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Aula 06 teorias e sistemas escolas de pensamento Psicanalise

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ESCOLAS DE 
PENSAMENTO EM 
PSICOLOGIA
Prof. Esp. Jhonathas Reis
Teorias e Sistemas
ESCOLAS DE PENSAMENTO EM 
PSICOLOGIA
Quando pensamos em escolas de
pensamento, podemos caracteriza-las por
grupos de pessoas que associam-se em
idéias comuns sobre um determinado
tema. No geral compartilham a mesma
orientação teórica e investigam questões
semelhantes.
ESCOLAS DE PENSAMENTO EM 
PSICOLOGIA
FUNCIONALISMO
O funcionalismo possui a maior influência entre as
teorias da psicologia contemporânea. Essa corrente
tenta descrever os pensamentos e o que fazem sem
questionar como o fazem. Para os funcionalistas, a
mente lembra um computador, e para entender
esses processos, você precisa olhar para o software
(o que faz) sem ter que entender o hardware (o que
permite que tudo seja feito). (KOENING, 2021)
FUNCIONALISMO
O Funcionalismo é considerado como a primeira
sistematização genuinamente americana de
conhecimentos em Psicologia. Uma sociedade que
exigia o pragmatismo para seu desenvolvimento
econômico acaba por exigir dos cientistas americanos
o mesmo espírito. Desse modo, para a escola
funcionalista de W. James, importa responder “o que
fazem os homens” e “por que o fazem”. (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
FUNCIONALISMO
Para responder a isto, W. James elege a consciência
como o centro de suas preocupações e busca a
compreensão de seu funcionamento, na medida em
que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
FUNCIONALISMO
ESTRUTURALISMO
O Estruturalismo está preocupado com a compreensão do
mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência.
Mas, diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la
em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares
da consciência como estruturas do sistema nervoso central.
Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner,
seguidor de Wundt, quem usou o termo estruturalismo
pela primeira vez, no sentido de diferenciá-la do
Funcionalismo. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
ESTRUTURALISMO
O método de observação de Titchner, assim como
o de Wundt, é o introspeccionismo, e os
conhecimentos psicológicos produzidos são
eminentemente experimentais, isto é, produzidos a
partir do laboratório. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
ESTRUTURALISMO
ASSOCIACIONISMO
O principal representante do Associacionismo é
Edward L. Thorndike, e sua importância está em ter
sido o formulador de uma primeira teoria de
aprendizagem na Psicologia. Sua produção de
conhecimentos pautava-se por uma visão de
utilidade deste conhecimento, muito mais do que
por questões filosóficas que perpassam a Psicologia.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
ASSOCIACIONISMO
O termo associacionismo origina-se da concepção de
que a aprendizagem se dá por um processo de
associação das idéias, das mais simples às mais
complexas. Assim, para aprender um conteúdo
complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as
ideias mais simples, que estariam associadas àquele
conteúdo. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
ASSOCIACIONISMO
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande
utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De
acordo com essa lei, todo comportamento de um
organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.)
tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o
organismo assim que este emitir o comportamento. Por
outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer,
se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
ASSOCIACIONISMO
Pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas
situações com outras semelhantes. Por exemplo, se, ao
apertarmos um dos botões do rádio, formos
“premiados” com música, em outras oportunidades
apertaremos o mesmo botão, bem como
generalizaremos essa aprendizagem para outros
aparelhos, como toca-discos, gravadores etc.. (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
ASSOCIACIONISMO
PSICANÁLISE
SIGMUND FREUD 1856 - 1939
Se fosse preciso concentrar numa palavra a descoberta
freudiana, essa palavra seria incontestavelmente o inconsciente,
(LAPLANCHE; PONTALIS, 2016)
PSICANÁLISE
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que
alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. Sua
contribuição é comparável à de Karl Marx na compreensão
dos processos históricos e sociais. Freud ousou colocar os
“processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões
obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a
interioridade do homem, como problemas científicos. A
investigação sistemática desses problemas levou Freud à
criação da Psicanálise. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2008)
PSICANÁLISE
Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de
conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida
psíquica. Freud publicou uma extensa obra, durante toda a sua
vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a
estrutura e o funcionamento da psique humana. A Psicanálise,
enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método
interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é
manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções
imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os
atos falhos. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
A prática profissional refere-se à forma de tratamento, a
Análise que busca o autoconhecimento ou a “cura”, que
ocorre através desse autoconhecimento. Atualmente, o
exercício da Psicanálise ocorre de muitas outras formas.
Ou seja, é usada como base para psicoterapias,
aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com
grupos, instituições. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e
especializou-se em Psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um laboratório
de Fisiologia e deu aulas de Neuropatologia no instituto onde trabalhava. Por
dificuldades financeiras, não pôde dedicar-se integralmente à vida acadêmica
e de pesquisador. Começou, então, a clinicar, atendendo pessoas acometidas
de “problemas nervosos”. Obteve, ao final da residência médica, uma bolsa
de estudo para Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês
que tratava as histerias com hipnose. Em 1886, retornou a Viena e voltou a
clinicar, e seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas
dos distúrbios nervosos passou a ser a sugestão hipnótica. (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
CASO ANA O.
Em Viena, o contato de Freud com Josef Breuer, médico e cientista,
também foi importante para a continuidade das investigações. Nesse
sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O.
apresentava um conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com
contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Esses
sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do pai
enfermo. No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido
pensamentos e afetos que se referiam a um desejo de que o pai
morresse. Estas idéias e sentimentos foram reprimidos e substituídos
pelos sintomas. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
CASO ANA O.
Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a
origem de seus sintomas, mas, sob o efeito da hipnose, relatava
a origem de cada um deles, que estavam ligados a vivências
anteriores da paciente, relacionadas com o episódio da doença
do pai. Com a rememoração destas cenas e vivências, os
sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de
forma “mágica”, mas devido à liberação das reações emotivas
associadas ao evento traumático a doença do pai, o desejo
inconsciente da morte do pai enfermo. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008);
CASO ANA O.
Breuer denominou de método catártico o tratamento que
possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a
acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na
ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de
afetos leva à eliminação dos sintomas.(BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008);
CASO ANA O.
Inicialmente Freud utilizava-se da hipnose, entretanto após
perceber que os sintomas só desapareciam no momento da
hipnosee depois retornavam, ele percebeu que o método não
surtia o efeito que ele gostaria, então atendendo Ana O. ele
percebeu que quando ela falava livremente sobre o que lhe
afligia ela tinha melhora, pra este método ele chamou de
associação livre. (Adaptado de BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
CASO ANA O.
A primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico,
primeira tópica ou teoria topográfica.
Em 1900, no livro A interpretação dos sonhos, Freud
apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o
funcionamento da personalidade. Essa teoria refere-se à
existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente,
pré-consciente e consciente. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
O inconsciente
PSICANÁLISE
O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não
presentes no campo atual da consciência”. É constituído por
conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-
consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Estes
conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e
ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou
podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é um
sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de
funcionamento. Por exemplo, é atemporal, não existem as
noções de passado e presente. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
O sistema inconsciente designa a parte mais arcaica do aparelho
psíquico. Segundo Freud, por herança genética, existem elementos
instintivos ou pulsões, acrescidos das respectivas energias. No
inconsciente estariam os elementos instintivos não acessíveis à
consciência. Além disso, há também material que foi excluído da
consciência pelos processos psíquicos de censura e repressão. Esse
conteúdo "censurado" não é permitido ser lembrado, mas não é
perdido, permanecendo no inconsciente. Para Freud, a maior parte
do aparelho psíquico é inconsciente. Ali estão os principais
determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica e as
pulsões ou instintos (LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
Essa instância é o ponto de entrada do aparelho psíquico. Ela possui uma
forma de funcionamento regida por leis próprias, ou seja, que fogem aos
entendimentos da razão do consciente. Além disso, é considerado a parte
mais arcaica da psique construídas também de traços mnêmicos
(lembranças primitivas).
Para ficar claro, é no inconsciente (Ics), de natureza misteriosa, obscura,
que podem brotar as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e
morte. Nele também é regido o princípio do prazer.
Para finalizar, o Isc não apresenta uma “lógica racional”. Nele não existem
modo tempo, espaço, incertezas ou dúvidas. (PSICANÁLISE CLÍNICA,
2018)
PSICANÁLISE
O pré-consciente
PSICANÁLISE
O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem aqueles
conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na
consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
O pré-consciente foi concebido como articulado com o consciente e
funciona como uma espécie de barreira que seleciona aquilo que pode
ou não passar para o consciente. (LIMA, 2009)
O pré-consciente seria uma parte do inconsciente que pode tornar-se
consciente com relativa facilidade, ou seja, seus conteúdos são
acessíveis, podem ser evocados e trazidos à consciência. (LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
Essa instância, considerada por Freud uma “barreira de contato”, serve como
uma espécie de filtro para que determinados conteúdos possam (ou não)
chegar a nível consciente.
Entendemos que os conteúdos presentes no Pré-consciente estão disponíveis
ao Consciente. É nessa instância que a linguagem se estrutura e, dessa forma, é
capaz de conter a ‘representações da palavra”, que consiste num conjunto de
lembranças de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança.
Portanto, o pré-consciente é a parte que se encontra no meio do
caminho entre o inconsciente e o consciente. Ou seja, é a parte da mente que
junta informação em busca de alcançar a parte consciente. (PSICANÁLISE
CLÍNICA, 2018)
PSICANÁLISE
O consciente
PSICANÁLISE
O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo
tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na
consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a
percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.(BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
O consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo
aquilo de que estamos cientes num dado momento. Do ponto de vista
tópico, o sistema percepção-consciência está situado na periferia do
aparelho psíquico, recebendo, ao mesmo tempo, as informações do
mundo exterior e as provenientes do interior. (LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
O consciente se diferencia do inconsciente pela forma com o qual é operado
através de seus códigos e leis. Ao Consciente é atribuída tudo aquilo que está
disponível de forma imediata à mente.
Dessa forma, podemos pensar que a formação do consciente se daria pela
junção “da representação da coisa” e da “representação da palavra”. Ou seja,
há um investimento de energia em determinado objeto e, então, seu
escoamento adequado para a satisfação. (PSICANÁLISE CLÍNICA, 2018)
PSICANÁLISE
PSICANÁLISE
Freud, em suas investigações na prática clínica sobre as causas e
o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de
pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de
ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos
indivíduos, isto é, que na vida infantil estavam as experiências
de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como
origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta forma, que
as ocorrências deste período da vida deixam marcas profundas
na estruturação da pessoa. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2008)
PSICANÁLISE
As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida
psíquica, e é postulada a existência da sexualidade infantil.
Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade
puritana da época, pela concepção vigente da infância como
“inocente”. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Os principais aspectos destas descobertas são:
A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento,
e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até
chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de
obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na
mulher.
Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo estava
associado, exclusivamente, à reprodução. A libido, nas palavras de Freud,
é “a energia dos instintos sexuais e só deles. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo, nos
primeiros tempos de vida, tem a função sexual ligada à
sobrevivência, e, portanto, o prazer é encontrado no próprio
corpo. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão
localizadas em partes do corpo, e há um desenvolvimento
progressivo que levou Freud a postular as fases do
desenvolvimento sexual. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
PSICANÁLISE
Fase oral (a zona de erotização é a boca), fase anal (a zona de
erotização é o ânus), fase fálica (a zona de erotização é o órgão
sexual); em seguida vem um período de latência, que se prolonga
até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das
atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da
sexualidade. E, finalmente, na puberdade é atingida a última fase,
isto é, a fase genital, quando o objeto de erotização ou de desejo
não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao
indivíduo, o outro. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências sucedem-
se. Desses eventos, destaca-se o complexo de Édipo, pois é em
torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do
indivíduo. Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica. No
complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e opai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele
procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como
modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as
normas sociais representadas e impostas pela autoridade paterna.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da
mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e
cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois
tem suas regras básicas internalizadas através da identificação com
o pai. Este processo também ocorre com as meninas, sendo
invertidas as figuras de desejo e de identificação. Freud fala em
Édipo feminino ou complexo de Elektra. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
PSICANÁLISE
A segunda teoria do aparelho psíquico, segunda tópica, modelo estrutural ou
modelo dinâmico.
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os
conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
Insatisfeito com o "Modelo Topográfico", porquanto esse não conseguia explicar
muitos fenômenos psíquicos, Freud elaborou uma segunda teoria, a segunda
tópica. Na segunda tópica, Freud estabeleceu a sua clássica concepção do
aparelho psíquico, conhecido como "modelo estrutural" ou "dinâmico", tendo em
vista que a palavra "estrutura" significa um conjunto de elementos que têm funções
específicas, porém que interagem permanentemente e se influenciam
reciprocamente. (LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
O ID ou ISSO
PSICANÁLISE
O ID ou ISSO constitui o reservatório da energia psíquica, é onde
se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. As
características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira
teoria, são, nesta teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio
do prazer. (Adaptado de BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2008)
PSICANÁLISE
O ID ou ISSO foi concebido como um conjunto de conteúdos de
natureza pulsional e de ordem inconsciente, constituindo o polo
psicobiológico da personalidade. É considerado a reserva inconsciente
dos desejos e impulsos de origem genética, voltados para a preservação
e propagação da vida. Contém tudo o que é herdado, que se acha
presente no nascimento, acima de tudo os elementos instintivos que se
originam da organização somática. Do ponto de vista "topográfico", o
inconsciente, como instância psíquica, virtualmente coincide com o ID
ou ISSO. Portanto, os conteúdos do id, expressão psíquica das
pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários e inatos e, por
outro lado, adquiridos e recalcados. (Adaptado de LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
Dentre as estruturas apresentadas por Freud, o ID ou ISSO é a mais
arcaica, sendo considerado uma espécie de reservatórios de impulsos
caóticos e irracionais, construtivos e destrutivos e não harmonizados
entre si ou com a realidade exterior. Ou seja, é um aglomerado de
impulsos (ou pulsões) sem organização e sem direção.
Portanto, o ID ou ISSO tem as seguintes características:
Não faz planos e não espera; busca uma solução imediata para as
tensões; não aceita frustrações e não conhece inibição; não tem
contato com a realidade; busca satisfação na fantasia. (Adaptado de
PSICANÁLISE CLÍNICA, 2018)
PSICANÁLISE
O EGO ou EU
PSICANÁLISE
O EGO ou EU é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as
exigências do ID ou ISSO, as exigências da realidade e as “ordens”
do SUPER EGO ou SUPER EU. Procura “dar conta” dos
interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade, que, com
o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um
regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para
buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade.
Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo
evitamento do desprazer. As funções básicas do EGO ou EU são:
percepção, memória, sentimentos, pensamento. (Adaptado de
BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
O EGO ou EU se desenvolve a partir da diferenciação das capacidades psíquicas
em contato com a realidade exterior. Sua atividade é, em parte, consciente
(percepção e processos intelectuais) e, em parte, pré-consciente e também
inconsciente. É regido pelo princípio da realidade, que é o fator que se incumbe
do ajustamento ao ambiente e da solução dos conflitos entre o organismo e a
realidade. O EGO ou EU lida com a estimulação que vem tanto da própria mente
como do mundo exterior. Desempenha a função de obter controle sobre as
exigências das pulsões, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa
satisfação para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis ou reprimindo parcial ou
inteiramente as excitações pulsionais. Assim, o EGO ou EU atua como mediador
entre o ID ou ISSO e o mundo exterior, tendo que lidar também com o SUPER
EGO ou SUPER EU, com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas
do corpo. (Adaptado de LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
Para Freud, o nascimento do EGO ou EU vem da primeira infância, onde os laços
afetivos e emocionais com os “pais” costumam ser intensos. Essas experiências, que
se figuram na forma de orientações, sanções, ordens e proibições. vão fazer com que
a criança registre no inconsciente essas emoções subjetivas. Emoções essas que vão
dar ”corpo” à sua estrutura psíquica e egóica.
Constituído de traços mnêmicos antigos (lembranças afetivas da infância), o EGO ou
EU possui sua maior parte consciente, mas também ocupa um espaço no
inconsciente, é, portanto, a principal instância psíquica e que tem por função de
mediar, integrar e harmonizar:
As constantes pulsões do ID ou ISSO; as exigências e ameaças do SUPER EGO ou
SUPER EU; além das demandas vindas do mundo externo – EGO ou EU.
(Adaptado de PSICANÁLISE CLÍNICA, 2018)
PSICANÁLISE
O SUPER EGO ou SUPER EU
PSICANÁLISE
O SUPER EGO ou SUPER EU origina-se com o complexo de
Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da
autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O
conteúdo do SUPER EGO ou SUPER EU refere-se a exigências
sociais e culturais. Para compreender a constituição desta
instância — o SUPER EGO ou SUPER EU — é necessário
introduzir a ideia de sentimento de culpa. Neste estado, o
indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez.
(Adaptado de BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
O SUPER EGO ou SUPER EU desenvolve-se a partir do EGO ou EU, em um
período que Freud designa como período de latência, situado entre a infância e
o início da adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e
social. O SUPER EGO ou SUPER EU atua como um juiz ou um censor
relativamente ao EGO ou EU. Freud vê na consciência moral, na auto-
observação, na formação de ideais, funções do SUPER EGO ou SUPER EU.
Classicamente, o SUPER EGO ou SUPER EU constitui-se por interiorização
das exigências e das interdições parentais [...] O SUPER EGO ou SUPER EU
estabelece a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao ID
ou ISSO, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e
desejos. É o órgão psíquico da repressão, particularmente a repressão sexual.
(Adaptado de LIMA, 2009)
PSICANÁLISE
Instância psíquica que através EGO ou EU busca controlar o ID ou ISSO, ou seja,
o SUPER EGO ou SUPER EU é uma modificação do EGO ou EU que ainda não se
encontra desenvolvido o suficiente para atender às exigências do ID ou ISSO. Ele é
responsável por imposição de sanções, normas e padrões, e tem sua formação pela
introjeção dos conteúdos que vem dos pais.
Além disso, o SUPER EGO ou SUPER EU busca a perfeição moral reguladora e
tende a reprimir toda e qualquer infração que possa causar prejuízo a mente.
O SUPEREGO ou SUPER EU tem três objetivos: Inibir (através de punição ou
sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados
(consciência moral); forçar o EGO ou EU a se comportar de maneira moral (mesmo
que irracional); conduzir o indivíduo à perfeição, seja em gestos ou pensamentos.
(Adaptado de PSICANÁLISECLÍNICA, 2018)
PSICANÁLISE
PSICANÁLISE
Os mecanismos de defesa ou a realidade como ela não é.
PSICANÁLISE
Os mecanismos de defesa ou a realidade como ela não é.
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do
mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso,
desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou
suprime a realidade deixa de registrar percepções externas, afasta
determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento. São
vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar esta
deformação da realidade, chamados de mecanismos de defesa. São
processos realizados pelo ego e são inconscientes, isto é, ocorrem
independentemente da vontade do indivíduo. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da
consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo, desta forma, o
aparelho psíquico. O ego, uma instância a serviço da realidade
externa e sede dos processos defensivos mobiliza estes
mecanismos, que suprimem ou dissimulam a percepção do
perigo interno, em função de perigos reais ou imaginários
localizados no mundo exterior. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2008)
PSICANÁLISE
Estes mecanismos são:
Recalque: o indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a
supressão de uma parte da realidade. Este aspecto que não é percebido
pelo indivíduo faz parte de um todo e, ao ficar invisível, altera, deforma o
sentido do todo. E como se, ao ler esta página, uma palavra ou uma das
linhas não estivesse impressa, e isto impedisse a compreensão da frase ou
desse outro sentido ao que está escrito. Um exemplo é quando
entendemos uma proibição como permissão porque não “ouvimos” o
“não”. O recalque, ao suprimir a percepção do que está acontecendo, é o
mais radical dos mecanismos de defesa. Os demais referem-se a
deformações da realidade. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada
direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo.
Um bom exemplo são as atitudes exageradas, ternura excessiva,
superproteção, que escondem o seu oposto, no caso, um desejo agressivo
intenso. Aquilo que aparece (a atitude) visa esconder do próprio indivíduo
suas verdadeiras motivações (o desejo), para preservá-lo de uma
descoberta acerca de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa. É o
caso da mãe que superprotege o filho, do qual tem muita raiva porque
atribui a ele muitas de suas dificuldades pessoais. Para muitas destas mães,
pode ser aterrador admitir essa agressividade em relação ao filho.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Regressão: o indivíduo retorna a etapas anteriores de seu
desenvolvimento; é uma passagem para modos de expressão mais
primitivos. Um exemplo é o da pessoa que enfrenta situações difíceis com
bastante ponderação e, ao ver uma barata, sobe na mesa, aos berros. Com
certeza, não é só a barata que ela vê na barata.
Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno.
O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe
aquilo que foi projetado como algo seu que considera indesejável. É um
mecanismo de uso freqüente e observável na vida cotidiana. Um exemplo
é o jovem que critica os colegas por serem extremamente competitivos e
não se dá conta de que também o é, às vezes até mais que os colegas.
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente
convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” da
consciência. Isto é, uma defesa que justifica as outras. Portanto, na
racionalização, o ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para
isto o material fornecido pela cultura, ou mesmo pelo saber científico.
Dois exemplos: o pudor excessivo (formação reativa), justificado com
argumentos morais; e as justificativas ideológicas para os impulsos
destrutivos que eclodem na guerra, no preconceito e na defesa da pena de
morte. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008)
PSICANÁLISE
BOCK, Ana M. B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria L. T. Psicologias: Uma 
introdução ao estudo de Psicologia. Editora Saraiva: São Paulo, 2008, p.368.
LIMA, Andréa Pereira de. O modelo estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta 
de integração entre a psicanálise e a neurofisiologia. Revisões da Literatura. Arch. 
Clin. Psychiatry (São Paulo) 37 (6), 2010. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/gCtpKfnMrZQLCFqxZwDRS3G/?lang=pt#:~:text=N
a%20primeira%20t%C3%B3pica%20de%20Freud,estamos%20cientes%20num%20
dado%20momento.> Acesso em: 07 Mar. 2022.
REFERÊNCIAS
OBRIGADO!
TEORIAS E SISTEMAS
ESCOLAS DE 
PENSAMENTO EM 
PSICOLOGIA
Prof. Esp. Jhonathas Reis
Teorias e Sistemas

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