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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
JULIANA ARAUJO DO ROSÁRIO
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E VULNERABILIDADE SOCIAL
ITABUNA
4
2022
JULIANA ARAUJO DO ROSARIO
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E VULNERABILIDADE SOCIAL
Relatório de Estágio apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso: Relatório de Estágio do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicopedagogia do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi.
ITABUNA
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
3. OBSERVAÇÃO 8
4. COLATA DE DADOS OBSERVADOS 10
5. INTERVENÇÕES 11
5.1 REGISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES 12
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
8. ANEXOS 17
9. REGISTROS FOTOGRÁFICOS 25
1 INTRODUÇÃO
O estágio foi realizado numa Creche Escola pública, municipal e que atende crianças com a faixa etária de 2 a 4 anos. A EMCMG está localizada em um bairro periférico (Mangabinha) da cidade de Itabuna-BA e atende principalmente crianças que fazem parte do seu entorno.
 É uma pequena creche escola (tem 126 alunos matriculados), porém muito bem limpa, arejada e colorida. Sua estrutura conta com 9 salas temáticas de aula, um pátio coberto (palyground) e outro descoberto, banheiros dentro da escola, diretoria, secretaria, dispensa, lavanderia, refeitório, coordenação pedagógica. Todas as suas salas são acessíveis, porém a entrada possui rampa, mas tem um degrau. Oferece ao seu público merenda escolar, água potável e filtrada, acesso à internet e possui um pequeno equipamento para utilização nas aulas: televisões, projetores multimídia, aparelhos de dvd, aparelhos de som, microfones, caixas de som e muitos brinquedos.
O funcionamento da escola se dá através do trabalho de 9 professores com licenciaturas em diversas áreas, sendo que 2 possuem até o magistério apenas; de uma diretora e uma vice-diretora; de uma secretária; de uma coordenadora pedagógica e de mais 30 estagiários (sendo 8 graduandos de cursos como enfermagem, psicologia e pedagogia, pois são esses que acompanham as crianças que possuem laudo, os demais cursam o ensino médio e ajudam as professoras com as demais crianças) e 6 funcionários de apoio que estão distribuídos nas funções de limpeza, cozinha e portaria. 
O Projeto Político- Pedagógico é rediscutido e atualizado anualmente em sua semana pedagógica que ocorre entre quinze e trinta dias antes do início do ano letivo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais alicerçam o PPP da escola e tem como principal eixo para as suas atividades contemplem a interpretação de texto e o desenvolvimento de cidadãos com vínculos afetivos, respeito e reconhecimento aos grupos historicamente discriminados. Os Planejamentos de aula são realizados anualmente, mas revistos e discutidos mensalmente em reuniões entre os professores e a coordenadora que atua como articuladora nesse momento. De modo geral, há uma preocupação na construção dos planejamentos para que estejam em conformidade com o PPP e para que esteja presente na prática no trato para com os alunos. 
As observações foram feitas e o meu tema nasceu através das mesmas. Pretende-se com esse trabalho:
•	Demonstrar a possível relação entre vulnerabilidade social e dificuldades de aprendizagem;
•	Destacar a importância do meio social e das políticas públicas no processo de aprendizagem;
•	Apontar mudanças que promovam melhorias para quem sofre com a vulnerabilidade social;
•	Refletir através de embasamentos teóricos aspectos que incentivem práticas favoráveis à mudança;
O estágio é, sem dúvida, de grande importância para a formação do profissional. É o momento de vivenciar o que por diversas vezes vimos na teoria e nos exemplos relatados em nossas leituras. Penso no estágio como um verdadeiro treinamento e por isso, considero que a escolha dessa instituição só contribuiu positivamente para a minha percepção de estratégias para a resolução de problemas que surgirão ao longo da profissão escolhida. Assim como também considero de grande valia e importância poder mostrar o meu olhar e estratégias pensadas por mim aos professores e demais profissionais da instituição. É um momento de troca muito importante para todas as partes envolvidas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O conceito de vulnerabilidade social não está diretamente associado à questão da pobreza, mas a fragilidades de alguns grupos sociais. Podem estar relacionados com fatores socioeconômicos, mas também históricos, raciais, etc. Ou seja, são indivíduos que estão à margem da sociedade por algum fator, que são de alguma forma – ou até muitas – excluídos e afastados de seus direitos básicos: moradia, educação, alimentação, saúde, higiene. Segundo Carara (2017) “A vulnerabilidade social aborda diversas modalidades de desvantagem social, mas principalmente a fragilização dos vínculos afetivos, relacionais, ou vinculados à violência”.
O termo vulnerabilidade já assumiu várias conotações, entre estas, designando grupos ou indivíduos fragilizados, juridicamente ou politicamente, que necessitam de auxílio e proteção para a garantia de seus direitos como cidadãos. O vulnerável carrega, nesse sentido, a ideia do mais fraco, ou seja, aquele que está em desvantagem quanto ao critério de distribuição (renda, serviços, qualidade de vida, educação e saúde) e que é alvo de políticas públicas específicas de auxílio e de busca de garantia de direitos (Ayres et al., 2009; Figueiredo & Noronha, 2008).
De acordo com Carara (2017), a vulnerabilidade também se caracteriza pela impossibilidade dos indivíduos modificarem a condição atual em que se encontram, ou seja, os sujeitos não tem muitas escolhas dentro do cenário de precariedade em que estão inseridos. Geralmente, crianças nessa condição apresentam sentem-se excluídas, rejeitadas, inseguras e abandonadas.
Dado o conceito de vulnerabilidade social, avançamos para uma análise sobre a vulnerabilidade social estar diretamente associada à dificuldade de desenvolvimento de aprendizagem dos sujeitos. A baixa escolaridade é comum nas crianças que se encontram numa realidade de desvantagem social. “Em linhas gerais os resultados revelaram que a desvantagem da desigualdade social, principalmente a fragilização dos vínculos afetivos, relacionais, ou vinculados à violência prejudicam no desenvolvimento cognitivo e contribuem para aumentar a dificuldade de aprendizagem” (CARARA, 2017). 
A família é o primeiro espaço habitado pela criança, é onde o seu processo de aprendizagem se inicia. E quando esse ambiente sofre com algumas dificuldades consequentemente a criança também as vive. Se o ambiente familiar é violento a criança pode desenvolver um comportamento igualmente violento e apresenta-lo não somente em casa, mas em outros ambientes que são frequentados por ela, a escola, por exemplo. Outros fatores relacionados com a vulnerabilidade social, como fome e/ou falta de higiene e saúde também podem afetar o processo de aprendizagem da criança, pois o corpo não saudável e devidamente nutrido também afetam diretamente as dificuldades de aprendizagem. 
Sabemos que a pobreza não explica tudo. A maioria das famílias que vivem em condições de vulnerabilidade social mantém seus filhos consigo e lutam para dar educação e uma vida digna para os seus. É a falta de recursos materiais e uma série de condições adversas como a própria DA – dificuldade de aprendizagem - que levam a que crianças e adolescentesse afastem ou fujam da sala de aula em busca de melhores condições de vida ou até mesmo de proteção. As dificuldades relacionadas à DA e vulnerabilidade social estão atreladas a diferentes fatores como nível de renda familiar. Isso não se traduz necessariamente na inexistência de afeto na família e sim que faltam condições mínimas para o cuidado e a educação das crianças. (CARARA, 2017).
É na escola onde as dificuldades de desenvolvimento e de aprendizagem são primeiramente percebidas. “Quando temos um diagnóstico de dificuldades de aprendizagem devem-se levar em conta os sujeitos envolvidos e o vínculo dos mesmos em relação à criança ou adolescente” (ALTMAYER et al, 2012). E é na escola também onde reside parte da solução para tais problemas. Pois, “a escola também dispõe de uma autoridade em continuação à autoridade da família, por ser uma instituição responsável pelos processos de desenvolvimento educativo e afetivo da criança e do adolescente” (CARARA, 2017). Porém, não está na sala de aula junto ao professor o papel de diagnosticar aquela criança. O professor poderá junto à escola, coordenação ou psicopedagogo, identificar algumas características e encaminhar para que um profissional da área de saúde possa diagnosticar se a criança possui ou síndromes e/ou transtornos que dificultem a sua aprendizagem.
O fato é que a escola não deve ser a única responsável pela qualidade do desenvolvimento da criança durante o processo de aprendizagem. Tampouco a família, principalmente se esta estiver inserida numa cenário de vulnerabilidade social. “A responsabilidade não deve recair apenas sobre a família ou para a escola, há de se buscar mais recursos públicos de diferentes tipos para garantir os cuidados básicos que cada criança necessita desde o nascimento que é o direito ao desenvolvimento integral” (CARARA, 2017). Afinal, muitas vezes essa vulnerabilidade não está associada a questões afetivas apenas, mas à ausência de recursos básicos que garantam mínimas condições de sobrevivência. Ou seja, se a criança não se alimenta corretamente por falta de recursos e/ou não faz uso de tratamentos necessários para o seu desenvolvimento, é muito provável que a criança tenha a sua aprendizagem comprometida. 
De acordo com Vygotsky (2008 apud TRETIN 2019 p.34):
Aprendizagem não é em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo uma grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais, mas formadas historicamente. 
Nesta perspectiva, podemos compreender que a aprendizagem é um processo que está associado com as relações sociais. E que, por essa razão cada criança presente em determinado ambiente escolar deve ser olhada de forma única, pois trazem formações externas diferentes àquele ambiente. Ou seja, os professores e os profissionais da educação inseridos no contexto devem estar atentos aos sinais emitidos pela criança para encaminhá-la aos órgãos competentes. Daí a importância de uma formação continuada de professores e de demais profissionais da educação. Infelizmente, nesse contexto ocorrem duas situações que paralisam as ações desses profissionais e que podem comprometer esse processo. A falta de horários e dinheiro suficientes para que esses profissionais se aprimorem. E a segunda situação é o fato de que o profissionais da educação, principalmente numa comunidade em situação de vulnerabilidade social, precisam contar com rápido e eficaz atendimento de outros órgãos públicos para o diagnóstico e o tratamento – se necessário – dessa criança que apresenta dificuldades.
No cenário social surge a criança que apresenta a dificuldade e não sabe como lidar com ela. Na escola os profissionais da educação buscam ajudar como podem, mas suas limitações diante de classes super lotadas e falta de tempo para uma dedicação efetiva, fazem com que esta criança fique sem a ajuda diferenciada que precisaria para se desenvolver intelectualmente. (CARARA, 2017).
É de suma importância o olhar da família, dos agentes escolares e dos órgãos governamentais competentes (seja do município, do estado ou federal) para o desenvolvimento da criança. Quando se trata de uma criança portadora de transtorno e/ ou síndrome que comprometa tal desenvolvimento da aprendizagem é ainda mais difícil encontrar o apoio necessário. Não é fácil ser portador de qualquer transtorno que possa dificultar de algum modo à aprendizagem, pois a educação no Brasil ainda é feita de modo muito ignorante e preconceituoso – inclusive desde o ambiente familiar da criança. 
[...] que a atividade administrativa, enquanto utilização racional de recursos para a realização de fins, é condição necessária da vida humana, estando presente em todos os tipos de organização social [...]” especialmente na organização escolar, cujos fins precisam estar articulados, cada vez mais, aos movimentos de transformação social em seu sentido pleno de “[...] superação da maneira como se encontra a sociedade organizada [...] (PARO, 1996).
Quando o cenário em que este indivíduo está inserido possui todo tipo de limitação (financeira, social, emocional, nutricional) e descaso, é necessário ter consciência e conhecimento das vias para que essas barreiras sejam rompidas. É preciso dar a cada um dos agentes a sua responsabilidade diante da resolução dos problemas. E não adianta apontar as maiores responsabilidades para os agentes que sofrem os descasos junto com a criança. É preciso entender que está no poder público a responsabilidade constitucional de oferecer condições dignas para todos os cidadãos. E que se essa máxima não é cumprida com excelência os cidadãos e as instituições que os atendem serão prejudicados imensamente. 
3 OBSERVAÇÃO
Durante os dias em que estive presente na instituição pude observar muitos pontos positivos, mas também alguns tantos que poderiam melhorar. Alguns podem melhorar a partir da dinâmica escolar interna, mas infelizmente os pontos mais negativos e mais complexos para que haja uma resolução efetiva são de responsabilidade do poder público.
Ao chegar ao endereço da creche percebo que possui uma rampa de acesso. Mas para a minha surpresa (negativa) existe um degrau em seu topo. Logo, funcionários ou pais portadores de deficiência física não podem acessar o interior da creche. Os alunos por serem muito pequenos, caso façam uso de muletas ou cadeira de rodas, ainda conseguem entrar no colo. Continuando a minha observação estrutural da instituição pude notar que o pátio aberto, que também é caminho para a lavanderia da creche, possui escadas altas sem qualquer proteção e para que haja o banho de sol das crianças é preciso muita atenção e cuidado dos estagiários e professoras. E por conta disso é bem breve mesmo esse momento.
No mais, a escola estruturalmente falando é bastante arejada, limpa, bem cuidada, toda na cerâmica (paredes e pisos), possui banheiro com assentos e pias todos apropriados ao tamanho das crianças atendidas. A cerâmica dos chuveiros não é antiderrapante, mas todos os boxes possuem tapetes para evitar acidentes com os pequenos.
As salas pedagogicamente falando trazem uma proposta muito legal, pois cada sala oferece uma temática (sala Faz de conta, Literatura, Lógico-matemática, Sucateca, Brinquedoteca, Artes, Multimídia, Novas descobertas e Sociedade e natureza) e as crianças trocam de sala de acordo com as atividades propostas para cada turminha. Porém a estrutura do prédio prejudica um pouco as atividades, pois as salas não são divididas com paredes de concreto, mas com divisórias de mdf (e que não chegam ao teto). Logo, o barulho entre as salas atrapalha o andamento das atividades.
O espaço maior de lazer é o parquinho montado na parte coberta em frente às salas. Possui muitos brinquedos atrativos e coloridos. Todos bem seguros, apropriados às idadesatendidas e bem limpos e conservados.
As atividades na sala que observei contaram com a regência da professora Rosália, uma senhora bastante amável e calma com os alunos. Infelizmente, comportamentos como os de Rosália não são regras e pude ouvir de outras salas gritos e tratamentos não muito educados para com as crianças. E esse é um problema que a gestão da escola não pode resolver por se tratar de uma instituição pública e não poder resolver problemas de contratos efetivos. 
As salas, como dito antes, são arejadas, claras, possuem janelas, ventiladores de parede, mesinhas com cadeiras para as crianças, pufes, almofadas, muito brinquedos, livrinhos de histórias, fantoches, tatames coloridos e emborrachados e minis colchões que ficam empilhados num canto até a hora do soninho. Todos os dias os lençóis usados nos colchões são lavados e passados. As toalhas usadas no banho e as fardas da troca também. 
Basicamente a rotina da creche é entrada às 07h30min, acolhida nas salinhas, às 08h00min começa o café das crianças (vão de duas em duas salas), as professoras colocam toucas e ajudam a servir as crianças. Todos os pratinhos e copinhos, assim como os talheres, são de aço inox. O café não varia muito de acordo com o que pude observar: pão com manteiga e café com leite – ou suco. Assim que terminam o café as turminhas vão tomar um pouco de sol (menos de 10 minutos) e retornam para as salas. Brincam um pouco e fazem alguma atividade orientada e às 10h00min começam o banho. As roupas que as crianças chegaram são guardadas nas mochilas e depois do banho elas vestem as fardas internas. Depois do banho voltam ao refeitório para o almoço, lá para as 11h00min. Ao retornar para as salas, as professoras arrumam os colchões, diminuem a iluminação e depois da historinha as crianças dormem (nem todas). O soninho vai até às 12h45min e aí as funcionárias da cozinha levam frutas cortadas nas salas e eles fazem um lanchinho antes de retornar às atividades pedagógicas. Na sala em que estive a aceitação das frutas foi muito boa. As crianças se revezam por turmas no parquinho (playground) e retornam por volta das 15h00min para a troca das roupinhas, pois às 16h00min fazem a sua última refeição do dia na escola (geralmente sopa) e aguardam a saída em suas salas. O banho só acontece mais de uma vez no dia se houver algum imprevisto no desfralde.
As crianças estão em adaptação ainda, todas elas – inclusive a turminha mais velha, pois a creche estava fechada até o ano passado por conta do covid 19 – e, por isso choram bastante no início do dia e também quando acordam à tarde, pois começam a chamar pela família e demonstram cansaço e falta de casa. No mais, a rotina é bem tranquila, divertida e trabalha bastante a autonomia e desenvolvimento dos pequenos. Mesmo com todas as dificuldades estruturais o espaço é bastante acolhedor.
São 8 crianças com laudo na creche. Observei que uma criança sem laudo estava andando nas pontas dos pés, tinha um movimento repetitivo com as mãos e cabeça e também dava tchau com a mão invertida. Conversei com as responsáveis pela escola e elas relataram que a família não aceitou investigar as possíveis causas desses estereótipos na criança. Na escola existem outras crianças apontadas pela equipe pedagógica como suspeitas de autismo e que deveriam ser encaminhadas ao CEPEI - Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva – mas que por resistência dos pais não são avaliadas e não tem suas consultas marcadas com neuropediatras que atendem no município.
 A criança que me foi sugerida para a observação e intervenção foi um menino de 3 anos, nascido em 2018, com histórico de esquizofrenia na família (motivo pelo qual a mãe ao observar algumas características procurou uma neuropediatra para avaliação) e que possui laudo de TEA – transtorno do espectro do autismo (CID10: F84.0). A mãe é bastante observadora e mesmo com dificuldades financeiras tenta seguir todas as orientações que foram prescritas pela neuropediatra no laudo. O problema é que nem todas as terapias são oferecidas pelo município gratuitamente. Ela não conseguiu, por exemplo, a terapia ocupacional. Para pagar a terapia está aguardando a possiblidade de aposentar o filho, pois ela e o marido já pagam a natação – que também não é oferecida gratuitamente. Já as outras terapias (psicologia infantil intensiva e contínua e fonoaudiologia com especialização em apraxia de fala) conseguiram pela prefeitura, porém não com o tempo sugerido e, segundo os pais, depois de uma longa espera até a realização das mesmas.
4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS 
Num primeiro momento é preciso colher informações sobre o espaço, sua história, sua estrutura, seus agentes, etc. Então, por dois dias colhi informações burocráticas sobre a instituição e fui observando a sua estrutura, avaliando o que facilita o acesso oque impossibilita; avaliando suas salas e o quão propícias à aprendizagem estão e quais os seus pontos negativos nesse quesito; avaliando o comportamento da equipe gestora, da equipe de apoio, do cuidado das funcionárias da cozinha e da lavanderia, o cuidado das professoras e estagiárias para com as crianças; avaliando o cuidado com a construção de um espaço lúdico para as crianças; etc
Já num segundo momento fixei minha atenção na sala de aula onde está inserido o aluno que observei. Então avaliei as atividades e dinâmicas propostas em sala, estrutura, limpeza, cuidados, horários e rotina das crianças, comportamentos, etc.
Tendo feito essa avaliação da sala como todo fixei meu olhar sobre a criança diante desse todo. Como chega? Chora? Chama a mãe? Aceita os comandos das “tias”? Alimenta-se bem? Divide os brinquedos e brincadeiras com os coleguinhas? Como é sua relação com a sala, professores e colegas? Como é a sua relação com a rotina da instituição? Participa das rodinhas e atividades?
Passado esse momento, criei uma certa aproximação com a criança observada, com sua tutora, com as demais “tias” e com as outras crianças também. Afinal, estava fazendo parte dessa rotina há uns dias. Essa aproximação com a criança e com o seu espaço facilitou a escolha dos recursos a serem utilizados na intervenção. 
Escolhi não ler o laudo antes das observações, assim como não colher muitas informações sobre a criança com os pais e professores. Só depois das observações que fizemos tais trocas.
5 INTERVENÇÕES
Alguns pontos foram muito positivos na intervenção. A criança ao fazer o joguinho das formas identificou facilmente onde muitas formas se encaixavam de acordo com a forma, cor e tamanho. A caixa tátil não teve uma aplicação com as observações esperadas, pois a criança apresentou resistência ao colocar a mão na caixa para tentar caracterizar as texturas. Os livrinhos chamavam a atenção por um tempo realmente pequeno, pois ou fixava num determinado ponto do livro ou não demonstrava qualquer interesse. Os desenhos livres demonstram o quanto o seu foco está em formas humanas, ele desenha e vai falando qual parte estava a desenhar. Pintura não fez, em vez disso desenhou formas humanas, mas reconheceu o personagem e repetiu várias vezes o nome.
As atividades para associar, ligar não foram compreendidas, mas a criança as associou mostrando onde estavam. Reconheceu nas figuras: as emoções, as cores, as frutas, muitos objetos e fixou a atenção em alguns os quais ficou repetindo os nomes. Com bloquinhos e quebra-cabeça não demonstrou qualquer interesse, mas com o pop it colorido e com o slime sim. Com o pop it ele identificou cores e apertou a quantidade de bolinhas solicitadas. Com o slime, no início estranhou a consistência, mas foi tentando, tocando, tirando e recolocando na embalagem. Então cortei o slime com a tesoura e depois juntei novamente, ele então também tentou fazer, mas não conseguiu cortar e pedia com muita insistência para que o ajudasse a repetir algumas vezes a brincadeira. 
Para a sua idade, a criança demonstra o quanto vem sendo estimulado (principalmente pela família), pois o seu desenvolvimento está bastante compatível com as demais crianças.As diferenças mais significativas referem-se à falta de foco nas atividades propostas; ao hiperfoco em determinados brinquedos; à repetição de movimentos e falas; à resistência em estar próximo das outras crianças (principalmente em situações com barulho); à dificuldade em aceitar comandos,; ao hiperfoco nos cabelos presos das colegas (ele segura forte e chega a machucar algumas vezes); à maneira como se trata em terceira pessoa; e ao apego com a estagiária que é a sua tutora no turno matutino – sem ela ele fica mais agitado e chora com maior frequência.
5.1 REGISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES 
O estágio foi uma experiência de muitas trocas, a recepção foi de grande valia e as observações me fizeram ter um contato na prática com o estudado até aqui. A partir desse estágio também acendeu uma luzinha mais forte a respeito dos direitos que vão se perdendo por causa da falta de compromisso dos governos o que aumenta as dificuldades de aprendizagem de crianças com ou sem transtornos e/ou síndromes.
A partir da experiência de intervenção com uma criança portadora de transtorno do espectro autista, matriculada numa creche municipal e que faz uso da saúde pública e atendimento psicossocial também público do município, é possível observar que, mesmo com pais participativos e interessados em melhorar as condições de desenvolvimento de seu filho, há muitas barreiras para que de fato isso aconteça.
A dificuldade de aprendizagem também se encontra em vários fatores como: fome, desmotivação, falta de estímulo, desestrutura familiar, problemas pessoais, que interferem na aprendizagem e prejudicam no desenvolvimento do aluno. Em um bairro onde a vulnerabilidade social faz parte da vida das famílias, se caracteriza pelas dificuldades em lecionar em uma classe que une especificidades em um único núcleo, a escola e o professor tem pela frente mais um desafio. Alunos que se colocam como empecilhos ao desenvolvimento e à aprendizagem, em uma mesma sala de aula estarão juntos muitos deles com privações e déficits que passaram por experiências extremas, em suas vivências. (CARARA, 2017).
Barreiras essas que podem ser vencidas e ultrapassadas com atendimentos rápidos e efetivos para as crianças quando encaminhadas aos centros de saúde psicossocial; com profissionais da educação que estejam sempre se reciclando para que ajudem os pais a detectarem quando algo não esteja correndo como om esperado no desenvolvimento da criança e para orientá-los também; com o poder público investindo em informação sobre preconceito, orientações, acessibilidade em seus prédios e qualidade de vida para a população; com muito amor e acolhimento desde a família até as instituições que atendem a criança.
A família, por mais dificuldades, deve oferecer amor e um ambiente seguro à criança, além de ter a responsabilidade de mantê-la na escola e seguir nas orientações dadas pelos profissionais da educação envolvidos no ambiente escolar da criança.
É necessário salientar que mudanças dentro do ambiente escolar também são pertinentes para que haja melhora no desempenho de alunos com ou sem transtornos. Tais medidas vão desde a formação continuada dos professores, e dos outros profissionais presentes no processo de educação, até as melhorias feitas em espaços das instituições de ensino (estrutura, alimentação, higiene, acolhimento). É preciso ter acessibilidade; profissionais bem pagos e preparados; alimentação nas escolas orientada por nutricionistas; ambientes seguros, limpos e arejados; apoio pedagógico, psicopedagógico, psicológico ágil e de qualidade; orientação adequada para a família sobre cuidados e direitos sociais; materiais didáticos de qualidade; etc
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que quanto mais rápido for feita a identificação das dificuldades de aprendizagem e que tão rápido quanto também ocorra o diagnóstico em caso de síndrome ou transtornos que estejam ligados a essa DA, melhor será para a criança. Porque, sem dúvida, reconhecer e identificar, as condições que afetam o desenvolvimento é um importante passo dado.
É de grande importância também que junto ao diagnóstico, a família tenha acesso ao tratamento adequado tanto na escola quanto nas instituições onde serão desenvolvidas as terapias (fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, etc). E tanto o atendimento diagnóstico quanto a responsabilidade com os tratamentos deveriam ser ofertados pelo poder público a quem precisa, sem tanto tempo de espera ou burocracia.
Ao poder público competem mais algumas responsabilidades como garantir uma vida digna aos cidadãos, ou seja, que não falte segurança, alimentação, moradia e saúde. Infelizmente essa não é a realidade que estamos vivendo. Muitas famílias sofrem com a vulnerabilidade social e de alguma forma estão expostas a uma instabilidade que não lhe garantem total amparo. E crianças que fazem parte dessa realidade, infelizmente apresentam dificuldades maiores em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem. Quando a criança em questão possui algum transtorno ou síndrome essa realidade a leva mais ainda para as margens sociais.
A família por vezes não tem informações suficientes e tampouco amparo econômico, social ou emocional. A escola, por mais bem estruturada ou com uma boa equipe para receber o aluno, precisa de apoio das mais variadas formas para que possa trabalhar de modo satisfatório o desenvolvimento da criança. 
É preciso que cada vez mais a população esteja mais esclarecida sobre seus direitos constitucionais para que possa cobrar do poder público as providencias necessárias para que todos sejam atendidos de forma digna e mais igualitária.
REFERÊNCIAS 
· ALTMAYER, Camila, DIAS, Cristina Blauth, BAUM, Fernanda L., DUARTE, Sandra do N., MORAES, Sirilei A. F. de, MÜLLER, Márcia B.C. Ambiente escolar, familiar e social: suas influências na alfabetização. Revista Conhecimentos Online – Ano 4, vol. 1, Março de 2012. 
· AYRES, J. R., FRANÇA JUNIOR, I., CALAZANS, G. J. & SALETTI FILHO, H. C. (2009). O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas perspectivas e desafios. In D. Czeresnia (Org.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. (2a ed.), Rio de Janeiro: Fiocruz.
· CARARA, Mariane Lemos. Dificuldade de Aprendizagem e Vulnerabilidade Social sob a percepção da Comunidade Escolar. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Artigo-Mariane.pdf Acesso em: Setembro de 2021.
· HORA, D. L. da. A modernização falaciosa: contornos políticos da educação no Brasil
(1989-1994). 1996. Tese (doutorado em Educação)-Faculdade de Educação, Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 1996.
· HORA, D. L. da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios da gestão colegiada. 9. ed.
Campinas: Papirus, 2002.
· HORA, D. H. da. Democracia, educação e gestão educacional na sociedade brasileira
contemporânea. EccoS – Revista Científica, Sçao Paulo, v. 8, n. 1, p. 65-87, jan./jun.
2006.
· PARO, V. H. Administração escolar: introdução crítica. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
· PARO, V. H. Escritos sobre educação. 1. ed. São Paulo: Xamã, 2001.
· TRENTIN, V.B. Dificuldades de aprendizagem. Indaial: UNIASSELVI, 2019.
ANEXOS
1. Carta de apresentação. 
2. Termo de compromisso.
3. Autorização dos pais. 
4. Declaração de Estágio.
5. Laudo ou Diagnóstico.
6. Roteiro de Intervenção.
1. Objetivos: 
*Observar a dinâmica e a rotina da escola (limpeza, acolhida, funcionamento da cozinha, salas de aula, professores, equipe gestora, espaços);
* Observar a sala de aula da criança com laudo;
*Observar a interação da criança com a rotina escolar, com os colegas, horários, professores e demais funcionários;
*Desenvolver algumas intervenções a fim de observar o seu desenvolvimento diante de algumas atividades;
*Comparar as observações feitas com as características relatadas em laudo, em entrevista com os pais, professores e com a estagiária tutora da criança. 
2. Desenvolvimento:
Num primeiro momento é preciso colher informaçõessobre o espaço, sua história, sua estrutura, seus agentes, etc. Então, por dois dias colhi informações burocráticas sobre a instituição e fui observando a sua estrutura, avaliando o que facilita o acesso oque impossibilita; avaliando suas salas e o quão propícias à aprendizagem estão e quais os seus pontos negativos nesse quesito; avaliando o comportamento da equipe gestora, da equipe de apoio, do cuidado das funcionárias da cozinha e da lavanderia, o cuidado das professoras e estagiárias para com as crianças; avaliando o cuidado com a construção de um espaço lúdico para as crianças; etc
Já num segundo momento fixei minha atenção na sala de aula onde está inserido o aluno que observei. Então avaliei as atividades e dinâmicas propostas em sala, estrutura, limpeza, cuidados, horários e rotina das crianças, comportamentos, etc.
Tendo feito essa avaliação da sala como todo fixei meu olhar sobre a criança diante desse todo. Como chega? Chora? Chama a mãe? Aceita os comandos das “tias”? Alimenta-se bem? Divide os brinquedos e brincadeiras com os coleguinhas? Como é sua relação com a sala, professores e colegas? Como é a sua relação com a rotina da instituição? Participa das rodinhas e atividades?
Passado esse momento, criei uma certa aproximação com a criança observada, com sua tutora, com as demais “tias” e com as outras crianças também. Afinal, estava fazendo parte dessa rotina há uns dias. Essa aproximação com a criança e com o seu espaço facilitou a escolha dos recursos a serem utilizados na intervenção. 
Escolhi não ler o laudo antes das observações, assim como não colher muitas informações sobre a criança com os pais e professores. Só depois das observações que fizemos tais trocas.
3. Recursos utilizados: 
*cartolina para construção de tabuleiro cores e formas geométricas;
*atividades impressas de associações de pares (sombras, formas, iguais);
*atividades impressas de pinturas;
*papel sulfite em branco para arte livre;
*livros de histórias;
*Slime colorido (massinha lisa e mole com textura de gelatina);
*Pop it colorido;
*lápis coloridos e canetas hidrocor;
*caixa tátil com diversos objetos com texturas diferentes;
*bloquinhos e quebra-cabeça;
*figuras de emoções, de frutas, de pessoas, ações, objetos, formas e cores;
*tesoura sem ponta e cola bastão.
4. Avaliação da intervenção:
Alguns pontos foram muito positivos na intervenção. A criança ao fazer o joguinho das formas identificou facilmente onde muitas formas se encaixavam de acordo com a forma, cor e tamanho. A caixa tátil não teve uma aplicação com as observações esperadas, pois a criança apresentou resistência ao colocar a mão na caixa para tentar caracterizar as texturas. Os livrinhos chamavam a atenção por um tempo realmente pequeno, pois ou fixava num determinado ponto do livro ou não demonstrava qualquer interesse. Os desenhos livres demonstram o quanto o seu foco está em formas humanas, ele desenha e vai falando qual parte estava a desenhar. Pintura não fez, em vez disso desenhou formas humanas, mas reconheceu o personagem e repetiu várias vezes o nome.
As atividades para associar, ligar não foram compreendidas, mas ele as associou mostrando onde estavam. Reconheceu nas figuras: as emoções, as cores, as frutas, muitos objetos e fixou a atenção em alguns os quais ficou repetindo os nomes. Com bloquinhos e quebra-cabeça não demonstrou qualquer interesse, mas com o pop it colorido e com o slime sim. Com o pop it ele identificou cores e apertou a quantidade de bolinhas solicitadas. Com o slime, no início estranhou a consistência, mas foi tentando, tocando, tirando e recolocando na embalagem. Então cortei o slime com a tesoura e depois juntei novamente, ele então também tentou fazer, mas não conseguiu cortar e pedia com muita insistência para que o ajudasse a repetir algumas vezes a brincadeira. 
Para a sua idade, a criança demonstra o quanto vem sendo estimulado, pois o seu desenvolvimento está bastante compatível com as demais crianças. As diferenças mais significativas referem-se a falta de foco nas atividades propostas, hiperfoco em determinados brinquedos, a repetição de movimentos e falas, certa resistência em estar próximo das outras crianças (principalmente com barulho), dificuldade em aceitar comandos, hiperfoco nos cabelos presos das colegas (ele segura forte e chega a machucar algumas vezes), se trata em terceira pessoa e criou um grande apego com a estagiária que é a sua tutora no turno matutino – sem ela ele fica mais agitado e chora com maior frequência.
O estágio foi uma experiência de muitas trocas, a recepção foi de grande valia e as observações me fizeram ter um contato na prática com o estudado até aqui. A partir desse estágio também acendeu uma luzinha mais forte a respeito dos direitos que vão se perdendo por causa da falta de compromisso dos governos o que aumenta as dificuldades de aprendizagem de crianças com ou sem transtornos e/ou síndromes.
 
7. Registros em fotos

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