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GESTÃO-FINANCEIRA-E-ORÇAMENTÁRIA

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1 
 
 
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
1 
 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 2 
1 - Gestão Financeira ................................................................................................ 3 
1.1 - A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que 
podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios 
financeiros. São estas: .............................................................................................. 5 
2 - A importância e a responsabilidade da gestão financeira na empresa ......... 11 
2.1 - Introdução ........................................................................................................ 11 
2.2 - QUADRO REFERENCIAL BÁSICO .............................................................. 12 
2.3- GESTÃO FINANCEIRA E MECANISMO DE MENSURAÇÃO PROPOSTO
 ................................................................................................................................... 15 
2.4 - MECANISMO DE MENSURAÇÃO ................................................................ 20 
2.4.1 - Área financeira ............................................................................................. 22 
2.4.2 - Demonstrativos de resultados da área A ................................................... 23 
2.5 - Conclusão ........................................................................................................ 25 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 27 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1 - Gestão Financeira 
 
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos 
relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Trata-
se de um ramo privativo à Administração. 
Deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças, 
que corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie 
que serão usados em transações e negócios com transferência e circulação de 
dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real 
situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e 
direitos garantidos. 
Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do 
cotidiano, no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no 
gerenciamento e própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, 
seja no marketing, produção, contabilidade e, principalmente no planejamento de 
nível estratégico, gerencial e operacional em que se toma dados e informações 
financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa. 
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para 
controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de 
credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis 
para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, 
visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, 
desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira 
da empresa. 
Tal área administrativa pode ser considerada como o “sangue” ou o 
combustível da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, 
sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, 
sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das 
atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, 
4 
 
 
mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, 
podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre 
visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o 
crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização. 
É por falta de informações financeiras precisas para o controle e 
planejamento financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entra 
em falência até o quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias 
as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da 
gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de 
decisão. 
Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo 
íntimo relacionamento de interdependência que ambas têm é que se confundem, 
muitas vezes, estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente 
e geralmente se sobrepõem. 
É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e 
prover dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliando sua situação 
financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando 
suas demonstrações, reconhecendo as receitas no momento em que são 
incorridos os gastos (este é o chamado regime de competência), mas o que 
diferencia as atividades financeiras das contábeis é que a administração 
financeira enfatiza o fluxo de caixa, que nada mais é do que a entrada e saída 
de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade financeira para 
satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de curto ou 
longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa. 
Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim 
como o administrador financeiro utiliza o regime de caixa, mas cada um tem suas 
especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem 
menosprezar a importância de cada atividade já que uma depende da outra no 
que diz respeito à circulação de dados e informações necessárias para o 
exercício de cada uma delas. 
 
5 
 
 
1.1 - A administração financeira pode ser dividida em áreas de 
atuação, que podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou 
negócios financeiros. São estas: 
 Finanças Corporativas 
Abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades 
anônimas).As finanças corporativas abrangem todas as decisões da empresa 
que tenham implicações financeiras, não importando que área funcional 
reivindique responsabilidade sobre ela 
 Investimentos 
São recursos depositados de forma temporária ou permanente em certo 
negócio ou atividade da empresa, em que se deve levar em conta os riscos e 
retornos potenciais ligados ao investimento em um ativo financeiro, o que leva a 
formar, determinar ou definir o preço ou valor agregado de um ativo financeiro, 
tal como a melhor composição para os tipos de ativos financeiros. Os ativos 
financeiros são classificados no Balanço Patrimonial em investimentos 
temporários e em ativo permanente (ou imobilizado), este último, deve ser 
investido com sabedoria e estratégia haja vista que o que traz mais resultados é 
se trabalhar com recursos circulantes por causado alto índice de liquidez 
apresentado. 
 
 Instituições financeiras 
São empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os 
diversos negócios disponíveis no mercado de capitais– podendo ser aplicações, 
investimentos ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará 
uma posição financeira suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, 
analisados por meio da avaliação dos riscos e benefícios do empreendimento, 
certificando-se sua viabilidade. 
 
6 
 
 
 Finanças Internacionais 
Como o próprio nome supõe, são transações diversas podendo envolver 
cooperativas, investimentos ou instituições, mas que serão feitas no exterior, 
sendo preciso um analista financeiro internacional que conheça e compreenda 
este ramo de mercado. 
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem 
ser conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm 
como base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas 
principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a 
quantia real de seu disponível circulante para financiamentos e novas atividades. 
As funções típicas do administrador financeiro são: 
 
 Análise, planejamento e controle financeiro 
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da 
empresa, por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados 
contábeis de resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões 
estratégicas com relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar 
suas operações, verificar não somente as contas de resultado por competência, 
mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos 
com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno 
financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance 
das metas da empresa. 
 Tomada de decisões de investimento 
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos 
correntes (circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e 
permanente), o administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis 
desejáveis de ativos circulantes , também é ele quem determina quais ativos 
permanentes devem ser adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos 
ou liquidados, busca sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos 
correntes e não-correntes, observa e decide quando investir, como e quanto, se 
7 
 
 
valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos 
desnecessários ou de riscos irremediável, e ate mesmo a imobilização dos 
recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão pouco 
retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o 
funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'. 
Como critérios de decisão de investimentos entre projetos mutuamente 
exclusivos, pode haver conflito entre o VAL (Valor Atual Líquido) e a TIR (Taxa 
Interna de Rendibilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério 
do VAL. 
 Tomada de decisões de financiamentos 
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos 
ativos correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações 
da empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro 
tipo de recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. 
Leva-se sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo 
prazo com a estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do 
que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo 
prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e 
viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. 
É bem verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até 
ao certo ponto, ante ao desespero), mas independente da situação de 
emergência é necessária uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós 
e contras, a fim de se ter segurança e respaldo para decisões como estas. 
 
A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por 
pessoas ou grupos de pessoas que podem ser denominadas como: vice-
presidente de finanças (conhecido como Chief Financial Officer – CFO) diretor 
financeiro, controller e gerente financeiro, sendo também denominado 
simplesmente como administrador financeiro. Sendo que, independentemente 
da classificação, tem-se os mesmos objetivos e características, obedecendo aos 
8 
 
 
níveis hierárquicos, portanto, o diretor financeiro coordena a as atividades de 
tesouraria e controladoria. 
Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e 
apresenta um especifico organograma e divisões deste setor, dependendo 
bastante de seu tamanho. Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e 
análise das finanças, são feitas somente no departamento contábil - até mesmo, 
por questão de encurtar custos e evitar exageros de departamentos, pelo fato de 
seu pequeno porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está 
inter-relacionado e, que dependendo do da capacitação do responsável desse 
setor, poderá muito bem arcar com as duas funções: de tesouraria e 
controladoria. Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e 
gerenciamento das finanças evoluem e se desenvolvem para um departamento 
separado, conectado diretamente ao diretor-financeiro, associado à parte 
contábil da empresa, já que esta possibilita as informações para a análise e 
tomada de decisão. 
No caso de uma empresa de grande porte, é imprescindível esta divisão, 
para não ocorrer confusão e sobrecarga. Deste modo, a tesouraria (ou gerência 
financeira) cuida da parte específica das finanças em espécie, da administração 
do caixa, do planejamento financeiro, da captação de recursos, da tomada de 
decisão de desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de 
crédito e fundo de pensão. Já a controladoria (ou contabilidade) é responsável 
com a contabilidade de finanças e custos, assim como, do gerenciamento de 
impostos - ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da empresa. 
Como já foi dito, as finanças estão presentes em todas as áreas de uma 
empresa e auxiliam o seu bom funcionamento. É extremamente importante a 
administração e controle eficaz da empresa, pois a correta administração do 
capital - recursos essenciais da organização - e as decisões hábeis, conduzirão 
ao sucesso e evitarão o fracasso. Deste modo, o administrador financeiro pode 
atuar em diversas áreas específicas, em alguns cargos ou funções como: 
 
 
9 
 
 
 Analista Financeiro 
Tem como função principal, preparar os planos financeiros e 
orçamentários, ou seja, através da preparação de demonstrações financeiras e 
orçamentos diversos, estabelece os planos financeiros de curto e longo prazo 
para chegar às metas, analisando e realizando previsões futuras, avaliação de 
desempenho e o trabalho em conjunto com a contabilidade. 
 Gerente de Orçamento de Capital 
Neste caso, o responsável é incumbido de avaliar, recomendando ou não 
as propostas de investimentos em ativos, pois ele já terá feito um traçado futuro, 
verificando se certos investimentos ou transações trarão resultados positivos ou 
negativos no aspecto financeiro. 
 Gerente de Projetos de Financiamentos 
Em empresas de grande porte, conseguem financiamentos para 
investimentos em ativos. Deste modo, o Gerente de orçamento de capital e o 
Gerente de projetos de financiamentos trabalham juntos, podendo atuar num 
mesmo setor. Dependendo da empresa, sempre antes de fazer um grande 
investimento de capital, como a aquisição de um imóvel, será preciso avaliar se 
o custo inicial está dentro de sua capacidade de pagamento (gerente de 
orçamento de capital) e também estabelecer como financiá-lo (gerentede 
projetos de financiamentos), comparando alternativas como comprar à vista ou 
a prazo, ou ainda a conveniência de realizar um leasing, dependendo de cada 
situação. 
 Gerente de Caixa 
Responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da 
empresa. Geralmente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa 
e investimentos em curto prazo. 
 
 
10 
 
 
 
 Analista/gerente de Crédito 
Gerencia as políticas de crédito da empresa. Avalia as solicitações de 
crédito, extensão, monitoramento e cobrança de contas a receber. 
 Gerente de Fundos de Pensão 
Em grandes empresas, supervisiona no geral a administração 
de ativos e passivos do fundo de pensão dos empregados, economizando e 
investindo o dinheiro para atender metas de longo prazo. 
Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos 
dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios 
objetivos. Pois conduzindo bem o negócio - cuidando eficazmente da parte 
financeira - consequentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da 
empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos 
– stakeholders (grupos de pessoas participantes internas ou externas do negócio 
da empresa, direta ou indiretamente) e, logicamente, de si próprio (no que tange 
ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e 
pessoal). Podemos verificar que existem diversos objetivos e metas a serem 
alcançadas nesta área, dependendo da situação e necessidade, e de que ponto 
de vista e posição serão escolhidos estes objetivos. Mas, no geral, a 
administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os 
recursos financeiros e tem como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor 
agregado dos produtos e serviços da empresa, a fim de se ter uma posição 
competitiva diante de um mercado repleto de concorrência, proporcionando, 
deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das 
atividades da mesma, estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos 
investidores. Não se deixa de mencionar que não há necessidade de se agir sem 
ética profissional, ilegalmente ou de má-fé, pois o ambiente em que se trabalha 
sobre mentiras e falsas informações não é propicio ao sucesso - pois não haverá 
verdade, compromisso, motivação, respeito e lealdade dos que cercam à 
empresa. 
11 
 
 
E este é um fator que merece reflexão, pois de nada vale se conseguir 
recursos e capital a partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e desilusão 
dos colaboradores, parceiros e agentes internos ou externos que de uma forma 
ou de outra são a razão da existência da empresa, e fazem o empreendimento 
“caminhar”. Faz-se referência desde o funcionário ao diretor, até o cliente; por 
isso deve-se ter responsabilidade e compromisso com todos os tipos de 
atividades, logicamente visionando a lucratividade, mas jamais decorrentes da 
dor e prejuízo de outrem, tendo sempre o compromisso com a responsabilidade 
e integridade do próprio nome da empresa. É claro que esta temática traz e trará 
muita contradição e divergência de ideias e concepções, já que muitas das vezes 
o “bolso fala muito mais alto”, mas há necessidade de se refletir sobre esta 
situação e apresentar a prática da responsabilidade social. 
 
2 - A importância e a responsabilidade da gestão financeira na 
empresa 
 
2.1 - Introdução 
A empresa vista como um sistema aberto, possui uma missão, um modelo 
de gestão, uma estrutura organizacional, um processo de planejamento e 
controle e um sistema de informações, que se inter-relacionam buscando atingir 
a eficácia. 
Entendemos como modelo de gestão os princípios de administração que 
influenciarão o processo decisório, a estrutura organizacional e o sistema de 
informações. 
Tendo sido definido os princípios, a empresa passará a delinear sua 
estrutura organizacional coerentemente com seu processo de decisão. Para 
avaliarmos o desempenho dos gestores acreditamos que a empresa deva ser 
dividida em áreas de responsabilidade. E de acordo com a necessidade, 
subdivididas em unidades de acumulação (centro de custos, resultados e 
investimentos). 
12 
 
 
Para dar suporte ao processo decisório a empresa deve estruturar 
adequadamente o sistema de informações que, a margem de contribuição, preço 
de transferência e custo de oportunidade. Dentro deste contexto enfocamos a 
gestão financeira, pois entendemos que este é um aspecto importante e que, se 
bem conduzido, poderá contribuir para a eficácia gerencial. 
Gestão Financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos monetários 
derivados da atividade operacional, em termos de suas respectivas ocorrências 
no tempo. Entretanto que ela não é função exclusiva do gestor da... "Área 
financeira", mas de todos os gestores das diversas áreas de responsabilidade. 
Propusemos, então, um mecanismo capaz de mensurar o resultado de 
cada área pela gestão financeira. Neste mecanismo cada área seria vista como 
uma empresa, tendo seu planejamento e controle financeiro, assim como 
relatórios, possibilitando avaliar adequadamente o desempenho dos gestores. 
Entendemos que os gestores devem ser avaliados somente por aquilo 
sobre o que têm responsabilidade e autoridade e, neste sentido, tratamos o custo 
de oportunidade como um item efetivo de custo. Pois, sendo este o valor da 
melhor oportunidade desprezada nas mesmas condições de risco, é o retorno 
mínimo desejado pelos acionistas. 
Sob este enfoque de avaliação da gestão financeira, acreditamos que os 
gestores terão mais informações para a tomada de decisão e, portanto, menor 
risco de erro, dando mais um passo para atingir a eficácia gerencial e 
contribuindo para o crescimento da Empresa. 
2.2 - QUADRO REFERENCIAL BÁSICO 
Estamos pressupondo um contexto em que uma dada empresa tem 
definidos sua missão e um dado modelo de gestão e, além disso, caracteriza-se 
como um sistema aberto. 
A partir do modelo de gestão, que deve considerar a missão determinada 
ou principal gestores da empresa, define-se uma estrutura organizacional, os 
contornos de um processo de tomada de decisão (Processo de planejamento e 
controle) e de um sistema de informação que o apoia. 
13 
 
 
 
 
 
No modelo de gestão devem estar definidos os princípios de 
administração da empresa, ou seja, o conjunto de regras básicas que orientam 
a gestão. Definição de indicadores de desempenho, grau de centralização ou 
descentralização, nível de controle são exemplos importantes de diretrizes que 
devem ser aqui determinados. 
A estrutura organizacional deve ser um elemento facilitador de 
consecução da missão, dados os processos de tomada de decisões. Assim, em 
função do modelo de gestão, os seguintes aspectos essenciais da estrutura 
organizacional precisam ser definidos. Grau de Centralização ou 
descentralização, amplitude de controle, natureza da divisionalização (Centros 
de custos, resultados, investimentos). 
Entendemos que para uma gestão atingir seus objetivos de forma 
satisfatória, a estrutura da empresa deve ser 
 Descentralizada; 
 O Controle deve ser exercido em cada área de responsabilidade, 
entendida esta como unidades administrativas, as quais possuem gestores com 
funções, responsabilidades e autoridades claramente definidas e compatíveis 
entre si; 
14 
 
 
 Em termos de acumulação, deve estar dividida em três tipos de 
unidades: centros de custo, centros de resultados e centros de investimento, 
sendo utilizados de acordo com a necessidade de avaliação. 
O processo decisório diz respeito às etapas do ciclo de planejamento e a 
seleção entre alternativas de curso de ação futura tendo em vista um 
determinado cenário esperado. 
O planejamento costuma ser dividido em estratégico e operacional. O 
planejamento estratégico define as diretrizes, definidas planas, políticas e 
objetivos planejadosos gestores necessitam exercer controle. O objetivo do 
processo de controle é detectar desvios dos planos e, em função disso, viabilizar 
a implantação de ações corretivas. Todo processo decisório da empresa está 
apoiado num elemento de fundamental importância, que é o sistema de 
informação. 
Sistema de informação é basicamente um conjunto de subsistemas de 
informações que integrarem na consecução de um objetivo comum, que é 
fornecer eficientemente informações úteis aos seus usuários. Assim sendo, 
informações são dados que foram selecionados e organizados, tornando-se 
relevantes e úteis para os tomadores de decisão. 
Para fins deste trabalho trataremos do usuário interno à empresa, ou seja, 
daqueles que necessitam da informação para gerir adequadamente os recursos 
disponíveis em suas atividades. 
O sistema de informações deve ser elaborado visando atender as 
necessidades dos gestores, tomadores de decisão e neste sentido acreditam 
que deva ser estruturado com conceitos de avaliação que permitam medir 
resultados e avaliar desempenhos de forma adequada. Alguns destes conceitos, 
a nosso ver, seriam: 
 Custeio variável: a utilização de métodos de custeio variável para 
a apropriação dos custos nos centros de acumulação apoia-se na ideia de 
analisar os custos em função do seu comportamento, ou seja, somente os custos 
15 
 
 
variáveis (diretamente relacionados com o nível de produção) são atribuídos aos 
produtos e serviços. 
 Margem de contribuição: Os resultados de uma área podem ser 
analisados através da demonstração (receitas, custos e despesas variáveis). A 
Margem de contribuição propícia a Análise e tomada de decisão em nível de 
produtos, divisões, filiais e outros, possibilitando ainda, uma clara visão sobra à 
formação dos resultados totais. 
Preço de transferência: pode ser definido como o valor da mensuração 
das transações que ocorrem entre as unidades administrativas de uma empresa. 
Através da utilização do conceito de preço de transferência é possível medir 
resultados de cada área para melhor avaliar o retorno sobre os recursos 
investidos. 
 Custo de oportunidade: Entendido este como valor da melhor 
oportunidade desprezada, nas mesmas condições de risco e deve ser encarado 
como item efetivo de custo. 
Em resumo, temos que a partir do modelo de gestão definem-se uma 
estrutura organizacional e o processo decisório, que devem ser suportados por 
um adequado sistema de informações. Além disto cada área de 
responsabilidade deve organizar-se, ter o seu planejamento e o seu controle, de 
forma que atinja seus objetivos e conduza a empresa a alcançar os melhores 
resultados possíveis. Portanto, para que a empresa consiga ser eficaz é 
necessário que todas as áreas participem com os seus melhores esforços. 
Analisamos, em seguida, um dos principais fatores que influenciam a 
eficácia gerencial, qual seja, a gestão financeira. 
 
 2.3- GESTÃO FINANCEIRA E MECANISMO DE MENSURAÇÃO 
PROPOSTO 
Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários 
derivados da atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas 
16 
 
 
ocorrências no tempo. Ela objetiva encontrar o equilíbrio entre a "rentabilidade" 
(maximização dos retornos dos proprietários da empresa) e a "liquidez"(que se 
refere à capacidade de a empresa honrar seus compromissos nos prazos 
contratados). Isto é, está implícita na necessidade da Gestão financeira a busca 
do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa. 
Assim sendo, pode-se dizer que a gestão financeira esta preocupada com 
a administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da 
atividade operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de 
disponibilidade da empresa. 
Vejamos inicialmente como o fluxo de caixa da empresa é 
tradicionalmente apresentado (Figura 1). Ele constitui-se de colunas verticais 
referentes ao tempo (dias, meses, anos, etc.) e contas colocadas na horizontal, 
representativas dos diferentes tipos de entradas e saídas de dinheiro da 
empresa. Além dessas contas, dispõe-se na horizontal o saldo: 
 Inicial: Refere-se ao saldo remanescente do período 
imediatamente anterior ao analisado (dia, mês, ano, etc.) 
 Disponível: resulta da soma do salto inicial e o total de entradas, 
portanto é igual ao total que a empresa dispõe no momento para fazer face ás 
saída de caixa necessárias. 
 Final: é o resultado da subtração, saldo disponível menos total das 
saídas. 
Obrigatoriamente os três tipos de saldo devem ser positivos, dado que já 
se incluem nas entradas as operações financeiras (empréstimos/financiamento). 
Usualmente entende-se que o responsável pelo planejamento, 
operacionalização e controle do fluxo (receitas, despesas financeiras) é o gestor 
da área financeira. Entendemos ser esta uma visão simplista e equivocada do 
problema. Dado que o fluxo caixa nada mais é do que a distribuição no tempo 
de todas entradas e saídas de numerário geradas pelas atividades da empresa, 
conclui-se que o gestor da área financeira absolutamente não pode ser o único 
17 
 
 
responsável por ele. Cada gestor das diversas áreas da empresa divide esta 
responsabilidade com o gestor financeiro a partir do momento em que cada 
decisão tomada impacta de alguma forma o fluxo de caixa. 
Pode-se visualizar melhor o problema, simplesmente alterando a forma 
de disposição das contas dos fluxos, como pode ser visto na (figura 2). 
Tendo em vista o que foi exposto acima, pode-se dizer que todos os 
gestores devem ser avaliados pelos seus envolvimentos com a gestão 
financeira. 
Na tentativa de melhor explicar o que foi dito até aqui, vamos relembrar o 
conceito de "ciclo de caixa". 
O ciclo de caixa é o "período de tempo que vai do ponto em que a empresa 
faz um desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é recebido 
o dinheiro da venda do produto acabado, feito com aquelas matérias primas".(1) 
(1) Gitman, Laurence J. - "Princípios de Administração Financeira"-
Harbia Editora, 1.978 
Figura - 1 
 
 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img04.jpg
18 
 
 
 
 Assim o esquema do ciclo de caixa da empresa seria: 
 
Figura - 2 
 
 
Observando o ciclo de caixa, visualiza-se que o montante de dinheiro em 
circulação, os prazos e os custos do dinheiro são importantes variáveis para 
analise da gestão financeira. E para que esta seja eficaz é necessário que as 
três variáveis sejam administradas de modo a atingir os melhores resultados 
possíveis. 
O fato de haver um montante de dinheiro disponível representa um custo 
que deve também ser coberto pela receita de vendas. Esse custo diz respeito à 
remuneração do capital utilizado, seja de terceiros ou próprio. 
Toda e qualquer decisão que afete uma dessas variáveis está impactando 
o fluxo de caixa e os resultados financeiro e econômico da empresa. 
Exemplificando, podemos dizer que, se a área de compras conseguir um prazo 
maior ou conseguir um desconto maior estará afetando positivamente o fluxo de 
caixa. Se a área de vendas conseguir diminuir o prazo dado aos clientes, estará 
influenciando positivamente o fluxo de caixa. Se a área de produção diminuir o 
tempo de produção ou aumentar a sua eficiência no consumo de insumos, 
também estará proporcionando melhores resultados. 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img02.jpg
19 
 
 
Portanto, é necessário mensurar, avaliar e controlar essas influências de 
acordo com as responsabilidades, tendo em vista a consecução da eficácia da 
gestão financeira. 
Assim sendo, acredita-se que para a gestão financeira ser eficaz é 
necessário que sejam feitas mensurações nas unidades contábeis de 
acumulação e consolidadas, de modo a identificar, os valores relativos a cada 
área de responsabilidade, visando à avaliação de seus gestores. 
Há três áreas na empresa que merecem atenção especial, visto 
desempenharem funções de captaçãoe aplicação de recursos São elas: área 
financeira, compras e vendas. 
 Área financeira: Entende-se que sua função é administrar o fluxo 
de recursos monetários da empresa suprindo as necessidades e aplicando os 
excedentes, além de suas atividades de cobrança e tesouraria. 
 Área de compras: A área de compras pode ser entendida como um 
captador de recursos monetários quando ao negociar prazos com fornecedores, 
propicia ou não à área financeira um "empréstimo" a uma determinada taxa. 
 Área de vendas: vendas, por sua vez, funcionam como um 
aplicador na empresa, ao conceder prazos aos clientes. Pode-se pensar que, ao 
invés de realizar uma aplicação no mercado financeiro, a empresa aplica as 
contas a receber. 
Pode-se então imaginar que cada área de responsabilidade funciona 
como uma pequena empresa. 
Cada área possui seus ativos, recebes os insumos necessários, 
processa-os de modo a gerar produtos e/ou serviços acabados (do ponto de vista 
da área, podendo não ser acabado em termos da empresa), que serão 
repassados a clientes ou às outras áreas. 
Seguindo este raciocínio, cada área de responsabilidade deverá ter seu 
próprio orçamento e respectivos demonstrativos contábeis, através da 
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subdivisão da área em unidade de acumulação (Centros de custo, resultados 
e/ou investimentos) e sua consolidação. 
Desta forma, se cada área é uma pequena empresa há também um fluxo 
de caixa e resultados derivados da gestão financeira, que devem ser planejados 
e controlados, então para haver uma gestão financeira eficaz, a empresa deve 
reconhecer que ela é responsabilidade de todas as áreas e não só da área 
financeira. E sendo assim todas as áreas devem planejar e controlar seus 
recursos de forma que os parâmetros básicos da gestão financeira (montante de 
dinheiro, prazo e custo de capital) sejam bem administrados. 
Para que a empresa consiga mensurar e avaliar a gestão financeira de 
forma adequada, pode-se imaginar cada área como uma empresa com seu 
orçamento e demais relatórios contábeis. Estes dados serão acumulados em 
centros de custo, resultado ou investimento e deverão ser consolidados e uma 
área de responsabilidade, para que se possa avaliar o desempenho do gestor. 
É de fundamental importância que estes dados sejam informados de 
forma objetiva, clara e oportuna, a fim de dar o suporte adequado às tomadas de 
decisão e estas consigam auxiliar o crescimento da empresa. 
Sugere-se abaixo um mecanismo de mensuração da gestão financeira de 
cada área. 
 
2.4 - MECANISMO DE MENSURAÇÃO 
Para facilitar o raciocínio no desenvolvimento do mecanismo de 
mensuração, consideramos a utilização de uma moeda de poder aquisitivo 
constante. Na empresa as áreas de responsabilidade terão um fluxo de caixa e 
resultados derivados da gestão financeira, os quais devem ser planejados e 
controlados. 
Sendo a área uma empresa, a cada instante de incursão de recursos a 
área deveria efetuar um pagamento. Mas como poderia faze-lo se seu único 
21 
 
 
recebimento se daria no instante da venda (supondo que as áreas devam efetuar 
todas as compras e vendas a vista)? 
O fluxo de caixa da área de responsabilidade seria algo como: 
 Figura - 3 
 
 
Pode-se acoplar a esta ideia o fato de que existe um custo financeiro 
relativo a um determinado montante de recursos monetários mantidos à 
disposição das atividades produtivas da empresa. O custo financeiro é 
diretamente proporcional às três variáveis: Valor, tempo e taxa. 
Este custo financeiro pode ser definido como o custo do capital alocado à 
empresa (próprio + terceiros). Assim os resultados de cada área deverão ser 
analisados, incluindo-se o custo do capital empregado. 
Dentro da ideia que cada área é uma empresa, ela necessita de 
empréstimos para suprir todas as necessidades existentes no período (t0-t0), 
sendo que no momento t0 a área estaria apta a devolver o empréstimo. 
A área financeira deve funcionar como um banco, concedendo a cada 
área empréstimos à taxa do custo de oportunidade do acionista, como já 
definimos. 
A cada instante de ocorrência de entrada de recursos em cada área, será 
contabilizado um empréstimo em uma conta credora na área solicitante e 
devedora na área financeira. É importante lembrar que todos os valores de 
custos devem necessariamente corresponder aos preços à vista dos 
bens/serviços, dados que diferenciais entre preços à vista e os a prazo, 
eventualmente pagos pela empresa, serão custo financeiro da área de compras. 
 
22 
 
 
Exemplos: 
Entrada de matéria-prima na área A, no valor de R$ 250,00 
2.4.1 - Área financeira 
 
 Em decorrência da conta empréstimo da Área A, haverá uma conta de 
custos financeiros internos, que receberá o lançamento relativo ao tempo em 
que os $250,00 permanecerão à disposição da área, calculado com base na taxa 
cobrada pela área do produto elaborado com esta matéria prima, a área A estará 
apta a devolver o empréstimo, devendo o custo financeiro ser calculado até este 
instante. 
Dissemos que a ideia de custos financeiros derivados do ciclo de caixa 
pode ser comparada ao custo do capital alocado. 
Para fins de mensuração na empresa cabe dizer que, independentemente 
da composição do capital, da empresa entre terceiros e próprio, toda e qualquer 
operação deve ser avaliada com base no custo do capital próprio, dado que este 
é o retorno mínimo obrigatório esperado. 
Utilizaremos dessa forma o custo-oportunidade, servindo para avaliar a 
gestão financeira e completando os itens de custo dos produtos. 
A área A desta forma terá inserido em seus custos um item a mais que 
intitulamos de custo financeiro interno e que equivale ao custo-oportunidade do 
acionista. 
Este custo poderá, se bem identificado, ser alocado diretamente aos 
produtos, visto que para cada item de custo incorrido há, em contrapartida, um 
valor de custo financeiro interno. 
23 
 
 
O demonstrativo de resultado da área A, supondo-se que seja produzido 
apenas um produto X, poderá ser apresentado da seguinte forma: 
 
2.4.2 - Demonstrativos de resultados da área A 
Receita do produto X 
(-) Preço de transferência do produto X recebido da área anterior 
(-) Custo de mão-de-obra do produto X 
(-) Custo de matéria-prima do produto X 
(-) Custos financeiros internos do produto X 
(=) Margem de contribuição do produto X na área A 
(-) Outros custos da área A 
(-) Outros custos financeiros internos da área A 
(=) Resultado da área A 
O mecanismo ilustrado é indicado para todas as áreas da empresa, sendo 
que as áreas de apoio mensurarão o resultado dos serviços prestados às outras 
áreas. 
Devemos ainda acrescentar os casos particulares de compras e vendas, 
que como vimos funciona como captador e aplicador de recursos. 
Em compras existe o caso especial de compras a prazo. Compras serão 
oneradas pelo valor do diferencial pelo preço à vista e o preço a prazo, mas por 
outro lado deverá ser beneficiado, por um valor determinado pela área financeira, 
pelo fato de só ter disposto do dinheiro "X" dias após a compra. 
Compras deverão ser informadas pela área financeira a respeito do 
dinheiro no mercado financeiro (padrão de caixa), para que possa balizar suas 
decisões de compra à vista ou a prazo. 
24 
 
 
No caso de vendas, esta obterá os resultados do diferencial dos preços à 
vista e a prazo cobrado dos clientes. Em contrapartida a essa receita, será 
penalizada pela retenção, por um certo prazo, dos recursos alocados ao Contas 
a receber. 
Esta forma de apuração de resultados também é valida em economias 
inflacionarias, podendo ser associada ao mesmo mecanismo de atualização 
monetária. Neste caso deverão ser registrados os valores à vista, considerando-
se não somente a taxa de inflação, mas também a taxa de juros embutida nas 
vendas e compras a prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 2.5 - Conclusão 
O presente trabalho teve como preocupaçãobásica o estudo do problema 
de mensuração do ambiente de Gestão Financeira. 
Tendo em vista os aspectos ligados ao problema de mensuração, 
buscamos discutir e enfatizar a atribuição de responsabilidades pela Gestão 
Financeira, demonstrando que as mesmas não são exclusivas do que se 
costuma chamar "área financeira" mas ao contrario estão amplamente diluídas 
nas diferentes áreas de responsabilidade da empresa. 
Para ilustrar e reforçar essa ideia, nosso argumento se apoiou no conceito 
do ciclo de caixa, o qual permitiu visualizar claramente a influência das diversas 
áreas de responsabilidade sobre o nível de recursos monetário da empresa e, 
por consequência sobre seus efeitos econômicos. 
Desse modo, como forma de viabilizar a avaliação de desempenho dos 
diversos gestores no âmbito da Gestão Financeira, propusemos um mecanismo 
de mensuração onde cada área seria vista como uma empresa e, desta forma 
teria seu próprio planejamento e controle financeiro e assim se poderia separar 
responsabilidade e identificar resultados de forma coerente. 
O Mecanismo apresentado tornou possível a separação dos resultados 
econômicos provocados pela gestão financeira dos resultados econômicos 
derivados das demais gestões (operacional e econômica). 
Com a doação deste mecanismo a informação, no âmbito da Gestão 
Financeira, fica mais transparente. Cada gestor será cobrado por aquilo que tem 
responsabilidade e autoridade, ou seja, também pelo impacto que sua área 
causa no resultado gerado pela administração dos recursos monetários. 
Consideramos importante incluirmos como item de custo o custo de 
oportunidade, pois sendo este o valor da melhor alternativa desprezada, nas 
mesmas condições de risco, entendemos que ele é o retorno mínimo desejado 
pelos acionistas e desta forma o resultado de cada área deverá cobrir este valor. 
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A Partir do momento que cada área fizer seu planejamento e controle 
financeiro terá seu próprio fluxo de caixa, orçamento e relatório contábeis, as 
informações poderão ser mais precisas e oportunas, auxiliando na tomada de 
decisão, com maior grau de segurança e, portanto aumentando a eficácia 
gerencial e contribuindo para o crescimento da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 REFERÊNCIAS 
Anchieta, A . C., Cammas, C.A . V.Mendes, M.M.,Paccez, J.D., Rosano, 
L.C. - Padrões na Mensuração do Resultado de Produções de Serviços - 
Trabalho da Disciplina Análise de Custos - FEA/USP, 1.988 
Bio, S.R. - Sistema de Informação - Um Enfoque Gerencial - São Paulo, 
Atlas, 1.985 
Cheng, A ., Francini, C.M.B., Dosvaldo, J. Godoy, L.C. Muccillo, J. - 
Padrões na Mensuração do Resultado Econômico da Gestão Financeira - 
Trabalho da Disciplina Análise de Custos - FEA/USP, 1.988 
Gitman, L. J. - Principios de Administração Financeira - Editora Harbra & 
Row do Brasil, 1.978 
Nakagawa, M. - Estudos de Alguns Aspectos de Controladoria que 
Contribuem para a eficácia Gerencial - Tese de Doutoramento - FEA/USP, 
1.987

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