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FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 A Insuficiênci� Cardíac� Congestiv� A ICC é quando o coração não consegue manter o Débito Cardíaco que o organismo demanda. É visto que a constante ativação do SRAA e SNASimpático não é o suficiente para aumentar o DC. Alguns efeitos que podem ser gerados é o aumento da aldosterona, que gera remodelamento cardíaco e vascular e por fim gera morte dos cardiomiócitos. Quanto aos efeitos do SNASimpático, podem acontecer: estresse no miócito, síntese de miofibrilas e proliferação do tecido conjuntivo. Mas o grande vilão para o quadro de remodelamento cardíaco é a aldosterona. O remodelamento cardíaco é uma adaptação ruim do coração (que o ventrículo esquerdo fica muito espesso) para tentar vencer a resistência vascular periférica. ** No remodelamento cardíaco é visto infiltrado inflamatório, depósito de colágeno, célula apoptose, autofagia e estresse oxidativo. O que pode gerar isso é hipertensão, isquemia, diabetes, injúria de reperfusão, cardiotoxicidade, sobrecarga de volume e cardiomiopatia dilatada. Com o tempo de tentativa de adaptação o coração vai ficando espesso e o espaço interno dele diminui, o que diminui ainda mais o DC. Com o tempo isso vai matando os cardiomiócitos, e a parede vai afinando. Deixando, desse modo, o coração descompensado. Quanto maior a pré-carga, maior o volume sistólico. Daí que vem o conceito fração de ejeção, que nada mais é que o volume sistólico/volume diastólico final (ou seja, é a fração do volume de sangue recebido durante a diástole e que é ejetada durante a sístole.). Ou seja, a fração de ejeção vai diminuir (pode ser pelo lado direito ou pelo lado esquerdo do coração). O coração insuficiente vai ter baixo desempenho. O DC será reduzido, o que gera perfusão sanguínea inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes ao organismo. Isso é intensificado com o exercício físico, o que gera diminuição da tolerância ao exercício e fadiga muscular rápida (principal consequência direta do DC baixo). Na tentativa de auto regulação gera dispneia e taquicardia. Dois tipos principais de insuficiência cardíaca: ● A Insuficiência Cardíaca Aguda está relacionada a uma disfunção sistólica que ocorre devido a qualquer situação que torne o coração incapaz de ejetar adequadamente o sangue (infarto do miocárdio, hemorragia severa). O débito cardíaco encontra-se reduzido e a fração de ejeção é menor que 45%. ● A Insuficiência Cardíaca Congestiva está relacionada a uma disfunção diastólica, e geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos (doença ateroesclerótica do coração, hipertensão arterial). A despeito da redução do débito cardíaco, a fração de ejeção pode ser normal. Duas grandes causas de insuficiência cardíaca são distúrbios cardíacos como (valvulopatias, miocardite, insuficiência coronariana, miocardiopatias, defeitos cardíacos congênitos, doença de chagas) e hipertensão como hipertensão sistêmica e hipertensão pulmonar. Sendo que as duas principais causas da insuficiência cardíaca são isquemia e hipertensão. Em ambos os cenários fica mais difícil para o coração bombear sangue para o corpo, um é por que uma parte do coração morre e outra é por que a resistência vascular periférica está muito alta. Sendo que a razão da insuficiência pode ser os dois. SINTOMAS: falta de ar, edema, fadiga, aumento do ritmo cardíaco, tosse crônica, mobilidade limitada, confusão, falta de apetite e náusea. ** Esses sintomas podem variar dependendo de que lado do coração é atingido. Lado esquerdo: o sangue fica retido na região dos pulmões, levando a sintomas como: Falta de ar que evolui conforme a classe, ortopnéia (falta de ar quando deitado), dispnéia noturna paroxística (dificuldade respiratória durante o sono), e o quadro mais grave, edema agudo de pulmão. Lado direito: o sangue fica mais retido no resto do corpo levando a sintomas como: desconforto no lado direito superior do abdômen (fígado está com o volume aumentado); congestão hepática, além de edema periférico com acúmulo de líquidos no tornozelo e acúmulo de líquidos no abdômen (ascite). DIAGNÓSTICO: edema, eletrocardiograma, ausculta do pulmão e do coração e radiografia de tórax. Classificação das insuficiências cardíacas: 1- Não há limitações para atividades físicas e elas não causam desconforto. 2- Há limitação nas atividades físicas, as moderadas podem causar cansaço. O paciente fica bem no repouso. 3- Limitações mais notáveis no quesito de atividade física, no entanto em repouso o paciente ainda pode ficar bem. 4- não há nenhuma atividade que seja feita sem desconforto e pode haver desconforto até mesmo em repouso. O objetivo do tratamento farmacológico é aumentar o débito cardíaco, podendo diminuir pré-carga e pós-carga ou melhorar o inotropismo do coração (a qualidade da contração). FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 Diurétic� Os DIURÉTICOS DE ALÇA são usados para manter a euvolemia, sendo o principal usado a furosemida, são diuréticos muito potentes e vão que ter papel central nos sintomas “congestivos”, atuando sobre a retenção de sódio e água, expansão do volume extracelular e elevação da pressão diastólica final, diminuindo a congestão venosa pulmonar e o edema periférico. (Levar em conta uso de poupador de potássio). ** Em pacientes com retenção hídrica usar doses 40-80mg, cuidado com a hipocalemia. E em pacientes descompensados usar 40mg em boulos ou fazer infusão direta de 10 mg por hora, em caso de resistência usar um tiazídico. EFEITOS ADVERSOS: hipocalemia, alcalose metabólica, depleção de magnésio (causa arritmia cardíaca) e cálcio, hipovolemia e hipotensão em idosos, ototoxicidade (zumbido no ouvido indica distúrbio hidroeletrofílico) e hiperuricemia (menor reabsorção de ácido úrico). Os ANTAGONISTAS DO RECEPTOR MINERALOCORTICÓIDE (poupadores de potássio - espironolactonas) diminuem o remodelamento cardíaco, servindo basicamente para inibir a ação da aldosterona. Tem o grande efeito de reduzir a mortalidade, e apresenta efeitos benéficos quando associado com iECA, usado principalmente em pacientes tipo 3 e 4. Podem ser bem necessários para evitar a intoxicação por digoxina (que causa muita perda de potássio) DÚVIDA AQUI. ** Pacientes com ICC possuem 20 x mais aldorestora que o normal EFEITOS ADVERSOS: Efeitos adversos: ginecomastia em homens (10%) e hipercalemia (2%) AQUARÉTICOS (Vaptans): São bloqueadores de V2 provocando muita diurese, sem perda de sódio. A urina é muito diluída. O uso deles provoca uma diminuição muito intensa do retorno venoso. Como fármacos desta classe temos os bloqueadores de V2 (tolvaptan e lixivaptan), que aumentam a reabsorção de água e ureia, e os bloqueadores v1a (relcovaptan), que vão impedir vasoconstrição; e temos os bloqueadores mistos de V1a e V2 (conivaptan), que vão ter ambas as ações. >> Eles diminuem a pré-carga por diminuírem retorno venoso, corrige a hiponatremia na ICC crônica e diminui pós-carga por conta da vasodilatação. Fármac� d� SRAA INIBIDORES DA ECA: os fármacos mais usados são o captopril e o enalapril, esses fármacos vão diminuir pós-carga, pré-carga e diminuir a aldosterona (pois os iECA vão de modo geral inibir a produção da aldosterona). Atenção da atividade de renina plasmática, que pode ser um mecanismo de resistência. **Prestar atenção no aumento da bradicinina e na Ag1-7 que são vasodilatadores e que provocam aumento de tosse. EFEITOS ADVERSOS: Tosse (5-20% pelo acúmulo de bradicinina), angioedema (nariz, boca, garganta, língua e glote), hipotensão (atividade de renina plasmática elevada), hipercalemia (contraindicado na associação com espironolactona) e teratogenicidade. **A tosse seca intensa e angioedema podem ser motivos para mudança desse fármaco para o bloqueador de AT1 ANTAGONISTAS DO RECEPTOR AT1: Losartana, Valsartana e Candesartana na dose de 12,5-50mg/dia em intervalo de 24h; têm eficácia semelhante aos iECA quanto à redução da mortalidade, são úteis para substituir os iECA em pacientes intolerantes e não causamtosse. Eles vão impedir vasoconstrição, retenção de água e sódio, ativação simpática, proliferação celular e estresse oxidativo. EFEITOS ADVERSOS: Angioedema (menor que causados por iECA) e teratogenicidade, hipercalemia, hipotensão, oligúria, azotemia progressiva, insuficiência renal aguda e aumento do efeito hipotensor de agentes anti-hipertensivos. Antagonista� bet�-adrenérgic� Eles vão diminuir a liberação de renina na célula justaglomerular e no receptor cardíaco diminuir a FC, para diminuir o esforço. Esses fármacos são interessantes para diminuir a mortalidade e tem estudos que dizem que são mais eficientes que os inibidores de ECA. Os benefícios de se usar esse fármaco são: redução da atividade das catecolaminas, redução do trabalho cardíaco, redução da renina e redução do estresse oxidativo em cardiomiócitos (carvedilol). *Carvediol Vasodilatadore� Embora diversos vasodilatadores possam melhorar os sintomas da insuficiência cardíaca, já foi demonstrado que somente a associação de hidralazina + dinitrato de isossorbida, e os antagonistas do sistema renina-angiotensina (iECA e antagonistas AT1) aumentam a sobrevida dos pacientes. FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 Cardiotônic� Fármacos que atuam diretamente no coração, aumentam a qualidade da contração do músculo cardíaco (força de contração e débito cardíaco), indicados no tratamento da insuficiência cardíaca. Inotrópic� nã�-digitálic� ● Sensibilizador de cálcio: levosimendana ●Os simpaticomiméticos: agonistas beta 1 adrenérgicos (dobutamina) e os agonistas dopaminérgicos (dopamina). ● Inibidores da fosfodiesterase: amirinona e milrinona (eles são usados em pacientes hospitalizados por via parenteral) SENSIBILIZADOR DE CÁLCIO - Levosimendana: aumenta a sensibilidade do músculo cardíaco ao cálcio sem aumentar a concentração de cálcio. O cálcio fica mais tempo ligado com o complexo da troponina, o que facilita a contração cardíaca (efeito inotrópico). Esse fármaco tem efeito arritmogênico e aumenta o consumo de O2, o que pode ser um problema. Tem outros efeitos pleiotrópicos promovendo vasodilatação ao ativar canais de potássio sensíveis ao ATP e podem ser cardioprotetores, por conta de ação nas mitocôndrias. USO: IC aguda descompensada e IC crônica avançada (paciente que espera transplante cardíaco). SIMPATICOMIMÉTICOS: agonistas beta1-adrenérgicos, ativam a via dependente do AMPc levando à contração; é o agente inotrópico positivo mais usado no suporte à curto prazo da circulação na insuficiência cardíaca avançada e é indicado também para IC refratária. Dobutamina: Vai promover o inotropismo positivo, vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo renal e manutenção da PA. Tem afinidade muito maior pelo beta 1 que pelo beta 2. Um dos efeitos adversos são taquicardia, aumento de pressão arterial, aumento de isquemia, piora a angina e tolerância (usada até 4 dias, sendo substituída por inibidor de fosfodiesterase); são efeitos que não são bons para um coração insuficiente. FK: adm IV, com infusão contínua: mostra que a dobutamina é usada na ação aguda da insuficiência cardíaca. Ao contrário do antagonista simpático que é feito no uso crônico da insuficiência cardíaca. EFEITOS ADVERSOS: agonistas beta1-adrenérgicos, ativam a via dependente do AMPc levando à contração; é o agente inotrópico positivo mais usado no suporte à curto prazo da circulação na insuficiência cardíaca avançada e é indicado também para IC refratária. Dopamina: Usada em emergência IV para insuficiência descompensada. A dopamina tem afinidade mais pelo D1, depois pelo D2, e depois pelo beta, por último pelo receptor alfa. Em doses baixas de dopamina, onde ela só se liga ao D1, ela diminui a volemia, o que é bom para o paciente congesto. Nas doses de 2 - 5 mg/kg/min é que se vê o efeito de inotropismo positivo no receptor beta; em doses de 5-15 mg/kg/min vemos efeitos indesejáveis pois começa a pegar no receptor alfa também. Os efeitos que vemos é vasoconstrição, mas o aumento da FC é algo bom para o problema. >> Tanto a dobutamina, quanto da dopamina são simpaticomiméticas que são usadas em emergências. O tratamento crônico é feito com um antagonista simpaticomimético.<< INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE - INODILATADORES Milrinona e Amrinona: são inibidores da fosfodiesterase, que é a enzima que degrada o AMPc. Com a enzima inibida, nós temos aumentos do tempo de meia vida do AMPc e com isso melhora no processo de contração. Esse inibição se dá na fosfodiesterase 3 que está presente no músculo cardíaco e liso. No músculo cardíaco o aumento da AMPc gera um efeito ionotrópico positivo e esse mesmo aumento no músculo liso gera uma vasodilatação (lembrar do viagra); ou seja, melhoram a RVP e diminuem a dificuldade do coração de ejetar o sangue. **São chamados de inodilatadores, pois têm os ambos os efeitos em grupos de músculos diferentes. >> Estão apenas disponíveis na administração parenteral e por tanto também só são usados em emergências. O tempo de meia vida do fármaco dobra na insuficiência cardíaca grave, e o tratamento em geral começa com uma dose de ataque. EFEITOS ADVERSOS: Milrinona – algum efeito sobre medula óssea e fígado, causa arritmia, aumenta risco de morte súbita; Inanrinona – náusea, vômito, trombocitopenia, arritmia e alteração nas enzimas hepáticas. USO: IC aguda (disfunção sistólica), exacerbação da IC crônica e aprovados para suporte a curto prazo da circulação na insuficiência cardíaca avançada. FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 Ionotrópic� digitálic� ● Digoxina (glicosídeos cardíacos) Cardiotônicos digitálicos: fármacos extraídos das plantas medicinais na família das Digitalis, são os únicos inotrópicos usados cronicamente na IC. Podem ser usados com os diuréticos, bloqueadores do sistema simpático e com os inibidores do SRAA. ** Substâncias extraídas de plantas são: Ouabaína, Digoxina e Digitoxina. Elas têm em comum um núcleo esteroidal, ligado a uma lactona e com um glicosídeo ligado. Quanto maior o número de OH mais hidrossolúvel será e pouco se ligará às proteínas plasmáticas. A oubaína por se ligar pouco às proteínas plasmáticas ela desloca muito o coração, por isso ela só é usada experimentalmente. Digoxinas têm um número intermediário de OH e a Digitoxina tem um OH e é bem ligada às proteínas plasmáticas e por isso quase não chega ao alvo. **A ouabaína é pouco absorvida por ser muito hidrossolúvel, a digoxina é intermediária e a digitoxina é mais bem absorvida, mas se liga muito às proteínas plasmáticas. **A ouabaína é pouco usada, já a digoxina por seu intermediário é o fármaco de escolha. MECANISMO: Inibem a sódio e potássio ATPase se ligando na subunidade alfa desse transportador e competindo com o sítio de ligação do potássio. Aí a enzima fica presa na forma fosforilada e o sítio catalítico não roda. Com isso o sódio fica retido no meio intracelular, levando ao trocador sódio-cálcio ter uma ação lentificada, esse trocador com a atividade lenta faz com que o cálcio fique mais tempo no meio intracelular facilitando o processo de contração (inotropismo positivo). Além disso, aumenta o estímulo parassimpático (estímulo vagal) e diminui o cronotropismo (Diminuição da velocidade de condução no nodo átrio-ventricular e aumento do estímulo vagal no nodo sinusal: Efeito Inotrópico positivo e Cronotrópico negativo). Tem efeitos adversos perigosos por agir na sódio e potássio ATPase e por isso só será usado em pessoas que não tiveram efeito com os outros fármacos. Tem janela terapêutica muito estreita de 2,1 vezes, ou seja, efeito terapêutico é muito próximo do efeito tóxico. USO: Pacientes refratários aos outros fármacos (então o que se faz é continuar com a medicação e ir introduzindo os digitálicos) e pacientes com ICC que tenham fibrilação atrial (por conta do efeito vagal). Precisa ter os níveis séricos monitorados. Efeitos Adversos: Arritmias foco ectópico atrial e ventricular, distúrbio na condução átrio ventricular, distúrbios visuais, desorientação,alucinações, agitação e convulsão, ginecomastia e anorexia. **A ouabaína provoca efeitos extra-sístole (entrada de cálcio em um momento que não deveria), deixando o coração em arritmia e taquicardia ventricular. **Associação com diurético pode gerar intoxicação por excesso de eliminação de potássio. E para caso de intoxicação por digoxina, o que se precisa fazer é aumentar os níveis de potássio no sangue, isso se faz usando KCl (perigoso por que pode levar o paciente a morte), lidocaína (antagonista de canal de sódio e diminui potencial de ação) e anticorpo anti-digitálico (muito caro e leva mais tempo para agir); a lidocaína acaba sendo a primeira escolha para tratamento da intoxicação. Em situações de hipercalemia, o efeito da digoxina é atenuado por que tem muito mais potássio que digoxina para competir pelo sítio de ligação. FK: Digoxina – pouca ligação a proteínas plasmáticas, é totalmente deslocada para o coração, podendo intensificar os efeitos adversos, por esse motivo só é utilizada experimentalmente, maior parte da excreção é pela urina; doses de 0,125-0,25mg/dia em intervalo de 24h, T ½ de 40h. >> Digoxina é usada para tratamento crônico e reduz a taxa de hospitalização sem influenciar na taxa de mortalidade. FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 Terapia� Recente� Entresto (LCZ696): é a combinação do sacubitril e do valsartan (antagonista de AT1). Então o valsartan vai inibir a aldosterona e provocar vasodilatação. O sacubitril é inibidor da neprilisina, que é enzima responsável pela degradação de peptídeos natriuréticos como Bradicinina, peptídeos natriuréticos, substância P e ang1-2. Este fármaco inibe ações da angiotensina 2 e potencializa a ação de peptídeos vasodilatadores, ao inibir a sua degradação. ** Em comparação da taxa de mortalidade do entresto e do enalapril, o enalapril tem uma menor taxa de mortalidade. Farmacologi� par� ICC Descompensad� Para tratar a hipervolemia pode ser usado: diurético de alça (IV), tiazídicos, diurético de alça (IV)+ dopamina (em doses baixas) e por fim hemodiálise. Em caso de congestão pulmonar sintomática fazer uso de vasodilatadores. [sempre se usa o diurético de alça, mas o tiazídico é para potencializar o efeito, ou ainda pode fazer diurético de alça com dopamina em dose baixa para agir no receptor D1 e vai promove diminuição da volemia; por último é a hemodiálise. Na congestão pulmonar além do diurético se usar vasodilatadores, para diminuir a congestão pulmonar.] Para tratar a hipoperfusão decorrente do DC diminuído é usado: iECA ou hidralazina para reduzir a pós-carga. Em caso de RVP baixa/normal usar dobutamina (que atua em beta1 diminuindo a frequência cardíaca) e em caso de RVP alta usar nitroprussiato ou milrinona (inibidor de fosfodiesterase e promove vasodilatação). Resum� Terapêutic� **Usar diuréticos em qualquer nível de ICC por diminuírem sintomas de congestão. Casos A: Tentar reduzir e tratar os fatores de risco como hipertensão, diabetes, isquemias e dislipidemias. Usa-se iECA ou antagonista do receptor de angiotensina 2. Casos B: Inibidores da ECA e bloqueadores de receptor de angiotensina 2, podem ter associação com beta bloqueadores em alguns pacientes. Casos C: Inibidores da ECA e bloqueadores de receptor de angiotensina 2, associação com beta bloqueadores em todos os pacientes. Pode entrar o uso de antagonistas de aldosterona, restrição alimentar de sódio, diuréticos e digoxina (usada de forma crônica em pessoas com ICC mais grave). Casos D: Ressincronização cardíaca, revascularização, cirurgia na valva mitral, agentes inotrópicos, equipe multiprofissional e considerar transplante. Os fármacos usados ● iECA (ou BRA) são a primeira escolha. ● Pode ser feita a terapêutica tripla (iECA/BRA, BB (carvedilol é bem interessante) e antagonista de mineralocorticoide) ● Não se usa BB em pacientes descompensados. Para os descompensados usam digoxina e dobutamina (ionotrópicos). ● Não se usa iECA e BRA com o antagonista de mineralocorticoide por conta de hipercalemia, mas é usado iECA e BRA juntos. ● Em caso de persistência dos sintomas com o uso de iECA ou BRA, é interessante trocar para o sacubitril/valsartan, mas fazer isso com 36 horas de diferença para não dar angioedema. ● É contra indicado o tratamento de iECA e BRA com sacubitril por conta do angioedema provocado pelos inibidores de neprilisina. ● Em caso de hipercalemia recorrente é interessante mudar o iECA/BRA para um vasodilatador como hidralazina e dinitrato de isossorbida. ● Hidralazina e dinitrato de isossorbida é muito bom para pacientes negros com ICFEr de nível III. Mas também pode ser usada em caso de insuficiência renal e em caso de refratariedade com outras terapias. ● Diuréticos são usados para diminuir o edema, podem associar poupadores de potássio do tipo antagonistas de mineralocorticóides. ● Vaptans ou aquaréticos, não são tão usados assim, mas podem ter bons efeitos na terapia otimizada na tentativa de inibir a AQP2 e promover a vasodilatação. Esses fármacos vão inibir a ação da vasopressina. ● Fármacos inotrópicos em geral não devem ser usados, mas em caso de choque cardiogênico, pressão arterial baixa e baixo DC com disfunção orgânica. O objetivo do uso deles é manter a perfusão para os órgãos e manter a pressão arterial. Em geral são terapias de suporte e que não são para serem feitas por longos períodos de tempo, pois podem acabar aumentando a mortalidade intra-hospitalar. ● Digoxina não é tão usada assim, somente em casos de refratariedade. É usada em ICC crônica, tem muitos efeitos adversos e janela terapêutica pequena. Tem efeitos inotrópicos positivos e estimula o nervo vago (nervo parassimpático). ● Em geral deve ser evitado fármacos inotrópicos positivos, mas o levosimendan pode ser usado se a pressão permitir. Pode ser usada junto com BB. Tem efeito inotrópico positivo associado com vasodilatação arterial e vascular pulmonar. ● Dobutamina é o agente inotrópico mais usado, ela age como agonista do beta 1. Ela aumenta o débito cardíaco sem causar hipotensão, pode ser associada a FARMACOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA - FARMACOLOGIA 3 noradrenalina em pacientes com choque cardiogênico. Pode ter sua ação reduzida com o tempo caso tenha uso concomitante com BB. Dobutamina causa tolerância. ● Dopamina pode ser usada também pode conta do seu efeito nos receptores beta 1 em doses média (com os mesmo objetivos do uso da dobutamina), mas em doses baixas ela provoca vasodilatação por conta da ação em receptores D1. ● Milrinona e inibidores da fosfodiesterase, tem propriedades inodilatadoras, promove aumento do DC e queda na RVP sistêmica e pulmonar, sem aumentar o consumo de O2 pelo músculo cardíaco. Pode ser usada em pacientes com uso prévio de BB, mas tem potencial arritmogênico em pessoas que já tiveram isquemia.
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