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Prévia do material em texto

Avaliação de 
Impacto Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos 
Ambientais
5
• Introdução
• Fundamentos da metodologia de Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
• Seleção da Metodologia
 · A unidade tem como objetivo apresentar os principais métodos de estudo de 
impacto ambiental para dar subsídios importantes para o profissional de meio 
ambiente coordenar e elaborar um estudo de impacto ambiental e conhecer os 
métodos mais utilizados para esse processo.
Prezado(a) aluno(a),
Nesta unidade, trataremos especificamente dos conceitos e métodos de estudo de impacto ambiental.
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência realizar as atividades 
de fixação dos conteúdos (Atividade de sistematização) e as atividades de interação (Fórum, Reflexiva 
ou Aplicação).
Explore todos os recursos do Blackboard. Não acumule dúvidas, participe, pergunte! 
Bons estudos.
Aproveite ao máximo!
Conceituação e Métodos dos Estudos de 
Avaliação de Impactos Ambientais
6
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
Contextualização
Nesta unidade, apresentamos os principais métodos de estudo de impacto para dar subsídios 
importantes para o profissional de meio ambiente coordenar e elaborar um estudo de impacto 
ambiental e conhecer os métodos mais utilizados para esse processo.
Como sabemos, o estudo de impacto ambiental é um instrumento de planejamento e tem 
como finalidade identificar, prever e interpretar os efeitos de uma determinada ação humana 
sobre o ambiente.
No início da década de 1960, houve a crescente sensibilidade de estudiosos, acadêmicos e 
gestores públicos apontando a necessidade urgente da criação de novos instrumentos capazes 
de complementar e ampliar a eficiência dos já tradicionais estudos de impacto ambiental, 
utilizados no licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos.
Com a consolidação dos conceitos de impactos ambientais, verificou-se que a avaliação 
poderia ser realizada com objetividade, para tanto, a avaliação deve ter características técnica 
regulamentada pelo poder público e traduzida em um documento acessível a vários segmentos 
da sociedade interessadas no processo de licenciamento.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), através da Resolução no 001/86, 
definiu como deve ser feita a Avaliação de Impacto Ambiental (EIA), criando duas figuras 
novas e utilizadas no Brasil: o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto 
Ambiental (RIMA).
7
Introdução
A partir da resolução do Conama, em que ficou instituída a necessidade do EIA/RIMA, 
os instrumentos e métodos apresentaram um aperfeiçoamento tecnológico e técnico. Isso se 
deu tanto em relação às exigências impostas pelo corpo técnico dos órgãos ambientais, como 
pelos avanços obtidos pelas empresas de consultoria que elaboram esses documentos.
Os problemas ambientais hoje são complexos e graves e se questiona o potencial produtivo 
dos ecossistemas e a sobrevivência dos seres vivos. Essa realidade registrada na história 
recente da civilização projeta na atualidade uma discussão entre o modelo de desenvolvimento 
econômico com caráter consumista e a preservação do ambiente.
O Estudo de Impacto ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) foram 
instituídos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) por meio da resolução 
001/86. As atividades que necessitam de licenciamento são elencadas na resolução, e outras 
atividades podem ser estabelecidas pela autoridade ambiental local. O quadro a seguir apresenta 
um resumo dos procedimentos.
Relatório técnico que atenda aos princípios e objetivos da lei deve obedecer 
às seguintes diretrizes gerais:
I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas 
e de localização do projeto, considerando 
inclusive a não execução do projeto;
II. Identificar e avaliar os impactos 
ambientais gerados nas fases de 
implantação e de operação
III. Definir os limites da área a ser direta 
ou indiretamente afetada pelos impactos, 
chamada de área de influência do projeto, 
considerando inclusive a área da bacia 
hidrográfica na qual se localiza
IV. Considerar os planos e programas 
governamentais propostos e em 
implantação na área de influência do 
projeto.
O EIA deverá apresentar o seguinte conteúdo mínimo:
I. Informações gerais do empreendedor 
(identificação, histórico, localização, etc.);
V. Análise dos impactos e suas alternativas 
– Identificação, Previsão de Magnitude 
e Importância dos Impactos Relevantes 
Prováveis;
II. Caracterização do empreendimento 
(objetivos, etapas de implantação, porte, etc.);
VI. Definição de Medidas Mitigadoras dos 
impactos negativos;
III. Área de influência do empreendimento;
VII. Definição de Programa de 
Acompanhamento e Monitoramento dos 
impactos e das medidas mitigadoras.
IV. Diagnóstico ambiental da área de 
influência – análise dos meios Físico, 
Biológico e Socioeconômico;
8
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
O Conama e os conselhos estaduais, desde a resolução, vêm sendo aprimorados e têm 
tornado mais específico os métodos usados no EIA/RIMA. Esse resultado institucional e 
técnico é resultado das experiências vividas ao longo dos anos, tornando mais consistentes 
as análises técnico-administrativas e possibilitando a redução dos prazos do processo 
decisório.
Esse progresso é um esforço conjunto entre universidades e várias associações de 
profissionais da área ambiental. Com os desafios ambientais e socioeconômicos, são 
necessárias ainda mais rapidez e determinação no caminho do aperfeiçoamento dos 
métodos para estudos de impactos ambientais. Apresentaremos a seguir os principais 
métodos utilizados e onde se aplicam.
Fundamentos da metodologia de Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA)
Existem muitos métodos disponíveis para a avaliação de impacto ambiental, muitos 
são resultados de outros já existentes. Temos métodos adaptados de técnicas de 
planejamento regional, de estudos econômicos ou estudos de ecologia. Podemos dar 
como exemplo a análise de potencialidade de utilização do solo e de usos múltiplos 
de recursos naturais. Alguns foram concebidos considerando-se os requisitos legais 
envolvidos, como o Método das Matrizes e das Redes de Interação. Os métodos 
são necessários para disciplinarem os raciocínios e os procedimentos destinados a 
identificar os agentes causadores e as respectivas modificações decorrentes de uma 
ação ou conjunto de ações (BRAGA, 2005).
No entanto, os métodos passaram a se tornar cada vez mais específicos à medida que o 
conhecimento foi se aprofundando, permitindo tipificar causas e efeitos correspondentes 
nos diferentes segmentos do ambiente, em face de intervenções também específicas. Hoje 
temos métodos bastante elaborados e detalhados para avaliar impactos de empreendimentos 
dos mais diferentes tipos, como usinas e indústrias com vários processos de produção; 
rodoviárias; habitacionais; obras hidráulicas e sanitárias; etc.
No caso do Brasil, considera-se um método mais adequado quanto maior a utilidade 
para dar suporte ao conjunto de atividades e produtos legalmente exigidos na execução 
dos EIAs/RIMAs , tornando- os adequados ao processo de apreciação pelos técnicos e 
o público interessado.
Embora existam muitos métodos para a avaliação de impacto ambiental, nenhum 
abrange todas as atividades ou possibilita a análise de quaisquer tipos de projetos ou 
sistemas ambientais.
Munn, apud Braga, resume como atributo desejável de um método sua capacidade de 
atender às seguintes funções na avaliação de impactos:
9
A Identi� cação
B Predição
C Interpretação
D Comunicação
E Monitoramento
Outro aspecto importante é que o método caracterize os impactos, a sua relevância e 
magnitude.
Ainda assim, um método que atendesse a todas ascaracterísticas referidas, mas fosse 
inadequado no processo decisório por ser de difícil comunicação fora do aspecto técnico, 
já não cumpriria a função fundamental que se espera dele. No entanto, as técnicas de 
comunicação, algumas delas elaboradas para facilitar a comunicação em audiências 
públicas para avaliação de impactos ambientais, a facilidade de estabelecer a comunicação 
e favorecer o entendimento do público podem ser fatores fundamentais na decisão do 
método a ser utilizado.
Para o conhecimento e formação do estudante, vamos descrever a seguir os principais 
métodos de avaliação de impacto ambiental.
Método Ad Hoc
No método Ad Hoc, o foco está em reuniões que são promovidas com técnicos e cientistas 
especializados, com conhecimentos teóricos e práticos na área do empreendimento analisado.
Em tais reuniões, podem ser utilizados questionários que são respondidos previamente 
pelas pessoas com interesse no assunto e circunstancialmente com formação científica ou 
profissional com relação ao tema sob análise, para subsidiar os pareceres dos especialistas.
As reuniões são direcionadas para permitir uma visão integrada das questões ambientais, 
no sentido de se obter o mais rápido possível as informações a respeito dos impactos 
prováveis para possibilitar a classificação de alternativas. No entanto, tal método é passível 
de críticas, em razão da subjetividade envolvida nas opiniões e do risco de ser tendencioso 
desde a avaliação até e escolha dos participantes.
Em resumo, esse método apresenta:
Vantagens É um método rápido para identificar os prováveis impactos e viabilizar a aplicação, mesmo com poucas informações.
Desvantagens É um método vulnerável aos itens subjetivos e tendencioso na escolha dos participantes.
10
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
A seguir, um exemplo bem resumido de uma tabela que ilustra a aplicação desse método, 
qualificados os impactos sobre alguns componentes ambientais.
Impacto Ambiental
ÁREA AMBIENTAL EL EP EN B EA P CP LP R I
Vida selvagem x x x
Espécies
ameaçadas
x
Vegetação x x x
Vegetação
exótica
x
Características
do solo
x
Drenagem natural x
Água subterrânea x X
Ruído x x
Áreas virgens x x x x
EL – Efeito Nulo EP – Efeito Positivo EN – Efeito Negativo B – Efeito Benéfico EA Efeito Adverso 
P – Problemático CP – Curto Prazo LP – Longo Prazo R – Reversível I – Irreversível
Método das Listagens de Controle
As listagens de controle são uma evolução natural do método anterior. Especialistas preparam 
uma lista de fatores ambientais com um potencial de afetar o meio ambiente pelas ações propostas. 
Essas listagens tornaram-se disponíveis para os empreendimentos e acessíveis por meio da 
bibliografia especializada.
Em resumo, esse método apresenta:
Vantagens Aplicação simples e uma reduzida exigência na informação e dados.
Desvantagens Esse método não faz a previsão ou identifica impactos de segunda ordem.
11
Listagens Descritivas
Esse método é muito utilizado para orientar a elaboração de avaliações de impacto ambiental. 
A listagem descritiva correlaciona ações, componentes ambientais e as características que 
podem ser modificadas. Esse método reúne informações sobre técnicas mais adequadas de 
medição e previsão dos indicadores ambientais e a ponderação relativa dos impactos.
Vamos apresentar um exemplo de listagem de controle descritiva empregada em estudo 
de impacto ambiental. Nesta tabela apresentamos parte de uma variante diferente de uma 
listagem de controle. Os impactos potenciais estão relacionados na primeira coluna e as 
respectivas fontes de informações e técnicas de previsão a serem utilizadas para avaliação 
são mostradas na coluna seguinte.
Impactos Potenciais
Dados necessários
Fontes de Informação
Técnicas de previsão
Qualidade do ar/Saúde
Alterações nas concentrações de poluentes no 
ar pela frequência de ocorrência e número de 
pessoas ameaçadas.
Concentrações atuais ambientais, emissões 
atuais e previstas, modelos de dispersão, mapas 
demográ� cos.
Qualidade do ar/ Incômodo
Alterações na ocorrência de incômodos visuais 
(fumaça, névoa) ou odores e número de pessoas 
afetadas.
Alterações dos níveis de ruído e frequência da 
ocorrência e número de pessoas incomodadas.
Amostragens junto aos cidadãos, processos 
industriais previsíveis, volume de tráfego.
Alterações no trafego ou outras fontes de ruído 
e em barreiras de som: modelos de propaganda 
de ruídos, nomógrafos, relacionando níveis de 
tráfego, barreiras, etc. Pesquisas e amostragens 
junto aos cidadãos ou atual opinião quanto aos 
níveis de ruído.
Qualidade da água
Alterações nos usos permitidos ou tolerados da 
água e número de pessoas afetadas, por corpo de 
água relevante.
E� uentes existentes e previstos, concentrações 
atuais ambientes, modelos de qualidade da água.
Parte de uma listagem de controle descritiva – Fatores Ambientais (SILVEIRA e MOREIRA, apud BRAGA, 2005).
Listagens Comparativas
A listagem comparativa é uma evolução das anteriores. Houve, no entanto, a incorporação 
de critérios de relevância aos indicadores ambientais. Correntemente, essas listagens são 
específicas para cada caso em estudo. Nesse tipo, a relevância do impacto é explicada 
numericamente ou por letras em relação ao nível de impacto considerado significativo. Em 
alguns modelos do método, a duração do impacto também é considerada. Normalmente, a 
intensidade cresce com o número ou ordem alfabética da letra.
12
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
Nos Estados Unidos, foi desenvolvido um tipo de listagem comparativa que passou 
a ser usado frequentemente em vários países. O US Forest Service desenvolveu uma 
listagem associada a critérios de relevância, composta de fatores ambientais, bem como 
socioeconômicos, qualidade da água e habitats e vida selvagem, acompanhados de fatores 
desejáveis ou que sejam padrão para cada um deles (SILVEIRA e MOREIRA, 1987, apud 
BRAGA, 2005).
Assim que o impacto previsto ultrapassa os valores estabelecidos, apresenta-se uma situação 
a ser considerada na análise ambiental.
Principais características desse método:
Padrões estabelecidos dependendo das características 
do empreendimento, critérios de relevância e fatores 
ambientais;
A dimensão em relação ao tempo é considerada;
Ao aplicar esse método, é possível estabelecer a 
hierarquia dentre as alternativas quanto aos impactos 
introduzidos por cada uma sobre os diversos 
componentes ambientais. Ele, no entanto, não revela 
qual a hierarquia das alternativas no total dos impactos.
Listagens em questionário
A listagem em questionário procura resolver uma falha dos métodos anteriores, os 
quais consideram os impactos de um projeto isoladamente, sem levar em consideração as 
interdependências.
São realizados questionários com instruções para preenchimento e a classificação dos 
impactos resultantes das ações descritas. A listagem é separada em categorias genéricas 
como doenças, ecossistemas aquáticos, etc.
Listagens ponderais
As listagens ponderais são uma evolução das listagens de controle comparativas. São 
conhecidas como método de Battelle, que melhor representa as listagens ponderais.
É um método baseado na listagem de parâmetros ambientais. Nas listagens ponderais, 
é colocada em uma atribuição de pesos a importância de cada um dos parâmetros em 
relação à soma dos impactos do empreendimento. Uma equipe multidisciplinar é solicitada 
para obter a distribuição de pesos entre os parâmetros e desenvolver as funções e valores 
dos índices de qualidade ambiental.
13
O método de avaliação ambiental de Battelle é o mais expressivo das listagens ponderais, 
apresentando as seguintes características principais:
Ao mesmo tempo é abrangente e seletivo;
Muito objetivo para comparar alternativas;
Não permite a interação dos impactos;
Permite a previsão de magnitude;
Não distingue a distribuição temporal.
Os métodos que apresentam pesoscomo medida de avaliação dos impactos têm algumas 
fragilidades, como:
Com a transformação em números, uma parte 
das informações se perde. Não se sabe se os pesos 
que foram dados aos atributos ambientais serão 
representantes na realidade futura;
A distribuição dos impactos entre os diferentes 
segmentos da população não é identificado;
As medidas para a atenuação dos impactos não são 
evidenciadas.
Método da Superposição de Cartas
É um método de confecção de cartas temáticas referente aos fatores ambientais que são 
afetados pelas alternativas, como tipo de solo, cobertura vegetal, geologia, etc. Os resultados 
que são produzidos das informações são elencados de acordo com o conceito de fragilidade, 
dando origem às cartas de restrição ou potencial de uso.
Com a ampliação da computação gráfica e sensoriamento associada a sistemas de 
informações geográficas digitalizadas, esse método tem ganhado bastante espaço. Hoje é 
possível a produção de cartas de restrição de aptidão que são permanentemente atualizadas.
Método de Redes de Interação
Com a necessidade de identificar os impactos indiretos ou de ordem inferior, surgiram 
as redes de interação. Os impactos primários ou diretos são os impactos provenientes do 
projeto, como obras e equipamentos, e os impactos indiretos são os impactos decorrentes 
do resultado do projeto, como a mudança de intensidade do tráfego. Os impactos diretos são 
mais fáceis de avaliar, já para os indiretos a dificuldade de avaliação é maior, pois são induzidos 
e dependentes de uma previsão, com um número maior de variáveis.
Uma das maiores vantagens desse método é a identificação das ações que vão contribuir 
para a magnitude do impacto, no entanto, da forma que as redes são construídas, só abrangem 
os impactos negativos.
14
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
Método das Matrizes de Interação
Esse método é a evolução das listagens de controle. Os fatores ambientais são dispostos 
em coluna, e em linha as ações decorrentes de um projeto. É possível relacionar os 
impactos de cada ação nas quadrículas resultantes do cruzamento das colunas com as 
linhas, preservando-se as ações de causa e efeito (BRAGA, 2005).
Cada uma das ações é elencada nas filas das matrizes e ao percorrê-las, consegue-se 
detectar as potencialmente responsáveis pelo maior número de impactos. Para configurar o 
potencial de impacto de cada ação, são utilizados indicadores que qualificam ou quantificam 
os impactos, podendo-se, então, propor medidas mitigadoras aos impactos adversos ou 
amplificar os impactos benéficos.
No entanto, as matrizes são tão vulneráveis e sujeitas a riscos como todos os métodos já 
vistos, pois as dificuldades para definir critérios de relevância e ponderação de indicadores 
ambientais as colocam nessa posição.
Uma das matrizes mais utilizadas é conhecida como Matriz de Leopold. É realizado 
o cruzamento de 88 componentes (ou fatores) ambientais e 100 ações potencialmente 
alteradoras do ambiente, resultando em 8.800 quadrículas (BRAGA, 2005). São indicados 
algarismos que variam de 1 a 10 em cada uma dessas quadrículas e que correspondem à 
magnitude e à importância do impacto. O número 1 corresponde à condição de menor 
magnitude, ou seja, mínimo de alteração ambiental e de menor importância, ou seja, 
mínima significância da ação sobre o componente ambiental considerado. Já o número 10 
corresponde aos valores máximos desses atributos. O sinal + ou – na frente dos números 
mostra se o impacto é benéfico (+) ou adverso (-). Como nos demais métodos anteriores, 
esses valores apresentam o risco da subjetividade.
Nesse método, cabem também muitas das observações feitas a outros métodos, como, 
por exemplo:
A generalidade da abrangência limita a aplicabilidade 
caso a caso;
Com esse método, chega-se a uma matriz com uma 
quantidade muito alta de quadrículas preenchidas, 
dificultando a interpretação e a visualização dos 
impactos, sendo, portanto, necessária uma nova 
seleção para eliminar os de menor significância;
A matriz foi gerada para projetos com impactos 
e por territórios de grandes extensões, não sendo 
eficiente no caso de projetos urbanos.
15
Método dos Modelos de Simulação
Modelos de simulação matemáticos com finalidade de representar a realidade, a estrutura 
e o funcionamento dos sistemas ambientais, inter-relacionando os fatores físicos, biológicos e 
socioeconômicos (BRAGA, 2005). Esses modelos são baseados na definição de objetivos, na 
escolha das variáveis estabelecendo a interpretação dos resultados.
Ao fazer as simulações para as várias alternativas, conhece-se o estado ambiental antes 
e depois da implantação de cada alternativa, através das variáveis que caracterizam cada 
componente ambiental.
Esse método apresenta as seguintes desvantagens:
Existe a dificuldade de encontrar dados disponíveis 
com a representatividade que o desenvolvimento do 
modelo necessita;
Necessidade frequente de empregar relações 
simplificadas entre as variáveis, por conta da 
complexidade dos fenômenos representados ou por 
limitações computacionais;
Dificuldade de incorporar fatores como os fatores 
estéticos, sociais e outros;
Possibilidade de induzir as decisões.
Apesar dessas restrições, esses modelos de simulação são bem versáteis para comparar 
alternativas, permitindo fazer projeções temporais, e promovem a comunicação interdisciplinar 
incorporando as variáveis (BRAGA, 2005).
Método da Análise Benefício-Custo
Com a prática, a segunda das variantes foi consagrada como a mais adequada nas avaliações 
para os aspectos ambientais.
Esse método apresenta, no entanto, várias dificuldades. Essas dificuldades estão relacionadas 
à avaliação sob um mesmo padrão de medida, o monetário, dos bens de serviços ambientais 
gerados e dos bens de serviços utilizados ou comprometidos pelo projeto (BRAGA, 2005).
Método da Análise Multiobjetivo
Esse método está baseado na definição dos objetivos que deverão ser considerados em uma 
situação de decisão. De forma geral, o método multiobjetivo pode ser colocado em forma de 
hierarquia, ou seja, um objetivo muito genérico pode ser atendido por objetivos específicos que 
são quantificados por atributos. Atributos podem ser entendidos como um aspecto mensurável 
de julgamento pelo qual uma variável de decisão pode ser caracterizada.
16
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
Seleção da Metodologia
A seleção da metodologia escolhida para a avaliação dos impactos ambientais é específica 
para cada caso que se apresenta e deve partir da comparação entre os métodos de aplicação 
existentes. Os métodos que estudamos utilizam técnicas diversas para a qualificação e 
quantificação dos impactos, assim como para comparar as alternativas de projeto.
Ao se analisar cada um dos métodos apresentados, ficam em evidência os diferentes graus 
de subjetividade envolvidos na sua aplicação e as dificuldades de quantificação.
O melhor caminho para a seleção do método mais adequado a ser utilizado na avaliação 
ambiental é o diálogo entre os profissionais que possuem formação ambiental, e que estão 
familiarizados com as tecnologias, e os especialistas envolvidos no empreendimento.
Independentemente do tipo de método escolhido, a AIA consiste em classificar os impactos 
ambientais. Conforme determinado no Inciso II do Artigo 6º da Resolução CONAMA nº 
01/86, a análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas deve ser realizada 
através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis 
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), 
diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu 
grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e 
benefícios sociais.
17
Material Complementar
Sites:
Para aprofundar seus estudos em Avaliação de impactos ambientais,segue 
tese de doutorado de Hugo Rogério Stamm, apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Industrial da Universidade Federal de Santa Catarina: 
STAMM, Hugo Rogério. Método para Avaliação de Impacto Ambiental 
(AIA) em projetos de grande porte: estudo de caso de uma usina termelétrica. 
Tese de doutorado, 284 fl. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Industrial 
da Universidade Federal de Santa Catarina Disponível em:
https://goo.gl/Lhtg4Z
Leituras:
Outro dado interessante é que 76,4% dos estudos ambientais avaliados (RIMAS) 
utilizaram algum tipo de matriz como técnica de avaliação de impactos ambientais. 
Acesse o estudo através do link:
https://goo.gl/TjtQTX
Acesse o Caderno de Licenciamento Ambiental elaborado pelo Ministério do 
Meio Ambiente através do link:
https://goo.gl/ofyJYW
18
Unidade: Conceituação e Métodos dos Estudos de Avaliação de Impactos Ambientais
Referências
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2005.
PHILLIPHI, A. et. al. Curso de gestão ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004.
BASSO, L. A.; Verdum, R. Avaliação de Impacto Ambiental, Eia e Rima como instrumentos 
técnicos de gestão ambiental. Porto Alegre: Ed. da Universidade UFRGS, 2006. 
21
Anotações

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