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BOA PROVA! QUESTÃO 1 (1 PONTO) (OAB) Em procedimento de fiscalização, a Secretaria da Receita Federal do Brasil identificou lucro não declarado por três sociedades empresárias, que o obtiveram em conluio, fruto do tráfico de entorpecentes. Sobre a hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. A) Não caberá tributação e, sim, confisco da respectiva renda. B) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é sanção de ato ilícito. C) Caberá aplicação de multa fiscal pela não declaração de lucro, ficando afastada a incidência do tributo, sem prejuízo da punição na esfera penal. D) imposto sobre a renda é devido face ao princípio da interpretação objetiva do fato gerador, também conhecido como o princípio do pecunia non olet. QUESTÃO 2 (1 PONTO) (CESGRANRIO) A Constituição Federal estabelece inúmeras vedações ao poder de tributar, dentre elas, limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança relativa à(ao) a) pedágio b) multa c) renda d) sanção e) patrimônio QUESTÃO 3 (1 PONTO) (AMEOSC) Analise o trecho a seguir e assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna, de acordo com a Lei nº 5.172/66:“A lei aplica-se a ato ou em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.” a) Fato pretérito. b) Fato operante. c) Fato oculto. d) Fato inexistente. QUESTÃO 4 (1 PONTO) (INST PRO-MUN) De acordo com a Súmula nº 160 do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual “é defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”. Considerando a supracitada súmula e disposições vigentes do Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta: COMPOSIÇÃO DA AV1 TRABALHO DE PESQUISA (VALOR 3 PONTOS) + PROVA (VALOR 7.0 PONTOS) INSTRUÇÕES Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; A postagem da avaliação deve ser feita no TEAMS, na aba “Trabalhos da Disciplina”; O prazo limite para a postagem é até o dia 27.04 às 21:40h; A avaliação é constituída de 5 QUESTÕES OBJETIVAS (CADA UMA VALENDO 1 PT) E 1 QUESTÕES SUBJETIVAS (2PTS). Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. Nota dos trabalhos: CURSO: DIREITO PROFESSOR(A): URÁ LOBATO MARTINS DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO ALUNO(A): KAREN LISE BRAGA DE FREITAS - 201902254848 Nota da Prova: Nota Final: ___________ ____ TURMA: 3002 DATA:27/04/2022 TURNO - NOITE Assinatura Prof(ª).: AV1 a) Atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo representa majoração equiparada a aumento de alíquota; b) Não constitui majoração de tributo, para fins de reserva legal, a mera atualização do valor monetário de respectiva base de cálculo; c) A legalidade estrita abrange, via de rega, a mera atualização monetária de base de cálculo de tributo; d) Não representa majoração de tributo, a mera atualização monetária de alíquotas dos impostos. QUESTÃO 5 (1 PONTO) (FCC) No que diz respeito às taxas é certo que: a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço público, de que decorra valorização imobiliária. b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. c) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do Poder de Polícia. d) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser calculadas em função do capital das empresas. e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de investimento público urgente e de relevante interesse estatal. QUESTÃO 6 (2 PONTOS) Leia o texto a seguir: “Predominante, no imposto de importação, é sua função extrafiscal. Ele é muito mais importante como instrumento de proteção da indústria nacional do que como instrumento de arrecadação de recursos financeiros para o tesouro público. Se não existisse o imposto de importação, a maioria dos produtos industrializados no Brasil não teria condições de competir no mercado com seus similares produzidos em países economicamente mais desenvolvidos, onde o custo industrial é reduzido graças aos processos de racionalização da produção e ao desenvolvimento tecnológico de um modo geral.” (MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 26 ed rev.,atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 303). Tendo o texto acima como norteador responda: a) Qual a diferença entre tributo com natureza fiscal e tributo com natureza extrafiscal? (1pt) O tributo é classificado como fiscal quando a sua função preponderante é a arrecadação de valores para compensar as despesas públicas, tais como: IR (Imposto de Renda), ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A finalidade dos tributos no Brasil, em regra, é que seja de caráter meramente arrecadatório. Porém, o Direito Tributário nacional possui alguns princípios que refletem diretamente na natureza da cobrança do tributo, entre esses princípios destaca-se o da Extrafiscalidade. Raimundo Bezerra Falcão faz uma distinção perfeita entre Fiscalidade e Extrafiscalidade, como adiante se vê: Considerando a tributação como ato ou efeito de tributar, ou ainda, como o conjunto dos tributos, podemos afirmar que: a) a tributação se diz fiscal enquanto objetiva retirar do patrimônio dos particulares os recursos pecuniários – ou transformáveis em pecúnia – destinados às necessidades públicas do Estado; b) tributação extrafiscal é o conceito que decorre do de tributação fiscal, levando a que entendamos extrafiscalidade como atividade financeira que o Estado desenvolve sem o fim precípuo de obter recursos para seu erário, mas sim com vistas a ordenar a economia e as relações sociais, sendo, portanto, conceito que abarca, em sua amplitude, extensa gama de opções e que tem reflexos não somente econômicos e sociais, mas também políticos [...] (FALCÃO, 1981, p. 118) Assim, resta claro que a Extrafiscalidade apresenta-se como instrumento tributário com o objetivo de estimular, coibir ou induzir outros comportamentos, tendo em vista outra finalidade que não a de caráter meramente arrecadatório, mas tendo como escopo valores até mesmo constitucionalmente tutelados. De forma direta, conclui-se que, enquanto os tributos fiscais possuem como função principal arrecadar valores para manutenção do Estado, os extrafiscais são orientados por interesses políticos, econômicos, sociais ou ambientais. b) Há violação ao Princípio da Legalidade se o Presidente pode alterar alíquotas do imposto de importação por Decreto? Fundamente. (1 pt, sendo 0,5 pela resposta e 0,5 pt pela fundamentação). Como visto anteriormente, o imposto de importação é definido como tributo extrafiscal, ou seja utilizado para fins de controle da economia. Neste sentido, assim como outros tributos extrafiscais, este tem função de incentivar ou desestimular a economia nacional, o que acontece por meio do aumento ou diminuição de alíquotas. A Emenda Constitucional nº 42/03 trouxe previsão legal quanto a possibilidade destes tributos serem alterados pelo Executivo, configurando-se, por tanto, exceção ao princípio constitucional da legalidade. De acordo com o princípio da legalidade - artigo 150, I da CF/88 - é vedado à União, aos Estados e aos Municípios, exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça. Contudo, a União Federal, no tocante ao tributo em questão, não precisa cumprir esta determinação, o que significa que apenas nestes casos a instituição ou majoração de tributo poderá ocorrer por mero Decreto. Por tanto, não há violação ao Princípio da Legalidade no que se trata da alteração de alíquotas do imposto de importação por decreto, umas vez que este, porse tratar de tributo extrafical, possui respaldo legal, como foi demonstrado acima.
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