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Gestão de Resíduos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Nilza Maria Coradi de Araújo
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Selma Aparecida Cesarin
Práticas de Gestão de Resíduos
5
• Introdução
• Metodologia para o gerenciamento dos resíduos
• A Reciclagem pelo Mundo
• Considerações Finais
 · Nesta Unidade, temos como objetivo compreender como são realizados os 
processos de reciclagem de materiais como: papel, plásticos, aço, alumínio, vidro 
e embalagens tetra pak. Vamos conhecer melhor a prática dos 3Rs – reduzir, 
reutilizar e reciclar.
Nesta Unidade, vamos conhecer a principal prática adotada no gerenciamento de resíduos 
sólidos que são os 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar. 
Também vamos comparar o gerenciamento de resíduos na Alemanha e em algumas cidades 
brasileiras que conseguiram implantar a coleta seletiva.
Vamos verificar os dados de reciclagem sobre os principais materiais recicláveis, que são papel, 
plástico, aço, alumínio, vidro e embalagem tetra pak. Vamos aproveitar para conhecer melhor o 
processo de reciclagem destes materiais e alternativas de reciclagem para alguns deles.
Fique atento às atividades propostas e aos prazos de realização e de entrega. Não deixe de 
participar de nosso Fórum de Discussões. 
Convite à leitura: leia cada aula, faça anotações e, se necessário, pesquise outros materiais além 
do que é fornecido. 
Práticas de Gestão de Resíduos
6
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Contextualização
A principal prática atualmente adotada para o gerenciamento dos resíduos sólidos é o con-
ceito dos 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar, sendo que se prioriza buscar reduzir o consumo de 
embalagens, além de reutilizá-las para outros fi ns. 
A reciclagem é o principal processo que permite conservar os recursos naturais utilizados 
como matérias-primas dos produtos, além de prolongar a vida útil dos aterros sanitários. 
Muitos municípios estão buscando por alternativas como a PPP que é a Participação Público-
-Privada para contornar os altos custos dos programas de coleta seletiva de materiais recicláveis.
Hoje, a coleta seletiva alcança quase 20% dos municípios brasileiros. Em contrapartida, o 
alumínio no Brasil é reciclado em quase 98%. Os materiais como papel, plásticos, aço, vidro 
e embalagem tetra pak também são signifi cativamente reciclados.
Para aumentar a participação nos processos de coleta seletiva é importante aumentar os 
pontos de coleta destes materiais e conscientizar a população sobre a importância disso.
7
Introdução
Abordaremos as principais metodologias e práticas para a gestão dos resíduos. 
Vamos entender melhor a metodologia dos 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar, e como 
podemos praticá-la no nosso dia a dia. 
Vamos acompanhar como o processo da Reciclagem está evoluindo ao longo dos anos 
no Brasil, por meio de dados de coleta seletiva e reciclagem do papel, alumínio, vidro, aço, 
plásticos e tetra pak. 
Aproveitando o processo de reciclagem e coleta seletiva, vamos conhecer como podem 
ser gerenciados os resíduos urbanos dos municípios, comparando a metodologia de 
tratamento de resíduos adotada na Alemanha e como está o processo de coleta seletiva 
em algumas cidades brasileiras.
Vamos aprofundar sobre como é o processo de reciclagem do papel, plásticos, aço, alumínio, 
vidro e tetra pak. 
 Metodologia para o gerenciamento dos resíduos
Programa 3Rs
A principal metodologia estabelecida e utilizada mundialmente para tentarmos minimizar os 
impactos ambientais gerados pelo lixo é o princípio dos 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. 
Reduzir
O primeiro R – Reduzir vem do conceito de reduzir a geração de resíduos. 
E como podemos fazer isso se os produtos que compramos vêm com uma quantidade cada 
vez maior de embalagens dos mais variados tipos de materiais? 
Podemos praticar o primeiro R que é reduzir, mudando nossa conduta. Quando vamos 
comprar produtos, procurar por produtos que apresentem menos embalagens. Quando vamos 
a uma loja, podemos pedir para embrulhar para presente, caso seja realmente para presente! 
Se comprarmos mais de um item na loja, podemos aceitar que sejam colocados na mesma 
sacola. Podemos tentar usar menos sacolas. Levarmos sacolas retornáveis para fazer as compras. 
E os descartáveis? É necessário mesmo que usemos tantos descartáveis? Será que não podemos 
encher a garrafi nha de água algumas vezes ao dia ao invés de usar tantos copinhos descartáveis? 
Reduzir a geração de resíduos não quer dizer que devemos reduzir o consumo, mas termos 
um consumo mais consciente! Procurar por produtos que tenham embalagens fáceis de reciclar 
ou com poucas embalagens. 
Devemos ter a consciência sobre cada resíduo que geramos ao longo do dia.
Consumo Consciente: https://youtu.be/h-SJQalRAng
8
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Reutilizar
O segundo R – Reutilizar está embasado no conceito de reutilizar os produtos que 
compramos para outras situações, como, por exemplo, as sacolas plásticas disponibilizadas 
pelas redes de supermercados e outras lojas podem ser utilizadas para colocar o lixo 
gerado em casa. 
Sacolas de papelão que ganhamos quando compramos roupas ou outros objetos também 
podem ser reutilizadas. 
Será que o conceito de retornável não poderia estar empregado nesse R também? 
Quando retornamos vasilhames de bebidas, por exemplo, estamos reutilizando um vasilhame 
mais de uma vez. 
Reciclar
A Reciclagem é a última etapa do programa 3Rs. Ela está relacionada ao conceito de ciclo 
de vida do produto, quando ele pode passar novamente pelo processo de industrialização e ser 
colocado novamente no mercado.
Quase todos os materiais são passíveis de reciclagem e se não conseguem ser reprocessados 
no mesmo produto que antes, podem ser reprocessados em outros tipos de produtos.
Por exemplo, o papel é o produto que mais se recicla, mas o vidro, os metais, os plásticos, quase 
todos os materiais podem ser reciclados. Existe um padrão mundial de cores da coleta seletiva, que é:
Fonte: iStock/Getty Images
Vermelho Pláticos Verde Vidro Azul Papel Amarelo Metais
9
É por meio da coleta seletiva que podemos desencadear o processo de reciclagem, pois os 
produtos fi nais que podem ser reciclados não precisam ser misturados aos resíduos orgânicos 
(resíduos de cozinha e banheiro). 
Quando separamos os resíduos ao menos em dois recipientes, sendo um para resíduos 
orgânicos e outro para resíduos recicláveis, já estamos contribuindo muito com o processo.
A mistura de resíduos orgânicos aos resíduos recicláveis diminui o valor agregado deste.
Mas existem resíduos que não são recicláveis como alguns tipos de plásticos e embalagens. 
Porém, a tecnologia de reciclagem permite, atualmente, reciclar até as famosas embalagens 
tetra pak compostas por papel, alumínio e plástico. 
A empresa Tetra Pak disponibiliza em seu site um link que permite localizar todos os 
pontos de coleta das embalagens tetra pak em cada cidade do Brasil.
Confira no link a seguir, o ponto de coleta destas embalagens no 
município em que você mora: http://www.rotadareciclagem.com.br/index.html
O conceito de reciclagem é o mais antigo dos 3Rs, pois o homem sempre buscou reciclar 
materiais produzindo outros. O exemplo mais comum é o papel. 
No Brasil, em 1992 foi criado o CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem, 
com a ideia de estruturar o processo de reciclagem no Brasil, envolvendo a comunidade, o 
governo e as empresas. Desde 1994, o CEMPRE coleta e divulga dados referentes à coleta 
seletiva no Brasil.
No site do CEMPRE, é possível acessar esses indicadores desde 1994:
www.cempre.org.br
 Conforme dados do CEMPRE, em 2014, 927 municípios brasileiros operaram programas 
de coleta seletiva. 
O gráfico a seguir mostra essa evolução desde 1994:
Municípios com coleta
seletiva no Brasil
81
1994 1999 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
135
192 237
327
405 443
766
927
Fonte: cempre.org.br
10
Unidade:Práticas de Gestão de Resíduos
Veja que em 1994 apenas 81 municípios tinham programas de coleta seletiva dos 
aproximadamente 4.491 municípios existentes, o que correspondia a aproximadamente 2% 
dos municípios. 
Vinte anos depois, esse indicador cresceu quase 10 vezes, apresentando 927 municípios 
com coleta seletiva dos 5.570 municípios existentes no Brasil, o que corresponde a 17% de 
abrangência dos programas de coleta seletiva.
Mas o custo da coleta seletiva ainda é alto comparado ao custo da coleta normal. Conforme 
dados do CEMPRE, o custo médio da coleta seletiva nas cidades pesquisadas em 2014 foi 
de US$ 195,23 por tonelada (ou R$ 439,26) com o dólar a R$ 2,25. Este custo da coleta 
seletiva é alto porque a forma como foi implementado não é boa, quando o programa de 
coleta seletiva é bom, a adesão da comunidade é expressiva e o valor de arrecação supera o 
valor gasto na operação da coleta seletiva.
Já o valor médio da coleta regular de lixo é de US$ 42,22 (R$ 95,00) por tonelada de 
lixo. Isso mostra que o custo da  coleta seletiva  foi 4,6 vezes maior que o custo da coleta 
convencional por tonelada de lixo.
No entanto, este custo pode baixar dependendo do quanto os municípios irão investir na 
questão da reciclagem. A reciclagem é o último R. 
Antes, precisamos pensar nos dois primeiros Rs que são reduzir e reutilizar. Mas, é fato que 
sempre iremos gerar resíduos e caso os municípios não pensem no planejamento da gestão 
dos resíduos sólidos, provavelmente, fi carão sem as verbas da união destinadas a esta questão 
conforme a Lei 12.305/10. 
Esta lei obriga a elaboração de programa de gerenciamento dos resíduos sólidos por todos os 
municípios brasileiros. Esse programa deve considerar a questão da coleta seletiva e a reciclagem. 
Para que a população do município participe da coleta seletiva, é necessário que esta 
seja amplamente divulgada e condições sejam oferecidas. Por exemplo, caso o município 
não disponha de coleta diferenciada, ou não implante pontos estratégicos de coleta seletiva, 
os moradores não conseguirão praticar muito a separação dos resíduos gerados, pois não 
conseguirão destinar corretamente. 
Os programas de coleta seletiva devem ser feitos em parceria com a população, por meio 
de campanhas de conscientização, principalmente, veiculadas nas escolas, pois quando as 
crianças entendem algo, elas rapidamente aplicam e condicionam os adultos próximos a 
executarem também.
Muitos municípios dispõem de Pontos de Entrega Voluntária – PEV, que são locais onde se 
pode deixar os resíduos recicláveis. Destes pontos, os materiais são separados e encaminhados 
para os processos de reciclagem.
11
A Reciclagem pelo Mundo
Alemanha
A Alemanha é pioneira e líder quando falamos de reciclagem. Segundo estudo do Programa 
Cidades Sustentáveis, a política de gerenciamento dos resíduos na Alemanha está sustentada 
nas seguintes etapas:
1 Prevenção: Que pode ser entendida como a redução dos 3Rs, que seria reduzir ao máximo a geração de resíduos;
2 Recuperação Primária: Que podemos entender como o segundo R dos 3Rs que seria a reutilização;
3 Recuperação Secundária: Que seria o terceiro R dos 3Rs referente à reciclagem do produto;
4 Recuperação Terciária 
Disposição alternativa: priorizando a destinação para a produção de energia 
e outros processos de recuperação dos materiais;
5 Disposição fi nal em aterros que seria a última opção para os resíduos.
Ainda conforme este estudo, em 2011, 63% dos resíduos sólidos urbanos foram recuperados, 
sendo 45% reciclados e 18% por compostagem.
Brasil
No Brasil, a prática da reciclagem está começando a se tornar mais efetiva após a Lei 
12.305, de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e que tem como uma 
das práticas de gerenciamento dos resíduos a coleta seletiva.
Como exemplos no Brasil, temos o caso de Londrina no estado do Paraná, que iniciou o 
programa de coleta seletiva em 1996. 
Em 2001, por meio de um programa municipal, todos os catadores formaram cooperativas 
e associações. O programa teve o apoio da prefeitura, que atuou na fonte, divulgando o 
programa e apoiando tecnicamente os catadores de lixo para se organizarem. 
Veja que a prefeitura deve desempenhar um papel importante para que o programa vingue 
e se solidifi que.
Dois outros exemplos de cidades no estado de São Paulo são as cidades de São Bernardo 
do Campo e de Itu. 
A cidade de São Bernardo do Campo, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, 
por meio de uma Parceria Público-Privada – PPP, implantou programa de coleta seletiva e 
também um incinerador para gerar energia. 
Itu, cidade turística localizada no interior do estado de São Paulo, também por uma PPP 
– Parceria Público-Privada, implantou contêineres em vários pontos da cidade para receber 
resíduos recicláveis. 
12
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Assim, a prefeitura não precisa mais coletar o resíduos recicláveis de porta em porta, o que 
é um processo oneroso, e a população participa levando os resíduos até os contêineres.
Os municípios brasileiros alegam que o maior problema para a implantação da coleta 
seletiva são os custos para a coleta dos materiais nos domicílios. 
Mas, esse problema pode ser resolvido como o município de Itu resolveu, com os contêineres 
instalados por uma empresa privada que faz a coleta e destina para as empresas de papel, 
plástico, alumínio e tem o retorno do investimento. 
Quando o processo da coleta seletiva é dividido entre administração pública, cooperativas 
e o comprometimento da população, torna-se viável em qualquer município. Porém o poder 
público deve investir, principalmente, na educação ambiental, conscientizando a população 
sobre como participar do programa.
A reciclagem dos recicláveis
Sabemos que muitos materiais são recicláveis, mas como são esses processos após esses 
materiais serem separados pelas cooperativas e centros de triagem? Vamos conhecer a reciclagem 
do papel, do alumínio, do vidro, do plástico, do aço e das embalagens de Tetra Pak. 
O gráfi co a seguir mostra a evolução da quantidade desses materiais reciclados entre os 
anos de 1993 a 2008. Podemos ver que de todos esses materiais, o alumínio foi o material 
mais reciclado. 
Essa porcentagem pode ser melhorada, se houver participação maior da sociedade quanto 
às práticas de coleta seletiva, acompanhadas de programas de conscientização ambiental 
implantados pela administração pública.
91,5% Latas de alumínio
Proporção de material reciclado em atividades industriais selecionadas
Brasil - 1993-2008
Embalagens PET
Vidro
Papel
Embalagens longa vida
Latas de aço
100
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
54,8%
47,0%
46,5%
43,7%
26,6%
Fonte: ABAL, Bracelpa, Abividro, Abipet, Abeaço, ABLV, Cempre
13
Papel
Agora vamos abordar a reciclagem do papel, que é um dos materiais mais antigos que 
reciclamos. O processo de reciclagem do papel se inicia nos pontos de triagem e cooperativas 
que fazem fardos com os papéis conforme o tipo destes que podem ser papel ou papelão e 
enviam para as indústrias de papel e celulose. 
Outros segmentos como indústrias que fabricam caixas de ovos também utilizam papel 
vindo da coleta seletiva.
O processo nas indústrias é o seguinte: os fardos de papéis são abertos e jogados com água 
em um equipamento, o hidrapulper, que funciona como um grande liquidifi cador, onde os 
papéis são transformados numa pasta de celulose. Essa pasta é então jogada numa peneira 
que retém impurezas como plásticos, arames, ferros, entre outros. 
Esta pasta de celulose ainda passa por mais alguns processos de retenção de impurezas e depois 
segue para os tanques de branqueamento para então serem feitos os vários tipos de papéis.
A fi gura a seguir mostra a sequência do processo de reciclagem do papel.
Fonte: comosefaz.eu
Conforme dados da BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel, em 2011, o 
consumo de papelno Brasil foi em torno de 9,6 milhões de toneladas de papel e a recuperação 
de aparas foi em torno de 4,4 milhões de toneladas. 
Isso quer dizer que apesar da coleta seletiva chegar a menos de 20% dos municípios 
brasileiros, a reciclagem do papel quase chega à metade do que é produzido. 
Se contarmos a quantidade de papel produzida que não é descartada, essa relação é ainda melhor.
14
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Alumínio
O alumínio é um material que pode ser reciclado infi nitas vezes sem perder sua propriedade. 
O Brasil é campeão mundial na reciclagem de alumínio, conforme dados da ABAL – Associação 
Brasileira do Alumínio, sendo que reciclou em 2011, 97,9% de todas as latas de alumínio. 
Esse alto índice pode ser explicado devido ao retorno fi nanceiro signifi cativo do alumínio 
quando vendido pelos sucateiros em comparação aos outros materiais recicláveis. 
As empresas LATASA e Novelis são as principais empresas de reciclagem de latas de 
Alumínio no Brasil. A Latasa foi fundada em 1991, no estado de São Paulo, sendo a pioneira 
no setor de reciclagem de alumínio integrando as etapas de coleta e fundição. A Latasa atua 
no Brasil em 22 pontos de coleta distribuídos em 13 estados.
O vídeo institucional a seguir, da Latasa, resume o processo de coleta e fundição do Alumínio.
Vídeo Institucional – Mar/13
https://www.youtube.com/watch?v=OxqUUhOtKfo
Na fi gura a seguir, é possível ver o ciclo da produção do alumínio com o início da exploração 
da bauxita e depois com a entrada das latas de alumínio coletadas, criando um ciclo de vida 
infi nito do alumínio. 
A reciclagem do alumínio ajuda a preservar os depósitos de bauxita existentes e aumentar 
a vida útil dos aterros sanitários.
Fonte: novelis.com
15
Aço
O aço, assim, como o alumínio, permite sua reciclagem inúmeras vezes. A reciclagem do 
aço reduz a exploração de minério e aumenta a vida útil dos aterros. 
A fi gura a seguir demonstra o processo de produção do aço a partir da exploração do 
minério e da reciclagem de sucatas.
Fonte: acobrasil.org.br 
Vidro
O vidro é um dos materiais mais antigos que o homem descobriu. Há registros da existência 
do vidro de pelo menos 4.000 a.C. 
Assim como o alumínio, o vidro é infi nitamente reciclável, além de não se perder material 
no processo de reciclagem, ou seja, a quantidade de vidro a ser reciclada é a mesma depois 
da reciclagem. 
A fi gura a seguir mostra o processo cíclico de reciclagem do vidro.
16
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Limpeza e
seleção
Caco
Ciclo in�nito
do vidro
Matérias-
primas
Fabricação
Envase
Embalagem
Distribuição
Consumo
Coleta
Fonte: Adaptado de abividro.org.br
Segundo dados da CEBRACE, empresa multinacional de vidros, a matéria-prima do vidro é 
a areia, com aproximadamente 72% de sílica, 14% de sódio, 9% de cálcio, 4% de magnésio, 
0,7% de alumínio e 0,3% de potássio.
Para obter os vidros coloridos, são adicionados ao processo corantes como o Selênio (Se), 
óxido de ferro e cobalto para obter as diferentes cores de vidros, mas que normalmente se 
apresentam em transparente, verde e âmbar. 
17
A fi gura a seguir mostra de forma esquemática os componentes do vidro com seu percentual.
Fonte: cristalpremium.com.br
O vídeo a seguir detalha melhor o processo da reciclagem do vidro.
Reciclagem de vidro em São Paulo - Jornal Futura - Canal Futura
https://www.youtube.com/watch?v=5o9pYIXmyjE
Plásticos
Os plásticos entraram na vida dos consumidores no século passado, e foram ganhando cada 
vez mais espaço, principalmente sendo utilizados nas inúmeras embalagens existentes. 
Há uma variedade grande de plásticos, sendo que praticamente quase todos são passíveis 
de reciclagem. 
18
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
A tabela a seguir mostra os tipos de plásticos e os possíveis produtos nos quais são 
transformados a partir da reciclagem:
Tipos de Plásticos Símbolo Produtos Produtos reciclados
PET – Polietileno tereftalato ou 
politereftalato de etileno
1
PET
Garrafas de refrigerantes e água, 
garrafas de detergentes, embalagens 
de produtos de limpeza, embalagens 
de cosméticos.
Fibra de carpete, tecido, vassoura, 
embalagem de produtos de limpeza.
PEAD – Polietileno de alta 
densidade
2
PEAD
Composição de engradados de 
bebidas, embalagens rígidas para 
equipamentos, baldes, tambores, 
autopeças, sacolas plásticas, 
embalagens de cosméticos.
Frascos para produtos de limpeza, 
embalagens de óleos lubri� cantes, 
tubulações de esgoto, conduítes.
PVC – Cloreto de polivinila 3
PVC
Comum em tubos e conexões 
e garrafas para água mineral e 
mangueiras.
Mangueiras, tubulações de esgoto, 
cones para sinalização de trânsito, 
tubos em geral. 
PEBD – Polietileno de baixa 
densidade
4
PEBD
Usado em embalagens de alimentos, 
� lmes plásticos, sacos plásticos 
pretos de lixo.
Filmes plásticos, sacos para lixo.
PP – Polipropileno 5
PP
Compõe embalagens de massas 
e biscoitos, potes de margarina, 
utilidades domésticas e embalagens 
de salgadinhos.
Caixas e cabos de baterias, vassouras, 
escovas, caixas e bandejas em geral.
PS – Poliestireno 6
PS
Utilizado na fabricação de 
eletrodomésticos e copos 
descartáveis.
Placas para isolamento térmico, 
bandejas.
O processo mais usual de reciclagem do plástico é o mecânico, considerada reciclagem 
mecânica, mas o plástico também pode ser transformado quimicamente em outros produtos 
por meio da reciclagem química ou ser incinerado gerando energia pela combustão, considerada 
reciclagem energética. 
19
Vamos focar na reciclagem mecânica, exempli� cada na � gura a seguir:
Fonte: alpambiental.com.br
A reciclagem mecânica é dividida em 4 etapas: 
1
Separação
Dos diferentes tipos de plásticos;
2
Moagem
Quando são triturados em pequenas partes;
3
Lavagem e 
aglutinação
Quando, após a lavagem, passam por um 
equipamento que provoca a secagem e aglutinação 
do material que se transforma numa massa plástica 
(nesse momento também pode ser incorporado o 
pigmento no processo);
4
Extrusão
Quando a massa plástica é fundida, tornando-
se homogênea, na forma de tubos que são 
resfriados. Esses tubos, na forma de espaguete, 
são cortados em grãos pellets, num equipamento 
chamado granulador.
Embalagem Tetra Pak
As embalagens tetra pak foram um avanço na tecnologia para a conservação de alimentos. 
Elas começaram a ser pesquisadas nos anos 40 pelo Dr. Ruben Rausing, fundador da empresa 
sueca Tetra Pak. 
20
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
A ideia era uma embalagem higiênica que pudesse ser mais bem estocada e que garantisse 
a conservação do alimento. A inovação foi tão efi ciente que rapidamente foi sendo levada para 
todos os países. 
Porém, essa embalagem se tornou inimiga do meio ambiente, pois ela é composta por 
6 camadas alternadas de papel, alumínio e polietileno que, em conjunto, demandam longo 
tempo de decomposição.
Esse foi um desafi o para a empresa Tetra Pak que buscou alternativas para a reciclagem de 
suas embalagens, sendo que, atualmente, há dois processos. 
Um deles é a separação do papel, do plástico e do alumínio, que podem ser reciclados 
separadamente em novos produtos de papel, plástico e alumínio e a alternativa é somente 
a separação do papel, sendo que o plástico e o alumínio são prensado, formando chapas 
parecidas com compensado de madeira que podem ser usadas para a fabricação de móveis, 
divisórias e telhas.
O vídeo a seguir mostra como pode ser reciclado o material das embalagens tetra pak 
produzindo telhas.
Reciclagem de Tetra Pak - Momento Ambiental
https://www.youtube.com/watch?v=IZHJ-oGOeaw.
21
Considerações Finais
A destinação dos resíduos sempre foi um desafi o para o homem devido, principalmente, à 
sua quantidade e características. 
Podemos dizer que, atualmente, na nossa sociedade, a reciclagem ainda é a forma mais 
abrangente de amenizar esse impacto. Porém, a reciclagem só é efi ciente quando consegue 
abranger um percentual signifi cativo dos materiais descartados. 
Para quea reciclagem consiga absorver uma porcentagem alta de materiais descartados é 
necessário que esses materiais sigam para os processos de reciclagem ao contrário do caminho 
dos aterros e, infelizmente, ainda de muitos lixões existentes no país. 
Para que este material seja encaminhado à reciclagem é preciso que toda a população 
participe dos programas de coleta seletiva que consistem em dispor os materiais recicláveis em 
pontos específi cos de coleta deste material.
Infelizmente, a reciclagem precisa ser melhor praticada pela população que, por vezes, nem 
tem acesso a programas de reciclagem. 
O poder público, em conjunto com as grandes empresas, precisa se engajar em promover 
a coleta seletiva nos municípios e não simplesmente dispor da coleta de lixo e depois lançar 
todo o resíduo nos lixões. 
A população, por sua vez, precisa participar dos programas e buscar pontos de coleta; 
separar os materiais em casa e enviar os recicláveis para os pontos de recebimento, ajudando, 
assim, com sua parcela de ação na melhoria do meio ambiente.
10 formas de poluir menos o planeta Terra: https://youtu.be/4bcBifYGLgk
22
Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
Material Complementar
Para aprofundar seus conhecimentos, consulte:
Vídeos:
Vídeo Institucional – Mar/13
https://www.youtube.com/watch?v=OxqUUhOtKfo;
Reciclagem de vidro em São Paulo – Jornal Futura – Canal Futura
https://www.youtube.com/watch?v=5o9pYIXmyjE;
Reciclagem de Tetra Pak – Momento Ambiental
https://www.youtube.com/watch?v=IZHJ-oGOeaw
Sites:
Visite os seguintes sites:
Onde reciclar embalagens Longa Vida (Tetra Pak) e outros materiais
http://www.rotadareciclagem.com.br/index.html;
Compromisso Empresarial para Reciclagem
www.cempre.org.br
Radiografando a Coleta Seletiva
http://cempre.org.br/ciclosoft/id/2;
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Referências
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Unidade: Práticas de Gestão de Resíduos
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