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GABARITO - Avaliação Final (Discursiva) - Individual

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1Francisco Goya (1746-1828), pintor espanhol, retratou em suas obras as atrocidades e violências de sua época, que foram a Inquisição e a invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte em 1808. Através de seu trabalho, pode-se compreender as angústias e as incertezas de um tempo em que a "dormência" intelectual acaba por gerar monstros nem sempre possíveis de serem domados. Na gravura apresentada "O Sonho da razão produz monstros", Goya faz uma dura crítica à razão moderna que se iniciava nos séculos XVIII e XIX, demonstrando que a indiferença e a escolha de alguns de viver no mundo dos sonhos e da fantasia não é uma boa alternativa, porque quando "dormimos", os monstros ganham vida. Com base no exposto e na obra de Goya, responda: o pensamento criminológico crítico tem qual finalidade da análise, problematização e reflexão nas políticas criminais? FONTE DA IMAGEM: http://jornaldefilosofia-diriodeaula.blogspot.com/2013/09/o-sono-darazao-produz-monstros.html. Acesso em: 4 abr. 2019.
Resposta esperada
*A satírica obra de Goya é uma clara crítica à intelectualidade de sua época, porque viveu uma fase histórica e política em que a humanidade parecia enlouquecer com as atrocidades cotidianas e que, para o pintor espanhol, uma das causas era o "sono da razão". *Era necessário despertar sob pena de se criarem monstros. *A obra de Goya nos conduz a compreender as verdades postas e reproduzidas pelas teorias tradicionais. *Particularmente, na Criminologia, o "despertar" crítico mostrou ser um eficaz antídoto para compreender os limites e as impossibilidades das teorias tradicionais de matriz positivista.
Minha resposta
O pintor espanhol Goya, apresentou nessa pintura “o sonho da razão produz monstros“, a colocação do quanto é importante vermos que existem diferentes dimensões sobre o debate iluminista. A pintura é uma sátira ao entendimento de que era possível “refazer” toda a sociedade da época e reestabelecer um contrato social na busca de uma melhora ou na busca da felicidade, em nome desta felicidade, os monstros e a violência e guerras, eram o preço a pagar. Com relação à criminologia, a qual considera-se a ciência que têm por objeto a criminalidade e a criminalização, que traz em sua lógica, a busca como verdade e a busca da causa e do causador, concentrando os estudos para o criminoso e seu comportamento delitivo. Os primeiros estudiosos da criminologia se focavam no passado, e a hereditariedade do transgressor, deslocando o eixo do crime, para o criminoso, uma segunda vertente criminológica, analisou a parte “clínica do crime” e do criminoso, sendo chamada de criminologia clínica, que era o estudo do criminoso e se dava através de pesquisas em laboratórios, unidades prisionais, etc, ficando claro que o enfoque era positivista, ao estudar o criminoso, e ao afastar-se da norma penal, “procura somente mudar o delinquente e não a lei penal”. A criminologia teve em uma outra instância, um veio mais radical, também conhecida como “criminologia radical”, “marxista”, “nova criminologia”, já que estuda a criminalidade como criminalização, explicada por processos seletivos de construção social do comportamento criminoso e de sujeitos criminalizados, de forma a garantir as desigualdades sociais entre riqueza e poder, das sociedades existentes, propondo uma alternativa ao controle social da sociedade capitalista, com fundamento na separação das estruturas da criminalidade (rico – burguês x pobre – ladrão).
2"Quem passeia pelas cidades brasileiras, rapidamente se dá conta dos efeitos práticos de um sistema alicerçado na violência: grades, muros, ruas com cancelas, milícias fazendo as vezes de segurança privada nos bairros de classe média e alta. Grades, muros, toques de recolher, chacinas em bares nos bairros de classe baixa. O contraponto ao genocídio de jovens negros, índios, mulheres e outras minorias é um país estruturado de alto a baixo para operar, geração após geração, esse genocídio, cuja expressão está na arquitetura, na linguagem que incita à segregação e à brutalidade, na formação deficiente das polícias, focada na guerra, não na investigação. Velado, mascarado, latente, mas às vezes também desvelado, às claras, gritante. Um país que aceita, e mesmo deseja, perder toda uma faixa de idade de jovens - mortos, encarcerados ou simplesmente excluídos da educação e do mercado formais - em nome da manutenção de uma estrutura segregada e fundada sobre aquela "característica nacional" de longo prazo: a escravidão". O texto acima, explicitamente, se refere à sensação de insegurança e incerteza presente no cotidiano das grandes cidades brasileiras. Considerando o exposto, disserte sobre o conceito de violência e cite suas distintas formas de manifestação. FONTE: BORGES REIS, Cristina Fróes. Genocídio e violência no Brasil: Desigualdade e preconceito perpretados pela sociedade e pelo Estado. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/573362-desigualdade-e-preconceitoperpetrados- pela-sociedade-e-pelo-estado. Acesso em: 25 abr. 2019.
Resposta esperada
*Violência pode ser definida como a violação de regras e acordos que regem a vida social, produzindo, tanto nos indivíduos como na coletividade, sofrimento e efeitos danosos. As distintas formas de manifestação da violência são: *a violência institucional (produzida pelas instituições), *estrutural (que é a produzida pelas condições de vida do conjunto da sociedade como resultado da ausência ou má prestação de serviços e políticas públicas), *interpessoal (a que ocorre entre os indivíduos por impossibilidade de solução pacífica dos conflitos produzidos pela vida comum), *a autoinfligida (os suicídios), *a cultural (produzida pelas crenças, valores e costumes de uma sociedade), *de gênero (resultado da dominação e exploração entre homens e mulheres) e *a racial (a dirigida contra uma raça específica, que no Brasil é a negra).
Minha resposta
Conceitualmente violência é qualquer ato pratica contra si ou contra o outro, podendo ainda ser praticada contra um grupo local ou não. Existem diversas formas de violência, dentre as quais: a) Violência institucional: é a que existe e é produzida pelas instituições, podem ser aplicadas pelo regramento, normas de funcionamento ou relações de poder que acabam gerando estruturas sociais injustas; b) Violência estrutural: considerada como a formas mais cruel de violência, pois refere-se às várias formas de aumento e manutenção das desigualdades sociais, etária e étnica responsáveis pela produção e reprodução da miséria, de gênero, fome e as várias formas de dominação de uma pessoa por outra, causa da miséria e exploração; c) Violência interpessoal: são as formas de violência de maior visibilidade, estando relacionada à convivência diária entre sujeitos, que por vários fatores acabam por desencadear sentimentos como prepotência, intimidação, raiva, discriminação e levam a inúmeros danos físicos, inclusive à morte.; d) Violência autoinflingida (suicídios): são desde as tentativas de suicídio, até a sua concretização, passando pelo ato de idealizações de matar a si mesmo ou automutilar-se; e) Violência cultural: considerada como a forma de violência que é expressada por meio de valores, crenças e práticas de maneira repetitiva e que acabam sendo naturalizadas e não consideradas como violência. A discriminação de qualquer grupo étnico, racial, “diferentes” ou “indesejáveis”. A violência cultural está na base de três tipos específicos de violência cultural: de gênero, racial e contra pessoa diferente, é o tipo de violência socialmente mais visto no Brasil, considerando a grande diversidade racial, étnica e cultural em nossa sociedade; f) Violência de gênero: trata-se de uma forma cruel de opressão nas relações entre homens e mulheres, e refere-se a um tipo de violência focada preferencialmente nas mulheres de diferentes faixas etárias e econômicas, representado numa manifestação nas várias formas de opressão, de dominação e de crueldade que incluem assassinatos, estupros, abusos físicos, sexuais e emocionais, prostituiçãoforçada, mutilação genital, violência racial e outras; g) Violência racial: tipo de violência que no Brasil é dirigida principalmente contra indivíduos de raça negra ou com coloração de pele diferente da branca;

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