Avaliação de impacto ambiental

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Avaliação de impacto ambiental
Prof.ª Vânia Valéria Ferreira, Profª. Alessandra Cardoso
Descrição
A história da avaliação do impacto ambiental, os tipos de métodos de
avaliação do impacto ambiental, a avaliação e a seleção do método e os
riscos, a incerteza e a irreversibilidade.
Propósito
Reconhecer os métodos que podem ser utilizados para eliminar e/ou
mitigar os impactos ou os danos de uma atividade produtiva, pois o
conhecimento sobre os riscos e o método de controle contribuem para
uma efetiva atuação do profissional com foco no desenvolvimento
sustentável.
Objetivos
Módulo 1
Histórico da avaliação do impacto ambiental
Reconhecer a história da avaliação do impacto ambiental.
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Módulo 2
Métodos de avaliação ambiental
Distinguir os tipos de métodos da avaliação ambiental.
Módulo 3
Avaliação e seleção de métodos
Identificar a avaliação e a seleção de métodos.
Módulo 4
Riscos, incerteza e irreversibilidade
Identificar os riscos, a incerteza e a irreversibilidade.
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Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo a seguir e
compreenda a avaliação do impacto ambiental e seus métodos
de preservação.
1 - Histórico da avaliação do impacto ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a história da avaliação do impacto
ambiental.

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Vamos começar!
Fatos históricos da avaliação de
impacto ambiental
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais fatos históricos da
avaliação de impacto ambiental.
Compreendendo o impacto
Reconhecida mundialmente, a crise ambiental em nome do
desenvolvimento econômico exige mudanças relevantes em relação à
capacidade limitada dos recursos naturais existentes no mundo. Ao
longo da história, o planeta Terra passou a produzir sinais
inconfundíveis em resposta à má utilização de seus recursos.
Acontecimentos como o derretimento das calotas polares, o buraco na
camada de ozônio, o efeito estufa, a extinção de espécies, entre outros,
despertaram a preocupação com o impacto ambiental que por certo

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tempo foi romantizada.
Realizando uma análise histórica da linha do tempo da humanidade,
pode-se evidenciar que um dos fatores que mais contribuíram para o
impacto ambiental foi o crescimento populacional pois, devido à
satisfação de suas necessidades, está ocorrendo a diminuição dos
recursos naturais nos dias atuais e como resultado estamos
vivenciando um cenário da crise ambiental.
Podemos destacar a avaliação de três fatores condicionantes da crise
ambiental: população, recursos naturais e poluição.
População
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2022, o
planeta Terra superou a marca de 8 bilhões de habitantes.
Mesmo crescendo em um ritmo mais lento, a previsão é de uma
população com 8,5 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões em 2050. Entretanto,
esse crescimento populacional não para por aí. No dia 11 julho, Dia
Mundial da População, a ONU divulgou no relatório World Population
Prospects 2022 que a estimativa para os anos de 2080 a 2100 será de
uma população mundial com cerca de 10,4 bilhões de pessoas.
Crescimento populacional.
O rápido crescimento populacional traz consigo uma grande
preocupação com temas relacionados à fome, à desnutrição, à
assistência à saúde, à educação e, principalmente, à manutenção dos
recursos naturais.
Re�exão
Se tudo que temos depende dos recursos naturais, como garantiremos
esses recursos para as gerações futuras? O fato é: se não houver
conservação, preservação e ações de melhorias, teremos um futuro
incerto.
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Dentro da reflexão sobre crescimento populacional, cabe mais um
questionamento: até quando o planeta Terra pode oferecer recursos
para sobrevivência dos seres humanos? Diante desse questionamento,
vamos avaliar a importância do desenvolvimento humano sobre a
utilização dos recursos naturais.
Recursos naturais
Necessários para nossa continuidade, os recursos naturais são
primordiais no dia a dia. Ao analisar a linha do tempo da civilização, a
utilização desses recursos era essencial para a sobrevivência do
homem pré-histórico, que tinha como hábito: a pesca, a construção de
moradia, a realização de pinturas em caverna, a construção de
ferramentas para utilidades diárias etc.
Atividades do homem na Pré-História.
Em pleno século XXI, os recursos mencionados continuam sendo
essenciais para nossa sobrevivência. É por meio desses recursos,
desses elementos da natureza, que as pessoas se alimentam, produzem
vestuário e remédio, locomovem-se, entre outros.
Recursos naturais.
Os recursos naturais são elementos biológicos, hídricos, minerais e
energéticos existentes na natureza e úteis para suprir as necessidades
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humanas, assim como para realizar atividades produtivas, sendo
fundamentais no processo do desenvolvimento econômico.
Classificados como renováveis e não renováveis, os recursos naturais
precisam sem conservados e preservados, porque podem esgotar caso
sejam utilizados indevidamente.
Recursos naturais
renováveis
São aqueles que
possuem capacidade de
regeneração. De forma
simplificada, são
recursos inesgotáveis,
como a radiação solar,
ou aqueles que têm sua
capacidade de
renovação garantida
pela natureza, como é o
caso da água, e os que
são renovados pela
antrópica, como é o
caso do cultivo.
Recursos naturais não
renováveis
O próprio nome já
sugere, são aqueles que
não possuem
capacidade de
regeneração, ou seu
processo de renovação
é muito lento, como é o
caso do gás natural que
leva milhares de anos
para se renovar.
Qual é a importância da conservação e da preservação desses
recursos? O consumo acelerado e descontrolado propicia impactos
condenáveis nestas três áreas:

 Ambiental
Extinção de espécies da fauna e da flora.
 Econômica
Produção de alimentação e cultivo (degradação do
solo).
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Poluição
A palavra poluição passou a ser conhecida devido ao meio acadêmico e
logo foi associada a componentes nocivos definidos como poluentes.
Desde então, a poluição é compreendida como uma forma danosa ao
ser humano, sendo associada a algo sujo. Contudo, poluição abrange
um conceito bem mais expressivo que envolve ações antrópicas ou
fatores naturais.
Pode-se conceituar poluição como alterações
químicas, físicas e/ou biológicas que afetam o meio
ambiente e que podem ocorrer de forma natural
(tsunami) ou por causa da ação do homem (descarte
inapropriado de resíduos sólidos).
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), por meio da Lei
nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, define poluição como a degradação
da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.
Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas.
Afetem desfavoravelmente a biota e as condições estéticas ou
sanitárias do meio ambiente.
Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos.
Princípios da avaliação do impacto
ambiental (AIA)
 Saúde
Desmatamento (poluição do ar versus problemas
respiratórios).11/26/23, 9:03 PM Avaliação de impacto ambiental
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Impacto ambiental
Foi por meio do crescimento demográfico e das diversas formas de
utilização dos recursos naturais, durante toda a evolução histórica da
humanidade, que ocorreram as alterações na quantidade e na qualidade
dos recursos. Tais alterações atualmente são encaradas como um dos
grandes desafios mundiais para a conservação, a preservação, o
controle e a mitigação dos efeitos negativos da poluição. Entretanto,
quando o tema é impacto, não há somente o efeito negativo. Impacto
também está relacionado à positividade, a trazer benefícios.
Impacto ambiental, conforme a Resolução nº 1/86 do Conama, é
definido como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas
e/ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
as atividades sociais e econômicas; a biota, as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais”.
Ainda com base na resolução, o impacto pode ser positivo ou negativo
(adverso), proporcionando ônus ou benefícios sociais.
Avaliação do impacto ambiental
Após diversas ações que remetem ao impacto ambiental, houve a
necessidade de gerir essas intervenções, e para tal foi criado o
instrumento conhecido como avaliação dos impactos ambientais, ou,
simplesmente, AIA.
Saiba mais
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O termo avaliação dos impactos ambientais, ou AIA simplesmente, foi
originado da Lei Federal dos EUA, National Environmental Policy Act of
1969 (NEPA) (em português, Lei de Política Ambiental Nacional), que
instituiu a obrigação de a avaliação dos impactos ambientais ser
inserida em propostas legislativas e em ações.
A Associação Internacional para Avaliação de Impactos (IAIA) define a
AIA como o “processo de identificação, previsão, avaliação e mitigação
dos efeitos relevantes — biofísicos, sociais e outros — de propostas de
desenvolvimento antes de decisões fundamentais serem tomadas e de
compromissos serem assumidos”, que de forma técnica e
fundamentada no arcabouço legal e institucional tem com foco:
Disponibilizar informações em processos decisórios, no que diz
respeito à elaboração de proposta para proteção dos meios
biofísico, social, econômico e institucional.
Garantir a participação das partes interessadas nos processos
decisórios.
Assegurar a capacidade de regeneração dos sistemas naturais.
Apresentar metodologias e técnicas para monitoramento e
mitigação dos impactos adversos.
Fornecer subsídios para o desenvolvimento sustentável.
A AIA tornou-se um instrumento de identificação e de análise dos
possíveis impactos ambientais oriundos das atividades produtivas. A
realização da avaliação dos impactos foi ao longo do tempo ganhando
adeptos (confira tabela a seguir) e outras instituições internacionais,
como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OECD), a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) começaram a trabalhar com a AIA para seus
programas de cooperação econômica.
Local/Ano Instrumentos legais
Canadá — 1973
Conselho de ministros estabelece
processo de avaliação e exame
ambiental em 1973. Lei Canadense de
Avaliação Ambiental sancionada em
1992 e modificada em 2012.
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Local/Ano Instrumentos legais
Nova Zelândia —
1973
Procedimentos de proteção e de
melhoria ambiental.
Australia — 1974
Lei de Proteção Ambiental (impacto
de propostas), modificada em 1987.
Rússia — 1989
Comitê Estatal de Construção —
estabelece a apresentação de uma
“avaliação documentada de impacto
ambiental”.
Espanha — 2010
Lei 6/2010 — modificação da Lei de
Avaliação de Impacto Ambiental de
Projetos.
Holanda — 1987 Decreto sobre AIA, modificado 1994.
Alemanha — 1990
Lei de Avaliação de Impacto
Ambiental, modificada em 2010.
República Tcheca —
1992
Lei 244, sobre a AIA. Decreto
499/1992 sobre competência
profissional e procedimentos para
avaliação de impactos.
Hungria — 1995
Lei Ambiental, incluindo um capítulo
sobre a AIA.
Hong Kong — 1997 Lei de AIA.
Tabela: Introdução da AIA em alguns países.
Adaptado de Sanchez, 2013.
Em território brasileiro, a utilização da AIA ocorreu antes da existência
de uma legislação que obrigasse e definisse critérios básicos para a sua
realização. Acompanhe o transcurso a seguir:
1972
Para financiar o projeto da
hidrelétrica de Sobradinho, o
Banco Mundial solicitou a
li ã d li ã d
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Outra questão conceitual importante de ser abordada é a avaliação
ambiental estratégica (AAE). Por vezes confundida com AIA, é um
instrumento de política ambiental, de acordo com a definição do
Ministério do Meio Ambiente, que tem por objetivo auxiliar,
antecipadamente, os tomadores de decisões no processo de
identificação e avaliação dos impactos e dos efeitos, maximizando os
positivos e minimizando os negativos, de uma dada decisão estratégica.
Resumindo
A AAE é um processo sistemático que tem como foco a avaliação dos
impactos ambientais com visão estratégica que contribui para a
integração ambiental e a avaliação de riscos, objetivando a criação de
métodos para a integração ambiental e a avaliação de riscos com ações
realização de uma avaliação de
impacto ambiental.
1981
Por meio da Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA), a
avaliação de impacto ambiental
foi estabelecida no país como
um instrumento de controle
preventivo dos danos ambientais
nas atividades com
potencialidade de degradação
do meio ambiente.
1981
No mesmo ano, e por meio da
mesma lei, foi instituído o
Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), que tem
como finalidade assessorar o
Conselho do Governo e os
demais órgão nas diretrizes
sobre normas-padrão para o
meio ambiente.
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associadas à formulação de políticas, planos e programas usualmente
chamados de PPPs.
Utilizando o método de abordagem política top-down que se apoia nos
PPPs, ou ainda, métodos de abordagem de projetos bottom-up que
abordam os procedimentos de avaliação de impacto ambiental de
projetos, a AAE precede o licenciamento ambiental e é um instrumento
de suma importância que, por meio de técnicas como listagens de
controle, matrizes e redes de interação, auxilia a tomada de decisão em
relação às grandes áreas.
Top-down
De cima para baixo. Perspectiva burocrática na qual há comando de níveis
hierárquicos altos, sem questionamento pelos níveis hierárquicos mais
baixos.
Bottom-up
De baixo para cima. É uma perspectiva política que ocorre de algo
específico para algo amplo. Ou seja, faz-se a análise de assuntos
individuais, e após isso juntam-se tais análises para se conseguir
compreender o todo.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O uso racional dos recursos naturais é um fator determinante para o
aumento da produtividade e, ao mesmo tempo, para a garantia de
regeneração e de conservação para as futuras gerações. Esses
recursos, que com o passar dos anos foram sendo cada vez mais
utilizados de forma incontrolável pelo homem, são classificados
como
A mistos e simples.
B renováveis e não renováveis.
C puros e compostos.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Renováveis são aqueles que se renovam no tempo de vida dos
humanos. Já os não renováveis são aqueles que não se renovam no
tempo de vida dos humanos.
Questão 2
Com a crescente preocupação ambiental, o Brasil e o mundo
passaram a adotar instrumentos de proteção ambiental. Um desses
instrumentos foi a avaliação dos impactos ambientais, ou
simplesmente AIA, que ao longo do caminho foi ganhando adeptos.
Países e instituições começam a implementar a AIA para seus
programas de cooperação econômica. Marque a alternativa que
indica uma dessas instituições.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O BID é um banco internacional americano que financia projetos
para mitigação dos impactos ambientais pelo mundo. Ele faz isso
D longos e curtos.
E pequenos e grandes.
A Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
B Banco do Brasil
C Banco Inter
D Comitê Estatal de Construção
E Conselho Internacional da Construção
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por meio do instrumento AIA, que verifica antecipadamente se os
impactos ambientais de determinada atividade são positivos ou
negativos. O AIA é composto pelo estudo de impacto ambiental
(EIA) e pelo relatório de impacto ambiental (RIMA).
2 - Métodos de avaliação ambiental
Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir os tipos de métodos da avaliação
ambiental.
Vamos começar!
Métodos de avaliação de impacto
ambiental
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos dos
métodos de avaliação de impacto ambiental.

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Métodos: avaliativos, ad hoc e
checklist
Metodologias avaliativas
Com o aumento das relações industriais ocorridas no Brasil e buscando
efetivar boas expectativas de vida para a humanidade, a aplicabilidade
de métodos avaliativos de proteção aos recursos naturais e a todos os
ecossistemas é fundamental.
A avaliação do impacto ambiental (AIA) realizada antes, durante e após
a implementação de projetos tende a propiciar o desenvolvimento
econômico por meio de métodos que possam assegurar a
sustentabilidade econômica e do planeta.
Os principais métodos utilizados para avaliação dos impactos em
território brasileiro, são: ad hoc, checklist, matrizes de interação, rede de
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interação, superposição de cartas, modelos de simulação, metodologias
quantitativas e ambitec-agro.
Método ad hoc
É baseado em uma análise positiva e negativa dos desenvolvedores de
um projeto, com base em expectativas, ou seja, descrito de forma
empírica, sendo considerado o parecer dos especialistas que irão atuar
no estudo de impacto ambiental (EIA).
Nessa proposta metodológica, é realizada uma reunião composta por
uma equipe multidisciplinar com técnicos e especialistas que aplicam,
às partes interessadas no problema, uma pesquisa por meio de um
questionário. Esse tem como foco obter informações rápidas sobre a
área do empreendimento ou da atividade e posteriormente será utilizado
para subsidiar o parecer dos especialistas.
Ad hoc é uma expressão de origem latina que pode ser traduzida como
“para isso”. É indicada quando existe falta de informações
complementares ao estudo do impacto ambiental, que para tal é
apresentado na forma de tabela e de matrizes, como pode ser visto a
seguir. O que é feito de forma simples, pois tais tabelas e matrizes são
utilizadas para suprir a escassez de dados ou ainda quando a avalição
precisa ser realizada em um curto espaço de tempo.
Área ambiental
Impacto ambiental
EL EP
Vegetação
Recreação X
Áreas Virgens
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EL Efeito Nulo
P Problemático
Tabela: Ilustração do método ad hoc.
Adaptado de Rau e Wooten, 1980.
Método checklist
Também conhecido como listagens de controle, esse é um dos métodos
mais utilizados na fase inicial da avaliação. É o estudo realizado por
meio do diagnóstico elaborado por especialistas que identificam e
enumeram os impactos, levando em consideração os meios físicos,
biológicos e socioeconômicos. É um método amplamente utilizado por
possuir pontos econômicos e uma característica técnica implantada de
modo fácil e com utilidade prática. Para sua elaboração, é necessário
que os especialistas do projeto relacionem os impactos adversos ou
positivos resultantes das etapas de implantação e de operação do
empreendimento ou da atividade. Confira um modelo na tabela a seguir.
Meios/Impactos Atributos
Meio Físico
Tipos
+ +/-
Dano ao relevo
Presença de
vetores
Meio Biótico
Redução da biota
ao solo
Meio Antrópico
Alteração da
paisagem
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Tabela: Matriz de impacto de um lixão.
Adaptado de Cavalcante, Franco, 2007.
Os impactos identificados foram os seguintes:
No meio físico
Dois impactos negativos, um de pequena magnitude, um de grande
magnitude, um de importância intermediária, um de importância
significativa e três de média duração.
No meio biótico
Um impacto negativo, um de grande magnitude e três de importância
significava e de longa duração.
No meio antrópico
Um impacto negativo, um de grande magnitude, um de importância
intermediária e um de média duração.
Essa metodologia pode ser classificada da seguinte forma:
 Checklist simples
É baseado na experiência da equipe multidisciplinar
para produzir a listagem dos parâmetros adotados.
 Checklist descritivo
Possui modo de medição aplicado aos parâmetros
e às diretrizes ambientais identificados.
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Métodos de interação: redes e
matrizes
Método rede de interação
Estabelecendo uma relação do tipo causa-condição-efeito, as redes de
interação têm como objetivo relacionar as atividades produtivas aos
impactos causados por elas. Representada por meio de um gráfico, a
rede é aplicada com o propósito de analisar e de elaborar medidas
mitigadoras aos impactos primários ou secundários.
Impacto primário ou
direto
É comumente causado
pelos insumos do
empreendimento, como
resíduos da construção,
por exemplo.
Impacto indireto ou
secundário
Faz uma referência
subsequente ao
impacto principal, por
exemplo, problemas
respiratórios dos idosos
da localidade do
empreendimento.
 Checklist escalar
Possui informação subjetiva dos parâmetros
semelhantes a uma listagem descritiva.
 Checklist escalar ponderado
Adiciona informações na avaliação, comparando-as
a todos os outros parâmetros.

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Dessa forma, o networks, nome também utilizado para o método, é
elaborado por meio de quadros e diagramas que, com base no impacto,
relacionam a sucessão de outros impactos gerados pela atividade
produtiva. Esse cruzamento possibilita analisar os efeitos do impacto, a
cadeia de elementos e os fatores.
Ilustração do método rede de interação.
Método matrizes de interação
Sendo um instrumento originado do checklist, o método das matrizes de
interação consiste em listagens bidimensionais dispondo de colunas e
de linhas nas quais são relacionados os aspectos, os impactos e as
ações do projeto.
Com o método das matrizes de interação, é possível
relacionar os impactos após o cruzamento das colunas
e das linhas, preservando as relações de causa e
efeito.
Cruzando as filas correspondentes a cadaação (veja na imagem a
seguir), é possível identificar as potenciamente poluidoras e estabelecer
medidas mitigadoras para os impactos considerados adversos ou
expandir as ações de impactos benéficos. Em cada quadrante, são
indicados algarismos de 1 (que indica o mínimo de alteração) a 10
(valor máximo de alteração) e os sinais + ou – classificando o impacto
como adverso (-) ou benéfico (+).
Uma das matrizes mais utilizada foi a de Leopold. Elaborada em 1971
nos Estados Unidos, a matriz propunha a elaboração por meio de 100
colunas representando as ações e de 88 linhas relativas aos itens
ambientais, totalizando 8.800 possíveis interações. Contudo, baseada
nas necessidades e nas particularidades de cada estudo, são realizadas
adaptações e modificações.
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Matriz de interação — Matriz de Leopold original.
Método superposição de cartas
A metodologia utiliza imagens aéreas para determinar um planejamento
territorial e estabelece uma avaliação dos impactos durante o processo
de planejamento da área que pode ser afetada, aplicando uma
metodologia cartográfica com objetivo de identificar toda a extensão.
Mapas das variáveis e mapa de cruzamento final.
O método realiza uma fotomontagem dos mapas adaptada ao cenário,
levando em consideração os aspectos do local — como a cultura, a
socialização e a forma física — que configuram os impactos. Após a
realização da fotomontagem aplicada ao projeto, é possível determinar
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os impactos de uma região. O planejamento pode ser realizado
atribuindo os princípios de vulnerabilidade ou de potencialidade de
impactos nos recursos ambientais, sendo indicada pelas cartas a
limitação do projeto ou a orientação para sua realização.
Atenção!
Para interpretação dos mapas, utilizam-se cores que mostram em sua
intensidade os agravos dos impactos encontrados. O método de
superposição de cartas é de grande relevância sobre a delimitação da
área em equivalência aos estudos de impacto ambiental, porém a
junção de ambos compõe uma avaliação mais precisa e proporciona
uma complementação na avaliação do impacto ambiental.
Com o método de superposição de cartas, é possível realizar a divisão
dos mapas elaborados com objetivo de avaliar áreas em menores
proporções, atribuindo a metodologia contemporânea que torna os
dados obtidos cada vez mais exatos, com aquisição de informações de
qualidade e quantidade que podem ser utilizadas para estudo nas
variadas etapas de planejamento.
Método modelos de simulação
A inteligência artificial é utilizada na atualidade para vários estudos
quantitativos e a metodologia de simulação aplica ensaios
computacionais para representar os impactos ambientais quando
possível, trazendo relação entre as possíveis causas e tornando possível
a avaliação dos efeitos que podem ocorrer.
A aplicabilidade da metodologia de simulação pode ser indicada no
modo operatório do projeto e pode ocorrer em diversas fases, tornando
o modelo diversificado na avaliação do impacto ambiental.
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A metodologia de simulação propõe medidas de magnitude, o que a
torna de grande valia para o estudo dos impactos que apresentam
variedade, reproduzindo dados quantitativos e qualitativos. Pode ser
adaptada de acordo com as diversas fases do projeto, o que facilita a
aplicação dos processos e determina melhor as decisões que podem
ser empregadas.
Para implantação do método, é necessário que haja uma equipe
qualificada com vivência profissional capaz de manusear o maquinário
adequado e com custo elevado. Porém, o método pode traduzir grande
dificuldade de entendimento para o público envolvido no projeto, capaz
de interferir no diálogo da equipe favorecendo as falhas em sua
aplicação atribuída às diferentes decisões.
Por ser de grande complexidade, o método exige a limitação dos
estudos, o que é difícil de fazer. Para que, mesmo limitando os estudos,
os resultados sejam bons, é necessário que os dados sejam muito
exatos, reduzindo possíveis erros de análise.
Metodologia quantitativa
Ao realizar determinado projeto, a metodologia quantitativa trabalha
correlacionando os valores e os números que são aplicados durante o
processo de avaliação de impacto ambiental, bem como avaliando sua
qualidade.
Saiba mais
A metodologia quantitativa surgiu a partir da necessidade de estudar os
empreendimentos que utilizavam recursos hídricos em seus projetos,
com a finalidade de elaborar o estudo de forma mais sistêmica,
realizando a avaliação de modo global e classificando as causas do
impacto ambiental.
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A metodologia utiliza uma interpretação do estado de qualidade com
variedade de 0 a 1, representada graficamente, podendo ser associada a
determinadas regiões ou proporções do estado ambiental. Os
parâmetros são compreendidos como base a partir da união de 18 itens
que serão reorganizados futuramente nestes quatro grupos ambientais:
aspectos estéticos, ecologia, interesse humano e poluição ambiental.
Exemplo de interpretação gráfica do estado de qualidade ambiental.
Após a categorização desses grupos, é possível obter cerca de 78
gráficos que se relacionam de forma qualitativa. Para interpretar o
gráfico, é atribuída à leitura uma forma de quantificar os parâmetros em
peso, representado em unidades de impacto ambiental (UIAs), somando
1.000 UIAs. Um estudo de avaliação de impacto ambiental no qual
podemos verificar o quantitativo de 1.000 UIAs representa não haver
degradação ao meio ambiente.
Método Ambitec-Agro
O objetivo do método é apresentar indicadores simples e práticos que
podem ser aplicados em uma variedade de critérios de impacto
ambiental, e que são adotados com amplas ferramentas de inovações
tecnológicas que podem ser implantadas no agronegócio para
reprodução de animais, nas indústrias, na agroindústria e no ramo da
pecuária.
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O método de avaliação de impacto ambiental de inovação tecnológica
agropecuária (Ambitec-Agro) consiste em um agrupamento de matrizes
que reúnem indicadores do desempenho de inovação tecnológica e
práticas de manejo. Para tal, é essencial considerar os seguintes
aspectos: insumos e recursos, qualidade ambiental, respeito ao
consumidor, emprego, renda, saúde, gestão e administração.
Ambitec-Agro, estrutura de impactos — aspectos, indicadores e componentes.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A avaliação de impacto ambiental é um poderoso instrumento que
tem como objetivo evitar, mitigar ou compensar impactos ao meio
ambiente. Para tal, os empreendedores podem utilizar alguns
métodos. Qual é o método que, tratando a causa e o efeito, torna
possível correlacionar os impactos após o cruzamento de colunas e
linhas?
A
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O método de matrizes de interação indica se há ou não existência
de impacto ambiental. Essa indicação é feita cruzando-se
informações entre a linha de ação e o fator ambiental.
Questão 2
No Brasil, a relação industrial necessita de métodos avaliativos que
são aplicados em projetos ambientais e são fundamentais para
minimizar o impacto ambiental, trazendo boas expectativas para a
humanidade. Dianteda importância da metodologia em projetos de
avaliação de impacto ambiental, assinale um dos métodos
realizados no Brasil
Método Ambitec-Agro
B Método modelos de simulação
C Método superposição de cartas
D Método matrizes de interação
E Método ad-hoc
A Rede de interação
B Avaliação primária
C Conferência de risco
D Rede de interlocução
E
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Redes de interação estabelecem relações de causa-condição-efeito.
Isso permite identificar e avaliar os impactos ambientais e as
relações existente entre eles, chamadas de interrelações.
3 - Avaliação e seleção de métodos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a avaliação e a seleção de métodos.
Vamos começar!
Avaliação e seleção do método de
avaliação de impacto ambiental
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos relativos a
avaliação e seleção do método de avaliação de impacto ambiental.
Avaliação secundária

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Avaliação e método
Avaliar os métodos que poderão ser empregados é um ato de suma
importância, visto que consiste em categorizá-los por necessidade e
melhor empregabilidade, sendo ainda uma das etapas mais difíceis de
um estudo de impactos pelo fato de envolver, além do juízo de valor, o
trabalho técnico.
A escolha do melhor método a ser utilizado exige uma
gama de atividades e revisões sobre as alternativas
disponíveis, o que antecederá e dará suporte para todo
o projeto futuro que será implantado.
Para a escolha assertiva do método, devem ser considerados os fatores
essenciais do estudo de impacto ambiental (EIA). O método deve:
Atingir todos os requisitos estabelecidos pela legislação.
Possuir qualidade mínima em todas as etapas do planejamento,
estando de acordo com os efeitos causados nas ações planejadas.
No Brasil, a escolha do melhor método, ou o mais adotado, é aquele que
proporciona maior suporte na execução do EIA/RIMA (RIMA — relatório
de impacto ambiental) e permite aos técnicos e às partes interessadas
uma melhor apreciação na condução da avaliação. Existem alguns
atributos desejáveis que devem ser abordados para a avaliação do
melhor método, são eles:
A metodologia deve abordar a qualidade ambiental que envolve a
área de estudo, apresentando os fatores que compõem o
sistema ambiental e determinando a melhor relação abordada
nas áreas afetadas. Deve levar em consideração quatro
Diagnóstico ambiental 
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subsistemas. São eles:
Características físicas e químicas — como terra, água,
atmosfera, processos.
Condições biológicas — como flora e fauna.
Relações ecológicas — como salinidade da água e do solo,
cadeias alimentares.
Fatores culturais — como usos dos solos, recreação, interesse
estético e cultural, qualidade de vida, redes de serviços.
O diagnóstico ambiental é preparado com base na avaliação dos
componentes e dos fatores que proporcionarão a base para
analisar as fontes potencialmente causadoras de impactos
ambientais, bem como a análise sobre a qualidade ambiental
futura. Qualidade ambiental consiste nas condições que um
ambiente oferece em determinada região por meio do resultado
de processos interativos e dinâmicos dos meios físico, biológico
e socioeconômico, em relação às necessidades de seus
habitantes.
A avaliação da melhor metodologia deve levar em consideração
os fatores a curto, médio e longo prazos; o período de
permanência dos efeitos e suas soluções; a intensidade de
reversão do impacto ambiental; a relação econômica do
benefício e o efeito.
A metodologia implantada deve realizar um programa de
monitoramento capaz de acompanhar todas as atividades
desenvolvidas no projeto, controlando as ações, identificando os
impactos, verificando se todos os efeitos esperados estão
ocorrendo de maneira planejada e evitando novos impactos.
A seleção do melhor método está atrelada a cada projeto ou fase. Cada
metodologia utilizada possui características, funções, aspectos,
Análise de impacto do projeto e alternativas 
Monitoramento metodológico 
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vantagens e desvantagens com diferentes técnicas para qualificação e
quantificação dos impactos.
Atenção!
É importante que a escolha do método ou dos métodos — já que a
combinação por diversas vezes é utilizada devido ao fato de os modelos
não serem aplicáveis a todos os tipos de empreendimentos e atividades
— seja realizada levando em consideração as competências e as
habilidades da equipe, e que esta opte pelo melhor caminho para avaliar
o impacto ambiental.
Vantagens e desvantagens dos
métodos
Método ad hoc
Utilizando o conhecimento baseado na expertise dos técnicos na etapa
do estudo de impacto ambiental, a metodologia descreve os impactos
positivos e negativos do empreendimento, da atividade ou da obra.
Vamos conhecer os pontos positivos desse método:
Geralmente aplicado em projetos com poucos dados iniciais, tem
custo reduzido.
Por permitir uma visão integrada, é rapido na identificação dos
impactos mais prováveis.
A forma de organização é facilitada e a interpretação dos
resultados é rápida, mesmo nos casos em que se obtém poucas
informações para conclusão do projeto.
A análise negativa desse método é a subjetividade dos resultados
obtidos por não apresentar uma metodologia atrelada a uma análise
quantitativa dos impactos ambientais, e ainda por aproveitar
informações disponíveis — informações empíricas coletadas pelos
profissionais envolvidos. É importante destacar que o método deve ser
utilizado como uma etapa do processo pois, aplicado sozinho, não
contempla as exigências das leis em vigência.
Método checklist
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O método, também conhecido como listagens de controle, é um
instrumento bastante prático e simples de ser aplicado. Utilizado como
uma avalição preliminar e inicial de todo processo, o checklist tem como
vantagem a aplicação imediata na avaliação qualitativa dos impactos
mais relevantes. Entretanto, esse método não considera relações de
causa/efeito entre os impactos. Igualmente não identifica impactos
diretos e nem a magnitude deles, não permitindo projeção, previsões ou
impactos de outra ordem.
Outra desvantagem é o excesso de listagem de controle, não
representada por figuras que representam os impactos diante dos
efeitos que podem ser ocasionados no projeto. Sob essa perspectiva, a
dificuldade e a subjeção atrapalham na identificação desses impactos.
Matrizes de interações
Têm como objetivo complementar as falhas do método checklist, no
qual compõe uma relação de controle bidimensional entre os efeitos e
os impactos ambientais. Esse método pode acrescentar medidas
avaliativas assim como métodos de identificação de atividades
relevantes que poderão causar impactos de grande proporção.
Atenção!
O que difere as matrizes de interações das demais metodologias é a
identificação dos impactos de efeito direto, ou seja, no que modifica o
meio que está diretamente em relação com a ação transformadora, por
conta da relação entre condições ambientais e aspectos do projeto.
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Portanto, esse método permite a comparação de diversas formas de
intervenção correspondente aos meios físico, biótico e socioeconômico.
Utilizando valores objetivos ou empíricos com pontuação de forma
subjetiva ou normativa, a matriz é considerada desvantajosa uma vez
quenão descreve os fatores segundo seus efeitos e não relaciona os
efeitos de curto e de médio prazos. A subjetividade, a não identificação
dos impactos indiretos e o impedimento de projeção de futuros cenários
também o tornam desvantajoso.
Redes de interação
O principal objetivo dessa metodologia é determinar vários impactos
ambientais baseando-se em uma intervenção específica e reproduzindo-
a graficamente.
As redes de interação também podem ser usadas com
o intuito de orientar as ações recomendadas para
minimizar os efeitos verificados.
Desenvolvido pelo Travellers Research Corp, em 1969, a rede de
interação propicia a elaboração de mecanismos de controle ambiental
que deverão ser implementadas para atuar, de preferência, sobre as
causas potenciais de sua danificação. O método apresenta diversas
vantagens. Entre elas, estão: a identificação dos impactos de segunda
ordem e a possiblidade de utilizar parâmetros probabilísticos.
Entretanto, redes muito detalhadas podem se tornar tão morosas e
difíceis de ser elaboradas que podem ocasionar a falta de definição dos
impactos de curto e de longo prazos.
Superposição de cartas
A tecnologia cartográfica é utilizada na avaliação de impactos no
processo de localização/ extensão de impactos, na determinação de
aptidão e no uso da terra, na resolução de áreas de suma importância
ecológica, cultural, arqueológica e socioeconômica, assim como em
zoneamentos e gerenciamentos ambientais. A interação entre essas
cartas produz, assim, a síntese da situação ambiental de uma área
geográfica.
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A vantagem do método leva em consideração a evolução da tecnologia
geográfica que pode ser aplicada no estudo do impacto ambiental e
posteriormente ao projeto, agregando as informações de forma útil,
facilitando a utilização da metodologia e proporcionando crescimento
na sua utilização que apresenta a determinação da área estudada junto
com as características espaciais.
Já a intangibilidade do método é caracterizada como uma desvantagem
que pode restringir os impactos de forma quantitativa, associada à
complexidade da interação aos fatores socioeconômicos. No
planejamento feito com o método de superposição das cartas, não é
possível considerar o dinamismo do sistema ambiental, necessitando
de um quantitativo relevante para sua execução.
Modelo de simulação
Elaborados para simular e reproduzir o comportamento dos parâmetros
ambientais e suas interrelações entre causas e efeitos, esse método é
formado por computadores com o auxílio de inteligência artificial ou
modelos matemáticos de forma sistemática para representar e explanar
o desempenho dos critérios ambientais. O modelo visa apresentar um
diagnóstico e uma previsão da qualidade ambiental da área afetada pelo
empreendimento, pela atividade ou pela obra, podendo ser aplicado em
todas as etapas.
Fatores positivos
A promoção da troca de
informações entre as
equipes que realizam o
planejamento do
projeto; a interação das
propostas
apresentadas; e a
interpretação ordenada
Fatores negativos
O custo elevado do
maquinário e a
contratação de uma
equipe especializada
para interpretação e
manipulação dos
equipamentos. Além de
atribuir imperfeição no
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dos fatores avaliativos
que podem variar de
maneira quantitativa e
qualitativa,
apresentando
dinamismo ao estudo.
resultado do estudo e
informações duvidosas
sobre sua qualidade,
que somente é mais
bem realizada quando
existe uma equipe de
profissionais
matemáticos para
melhor adequação.
Metodologias quantitativas
A utilização do método visa correlacionar valores aos aspectos
qualitativos que possam ser criados durante a avaliação de impactos do
empreendimento, da atividade ou da obra.
A eficácia e a agilidade para implantação, a qualidade
nas informações apresentadas e a boa equiparação
entre as avaliações de impacto ambiental de um
mesmo projeto são os fatores positivos que indicam a
escolha da metodologia quantitativa.
Porém, na metodologia quantitativa é necessário definir gráficos para
cada indicador ambiental e, ainda, trabalhar com uma equipe
multidisciplinar para reduzir a subjetividade da metodologia.
Método Ambitec-Agro
Com o propósito de analisar as alterações positivas e/ou negativas
decorrentes da tecnologia ou da atividade produtiva no agronegócio, o
software Ambitec-Agro utiliza uma abordagem simples, prática e de
baixo custo que permite o entendimento e a participação das partes
interessadas, o que caracteriza uma vantagem para a utilização do
método. Sua estrutura é formada por uma série de princípios de
adequação tecnológica e rurais elaborados com indicadores e ensaios
de campo.
Atenção!
A necessidade de capacitação e de treinamento dos profissionais
envolvidos, assim como a utilização de valores subjetivos, proporcionam
desvantagens na utilização do software Ambitec-Agro.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No Brasil, existe uma variedade de metodologias de avaliação de
impacto ambiental que dão suporte aos profissionais na
identificação dos impactos ambientais e de suas causas dentro de
determinada atividade produtiva. Dentre essas metodologias,
podemos destacar
Parabéns! A alternativa E está correta.
O estudo de impactos ambientais (EIA) e o relatório de impacto
ambiental (RIMA) são utilizados para fins de licenciamento
ambiental de empreendimentos potencialmente poluidores, não
sendo um dos métodos da AIA.
Questão 2
O processo diagnóstico ambiental tem como foco conhecer o grau
de qualidade ambiental. Para realizar esse processo, é importante
elaborar um método que deve estar relacionado a subsistemas dos
quais os recursos minerais fazem parte por meio
A ad hoc.
B listas de controle.
C matrizes de interações.
D networks.
E EIA/RIMA.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O diagnóstico ambiental deve analisar quatro subsistemas, que são:
características físicas e químicas, condições biológicas, relações
ecológicas e fatores culturais. Os recursos minerais estão inseridos
nas características físicas e químicas.
4 - Riscos, incerteza e irreversibilidade
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os riscos, a incerteza e a
irreversibilidade.
A das características físicas e químicas.
B da qualidade de vida.
C das condições biológicas.
D dos interesses estáticos e culturais.
E da recreação.
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Vamos começar!
Risco e suas consequências
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais riscos e suas
possíveis consequênciais.
Contextualizando o risco
No atual estágio da civilização, o perigo converteu-se em um passageiro
clandestino inserido em produtos de consumo normal e a conversão
dos efeitos colaterais invisíveis da produção industrial em conflitos
ecológicos globais críticos não é, em sentido estrito, um problema do
mundo que nos rodeia, mas uma profunda crise institucional da primeira
fase da modernidade industrial (BECK , 2002).
Saiba mais
O termo passageiro clandestino foi cunhado por Ulrich Beck no livro
Sociedade do risco e é considerado como referência relevante em
estudos contemporâneos sobre riscos e perigos. A análise desse termo
na sociedade contemporânea enfatiza o papel do risco e dos perigos
nas mais diferentesáreas envolvendo questões sobre individualismo,
pluralismo e ambivalência.
Pluralismo
Riscos amplos que atingem diversos biomas ao mesmo tempo.

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Ambivalência
Pode causar riscos individuais e/ou plurais, vai depender do fator de
impacto ambiental.
Antes de seguir com o nosso estudo, vamos a uma breve conceituação
sobre risco e perigo.
Para entender essas diferenças precisamos partir do princípio de que
ambos são citados constantemente em questões ambientais e que, por
mais que de um modo geral sejam considerados como sinônimos,
existem sim diferenças entre eles.
Perigo
Trata-se de toda fonte
(atividade, ambiente,
máquina rotativa,
substância) ou situação
com potencial de
causar lesão ou danos à
integridade, decorrente
da realização de uma
atividade.
Risco
Consiste na
materialização do
perigo ou na
probabilidade de um
fato indesejável ocorrer,
ou seja, ocorre quando
há exposição ao perigo,
podendo ser
empregado dentro de
diversos contextos
como veremos mais
adiante.
De forma resumida e como um exemplo, pode-se descrever que uma
corredeira é um perigo, já descer nessa corredeira caracteriza um risco.
Em se tratando do meio ambiente, pode-se dizer que um galpão com
galões de gasolina na área rural é um perigo pois, se eles não tiverem
armazenados de forma correta, há o risco de uma explosão.
Retomando, citamos alguns autores que conceituam riscos, como:
Aneas de Castro, 2000, p. 3: “Probabilidade de ocorrência de um
perigo.”
Veyret, 2007, p. 11: “O risco, objeto social, define-se como a
percepção do perigo, da catástrofe possível.”
Tominaga, Santoro e Amaral, 2009, p. 151: “Possibilidade de se ter
consequências prejudiciais ou danosas em função de perigos

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naturais ou induzidos pelo homem.”
Vamos conhecer os riscos ambientais na imagem.
Classificação dos riscos.
Entre todos os tipos de riscos, é interessante abordarmos estes quatro:
naturais, tecnológicos, sociais e ambientais.
Estão associados a fenômenos naturais, não sendo atribuídos de
forma direta à ação antrópica, como, por exemplo, seca, sismo,
erupção vulcânica e outros fenômenos.
Estão relacionados com a ação antrópica e geralmente estão
associados à condição humana, aos processos de produção e de
trabalho.
Estão diretamente relacionados com a vulnerabilidade x
marginalidade x desastres naturais, podendo envolver os tipos de
riscos mencionados anteriormente. São subdivididos em riscos
exógenos que, segundo Vieillard-Baron (2007, p. 276), estão
relacionados diretamente ao produto das sociedades e às
formas de política e de administração adotadas, como o
Riscos naturais 
Riscos tecnológicos 
Riscos sociais 
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crescimento urbano e a industrialização, e em riscos endógenos,
que são relacionados aos elementos naturais e às ameaças
externas, como terremotos e epidemias. Pode-se exemplificar
esse tipo de risco com grupos que vivem às margens da
sociedade e que possuem menos condições de moradia. Esses
cidadãos estão expostos a desastres naturais devido à sua
esmagadora maioria viver em áreas instáveis e por isso menos
seguras.
Entende-se os riscos supramencionados, assim como aborda as
situações relacionadas ao que ocorre à nossa volta. De forma
resumida, riscos ambientais são o resultado da associação dos
riscos naturais ou do seu processo intensificado pela atividade
produtiva e pelo crescimento demográfico.
Cabe frisar que, mesmo com toda diferenciação, ao abordar o tema
risco estamos falando que, de forma direta ou indireta, risco está
relacionado ao ser humano. Sendo assim, pode-se dizer que risco é um
objeto social. Ou seja, o risco só existe porque as pessoas são capazes
de perceber o perigo ou a catástrofe possível.
Além dessas definições sobre riscos, outros conceitos devem ser
abordados, como:
Sistema de riscos
É utilizado para explicar a ligação entre causa e efeito, tanto em macro
como em microescala. Pode-se caracterizar um sistema de risco
quando o risco está interligado a outros, no espaço e/ou no tempo.
Bacia de risco
É o nome dado por Rebelo (2003, p. 262) para um espaço territorial,
local ou região onde existe a convergência de diversos tipos diferentes
de riscos. Eles podem estar interligados e podem ocorrer ao mesmo
tempo, originando crises complexas, ou podem ficar só em estado
latente.
Ao final, é importante abordar a diferença risco e vulnerabilidade.
Enquanto risco indica a possibilidade de um evento, um perigo em
Riscos ambientais 
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potencial, a vulnerabilidade integra os aspectos ambientais e sociais,
podendo ser compreendida como a soma de fatores que podem
ocasionar efeitos adversos, aumentando ou diminuindo o risco. Dessa
forma, para calcular risco são utilizadas as operações aritméticas
simples A, V e F, nas quais:
E, ainda, 1 representa a existência de um fator e 0 (zero) a inexistência
do fator. Com base nas operações aritméticas simples, temos:
1. Risco = A + V.
2. Risco = A x V.
3. Risco = F (A, V).
Interpretando e exemplificando a operação por meio de uma erupção
vulcânica (A) em uma ilha não habitada (V).
1. Acaso + vulnerabilidade. Assim temos: Risco = 1 + 0 = 1, ou seja,
existe risco eminente.
2. Acaso x vulnerabilidade. Temos Risco = 1 x 0 = 0, portanto, não
existe risco.
 A – acaso
Evento natural independente da vontade ou da ação
do homem.
 V – vulnerabilidade
Evento que provém presença direta ou indireta do
homem.
 F – função
Uma relação que depende do evento, da relação
entre acaso e vulnerabilidade.
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3. Na função (A, V), temos Risco = F (1, 0). A operação leva em
consideração o efeito, sendo assim, apesar de não afetar
diretamente o homem, a erupção pode acarretar impactos como
emissão de material particulado na atmosfera. Dessa forma. Risco
= 1, logo, existe risco.
Incerteza e irreversibilidade
Por mais que se atue na precaução, os empreendimentos ou as
atividades rotineiras podem mudar ao longo do tempo. Por esse motivo,
o princípio da precaução preconiza a ideia da utilização de medidas que
eliminem a situação de risco com o intuito de manter a sustentabilidade.
Sendo assim, ao elaborar uma avaliação de impactos ambientais, o
empreendedor deverá prever a ocorrência de eventos naturais ou não,
considerando qual a probabilidade de determinado evento acontecer e
quais das suas consequências podem gerar danos irreversíveis.
A reversibilidade e a irreversibilidade de um impacto estão associadas à
possibilidade de recuperação do meio afetado.
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Reversibilidade
Está relacionada à
recuperação do
ambiente à condição
anterior ao evento
causador do impacto,
sendo de forma natural
ou por medidas
mitigadoras.
Irreversibilidade
É relativa à eliminação
do meio, e, uma vez
danificada, é
praticamente
impossível voltar à
condição anterior.
Embora a incerteza sempre esteja presente nos modelos de negócio, o
grau de reversibilidade e a irreversibilidade de um impacto são uma
análise importante para o empreendimento ou atividade devido ao
perigo e ao risco associados.
A elaboração de uma análise de riscos auxilia a identificação dos
perigos, levantando as consequências (danos) e a probabilidade
(frequência) de ocorrências e permitindo que o tomador de decisões
providencie ações de medidas mitigadoras.
Para umaefetiva elaboração da análise de riscos, é preciso conceituar
os riscos em:

 Riscos comuns
Relacionados aos hábitos e às atitudes de pessoas.
 Riscos especiais
Surgem em decorrência do processo, da atividade
ou do material.
 Riscos especí�cos
N it d t ã d õ ífi
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Quando é necessária a elaboração de uma análise de risco? Existem
algumas situações que podem ser destacadas:
Quando não há o conhecimento do risco associado a determinado
empreendimento ou atividade.
Para estabelecer padrões de regras de segurança.
Para eliminar potenciais problemas que resultem em
consequências severas.
Quando for preciso elaborar um plano de emergência.
Diversas metodologias são empregadas para realizar a análise de
riscos, como veremos a seguir.
Análise por árvore de falhas (AAF)
Trabalhando com cenários hipotéticos, o método consiste na
investigação das falhas de determinado evento, identificando os perigos
e analisando os riscos, considerando-as como destaque com o objetivo
de aprimorá-las ou excluí-las do plano de ação.
Comentário
Podendo ser qualitativa e quantitativa, a AAF é dedutiva com foco no
evento do topo e em suas consequências.
Análise preliminar de risco (APR)
Precursora de outras análises e utilizada para novas áreas, instalações,
procedimentos, projetos, atividades e sistemas, a APR ou análise
preliminar do perigo (APP), como também é conhecida, é uma técnica
indutiva que ajuda a mapear os potenciais perigos em relação a
materiais classificados como perigosos. Igualmente, consiste em
analisar as causas e as consequências, estabelecendo medidas de
prevenção e de controle. As principais informações requeridas em uma
APR são:
Dados demográficos, climatológicos e da instalação.
Premissas de projeto.
Especificações técnicas do projeto e dos equipamentos.
Necessitam de proteção e de ações específicas
devido às suas características.
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Sistemas de proteção e segurança.
Substâncias e suas propriedades físicas e químicas.
Características de inflamabilidade e de toxicidade.
Em suma, a APR é realizada por meio de planilhas que identificam
riscos, consequências e meios de controle. A partir de classificações de
severidade e de frequência dos eventos relacionados aos riscos, será
elaborada uma matriz de riscos que informará ações mitigadoras.
Estudo de perigos e operabilidade (Hazop)
Com base em um procedimento qualitativo, a metodologia Hazop
(hazard and operability study) tem como objetivo identificar os perigos e
os problemas de operabilidade de uma instalação de processo. Por
meio de perguntas com palavras-guia (nenhum, menos, mais, reverso e
também), a técnica propõe medidas para mitigar e/ou controlar o perigo
relacionado ao processo e, assim, proporcionar um ambiente seguro em
que os colaboradores possam realizar suas atividades de forma
eficiente e sem impactar o meio ambiente e a qualidade do produto.
O método Hazop utiliza uma lista de desvios de processos contínuos
que é composta por parâmetro, palavra-guia e desvio. Tal lista é
apresentada na tabela a seguir.
Parâmetro Palavra-guia Desvio
Fluxo
Nenhum Nenhum fluxo
Menos Menos fluxo
Mais Mais fluxo
Reverso Fluxo reverso
Também Contaminação
Pressão
Menos Pressão baixa
Mais Pressão alta
Temperatura
Menos Temperatura ba
Mais Temperatura alt
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Parâmetro Palavra-guia Desvio
Nível
Menos Nível baixo
Mais Nível alto
Viscosidade
Menos Viscosidade bai
Mais Viscosidade alta
Reação
Nenhum Nenhum reação
Menos Reação incompl
Mais
Reação
descontrolada
Reverso Reação reversa
Também Reação secundá
Tabela: Listas de palavras-guia para o método Hazop.
Gabriel Burlandy.
Existem ainda as palavras-guia associadas aos tipos de desvios, como
pode ser visto a seguir.
Palavras-guia Desvios considerados
Não, nenhum
Negação do propósito do projeto (ex.:
nenhum fluxo)
Menos
Decréscimo quantitativo (ex.: menos
temperatura)
Mais, maior
Acréscimo quantitativo (ex.: mais
pressão)
Também, bem
como
Acréscimo qualitativo (ex.: também)
Parte de
Decréscimo qualitativo (ex.: parte de
concentração)
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Palavras-guia Desvios considerados
Reverso
Oposição lógica do propósito do
projeto (ex.: fluxo)
Outro que, senão Substituição completa (ex.: outro que)
Tabela: Tipos de desvios que são associados às palavras-guia.
Gabriel Burlandy.
Análise de modos e efeitos de falha (FMEA)
Possibilitando uma visão abrangente das atividades, a FMEA é uma
técnica que surgiu em 1949 por meio da indústria militar norte-
americana com o objetivo principal de analisar componentes (hardware)
de um sistema para radiografar as possíveis falhas e assim avaliar seus
impactos nos demais componentes do sistema (instalação,
equipamentos, entre outros).
Comentário
Sistemática e completa, a análise de modos e efeitos de falha auxilia a
diminuição da probabilidade da ocorrência de falhas nos processos em
operação, na eliminação e na diminuição de erros e ainda é um
importante instrumento que possibilita aumentar a confiabilidade dos
processos por meio da priorização das ações a serem adotadas.
Técnicas de incidentes críticos (TIC)
Desenvolvido a partir de estudos realizados pelo programa de psicologia
da aviação da força aérea norte-americana na Segunda Guerra Mundial,
é um método para identificar erros e condições inseguras. É composto
pelas etapas:
Definição do objetivo geral da atividade.
Preparação de documentos para coleta de fatos incidentes relativos
à atividade.
Coleta e análise de dados.
Análise e apresentação do mapa das exigências da atividade.
Na TICs, por meio de observadores participantes, são divulgadas
amostras representativas de operações existentes dentro de diferentes
categorias de riscos.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O tema risco ambiental está vinculado a importantes acidentes
ambientais. Ao longo da história, vários fatos prejudicaram o
equilíbrio e a manutenção dos ecossistemas ecológicos, assim
como a saúde e a sobrevivência da comunidade. Dentro da
literatura, risco tem diversos conceitos, contudo todos fazem
menção a um perigo associado. Diante da afirmação anterior, qual é
a conceituação de riscos feita por Aneas de Castro no ano de 2000?
Parabéns! A alternativa C está correta.
O conceito de risco é descrito por Aneas de Castro como a
probabilidade de ocorrência de um perigo.
Questão 2
A responsabilidade dos tomadores de decisão vem se tornando
uma função desafiadora. Gerenciar atividades produtivas e
empreendimentos que não agridam o meio ambiente é fundamental
para manter o planeta saudável. O papel do gestor está se tornando
A O risco é um objeto social.
B
Risco é a percepção do perigo, da catástrofe
possível.
C Risco é a probabilidade de ocorrência de um perigo.
D
Riscos são consequências danosas em função de
perigos naturais.
E
Riscos são consequências danosas induzidas pelo
homem.
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fundamental nos processos de mitigação e eliminação dos perigos
e dos riscos ao meio ambiente. Diante da afirmação anterior, ao
elaborar uma avaliação de impactos ambientais, o gestor deverá
considerar
Parabéns! A alternativa B está correta.Ao elaborar uma AIA, o empreendedor deverá prever as ocorrências
de eventos diversos, sejam eles naturais ou não, considerando a
probabilidade de cada um dos eventos acontecerem. Isso porque
esses eventos podem ser catastróficos ou ser estritamente
benéficos.
Considerações �nais
O planeta passou a sinalizar sobre a redução dos recursos naturais
disponibilizados pela natureza. Relatos históricos evidenciam a
necessidade de um desenvolvimento econômico e social voltado para a
conservação e a preservação do planeta. Temos o crescimento
populacional e a satisfação das necessidades como geradores de boa
parte desse desiquilíbrio ambiental, e é com o intuito de mitigar os
danos causados ao meio ambiente que o Brasil e o mundo buscam
novas alternativas que diminuam os impactos ambientais de suas
A o EIA/RIMA.
B a probabilidade.
C o licenciamento ambiental.
D as técnicas de incidentes críticos (TIC).
E a análise de modos e efeitos de falha (FMEA).
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atividades e que garantam às gerações futuras um ambiente mais
sadio.
Uma das alternativas para promoção da manutenção do meio ambiente
e dos recursos naturais é a utilização do processo de análise conhecida
como avaliação de impacto ambiental, ou simplesmente AIA. Como
vimos, essa ferramenta tem como objetivo subsidiar o licenciamento
ambiental e consequentemente eliminar e evitar os riscos à manutenção
da vida e à irreversibilidade dos danos causados a um ambiente.
Entretanto, após conhecer e aplicar o instrumento, é necessário realizar
uma análise do método mais adequado ao empreendimento, atividade
ou projeto para que todo risco ou perigo seja eliminado.
Podcast
No podcast falaremos sobre os principais pontos relacionados a
avaliação de impacto ambiental.
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Confira as indicações que separamos para você!
Assista ao documentário Amazônia eterna, de Belisário Franca
(2014), que mostra a floresta amazônica e como os habitantes da
região vivem de forma sustentável, minimizando os impactos ao
meio ambiente.
Leia o livro de Ulrich Beck Sociedade de risco: rumo a uma outra
modernidade, publicado pela Editora 34 em 2013.
Leia também o livro Avaliação de impacto ambiental: conceitos e
métodos, de Luis Enrique Sanchez, publicado pela Oficina de Textos
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em 2013.
Ouça o podcast Ambiente É o Meio. Transmitido pela rádio USP, o
programa aborda as questões de sustentabilidade por meio de
diálogos com especialistas e pesquisadores da área.
Referências
ANEAS DE CASTRO, S. D. Riesgos y peligros: una visión desde lá
Geografía. Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y
CienciasSociales, n. 60, p. 1-15, 2000.
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2002.
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à saúde entre os catadores do lixão do jangurussu. Revista Mal Estar e
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revisão da literatura sobre as principais metologias. In: Simpósio de
Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense, 5., 2016. Anais
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Agro. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2003.
SANCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos.
São Paulo: Oficina de textos, 2013.
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Nacional de Engenharia de Produção, 32., 2012. Anais [...]. Bento
Gonçalves, RS, 2012.
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support of geoprocessing. Boletim do Observatório Ambiental Alberto
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