Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
7ºaula Processos dos Complexos Agroindustriais objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • aprender sobre os processos de produção dos complexos agroindustriais; • analisar as características desses processos, das instalações e dos equipamentos. Disponível em: https://agrinatura-eu.eu/news/a-strategic-approach-to-eu-agricultural-research-innovation-final-paper/. acesso em: 21 set. 2021. complexos agroindustriais em países em desenvolvimento se relacionam com a economia mundial. em razão disso, para entender o que está ocorrendo na agricultura, não se pode analisar os segmentos separados e, sim, deve-se compreendê-los de maneira conjunta com as relações entre os elos da cadeia que interligam os setores agrícola, industrial e de serviços. essas relações de interdependência entre os setores de insumos, produção agrícola, indústria de alimentos e distribuição são estudadas desde a década de 1950, sendo muito importantes e necessárias para os complexos agroindustriais. Bons estudos! 34Economia e gestão do Agronegócio seções de estudo 1- Agronegócio: processos de produção 2- Tecnologias de produção: matéria-prima e instalações 1- Agronegócio: processos de produção o Brasil, dentre os países da América Latina, tornou-se o país de maior destaque no mundo para o crescimento do agronegócio e, através disso, criou-se o novo padrão agrícola, denominado de “complexo agroindustrial”, isso desde a Segunda Guerra. No país, os complexos agroindustriais constituíram-se de forma mais estruturada a partir de 1970, com a modernização agrária que tinha se iniciado no século anterior. As alterações relacionadas às inovações do campo surgiram em decorrência dos objetivos e das estratégias do capital, de ordem comercial e depois industrial e financeira. Nessa fase, os setores agropecuários que realizavam exportações, como café, cana-de-açúcar e algodão, foram os mais vulneráveis e em razão disso os primeiros que adquiriram e aplicaram inovações técnicas e de trabalho (erTHAL, 2006). os complexos agroindustriais são caracterizados por inter-relações dos segmentos indústria-agricultura-comércio- serviços com um padrão de agricultura moderna, em que o elo agropecuário passa a ser integrado com a indústria. A agricultura que antes era vista como uma economia de subsistência é substituída por atividades agrícolas relacionadas: à industrialização, à relação de troca e dependência entre segmentos, à intensificação da mão de obra e da divisão de trabalho, à troca das importações pelo mercado do país e à especialização da agricultura com a monocultura (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). o complexo agroindustrial se constitui a partir de setores e de atividades produtivas interligadas, pois nas atividades produtivas não poderia ter espaços vazios, ou seja, segmentos vazios, quando eram preenchidos, geravam novas atividades, tanto para frente como para trás, formando uma cadeia produtiva. os complexos agroindustriais brasileiros utilizavam padrões de consumo e de tecnologias novas, que não se dividiam mais dos diferentes capitais, seja agrícola, agroindustrial e financeiro, isto é, agora todos integram a economia do país de forma conjunta (FAJArDo, 2008). com a industrialização, a agricultura se transforma em um setor da produção semelhante à de uma indústria, ou seja, como uma fábrica que compra insumos e produz matérias- primas para outros setores de produção. A agricultura se transformou em complexos agroindustriais, dependente dos insumos de indústrias específicas, e que partir disso não produz somente bens de consumo final, mas também bens intermediários ou matérias-primas para outras indústrias de transformação (KAGeYAMA, 1990). com a industrialização da agricultura no Brasil, o setor industrial passou a direcionar inovações técnicas a agricultura. Desse modo, a agricultura, quando semi-integrada, acabou perdendo o direito de concorrer no mercado consumidor final e passa a se restringir aos interesses das indústrias, normalmente processadoras de suas matérias-primas. Portanto, a presença de complexos agroindustriais caracteriza pela existência de pelo menos dois setores integrados, que são a agricultura, e a indústria, sendo representado pelas indústrias de insumos e processadoras. Ainda é importante saber que os complexos agroindustriais podem ser completos ou incompletos (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). Nesse contexto, os complexos agroindustriais completos operam nas áreas de estocagem, comercialização, transporte e, também, financiamento, enquanto os incompletos somente têm relações para frente, ou seja, com as indústrias processadoras (SILVA, 1993). Nesses complexos agroindustriais, a interligação dos setores agrícola e industrial depende de indústrias de insumos e processadoras, que podem se envolver como a montante e a jusante do processo produtivo. As indústrias de insumos que se localizam a montante são responsáveis pela evolução técnica da agricultura, aumentando a produção e a produtividade, enquanto as indústrias processadoras que se localizam a jusante, tanto transformam as matérias-primas que chegam do campo como organizam a entrada, a integração e o comportamento dos empreendimentos rurais no complexo agroindustrial. essas indústrias de base (que são as de insumo) detêm dois segmentos diferentes, a saber: produção de máquinas (como tratores e implementos agrícolas) e produção de natureza biológica e química (como agrotóxicos, fertilizantes, rações, sementes etc.) (erTHAL, 2006). como consequência da modernização da agricultura, indústrias de maquinários se instalaram no Brasil, disponibilizando tecnologias para várias culturas agrícolas do país, isso ainda aumentou a oferta de emprego rural. De início, a tecnificação por meio de maquinários começou na cultura da soja e, posteriormente, se propagou em culturas como algodão, amendoim, laranja e milho. Tal ação, associada às políticas governamentais, possibilitou a instalação das primeiras oficinas de máquinas agrícolas, tendo como vantagem a proximidade territorial com os produtores rurais (clientes) (KAGeYAMA, 1990). outro grande setor industrial que se estabeleceu no Brasil, em razão da modernização da agricultura, foi o de defensivos agrícolas, fertilizantes e rações, devido à incapacidade de produção do complexo agroindustrial nacional. recentemente, sem esse setor e seus pacotes tecnológicos, a produção agrícola é inviável, além de ser onerosa (demanda maior mão-de-obra). Desse modo, para se aumentar a produtividade e, reduzir os custos de produção, o produtor rural procura por novas tecnologias, que aumentam seus custos produtivos e o torna dependente de mercados externos (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). A utilização de insumos se propagou no Brasil com a importação e, com o passar dos anos, os estímulos governamentais atraíram novas empresas. Posteriormente, de forma espontânea, as empresas procuraram desenvolver novos insumos que fossem adaptados às condições subtropicais como o solo, clima, e às espécies vegetais cultivadas. Apesar disso, com o uso abusivo e inadequado desses insumos na agricultura moderna, principalmente de 35 defensivos agroquímicos, cada vez mais começaram surgir novas populações de patógenos e pragas resistentes, fato que recentemente tem forçado grandes indústrias de insumos a desenvolverem produtos e práticas alternativas para o manejo dessas doenças e pragas (erTHAL, 2006). em outra perspectiva, o setor industrial de processamento transforma a matéria-prima produzida na agricultura em produtos finais para o consumidor. As processadoras são agroindustriais e atuam nos processos de pré-beneficiamento, beneficiamento ou transformação da matéria-prima agropecuária. empreendimentos que atuam na limpeza, secagem e armazenamento de grãos são agroindústrias de pré-beneficiamento, enquanto as agroindústrias de beneficiamento são responsáveis por padronizar e empacotaros produtos, como arroz, amendoim e milho de pipoca, assim como as agroindústrias de transformação que realizam o processamento de uma determinada matéria-prima e a transformam em produto final, como o óleo de soja, farinhas, cereal matinal, álcool e açúcar (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). Durante o período de 1945 a 1960 surgiram centenas de produtos novos com diferentes formatos, sabores, odores e cores, associados a embalagens novas e atraentes para os consumidores. e, ainda, iniciou-se a utilização de propaganda nos meios de comunicação em massa, como a TV, para viabilizar a aceitação desses produtos ao mercado, estimulando o surgimento de novas necessidades alimentares, como o fast-food. recentemente, tanto o setor industrial quanto o comercial, por exemplo, os supermercados e as instituições financeiras, investiram nas indústrias de processamento e, também, no setor agropecuário. Nesse contexto, muitas alterações foram realizadas, em sua maioria por empresas multinacionais, que influenciaram tanto o consumidor final quanto o setor agropecuário, incluindo pequenas empresas que foram desativadas ou absorvidas por elas. Portanto, a partir dos processos de verticalização e expansão, as empresas multinacionais de beneficiamento se tornaram muito importantes para os setores, principalmente, o agropecuário, o industrial e o financeiro, isso por conta da organização dos complexos agroindustriais, de forma a promover a integração dos seus segmentos (erTHAL, 2006). 1.1 Particularidades dos processos, das instalações e dos equipamentos Uma das maneiras do pequeno produtor agregar maior valor ao seu produto agrícola é por meio da industrialização de matérias-primas agropecuárias. em geral, os agricultores conhecem as tecnologias de transformação dessas matérias- primas, que são, inclusive, repassadas para outras gerações, ou seja, transmitidas de pais para filhos, mas os agricultores não têm plena consciência de como e por que se deve produzir com qualidade e segurança. Além do mais, tanto a sociedade como os órgãos fiscalizadores requerem a qualidade do produto agrícola, mas são poucos os produtores rurais que são capazes de transformar a matéria-prima com qualidade e segurança alimentar. Nesse sentido, para garantir a qualidade em unidades de processamento agroindustrial é preciso que cada etapa de processamento seja controlada (ALVAreNGA et al., 2006), como exposto na figura a seguir: Figura 1 - Fundamentos do controle de processos agroindustriais Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 206). como outros setores, a agroindústria necessita que a cadeia produtiva seja organizada. Assim, para que o funcionamento da agroindústria ocorra de forma adequada, ela depende principalmente de três setores de produção que são os setores primário, secundário e terciário, ou seja, a produção depende basicamente da disponibilidade de matéria-prima da agropecuária, de insumos de outras indústrias e de uma rede de serviços do setor terciário. É importante ressaltar que a agroindústria depende, principalmente, do setor primário, isto é, da matéria-prima necessária para o beneficiamento, processamento e transformação que vem do campo, tanto da agricultura quanto da pecuária e esses materiais devem ser ofertados em quantidade, qualidade e com baixo custo ao setor industrial (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). os setores secundário e terciário exercem forte influência sobre o desenvolvimento da agroindústria, em razão de demandar insumos básicos produzidos por outras fábricas, como embalagens plásticas ou de vidro, papelão, etc. Tal área também necessita que seus produtos finais cheguem até o consumidor por meio do setor terciário, que fornece serviços como transporte de cargas, coleta de resíduos e mão de obra especializada, além de serviços de comercialização em atacados e supermercados (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). A agroindústria é constituída por processos de beneficiamento, processamento e/ou transformação de 36Economia e gestão do Agronegócio matérias-primas vindas de atividades agrícolas, pecuárias, florestais, pesqueiras e extrativistas, atuando tanto em processos simples, por exemplo, como de secagem, classificação, limpeza e embalagem, quanto em processos mais complexos, como as operações química, física ou biológica, como a extração de óleos, a fermentação e a caramelização (PreZoTTo, 2016). 2- Tecnologias de produção: matéria- prima e instalações A matéria-prima agrícola é primordial para o processamento de produtos na agroindústria, no entanto, ela pode vir do campo com restos vegetais, como, por exemplo: raízes, folhas e galhos, pedras, terra e, inclusive, microrganismos que, possivelmente, causam deterioração dos alimentos e prejuízos à saúde humana, além de impactarem a qualidade do produto final. Portanto, para um processamento de boa qualidade é necessário ter matéria-prima de boa qualidade, sendo que ela precisa ser tratada ao chegar às unidades de recebimento e processamento (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). Para os processos agroindustriais exige-se a seleção de matérias-primas e a sanitização de produtos de origem vegetal. o objetivo dessa seleção é separar a matéria-prima das impurezas. Quanto à seleção de material de origem vegetal eles são escolhidos para o consumo in natura, levando- se em conta o tamanho, o formato e a coloração adequada; já os produtos inadequados, ou seja, aqueles que apresentam pequenas injúrias, esses são utilizados na agroindústria. Porém, materiais vegetais com bolores causados por fungos devem ser condenados, pois esses microrganismos podem produzir micotoxinas que resistem a temperaturas em torno de 250°c (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). No caso do leite, essa matéria-prima deve chegar refrigerada à agroindústria, de preferência a 5°c e, ainda, ocorre a verificação dos teores de acidez. Nesse sentido, quando ácido, o leite apresenta coloração violeta ou avermelhada e em boas condições de processamento apresenta a coloração azul. Após o recebimento, o leite deve ser imediatamente pasteurizado e, caso não seja, deverá ser guardado resfriado, à temperatura máxima de 4°c por até, no máximo, 24 horas (ALVAreNGA et al., 2006). outro exemplo é o caso das carnes, que devem chegar embaladas na agroindústria, seja em caixas, sacos de plástico ou outro material, além de estarem congeladas ou em temperatura de resfriamento, sendo mantidas em uma câmara de congelamento ou frigorífica. Para o processamento, deve- se utilizar toda a matéria-prima, pois não pode voltar para o resfriamento ou congelamento e depois do descongelamento toda a carne deve ser processada rapidamente para evitar uma possível contaminação (ALVAreNGA et al., 2006). em outro aspecto, quanto aos processos de sanitização da matéria-prima de origem vegetal, primeiramente, são retiradas as sujeiras grossas e finas com procedimentos de limpeza e, posteriormente, reduz-se a carga microbiana com a desinfestação. Na etapa de limpeza, a matéria-prima deve ser lavada em água corrente limpa com cloro residual livre, no mínimo de 1 ppm, banhos de imersão, jatos d’água ou peneiras, até retirar todas as impurezas (eScoLA eSTADUAL De eDUcAÇÃo ProFISSIoNAL — eePc, 2011). Para a etapa de desinfestação, o material vegetal segue o procedimento de imersão em solução de hipoclorito de sódio a 100 ppm por 20 minutos. entretanto, as quantidades podem variar, pois outras literaturas afirmam que a concentração de cloro livre varia conforme a maturação das matérias-primas, mas, geralmente, utiliza-se dosagens da ordem de 20 ppm de cloro livre. A exemplo disso, para a produção de compotas e conservas na agroindústria, essa classificação é uma etapa muito importante (eeeP, 2011). Essa classificação considera o tamanho, a coloração, o ponto de maturação, a ausência de defeitos e a presença de manchas, entre outros aspectos. O objetivo da classificação do tamanho visa obter lotes uniformes, alémde melhorar a estética do produto final. Ela também garante a demarcação rígida do tempo e a temperatura do tratamento térmico, garantindo maior aproveitamento dos equipamentos, isso quando a indústria é automatizada (eeeP, 2011). No que se refere ao processo de instalação da agroindústria, considera-se a facilidade de sanitização e de limpeza e, também, as normas de construção, de acordo com a legislação vigente. com relação a isso, fatores como conforto térmico, renovação do ar e acessibilidade também precisam ser atendidos (STeIN; MALINSK; SILVA, 2020). Além disso, as agroindústrias devem estar longe dos acúmulos de lixo e de locais que anteriormente foram aterro de lixo e/ou de depósitos de resíduos biológicos e químicos, pois esses resíduos podem contaminar o lençol freático ou serem carregados pelo vento, fato que, inviabiliza a utilização da água da região e/ou contaminando a matéria-prima nas etapas de processamento e produto final. Também se evita instalar as agroindústrias em terrenos com depressões ou desníveis, que em geral sofrem alagamentos e retornos de resíduos sanitários das tubulações e instalações hidráulicas (abastecimento de água potável) e sanitárias (ALVAreNGA et al., 2006). O tamanho da agroindústria deve permitir a flexibilização da produção nos períodos de entressafra da matéria-prima principal, de maneira que não haja contato entre o produto processado e a matéria-prima na área de processamento. As etapas do processamento precisam ser operacionalizadas de modo individualizado, visando evitar a contaminação cruzada do ambiente e do produto que se encontram em uma área denominada de área “suja” para uma menos “suja”, até conseguir o produto final (ALVARENGA et al., 2006; MAcHADo; DUTrA; PINTo, 2015). A ordem dos setores da planta baixa de uma agroindústria deve seguir um fluxo de trabalho para que não haja contaminação da área “suja” para a área “limpa”. Essa ordem não deve dificultar o fluxo de trabalho e todas as relações com o meio externo da agroindústria devem ser realizadas em uma antessala. As portas e as janelas de vestiários e de sanitários não devem ser voltadas para qualquer dependência interna da agroindústria (ALVAreNGA et al., 2006; LIMA; VILLAS-BÔAS, 2018). Na Figura 2, a seguir, é apresentado o esquema de fluxo de uma agroindústria. 37 Figura 2 - Esquema de fluxo das agroindústrias Fonte: Stein, Malinsk e Silva (2020, p. 210). Não é permitido que as pessoas e os objetos de cada setor fiquem transitando entre outras áreas, para evitar a contaminação cruzada. As áreas de recepção da matéria- prima, processo e estoque de produtos finais precisam ser isoladas. As paredes da agroindústria devem ter cor clara, superfície lisa e serem laváveis e impermeáveis, com pelo menos 2 metros de altura e ainda resistirem à aplicação dos produtos de limpeza com acabamento que evite o acúmulo de poeira. As paredes e o teto devem ser limpos constantemente, por isso, a parede e o teto devem ser fabricados em material resistente para tal higiene (oLIVeIrA; ANDrADe, 2012). Chegamos ao final de nossa sétima aula. Espero que vocês tenham compreendido as noções gerais dos processos de produção no contexto do agronegócio, bem como algumas particularidades desses processos agroindustriais. Retomando a aula 1 – Agronegócio: processos de produção Aqui, estudamos aspectos conceituais a respeito da abordagem dos complexos agroindustriais. Nesse sentido, vimos como são caracterizados alguns dos processos de produção no contexto do agronegócio. 2 – Tecnologias de produção: matéria-prima e instalações Aqui, examinamos alguns procedimentos de produtos na agroindústria, analisando particularmente o processamento do matéria-prima. Desse modo, estudamos os aspectos gerais dos processos de sanitização da matéria-prima de origem vegetal, bem como algumas características das instalações desse processo de produção. A eMBrAPA oferece cursos gratuitos que se relacionam diretamente com o agronegócio. Saiba mais acessando o link a seguir: https://www.horabrasil.com.br/ 2021/09/24/embrapa-abre-inscricoes-para-mais-de-30- cursos-online-com-certificado-gratis/. Vale a pena acessar Vale a pena minhas anotações
Compartilhar