sistema prisional brasileiro. A privatização do sistema prisional brasileiro é uma 
possível oportunidade de solução dos problemas existentes18. 
 
A prisão devolve à sociedade pessoas com sequelas e marcadas para 
sempre, uma vez que, quando o sujeito adquire a liberdade, a 
sociedade o rejeita, o estigmatiza, o repugna e o força a voltar à 
criminalidade por ausência de condições dignas de subsistência 
material e social19. 
 
A função de ressocialização da pena de prisão foi banalizada, pois aos 
olhos da sociedade a pena tem apenas como função a punição, o que difere do 
objetivo do ordenamento jurídico, que está voltado para a recuperação do 
condenado e do egresso do presídio. Conforme consta na CPI do Presídio 
Sistema, a taxa de reincidência no Brasil é alta, o que confirma a ideia de 
ineficiência e ineficiência do sistema prisional20. 
 Não há estatísticas oficiais sobre a taxa de reincidência. Segundo, porém, 
ao observar uma taxa de reincidência que é pouco mais da metade nos países 
do Primeiro Mundo, a taxa de reincidência criminal no Brasil varia de 70% a 85%. 
Ao lidar com o alto índice de reincidência, pode afirmar que é reflexo direto do 
tratamento e das condições a que o presidiário foi submetido no ambiente 
prisional durante sua prisão, aliado ao sentimento de rejeição e indiferença com 
que é tratado pela sociedade e pelo próprio Estado ao recuperar a sua 
liberdade21. 
O estigma do ex-detento e o total desamparo por parte das autoridades 
faz com que o egresso do sistema prisional seja marginalizado no meio social, o 
que acaba o remetendo de volta ao mundo do crime, por não ter opções 
melhores. O alto índice de reincidência também é atribuído ao fato de a grande 
maioria dos presos não trabalhar. 
Segundo levantamento do Infopen, apenas 16% da população carcerária 
do país trabalha, o que é um direito e dever do preso, previsto no artigo 28 da 
Lei de Execução Penal, que visa a reeducar o preso por meio do 
 
18 COUTINHO, Claudio Coutinho Neto. A eficiência do Estado de Coisas Inconstitucional no 
sistema penitenciário brasileiro, 2020, p. 134 
19 FERREIRA, Angelita Rangel. Crime-prisão-liberdade-crime: o círculo perverso da 
reincidência no crime, 2011, p.24 
20 TOMAZ, Rosimayre. O método APAC: estratégia humana e eficaz de reinserção do preso no 
convívio social, 2016, p. 2. 
21 Ibidem, p.2. 
desenvolvimento de uma atividade laboral, visando à sua ressocialização.Diante 
das circunstâncias, é inegável que o cenário carcerário brasileiro é caótico, 
exigindo medidas eficazes e emergenciais, pois está à beira do colapso22. 
 
Obstáculos legais e de política à privatização de penitenciais brasileiras 
 
Dessa forma é possível observar que existem alguns problemas 
relacionados a privatização das prisões ao se observar a ressocialização. No 
âmbito jurídico, questiona-se a constitucionalidade da terceirização ou 
privatização do sistema prisional brasileiro, pois, embora não haja proibição 
expressa na legislação, o Estado não está legalmente autorizado a transferir seu 
poder coercitivo, que é exclusivamente seu, viola o direito fundamental à 
liberdade. Por outro lado, a Lei de Execuções Penais deixa claro o caráter 
jurisdicional da atividade de execução da pena, portanto, inelegível e deve ser 
exercida exclusivamente pelo Estado23. 
 Nesse ponto importante, deve-se destacar que, para alguns acadêmicos, 
a terceirização não afronta o texto constitucional ou infraconstitucional, pois o 
que ocorre não é a delegação do poder judicial de execução da pena, mas 
apenas a terceirização da penitenciária administração. Assim entende que, ao 
falar sobre a função jurisdicional do Estado, esta não está sendo transferida para 
o empresário privado, que se encarregará exclusivamente da função material da 
execução penal, ou seja, o administrador privado ficará responsável pela 
alimentação, limpeza, vestimenta, a chamada de hotel, enfim, para serviços que 
são indispensáveis em uma prisão24. 
A função jurisdicional, inelegível, fica a cargo do Estado, que, por meio de 
seu órgão jurisdicional, o único com direito ao uso da força, na observância da 
lei em suma, por serviços indispensáveis em uma prisão. Assim, fica clara a 
necessidade de distinguir entre os termos terceirização e privatização, pois na 
 
22 Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Sistema de Informação 
Penitenciária (Infopen), 2014, p.110. 
23 SILVA, André Ricardo Dias da. A privatização de presídios como mecanismo garante 
dos direitos fundamentais constitucionais na execução penal: uma tendência factível ou 
falaciosa, 2010, p.1 
24 Ibidem, p.1. 
 
terceirização o indivíduo não exerce atividade penal, como ocorre na 
privatização25. 
O segundo obstáculo é o político, que pode ser analisado em dois 
aspectos. O primeiro refere-se ao fato de que a privatização se tornou um 
negócio para empresas, e a preocupação é que este lucrativo mercado de 
controle do crime poderia fornecer um incentivo crescente para o crime, bem 
como para a adoção das políticas de encarceramento. O segundo aspecto diz 
respeito à forma como o Estado contrata e fiscaliza essas contratações, o 
massacre ocorrido em fevereiro em Manaus, no Complexo Penitenciário Anísio 
Jobim, chamou atenção por ser um presídio terceirizado da empresa 
Umanizzare, que revelou o Estado a incapacidade de administrar e fazer cumprir 
contratos com o setor privado26. 
Portanto, é evidente que o Estado, ao transferir a administração das 
penitenciárias para o privado, não deve fazê-lo por meio da privatização, mas da 
terceirização, não se eximindo de suas responsabilidades previstas na 
Constituição Federal de 1988 e na legislação infraconstitucional brasileira. 
manter o monopólio estatal da execução criminal e supervisão estrita dos 
contratos de terceirização com a iniciativa privada. Deve manter o monopólio 
estatal da execução criminal e supervisão estrita dos contratos de terceirização 
com a iniciativa privada. Deve manter o monopólio estatal da execução criminal 
e supervisão estrita dos contratos de terceirização com a iniciativa privada27. 
 
Ressocialização X Privatização 
 
A situação do sistema penitenciário brasileiro é conturbada, em um 
cenário de superlotação, proliferação de doenças e abusos,físicos e mentais, 
onde a principal função do castigo, que é a ressocialização, não é cumprida. 
Diante desse cenário factual, uma das alternativas adotadas como solução no 
Brasil foi a terceirização ou privatização dos presídios. No início, ocorreram 
algumas terceirizações de serviços básicos penitenciários, mas com o tempo a 
 
25 SILVA, José Adaumir Arruda da. A Privatização de presídios: Uma ressocialização 
perversa. Rio de Janeiro: Revan, 2016, p. 67. 
26 Ibidem, 2016, p. 89 
27 D’URSO, Luíz Flávio Borges. Privatização Das Prisões Mais Uma Vez A Polêmica, 2013, 
p.1. 
prática se ampliou, de modo que em alguns casos se reconhece a chamada 
privatização em sentido estrito, o que é inconstitucional, dada a impossibilidade 
de delegação da execução penal aos individuais, visto que se trata de um 
monopólio constitucional do Estado28. 
Portanto, a privatização das prisões, com a transferência da gestão da 
execução penal do Estado para a iniciativa privada, revela-se inconstitucional e 
dar maior dignidade aos presidiários com possível redução de custos aos cofres 
públicos é o modelo de terceirização penitenciária, em que o Estado transfere 
para a iniciativa privada apenas a administração dos recursos materiais e 
humanos da prisão, permanecendo no exercício de sua função gestor da 
execução da pena, conforme preconiza a Constituição Federal e a Lei de 
Execução Penal29. 
No entanto, o Estado deve ter cautela, pois deve garantir que as 
disposições contratuais estão sendo cumpridas pela iniciativa privada para 
garantir que o preso esteja cumprindo sua pena sem violar seus direitos 
fundamentais. Permitindo a sua ressocialização, visto que, apesar de, na maioria 
dos casos, não delegar a atividade de execução criminal à iniciativa privada, 
estando ausente, mesmo que parcialmente, da sua função de Governo, o Estado 
estará a desempenhar tal delegação. As experiências já realizadas têm 
mostrado bons resultados em termos de execução penal, embora existam 
algumas lacunas a corrigir30. 
O problema da ressocialização constitui um tema de primeira ordem, que 
interessa não só aos estudiosos do direito penal na medida em que se refere 
não às funções da pena, mas a todas as pessoas envolvidas na administração 
da justiça penal e à sociedade em geral. A ineficácia e ilegitimidade da 
ressocialização aumentam. As críticas na área de eficácia baseiam-se nas taxas 
de reincidência. Esta posição é questionável uma vez que o conceito de 
reincidência muda no tempo e no lugar e cada Código Penal tem seu próprio 
conceito de reincidência31. 
 
28 MOTTA, Manoel Barros. Crítica da Razão Punitiva: Nascimento da Prisão no Brasil. Rio 
de Janeiro: Forense, 2011, p. 278 
29 Ibidem, 2011, p.282 
30 BOCALETI, Juliana Maria. Superlotação e o Sistema Prisional Brasileiro: É possível 
ressocializar? 2017, p.6 
31 Ibidem, 2017, p. 9. 
Além disso, a ineficácia da ressocialização é baseada no universo global 
da reincidência em um determinado país ou região. Essa metodologia não é 
válida, pois há presidiários que não querem participar dos programas de 
ressocialização e não participam realmente. Há quem diga “irrecuperável”, com 
a advertência de que este rótulo não deve ser adotado, que tem um perfil 
determinista de positivismo criminológico, o que atualmente não é aceito, deve-
se reconhecer que são pessoas com maior dificuldade de ressocializar32. 
Ademais, esse universo global de reincidência não considera que às 
vezes o Estado não oferece uma política de ressocialização, ou que não é 
desenvolvida cientificamente, ou que não é realizada conforme planejado, ou em 
sua totalidade. Quanto à ilegitimidade da ressocialização, pode-se argumentar 
que esse problema não existe se for respeitada a vontade livre e informada do 
condenado. Porém, com a vinculação do regime de execução da pena e a 
ressocialização do tratamento, a coerção pode ocorrer, mesmo que disfarçada33. 
Para contornar esse problema, é proposto o consensualismo 
penitenciário, segundo o qual por meio de negociação entre o diretor 
penitenciário, o juiz e o condenado, as atividades de reabilitação são decididas 
com igual autonomia e constam de um contrato, do qual assinam os três 
interessados. Cumpridos os objetivos estabelecidos no contrato, o condenado 
avança na dinâmica da execução criminal. O não cumprimento pode levar à 
transferência para uma prisão com regime mais rígido. Outra questão é se o 
mundo prisional pode se comprometer com a ressocialização. Para conhecer a 
realidade da prisão, é necessário fazer pesquisas empíricas dentro dela, para 
enfrentar os problemas34. 
 As prisões com elevado impacto de encarceramento apresentam, 
consequentemente, grande instabilidade, caracterizada pela violência individual, 
de reclusos contra reclusos e também pela violência coletiva (motins). Os 
distúrbios vão se manifestar com grande intensidade no Brasil entre os anos de 
1990 e 2007. Atualmente, esse fenômeno é raro no Brasil, pois os líderes de 
facções foram transferidos para prisões especiais. A fim de reduzir dois 
 
32 NETO, Manoel Valente Figueiredo. A ressocialização do preso na realidade brasileira: 
perspectivas para as políticas públicas. Âmbito Jurídico, 2009, p.1 
33 Ibidem, 2009, p.1 
34 D’URSO, Luíz Flávio Borges. Privatização das prisões mais uma vez a polêmica, 2013, 
p.1 
problemas carcerários, a investigação concluiu que a democratização da prisão 
e a privatização poderia ser uma possibilidade. A democratização, de uma 
perspectiva limitada, devido à participação dos condenados em atividades de 
livre risco, contribuiu para a criação de um ambiente menos conflituoso e 
gerando um senso de responsabilidade para os condenados, aspecto muito 
importante da socialização35. 
Privatização, apesar das restrições que se tem, em virtude da 
indelegabilidade de penas justas e dois conflitos, dois objetivos da empresa 
privada, que é o lucro dos fins de justiça, da sua forma de gestão e através de 
algumas correções, também pode ser uma alternativa para esse fim. Atualmente, 
propõe-se uma concepção de ressocialização da cidadania, pois uma cidadania 
e um fundamento do Estado brasileiro reconfirmado na Constituição e, portanto, 
é o paradigma de todas as políticas públicas, incluindo a política penitenciária de 
ressocialização36. 
Uma concepção ressocializante busca construir, resgatar ou reafirmar a 
sociedade. Uma construção da sociedade para os condenados que não têm o 
Estado, a empresa e a família como condições básicas para o exercício de uma 
cidadania crítica, participativa e responsável. O resgate da cidadania destina-se 
a anos de condenação aos que exercem cidadania responsável e perdem as 
condições para o seu exercício. Para que a ressocialização da cidade fique vazia 
contra o crime, que seja uma posição determinista e arrogante do positivismo 
criminológico que não permite um estado social e democrático direto, 
respeitando a dignidade humana37. 
A ressocialização cidadã considera que será eficiente e atenderá ao seu 
objetivo ou condenada à liberdade por motivada e qualificada para o exercício 
pleno de um cidadão crítico participativo e responsável, um cidadão ativo e, 
portanto, menos vulnerável ao crime. A ressocialização tem um conteúdo aberto, 
ou seja, admite todas as técnicas e métodos, com a limitação da ética, duas 
diretrizes fundamentais, dois reclusos e dado consentimento livre e esclarecido, 
ou seja, legalmente válido. Nesse sentido, admitimos elementos de 
 
35 MAURICIO, Célia Regina Nilander. A privatização do Sistema Prisional, 2011, p.110. 
36 Ibidem, 2011, p.112. 
37 TOMAZ, Rosimayre. O método APAC: estratégia humana e eficaz de reinserção do 
preso no convívio social, 2016, p,1. 
ressocialização formativa, como o trabalho, a educação, a religião, as atividades 
esportivas e culturais e o contato como no exterior, que devem se refletir na 
perspectiva da cidade, com repercussões significativas.Admite-se também a 
ressocialização terapêutico-curativa, para situações muito específicas como 
dependência de drogas e agressores sexuais violentos38. 
 
Ressocialização uma prioridade 
 
A ressocialização de ex-reclusos representa uma das áreas prioritárias do 
Ministério da Justiça, que deve ser respeitada, pois visa diminuir o risco de 
reincidência por meio da reabilitação psicossocial de ex-presidiários liberados de 
estabelecimentos penitenciários, em particular, a oferta e execução de 
atividades e serviços, cuja ausência também pode aumentar o risco de 
reincidência, ao passo que sua prestação facilita a superação as dificuldades 
ligadas à reabilitação e ressocialização dos indivíduos39. 
Na definição de ressocialização, é importante distinguir a palavra “re” da 
palavra de origem latina “socialização”, que significa: tornar a pessoa parte da 
sociedade, processo de aquisição de determinado conhecimento, sistema de 
normas e os valores de certos indivíduos, o que lhes permite tornar-se um 
membro pleno da sociedade. Inclui um impacto direcionado na pessoa 
(educação), bem como processos naturais e espontâneos, que influenciam a 
formação da personalidade40. 
A ressocialização significa a reintegração dos condenados à vida social - 
sociedade. Consequentemente, a ressocialização ou correção do ofensor 
implica na transformação da personalidade do ofensor de forma que deixe de 
violar o direito penal e respeite as regras de convivência humana e visa a 
integração gradual da pessoa na sociedade por meio da pedagogia, saúde e 
psicoterapia. Já a reabilitação envolve a obtenção de um resultado específico 
por meio de um programa específico41. 
 
38 TOMAZ, Rosimayre. O método APAC: estratégia humana e eficaz de reinserção do 
preso no convívio social, 2016, p,1. 
39 BOCALETI, Juliana Maria. Superlotação e o Sistema Prisional Brasileiro: É possível 
ressocializar? 2017, p. 5 
40 Ibidem, 2017, p. 7 
41 NETO, Manoel Valente Figueiredo. A ressocialização do preso na realidade brasileira: 
perspectivas para as políticas públicas, 2009, p.1. 
O Art.82 da Lei de Execução Penal, dispõe que os estabelecimentos 
penais se destinam ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao 
preso provisório e ao egresso. Ou seja, destina-se ao recluso que seja submetido 
a medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. O dever do Estado 
seria oferecer uma formação profissional, bem como direito do reeducando, 
assim sendo facilitado um futuro para o egresso sendo mais favorável a inserção 
social, sendo prevenindo a reincidência42. 
Porém o Estado não trata o apenado de maneira justa, a sociedade 
juntamente com o Estado deveria buscar medidas a fim de recuperar o sujeito. 
Deve-se buscar soluções para ressocializar o preso, dando a ele o direito a 
educação, as atividades laborais que a própria Lei de Execução Penal prevê, 
que não são colocadas em pratica, bem como a sociedade que julga, condena e 
exclui o apenado, não dando chance para o reeducando de recapacitação 
quando ele sai do sistema penitenciário43. 
 A verdade é que as prisões são as verdadeiras escolas de crime, onde 
os delinquentes com maior grau de periculosidades esta juntamente preso com 
que cometeu um crime de menor potencial ofensivo, o sistema carcerário deveria 
sofrer uma transformação, dando oportunidade de trabalho e educação para o 
sujeito dentro dos estabelecimentos penais, oferecendo uma oportunidade de 
cumprir a sua pena, e conseguinte exercer uma atividade digna de trabalho44. 
 Destarte as políticas públicas deveriam tomar medidas mais eficazes, o 
trabalho sendo inserido nas prisões, traria lucros e também como um meio de 
devolve-lo a sociedade e a reaproximação de sua família. A capacitação do 
carcerário é a maneira mais eficaz do indivíduo a ser inserido no mercado de 
trabalho para viver de forma digna para que o sujeito não volte ao egresso. O 
condenado deve ser ressocializado em caso de penas privativas ou privativas de 
liberdade. E o processo de ressocialização deve ocorrer durante e após o 
cumprimento da pena45. 
Nesse sentido, o processo de cumprimento da pena no sistema 
penitenciário é de grande importância para a ressocialização dos presidiários, e 
 
42 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal, 2011, p.982 
43 Ibidem, 2011, p. 982. 
44 BOITEUX, Luciana. Drogas e cárcere: repressão às drogas, aumento da população 
penitenciária brasileira e alternativas, 2014, p.17. 
45 Ibidem, 2014, p. 18. 
o trabalho das autoridades penitenciárias deve ser voltado para auxiliar o 
condenado na adaptação à vida pública após a libertação da pena. É por isso 
que é dever do estado para fornecer o condenado com todas as condições 
necessárias para o seu retorno à sociedade, sem consequências adversas, 
como um cidadão responsável que vai continuar sua vida sem crime 46. 
Alcançar a meta de ressocialização é um processo abrangente e 
complexo, alcançado por meio de uma combinação de diferentes ações. 
Especificamente, o exercício dos direitos conferidos ao arguido pela lei é um dos 
contribuintes para a ressocialização. Portanto, todos os direitos previstos na lei 
para o acusado devem ser garantidos na prática. A lei de detenção reconhece 
os direitos do acusado e o Estado deve criar condições que garantam o exercício 
desses direitos47. 
Quando se trata de ressocialização, é necessário manter o contato do 
infrator com o mundo exterior, com o público, o que inclui o direito a visitas, 
ligações e correspondência, encontros com parentes e próximos e ao contato 
contínuo. É importante garantir os direitos dos presidiários, como moradia, 
alimentação, higiene pessoal, vestimenta, trabalho, saúde e prevenir a 
degradação de sua personalidade, para que se sintam seres humanos de pleno 
direito. O processo de ressocialização é de fato impossível sem a formação geral 
e profissional do condenado, pois a educação faz parte do programa de 
ressocialização e tem caráter estritamente educativo48. 
A maioria dos presos tem um baixo nível de educação, portanto, 
presumivelmente, esse baixo nível de educação afetou suas vidas antes de sua 
prisão e pode ter desempenhado um papel importante na prática do crime. 
Consequentemente, a educação é essencial para que os infratores tenham 
confiança em sua capacidade de buscar educação ou profissão após a 
libertação, o que os ajudará a encontrar emprego e ganhar a vida. Portanto, 
receber tanto a educação geral quanto a profissionalizante é uma das bases para 
 
46 ROSSINI, Tayla Roberta Dolci. O sistema prisional brasileiro e as dificuldades de 
ressocialização do preso, 2015, p.1. 
47 Ibidem, 2015, p.1 
48 JULIÃO, Elionaldo Fernandes. A ressocialização por meio do estudo e do trabalho no 
sistema penitenciário brasileiro, 2011, p. 87. 
 
que o condenado possa se inserir na sociedade a partir dos conhecimentos 
adquiridos no cumprimento da pena49. 
O recluso receberá a referida experiência se, ao longo da escolaridade, 
também exercer o trabalho ou outras atividades no respetivo estabelecimento 
penitenciário. Mas também é preciso levar em consideração a relevância do 
trabalho a ser realizado e as capacidades físicas e de saúde da pessoa. 
Independentemente da importância da educação e do conhecimento 
profissional, vários problemas ainda se colocam, tais como baixo envolvimento 
dos beneficiários, falta de motivação, falta de informação sobre os programas 
entre os beneficiários, cursos de curta duração, falta de infraestrutura 
adequada50. 
No entanto, também é importante notar que mesmo com a educação 
adequada, ainda existem problemas de emprego associados a vários fatores, 
tais como: O estigma na sociedade, a condenação anterior, a privação do direito 
de conduzir um veículo por muito tempo (no caso de crime relacionado com 
drogas), etc. Consequentemente, o enfrentamento destes problemas exigirá 
mais recursos e encontrar formas eficazes,que devem ser desenvolvidas ao 
longo do tempo51. 
 Além disso, no processo de ressocialização, é importante garantir o 
direito de participar de rituais religiosos, esportivos, culturais, educativos e 
religiosos, o direito de estar diariamente ao ar livre (gozar do direito de caminhar), 
como todos estes são fundamentais para atingir a meta de ressocialização52. 
Ao discutir a questão ressocialização da pessoa condenada, é importante 
considerar não apenas a regulamentação da legislação nacional, mas também 
as normas internacionais, que estabelecem que uma pessoa privada de 
liberdade deve ser tratada com pleno respeito de seus direitos, e os objetivos de 
uma pena de prisão ou medidas semelhantes privativas da liberdade de uma 
pessoa são principalmente para proteger a sociedade contra o crime e para 
reduzir a reincidência, o que pode ser alcançado, se o tempo gasto na prisão 
 
49 JULIÃO, Elionaldo Fernandes. A ressocialização por meio do estudo e do trabalho no 
sistema penitenciário brasileiro, 2011, p. 87 
50 BRITO, Alex Couto de. Execução penal. Editora Saraiva, 2018, p.378 
51 Ibidem, 2018, p.378 
52 ROSSINI, Tayla Roberta Dolci. O sistema prisional brasileiro e as dificuldades de 
ressocialização do preso 2015, p. 1 
garantir, na medida do possível, a reintegração destes indivíduos na sociedade 
após a libertação53. 
Por isso, os estabelecimentos penitenciários devem proporcionar 
educação, formação profissional e trabalho, bem como outras formas de 
atividades e assistência educativas, morais, espirituais, sociais, de saúde e 
desportivas adequadas, devendo a relação com os reclusos visar a sua 
integração social esforços através da reabilitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 TOMAZ, Rosimayre. O método APAC: estratégia humana e eficaz de reinserção do 
preso no convívio social, 2016, p.2 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base no exposto, pode-se concluir que a ressocialização para não 
regredir do condenado é muito importante para a prevenção da reincidência da 
criminalidade e para o retorno do condenado à sociedade como membro efetivo. 
A reabilitação e ressocialização bem-sucedidas de uma pessoa em conflito com 
a lei dependem de uma combinação de muitos fatores: política liberal de justiça 
criminal, funcionamento eficaz das agências estaduais, apoio do público, etc. 
Conforme observado acima, deve haver o desenvolvimento de programas 
significativos de ressocialização e reabilitação, no entanto, problemas ainda 
persistem, como a falta de infraestrutura necessária para os programas, bem 
como a baixa motivação dos beneficiários e a subcultura criminosa que precisa 
ser tratada e resolvida por meio de melhorias na legislação, aumentar o acesso 
dos beneficiários aos programas e, consequentemente, aumentar os orçamentos 
dos programas, bem como aumentar o número e envolvimento de psicólogos e 
assistentes sociais. 
É importante que durante o período da sentença os direitos dos 
condenados não sejam ilegalmente restringidos e ou privados e que as 
condições para o cumprimento da pena sirvam ao seu desenvolvimento pessoal. 
Acabando como uma cultura de punição, combinada com animus baseado em 
raça, classe e infraestrutura, que levou o Brasil a ser o terceiro país a mais 
confinar no mundo. A politização da política de justiça criminal e a falta de 
avaliação baseada em evidências resultam em uma catraca unilateral na qual a 
lei e a política se tornam cada vez mais punitivas. 
Os custos humanos e financeiros do encarceramento em massa são 
assombrosos e o fardo recai desproporcionalmente sobre os pobres e as 
pessoas de cor. No entanto, é necessário oferecer oportunidades aos presos de 
ressocialização para não regredir e com isso desafiar o vício do país no 
encarceramento. 
 
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https://jus.com.br/artigos/51336/o-metodo-apac-estrategiahumana-e-eficaz-de-reinsercao-do-preso-no-convivio-social/2
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