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1 Direito de Família Apostila de Direito Civil por @rumo_direito Introdução 1. Legislação • O Direito de família está previsto nos artigos 1.511 a 1.783 do Código Civil. 2. Conceito de família • A família é pautada no afeto, portanto, há a pluralidade familiar. • Ou seja, existem diversos tipos de família. • Família Eudemonista = família são aqueles que tem afeto. • Artigo 226 da Constituição Federal: diz que família é decorrente do casamento, união estável ou família monoparental. Esse é apenas um rol exemplicativo. 3. Conceito de casamento • Não existe hierarquia entre entidades familiares, ou seja, todas as famílias são importantes. – Exemplo: um casamento não é mais importante que a união estável. • “O casamento é a união entre duas pessoas reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com o objetivo de 2 constituição de uma família e baseado no vínculo de afeto.” – Flávio Tartuce. – Ou seja, não é obrigado a ter vínculos para se ter família. • Para o artigo 1511 do Código Civil, o objetivo do casamento é uma comunhão de vida. Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. • Há uma igualdade entre os cônjuges, então o homem não tem mais poder que a mulher. • O STF e STJ permitem o casamento homoafetivo. • É adotada a Teoria Mista ou Eclética: o casamento é uma instituição no conteúdo, mas é um contrato na formação. – O casamento é um negócio jurídico especial, pois ele possui regras próprias. – Exemplo: é obrigatório a monogamia, não podem mais de duas pessoas se casarem. Casamento 1. Disposições gerais • As disposições gerais do Direito de Família estão do artigo 1511 a 1516 do Código Civil. • A celebração do casamento é gratuita. • É possível casamento religioso desde que haja o casamento civil. 3 – Pode haver a habilitação antes ou depois do casamento religioso. – O casamento religioso pode ser de qualquer religião. 2. Capacidade para o casamento • Está estabelecido pelos artigos 1517 a 1520 do Código Civil. • Não se pode casar todas as pessoas, apenas aquelas possuem idade núbil. • Quem se casa com menos de 18 anos, ocorre a emancipação. Ou seja, ele passa a ser capaz. • Se os pais não autorizarem o casamento, pode haver o suprimento judicial. Então, o menor terá um curador especial para que entre com essa ação e tente a autorização do juiz para que o casamento ocorra. • A autorização dos responsáveis é revogável, ou seja, os responsáveis podem voltar atrás da sua decisão de autorizar o casamento até a celebração dele. • Então, em hipótese nenhuma é possível menores de 16 anos se casarem. Requisito para se casar Idade Núbil Tem que ser maior de 16 anos. Precisa da autorização dos responsáveis. 4 3. Impedimentos para o casamento • Dispostas nos artigos 1521 e 1522 do Código Civil: Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. • Impedimento são situações de proibições do casamento, ou seja, as pessoas não podem se casar em nenhuma hipótese. • Se praticar esse casamento, ele é nulo. • As causas de impedimentos são previstas no Artigo 1.521 do Código Civil. – O inciso IV afirma que não se pode casar com parentes do terceiro grau, ou seja, tios não podem se casar com sobrinhos (casamento avuncular). 5 – Esse casamento é proibido para evitar prole defeituosa. Então, se no ato de documentação os nubentes levarem exames médicos que comprovam que a prole não é defeituosa é possível casamento. • As causas de impedimento podem ser opostas até a celebração do casamento. • Essas regras aplicam-se a união estável. Ou seja, quem não pode casar também não pode constituir união estável. – Entretanto, a pessoa casada que esteja separada de fato (não esteja vivendo o casamento mais. O casamento só existe no papel) pode constituir união estável com outra pessoa. 4. Causas suspensivas • Dispostas nos artigos 1523 e 1524 do Código Civil: Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. 6 Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins. • Causa suspensiva não proíbe o casamento, mas impõe o regime de separação obrigatória de bens. • As causas suspensivas do casamento estão previstas no artigo 1.523 do Código Civil. • Essas causas são para evitar confusão sanguínea ou patrimonial. – Exemplo: Se um divorciado quiser casar-se, mas ainda não tenha feito a partilha de bens. Para não haver confusão de bens ele só poderá se casar de novo na separação obrigatória de bens. • Essas causas podem ser opostas por parentes em linha reta e colaterais de segundo grau (irmãos). • Depois que solucionar o problema da causa suspensiva pode se mudar o regime de bens. 7 5. Esquema: diferenças entre Impedimento e Causas suspensivas Impedimento Causas Suspensivas Casamento nulo Casamento válido Artigo 1.521 Artigo 1.523 Anula o casamento Impõe o Regime da separação obrigatória de bens 6. Celebração do Casamento • Estabelecido pelos artigos 1.525 ao 1.542 do Código Civil. • Passos que um casamento precisa seguir: Processo de Habilitação • Presente nos artigos 1.525 a 1.532 • Se apresenta um pedido para o casamento • Se apresentam os documentos • O cartório publica um edital para ver se tem algum impedimento. Certidão de habilitação • Depois de cumprido todo processo de habilitacao, se emite uma certidão de habilitação. • A certidão tem efeito por 90 dias, ou seja, o casamento tem que ser celebrado dentro desses 90 dias (art. 1.532). Celebração do casamento • Presente nos atigos 1.533 a 1.542 do Código Civil. 8 • Na celebração do casamento é necessário testemunhas. • É possível celebrar um casamento por procuração, em que o nubente não está presente no casamento (artigo 1.542). – A procuração tem que ser feita por instrumento público (no cartório). – A procuração tem que conter poderes especiais. – A procuraçãotem efeito por 90 dias e pode ser revogada e o antigo procurador não precisa saber dessa revogação. • É possível flexibilizar o processo de habilitação e celebração de duas formas: Testemunhas São 2 testemunhas Se o casamento for celebrado na sede do cartório. São 4 testemunhas Se o casamento for celebrado em algum edifício particular ou se um dos nubendes não souber ou não puder escrever. Flexibilização Mínima Em caso de doença grave de um dos nubentes em que já tenha autorização (art. 1.539). Nesses casos precisa de 2 testemunhas e a autoridade celebrante celebra o casamento no lugar onde estiver o doente. Máxima Casamento nuncupativo, extremis vitae ou in articulo mortis: Há um iminete risco de vida de um dos nubendes e eles não estão habilitados (art. 1.540). Nesse casso é necessário 6 testumunhas, sem celebrante nem habilitação. 9 7. Prova do casamento • O casamento é provado com a certidão de casamento. • Isso é determinado artigos 1.543 a 1.547. 8. Casamento inválido • No sistema de invalidade do casamento há o casamento nulo e anulável. Casamento nulo Casamento anulável Ofende interesse público Ofende interesse privado Acontece quando há violação dos impedimentos (art. 1.521) Acontece quando há violação do art. 1.550, 1.556, 1.557 e 1.558 do Código Civil. Necessária uma ação declaratória de nulidade Para anular o casamento é necessária uma ação anulatória Qualquer pessoa pode propor a ação de nulidade Somente a parte envolvida pode propor a ação Imprescritível (o que é nulo nunca se torna válido) Tem prazo de decadência Art. 1.550. É anulável o casamento: I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ; IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 10 V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; VI - por incompetência da autoridade celebrante. § 1°. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. § 2°. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares. • Tabelas de prazos decadenciais em que se podem pedir a anulação do casamento: De quem não completou idade núbil 180 dias 11 Menor que se casou sem o consentimento dos representantes 180 dias Vício de vontade por erro essencial 3 anos Vício de vontade por coação 4 anos Pelo Incapaz 180 dias Revogou a procuração 180 dias Incompetência da autoridade celebrante 2 anos Dissolução do casamento 1. Disposições gerais • Disposto nos artigos 1.571 a 1.582 do Código Civil. • As formas de sair do casamento são: • Emenda Constitucional 66 de 2010: emenda do divórcio • É possível manter o sobrenome que foi mudado no casamento. Formas de sair do casamento Nulidade ou Anulabilidade Morte Separação judicial Divórcio 12 2. Divórcio • Há dois tipos de divórcio: Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. • Qualquer um dos cônjuges pode pedir divórcio. – Não é necessário expor o motivo pelo qual se pede divorcio, uma vez que divórcio é direito potestativo (o direito que a pessoa tem, é um direito imposto). • Se um dos cônjuges for incapaz, para divorciar se aplica o artigo 1582 do Código Civil. – Quem propôs essa ação no caso, para representá-lo pode ser o curador, ascendente ou irmão. Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges. Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão. Divórico Com partilha de bens Se divide os bens assim que se divorcia. Sem partilha de bens Art. 1581, CC. Deixa para dividir os bens depois. 13 Regime de bens 1. Disposições gerais • Dispostas nos artigos 1.639 a 1.688 do Código Civil. • Regimes de bens são regras de ordem privada relacionadas com interesse patrimonial nas entidades familiares. • Não tem como se casar sem estabelecer um regime de bens. 2. Princípios dos Regimes de bens Princípio da Autonomina da Vontade • Estabalecido pelo artigo 1.639, CC. • Os cônjuges que decidem qual será seu regime de bens. Princípio da Indivisibilidade do Regime • Se tem um Regime único para os dois. • Não tem como ter mais de um Regime estabelecido. Princípio da Variedade de Regime • A lei estabelece vários tipos de Regimes, para que se possa escolher um. Princípio da mutabilidade justificada • Estabelecido pelo art. 1.639, §2° CC. • Pode alterar o Regime do bens já depois de casados. • O juiz tem que autorizar, depois de apresentar uma motivação. 14 3. Escolha do regime • Caso os cônjuges não especifiquem qual Regime de bens irá ser utilizado, se aplica a comunhão parcial de bens. • Para se fazer a escolha do Regime dos bens é necessário: • Regras sobre o pacto antenupcial: – Disposto nos artigos 1.653 a 1.657 do Código Civil. – Deve ser feito por escritura pública (para que ele seja válido). – Deve acontecer o casamento (para que ele seja eficaz). 4. Regras gerais sobre Regime de bens • Qualquer que seja o regime de bens, tanto um cônjuge, quanto o outro, eles podem livremente fazer o que é estabelecido no artigo 1.642 do Código Civil. Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647; II - administrar os bens próprios; União Estável Pacto de Convivência Casamento Pacto Antenupcial 15 III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647 ; V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente. • Ambos os cônjuges, podem independente de autorização do outro praticar o que é estabelecido no artigo 1.643 do Código Civil. Entretanto, existe solidariedade entre os cônjuges. Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir. • Nenhum dos cônjuges pode fazer sem autorização do outro o que é estabelecido pelo artigo 1.647, exceto o Regime da separação absoluta de bens. Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 16 III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. – Se o cônjuge não autorizar, o outro pode entrar com uma ação para que o juiz autorize. – Se não houver autorização do cônjuge ou do juiz, o ato prestado é completamente anulável. – Essa autorização se chama de outorga, no caso do marido é outorga marital e o da esposa outorga uxória. 5. Regime da comunhão parcial de bens • Estabelecido pelos artigos 1.658 a 1.666 do Código Civil. • Também é chamado de regime supletório. • É um regime legal, pois na falta de escolha de outro regime, esse que será estabelecido. • Tem um patrimônio comum, que são caracterizados pelo que foi adquirido onerosamente por um cônjuge ou ambos, na constância do casamento. • Ou seja, o bem que um ou os dois cônjuges adquirem depois do casamento, são bens de ambos. Bens particulares Casamento Bens comuns 17 • Então, existem os bens particulares de um e de outro e os bens comuns. • Se acontece o divórcio só é partilhado os bens comuns. • Se um dos cônjuges vende uma de suas propriedades particulares para comprar uma propriedade comum, a porcentagem de participação desse bem comum, ainda continua sendo bem particular. • Exemplo: João e Maria são casados. Maria tem um apartamento que comprou antes do casamento. Ela vendeu o apartamento por 200 mil para dar de entrada no pagamento de uma casa que custava 1 milhão para ela e João morarem. O resto da casa foi paga por bens comuns. Caso os dois se separem, os 200 mil que Maria ainda são considerados bens particulares de Maria, então ela tem o Bens comuns Bens de depois do casamento FGTS Loteria Frutos de bens particulares Bens particulares Bens de antes do casamento Herança Doação 18 direito de 200 mil + metade do que era de bem comum (metade de 800 mil = 400 mil). 6. Regime da comunhão universal de bens • Estabelecido pelos artigos 1.667 a 1.671 do Código Civil. • TUDO é bem comum, inclusivo o que foi adquirido antes do casamento. • A herança e a doação, nesse caso, também são de ambos os cônjuges. • Ou seja, não existe bem particular. • Só não será bem comum, o que estiver com cláusula de incomunicabilidade. – Essa cláusula deixa explicito que o bem só é de um dos cônjuges. – Para essa cláusula valer sobre uma herança legítima tem que haver justa causa. 7. Regime da separação de bens • A separação de bens pode ser de duas formas: Separação de bens Convencional Aquele modelo de separação escolhido pelas partes, pelo pacto antenunpcial. Art. 1687-1688, CC Separação obrigatória de bens Quando esse regime é imposto pelo lei. Art. 1641, CC 19 • Ou seja, o Regime da separação obrigatória de bens é obrigatório em alguns casos, são eles: • Nesse regime não possuem bens comuns, apenas bens particulares. • Entretanto, nesse regime pode haver bem comum, segundo a súmula 377 do STF. – Segundo essa súmula, no regime da separação obrigatória de bens são bens comuns aqueles adquiridos na constância casamento (depois do casamento) desde que esses bens sejam adquiridos com esforço comum, devidamente comprovado. Ou seja, não há uma presunção. 8. Regime da participação final nos aquestos • Estabelecido pelos artigos 1.672 a 1.686 do Código Civil. Causas suspensivas • Causas presentes no artigo 1.523. Mais de 70 anos • Pessoas que casam com mais de 70 anos Suprimento judicial • Quem ainda não faz a partilha de bens do antigo casamento. • Assim que for feita a partilha pode se mudar o regime de bens. 20 • Durante o casamento, são as regras da separação de bens. Entretanto, no momento do divórcio são as regras da comunhão parcial de bens. • Sempre deve haver a comprovação do esforço para que seja considerado bem comum. • Ou seja, há uma liberdade na gestão dos bens. 9. Tabela de resumo dos regimes de bens Regime Comunhão parcial Comunhão universal Separação de bens Participação final nos aquestos Artigos 1.658 a 1.666 1.667 a 1.671 1687, 1688 e 1641 1.672 a 1.686 Definição Os bens adquiridos depois do casamento são bens comuns do casal. Tudo é bem comum. Tudo é bem particular. Durante o casamento, separação de bens. Divórcio Se divide os bens comuns. Se divide tudo. Não se divide nada. Divide os bens comuns, desde que haja esforço comum. Espero que meu resumo te ajude. Bons estudos! Thais Gabriella
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