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Trabalho de Conclusão - Consentimento informado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO 
UNISAL – CAMPUS LICEU 
 
 
 
 
 
 
 
Inara Caroline Rochinski Godinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EM FACE DO 
CONSENTIMENTO INFORMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2021 
Inara Caroline Rochinski Godinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EM FACE DO 
CONSENTIMENTO INFORMADO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como exigência parcial para a obtenção do grau de 
Bacharel no curso de Direito no Centro Universitário 
Salesiano de São Paulo. 
 
Orientador: Prof. Mestre Emerson Carbinatto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2021 
Inara Caroline Rochinski Godinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EM FACE DO 
CONSENTIMENTO INFORMADO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como exigência parcial para a obtenção do grau de 
Bacharel no curso de Direito no Centro Universitário 
Salesiano de São Paulo. 
 
Orientador: Prof. Me. Emerson Rodrigo Carbinatto. 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em............................ pela 
comissão julgadora: 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Emerson Rodrigo Carbinatto 
(Centro Universitário Salesiano de São Paulo) 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Emerson Marinaldo Gardenal 
(Centro Universitário Salesiano de São Paulo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Amanda. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Venho prestar os devidos agradecimentos, com muita alegria primeiramente: 
Ao meu marido Vitor, a pessoa que mais me ajudou a superar todas as 
adversidades ocorridas durante a minha trajetória na faculdade, sempre me motivando 
e acreditando na minha capacidade. 
Aos meus queridos professores, em especial Prof. Paula Bozzi, Prof. Marina 
Mesquita, por todo carinho, respeito e empatia que me ofereçam durante o curso. 
Minha mais sincera admiração por todos os Mestres. 
Ao meu Orientador e grande Mestre, Prof. Emerson Carbinatto, por toda 
contribuição que me deu com o seu conhecimento, além de sua dedicação em me 
ajudar a realizar este trabalho. 
Agradecer, humildemente, a mim mesma por me manter forte nos períodos 
mais difíceis, por nunca desacreditar do meu potencial e por todo o esforço e 
dedicação que tive para atingir minhas metas. Gratidão a todos. 
 
RESUMO 
 
 
 
Este trabalho possui a finalidade de promover uma análise do instituto do 
Consentimento Informado, baseado em fontes secundárias e em trabalhos de 
terceiros. Logo, será realizado um estudo aprofundado à luz do Código Civil, Código 
de Defesa do Consumidor, análises doutrinárias e artigos científicos. De início, será 
abordado o conteúdo da responsabilidade civil, expondo seus requisitos e 
pressupostos e, neste sentido, a sua aplicabilidade quando falamos sobre os 
profissionais liberais, sobretudo os médicos. Além disso, serão apresentados os tipos 
de obrigações decorrentes do contrato estabelecidos entre o médico e paciente, e o 
momento em que se dá a responsabilização deste profissional quando sua prestação 
de serviços não atinge o fim pelo qual se comprometeu ou restou inadequada. E por 
decorrência disso, gerou dano ao paciente. Por fim, trazer análise quanto ao conceito 
de consentimento informado, seus requisitos, pautados pelo princípio da autonomia, 
bem como, sua importância em nosso ordenamento jurídico com observação nos 
entendimentos jurisprudenciais atuais. 
 
Palavras-chave: responsabilidade civil – consentimento informado – dever de 
informar 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 
2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL E SEUS ELEMENTOS ........................................ 9 
2.1 Elementos da responsabilidade civil .................................................................. 9 
2.1.1 A ação ........................................................................................................ 10 
2.1.2 O dano ....................................................................................................... 10 
2.1.3 Nexo causal ............................................................................................... 11 
2.1.4 Da culpa ..................................................................................................... 12 
2.2 Responsabilidade do profissional liberal .......................................................... 13 
2.2.1 Da obrigação de meio ................................................................................ 13 
2.2.2 Obrigação de Resultado ............................................................................ 15 
3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO E SUA CARACTERIZAÇÃO .............. 16 
3.1 Da obrigação meio e de resultado do médico .................................................. 17 
3.2 Responsabilidade civil subjetiva do médico ..................................................... 18 
3.3 Responsabilidade contratual e extracontratual do médico ............................... 18 
4 CONSENTIMENTO INFORMADO E O DEVER DE INFORMAR ........................... 20 
5 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EM FACE DO CONSENTIMENTO 
INFORMADO SOB A ÓTICA JURISPRUDENCIAL .................................................. 24 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 27 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 28 
8 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O consentimento informado foi introduzido em nosso ordenamento jurídico em 
2002 e trouxe mudanças significativas na relação contratual entre médico e paciente. 
Este instituto traz consigo a ideia de que o paciente detém autonomia para 
decidir sobre seu tratamento e ter todo o tipo de esclarecimento necessário para 
entender seu diagnóstico. 
Uma vez que o médico falha em dar as devidas informações ou adota 
tratamentos ou procedimentos sem anuência do paciente, este correrá o risco de 
responder na esfera da responsabilidade civil, além de outras possíveis sansões. 
Assim, após recepção deste conceito, aquele que de alguma forma foi 
acometido por enfermidade ou necessita de prestação de serviços médicos, o mesmo 
possui autonomia para escolher o profissional que irá lhe assistir, equitativamente, 
decidir se irá adotar o método de tratamento proposto por esse profissional. 
Dito isto, devido esta autonomia da vontade, oriundo do princípio da autonomia, 
o vínculo estabelecido entre médico e paciente passaram de relação unilateral para a 
relação de consumo, dado que as tratativas se dão de forma horizontal, em 
observância no que disposto no Código Civil, bem como, no Código de Defesa do 
Consumidor. Assim, como qualquer outro contrato, quando o médico falha em sua 
prestação de serviço a ele acarretará o ônus de reparar qualquer dano ocasionado por 
sua ação lesiva. 
É partindo disso, que iremos abordar a aplicabilidade da responsabilidade civil 
do médico, e o quanto o consentimento informado vem atribuindo questionamentos 
sobre condutas médicas, que atualmente vem ocasionando diversas demandas 
judiciais a fim de sanar os vícios proporcionados pela a ausência do dever de informar, 
da mesma forma, o consentimento livre e esclarecido do paciente. 
9 
 
 
 
 
2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL E SEUS ELEMENTOS 
 
 
A responsabilidade civil nasce a partir da inadimplência de uma obrigação 
previamente acordada ou, até mesmo, pela violação de direito de outrem. Quando um 
agente pratica conduta comissiva ou omissiva e deste ato gerar um dano a outra 
pessoa, a ele é imputado o dever de restituir o prejuízo causado. Para Diniz: 
A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa 
a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por 
ela mesma praticado,por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa 
a ela pertence ou de simples imposição legal. (DINIZ, 2020, p. 51) 
 
Não obstante, para exigência de reparação, deve-se considerar a diferença 
entre a responsabilidade moral e a jurídica, enquanto a responsabilidade moral trata- 
se de mera escusa em praticar determinado ato por seu valor negativo na esfera 
moral, nem toda violação de responsabilidade moral poderá ser exigida reparação, 
dado que apesar de gerar certos dissabores muitas vezes não caracteriza dano, pois 
certas condutas e regras morais não atinge o indivíduo de forma danosa, da mesma 
maneira não atinge a paz social, cosequentemente, não possui previsão legal para 
certas condutas. De acordo com os ensinamentos de Diniz: 
A responsabilidade moral oriunda de transgressão à norma moral, repousa 
na seara consciência individual, de modo que o ofensor se sentirá 
moralmente responsável perante Deus ou perante sua própria consciência, 
conforme seja ou não um homem de fé. (DINIZ, 2020, p. 39). 
 
Assim, podemos considerar que, um dos pressupostos da aplicação da 
responsabilidade civil é o dano, ou seja, uma conduta moralmente reprovável, mesmo 
que decorra dissabores, só será aplicada a responsabilidade civil se dela resultar uma 
lesão a terceiro. 
 
2.1 Elementos da responsabilidade civil 
 
 
Ponderado o limite entre a responsabilidade moral e jurídica, para que possa 
ocorrer a aplicação da responsabilidade civil é necessário o preenchimento dos 
seguintes pressupostos: 
a) Ação comissiva ou omissiva, b) dano c) nexo causal e d) culpa 
Vale salientar que, esses pressupostos são essenciais para empregar a 
responsabilização a responsabilidade civil, visto que, se afastado um desses 
10 
 
 
 
 
pressupostos, não será possível exigir reparação do autor da ação. Todavia, nos 
casos em que incidem a responsabilidade civil objetiva, veremos que o quarto 
pressuposto poderá ser afastado conforme irá ser abordado mais abaixo. 
 
2.1.1 A ação 
 
 
A ação poderá ser comissiva quando o indivíduo pratica conduta que não 
deveria ser realizada, enquanto a ação omissiva o agente deixa de observar seu dever 
de agir ou praticar certa ação e, ao se omitir, pratica ato ilícito. 
Para uma melhor compreensão, o ato ilícito se dá quando na ação ou omissão 
do agente decorrer de abuso de direito, ou seja, em um caso concreto em que uma 
pessoa reproduz comportamento que é reprovável a luz do direito, este ato será 
passível de punição por meio da reparação. 
A ação, elemento constitutivo da responsabilidade, vem a ser o ato humano, 
comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e objetivamente imputável, 
do próprio agente ou de terceiro, ou do fato de animal ou coisa inanimada, 
que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direitos lesado. 
(DINIZ, 2020, p. 56). 
 
Visto isso, o primeiro requisito para a aplicação da responsabilidade civil é 
necessário observar a natureza de sua ação, se seu comportamento é reprovável a 
luz do direito, e se sua conduta foi adotada de maneira voluntária, sendo ela negligente 
ou imprudente, seja de forma dolosa, ou se de sua atividade lícita gerar lesão ao direito 
de outrem. 
 
Além disso, quando falamos da natureza ilícita desta ação, devemos considerar 
as seguintes teorias: 
 
2.1.2 O Dano 
 
 
O segundo pressuposto da responsabilidade civil é o dano, ele é o resultado da 
ação lesiva, não existe responsabilidade civil se do ato ilícito não resultar um dano. 
Para que haja a reparação ou indenização a vítima do dano terá que comprovar 
que a ação ilícita do autor gerou uma diminuição de seu patrimônio ou atingiu sua 
honra, como ocorre no dano moral, desta feita, essa reparação só ocorrerá com a 
evidência de dano. 
11 
 
 
 
 
Segundo o Cahali (apud DINIZ, 2020, p. 77) “Isto é assim porque a 
responsabilidade resulta em obrigação de ressarcir, que logicamente, não poderá 
concretizar-se onde nada há que reparar”. 
O dano poderá ocorrer na relação contratual bem como extracontratual. A 
relação contratual nasce na livre manifestação de vontades em formalizar uma 
obrigação contratual. Dessa maneira, o dano ocorre após o estabelecimento de uma 
obrigação prévia, em que uma das partes inadimple sua obrigação, como 
consequência nasce o direito de pretensão da outra parte que foi lesada. 
Ocorre o dano extracontratual quando um indivíduo ofende o direito de outrem. 
O primeiro contato entre as partes muitas vezes é após o dano, sendo assim, não 
existiu nenhum vínculo contratual prévio, contudo, o autor do dano comete ação ilícita, 
pois agiu voluntariamente ou com negligencia e imprudência para atingir resultado, ou 
no caso de responsabilidade objetiva, causou lesão patrimonial ou extrapatrimonial 
para terceiro, este mesmo isento de culpa e nessas hipóteses, o causador do dano 
deverá arcar com os prejuízos. 
 
2.1.3 Nexo causal 
 
 
O nexo causal é relação que deve existir entre a ação do agente e o resultado 
de dano, por isso é muito importante para aplicação da responsabilidade civil. 
(FERNANDES, 2011). 
O nexo causal é o vínculo criado entre a conduta e o resultado, posto isto, 
mesmo que não haja um resultado imediato em relação ao ato ilícito, todo dano que 
gerar a partir dessa ação será passível de reparação. 
Todavia, como dito anteriormente, para a exigência de reparação é necessário 
que da conduta lesiva do agente resulte um prejuízo à vítima. Dessarte, se dessa 
conduta não gerou um lesão ao direito de outrem, ou o dano causado de alguma forma 
não seja resultado direto da prática de um ato ilícito, não há comprovação do nexo de 
causalidade entre a ação e o dano. 
Dessa forma, o nexo causal poderá ser afastado, tanto na teoria da culpa 
quanto na de risco, quando comprovado as hipóteses de excludentes previstas no 
Art.188 do CC ou quando houver, culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, caso fortuito 
e força maior. 
12 
 
 
 
 
A culpa exclusiva da vítima exclui a responsabilidade do agente, quando a 
própria vítima de certa forma influencia o agente a se comportar de forma danosa, de 
modo que esse gere o dano, ou seja, quando a própria vítima dá causa ao resultado 
de dano, o autor da ação não será obrigado a indenizar. 
Nas palavras de Diniz (2020, p.136) o indivíduo que tenta se suicidar, “atirando- 
se sob as rodas de um veículo, o motorista estará isento de qualquer composição do 
dano”. Ainda a título de exemplo, podemos citar a vítima de atropelamento por trem 
que ao “caminhar sobre os trilhos, entre duas estações ferroviárias, a fim de tomar o 
comboio sem bilhete de passagem, sua culpa exclusiva elide a expectativa de 
ressarcimento.” (DINIZ, 2020, p.137). 
O que difere a culpa de terceiro da culpa exclusiva da vítima é que qualquer 
outra pessoa que não seja o próprio agente ou a vítima, intervém no ato lesivo, de 
maneira que, se não houvesse tal intervenção, não teria produzido o dano. 
Caso fortuito e força maior são acontecimentos inevitáveis que impossibilitam 
conduta diversa daquela que gerou o dano. Sendo assim, por mais que o autor cometa 
ato ilícito, devida a natureza dos acontecimentos, como situações inevitáveis ou não 
previsíveis causadas pela natureza ou acidente, afasta a responsabilidade civil do 
agente e consequentemente o desobriga de reparar o dano. “Deveras, o caso fortuito 
e força maior se caracterizam pela presença de dois requisitos: objetivo, que se 
configura na inevitabilidade do evento, e o subjetivo, que é a ausência de culpa na 
produção do acontecimento” (DINIZ, 2020, p.139). 
 
2.1.4 Da Culpa 
 
 
A teoria da culpa ou também chamada de responsabilidade subjetiva, diz 
respeito quanto à possibilidade de exigir do agente reparação, quando este comete 
ato ilícito de forma culposa ou dolosa, desse modo, quando comprovado que o autor 
estava ciente dos possíveis prejuízos que causaria adotando determinado 
comportamento, o agente deverá reparar o dano. 
Porconseguinte, para exigir do agente a reparação do evento danoso 
provocado por ele é necessário verificar em sua conduta o elemento de culpa. A culpa, 
nesta teoria da responsabilidade civil, possui compreensão latu sensu, ou seja, o autor 
poderá agir de forma culposa quando não possui intenção de causar lesão, mas ciente 
13 
 
 
 
 
dos riscos, adota comportamento lesivo, ou dolosa quando a intenção do autor do ato 
lesivo prevê como resultado danoso e age em função de atingi-la. 
O Art. 186 do Código Civil dispõe que o indivíduo ao praticar ato ilícito de forma 
voluntária, com negligência ou imperícia gerar dano a outrem, deverá ser 
responsabilizado a reparar os danos causados. (DINIZ, 2020) 
É mister esclarecer, ainda, que o ilícito tem duplo fundamento: a infração de 
um dever preexistente e a imputação do resultado à consciência do agente. 
Portanto, para sua caracterização, é necessário que haja uma ação ou 
omissão voluntária, que viole norma jurídica protetora de interesses alheios 
ou um direito subjetivo individual, e que o infrator tenha conhecimento da 
ilicitude de seu ato, agindo com dolo, se intencionalmente procura lesar 
outrem, ou culpa, se consciente dos prejuízos que advém de seu ato, assume 
risco de provocar evento danoso. (DINIZ, 2020, p. 57) 
 
Além disso, nas ações consideradas lícitas será passível de responsabilidade 
civil e exigência de reparação o autor do dano, independentemente de culpa, 
considerando apenas o ato ilícito do agente e nexo causal, na teoria de risco ou como 
chamado responsabilidade objetiva. 
Contudo, nesta modalidade de responsabilidade civil só será possível exigir 
reparação nas hipóteses previstas em lei ou se o autor ao praticar determinada 
atividade de risco, colocar o direito de outrem em risco, mesmo ela sendo lícita, 
responde por eventuais danos causados devido à natureza de sua atividade. (DINIZ, 
2020) 
 
2.2 Responsabilidade do profissional liberal 
 
 
Neste item, será abordado quanto a origem da responsabilidade civil atribuída 
ao profissional liberal, restringindo este tema a atividade exercida pelo médico. 
Nesse aspecto, necessária se faz a diferenciação entre a obrigação de meio, 
bem como, a de resultado, pois a partir desta distinção saberemos quando este 
profissional será responsabilizado na esfera civil. 
 
2.2.1 Da obrigação de meio 
 
 
A obrigação que se origina de contrato que estabelece a condição de credor a 
uma das partes, enquanto a outra se torna devedora, nesta oportunidade o devedor 
14 
 
 
 
 
que inadimple o contrato entra em mora e, por decorrência de sua morosidade, deverá 
indenizar seu credor. Esta pretensão nada mais é que a responsabilização do 
indivíduo que causou o dano. 
Nesta oportunidade, no âmbito a responsabilidade contratual e as partes que 
constitui esse vínculo, abordaremos a responsabilidade do profissional, que quando 
se compromete a prestar determinado serviço, caso não execute o que tratado em 
contrato seja ele responsabilizado pela sua inadimplência. O profissional que exerce 
prestação de serviço possui a obrigação de executar o que é acordado em contrato, 
dessa forma, teremos dois tipos de obrigações contratuais, a obrigação de meio e a 
de resultado. 
Poderá ser obrigação de meio, quando a natureza da prestação de serviço não 
obrigar o profissional a entregar resultado certo e determinado, posto isso, se exige 
conduta prudente e diligente, a fim de buscar o resultado pretendido, contudo, 
desobriga a atingi-lo, desde que este garanta o uso de todos os meios necessários ao 
realizar seu trabalho. Conforme entendimento da consagrada doutrina de Maria 
Helena Diniz “a obrigação de meio é aquela em que o devedor se obriga tão somente 
a usar de prudência e diligência normais na prestação de certo serviço para atingir um 
resultado, sem, contudo, se vincular a obtê-lo.” (DINIZ, 2020, p. 325) 
Os profissionais como médicos, enfermeiros, advogados p. ex. possuem esses 
critérios nas execuções de seus trabalhos. Entretanto, quando algum profissional 
desse deixa de observar seus deveres, quanto a utilização de todos os instrumentos 
a seu dispor, e disso gerar um dano a quem o contratou, a vítima poderá requerer 
indenização, cabendo a ela o ônus de demonstrar que esses profissionais agiram com 
imprudência, negligencia ou imperícia. Nas palavras de Maria Helena Diniz (2020, p. 
325) “seu conteúdo é a própria atividade do devedor, ou seja, os meios tendentes a 
produzir o escopo almejado, de maneira que a inexecução da obrigação se caracteriza 
pela omissão do devedor.” 
Neste contexto, o profissional que possui essa obrigação só reparará um dano 
se em sua conduta comprovar o elemento de culpa. 
15 
 
 
 
 
2.2.2 Obrigação de Resultado 
 
 
Na obrigação de resultado exige-se do profissional liberal/manual o resultado 
certo e determinado, uma vez que o credor o contratou objetivando tão somente 
determinado resultado, diferentemente na obrigação de meio em que o cliente busca 
apenas a prestação técnica como meio de atingir determinado resultado desejado. 
Alguns profissionais, como o arquiteto, o pintor etc., estão no rol dos profissionais que 
respondem por inadimplência contratual caso estes não produzam o resultado 
prometido. (DINIZ, 2020) 
Vale salientar, que para a responsabilidade civil do profissional que possui 
obrigação de resultado, para se tornar inadimplente, basta que este não atinja o 
resultado proposto em contrato, com isso, nasce a pretensão do credor de exigir 
reparação ao dano causado por sua inadimplência. 
Neste contexto, ao falar da responsabilidade do médico, há casos bem 
específicos que sua atividade não se resguardará apenas na obrigação de meio, em 
casos específicos, este profissional responderá pela obrigação de resultado. Contudo, 
dada a complexidade em diferenciar essas obrigações, é necessário análise de cada 
caso concreto. 
16 
 
 
 
 
3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO E SUA CARACTERIZAÇÃO 
 
 
A responsabilidade civil do profissional liberal ou autônomo está previsto no 
Art.951 do CC bem como no Art.14, §4º do CDC. 
Insta salientar, que para descrever a responsabilidade civil do médico é 
imprescindível à compreensão sobre o dever deste profissional. 
O dever do médico possui alguns aspectos referentes a postura profissional, 
dentre eles estão: 
O dever de informação, indica que esse profissional possui como obrigação dar 
esclarecimento ao paciente, informações sobre seu diagnóstico, prognóstico, 
eventuais riscos ao adotar determinado tratamento ou procedimento, às pesquisas e 
as precauções atinentes ao seu estado de saúde, dada a importância do 
esclarecimento de informações na relação médico/paciente, essa postura possui 
caráter obrigatório e o não cumprimento, estará sujeita a sanção. 
Além disso, ao médico incumbe a obrigação de cuidar do paciente com zelo e 
diligência, sendo assim, caso aquele deixe de prestar os devidos cuidados ou 
abandone o paciente, sem que tenha colocado um substituto em seu lugar, o médico 
deverá ser responsabilizado. 
O médico apenas poderá deixar de prestar serviço e renunciar atendimento ao 
paciente quando o contrato não foi por escolha intuitu personae, ou seja, quando a 
prestação de serviço não possua caráter personalíssimo. Do mesmo modo que, 
quando os fatos impossibilitarem assumir a prestação de serviço, ante ocorrências 
que diminua a capacidade ou desempenho do profissional a ponto de este não ter 
competência para realizar tal atendimento, desta feita o profissional terá que comunicar 
a renúncia a família e indicar médico competente. 
O médico também poderá se eximir do atendimento quando o paciente e/ou a 
família não seguir as orientações médicas ou quando a família ao consultar uma 
segunda opinião, a sua revelia, expor o profissional de forma vexatória. 
Dito isso, ao médico é imposto o dever de não desviar seu poder e cometer 
abusos, ouseja, é ilícita a prática de testar procedimento e tratamentos que não 
tenham evidências cientificas, bem como, não deverá ultrapassar os limites acordados 
em contrato, realizar procedimentos sem consentimento do paciente, solicitar ajuda 
de pessoas não competentes para realizar procedimentos, praticar abortos fora do 
17 
 
 
 
 
que previsto em lei, e por fim, optar por agir com negligência, imprudência ou 
imperícia. (DINIZ, 2020) 
Caso cometa qualquer destes atos, este profissional será responsabilizado 
civilmente, além das demais sanções na esfera criminal e administrativa. Ademais, 
diante das hipóteses de erro médico e, em alguns casos, o paciente poderá pleitear 
por danos morais e materiais. 
 
3.1 Da obrigação meio e de resultado do médico 
 
 
Consoante supramencionado, em regra a obrigação do médico é de meio, visto 
que, aquele que contrata essa prestação de serviço possui a intenção de usufruir da 
assistência intelectual do médico, sendo assim, não cabe a necessidade de este 
atingir o resultado esperado. 
Contudo, este profissional deve se utilizar de todos os meios possíveis para um 
bom desempenho no tratamento do enfermo, a fim de que atinja o resultado 
necessário para a cura do paciente, mesmo que, como citado anteriormente, não 
tenha o compromisso de atingi-la. Andréa Silva Albas e Gilmara Pesquero Fernandes 
Mohr Nunes (2004, p. 40) dispõem em seus artigos o entendimento que “[...] a 
atividade encontra-se permeada de circunstâncias aleatórias que não permitem ao 
profissional da saúde comprometer- se a atingir o resultado pretendido por ele, pelo 
paciente e sua família.” 
Portanto, a obrigação do médico não vincula ao resultado, ou seja, curar o 
paciente, isso se deve a complexidade dessa ciência e a resposta fisiológica de cada 
paciente que esteja sujeito a tratamento, pois nem sempre o enfermo responderá de 
forma positiva aos procedimentos. 
Todavia, há exceções neste entendimento, em algumas especialidades é 
possível a aplicabilidade da obrigação de resultado, como é o caso do médico 
cirurgião plástico, pois sua finalidade por ser estética, quando as partes compactuam 
esse tipo de contrato o profissional fica obrigado a entregar o resultado esperado. 
Mesmo diante de todas essas observações a respeito da obrigação de 
resultado, hoje, o ordenamento jurídico brasileiro não possui pacificado esse 
entendimento, dito isso, é necessário o estudo do caso concreto para distinguir o 
momento em que essa obrigação que, em regra seria a de meio, se torna obrigação 
de resultado. 
18 
 
 
 
 
3.2 Responsabilidade civil subjetiva do médico 
 
 
O Código Civil aborda em seu Art. 951 a responsabilidade civil do profissional 
liberal, nele discorre que a responsabilidade deste profissional é responsabilidade 
subjetiva, dado que para aplicá-la se faz necessária a comprovação de que o dano foi 
causado por negligência, imprudência ou imperícia, ou seja, por culpa stricto sensu. 
Apesar do que já disposto neste artigo, o médico, pode ainda, responder por 
prática de conduta lesiva dolosamente, desde que comprovada a culpa em seu sentido 
lato sensu, também responderá subjetivamente. 
Diniz pondera que “assim, se o médico operador for experiente e tiver usado os 
meios técnicos indicados, não se explicando a origem da eventual sequela, não 
haverá obrigação por risco profissional, pois os serviços médicos são, em regra, de 
meio e não de resultado.” (DINIZ, 2020, p. 346) 
Outrossim, além do C.C., o Código de Defesa do Consumidor regulamenta a 
relação contratual médico-paciente e dispõe em seu Art.14 §4 que nos casos de 
aplicabilidade da responsabilidade civil do médico caberá ao paciente a comprovação 
de que este profissional agiu de forma culposa ou dolosa em desfavor da vítima. 
 
3.3 Responsabilidade contratual e extracontratual do médico 
 
 
A responsabilidade civil do médico é contratual segundo entendimento 
doutrinário, dado que esse vínculo contratual poderá surgir entre as partes quando 
entre eles for pactuado previamente, por livre manifestação de vontade, o contrato de 
prestação de serviço do profissional. Outra forma seria quando o médico ao atender 
chamado urgente a fim de salvaguardar a vida do cliente sem qualquer contrato 
pactuado anteriormente. DINIZ (2020, p. 346) explica que “o médico que atende a um 
chamado determina, desde logo, o nascimento de um contrato com o doente ou com 
a pessoa que o chamou em benefício do enfermo.” Apesar disso, quando se refere a 
responsabilidade contratual do médico, não se pode presumir culpa do agente, sendo 
assim, por se tratar de responsabilidade subjetiva, faz-se necessária a comprovação 
de culpa. 
Nesse raciocínio, conforme disposto no Art.14 §4 do Código de Defesa do 
Consumidor, junto ao Código Civil, para evidenciar a responsabilidade deste 
19 
 
 
 
 
profissional, ao paciente/cliente recai o dever de comprovar que o médico agiu com 
negligência, imprudência e/ou imperícia, ou seja, com a comprovação de culpa, 
conforme supracitado anteriormente. 
Apesar disso, devemos considerar que muitas vezes, devida hipossuficiência 
técnica do paciente/cliente, a ele é quase impossível conseguir comprovar o vínculo 
entre o dano sofrido e o ato ilícito do médico, dito isto, a vítima poderá requerer a 
inversão do ônus da prova para que o médico comprove que agiu com boa-fé e 
utilizou-se de todos os meios necessários e tratamentos disponíveis para satisfazer a 
necessidade do paciente. (FRANÇA, 2014) 
Assim, o Art.6º, inciso VIII, do CDC se faz aplicável, nele dispõe que: 
 
A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, 
for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo 
a regras ordinárias de experiências. (BRASIL, 1990, p. 653) 
 
O médico ainda terá responsabilidade extracontratual quando praticar ilícito 
penal ou até mesmo administrativo como prevê o Código de Ética de Medicina (CEM). 
Correia-Lima explica que: 
 
Será também extracontratual quando cometer um ilícito penal ou 
descumprir normas regulamentadores da profissão, tais como fornecer 
atestado falso, não impedir que pessoa não habilitada exerça 
profissão ou lançar mão de tratamento cientificamente condenado ou 
de atitudes charlatanescas, vindo a causar dano ao paciente. 
(CORREA-LIMA, 2012, p. 38) 
 
Desse modo, caso o profissional não pratique ilícito penal ou não descumpra o 
regulamento da profissão, qualquer ato ilícito praticado na esfera civil será 
responsabilizado contratualmente. 
20 
 
 
 
 
4 CONSENTIMENTO INFORMADO E O DEVER DE INFORMAR 
 
 
A adoção do conceito de consentimento informado é relativamente novo no 
nosso ordenamento jurídico e, por sua vez, na esfera da responsabilidade civil esta 
concepção busca garantir a autonomia do paciente de escolher ou aceitar os métodos 
de tratamento ou intervenção cirúrgica sugerido pelo profissional da saúde. 
Apesar de não haver qualquer menção deste termo de forma expressa em 
nossas leis a aplicação do consentimento informado vem tomando cada vez mais 
força nas decisões judiciais e, dessa forma, é necessário entender como surgiu e como 
vem sendo aplicado. 
Este conceito tem como base o princípio da autonomia e o princípio da 
dignidade humana previsto em nossa Constituição Federal e seu objetivo é garantir 
que o paciente possua autonomia sobre decisões sobre seu próprio corpo, além 
decidir qual tratamento ou intervenção cirúrgica seja mais adequado em sua situação, 
considerando sua visão social, de vida ou religiosa, mesmo que vá de encontro com 
a opinião técnica do profissional que lhe atende. (VAZ; REIS, 2007) 
Portanto, é de suma importância que a informação seja a mais clara possível, 
sendo necessário que o médico adote linguagem adequada e simplificada ao informar 
o prognóstico ao paciente, a fim de que fique esclarecida a natureza dosprocedimentos a serem adotados e que facilite ao paciente a faculdade de escolha do 
tratamento ou profissional que julgar mais apropriado. 
Os autores Marcelo Dias Varella, Eliana Fontes e Fernando Galvão da Rocha 
salientam em seu artigo a seguinte informação: 
Refere-se à capacidade de autogoverno do homem, de tomar suas 
próprias decisões, de o cientista saber ponderar, avaliar e decidir 
sobre qual método ou qual rumo deve dar a suas pesquisas para 
atingir os fins desejados, sobre o delineamento dos valores morais 
aceitos e de o paciente se sujeitar àquelas experiências, ser objeto de 
estudo, utilizar uma nova droga em fase de testes, por exemplo. O 
centro das decisões deve deixar de ser apenas o médico, e passar a 
ser o médico em conjunto com o paciente, relativizando as relações 
existentes entre os sujeitos participantes (apud VAZ; REIS, p. 494). 
Conforme retromencionado, em nossa Carta Magna, em seus Arts. 1 e 5, 
encontram previsões sobre o princípio da dignidade humana, assim encontra amparo 
à aplicação do conceito consentimento informado. 
21 
 
 
 
 
Além do mais, nos mesmos moldes, é possível encontrar previsão ao direito à 
informação no Código Civil em seu capítulo de Direitos de Personalidade, consoante 
aplicação do Código de Defesa do Consumidor no seu art. 6 inciso III, que regula as 
relações médico-paciente. 
Embora hoje o médico possua o dever de informar os detalhes a respeito do 
prognóstico ao paciente, nem sempre o princípio da autonomia esteve presente no 
dever ético do deste profissional, anterior a ela, o princípio utilizado era o da 
beneficência. 
Neste princípio a relação médico-paciente não priorizava a autonomia do 
paciente, assim, está relação detinha um perfil paternalista, ou seja, o encargo de 
tomar decisões sobre método de tratamento e efeitos colaterais eram de 
responsabilidade exclusiva do médico responsável pelo caso. 
Em outros termos antes o paciente não era visto como um indivíduo de direitos, 
mas apenas como objeto para prestação de serviço deste profissional de saúde. (VAZ; 
REIS, 2007) 
O princípio da beneficência, encontra amparo nos ensinamentos do, então pai 
da medicina, Hipócrates, o médico tinha como missão a busca incansável da cura de 
seu paciente, tirando toda a autonomia deste no momento de escolha sobre seu 
tratamento, portanto, o princípio da autonomia trouxe ao paciente liberdade para 
questionar os métodos adotados pelo médico e ser parte ativa nesta decisão. 
Um exemplo clássico que trata sobre o conflito entre estes dois princípios é 
sobre recusa à transfusão de sangue por motivos religiosos, citado por Vaz e Reis, 
em seu artigo: “O direito à vida, protegido na Constituição Federal, não se refere 
apenas aos elementos materiais e físicos da pessoa, mas também, aos psíquicos 
e espirituais, que serão atingidos, caso haja a transfusão de sangue sem o 
consentimento do paciente.” (VAZ; REIS, 2007, pag. 497) 
Os pressupostos para a validade do consentimento informado seriam a 
capacidade civil, o dever de informação e o consentimento livre e esclarecido, sendo 
assim, o consentimento de um incapaz sem a devida representação ou vícios de 
informação são considerados nulos. 
22 
 
 
 
 
Ainda, há vício de consentimento nos casos em que houver erro de diagnóstico, 
a exemplo da amputação do membro errado e, não abstante, nos casos de 
consentimento que for contra a ordem pública como a doação do próprio coração 
ainda em vida. 
Hoje a condição de consentimento informado é requisito obrigatório no 
momento do diagnóstico do paciente e a falta dele vem acarretando diversas ações 
judiciais indenizatórias, todavia, há exceções. 
A primeira exceção do dever de informação é o privilégio terapêutico, em que 
o paciente em estado grave e/ou iminência de morte, recebe tratamento de urgência, 
neste caso específico, a comunicação com o paciente é impossível, dado que, por 
muitas vezes o paciente está inconsciente e não há qualquer representante legal no 
momento do atendimento, neste caso só seria possível seu obter seu consentimento 
se ele estivesse consciente, contudo, ainda existiria uma grande possibilidade de 
concordância com o tratamento realizado.(VAZ; REIS, 2007) 
Neste cenário, a luz do exemplo dado por Vaz e Reis (2007) seria o caso de 
“acidente automobilístico, no qual a pessoa sofreu graves ferimentos e precisa de uma 
cirurgia de emergência para salvar sua vida.” 
A segunda exceção é tratamento compulsório, em que o interesse e saúde do 
coletivo se sobrepõe ao direito individual, ou seja, quando a doença contraída pelo 
paciente coloca em risco a saúde de todos a sua volta, se tornando um risco para a 
sociedade, neste sentido, temos o exemplo da obrigatoriedade da vacina em casos 
de doenças transmissíveis, como a tuberculose, meningite, cólera entre outros. 
Esse entendimento encontra amparo na esfera criminal, no Código Penal 
(BRASIL, 1940, [s. p.]) em seus Arts. 267 e 269, que dispõe o que segue: 
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de 
germes patogênicos: 
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em 
dobro. 
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a 
dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos 
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade 
pública doença cuja notificação é compulsória: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
23 
 
 
 
 
Embora, o tratamento compulsório é utilizado nos presídios, pelo fato dos 
presos estarem sob tutela do Estado, desta feita, estes serão tratados de forma 
compulsória, sem a necessidade de consentimento. 
A terceira hipótese é a recusa da informação, neste caso o paciente não possui 
interesse em qualquer detalhe a respeito de seu tratamento ou informação, dado o 
seu estado emocional já abalado devido ao diagnóstico de uma doença grave, 
podendo causar sua piora. 
Em vista de todas essas exigências, dado que o paciente é a parte mais 
vulnerável na relação médico-paciente, cabe ao médico se precaver no momento de 
contatar o paciente e informar com clareza todos os detalhes do tratamento. desse 
modo, para sua própria proteção em relação a responsabilidade civil deverá se utilizar 
de meios que possam comprovar que sua conduta foi adequada ao que exigido pelo 
conceito de consentimento informado. 
A exemplo disso, ao preencher o prontuário com todas as informações 
passadas ao cliente, este deve ser cauteloso e preencher de forma clara e detalhada, 
a fim de que no futuro, caso haja demanda judicial, este possa se isentar de qualquer 
responsabilidade. 
Por essa razão, quanto a aplicação do Código do Consumidor, por 
requerimento do paciente, cabe ao médico o ônus de provar que não houve vício no 
consentimento informado, conforme o próprio CDC dispõe em seu art. 6. (VAZ; REIS, 
2007) 
24 
 
 
 
 
5 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO EM FACE DO CONSENTIMENTO 
INFORMADO SOB A ÓTICA JURISPRUDENCIAL 
 
No Poder Judiciário Brasileiro, o consentimento informado é citado pela 
primeira vez no ano de 2002 em julgado do Superior Tribunal da Justiça (STJ), para 
responsabilizar um médico por se omitir no momento de informar a paciente sobre os 
riscos de cirurgia oftalmológica e que, consequentemente, houve danos colaterais, 
com isso, a paciente lesada entrou com ação de danos morais. Dados obtidos no 
Tribunal de Justiça de São Paulo, até o ano de 2009 demonstram que o termo 
“consentimento informado” é o termo mais citado em acórdãos judiciais, somando um 
total de 73 vezes. (PITHAM, 2012) 
Hoje, no mesmo tribunal este termo já foi citado em 1350 acórdãos e não está 
restrito apenas a responsabilidade civil do médico, como também em casos 
relacionados a responsabilidade contratual bancária. 
Insta salientar que, a análise deverá ser limitada a responsabilização civil do 
médico. Assim, será apresentado alguns acórdãos que tratam desta natureza de açõesjudiciais com o fim de expor qual o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo 
a respeito do uso do conceito do consentimento informado: 
O primeiro acordão a ser explorado será a decisão proferida em APELAÇÃO 
CÍVEL Nº 1005844-20.2019.8.26.0100 em que manteve sentença de primeira 
instância a fim de condenar os réus, um hospital e um médico, solidariamente a 
indenizar o autor em danos morais e estéticos por omissão de informação sobre 
retirada de tumor maligno, informando-o que se tratava apenas de um cisto. 
Contudo, após 5 anos em atendimento em outra instituição de saúde, este 
mesmo paciente foi diagnosticado com metástase, decorrente de um câncer que se 
manifestou por este mesmo tumor afetando a saúde e estética do paciente. 
Assim, ficou evidente que houve falha na prestação de serviço quanto o dever 
de informar diagnóstico em primeiro atendimento prestado pelos réus e 
consequentemente a manutenção da condenação em decisão da 5ª Câmara de 
Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em danos morais e 
estéticos, além dos honorários sucumbenciais a favor do autor. 
25 
 
 
 
 
APELAÇÃO CÍVEL Nº 1005844-20.2019.8.26.0100 Ação: 
Indenizatória Apte./Apdo.: Sul América Seguro Saúde S.A Apte./Apdo.: 
Josimar Novais VOTO Nº 36941 APELAÇÃO ERROMÉDICO-
FALHANAPRESTAÇÃODOS SERVIÇOS 
PRESTADOS PELO MÉDICO NO HOSPITAL- RÉU PERTENCENTE 
À REDE DA RE QUERIDA - PACIENTE QUE NÃO RECEBEU 
INFORMAÇÕES PRECISAS DO DIAGNÓSTICO, NEM TAMPOUCO 
DA NECESSIDADE DE ACOMPANHAMENTO AGRAVAMENTO DO 
QUADRO CLÍNICO POR DESCONHECIMENTO QUEBRA DO 
DEVER DE INFORMAR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS 
ARBITRADOS COM RAZOABILIDADE PRAZO PRESCRICIONAL 
QUE COMEÇA A SER COMPUTADO A PARTIR DA CIÊNCIA DO 
FATO - FUNDAMENTOS DA SENTENÇA QUE DÃO SUSTENTAÇÃO 
ÀS RAZÕES DE DECIDIR APLICAÇÃO DO ARTIGO 252 DO 
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO 
PAULO - PRECEDENTES DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA - SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA MANTIDA 
RECURSONÃOPROVIDO. (BRASIL, 2019, [s.p.]) 
 
 
O TJSP fundamentou sua decisão nos termos do Art. 6º, inciso III, do CDC e 
salientou a importância do dever de informação ausente na prestação de serviço em 
questão. Dito isso, é possível compreender que o conceito de consentimento 
informado está sedimentado nos entendimentos jurisprudenciais. 
Em outra decisão em sede de Apelação Cível nº 1067087-54.2017.8.26.0100, 
a 1ª Câmara de Direito Privado do TJSP manteve decisão de 1ª Instância em ação de 
indenização movida em face do hospital e do convênio médico, em que os 
profissionais de medicina não informaram de forma esclarecida as consequências do 
método adotado para seu tratamento, como foi constatado em perícia nos autos do 
processo de origem. 
Uma vez que se tratava de procedimento invasivo, o paciente não foi informado 
devidamente sobre os efeitos colaterais do tratamento o que lamentavelmente 
resultou em lesão medular e em consequência a paralisação dos membros inferiores. 
Apelação Cível nº 1067087-54.2017.8.26.0100 Aptes/Apdos: Prev 
Saúde Associação de Assistência Médica Privada e Rede D´Or São 
Luiz S/A - Unidade Morumbi Apelado/Apelante: Milton Massahiro 
Nagaoka Comarca: São Paulo Juiz: Leila Hassem da Ponte Voto nº nº 
4.057 Apelação. Responsabilidade civil (art. 951 do Código Civil). 
Demanda promovida contra hospital e operadora de plano de saúde. 
Paciente que ao ser submetido a procedimento de angiografia com 
embolização sofre lesão medular, perdendo a função dos membros 
inferiores. Constatação pericial de violação do dever de informação e 
falta de consentimento informado, não sendo a parte esclarecida a 
respeito dos riscos acentuados do procedimento invasivo que foi 
26 
 
 
 
 
realizado. Inexistência de situação de urgência ou emergência que 
justificasse dispensa do correto cumprimento do dever de informação. 
Direito de autodeterminação do paciente quanto à submissão a 
tratamento eletivo arriscado.Responsabilidade civil estabelecida.Dano 
moral. Majoração da indenização para duzentos mil reais. 
Precedentes do STJ. Lesão de extrema gravidade. Autor privado 
permanentemente de várias funções vitais, com acentuado prejuízo ao 
projeto de vida e incapacidade para as ocupações habituais. Abalo 
psicológico de intensidade. Majoração da indenização visando 
assegurar o efeito compensatório da reparação de dano moral. [...] 
(BRASIL,2017, [s.p.]) 
 
 
Nesta ocasião os réus foram condenados solidariamente em responsabilidade 
objetiva, ao pagamento de danos morais no importe de R$200.000,00 (duzentos mil 
reais), dado a gravidade do dano. 
27 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A inclusão do conceito do consentimento informado no ordenamento jurídico 
brasileiro atingiu seu objetivo de forma eficaz porquanto que houve grande recepção 
em nossos tribunais. 
A partir de um estudo limitado a coleta de dados no TJSP, observou-se que 
muito se busca a reparação de danos quando a prestação de serviço de um médico 
resta falho. 
Não só o médico será responsabilizado como também as instituições onde ele 
exerça sua atividade laboral. 
Assim é possível concluir que é deveras importante o dever do médico em 
prestar ao paciente todas as informações e esclarecimentos possíveis a respeito de 
seu tratamento, bem como, que essas informações tenham linguagem simplificada 
que facilite a compreensão do paciente. 
Ao paciente cabe a faculdade de adotar ou não tal proposta de tratamento, 
consoante ao princípio da autonomia, e ter a livre decisão de a qualquer momento 
cessar o contrato firmado entre eles. 
Não abstante, o médico poderá se precaver de possíveis demandas judiciais 
decorrentes deste vício adotando medidas como fazer todas a anotações no 
prontuário médico de todas as informações e esclarecimentos tratadas com o 
paciente. 
Em síntese, o consentimento informado não possui a nequícia de prejudicar 
este profissional da saúde que tanto faz pela nossa sociedade desde a origem dessa 
profissão, mas, sobretudo, possui o fim de salvaguardar a parte frágil desta relação 
médico-paciente, posto que muitas vezes não dispõe de discernimento para identificar 
possível lesão ocasionada por essa relação. 
28 
 
 
 
 
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Josimar Novais Oseas do Campo. R. M. Erickson Gavazza Marques, São Paulo - 
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