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Legislação Ética Profissional do Contador aula 1

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DESCRIÇÃO
Este estudo compreende os principais aspectos relacionados ao universo do profissional da área
de contabilidade – suas atribuições e seus comportamentos – tendo como base as questões
relativas à ética que deve prevalecer no dia a dia de trabalho.
O conteúdo abordará, portanto, os seguintes tópicos: o conceito de ética e sua inserção na
Filosofia; os campos de ética e da moral; as fontes das regras éticas; a sociedade e a ética; o
papel da Contabilidade na sociedade; as teorias relacionadas à ética; os conflitos éticos; os
principais problemas éticos nas empresas; as tomadas de decisão baseadas em princípios éticos;
a relação entre ética e resultado contábil; os fundamentos da ética profissional; a Lei nº
6.404/1976 e eventuais alterações posteriores; e a Lei nº 123/2006 e alterações posteriores.
PROPÓSITO
Apresentar o posicionamento esperado para a atuação do profissional dedicado à área contábil
atualmente, preparando-o para que haja o completo entendimento do conceito de ética (e seu uso
prático como parte da rotina profissional), e dos conceitos e das atribuições da profissão, incluindo
a necessidade de atualização constante e o importante valor social impresso no papel do
contador.
Assim, o futuro profissional contará com as ferramentas necessárias para uma atuação completa,
baseada na credibilidade, contribuindo para a profissionalização e o crescimento das empresas
dos mais diversos tamanhos e mercados corporativos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o estudo, tenha em mãos as Leis nº 6.404/1976 e nº 123/2006 (que trata do
regime simplificado de tributação) e suas eventuais alterações posteriores, além do Manual das
Sociedades por Ações.
OBJETIVOS
 MÓDULO 1
Reconhecer que a educação requer uma visão das doutrinas morais e éticas, perpassando pela
perspectiva do microssocial e do macrossocial, além dos aspectos organizacionais e profissionais
 MÓDULO 2
Reconhecer a estrutura e organização dos Conselhos fiscalizados da classe (CFC/CRC), suas
responsabilidades e os exames necessários para o exercício da profissão
 MÓDULO 3
Relacionar o conhecimento prático e teórico ligados à profissão
INTRODUÇÃO
Atualmente, mais e mais a humanidade tem se preocupado com a falta de valores éticos,
resultado de um sistema econômico-financeiro baseado em uma relação em que a busca pelo
lucro leva aos mais diversos comportamentos antiéticos no ambiente profissional.
A falta de consciência ética, proveniente do que chamamos de massificação, acaba gerando um
processo que não favorece a formação de uma consciência crítica, reforçando, ao contrário, a
indiferença e o sentimento de impotência diante dos acontecimentos.
Dessa maneira, verifica-se uma degradação de valores que leva o indivíduo a adotar uma posição
de passividade, revelando que os juízos de valores e normas éticas são considerados meramente
uma questão de preferência individual, pois cada pessoa apresenta seu próprio conjunto de
crenças e valores, com comportamentos e objetivos distintos, ocasionando, assim, conflitos nos
relacionamentos vivenciados nas sociedades.
MÓDULO 1
 Reconhecer que a educação requer uma visão das doutrinas morais e éticas,
perpassando pela perspectiva do microssocial e do macrossocial, além dos aspectos
organizacionais e profissionais
CONCEITO DE ÉTICA E SUA INSERÇÃO NA
FILOSOFIA
A ética vem sendo tratada como um estudo, ou reflexão científica/filosófica, até teológica, sobre os
costumes e as ações humanas. Ela defende princípios universais e atemporais, apoiada em
estudos de antropologia cultural e em costumes tradicionais, pressupondo padrões de
comportamentos que se adequam à época vigente.
A ética tem por objeto o estudo do comportamento humano, com o fim de estabelecer os níveis
aceitáveis que garantam a convivência pacífica dentro das sociedades e entre elas.
Veja, a seguir, algumas definições de ética:
Segundo Ferreira (1993, p. 235), ética é “o estudo dos juízos de apreciação referente à conduta
humana, do ponto de vista do bem e do mal”.
Para Sá (2015, p. 3) a ética é “a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”,
sabendo-se que ela pode se alterar “conforme a sociedade, a época, os conceitos e até conforme
o grupo em que os indivíduos participam” (SANTOS, 2015, p. 4).
Alves (2005), em seu estudo, destaca a importância de serem mantidos elevados padrões éticos
para a própria sobrevivência da classe contábil, principalmente em função da contabilidade estar
pautada sobre alicerces financeiros, grande gerador de conflitos.
Apesar de todas as variações e conceitos de ética que podemos encontrar em nosso dia a dia, a
noção que ainda permanece é o da distinção entre o bem o mal: agir eticamente é agir de acordo
com o bem.
Assim, nesse contexto, não existe uma definição absoluta do bem e do mal, que podem se
apresentar de diferentes formas, dependendo da cultura, das crenças, das ideologias e das
tradições de uma sociedade, comunidade ou grupo de pessoas.
CAMPOS DA ÉTICA E DA MORAL
Ética
Tem como fundamento explicar regras e comportamentos morais do ser humano de maneira
racional e científica, por meio de legislações que legitimam esses comportamentos perante a
sociedade.

Moral
Está relacionada com o conjunto de regras aplicadas no cotidiano pelo cidadão, conforme seu
próprio entendimento do que é certo ou errado.
Em um contexto filosófico, a ética e a moral têm significados diferentes, porém bastante
relacionados nas questões de conduta de um indivíduo em sociedade.
 Veja alguns exemplos de ética versus moral:
AJUDAR A QUEM PRECISA
Quando alguém pede alguma ajuda financeira na rua ou quando um idoso pede auxílio para
atravessar a rua, a pessoa tem a opção de ajudar ou não.
Pela ética, a pessoa não seria obrigada a ajudar em nenhuma das situações. Entretanto, a
moral, por estar mais relacionada com os valores individuais, pode fazer com que ela reflita sobre
aquela situação e ofereça a ajuda necessária.
COMETER ATOS ILÍCITOS
Essa é uma questão importante para ser refletida dentro dos conceitos da moral e da ética.
Situações ilícitas, como roubar ou matar, são possíveis de punição por lei, e entendemos que pela
ética seriam então uma atitude ilegal e, moralmente falando, não condizente com os bons valores
e costumes da sociedade.
Portanto, cometer atos ilícitos como roubar e matar são considerados pela ética e pela moral
ações que requerem punições, sejam elas legais ou morais.
JOGAR LIXO NA RUA
Esse também é um exemplo em que a reflexão sobre ética e moral são postas em prática.
Quando uma pessoa está caminhando por uma via pública e deseja se desfazer de uma
embalagem, ela deve, pela ética, jogar a embalagem no lixo, ato que seria correto, inclusive pela
moral.
Entretanto, caso ela decida jogar a embalagem na via pública, está cometendo um ato que, pela
ética, é considerado ruim, pois mesmo não sendo uma atitude punitiva em alguns estados
brasileiros, a pessoa está sujando a rua e dando um mau exemplo, estimulando outras a fazerem
o mesmo ato. Em um sentido mais amplo, a finalidade de ética e a de moral são muito
semelhantes, pois ambas são responsáveis por construir as bases que guiarão a conduta do
homem e a melhor forma de agir em sociedade.
FURAR FILA
Outra questão que exemplifica a reflexão sobre a ética e a moral é a ação de furar fila em locais
de atendimento público como bancos, restaurantes etc.
O correto, pela ética, seria respeitar a ordem e aguardar a vez. Entretanto, como é uma ação que
não leva a grandes punições, uma pessoa pode furar a fila se achar que é correto fazer isso,
mesmo que moralmente não seja adequado.
MALTRATAR ANIMAIS
Maltratar animais é uma atitude bem polêmica e controversa na reflexão sobre a ética e a moral,
pois é preciso levar em conta que em determinados países cada grupo ou sociedade tem seu
próprio código de ética relacionado a essa questão.
É fato que, moralmente falando, maltratar animais é uma atitude negativa. Porém, em um
determinadopaís, utilizar animais para, por exemplo, fazer pesquisa científica pode não ser
considerada uma atitude antiética em virtude do código de ética estabelecido. Já em outra região,
a mesma atitude pode ser considerada um desrespeito aos princípios.
PREJUDICAR ALGUM COLEGA DE TRABALHO
No ambiente de trabalho, é comum que se tenha a chamada ética profissional, supondo-se que
todos os funcionários devam agir de acordo com tal princípio.
Por isso, caso um funcionário resolva prejudicar um colega em favor do próprio crescimento
profissional, por exemplo, essa atitude é considerada incorreta, seja pela falta de ética ou de
moral. Afinal, o funcionário demonstra, assim, que sua atitude não está de acordo com o código de
ética profissional ou condizente com o que a sociedade considera correto em termos morais.
FONTES DAS REGRAS ÉTICAS
O fato de se considerar a ética como a expressão única do pensamento correto implica na ideia de
que existem certas formas de ação melhores que outras. Podemos encontrar, então, cinco
fontes das regras éticas. Porém, essas fontes não têm o consenso dos estudiosos. Na opinião
de alguns filósofos, por exemplo, não existem duas naturezas humanas, uma verdadeira e outra
falsa. Existe, sim, uma só natureza, fonte maior das normas éticas.
A natureza humana “verdadeira” vem do homem sadio e puro, em que habitariam todas as
virtudes do caráter íntegro e correto. Toda ação do homem ético seria uma ação ética
(universalidade ética).

A forma ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para todo o
pensamento sadio.

A busca refletida dos princípios do comportamento humano. Assim, cada significado do
comportamento ético tornar-se-ia objeto de reflexão por parte dos agentes sociais.

A legislação de cada país, ou de foros internacionais, ou mesmo o código de ética profissional de
cada corpo social organizado.

Os costumes.
Segundo outros autores, a própria realidade social seria a fonte maior das regras éticas, uma vez
que ela influencia o comportamento das pessoas, mostrando-lhes, ao longo da vida, o que é certo
e o que é errado.
 ATENÇÃO
A reflexão sobre o comportamento das pessoas no cotidiano de suas vidas irá indicar, com
clareza, as origens do comportamento socialmente aceito, o comportamento ético.
SOCIEDADE E ÉTICA
Em qualquer sociedade encontramos a existência de dilemas morais, que são o reflexo das ações
das pessoas, e surgem a partir do momento em que, diante de uma situação qualquer, a ação de
um indivíduo, ou de um grupo, contraria o padrão de comportamento “saudável”.
Interessante observar que o comportamento das pessoas sofre alterações ao longo da história.
Aquilo que sempre foi considerado como um comportamento amoral pode, a partir de determinado
momento, passar a ser visto como um comportamento mais adequado. Essas alterações podem
aparecer, por exemplo, em comportamentos que em tempos de paz são condenáveis e passam a
ser aceitáveis em tempos de guerra.
 ATENÇÃO
Ainda que não torne os indivíduos “moralmente perfeitos”, a ética tem por função investigar e
explicar o comportamento das pessoas ao longo das várias fases da história, servindo de base
para o estabelecimento de novos “padrões” de comportamentos, visando a diminuir o nível de
conflitos de interesses dentro da sociedade.
TEORIAS RELACIONADAS À ÉTICA
Várias interpretações foram dadas à moral e à ética ao longo dos tempos e em diversas
civilizações, servindo de base para grandes reflexões acerca do comportamento humano e da sua
constante busca de uma convivência mais harmoniosa nas relações interpessoais.
De modo geral, podemos identificar quatro grandes tradições filosóficas ocidentais: a ética da
virtude, a ética cristã, a ética deontológica e a ética utilitarista.
ÉTICA DA VIRTUDE
Iniciou-se com Aristóteles (séc. IV a.C.), na Grécia Antiga. Ela defende, basicamente, que agir
com retidão visando ao bem é sempre importante, pois o ser humano desenvolverá virtudes
(amizade, justiça, coragem, temperança e prudência) e o caráter na incessante busca da
felicidade.
Ainda de acordo com o filósofo, a virtude pode ser treinada e exercitada a partir da observação de
atitudes de pessoas virtuosas. Podemos citar, como exemplo, o profissional que busca a solução
para um determinado problema empresarial recorrendo às suas habilidades e competências
(virtudes), explorando recursos que outros profissionais não pensariam em utilizar.
ÉTICA CRISTÃ
A Ética Cristã, para Walter Kaiser Jr. (2016) e Norman Geisler (2010), pode ser resumida em viver
e agir como Deus deseja, e tal desejo é encontrado nas Escrituras ou Bíblia Sagrada. A Bíblia,
segundo o autor, pode funcionar como guia, como sentinela, como bússola ou como princípio,
para o viver ético e moral que agrada a Deus.
ÉTICA DEONTOLÓGICA
Também conhecida como ética do dever, pressupõe que existem atos corretos e incorretos em
cada um, independentemente das consequências boas ou más que resultem da ação. É também
considerada a ética das regras e da obrigação.
Essa ética se fundamenta no imperativo categórico Kantiano (filósofo Immanuel Kant), exigindo
comportamentos inflexíveis dos seres humanos. Como exemplo, é possível citar o comportamento
“não mentir”, que deverá ser obedecido mesmo que implique na morte de entes queridos.
A ética profissional, ou moral profissional, denomina-se também deontologia, que quer
dizer o estudo dos conceitos básicos do direito e do dever.
ÉTICA UTILITARISTA
Considera o bem e o mal a partir das suas consequências, ou seja, resulta de um cálculo racional
que avalia as consequências positivas e negativas de um ato. Nessa concepção, caso o ato traga
mais vantagens do que desvantagens, é considerado ético.
O filósofo John Stuart Mill, a partir das ideias de Bentham, identifica um ato ético como aquele
que traz mais benefícios do que malefícios, ou seja, ele busca caminhos alternativos para as
soluções de conflitos preconizando uma harmonização. Podemos citar como exemplo a própria
“mentira”, que poderá ser aceita como um comportamento, dependendo das circunstâncias em
que ela ocorra.
O PAPEL DA CONTABILIDADE NA
SOCIEDADE
A especialista Aurea Lopes da Silva Paes fala sobre a contabilidade e a sociedade.
PAPEL DA CONTABILIDADE NA SOCIEDADE
A contabilidade exerce importante papel para a continuidade das empresas (papel social),
colaborando para a manutenção dos empregos e para criação de novos, como na geração de
bem-estar da coletividade.
A sociedade, de maneira geral, exige do contador um comportamento ético sempre pautado no
respeito à legislação, justamente pelo fato de a contabilidade ser uma área no qual o nível de
confiabilidade entre as partes deve ser alto. Esse tipo de conduta é bastante valorizado,
contribuindo para o sucesso no setor.
Tal comprometimento vai além do que é estabelecido no Código de Ética Profissional do Contador
(CEPC), publicado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que pode ser entendido
como uma relação das práticas de comportamento que se espera que sejam observadas no
exercício da profissão, habilitando o contador na adoção de atitude pessoal de acordo com os
princípios éticos, de mais respeito perante a sociedade e para com os deveres da profissão.
 ATENÇÃO
O profissional contábil é aquele que tem como função fornecer informações e avaliações,
principalmente de natureza física, financeira e econômica sobre o patrimônio das pessoas físicas
ou jurídicas de qualquer natureza e que objetivam auxiliar no processo de tomada de decisões.
Ao conhecer profundamente a empresa, o profissional contábil é chamado constantemente a não
apenas evidenciar o que já aconteceu, mas para auxiliar em decisões futuras da empresa, sendo
peça fundamental para a sobrevivência delas.
CONFLITOS ÉTICOS E PRINCIPAIS
PROBLEMAS ÉTICOS NAS EMPRESAS
Todo profissional, contador ou não, em algum momento da carreira poderá se deparar com
dilemas éticos que exigirão alguma decisão imediata. Suaatitude, dependendo da forma como
tais dilemas forem conduzidos, poderá ter impacto positivo ou negativo no seu futuro profissional.
Exemplos de dilemas comuns que surgem nas empresas:
ASSÉDIO
Seja ele moral ou sexual, consiste em uma perseguição inconveniente que tem como alvo uma
pessoa ou grupo de pessoas, forçando-o(s) a fazer algo contra a vontade.
CORRUPÇÃO
Ação de corromper uma outra pessoa com a finalidade de obter benefício de interesse próprio.
PRESENCIAR ATITUDES ANTIÉTICAS
O dilema envolve o fato de o profissional denunciar ou não o companheiro que está agindo
desonestamente.
AGIR COM PARCIALIDADE
O dilema surge quando um profissional considera as relações de amizade em detrimento de uma
análise mais profunda sobre o assunto.
USO DE INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS
O dilema ocorre quando o profissional usa informações confidenciais para gerar benefícios
próprios ou então para terceiros.
APROPRIAÇÃO INDEVIDA
Apropriação indevida: ação ilícita e desonesta que vem do uso, da falsificação, apropriação
indevida etc., com a finalidade de enganar outras pessoas, seja em benefício próprio ou de
outrem.
TOMADA DE DECISÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS
ÉTICOS
Dilemas como os mencionados anteriormente, assim como vários outros, podem acontecer mais
vezes em nossa vida profissional do que gostaríamos. Não existe uma fórmula pronta para lidar
com eles, uma vez que cada situação tem suas próprias características e consequências.
Participar ou ser um mero expectador do dilema ético acaba trazendo dúvidas sobre como
enfrentá-los: denunciar ou não aquilo que você está observando?
Para evitar erros, sugere-se aos profissionais que tomem suas decisões sempre baseadas em
normas e procedimentos, normalmente recomendados pelas próprias organizações das quais
fazem parte. Essas recomendações são chamadas de “Código de Conduta”. Toda empresa tem o
seu código.
 SAIBA MAIS
O Código de conduta é um conjunto de normas que oferece diretrizes para decisões empresariais
e estabelece a diferença entre certo e errado. Normalmente, além de orientar sobre
comportamentos com os clientes, fornecedores, funcionários e proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais, os códigos estabelecem multas e punições para forçar a obediência a esses
comportamentos e coibir os comportamentos inadequados.
Muitas preocupações advêm da necessidade de administrar comportamentos que a experiência
demonstra serem duvidosos. Por exemplo:
 Oferecer presentes para compradores.
 Aceitar presentes de vendedores ou fornecedores.
 Usar em proveito próprio informações da empresa ou fornecê-las para outros.
 Utilizar recursos da empresa ou organização para finalidades pessoais.
 Falar mal ou procurar deliberadamente denegrir a imagem dos concorrentes.
 É certo ou errado pedir aos funcionários que trabalhem horas extras sem receber a
remuneração devida em nome do “amor à camisa”?
 É certo ou errado dar aos funcionários ordens que violam princípios legais?
 É certo ou errado demitir funcionários em nome da eficiência e da economia de recursos?
Ser fiel às suas convicções éticas e morais ainda é o melhor caminho para lidar com esses
e outros dilemas.
RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E RESULTADO CONTÁBIL
Ao iniciar o assunto a respeito da ética e contabilidade, é necessário discutir os motivos que levam
um profissional contábil a elaborar alguns tipos de demonstrativos ilegais ou comprovantes de
rendimentos sem o devido respaldo – vale dizer que, se esse profissional age dessa maneira, é
porque encontra anuência entre outros profissionais da sua rede de relacionamentos, como
empresários, funcionários de órgãos públicos e pessoas que assim concordam com tais práticas.
Veja alguns exemplos:
1
2
3
4
1
Um contador pode, por exemplo, agir de forma ilegal para manter um cliente em sua carteira e
continuar recebendo os seus honorários de forma regular.
2
O empresário, por sua vez, pode omitir receitas para se manter em um enquadramento tributário
mais favorável, ou não mencionar alguma atividade desenvolvida pela empresa para pagar menos
impostos ou, até mesmo, utilizar sócios que não são realmente sócios, mas que são mais
“adequados” ao âmbito empresarial. Mas, para isso tudo, ele precisa de um profissional contábil
que “feche os olhos” e “não faça muitas perguntas”.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps2
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps3
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps3
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps4
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01562/index.html#collapse-steps4
3
Já os funcionários de alguns órgãos públicos podem concordar em não fiscalizar uma empresa em
troca de favores e/ou comissões, como também podem autorizar o funcionamento de uma
empresa em local não tão próprio e até “passar por cima” de erros contábeis e fiscais.
4
Forjar demonstrações contábeis para “melhorar” o desempenho financeiro e econômico de uma
entidade, seja para aumentar os ganhos dos investidores, impressionar acionistas ou beneficiar o
mercado financeiro com bons resultados, aparece entre os maiores procedimentos antiéticos já
relatados a partir da análise de grandes escândalos de fraudes financeiras como o da Enron
Corporation, que escondeu no balanço, em 2001, bilhões de dólares em dívidas.
A melhor forma de acabar com essas práticas antiéticas é contar com um profissional contábil,
que domina um conjunto de conhecimentos e técnicas que expressam a linguagem do negócio,
exercendo suas funções de acordo com as instruções normativas e a ética, o que o tornará um
profissional mais valorizado no mercado de trabalho.
Além disso, seu papel é de extrema utilidade e passa por transformações diárias para se adaptar
aos novos tempos. Essas transformações não podem arranhar preceitos éticos, tão necessários a
uma profissão, e que devem permanecer imutáveis, tais quais os princípios de contabilidade.
FUNDAMENTOS DA ÉTICA PROFISSIONAL
A ética profissional tem relação direta com a confiança que a sociedade deposita no
especialista que executa determinado trabalho.
Para ser considerada profissão, uma atividade deve agrupar um conjunto de características, entre
elas:
A existência de um conjunto de conhecimentos científicos necessários para seu exercício.
Um órgão de classe responsável pelo ingresso de novos profissionais, pela manutenção dos
registros e pela avaliação da conduta dos profissionais.
Razoável controle exercido pela profissão sobre as instituições de ensino.
Cultura própria e específica.
Um conjunto de preceitos éticos a serem seguidos, como um código de conduta ética decorrente
de uma exigência social.
Para Sá (2015), os profissionais liberais da contabilidade se destacam pelo seu papel de proteção
à riqueza das células sociais e por produzir documentos sobre o comportamento patrimonial. O
autor afirma, ainda, que o profissional contábil pertence a “ uma das profissões mais antigas do
homem, que evoluiu com a sociedade e hoje se situa entre as mais requeridas e as mais
difundidas, pois toda empresa e toda instituição precisam, obrigatoriamente, destes serviços”.
Portanto é fácil perceber que a sociedade espera depositar sua total confiança nesse profissional.
Essa confiança cresce à medida que a conduta do profissional se enquadra na esperada.
 ATENÇÃO
Essa conduta, por sua vez, pode ser resumida em um Código de Conduta Ética Profissional,
conjunto de princípios ou valores morais, cujo conteúdo tem que atender aos princípios
fundamentais da ética profissional relacionados com a prática de comportamentos corretos e
incorretos (proibidos) no exercício da profissão.
Apesar de servir tambémpara coibir procedimentos antiéticos, seu objetivo principal é expressar e
dar coragem ao sentido de justiça e decência do profissional.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Elaborando eticamente um convívio em sociedade
Relações possíveis entre moralidade e ética
Movimentos e transformações da moralidade
A confiança e as demais repercussões da ética profissional
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (ANO: 2017 - BANCA: CS-UFG - ÓRGÃO: IF-GO - PROVA: CS-UFG - 2017
- IF GOIANO - AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO) - EM QUE CONSISTE O
CÓDIGO DE ÉTICA DE UMA ORGANIZAÇÃO?
A) Trata-se da definição formal de conduta que serve como guia de ação para os problemas que
envolvem questões éticas na organização.
B) É a definição voltada aos aspectos do comportamento ético praticado nos níveis inferiores da
hierarquia organizacional.
C) Diz respeito à definição de atitudes éticas a serem praticadas na organização, registradas
individual e informalmente pelos integrantes da organização.
D) Consiste em uma definição de abrangência ampla, voltada aos comportamentos específicos e
esperados para o exercício de cada profissão.
E) Trata-se de definição informal de conduta e comportamento dos funcionários de uma empresa.
2. NO DESEMPENHO DAS FUNÇÕES CONTÁBEIS, SÃO CONSIDERADOS
COMPORTAMENTOS ÉTICOS:
A) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente
de sua prática lícita.
B) Solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação
ilícita.
C) Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de
documentos.
D) Recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas.
E) Elaborar demonstrações contábeis com informações fornecidas pelo empresário mesmo sem a
apresentação de documentação hábil.
GABARITO
1. (Ano: 2017 - Banca: CS-UFG - Órgão: IF-GO - Prova: CS-UFG - 2017 - IF Goiano -
Auxiliar em Administração) - Em que consiste o código de ética de uma organização?
A alternativa "A " está correta.
O código de conduta é um documento formal com normas que oferece diretrizes para decisões
empresariais e estabelece a diferença entre certo e errado. Além de orientar sobre
comportamentos com os clientes, fornecedores e funcionários, os códigos estabelecem multas e
punições para forçar a obediência a esses comportamentos e coibir os comportamentos
inadequados.
2. No desempenho das funções contábeis, são considerados comportamentos éticos:
A alternativa "C " está correta.
Emitir opinião profissional sem estar devidamente informado sobre todas as circunstâncias e/ou de
posse de documentos comprobatórios não é um comportamento ético do contador no
desempenho das suas atividades profissionais.
MÓDULO 2
 Reconhecer a estrutura e organização dos Conselhos fiscalizados da classe (CFC/CRC),
suas responsabilidades e os exames necessários para o exercício da profissão
Encerramos o Módulo 1 esclarecendo que todo o profissional liberal, em especial o Contador,
deve pautar o seu trabalho a partir da ética e decência profissional. Além disso, como orientação,
ele deve seguir um Código de Conduta Ética Profissional, com conteúdo que atenda a esses
princípios e que reduza as práticas ilegais no ambiente de trabalho.
Mas quem exatamente cria e fiscaliza esse código de conduta?
Quem deseja atuar na área contábil deve saber que existem órgãos de fiscalização (CFC e CRC)
profissional que trazem benefícios aos profissionais – esses órgãos se concentram no profissional
(ou empresa a ele integrada) que executa ou explora atividades contábeis para mantê-lo dentro
dos padrões legais, técnicos e éticos.
DECRETO-LEI Nº 9.295/1946 E ALTERAÇÕES
Foi por meio do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, que foram criados o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC). O CFC está
sediado em Brasília e os CRCs em cada estado da Federação.
Esses órgãos são constituídos de dois terços (2/3) de Contadores e um terço (1/3) de Técnicos
em Contabilidade, denominados conselheiros, escolhidos da seguinte maneira:
Conselho Federal
Mediante votação secreta e pessoal de um Colégio Eleitoral, integrado por um representante de
cada CRC.
Conselhos Regionais
Mediante voto secreto, pessoal, direto e obrigatório de todos os Contadores e Técnicos em
Contabilidade com registro em vigor e em situação regular para o exercício da profissão contábil.
A duração do mandato dos conselheiros é de quatro anos e a renovação é feita
bienalmente, em eleições que ocorrem sempre nos anos de final ímpar.
DECRETO-LEI Nº 1.040/1969 E ALTERAÇÕES
POSTERIORES
Em 21 de outubro de 1969, os ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estabeleceram,
por meio do Decreto-Lei nº 1.040, que o Conselho Federal de Contabilidade funcionará como
Tribunal Superior de Ética Profissional (§ único, art. 10º), e que caberá a ele, juntamente com
todos os CRCs, a elaboração e aprovação do Código de Ética Profissional dos Contabilistas.
Os Conselhos
Tanto o Conselho Federal como os Conselhos Regionais serão compostos por contadores e, no
mínimo, por um técnico em contabilidade. Seus presidentes terão mandato de dois anos e serão
eleitos dentre seus respectivos membros contadores, admitida uma única reeleição consecutiva e
não podendo o período presidencial ultrapassar o término do mandato como Conselheiro.
Os membros
Os membros dos CRCs, e os respectivos suplentes, serão eleitos pelo sistema de eleição direta,
por voto pessoal, secreto e obrigatório de toda a classe contábil, com pena de multa ao
contabilista que deixar de votar sem causa justificada. Esses membros terão mandato de quatro
anos, renovando-se a sua composição a cada dois anos, alternadamente, por 1/3 (um terço) e por
2/3 (dois terços).
Para se habilitar ao cargo, os profissionais deverão preencher os seguintes requisitos e condições
básicas:
 Cidadania brasileira.
 Habilitação profissional na forma da legislação em vigor.
 Pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos.
 Inexistência da condenação por crime contra o fisco ou contra a segurança nacional.
Importante lembrar que toda a receita dos Conselhos só poderá ser aplicada na
organização e no funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício profissional.
RESOLUÇÃO CFC Nº 1.370/2011 -
REGULAMENTO GERAL
DOS CONSELHOS DE CONTABILIDADE E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
Agora que os Conselhos (Federal e Regionais) são conhecidos, podemos identificar o CFC como
uma Autarquia Especial Corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público.
Sua estrutura, organização e seu funcionamento foram regulamentados pela Resolução CFC nº
1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprovou o Regulamento Geral dos Conselhos de
Contabilidade.
O CFC é integrado por um representante de cada estado mais o Distrito Federal, no total de 27
conselheiros efetivos e igual número de suplentes. O CFC tem, dentre outras, as seguintes
finalidades:
Orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos
Regionais de Contabilidade, cada um em sua base jurisdicional, nos estados e no Distrito Federal.
Decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além
de regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas
de educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza
técnica e profissional.
Já os CRCs são subordinados ao Conselho Federal de Contabilidade e têm, dentre outras, as
seguintes finalidades:
 Fiscalizar, pelos próprios órgãos, o exercício da profissão do contabilista, impedindo e
punindo as infrações.
 Processar, conceder, organizar, manter, baixar, revigorar e cancelar os registros de
contador, técnico em contabilidade e organização contábil, assim como conceder e expedir o
certificado de registro cadastral.
 Examinar e julgar as reclamações e representação escritassobre os serviços de registro e
infrações cometidas pelo profissional.
 Eleger os membros do Conselho Diretor e dos demais Órgãos de Deliberação Coletiva.
 Adotar e promover, dentro do ângulo de sua competência e jurisdição, todas as medidas
necessárias à realização de suas finalidades.
 Cooperar com os órgãos do governo do estado no estudo e soluções dos problemas
referentes à profissão contábil, encaminhando ao CFC os assuntos da alçada federal.
 Incentivar e contribuir para o aprimoramento técnico, científico e cultural dos contabilistas
e da sociedade em geral.
 ATENÇÃO
Sobre a qualificação técnica do profissional contábil, podemos mencionar a obrigatoriedade
do Exame de Suficiência na área contábil (Lei nº 12.249/2010); do Exame de Qualificação Técnica
do Auditor (Resolução CFC nº 989/2003 e alterações posteriores); e do Exame de Qualificação
Técnica do perito contador (Norma Brasileira de Contabilidade NBC PP 02, de 21/10/2016).
O EXAME DE SUFICIÊNCIA
A especialista Aurea Lopes da Silva Paes fala sobre o exame de suficiência.
EXAME DE SUFICIÊNCIA NA ÁREA
CONTÁBIL
O Exame de Suficiência é realizado em duas edições por ano, de acordo com edital
disponibilizado no site do CFC.
A prova é composta de 50 questões objetivas, valendo um ponto cada uma, abrangendo os
seguintes assuntos:
Quadro: Assuntos Exame de Suficiência
Elaborado por: Viviane dos Santos
a) Contabilidade Geral b) Contabilidade de Custos
c) Contabilidade Aplicada ao
Setor Público
d) Contabilidade Gerencial
e) Controladoria f) Noções de Direito e Legislação Aplicada
g) Matemática Financeira e
Estatística
h) Teoria da Contabilidade
i) Legislação e Ética Profissional
j) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras
de Contabilidade
k) Auditoria Contábil l) Perícia Contábil
m) Língua Portuguesa Aplicada
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Será considerado aprovado aquele que acertar, no mínimo, 50% do total das questões, ou seja, 25
pontos; e reprovado aquele que acertar menos do 50% , ou seja, nota inferior a 25 pontos.
Um dos grandes desafios por parte dos examinandos é acompanhar as mudanças ocorridas na
área contábil, principalmente no que se refere às Normas Brasileiras de Contabilidade e aos
Pronunciamentos Contábeis, uma vez que são assuntos cobrados em prova
 ATENÇÃO
Um exemplo prático dessas alterações refere-se aos Pronunciamentos Contábeis, que tratavam
de Receita até 31 de dezembro de 2017. A partir de 1 de janeiro de 2018, os pronunciamentos
CPC 17 e CPC 30 foram revogados e no lugar entrou o CPC 47.
Para evitar erros na realização da prova, é importante que o examinando lembre que todas as
legislações, normas e resoluções que estiverem vigentes até 90 dias antes da data de
realização da prova poderão ser requeridas no exame. Isso significa que as alterações que
ocorrerem dentro dos 90 dias antecedentes à realização da prova deverão ser desconsideradas
tanto para a elaboração das questões quanto para a sua correção.
Veja na tabela a seguir o resultado do Exame de Suficiência por região, referente à segunda
edição de 2020.
Tabela: Resultado do Exame de Suficiência edição 2020 por região.
Extraída de: CFC,2021
É possível observar que a taxa de reprovação (75,74%) é alta, demonstrando que os profissionais
ainda têm um longo caminho a percorrer, uma vez que para exercer a atividade contábil é
fundamental estar regularmente registrado no CFC.
 VOCÊ SABIA
Em 2020, em virtude da pandemia causada pelo novo coronavírus, as edições ocorreram em
ambiente on-line. A primeira edição, realizada no dia 16 de agosto de 2020, das 9h30 às 14h , de
acordo com o horário oficial de Brasília-DF, ocorreu sem grandes transtornos, apesar de muitos
candidatos terem ficado sem acesso ao ambiente específico durante cerca de uma hora. Apesar
disso, os órgãos responsáveis pela aplicação e acompanhamento da prova concederam um prazo
suplementar, minimizando os problemas enfrentados.
Contudo, isso não aconteceu na segunda edição, prevista inicialmente para ocorrer no dia 8 de
novembro de 2020. Alegando um ataque cibernético em seus sistemas, a Consulpan, empresa
contratada pelo CFC para a aplicação da prova, suspendeu a realização das provas. Após análise
dos problemas apontados, a nova data foi anunciada: dia 31 de janeiro de 2021, mas, dessa vez,
a prova foi realizada de forma presencial, menos para a cidade de Manaus, respeitando-se todas
as medidas de segurança sanitária exigidas pelas autoridades governamentais.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Princípios éticos presentes na auditoria
O Conselho Federal de Contabilidade e sua responsabilidade ética
Conselhos Regionais de Contabilidade e o exercício da profissão
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. - (ANO: 2012 - BANCA: CFC - ÓRGÃO: CFC - PROVA: CFC - 2012 - CFC -
TÉCNICO EM CONTABILIDADE ADAPTADA) - COM RELAÇÃO À NORMA
APLICÁVEL AO EXERCÍCIO PROFISSIONAL, JULGUE AS SITUAÇÕES
HIPOTÉTICAS APRESENTADAS NOS ITENS ABAIXO E ASSINALE A OPÇÃO
CORRETA.
I. APÓS A OBTENÇÃO DA APROVAÇÃO NO EXAME DE SUFICIÊNCIA, O
PROFISSIONAL JÁ ESTÁ HABILITADO AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO.
II. PARA FINS DE FISCALIZAÇÃO, FICAM OS PROFISSIONAIS OBRIGADOS
A DECLARAR, EM TODO E QUALQUER TRABALHO REALIZADO, A SUA
CATEGORIA PROFISSIONAL, BEM COMO O NÚMERO DE SEU REGISTRO
NO CONSELHO REGIONAL.
III. A FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL, ASSIM
ENTENDENDO-SE OS PROFISSIONAIS HABILITADOS COMO CONTADORES
E TÉCNICOS EM CONTABILIDADE, É EXERCIDA PELOS CONSELHOS
REGIONAIS DE CONTABILIDADE JUNTAMENTE COM AS ENTIDADES
SINDICAIS.
ESTÁ(ESTÃO) CORRETA(S) A(S) OPÇÃO(ÕES) :
A) Apenas a I
B) As opções I e II
C) As opções I, II e III
D) Apenas a II
E) As opções II e III
2. A RESOLUÇÃO CFC Nº 1.370/2011, QUE TRATA DO REGULAMENTO
GERAL DOS CONSELHOS DE CONTABILIDADE, ESTABELECE A
COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE CONTABILIDADE NOS TERMOS DA
DELEGAÇÃO CONFERIDA PELO DECRETO Nº 9.295/1946.
CONSIDERANDO-SE A RESOLUÇÃO CFC Nº 1.370/2011, ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE NÃO CONSTITUI COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE
CONTABILIDADE.
A) Ajuizar responsabilização civil de Profissional da Contabilidade que tenha incorrido em prática
inconsistente com as normas de relatório financeiro em vigor.
B) Registrar, fiscalizar, orientar e disciplinar, técnica e eticamente, o exercício da profissão contábil
em todo o território nacional.
C) Regular sobre o Exame de Suficiência, o Cadastro de Qualificação Técnica e os Programas de
Educação Continuada.
D) Editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional, bem como os
Princípios Contábeis.
E) Incentivar e contribuir para o aprimoramento técnico, científica e cultural dos contabilistas e da
sociedade em geral.
GABARITO
1. - (Ano: 2012 - Banca: CFC - Órgão: CFC - Prova: CFC - 2012 - CFC - Técnico em
Contabilidade Adaptada) - Com relação à norma aplicável ao exercício profissional, julgue
as situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e assinale a opção correta.
I. Após a obtenção da aprovação no Exame de Suficiência, o profissional já está habilitado
ao exercício da profissão.
II. Para fins de fiscalização, ficam os profissionais obrigados a declarar, em todo e qualquer
trabalho realizado, a sua categoria profissional, bem como o número de seu registro no
Conselho Regional.
III. A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais
habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, é exercida pelos Conselhos
Regionais de Contabilidade juntamente com as entidades sindicais.
Está(estão) correta(s) a(s) opção(ões) :
A alternativa "D " está correta.
I - Alternativa errada. Os profissionais somente poderão exercer a profissão após a conclusão do
curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação,
aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que
estiverem sujeitos.
II - Alternativa correta. A fiscalização do exercícioda profissão contábil, será exercida pelo
Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade regular acerca.
Vide legislação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del9295.htm.
Parágrafo único. Para fins de fiscalização, ficam os profissionais obrigados a declarar, em todo e
qualquer trabalho realizado e nos elementos previstos neste artigo, a sua categoria profissional de
contador ou guarda-livros, bem como o número de seu registro no Conselho Regional.
III - Alternativa errada. A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os
profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo
Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade.
2. A Resolução CFC nº 1.370/2011, que trata do Regulamento Geral dos Conselhos de
Contabilidade, estabelece a competência dos Conselhos de Contabilidade nos termos da
delegação conferida pelo Decreto nº 9.295/1946.
Considerando-se a Resolução CFC nº 1.370/2011, assinale a alternativa que NÃO constitui
competência dos Conselhos de Contabilidade.
A alternativa "A " está correta.
De acordo com a Resolução nº 1.370/2011, a primeira resposta é a única que não é de
competência do CFC, uma vez que trata de assuntos cíveis e não profissionais.
MÓDULO 3
 Relacionar o conhecimento prático e teórico ligados à profissão
De acordo com os assuntos tratados no Módulo 2, o contabilista deve ter conhecimento de toda a
legislação profissional para que consiga pautar o seu trabalho a partir da ética e decência
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del9295.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del9295.htm
profissional, uma vez que existe todo um sistema que fiscaliza a sua atuação: CFC/CRCs.
Mas, durante a atuação profissional, é necessário conhecer outras legislações que também são
essenciais para que ele oriente adequadamente os empresários que buscam assessoria,
principalmente sobre procedimentos obrigatórios que devem ser adotados pelas empresas:
legislações trabalhista, tributária, previdenciária e tantas outras.
Confira algumas legislações:
LEI Nº 6.404/1976 E EVENTUAIS
ALTERAÇÕES POSTERIORES
A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, gerou o Manual da Contabilidade Societária, a
“bíblia” de todo profissional da contabilidade.
Essa lei dispõe sobre as chamadas Sociedades por Ações, ou seja, espécie de sociedade que
tem seu capital social dividido em ações, conforme abaixo:
ART. 1º A COMPANHIA OU SOCIEDADE ANÔNIMA
TERÁ O CAPITAL DIVIDIDO EM AÇÕES, E A
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS OU
ACIONISTAS SERÁ LIMITADA AO PREÇO DE
EMISSÃO DAS AÇÕES SUBSCRITAS OU
ADQUIRIDAS. ART. 2º PODE SER OBJETO DA
COMPANHIA QUALQUER EMPRESA DE FIM
LUCRATIVO, NÃO CONTRÁRIO À LEI, À ORDEM
PÚBLICA E AOS BONS COSTUMES. § 1º
QUALQUER QUE SEJA O OBJETO, A COMPANHIA
É MERCANTIL E SE REGE PELAS LEIS E USOS DO
COMÉRCIO. § 2º O ESTATUTO SOCIAL DEFINIRÁ
O OBJETO DE MODO PRECISO E COMPLETO. § 3º
A COMPANHIA PODE TER POR OBJETO
PARTICIPAR DE OUTRAS SOCIEDADES; AINDA
QUE NÃO PREVISTA NO ESTATUTO, A
PARTICIPAÇÃO É FACULTADA COMO MEIO DE
REALIZAR O OBJETO SOCIAL, OU PARA
BENEFICIAR-SE DE INCENTIVOS FISCAIS.
LEI Nº 6.404/1976
As empresas têm responsabilidades com a sociedade e compromisso com as comunidades nas
quais estão inseridas, uma vez que oferecerem empregos aos moradores, pagam impostos e
usam tecnologias que provocam impactos sobre essas comunidades. São os seus compromissos
de ordem social.
Por outro lado, esses compromissos não podem estar distantes do objetivo principal da empresa,
que é a obtenção de lucro e a transparência na divulgação do seu desempenho operacional e
financeiro por meio de relatórios contábeis.
Para que isso seja possível, a Lei nº 6.404 estabelece no artigo 176 quais são esses relatórios (as
demonstrações contábeis) que devem ser apresentados com base na escrituração mercantil da
companhia:
I – BALANÇO PATRIMONIAL:
Retrata a posição estática do patrimônio da sociedade por ações. É um retrato dos bens, direitos e
das obrigações em determinado momento, no caso, no encerramento do exercício.
II – DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU
PREJUÍZOS ACUMULADOS:
Discrimina as variações ocorridas na conta patrimonial correspondente no decorrer do exercício.
III – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO:
Retrata as alterações ocorridas no exercício, o movimento das receitas e despesas e suas
consequências para o patrimônio da entidade a partir do resultado econômico encontrado.
IV – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA:
Representa as variações ocorridas no caixa e equivalentes de caixa da companhia no decorrer do
exercício social.
V – SE COMPANHIA ABERTA, DEMONSTRAÇÃO DO
VALOR ADICIONADO
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007): dá publicidade aos interessados sobre a riqueza econômica
gerada pela companhia em determinado período, bem como é feita sua distribuição entre os
agentes internos (acionistas, funcionários etc.) e externos (governo, sociedade, financeiras etc.).
Além disso, existem as Notas Explicativas, cuja exigência aparece no § 4º do mesmo art. 176:
“As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício”.
Percebe-se, então, que a escrituração da companhia deverá ser mantida em registros
permanentes, obedecendo aos preceitos da legislação comercial, da Lei nº 6.404 e aos princípios
contábeis, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência. O contador é o profissional
legalmente habilitado que assina essas demonstrações.
AS NOTAS EXPLICATIVAS
A especialista Aurea Lopes da Silva Paes fala sobre as notas explicativas.
LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006 E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
A Lei Complementar nº 123/2006 instituiu o chamado Estatuto Nacional das Microempresas (ME)
e das Empresas de Pequeno Porte (EPP), conhecido popularmente como a Lei do Simples
Nacional.
O Simples Nacional (SN) é a opção por um regime de simplificação de apuração e
recolhimento de tributos oferecida a essas pessoas jurídicas (ME e EPP), além de um
tratamento diferenciado, que garante:
I – Apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios (IR, CSLL, PIS, COFINS, INSS PATRONAL, IPI, ICMS e ISS), mediante
regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
II - Cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias.
III - – Acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e
serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
IV - Cadastro Nacional Único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art.
146, in fine , da Constituição Federal.
Como esse tratamento diferenciado se refere a um público-alvo caracterizado por uma receita
bruta anual (R$360.000,00 para ME e R$4.800.000,00 para EPP) e algumas atividades não
permitidas (leiloeiros, cartórios, locação de mão de obra, por exemplo, são atividades impedidas
de optar pelo SN), é de se imaginar que muitas empresas impedidas tentarão, de qualquer jeito,
enquadrar-se no modelo proposto.
 ATENÇÃO
Importante ressaltar que aqueles que não conseguem se enquadrar no SN acabam optando pela
tributação baseada no Lucro Presumido ou Lucro Real – as duas outras formas de tributação
existentes no Brasil. Caso optem pela nova forma de tributação, poderão ter um aumento na carga
tributária que poderá chegar a 100%, dependendo da atividade desenvolvida e do faturamento
mensal.
Um bom planejamento tributário ainda é a melhor saída para quem inicia as atividades e
deseja identificar a melhor carga tributária para o seu empreendimento. Mas, infelizmente,
muitos empresários acabam sonegando informações importantíssimas nesseprocesso, levando a
erros de interpretação e de enquadramento pelo profissional contábil.
Diante desse contexto, percebe-se que muitos problemas tributários são causados pelos próprios
empresários, embora possam envolver o contador em assuntos de fraudes contábeis. Sugere-se
muita habilidade, conhecimento da legislação e prática para superar tais dificuldades e manter a
estabilidade no decorrer do trabalho.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Demonstrações financeiras e seu papel no fim de cada exercício
Tipos de empresa e a Lei Complementar nº123/2006
Exercício social de empresas e especificidades de microempresas e empresas de pequeno porte
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DE ACORDO COM O ARTIGO 176 DA LEI Nº 6.404/76, "AO FIM DE CADA
EXERCÍCIO SOCIAL, A DIRETORIA FARÁ ELABORAR, COM BASE NA
ESCRITURAÇÃO MERCANTIL DA COMPANHIA, AS SEGUINTES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, QUE DEVERÃO EXPRIMIR COM
CLAREZA A SITUAÇÃO DO PATRIMÔNIO DA COMPANHIA E AS MUTAÇÕES
OCORRIDAS NO EXERCÍCIO". EM SE TRATANDO DE COMPANHIAS
ABERTAS, AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXIGIDAS SÃO:
A) Balanço patrimonial - demonstração do resultado do exercício - demonstração dos fluxos de
caixa - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
B) Balanço patrimonial - demonstração do resultado do exercício - demonstração dos fluxos de
caixa
C) Balanço patrimonial - demonstração do resultado do exercício - demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados
D) Balanço patrimonial - demonstração do resultado do exercício - demonstração do valor
adicionado - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
E) Balanço patrimonial - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados - demonstração do
resultado do exercício - demonstração dos fluxos de caixa - demonstração do valor adicionado
2. OS DEMONSTRATIVOS ADOTADOS INTERNACIONALMENTE PELAS
EMPRESAS E QUE, A PARTIR DA LEI Nº 11638/07, REPRESENTAM TAMBÉM
OS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS PARA AS EMPRESAS
BRASILEIRAS, ALÉM DO BALANÇO PATRIMONIAL, DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO DO EXERCÍCIO E A DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO, SÃO:
A) Demonstração dos Lucros Acumulados e Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos
B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado
C) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração do Valor Adicionado
D) Demonstração das Reservas de Lucros e Demonstração do Fluxo de Caixa
E) Notas Explicativas e Demonstração de Lucros e Prejuízos
GABARITO
1. De acordo com o artigo 176 da Lei nº 6.404/76, "ao fim de cada exercício social, a
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício". Em se tratando de companhias abertas,
as demonstrações financeiras exigidas são:
A alternativa "E " está correta.
No enunciado, que é praticamente cópia literal do caput do art. 176, fica claro que a resposta deve
partir da premissa de que estamos diante de uma companhia aberta. Portanto, uma demonstração
(a DVA), em si, é o ponto que separa uma possível resposta de outra.
2. Os demonstrativos adotados internacionalmente pelas empresas e que, a partir da Lei nº
11638/07, representam também os demonstrativos contábeis obrigatórios para as empresas
brasileiras, além do Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, são:
A alternativa "B " está correta.
O art. 176 identifica a introdução da Demonstração dos Fluxos de Caixa e da Demonstração do
Valor Adicionado a partir da Lei nº 11.638/2007.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir a abordagem teórico-conceitual do tema, fica latente a necessidade de o profissional
da contabilidade estar sempre atualizado com as normas e leis vigentes, além de estar sempre
alerta às mudanças nas Normas Brasileiras, em especial ao CEPC.
A responsabilidade sobre todo o trabalho executado impõe ao contador, seja ele empregado de
uma entidade, funcionário público ou profissional liberal, um grau de atenção extremamente
elevado, em função da relevância das suas atividades que, quando elaboradas de maneira
assertiva, contribuem para o crescimento da organização.
Afinal, são inúmeros relatórios que precisam ser examinados e assinados pelo contador, desde a
abertura de uma nova empresa até o preenchimento dos vários livros obrigatórios (diário, razão
etc.). Além de elaborar as demonstrações contábeis, cabe a ele a produção e o envio das
obrigações acessórias exigidas pelos órgãos públicos (algumas mensais, outras anuais), tais
como SPED, RAIS, CAGED etc. Fora isso, ainda tem que observar o comportamento dos
empresários para quem presta serviço em virtude da sua responsabilidade solidária sobre
informações prestadas diariamente. Não é pouco trabalho não!
Exercitar os princípios contábeis com responsabilidade poderá ajudar o profissional a conduzir a
carreira com ética, retidão e caráter. É importante lembrar que o profissional se destaca no
mercado não por ter uma excelente carteira de clientes, mas, sim, por seguir as normas
relacionadas à sua área de atuação e por seguir os princípios éticos que lhe cabem.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALVES, F. J. S. Adesão do contabilista ao código de ética da sua profissão: um estudo
empírico sobre percepções. 2005. Tese (Doutorado em Contabilidade) - Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo, Brasil, 2005.
ALVES, F. J. S et al. Um estudo empírico sobre a importância do código de ética profissional
para o contabilista. Revista Contabilidade & Finanças (USP), São Paulo, v.18, n. spe. Junho,
2007.
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade (CFC). NBCPG01. Aprova o código de ética
profissional do contabilista – CEPC. Brasília, DF, 2019.
BRASIL. Decreto-lei n° 1.040/69, de 21 de outubro de 1969. Dispõe sobre os Conselhos
Federal e Regionais de Contabilidade, regula a eleição de seus membros, e dá outras
providências. Brasília, DF, 1969.
BRASIL. RESOLUÇÃO CFC Nº 1.370, DE 08 DE DEZEMBRO DE 2011. Regulamento Geral dos
Conselhos de Contabilidade. Brasília, DF, 2011.
BRASIL. RESOLUÇÃO CFC Nº 989 DE 11 de dezembro de 2003. Aprova a Norma sobre Exame
de Qualificação Técnica. Brasília, DF, 2003.
BRASIL. Norma Brasileira de Contabilidade NBC PP 02 de 21 de outubro de 2016. Aprova a NBC
PP 02 que dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica para o perito contábil. Brasília, DF,
2016.
BRASIL. RESOLUÇÃO CFC Nº 1527 DE 18 de agosto de 2017. Alterar os incisos XVII e XIX do
Art. 6º, os §§ 1º, 2º e 3º do Art. 9º e o Art. 12 da Resolução CFC n.º 1523/2017, que institui o
Código de Conduta para os conselheiros, colaboradores e funcionários dos Conselhos
Federal e Regionais de Contabilidade. Brasília, DF, 2017.
BRASIL. Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Brasília, DF, 1976.
BRASIL. Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Brasília, DF, 2006.
BRASIL. Lei nº 2848, de 7 de dezembro de 1940. Institui o código penal. Brasília, DF, 1940.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o código civil. Brasília, DF, 2002.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e
dá outras providências. Brasília, DF, 1990.
BRASIL. Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial e extrajudicial
do empresário e da sociedade empresária. Brasília, DF, 2005.
BRASIL. Lei nº 8.137 de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem tributária,
econômica e contra as relações de consumo e dá outras providências. Brasília, DF, 1990.
FERREIRA, A. B. H. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1993.
SÁ, A. L. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
SANTOS, F. A. Ética empresarial. São Paulo:Atlas, 2015.
GEISLER, N. Ética cristã. 2º Edição. São Paulo: Nova Vida, 2010.
KAISER Jr., W. O cristão e as questões éticas da atualidade. São Paulo: Nova Vida, 2016.
EXPLORE+
 Conheça um pouco mais o Conselho Federal de Contabilidade e suas atribuições e
responsabilidades, acessando o conteúdo disponível no site do CFC.
 Leia Entenda o caso Enron Corporation, de Cecília Schmitt, publicado em 1992.
Busque na internet!
CONTEUDISTA
Aurea Lopes da Silva Paes
 CURRÍCULO LATTES
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