Buscar

Estratégia Econômica e Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. Visão Sistêmica da Empresa 
Podemos compreender a partir da visão sistêmica que uma organização está inserida em um 
meio ambiente (sistema) e dentro deste passa a ser uma parte integrante que se relaciona com 
todas as partes. Além disso, existem várias forças que atuam sobre este sistema, sejam elas 
internas ou externas. Veja a Figura 1 para compreender um pouco melhor esta ideia: 
 
Figura 1 – Visão Sistêmica da Empresa 
 
Fonte: O autor, 2014 
 
Por meio da Figura 1 pode-se analisar que a empresa está inserida em um macroambiente, no 
qual tem fatores importantes que deverão ser considerados no planejamento empresarial e nas 
estratégias da organização. 
No macroambiente há fatores econômicos que deverão ser considerados, tais como taxa de 
inflação, taxa de emprego, crescimento do produto etc. Ainda há questões políticas a serem 
analisadas, como, por exemplo, a eficiente dos políticos para conduzirem a economia, além 
disso, ainda deve ser analisado o desenvolvimento tecnológico do país. 
Neste mesmo ambiente ainda devem ser considerados aspectos socioculturais na população, 
uma vez que cada região tem suas raízes culturais, além disso, aspectos demográficos, tais 
como taxa de natalidade, população economicamente ativa, densidade população por 
áreas/regiões etc. 
Após analisar o macroambiente é possível analisar o setor de atuação da empresa e nele 
verificar como é o comportamento e estratégias dos concorrentes do mercado, também estudar 
as características sociais e culturais dos clientes para compreender quais são seus desejos e 
necessidades. Somado a tudo isso ainda é preciso analisar os aspectos jurídicos e legais 
determinados pelas entidades sindicais. 
Vamos analisar como uma organização poder ser entendida de forma sistêmica. Na Figura 2 é 
possível notar o sistema de uma empresa. 
 
Figura 2: Sistema da Empresa 
 
Fonte: O autor, 2014 
 
Na Figura 2 observa-se que o sistema de uma empresa tem seu princípio pelas entradas como 
insumos, trabalho, capital, tecnologia etc., isto é, os recursos necessários para empresa 
começar seu processo produtivo. 
Logo após as entradas tem o processamento, ou seja, processo de produção de um produto ou 
um serviço. Nesta fase, a empresa irá dispor de toda a sua estrutura para gerar um produto ou 
serviço final (setores de produção, financeiro, marketing pessoal, marketing e outros). As saídas 
serão os resultados de um processo produtivo e para efeitos didáticos iremos considerar apenas 
como bens e serviços finais. 
 
Questão de Reflexão: 
Como o governo com sua política econômica poderá intervir no sistema de uma 
organização? 
 
 
2. Planejamento Empresarial 
Com o entendimento do que é a visão sistemática das empresas, vamos seguir nosso estudo 
buscando responder à seguinte pergunta: O que vem a ser planejamento empresarial? Esta 
pergunta é fundamental, uma vez que toda organização deverá ter um bom planejamento para 
que seus resultados (saídas) possam ser alcançados da melhor forma possível. 
Logo uma resposta para a nossa pergunta poderá ser: 
Planejamento é a determinação da direção a ser seguida para se alcançar um resultado desejado. É a determinação 
consciente de cursos de ação e engloba decisões com base em objetivos, em fatos e estimativa do que ocorreria em 
cada alternativa disponível. Lacombe (2009, p. 28). 
Podemos notar que o planejamento de uma organização deverá começar pela definição da 
missão e visão até chegar às estratégias para alcançar os objetivos. Deste modo, vamos 
compreender um pouco melhor do planejamento empresarial por meio da Figura 3: 
 
Figura 3: Planejamento Empresarial 
 
Fonte: O autor, 2014 
 
Por meio da Figura 3 vamos compreender cada uma das etapas deste planejamento: 
 
1º Missão – é a primeira diretriz da empresa em termos de planejamento, visto que esta 
define o que se espera da organização, delimitando expectativas de longo prazo e orientando as 
operações. Tem como característica fundamental expressar o desejo do proprietário imposto 
para cumprimento por todos em seu âmbito interno. 
 
2º Análise do ambiente externo e interno – 
 
I. Ambiente Externo: é o mercado no qual a empresa está inserida e nele deverão ser 
analisadas as oportunidades a serem maximizadas e as ameaças a serem minimizadas para que 
se possa ter competitividade no mercado. Deste modo, no ambiente deverão ser considerados 
cenários para observar suas oportunidades e fraquezas. 
Cenário Político – como o sistema político pode afetar o 
desempenho da organização. 
Cenário Econômico – é o ciclo pelo qual a economia está passando, isto é, um período de 
recessão ou crescimento econômico. 
Cenário social – analisar os aspectos socioeconômicos da população, tais como mobilidade das 
classes sociais, população empregada e desempregada. Compreender como questões sociais 
podem afetar a demanda por determinado produto ou serviço. 
Cenário legal – aspectos legais que podem estar relacionados aos acordos comerciais e 
também questões legais que regulamentam os negócios, tais como legislação ambiental, 
acordos de comércio internacional etc. 
Cenário fiscal – como a política tributária pode afetar os resultados econômicos e financeiros 
da empresa no presente e futuro. 
Tecnologia – o desenvolvimento tecnológico irá propiciar o crescimento da organização e, com 
isso fazê-la mais competitiva. 
Concorrência – analisar como as estruturas de mercados podem influenciar no crescimento 
econômico da organização. 
Fornecedores – como serão afetados pelos cenários estudados. 
II. Ambiente Interno: avaliação dos pontos fortes e pontos fracos da organização (âmbito 
interno) e, com isso verificar as formas pelas quais podem ser reduzidos os pontos fracos e 
alavancar os pontos fortes. Os pontos fortes e fracos podem ser analisados nos seguintes 
setores: 
 Setor produção 
 Setor financeiro 
 Setor de marketing 
 Setor comercial 
 Setor de recursos humanos 
3º Objetivos: são resultados que a empresa pretende atingir no futuro. Os objetivos poderão 
ser compreendidos da seguinte forma: 
a) Atributos – é medida selecionada para medir um resultado. Exemplos: retorno sobre o 
patrimônio, taxas de lucros, participação de mercado etc. 
b) Meta – é um valor específico para se medir um resultado. Exemplos: retorno médio 
de investimento de 25% a.a., geração mensal de caixa de R$ 2.000.000,00, distribuição 
trimestral de 20% do lucro e etc. 
4º Estratégias – são os planos de ação que a empresa irá tomar no futuro para alcançar um 
objetivo e também potencializar seus pontos fortes e oportunidades. Por outro lado, este plano 
deverá conter ações para solucionar ou minimizar os pontos fracos da empresa e as ameaças 
que o mercado apresenta. 
5º Controles e Feedbacks – são formas de medir resultados e gerar relatórios dos resultados 
para avaliar se a estratégia da empresa é eficiente. 
 
Saiba Mais: 
No artigo no link abaixo, você poderá continuar seus estudos sobre estratégicas 
empresariais a partir da situação macroeconômica do mercado ao qual uma empresa pode 
estar inserida . 
 
2.2 – Níveis de Planejamento: Estratégico, Tático e Operacional 
http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v4_n1/competitividade_e_estrategia.pdf
Planejamento Estratégico – este planejamento é desenvolvido a partir dos resultados que a 
organização tem por objetivo alcançar no futuro. Normalmente, este tipo de planejamento é 
desenvolvido pela cúpula da empresa, porém este planejamento envolve toda empresa. 
Planejamento Tático – este tipo de planejamento é realizado pelos níveis hierárquicos 
intermediários da empresa. O planejamento tático está focado em atingir os resultados 
prefixados no planejamento estratégico. Por esta razão o planejamento deverá ter estratégias 
para otimizar os recursos da empresa paraalcançar os objetivos. 
Planejamento Operacional – são ações de curto prazo para alcançar os objetivos definidos 
nas seguintes áreas: marketing; produção; recursos humanos; financeiro. Estes setores serão 
atividades diárias para ao longo do tempo alcançar o objetivo da organização. 
Na Figura 4 é possível ainda compreender como são os níveis de planejamento a partir da 
hierarquia da organização. Deste modo, é possível visualizar que o nível hierárquico da empresa 
mais alto é responsável pelo planejamento estratégico e, por conseguinte passa para o nível 
tático e por fim ao nível operacional. 
 
Figura 4: Níveis de Planejamento 
 
Fonte: O autor, 2014 
 
2.3 – Tipos de Planejamento: Período e Projeto 
Planejamento por Período – são planos de ação para um determinado período de tempo. Por 
exemplo, imagine empresas que têm demanda sazonal, tais como sorveterias, floriculturas, 
hotéis etc. 
Planejamento por Projeto – este é um planejamento a partir de projetos que a empresa 
venha desenvolver. Por exemplo, empresas de tecnologia e informática constantemente lançam 
inovações para telefones móveis, televisores, notebooks, tablets e outros aparelhos. Para cada 
inovação foi um planejamento. 
 
Questão de Reflexão: 
Quais agregados macroeconômicos podem ser analisados para o desenvolvimento de um 
planejamento estratégico? 
 
3. Custos de Produção 
Podemos inicialmente entender que gestão de custo é um fator elementar e vital para uma 
organização. Deste modo, o planejamento estratégico de uma organização deverá considerar em 
todo o seu processo os custos inerentes à atividade operacional da empresa. 
Entendendo da relevância dos custos para uma organização, vamos compreender algumas 
terminologias importantes para a contabilidade de custos. Segundo Pinto (2008) existem 
algumas terminologias, tais como: 
a) Gastos: todo dispêndio necessário para gerar a produção de um bem ou serviço. 
b) Custos: gastos necessários apenas para gerar um produto ou serviço. 
c) Despesas: gastos necessários com atividades não relacionadas com a produção. 
d) Perdas: consumo de bens ou serviços que não foram agregados aos produtos e serviços 
finais, ou seja, foi um dispêndio que não trouxe retorno para a empresa. 
e) Investimentos: gastos para aquisição de bens de capital (máquinas, 
equipamentos, software e outros). Realizam-se investimentos para geração de novos produtos e 
serviços. 
Com estas definições podemos compreender que ao tratar de custos de produção estaremos 
considerando todos os gastos relacionados à produção de um bem ou fornecimento de um 
serviço. 
 
Saiba Mais: 
Imagine que para produzir garrafas de sucos de laranja é necessário contratar mão de obra 
para produção do suco, comprar matérias-primas (laranja in natura, água, embalagens, 
adoçante etc.) e ainda locar um espaço para a unidade fabril. Todos estes gastos referem-
se aos custos para produção do suco de laranja. 
 
 
3.1 Classificação dos Custos 
Para Vasconcellos (2002) e Bruni e Famá (2010) os custos podem ser classificados conforme o 
período de tempo e sua relação com a produção. 
Custos variáveis: estes custos estão relacionados com os níveis de produção, isto é, se as 
flutuações de produção irão gerar oscilações de custos ao longo do tempo. 
Exemplo: matéria-prima, energia elétrica da fábrica, embalagens etc. 
Custos fixos: os custos fixo não têm alteração a partir dos níveis de produção a curto prazo, ou 
seja, eles permanecem constantes pelo menos no curto prazo. Porém, estes custos podem 
sofrem alterações a longo prazo. 
Exemplos: aluguel da fábrica, segurança predial (fábrica), limpeza etc. 
3.2 Custos Totais e Unitários 
Custo Total (CT): é o somatório do custo variável com o custo fixo. 
CT = Custo Fixo + Custo Variável 
Custo Médio (CMe): este é o unitário por produto. 
CMe = CT/Q 
Custo variável médio/ unitário (CVme): é razão entre custo variável total e a quantidade 
produzida. 
CVme = CV/Q 
Custo fixo médio /unitário (CFme): é a razão entre o custo fixo total e a quantidade 
produzida. 
CFme = CF/Q 
Custo Marginal (Cmg): é o custo adicional por se produzir mais unidade, isto é, o acréscimo 
no custo total pelo aumento de uma produzida. 
Cmg = ΔCT/ΔQ 
Exemplo: 
Suponha que uma indústria tenha os seguintes dados econômicos para sua produção: 
Tabela 1: Dados Econômicos Hipotéticos de Produção 
Produção CF CV CT Cvme Cfme Cme Cmg 
0 40 0 40 0 0,0 0,0 0 
1 40 25 65 25 40,0 65,0 25 
2 40 28 68 14 20,0 34,0 3 
3 40 33 73 11 13,3 24,3 5 
4 40 36 76 9 10,0 19,0 3 
5 40 40 80 8 8,0 16,0 4 
6 40 54 94 9 6,7 15,7 14 
7 40 84 124 12 5,7 17,7 30 
8 40 128 168 16 5,0 21,0 44 
Fonte: O autor, 2014 
 
Conforme a Tabela 1 é possível verificar que o custo fixo sempre será constante ao longo do 
tempo. Por outro lado, o custo variável e o custo total crescem em função das quantidades 
produzidas. 
Questão Comentada: 
(ENADE-2006) A Empresa CustaKaro Ltda. apresentou, em determinado momento, os dados 
abaixo: 
Produto Alpha Produto Beta 
Margem de Contribuição R$ 380,00 R$ 420,00 
Matéria-prima R$ 240,00 R$ 360,00 
Preço de Venda (líquido dos impostos) R$ 860,00 R$ 900,00 
De acordo com esses dados, qual é o percentual de participação da matéria-prima em relação ao 
custo variável total dos produtos Alpha e Beta, nessa ordem? 
(A) 25% e %50 
(B) 44% e %46 
(C) 50% e %25 
(D) 50% e %75 
(E) 75% e %20 
Gabarito: D 
Com esta questão podemos estudar um conceito novo denominado margem de contribuição, isto 
é, a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis. Com este novo conceito podemos 
começar a resolução da questão. 
Com o conceito de margem de contribuição é possível entender que custo variável para o 
produto Alpha e Beta é apenas a matéria-prima. Assim sendo, o custo variável total é $ 500 
destes 48% ($ 240) são do produto Alpha e 72% ($ 360) do produto B. Siga a regra de 
arredondamento para chegar à resposta correta. 
 
Resumo da Unidade: 
Nesta unidade estudamos os seguintes conteúdos: 
o A visão sistêmica da empresa por meio do seu ambiente interno e externo e, com 
isso foi possível analisar como uma organização elabora seu planejamento 
estratégico para alcançar seus objetivos. 
o Estudo dos custos de produção a partir de suas classificações e comportamento em 
termos operacionais da empresa. 
o O cálculo dos custos por meio de suas equações. 
Estes foram os principais conteúdos estudados, além disso, recomenda-se que continue seus 
estudos por meio dos demais materiais que estão à disposição. 
 
Questão Para o Fórum: 
Como os custos operacionais de uma empresa deverão ser incorporados ao planejamento 
estratégico da organização? 
 
 
Wa2 - Estratégia Econômica e Empresarial 
Caro estudante! 
Nesta unidade iremos começar nosso estudo em relação aos fundamentos para formação do 
preço de venda de um bem ou serviço e, por conseguinte compreender o que é alavancagem 
operacional e financeira. Estes conteúdos são relevantes para entender como uma empresa 
pode elaborar sua estratégia econômica e empresarial. 
 
1. Formação do Preço de Venda 
A formação do preço de venda é algo fundamental e vital para sustentabilidade financeira de 
uma empresa, uma vez que o preço de venda será uma das fontes primárias de receita para 
uma empresa. Logo, a marcação do preço de venda será uma tarefa estratégica e importante 
para a vida financeira da organização. 
1.1 Estratégias Qualitativas para Formação do Preço de Venda 
São inúmeras as estratégias para formação do preço de venda em uma organização com fins 
lucrativos, porém nosso foco inicial será abordar as principais técnicas. Inicialmente iremos 
estudar os aspectos qualitativos para a formação do preço de venda e, posteriormente, iremos 
analisar aspectos quantitativos. 
Para Cogan (2013) os preços poderão ser definidos a partir das seguintesestratégias: 
1. Estratégia de preços distintos; 
2. Estratégia de Preços Competitivos. 
Ainda há outras estratégias segundo este autor, porém para fins didáticos serão consideradas 
apenas estas duas técnicas, uma vez que elas poderão oferecer uma noção clara das principais 
estratégias para fixação de preço. 
1.1.2 Estratégia de Preços Distintos 
Esta é uma estratégia que tem por princípio determinar diferentes preços para diferentes 
mercados e/ou grupo de consumidores, isto é, cada segmento poderá ter um preço distinto para 
o mesmo produto. As formas pelas quais pode ser aplicada esta técnica são: 
Desconto de mercado: o preço será diferente para cada mercado, assim sendo, a empresa 
estará adotando um preço distinto para cada mercado. 
Desnatação: é uma estratégia em que um produto é inserido 
com um valor alto e, com passar do tempo passa a sofrer reduções. Esta situação ocorre, para 
produtos com constantes inovações, tecnologias ou produtos inovadores e/ou inéditos no 
mercado. 
Esta é uma estratégia aplicada em função: 
 Dos custos para produção do bem; 
 Valor percebido que o cliente tem pelo produto; 
 Produtos exclusivos inicialmente e outros fatores. 
Fonte: . Acesso em: 20 jan. 2015. 
http://ecommercenews.com.br/wp-content/uploads/2013/02/financa-ecommerce.jpg
Desconto por períodos: utiliza-se desta técnica para fixar o preço em função do período de 
tempo. Por exemplo, o valor do bilhete em um cinema às quartas-férias tem um valor distinto 
em relação aos demais dias da semana. 
 
Questão de Reflexão 
Como a estrutura de mercado poderá influenciar na estratégia de adotar preços distintos? 
 
1.1.3 Estratégia de Preços Competitivos 
Esta é uma estratégia, na qual se considera o comportamento dos preços dos demais 
concorrentes no mercado. A empresa irá fixar seu preço em função das ações dos seus 
concorrentes. Vejamos as formas para fixação de preços com a estratégia de preços 
competitivos: 
Preços de mercado (igualando a competição): nesta estratégia a empresa iguala seu preço 
aos demais concorrentes. Esta é uma estratégia para empresas que não utilizam o preço como 
diferencial competitivo. 
Preço inferior: neste caso, a organização marca seus preços abaixo dos preços dos seus 
principais concorrentes. A estratégia é aumentar o volume de venda e, com isso aumentar suas 
receitas de vendas a partir das escalas de vendas. 
Liderança em preços: empresas que têm um grande “market share” fixam seus preços em 
determinado nível e as demais empresas passam a segui-lo. Isto ocorre para empresas que são 
líderes em um segmento de atividade. 
Penetração: a empresa lança produtos ou serviços com preços baixos para que possa ganhar 
fatias de mercado e, consequentemente conquistar consumidores para demandarem estes 
produtos ou serviços. Normalmente, ao longo do tempo, os seus preços são reajustados. 
Preços predatórios: alguns produtos ou serviços no mercado já têm preços marcados pela 
tradição dos produtos ou serviços. Por exemplo, o preço do jornal impresso, em muitas regiões, 
este preço segue um determinado padrão de valor por muitas décadas. Nestas situações, o 
consumidor tem demanda inelástica em relação ao preço deste produto, por isso os preços 
deverão ser determinados. 
1.2 Estratégia Quantitativa para Formação do Preço de Venda 
Na seção anterior conseguimos estudar as estratégias qualitativas para formação do preço de 
venda. Cabe ressaltar que neste tipo de estratégia o preço pode ser formado em função da 
percepção de valor do cliente em relação ao produto. 
Nesta seção, nossa preocupação central está em compreender como o preço pode ser formado 
por meio de aspectos quantitativos e, por isso o custo do produto será a base para forma do 
preço. 
1.2.1 Preço baseado no custo integral 
Neste método, o preço é formado com base nos gastos totais para se produzir um produto ou 
serviço, além disso, é adicionada uma taxa de lucro para fixação do preço final (venda). 
1.2.2 Preço com base no custo de oportunidade 
Este é um método que tem por base marcar o preço por meio do custo de oportunidade do 
capital do investidor, ou seja, uma margem (rendimento) sobre o capital investido. Seguindo o 
exemplo de Cogan (2013), vamos compreender este método. 
Suponha que uma empresa deseja um retorno de 18,2% do capital investido de $ 100.000. 
Imagine que a empresa tenha um custo total de $ 9.000 e um volume de vendas de 80.000. 
Desta forma, o preço de venda será definido pela seguinte equação: 
Equação 01: 
 
Para calcular o preço é necessário apenas substituir os valores na equação, com isso tem-se: 
 
Imagine que a empresa aumente sua taxa de retorno sobre o capital para 24% e continue 
comercializando a mesma quantidade de unidades, assim sendo, qual será o novo preço de 
venda? Esta resposta será dada com aplicação da mesma equação para cálculo do preço. 
 
Com o aumento da taxa de retorno sobre o capital, o preço unitário passou de $ 0,34 para $ 
0,41. Porém, a empresa, poderia reduzir seu preço diminuindo sua taxa de retorno sobre o 
capital. 
É importante destacar que em muitas situações taxa de retorno sobre o capital/custo de 
oportunidade está em função da taxa básica de juros (SELIC) na economia, visto que esta taxa 
remunera o capital investido em títulos do governo que têm baixo grau de risco. Deste modo, o 
empresário irá buscar em sua atividade empresarial uma rentabilidade superior a SELIC, caso 
contrário, é mais vantajoso aplicar o seu capital em títulos do governo. 
 
Questão de Reflexão: 
Como um aumento na taxa básica juros (SELIC) pode afetar a formação de preços de uma 
organização? 
 
1.2.3 Preço com Base em Mark Up 
Quando utilizamos o Mark up para formação do preço de venda estaremos aplicando um índice 
sobre os custos de um produto ou serviço que possam cobrir todas as taxas, tributos, despesas, 
ainda uma margem de lucro para empresa (Bruni e Famá, 2002). Vamos exemplificar a 
formação de preço por meio do Mark up: 
Imagine que para produzir o produto modelo CC2 tenham-se os seguintes custos e despesas: 
Tabela 3: Formação do Preço de Venda 
Matéria-Prima 450 
Custos Variáveis 250 
Custo de Produção 700,00 
IPI 20,00% 
PIS 0,65% 
COFINS 5,0% 
Comissões 1% 
Despesas de Administração Fixas 2% 
Despesas de Vendas Fixas 5% 
Despesas Financeiras 4% 
Taxa de Lucro 16,00% 
Total Taxas 53,65% 
Fonte: O autor, 2014 
Fórmula do Mark up para formação do preço de venda: 
Mark up divisor: preço de venda – somatório das taxas 
Mark up divisor: 100% - 53,65% = 46,35% 
Preço de Venda: $ 700 / 0,4635 = $ 1.510,25 
Ainda é possível utilizado o Mark up multiplicador: 
Mark up multiplicador; 1/(somatório das taxas). 
Mark up multiplicador: 1/(0,5365) = 2,1575 
Preço de Venda: $ 700 X 2,1575 = $ 1.510,25 
2. Alavancagem Financeira e Operacional 
Podemos compreender que a alavancagem é a utilização de 
recursos ou gastos fixos com o propósito de aumentar o retorno sobre o capital investido em 
uma atividade econômica. Há dois tipos de alavancagem: 
1. Operacional 
2. Financeira 
3. 2.1 Alavancagem Operacional 
4. Segundo Samanez (2009), a alavancagem operacional é um resultado da existência de 
custos operacionais fixos no fluxo de caixa da empresa. Logo se pode entender que 
alavancagem operacional é a capacidade de usar tais custos operacionais fixos para 
expandir os efeitos das oscilações das vendas sobre o Lajir (lucro ante juros e imposto de 
renda). 
5. Para medir o grau de alavancagem operacional de uma empresa utilizamos da seguinte 
fórmula: 
6. 
7. Onde: 
8. 
9. Ou 
10. 
11. Onde: 
12. CFT = Custo Fixo Total 
13. P = Preço 
14. Q = Vendas (unidades) 
15. Cv = Custo Variável Unitário 
16. 
17. Questão de Reflexão: 
18. É possível uma empresa ter alavancagem operacional para uma empresa que tenha 
custo fixo igual a zero? 
19. 
20. Questão Comentada 
21. ENADE: 2012 
22. Curso: Gestão Financeira 
23. A alavancagem operacionalé um conceito que aborda a variação marginal do lucro 
operacional em função da variação marginal de vendas. A tabela a seguir apresenta os 
resultados operacionais de uma fábrica de alimentos prontos e congelados. 
Item Discriminação R$ 
1 Receita operacional 30.000 
2 Custos variáveis 
2.1 Materiais diretos 8.000 
2.2 Mão de obra direta 4.000 
3 Comercialização 6.000 
4 Custos fixos 7.000 
5 Lucro operacional 
24. Um aumento de 30% nas vendas da empresa resultará em uma alavancagem 
operacional de 
25. a) 212% 
26. b) 176% 
27. c) 108% 
28. d) 72% 
29. e) 30% 
30. Gabarito: d 
31. Resolução: 
Item Discriminação R$ R$ (¿% 30) 
1 Receita operacional 30.000 39.000 
2 Custos variáveis 
2.1 Materiais diretos 8.000 10.400 
2.2 Mão de obra direta 4.000 5.200 
3 Comercialização 6.000 7.800 
4 Custos fixos 7.000 7.000 
5 Lucro operacional 5.000 8.600 
32. 
33. Considerando resultado operacional inicial, o lucro operacional é R$ 5.000 e com o 
crescimento de 30% nas vendas o lucro operacional no segundo período é R$ 8.600. 
Assim sendo, vamos calcular a alavancagem operacional: 
34. 
35. Podemos entender a partir do resultado de 2,4 no GAO que a cada um 1% de 
aumento nas vendas, o lucro líquido irá aumentar 2,4%. Podemos comprovar esta relação 
da seguinte forma: 
36. Aumento nas vendas (30%) X GAO (2,4) = 72% 
37. A variação percentual entre o lucro líquido do primeiro período (5.000) e o segundo 
período (8.600) é 72%, isto é, o aumento no líquido em função do aumento de 30% nas 
vendas. 
38. 2.1 Alavancagem Financeira 
39. A alavancagem financeira poderá ser entendida como a capacidade da empresa em 
aumentar ou reduzir o lucro distribuído aos acionistas em função da utilização dos custos 
financeiros fixos para elevar suas vendas. 
40. Para medir o grau de alavancagem financeira, podemos utilizar a seguinte fórmula: 
41. Fonte: . Acesso em: 20 jan. 2015. 
42. 
43. 
44. Ou 
45. 
46. 
47. Saiba Mais: 
48. Leia Este artigo para compreender um pouco sobre o assunto . 
49. 
50. 2.3 Alavancagem Total ou Combinada 
51. A alavancagem total ou combinada surge da ideia de que todas as empresas têm 
gastos fixos operacionais e também custos e/ou despesas financeiras para conduzirem 
suas atividades econômicas. Desta forma, iremos ter alavancagem total a partir de uma 
combinação entre alavancagem operacional e financeira. 
52. Fórmula: 
53. GAT = GAO X GAF 
54. 
55. Questão de Reflexão: 
56. É possível uma empresa ter um crescimento infinito para alavancagem operacional e 
financeira? Por quê? 
57. 
58. Resumo da Unidade: 
http://queroficarrico.com/blog/wp-content/uploads/2011/09/vida-financeira.jpg
http://www.convibra.org/2009/artigos/195_0.pdf
59. Dentro desta unidade podemos compreender que o preço de uma mercadoria e ou 
serviço poderá ser calculado a partir de técnicas como preço baseado no gasto integral ou 
custo variável e ainda com técnica de “Mark up”. Muitas organizações utilizam esta última 
técnica, uma vez que seu cálculo tem a capacidade de considerar todos os custos e 
despesas de uma forma mais exata e, com isso garantir uma margem de lucro. Todavia, 
as demais técnicas podem e devem ser utilizadas em qualquer empresa. 
60. Fonte: . Acesso em: 20 jan. 2015. 
61. Ainda dentro desta unidade estudamos as formas pelas quais uma empresa pode ter 
alavancagem operacional e financeira. A alavancagem operacional é resultado do uso dos 
custos fixos para aumentar seu resultado operacional e a alavancagem financeira estuda 
os efeitos do capital de terceiros sobre o lucro líquido da organização. E por fim, 
estudamos como uma empresa alcança seu ponto de equilíbrio, ou seja, quando ela tem 
receita para pagar todos os seus custos e despesas. 
62. 
63. Questão para Fórum: 
64. Como a alavancagem financeira pode ser um fator de competitividade para uma 
organização? 
 
 
http://kaminskiavalca.files.wordpress.com/2012/10/2011-03-25-cescimento.jpg

Continue navegando