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Resumo Aula 13 2 - Análise Sintática

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1Curso	Ênfase	©	2020
Língua	Portuguesa	–	Rachel	Ribeiro
Visão	Detalhada	Sobre	Análise	Sintática	-	Parte	II
Nessa	 unidade	 de	 aprendizagem	 nós	 vamos	 continuar	 estudando
análise	sintática.
2Curso	Ênfase	©	2020
Quais	são	os	termos	integrantes	da	oração?	Você	se	lembra?
São	os	complementos.
Quais	complementos?
Os	verbais,	os	nominais	e	o	agente	da	passiva.
Vamos	conversar	com	os	complementos	verbais?	Como	o	nome	já	diz,
complementos	 verbais	 completam	 os	 verbos.	 Então,	 são	 os	 objetos,
que	são	os	verdadeiros	complementos	verbais.
Sempre	 que	 uma	 questão	 de	 prova	 apareceu	 o	 seguinte:	 "Marque	 a
alternativa	 que	 possui	 o	 mesmo	 tipo	 de	 complemento	 do	 verbo
destacado",	por	exemplo,	a	banca	está	pedindo	para	você	analisar	em
qual	 delas	 tem	 o	 mesmo	 objeto,	 então,	 complemento	 verbal	 são	 os
objetos,	os	objetos	diretos	e	os	objetos	indiretos.
Vamos	aos	estudos	dos	objetos.
3Curso	Ênfase	©	2020
Vejam	 só,	 o	 objeto	 direto	 completa	 necessariamente	 um	 verbo
transitivo	 direto.	 Aquele	 verbo	 que	 pede	 um	 complemento	 sem
preposição.	 Toda	 vez	 que	 você	 tiver	 um	 objeto	 direto,	 um	 verbo
transitivo	direto	com	o	seu	complemento,	você	vai	perguntar	o	verbo
assim:	O	que	ou	quem?
	
	
EXEMPLO:	O	juiz	despachou	um	processo.
O	juiz	despachou,	despachou	o	quê?
Um	processo.
Então,	esse	verbo	despachar	é	transitivo	direto	e	“um	processo”,	nesse
contexto,	é	um	objeto	direto.
4Curso	Ênfase	©	2020
EXEMPLO:	Ela	reclamou	seus	direitos	trabalhistas.
Esse	reclamar	é	no	sentido	de	exigir.	Ela	reclamou	o	quê?
Seus	 direitos	 trabalhistas.	 Observem	 que	 não	 há	 preposição	 entre	 o
verbo	e	 o	 seu	 complemento.	Então,	 esse	 verbo	é	um	verbo	 transitivo
direto	 e	 esse	 complemento	 é	 o	 objeto	 direto.	 É	 o	 complemento	 sem
preposição.
Então,	 sempre	 que	 você	 perguntar	 o	 verbo:	 O	 que	 ou,	 perguntar,
quem?	Você	está	procurando	o	objeto	direto.
Veja	 o	 seguinte,	 já	 ouviu	 falar	 em	 objeto	 direto
preposicionado?
“Raquel,	eu	já,	mas	eu	me	confundo.”
Então,	presta	atenção:
5Curso	Ênfase	©	2020
EXEMPLO:	O	policial	sacou	da	arma.
Nessa	 frase,	 se	 eu	 parasse	 no:	 “O	 policial	 sacou”	 a	 ideia	 não	 fica
completa.	Então,	esse	verbo	é	transitivo.	
Por	que	transitivo?
Porque	ele	pede	um	complemento.
Qual	pergunta	você	faria	para	esse	verbo?
O	 policial	 sacou,	 sacou	 o	 quê?	 Não	 seria	 essa	 pergunta	 ou	 você
pergunta	 o	 policial	 sacou	 de	 que?	 Não,	 o	 policial	 sacou,	 "sacou	 o
quê?"	“O	policial	sacou	da	arma”.
Observem	que	quando	você	faz	a	pergunta	ao	verbo,	você	não	coloca
preposição.	Você	pergunta	"o	quê?	O	policial	sacou	o	quê?"
Significa	 que	 esse	 verbo	 não	 pede	 preposição.	 Ele	 é	 um	 verbo
transitivo	 direto,	 mas	 no	 complemento	 “da	 arma”	 apareceu	 a
preposição,	 ou	 seja,	 essa	 preposição	 não	 é	 exigida	 pelo	 verbo.	 Ela
apareceu	por	um	motivo.
Qual	é	o	motivo?
Para	dar	uma	ênfase.	Você	pode	colocar	uma	preposição	para	desfazer
uma	ambiguidade.	Então,	 existem	vários	motivos	para	o	emprego	da
preposição.	 Essa	 preposição	 não	 foi	 empregada	 por	 exigência	 do
verbo,	ela	apareceu	por	uma	questão	de	estilística.	Então,	eu	tenho	tal
do	objeto	direto	preposicionado.
6Curso	Ênfase	©	2020
Você	pode	suprimir	essa	preposição,	que	a	oração	não	fica	incorreta.
Veja:
EXEMPLO:	O	policial	sacou	a	arma.
Eu	posso	suprimir	e	ela	não	fica	incorreta.
EXEMPLO:	Devemos	amar	a	Deus.
Sempre	 que	 eu	 uso	 a	 palavra	 Deus	 como	 complemento,	 eu	 coloco
preposição.
“Devemos	 amar	 a	 Deus.”	 O	 verbo	 amar,	 se	 eu	 parar	 no	 “Devemos
amar”,	amar	quem?
O	 verbo	 amar	 é	 transitivo	 direto.	 Quem	 ama,	 ama	 alguém	 ou	 ama
alguma	 coisa.	 Esse	 verbo	 é	 transitivo	 direto,	 mas	 a	 preposição
apareceu	no	complemento.
Por	que	apareceu?
Porque	eu	tenho	que	colocar	a	preposição	quando	o	termo	Deus	está
exercendo	o	papel	de	um	complemento	por	uma	questão	de	ênfase	e
de	realce.	Então,	“amar	a	Deus”,	esse	“a”	antecedendo	a	palavra	Deus,
é	uma	preposição	e	eu	criei	um	objeto	direto	preposicionado.
Já	 ouviu	 falar	 em	 objeto	 direto	 pleonástico?	 O	 que	 é
pleonasmo?
Pleonasmo	 é	 uma	 redundância,	 é	 uma	 repetição.	 Pleonasmo	 é	 uma
repetição.	 Então,	 objeto	 direto	 pleonástico	 é	 um	 objeto	 direto
repetido.
7Curso	Ênfase	©	2020
EXEMPLO:	A	mulher,	ninguém	a	engana.
Quem	a	engana?
Ninguém.	Ninguém	é	o	sujeito.	Ninguém	engana	quem?
Olha	o	que	eu	perguntei	ao	verbo:	Ninguém	engana	quem?
A	mulher.	Esse	verbo	é	transitivo	direto	e	“a	mulher”	é	objeto	direto.
Esse	 “a”	 de	 “ninguém	 a	 engana”	 faz	 referência	 e	 retoma	 a	 palavra
mulher.	Ele	se	refere	a	palavra	mulher,	então,	estou	repetindo	o	meu
objeto	direto.	Eu	tenho	o	objeto	direto	pleonástico.
O	objeto	direto	pleonástico	vai	ser	representado	pelo	pronome	oblíquo
átono,	que	é	o	“a”,	nesse	caso.	 "Me,	 te,	se,	o,	a,	 lhe,	nos,	vos,	os,	as,
lhes",	só	para	você	relembrar.
8Curso	Ênfase	©	2020
EXEMPLO:	Os	materiais,	já	os	revisei	hoje.
Quem	revisou?
Eu	já	revisei.
Já	revisei	o	quê?
Os	 materiais,	 verbo	 transitivo	 direto	 e	 “os	 materiais”	 objeto	 direto.
Esse	pronome	“os”	 retoma	materiais.	Então,	eu	 tenho	uma	retomada
do	 objeto	 direto	 e	 eu	 tenho	 objeto	 direto	 pleonástico,	 repetido,
representado	pelo	pronome	oblíquo	átono	“os”.
Continuando,	objeto	indireto.
O	 objeto	 direto	 é	 o	 complemento	 do	 verbo	 transitivo	 direto	 e	 objeto
indireto	é	o	complemento	do	verbo	transitivo	 indireto,	daquele	verbo
que	exige	preposição.
EXEMPLO:	Eles	acreditam	em	Deus.
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Se	eu	parasse	em	“Eles	acreditam”,	a	ideia	ficaria	completa?
Não.
Qual	pergunta	você	faria?
"Em	quê?"	Então,	se	eu	perguntar:	"Em	que"	ou	"em	quem?"	eu	estou
encontrando	o	objeto	indireto.
Por	quê?
Porque	 esse	 verbo	 “acreditar”	 exige	 a	 preposição	 “em”.	 Quem
acredita,	acredita	em	alguém	ou	em	alguma	coisa.
“Eles	acreditam	em	Deus”,	eu	tenho	“em	Deus”	como	objeto	indireto,
completando	o	verbo	transitivo	indireto.
EXEMPLO:	Os	alunos	precisem	de	ajuda.
Os	alunos	prescindem	de	quê?
Então,	quando	eu	pergunto	"de	que",	"em	que",	"a	quem",	"em	quem"
ou	 "de	quem?",	 eu	 estou	buscando	 o	 objeto	 indireto.	 Prescindem	de
ajuda,	 então,	 “de	 ajuda”	 é	 o	 objeto	 indireto	 do	 verbo	 transitivo
indireto.
Como	 é	 que	 você	 não	 confunde	 objeto	 indireto	 com	 objeto
direto	preposicionado?
Muito	 tranquilo,	o	objeto	direto	preposicionado,	essa	preposição	que
aparece	não	é	exigida	pelo	verbo.	Você	pode	até	suprimir	que	ela	não
faz	 falta.	 Quando	 você	 perguntar	 o	 verbo,	 você	 vai	 continuar	 com	 a
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pergunta:	"o	que"	ou	"quem?"
Quando	 for	 objeto	 indireto	 a	 preposição	 não	 pode	 ser	 suprimida	 e
quando	você	fizer	a	pergunta	ao	verbo,	a	preposição	vai	aparecer:	"De
que",	"de	quem",	"a	que",	"a	quem",	"em	que",	"em	quem"?
Continuando,	o	objeto	indireto	pleonástico	funciona	da	mesma	forma
que	o	objeto	direto	pleonástico.	É	objeto	indireto	repetido.
EXEMPLO:	Ao	chefe,	o	funcionário	lhe	obedeceu.
Quem	obedeceu?
O	funcionário.	O	funcionário	obedeceu,	obedeceu	a	quem?
Ao	chefe.	“Ao	chefe”	é	o	objeto	 indireto.	Olha	a	pergunta	que	eu	fiz:
"A	quem?"
Esse	verbo	é	transitivo	indireto.	Pela	pergunta	que	eu	fiz	ao	verbo,	eu
consigo	 identificar	 a	 presença	 da	 preposição.	 Então,	 ele	 é	 transitivo
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indireto	e	“ao	chefe”	é	objeto	indireto.
O	 funcionário	 lhe	 obedeceu,	 esse	 “lhe”	 retoma	 o	 objeto	 indireto.
Então,	 ele	 é	 um	 objeto	 indireto	 repetido,	 pleonástico,	 representado
pelo	pronome	oblíquo	átono.
EXEMPLO:	Aos	credores,	ela	pagou-lhes.
Ela	pagou,	pagou	a	quem?
Aos	 credores.	 “Aos	 credores	 é	 objeto	 indireto	 e	 “lhes”	 retoma	 aos
credores.	Objeto	indireto	repetido,	pleonástico.
Vamos	ao	conteúdo	importante.
CONTEÚDO	IMPORTANTE
Vejam	só,	não	se	esqueçam	de	que	pronomes	oblíquos	átonos	o,	a,	os	e
as	exercem	função	de	objeto	direto.
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EXEMPLO:Contrariou	a	vontade	de	alguém.
Contrariou	o	quê?
A	vontade	de	alguém.	Então,	a	vontade	de	alguém	é	objeto	direto.
EXEMPLO:	Contrariou-a.
Eu	substituí	“a	vontade	de	alguém”	pelo	pronome	oblíquo	átono	“a”.
Por	quê?
Porque	 “vontade”	é	 feminino	 singular	e	o	 “a”	é	 feminino	 singular.	O
“a”	exerce	a	função	de	objeto	direto.
EXEMPLO:	Fez	a	aposta.
Fez	o	quê?
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A	aposta.	Verbo	transitivo	direto	e	“a	aposta”	é	o	objeto	direto.
Quando	 eu	 quero	 substituir	 “a	 aposta”,	 objeto	 direto,	 eu	 substituo
pelo	 pronome	 oblíquo	 átono	 “a”,	 porque	 é	 feminino	 singular	 “a
aposta”,	 então,	 tem	 que	 usar	 o	 pronome	 feminino	 singular.	 Ficou
assim:
EXEMPLO:	Fê-la.
"Por	que,	Raquel,	ficou	fê-la?"
Porque	 lembre-se	de	quando	o	verbo	 terminar	em	“r”,	 “s”	ou	“z”,	eu
retiro	 o	 “r”,	 “s”	 ou	 “z”	 e	 acrescento	um	“l”	 ao	pronome.	Então,	 “lo”,
“la”,	 “los”	 e	 “las”,	 esses	 pronomes	 são	 uma	 nova	 forma	 de	 “o”,	 “a”,
“os”	e	“as”.
EXEMPLO:	Corrigimos	os	erros.
O	 verbo	 “corrigimos”	 termina	 em	 “s”,	 eu	 vou	 cortar	 esse	 “s”	 e	 vai
ficar:
EXEMPLO:	Corrigimo-los.
Na	verdade,	“los”,	corrigimos	os	erros.
EXEMPLO:	Vai	confirmar	a	presença.	
Confirmar	termina	em	“r”,	como	é	que	vai	ficar?
EXEMPLO:	Vai	confirmá-la.
EXEMPLO:	Convidaram	os	amigos.
14Curso	Ênfase	©	2020
Agora	o	verbo	não	terminou	nem	em	“r”,	“s”	ou	“z”,	terminou	em	“m”.
Se	terminar	em	“m”	ou	em	til,	você	vai	usar	o	quê?
Você	vai	acrescentar	o	“n”	ao	pronome.	Vai	ficar	assim:
EXEMPLO:	Convidaram-nos.
“Os	 amigos	 convidaram-nos”,	 você	 não	 corta	 nada	 e	 só	 acrescenta	 o
“n”,	só	para	você	relembrar.
Já	 os	 pronomes	 “lhe”	 e	 “lhes”	 quando	 exercerem	 a	 função	 de
complementos	 verbais,	 exercerão	 a	 função	 de	 objeto,
necessariamente,	indireto.
EXEMPLO:	O	candidato	não	agradou	ao	partido.	O	candidato	não	lhe
agradou.
EXEMPLO:	Avisaram	 ao	 candidato	 a	 data	 do	 evento.	 Avisaram-lhe	 a
data	do	evento.
15Curso	Ênfase	©	2020
Substituiu	 o	 objeto	 indireto	 “ao	 candidato”	 pelo	 pronome	 oblíquo
átono	“lhe”.
Não	se	esqueça	disso,	porque	aparece	bastante	prova.
COMPLEMENTO	NOMINAL
Complemento	verbal	completa	o	verbo.
E	o	complemento	nominal?
Como	o	nome	já	diz,	completa	um	nome.
Que	nome	é	esse?
Tem	 que	 ser	 um	 substantivo	 abstrato,	 um	 adjetivo	 ou	 um	 advérbio.
Então,	 o	 complemento	 nominal	 é	 um	 termo	 preposicionado,	 guarde
isso	 na	 cabeça.	 Ele	 se	 assemelha	 ao	 objeto	 indireto,	 só	 que	 ele	 vai
completar	um	nome.
Por	que	ele	se	assemelha?
Porque	ele	também	possui	preposição.	Então	veja:
16Curso	Ênfase	©	2020
Veja	o	exemplo,	na	 verdade,	 eu	 vou	começar	pelo	 adjetivo,	que	 foi	 o
primeiro	exemplo	que	apareceu.
EXEMPLO:	Ele	é	fiel	à	esposa.
Ele	é	fiel,	esse	“fiel”,	a	classe	gramatical	desse	termo,	é	um	adjetivo.
Existem	alguns	nomes	que	eles	são	transitivos.
Você	não	viu	o	que	é	um	verbo	transitivo?
Verbo	 transitivo	 aquele	 que	 pede	 um	 complemento.	 Existem	 alguns
nomes	 que	 também	 são	 considerados	 transitivos	 e	 que	 também
exigem	complemento.
Então,	 esse	 adjetivo	 “fiel”	 é	 um	 nome	 que	 é	 transitivo,	 ele	 pede	 um
complemento.	Se	eu	falar	assim:
Ele	é	fiel,	mas	ele	é	fiel	a	que	ou	a	quem?
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Ele	é	fiel	à	esposa.	Então,	esse	“à	esposa”	completam	o	nome	“fiel”,	o
adjetivo	 “fiel”.	 Então,	 é	 um	 complemento	 de	 um	 nome,	 um
complemento	nominal.
EXEMPLO:	O	livro	é	útil	ao	aluno.
O	livro	é	útil	a	quem	ou	a	que?
“Útil”	é	um	adjetivo	também,	é	um	nome.	Então,	esse	“ao	aluno”	está
ligado	 e	 está	 completando	 o	 adjetivo	 “útil”.	 É	 um	 complemento
nominal,	porque	está	completando	um	nome	e	não	um	verbo.
Quando	ele	completa	um	advérbio.	O	complemento	nominal	 também
completa	um	advérbio,	vamos	ver:
EXEMPLO:	Sempre	agiu	fielmente	à	esposa.
Agiu	fielmente	a	quem	ou	a	quê?
Então,	 fielmente	 “à	 esposa”.	 “Fielmente	 é	 um	 advérbio	 e	 esse	 “à
esposa”,	ao	invés	de	estar	ligado	a	fiel,	que	é	um	adjetivo,	está	ligado
a	 fielmente	que	 é	um	advérbio.	Então,	 continua	 sendo	 complemento
nominal.
EXEMPLO:	Ele	votou	contrariamente	ao	partido.
Esse	 “ao	 partido”	 está	 completando	 o	 advérbio	 “contrariamente”.
Então,	é	um	complemento	nominal.
Quando	 ele	 completa	 um	 substantivo	 abstrato.	 Tem	 que	 ser
necessariamente	abstrato.
18Curso	Ênfase	©	2020
Você	já	sabe	o	que	é	um	substantivo	abstrato?
Já	sabe,	é	aquele	substantivo	que	existe	dependente	de	outro,	ou	seja,
ele	é	dependente	de	outro	para	existir.
EXEMPLO:	O	amor	ao	filho	é	eterno.
“Amor”	 é	 um	 substantivo	 abstrato.	 Esse	 termo	 preposicionado	 “ao
filho”	 completando	 um	 substantivo	 abstrato	 “amor”	 é	 um
complemento	nominal.
EXEMPLO:	Ele	tem	medo	de	escuro.
“De	 escuro”	 é	 um	 termo	 preposicionado	 que	 está	 completando	 o
substantivo	abstrato	“medo”.	Então,	é	o	tal	do	complemento	nominal.
Veja	só:
19Curso	Ênfase	©	2020
Os	 pronomes	 oblíquos	 “me”,	 “te”,	 “lhe”,	 “nos”,	 “vos”	 e	 os	 oblíquos
tônicos	podem	exercer	função	nominal.	Então,	cuidado,	vejam	só:
EXEMPLO:	Isso	lhe	é	útil.
Isso	é	útil	a	você.	Eu	posso	substituir	esse	“a	você”	ou	“Isso	é	útil	ao
João”,	eu	posso	substituir	pelo	pronome	oblíquo	átono	“lhe”	ou	então:
EXEMPLO:	Isso	é	útil	a	ele.
Usar	o	oblíquo	tônico.
EXEMPLO:	Era-me	favorável.	Era	favorável	a	mim.
Tanto	faz,	esse	“me”	está	completando	o	adjetivo	“favorável”.
Era	favorável	a	quem?
A	 mim.	 Era-me	 favorável,	 então,	 eu	 posso	 empregar	 os	 pronomes
oblíquos	átonos	 “me”,	 “te”,	 “lhe”,	 “nos”,	 “vos”	ou	os	oblíquos	 tônicos
também	como	complementos	nominais.	Cuidado.
Vamos	a	uma	pegadinha.
PEGADINHA
Vejam	só:
20Curso	Ênfase	©	2020
Objeto	indireto	e	complemento	nominal.
EXEMPLO:	Ela	se	referiu	ao	professor.
“Ao	 professor”	 exerce	 função	 de	 objeto	 indireto,	 porque	 completa	 o
verbo	 referir-se.	 Quem	 se	 refere,	 se	 refere	 a	 alguém	 ou	 a	 alguma
coisa.	Então,	é	objeto	indireto.
EXEMPLO:	Ele	fez	referência	ao	professor.
Observem	que	se	você	parar	em	“Ele	 fez”,	qual	a	pergunta	que	você
faz	ao	verbo?	"Ele	fez	o	quê?"	Essa	é	a	pergunta	que	você	faz.
Você	pergunta	você	fez	"a	quem"?	Não.	"Ele	fez	o	quê?"
Então,	quando	você	pergunta	o	quê	ou	quem	ao	verbo,	ele	é	um	verbo
transitivo	direto	e	cadê	o	objeto?	“Referência”.
21Curso	Ênfase	©	2020
Ele	fez	referência	a	quem?
“Ao	 professor”.	 Então,	 esse	 professor	 está	 completando	 o	 nome
“referência”.	Ele	fez	referência,	se	eu	parar,	a	ideia	não	fica	completa.
Você	vai	perguntar	ele	fez	referência,	referência	"a	quem?"
Esse	 “ao	 professor”	 completa	 o	 substantivo,	 o	 nome	 “referência”.
Então,	ele	não	é	um	objeto,	ele	é	um	complemento	nominal.
EXEMPLO:	Ela	necessita	de	carinho.
Ela	necessita	de	quê?
De	carinho.	“De	carinho”	completa	o	verbo	“necessitar”.	Então,	é	um
objeto	indireto.
Agora	quando	eu	falo:
EXEMPLO:	Ela	tem	necessidade	de	carinho.
Ela	tem	o	quê?
Necessidade.	 “Necessidade”	 é	 o	 objeto	 direto	 do	 verbo	 “tem”.	 Se	 eu
parar	no	“Ela	tem	necessidade”,	a	ideia	fica	completa?	Não.
Necessidade	de	quê?
De	 carinho	 completa	 o	 nome	 “necessidade”,	 o	 substantivo
“necessidade”.	Então,	é	um	complemento	nominal.
O	 complemento	 nominal	 parece	 um	 objeto	 indireto,	 só	 que	 o	 objeto
indireto	 completa	 o	 verbo	 transitivo	 indireto	 e	 o	 complemento
22Curso	Ênfase	©	2020
nominal	 vai	 completar	 um	 adjetivo,	 um	 advérbio	 ou	 um	 substantivo
abstrato.	Completa	nomes.
Nós	temos	também	o	agente	da	passiva
AGENTE	DA	PASSIVA
O	 agente	 da	 passiva	 aparece	 na	 voz	 passiva.	 Ele	 é	 o	 agente	 da	 voz
passiva.	Existem	duas,	a	voz	passiva	analítica	e	a	voz	passiva	sintética.
Você	se	lembra	disso?
Veja	só:
EXEMPLO:	Os	bandidos	foram	mortos	pelos	policiais.
23Curso	Ênfase	©	2020
Na	 voz	 passiva	 analítica	 nós	 temos	 o	 verbo	 “ser”	 mais	 o	 verbo	 no
particípio.	Então,	“foram”	verbo	ser	e	“mortos”	o	verbo	no	particípio.
Os	bandidos	foram	mortos,	eu	tenho	a	voz	passiva	analítica.
Quem	é	o	sujeito?Os	bandidos.	Os	bandidos	foram	mortos,	eles	sofreram	a	ação.
Quem	praticou?
Os	policiais.	Então,	“pelos	policiais”	é	o	agente	da	ação	na	voz	passiva.
É	o	agente	da	passiva.
Normalmente,	 o	 agente	 da	 passiva	 é	 introduzido	 pela	 preposição
“pelo”	 ou	 “por”,	 mas	 poderia	 ser	 também	 pela	 preposição	 “de”.
Entretanto,	normalmente	pela	preposição	“por”.
EXEMPLO:	A	casa	foi	invadida	por	abelhas.
Quem	foi	invadida?
A	casa.	“Foi	 invadida”	é	verbo	ser	mais	particípio	e	“por	abelhas”	 foi
quem	praticou	a	ação.	Veja	que	a	casa	sofre	ação.
Quem	praticou	a	ação?
As	 abelhas.	 Então,	 eu	 tenho	 o	 agente	 da	 ação	 verbal	 na	 voz	 passiva,
“por	abelhas”	agente	da	passiva.
EXEMPLO:	O	material	foi	entregue	à	secretária	pelo	estagiário.
O	que	foi	entregue?
24Curso	Ênfase	©	2020
O	 material,	 sujeito,	 sofreu	 a	 ação.	 “Foi	 entregue”	 é	 verbo	 ser	 mais
particípio.
Quem	praticou	a	ação	de	entregar?
O	 estagiário.	 Então,	 o	 estagiário	 é	 o	 agente	 da	 passiva.	 “Pelo
estagiário”	exerce	a	função	de	agente	da	passiva.
Agora,	 cuidado	 com	 o	 seguinte:	 não	 há	 agente	 da	 passiva	 na	 voz
passiva	sintética;	só	há	agente	da	passiva	na	voz	passiva	analítica,	ou
seja,	a	voz	passiva	analítica	é	aquela	constituída	pelos	verbos	ser	mais
verbo	 no	 particípio.	 A	 voz	 passiva	 sintética	 é	 pela	 partícula
apassivadora.
EXEMPLO:	Conclui-se	o	projeto.
25Curso	Ênfase	©	2020
Eu	 não	 tenho	 agente	 da	 passiva	 e	 não	 “conclui-se	 o	 projeto	 por
alguém”.
EXEMPLO:	Arrecadaram-se	muitos	donativos.
Muito	donativos	foram	arrecadados,	eu	não	tenho	o	agente	da	passiva
nessa	oração.
EXEMPLO:	Concedeu-se	anistia	a	presos	políticos.
Quem	foi	que	concedeu?
Eu	 não	 tenho.	 Eu	 não	 emprego	 agente	 da	 passiva	 na	 voz	 passiva
sintética,	só	na	voz	passiva	analítica.
Vamos	a	mais	uma	pegadinha.
PEGADINHA
Veja	 só,	 cuidado	 que	 muitas	 questões	 de	 provas	 o	 verbo	 “ser”	 vem
suprimido	e	vem	oculto.
26Curso	Ênfase	©	2020
EXEMPLO:	Dinheiro	encontrado	pelo	faxineiro.
Eu	tenho	agente	da	passiva,	sim,	“pelo	faxineiro”.	É	só	uma	armadilha
“o	 dinheiro	 foi	 encontrado	 pelo	 faxineiro”.	 Então,	 o	 verbo	 “ser”	 está
oculto.	Eu	não	deixo	de	ter	a	voz	passiva	e	não	deixo	de	ter	o	agente
da	passiva,	a	voz	passiva	analítica.	Cuidado	com	isso.
EXEMPLO:	Multas	infligidas	aos	infratores	pelos	fiscais.
Eu	tenho	“Foram	infligidas	aos	infratores	pelos	fiscais”.	Eu	não	deixo
de	ter	a	voz	passiva,	só	que	o	verbo	“foram”	(verbo	ser,	no	caso,	está
oculto).	Eu	não	deixo	de	ter	voz	passiva	analítica.
Bons	estudos	e	até	a	próxima.	Tchau,	tchau.

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