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Métodos de Pesquisa: Dialético, Fenomenológico e Hermenêutico

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Univercidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte Turismo e Comunicação de Nacala-Porto
Licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário, 1º Ano
Metodos de pesquisa “ Dialectico, Fenomenológico e Hermenéutico”
Discentes:
Joana Oliveira Sabonete Damiao
Rui Jossefa Araujo
Sore juma
 Docente:
 MA. Amony da Flora Bonifácio Saulose
Nacala-Porto, 2021
Índice 
1.Introdução	3
2. Método	4
3. Pesquisa	4
4. Origem e História do Método Dialético	4
4.1 Características do Método Dialético	5
4.1.1 Argumentos do Método Dialético	5
4.1.2 Princípios do Método Dialético	5
4.1.3 Categorias do Método Dialético	6
4.2 Exigências e cuidados do Método Dialético	8
4.2.1 Importância do método dialético	8
4.2.2 Aplicação do método dialético	9
5. Vantagem	9
6. Desvantagem	9
6.1 Origem e História do Método Fenomenológico	9
6.1.1 Objectivos do método fenomenológico	10
6.1.2 Características do Método Fenomenológico	10
7. Método Hermenêutico	11
8. Bibliografia	12
1. Introdução
O presente trabalho de investigação tem como tema de abordagem Metodos de pesquisa “ Dialectico, Fenomenológico e Hermenéutico”correspondente a cadeira de Educação Ambiental. Devido a sua magnitude importância é indispensável o seu estudo para melhor valorizar as questões que apoquentam a sociedade ou que irão futuramente atrapalhar a melhor convivência interpessoal. Em ciências, Método é a maneira, é a forma que o cientista escolhe para ampliar o conhecimento sobre determinado objeto, fato ou fenômeno. É uma série de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingir determinado conhecimento. Desta feita se resume em dois objectivos principais, a ter em conta:
Geral:
· Conhecer a essencia dos metodos Dialectico, Fenomenologico e Hermeneutico
Específicos:
· Descrever cada metodo
· Explicar a aplicacao de cada metodo
Para a materialização do presente trabalho usou-se a metodologia, primeiramente, a revisão bibliográfica de documentos relevantes na abordagem bibliográfico. A escolha deste método deveu se com base em matérias já elaborados, constituídos principalmente de livros, artigos científicos e textos retirados da Internet. É com base nesta revisão da documentação que foi possível dispor de dados em estudo da problemática em alusão. De modo a suscitar uma percepção audível do conteúdo plasmado no presente trabalho de pesquisa, o mesmo encontra-se organizado em uma estrutura sequencial, compreendida por capítulos.
2. Método 
A palavra Método vem da palavra grega méthodos, formada por duas palavras metá que significa no meio de; através, entre, acrescida de odós, que significa “caminho”. Assim, podemos dizer que Método significa ao longo do caminho, ou seja, “forma de proceder ao longo de um caminho” (Ferrari, 1982, p. 19).
 
Em ciências, Método é a maneira, é a forma que o cientista escolhe para ampliar o conhecimento sobre determinado objeto, fato ou fenômeno. É uma série de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingir determinado conhecimento.
3. Pesquisa
· O processo formal e sistemático de desenvolvimento do Método científico e visa à produção de conhecimento novo (Gil, 2007, p. 42).
· Um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir fatos novos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento (Lakatos & Marconi, 1991, p. 154).
4. Origem e História do Método Dialético
De origem grega (dialektiké = discursar, debater), a dialética está vinculada ao processo dialogado de debate entre posições contrárias, e baseada no uso de refutações ao argumento por redução ao absurdo ou falso.
O conceito de dialética é bastante antigo. Platão utilizou-o no sentido de arte do diálogo. Na Antiguidade e na Idade Média o termo era utilizado para significar simplesmente lógica. A concepção moderna de dialética, no entanto, fundamenta-se em Hegel. Para esse filósofo, a lógica e história da humanidade seguem uma trajetória dialética, nas quais as contradições se transcendem, mas dão origem a novas contradições que passam a requerer solução. (Gil, 2019).
Segundo Hegel, o método dialético é 
· “à conciliação dos contrários nas coisas e no espírito”. (Michel, 2015).
· É a modalidade de método científico que penetra o mundo dos fenômenos através de uma ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. (Marconi & Lakatos, 2018).
4.1 Características do Método Dialético
O método dialético é um método utilizado nas pesquisas sociais e possui como características principais o uso da discussão, da argumentação dialogada e da provocação. (Michel, 2015).
4.1.1 Argumentos do Método Dialético 
Segundo Richardson (2017), os argumentos da dialética dividem-se em três partes: a tese, a antítese e a síntese. 
· Tese: refere-se a um argumento que se expõe para ser impugnado ou questionado
· b) Antítese: é o argumento oposto à proposição apresentada na tese.
· c) Síntese: é uma fusão das duas proposições anteriores que retêm os aspectos verdadeiros de ambas as proposições, introduzindo um ponto de vista superior.
4.1.2 Princípios do Método Dialético
De acordo com Richardson (2017) são dois os princípios fundamentais do materialismo dialético:
a) Princípio da conexão universal dos objectos e fenómenos
Característica essencial da matéria é a interconexão entre objetos e fenómenos. Não pode existir um objecto isolado de outro. Todos os fenómenos da natureza estão interligados e determinados mutuamente. O aparecimento, a mudança ou o desenvolvimento de um fenómeno só é possível em interligação com outros sistemas materiais (mudanças em um traz mudanças em outros). Richardson, (2017).
b) O princípio de movimento permanente e do desenvolvimento
Tudo está em movimento. A fonte do movimento são as contradições internas de um objeto ou fenómeno. A causa do desenvolvimento da sociedade e da natureza está nelas, não fora. Essa é uma diferença fundamental em relação a outras concepções que explica o movimento por forças externas (impulso inicial, ser supremo etc.). O desenvolvimento é resultado da acumulação de mudanças quantitativas e de sua passagem para as qualitativas – transformação qualitativa dos objetos. Richardson, (2017).
4.1.3 Categorias do Método Dialético
As categorias são os conceitos básicos que refletem os aspectos essenciais, propriedade e relações dos objetos e fenômenos. São objetivas e cabe destacar que todas as categorias estão relacionadas umas com as outras. Portanto, a análise de um objeto ou fenômeno não precisa ser feita com todas, basta escolher uma delas. As categorias são indispensáveis para o conhecimento dos fenômenos e para compreensão científica da matéria. É por isso que devem fazer parte do conteúdo metodológico da investigação científica. O mundo que nos rodeia exige o conhecimento das leis e categorias dialéticas (Richardson, 2017)
a) 1ª Categoria: individual-particular-geral
Todo objeto, todo fenômeno do mundo que rodeia tem características específicas próprias. É impossível encontrar dois objetos iguais. Até as folhas de uma mesma planta distinguem-se pelo aspecto. Ao mesmo tempo, não há no mundo objetos ou fenômenos que não possuam traços comuns com outros objetos ou fenômenos. As folhas de uma planta, apesar de diferentes, têm características comuns que permitem distingui-las de outra planta. Richardson, (2017).
b) 2ª Categoria: causa-efeito
Causa é o fenômeno que produz outro fenômeno. Efeito é o resultado produzido pela causa. Exemplo: o aquecimento da água causa uma mudança de seu estado de agregação. Na vida real, a mesma causa pode provocar consequências diferentes em função das condições. Quando falamos de causa-efeito não podemos confundir com motivos. Os motivos precedem imediatamente o efeito. Não são causa, são impulsos para a ação do acontecimento. É fundamental para ciência pois conhecendo as causas, o homem pode contribuirpara a ação dos fenômenos, acelerar fenômenos úteis (colheita) e restringir os nocivos (doenças). Enquanto não for descoberta a causa de um fenômeno, permanece oculta a natureza. Richardson, (2017).
c) 3ª Categoria: necessidade-casualidade
Necessidade é o que deve ocorrer em determinadas condições. As precipitações atmosféricas na forma de chuva ou granizo em condições determinadas são uma necessidade; o assalariado na produção capitalista é uma necessidade. Casualidade é o que pode ocorrer ou não em determinadas condições. O prejuízo que o granizo produz em determinada plantação; o assalariado na escravidão. A história da humanidade está marcada por diversos “acidentes” que constituem uma casualidade e formam parte do desenvolvimento. Os avanços ou retrocessos no processo de desenvolvimento dependem muito desses acidentes históricos. Assim, uma pesquisa histórica não pode deixar de considerar a casualidade na análise de qualquer fenômeno. Richardson, (2017).
d) 4ª Categoria: essência-aparência
Ao conhecer um objeto ou fenômeno, o que primeiro constatamos são seus aspectos exteriores: cor, dimensões, configurações, comportamento etc. Após um estudo mais aprofundado, estamos em condições de compreender sua essência. A aparência é parte superficial, mutável de um fenômeno ou da realidade objetiva. É uma forma de expressão da essência e depende dela. A essência é parte mais profunda e relativamente estável do fenômeno ou da realidade objetiva. Está oculta debaixo de aparências. Assim todo objeto ou fenômeno se apresenta como um conjunto de aspectos exteriores que possuem características essenciais. Exemplo: os empréstimos do Governo Federal aos bancos privados. Richardson, (2017).
e) 5ª Categoria: conteúdo-forma
O conteúdo é o conjunto de elementos, interações e mudanças características de um fenômeno. Exemplo: forças produtivas (instrumentos de produção e homens). A forma é o sistema estável das relações entre elementos de um objeto ou fenômeno. Exemplo: (relações de produção). Qualquer objeto ou fenômeno consiste em diversos elementos e nos processos que compõem o conteúdo. Devemos lembrar que a simples soma das partes não constitui o objeto. Para fazer um automóvel, uma montadora tem que colocar todas as peças numa ordem determinada, dar-lhes a estrutura correspondente; em outras palavras, uma forma. Richardson, (2017).
f) 6ª Categoria: possibilidade-realidade
Possibilidade é o que pode surgir pela uniformidade do desenvolvimento, mas que ainda não aconteceu. Exemplo: possibilidade de preservar a paz; possibilidade de acabar com a dependência dos países do Terceiro Mundo; possibilidade de acabar com o analfabetismo brasileiro. Realidade é o que já aconteceu. Exemplo: não existe paz; não acabou a dependência dos países de Terceiro Mundo; e não acabou o analfabetismo brasileiro. Os objetos ou fenômenos não existem eternamente. Podem surgir, tornar-se realidade só quando existem as respectivas condições. O conjunto dessas condições representa a possibilidade de surgimento do objeto ou fenômeno. Richardson, (2017).
4.2 Exigências e cuidados do Método Dialético
Para Richardson (2017), podemos estabelecer as seguintes exigências e cuidados da dialética como método:
a) Objetividade da análise: o objeto deve ser estudado em todos seus aspectos e conexões. Prioritário é o estudo da essência do fenômeno. Deve-se dar um quadro realista (realidade objetiva) do fenômeno, mostrar tendências do desenvolvimento e forças que o determinam. Richardson, (2017).
b) Análise completa dos elementos e processos: suas propriedades, conexões e qualidades. Richardson, (2017).
c) Procurar causas e os motivos dos fenômenos.
d) Análise historicamente concreta dos fenômenos e processos sociais: considerar o lugar (espaço) e o período de duração (tempo). Não esquecer as conexões históricas fundamentais. Richardson, (2017).
a) Consciência metódica: reflexão crítica que descobre as conexões entre fenômenos. Richardson, (2017).
b) O trânsito entre o individual e o geral e vice-versa: procurando compreender sua unidade. Richardson, (2017).
c) Preocupação com a análise da totalidade: incluindo as partes. Richardson, (2017).
4.2.1 Importância do método dialético
O propósito do método dialético é resolver os desacordos através de discussões racionais, e, em ultima análise, a busca pela verdade. A forma herdada de Sócrates para proceder tal discussão é mostrar que uma dada hipótese leva a contradições, então, forçar a retirada da hipótese como candidato a verdade. Richardson, (2017).
4.2.2 Aplicação do método dialético
De uma forma geral, o método dialético está aplicado de uma forma mais presente nas ciências humanas, que buscam entender de uma forma mais intensa o porquê, para quê e como os fatos se apresentam, e como o seu acontecimento se torna uma questão de interesse científico e social (Diniz & Silva, 2008).
5. Vantagem
Superação de um impasse argumentativo e o aprofundamento do argumento, que vai além da discussão acerca dos benefícios e dos prejuízos de algo, por exemplo. Isso mostra que o aluno sabe trabalhar bem os dois lados de uma discussão, o que é muito bem visto pelas bancas de vestibular. Richardson, (2017). 
6. Desvantagem 
dificuldade de construção da síntese, de forma que, se inadequada ou ineficaz, o aluno tende a não tomar um posicionamento. A fim de evitar tal problema, falaremos de dois tipos de síntese que podem te ajudar a não ter problemas e superar esse impasse. Richardson, (2017).
6.1 Origem e História do Método Fenomenológico
O conceito fenomenologia vem do grego phainomenon, que significa fenômeno, algo que se manifesta ao sujeito e logos, estudo, tratado. Portanto a fenomenologia procura desvendar a essência do fenômeno. A fenomenologia é reconhecida como uma das mais importantes manifestações filosóficas dos séculos XIX e XX. Formulada por Edmund Husserl, filósofo alemão, conhecido como fundador da fenomenologia, desperta grande interesse por parte de profissionais e pesquisadores dos mais diferentes campos do conhecimento. Em termos gerais, é uma crítica ao empirismo em sua expressão positivista do século XIX e procura resolver a contradição entre corpo-mente e sujeito-objeto que se arrasta desde Descartes. Richardson, (2017).
Método fenomenológico 
Tal como foi apresentado por Edmund Husserl (1859)-1930), propõe-se a estabelecer uma base segura, liberta de preposições, para todas as ciências. Para Husserl, as certezas positivas que permeiam o discurso das ciências empiricas são “ ingêmeas”. A suprema fonte de todas as afirmações racionais é a “ consciência doadora originária”. Dai a primeira e fundamental regra do método fenomenológico. “ avançar para as próprias coisas”.
Por coisa entende-se simplesmente o dado, o fenómeno. Aquilo que é visto diantes da consciência.
A fenomenológia não se preocupa com algo desconhecido que se encontra atrás do fenómeno, só visa ao daado, sem querer decidir xse este dado é uma realidade ou uma aparência. (Gil, 2019).
6.1.1 Objectivos do método fenomenológico
A proposta central de Husserl é compreender os fenômenos, a partir da subjetividade. Aqui está o ponto de partida da teoria de Husserl: 
· analisar os fenômenos, a partir da consciência e da intenção, com o objectivo de compreender as coisas em si mesmo.
· entender a relação entre o fenômeno e a essência do objeto. Quer dizer, entender a essência do fenómeno.
· entender a relação entre fenômeno e essência,
· busca o entendimento da essência do fenômeno. (Martins & Theóphilo, 2018).
· compreender os que se põe atrás da realidade, sem se preocupar se se trata da realidade propriamente dita ou de uma aparência do real. 
· observar a realidade destituído de teoria ou conhecimentos que orientam sua maneira de interpretar o que vê. (Medeiros, 2019).
6.1.2 Características do Método Fenomenológico
Nas pesquisas realizadas sob o enfoque fenomenológico, o pesquisador preocupa-se em mostrar e esclarecer o que é dado. Não procura explicar mediante leis, nem deduzir com base em princípios, mas considera imediatamente o queestá presente na consciência dos sujeitos. O que interessa ao pesquisador não é o mundo que existe, nem o conceito subjetivo, nem uma atividade do sujeito, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, se realiza para cada pessoa. (Gil, 2019).
O objecto de conhecimento para fenomenologia não é o sujeito nem o mundo, mas o mundo enquanto é vivido pelo sujeito. O intento da fenomenologia é, pois, o de proporcionar uma descrição directa da experiência tal como ela é, sem nenhuma consideração acerca de sua gênese psicológica e das explicações causais que os especialistas podem dar. Para tanto, é necessário orientar-se ao que é dado diretamente à consciência, com a exclusão de tudo aquilo que pode modificá-la, como o subjectivo do pesquisador e o objectivo que não é dado realmente no fenômeno considerado. (Gil, 2019).
As técnicas de pesquisa mais utilizadas são, portanto, de natureza qualitativa e não estruturada. Do ponto de vista fenomenológico, a realidade não é tida como algo objectivo e passível de ser explicado como um conhecimento que privilegia explicações em termos de causa e efeito. A realidade é entendida como o que emerge da intencionalidade da consciência voltada para o fenômeno. A realidade é o compreendido, o interpretado, o comunicado. Não existe, portanto, para a fenomenologia, uma única realidade, mas tantas quantas forem suas compreensões, interpretações e comunicações. (Martins; Theóphilo, 2018).
Mas para Husserl, o abandono de pressupostos e julgamentos é condição fundamental para se fazer fenomenologia. Por essa razão propôs a adoção da redução fenomenológica, que requer a suspensão das atitudes, crenças e teorias – a colocação “entre parênteses” do conhecimento das coisas do mundo exterior – a fim de concentrar-se exclusivamente na experiência em foco, no que essa realidade significa para a pessoa. Isto não significa que essas coisas deixam de existir, mas são desconsideradas temporariamente. Quando, pois, o pesquisador está consciente de seus preconceitos, ele minimiza as possibilidades de deformação da realidade que se dispõe a pesquisar. (Gil, 2019).
A fenomenologia fundamenta-se na busca do conhecimento a partir da descrição das experiências como estas são vividas, não havendo separação entre sujeito e objeto. (Martins; Theóphilo, 2018).
7. Método Hermenêutico
Método Hermenêutico é a arte ou o método interpretativo que procura compreender um determinado texto, ou seja, esta expressão – provinda do grego hermeneuein -, tem o sentido de ‘interpretar’, ‘explicar’ de uma forma geral a passagem textual em questão, tentando nela encontrar a alegoria presente. Ela inicialmente consistia em uma metodologia específica para desvendar a Escritura Sagrada, aparecendo esta palavra textualmente na Bíblia pelo menos quatro vezes – em João 1:42; 9:7; hebreus 7:2 e Lucas 24:27.
8. Bibliografia
Marconi, M. de A. & Lakatos, E M. (2018). Metodologia do Trabalho Científico. (8. Ed). São Paulo: Atlas.
Marconi, M. de A & Lakatos, E. M. (2019). Fundamentos de Metodologia Científica. (8. Ed) . São Paulo: Atlas.
Medeiros, J. B. (2019). Redação Científica: prática de fichamentos, resumos, resenhas. (13. ed.) São Paulo: Atlas.
Michel, M. H. (2015). Metodologia e Pesquisa Científica em Ciências Sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. (3 ed.). São Paulo: Atlas.
Oliveira, M. de M. (2018). Como Fazer Pesquisa Qualitativa. (7. ed.). Petrópolis, RJ: Vozes. 
Prodanov, C. C.; Freitas, E. de F. (2018) Metodologia do Trabalho Científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. (2. ed.). Novo Hamburgo: Feevale. 
Richardson, R. J. (2011). Pesquisa Social: métodos e técnicas. (4. ed.). São Paulo: Atlas.
Amaral F. dos S. (2009). Hermenêutica: o que é isto, afinal?. In: Azevedo, HeloisaHelena Duval de; Oliveira, Neiva Afonso; GHIGGI, Gomercindo (Orgs.). Interfaces: temas de Educação e Filosofia. Pelotas: Editora Universitária/UFPel,. p. 39-53.
Ghedin, E. (2004). Hermenêutica e pesquisa em educação: caminhos da investigaçãointerpretativa. In: II Seminário internacional de pesquisa e estudos qualitativos. Bauru.Anais... Bauru: USC. p. 1-14.
GIL, A. C. (2019). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (7. ed.). São Paulo: Atlas.
Martins, G. de A. & Theóphilo, C. R. (2019). Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. (3. ed.). São Paulo: Atlas.
Medeiros, J. B. (2019). Redação Científica: prática de fichamentos, resumos, resenhas. (13. ed.). São Paulo: Atlas.
Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. de Freitas. Metodologia do Trabalho Científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. (2. ed.). Novo Hamburgo: Feevale.
2
Richardson, R. J. (2017). Pesquisa Social: métodos e técnicas. (4. ed.) São Paulo: Atlas

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