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Abril 18/04 a 22/04 Lista de Exercícios Toda semana uma lista com exercícios difíceis exclusivos para você praticar ainda mais! Matérias: Gramática Literatura Geografia História Biologia Matemática Filosofia Química Física Gramática Área: Interpretação de Texto Módulo� Modos de organização e composição textual Acesse o módulo clicando aqui Esta lista de exercícios visa avaliar a compreensão da(o) aluna(o) sobre o texto argumentativo, estudado na videoaula “Estudo do texto argumentativo”, dentro do módulo “Modos de organização e composição textual” 1. IME 2022 . TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: ENGENHEIROS DA VITÓRIA Solução de problemas na história [...] Quando se fala na eficiência em conseguir equipamentos de combate e transferir combatentes de A para B, os britânicos são campeões; certamente isso não foi por causa de alguma inteligência especial, mas pela ampla experiência em organização e senso crítico depois de enfrentar chances adversas em 1940, juntamente com a perspectiva de derrota. Aqui a necessidade foi a mãe da invenção. Eles tinham que defender suas cidades, transportar tropas até o Egito, apoiar os gregos, proteger as fronteiras da Índia, trazer os Estados Unidos para a guerra e depois levar aquele imenso potencial americano para a área da Europa. Era mais um problema a ser resolvido. Como foi possível fazer com que 2 milhões de soldados americanos, depois de chegar às bases de Clyde, fossem para bases no sul da Inglaterra preparando-se para o ataque à Normandia, quando a maior parte das ferrovias britânicas estava ocupada em transportar vagões de carvão para as fábricas de ferro e aço que não podiam parar de produzir? Como se viu, uma organização composta por pessoas que cresceram decorando os horários da estrada de ferro de Bradshaw como passatempo pode fazer isso, enquanto os altos comandantes consideravam que tudo estava garantido porque confiavam na capacidade de seus administradores de nível médio. Churchill acreditava que o melhor era não se preocupar demais com os problemas, pois tudo se resolveria, isto é, uma maneira havia de ser encontrada, passo a passo. Há uma outra forma de pensar sobre essa história de soluções de problemas, e ela vem de um exemplo bem contemporâneo. Em novembro de 2011, enquanto o genial 1líder da Apple, Steve Jobs, recebia inúmeras homenagens póstumas, um artigo intrigante foi publicado na revista New Yorker. 2Nele o autor, Malcom Gladwell, argumentava que Jobs não era o inventor de uma máquina ou de uma ideia que mudou o mundo; poucos seres o são (exceto talvez Leonardo da Vinci e Thomas Edison). Na verdade, seu brilhantismo estava em adotar invenções alheias que não deram certo, a partir das quais construía, modificava e fazia aperfeiçoamentos constantes. Para usar uma linguagem atual, ele era um tweaker, e sua genialidade impulsionou como nunca o aumento de eficiência dos produtos de sua companhia. A história do sucesso de Steve Jobs, contudo, não era nova. A chegada da Revolução Industrial do século XVIII na Grã-Bretanha – muito provavelmente a maior revolução para explicar a ascensão do Ocidente – ocorreu porque o país possuía uma imensa coleção de tweakers em sua cultura que encorajaram o progresso [...] A história da evolução do tanque T-34 soviético, de um grande pedaço de metal mal projetado e fraco para uma arma de guerra mortífera, segura e de grande mobilidade, não foi uma história contínua de tweaking? Não foi esse também o caso do grande bombardeiro americano, o B-29, que no início estava tão mergulhado em dificuldades que chegou a se propor seu cancelamento até que as equipes da Boeing resolveram os problemas? E as miraculosas histórias do P-51 Mustang, dos tanques de Percy Hobart e de um poderoso sistema de radar tão pequeno que poderia ser inserido no nariz de um avião patrulha de longa distância e virar a maré na Batalha do Atlântico? Depois que se unem os diversos pedaços espalhados, tudo se encaixa. Mas todos esses projetos exigiram tempo e apoio. 3Na verdade, os administradores de grandes companhias mundiais provavelmente se surpreendam diante, digamos, do planejamento e orquestração do almirante Ramsay nos cinco desembarques simultâneos no Dia D e gostariam de poder realizar um décimo do que ele fez. Em suma, a vitória em grandes guerras sempre requer organização superior, o que, por sua vez, exige pessoas que possam dirigir essas organizações, não com um interesse apenas moderado, mas da maneira mais competente possível e com estilo que permitirá às pessoas de fora propor ideias novas na busca da vitória. Os chefes não podem fazer isso tudo sozinhos, por mais que sejam criativos e dotados de energia. É necessário haver um sistema de apoio, uma cultura de encorajamento, feedbacks eficientes, uma capacidade de aprender com os revezes, uma habilidade de fazer as coisas acontecerem. E tudo isto tem de ser feito de uma maneira que seja melhor do que aquela do inimigo. É assim que as guerras são vencidas. [...] O mesmo reconhecimento merecem, por certo, os militares de nível médio que mudaram a Segunda Guerra Mundial, transformando as agressões do Eixo em 1942 em avanços irreversíveis dos Aliados em 1943-44, e finalmente https://www.stoodi.com.br/materias/gramatica/modos-de-organizacao-da-composicao-textual/estudo-do-texto-dissertativo/. destruindo a Alemanha e o Japão. É verdade, alguns desses indivíduos, armamentos e organizações são reconhecidos, mas em geral de uma forma fragmentada e popularizada. É raro que esses fios isolados sejam tecidos em conjunto para mostrar como os avanços afetaram as muitas campanhas, fazendo a balança pender para o lado dos Aliados durante o conflito global. Mais raro ainda é a compreensão de como o trabalho desses vários solucionadores de problemas também precisa ser 4incluído numa importante “cultura do encorajamento” para garantir que simples declarações e intenções estratégicas de grandes líderes se tornem realidade e não murchem nas tempestades da guerra. Se isso é o que acontece, então vivemos com uma grande lacuna em nossa compreensão de como a Segunda Guerra Mundial foi vencida em seus anos cruciais. KENNEDY, Paul. Engenheiros da Vitória: Os responsáveis pela reviravolta na Segunda Guerra Mundial. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 407- 428 (texto adaptado). Leia atentamente o excerto abaixo do texto: “Na verdade, os administradores de grandes companhias mundiais provavelmente apenas fiquem maravilhados diante, digamos, do planejamento e orquestração do almirante Ramsay nos cincos desembarques simultâneos no Dia D e gostariam de poder realizar um décimo do que ele fez. Em suma, a vitória em grandes guerras sempre requer organização superior, o que, por sua vez, exige pessoas que possam dirigir essas organizações, não com um interesse apenas moderado, mas da maneira mais competente possível e com estilo que permitirá às pessoas de fora propor ideias novas na busca da vitória”. (ref. 3) A coesão refere-se aos mecanismos de encadeamento lógico-semântico do conteúdo apresentado, que criam relações entre o que é dito, de modo a orientar o leitor na construção do significado geral de um texto. Ela inclui os operadores argumentativos. Isso posto, considera-se que a análise desses elementos em negrito no texto mostra que o operador: a) “na verdade” contesta argumentos que apoiam a ideia de que a inventividade prática na guerra é reconhecida por profissionais do mundo dos negócios. b) “digamos” estabelece o questionamento das razões que justificam o encantamento dos admiradores das companhias mundiais. c) “em suma” menciona sucessivamente quais são os aspectos que contribuem para uma vitória na guerra. d) “por sua vez” estabelece a contestação do papel dos dirigentes na obtenção das vitórias militares na 2ª Guerra Mundial. e) “mas” evidencia a especificação de outras qualidades dos dirigentes das operações militares para obter êxito na guerra. 2. UPF 2019 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A(s) questão(ões) refere(m)-se ao texto “Dizer o que se pensa nãoé sempre uma qualidade” Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade Suzana Herculano-Houzel 1Donald Trump fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer, 2segundo seus eleitores. Cheguei aos EUA em 2016 com Obama na Casa Branca e 3assisti 4boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa da nação eleger uma figura no mínimo controversa. Trump parecia imune aos próprios atentados contra os valores americanos. A razão, louvada por tantos de seus eleitores? “Ele fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer.” 5E 6ainda faz escola. Já ouvi o mesmo argumento de vários que apoiam presidenciáveis brasileiros. 7Como se dizer o que se pensa fosse, de fato, sempre algo louvável. Mas não é. Pensar besteira todo mundo faz, de chegar na mureta do mirante e ponderar que “é 8só passar a perna por cima e me jogar” ou olhar para o vizinho e pensar que “se eu o empurrasse, ele teria morte certa”. 9Evocar associações comuns, como mureta e suicídio, é apenas natural para o cérebro, consequência inevitável do seu aprendizado por repetição. 10Da mesma forma, 11num 12ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam, 13onde se cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo, e 14onde todo útero grávido é propriedade coletiva, 15insultar é o impulso mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença. 16Pensamentos também são testes de ações mentais e suas consequências possíveis. Mentalmente, todo mundo um dia xinga a mãe, esbofeteia o vizinho, esfaqueia o marido ou profere insultos racistas e homofóbicos. 17Mas a grande maioria para no pensamento, 18horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas ou ditas. 19Pensamentos terríveis têm essa utilidade: 20primatas que somos, com um córtex pré-frontal expressivo, capaz de reconhecer 21más ideias e impedi-22las de vir à tona, não precisamos chegar às vias de fato para aprender a não fazer besteira. 23Dizer o que “todo mundo pensa mas não ousa dizer”, portanto, não é sinal de coragem, nem de honestidade, mas apenas de falta de controle pré-frontal – ou de mau caráter mesmo. (Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade. Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018) Com relação a aspectos semântico-sintáticos do texto e aos operadores argumentativos nele presentes, é correto afirmar que a) “ainda” (ref. 6) refere-se ao tempo ao qual a situação “fazer escola” se refere. b) “Como” (ref. 7) introduz uma dúvida, eis que é um advérbio interrogativo. c) “só” (ref. 8) introduz uma ideia de exclusão. d) “segundo” (ref. 2) é uma conjunção conformativa. e) “onde”, na referência 13, é um advérbio e, na referência 14, um pronome. 3. Fac. Albert Einstein � Medicina 2017 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Violência à saúde Mauro Gomes Aranha de Lima Jornal do Cremesp, agosto de 2016 O aumento da violência contra médicos e enfermeiros finalmente passou a ser encarado como questão de Estado. Graças às denúncias do Cremesp [Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo] e do Coren-SP [Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo], a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mantém agora um grupo de trabalho que se debruça na busca de soluções para o problema. Em recente reunião, o secretário adjunto da SSP-SP, Sérgio Sobrane, comprometeu-se a tomar providências. A Secretaria de Saúde (SES-SP) também participou dos debates que culminaram com proposta do Cremesp e do Coren de um protocolo para orientar profissionais da Saúde a lidar com situações em que o usuário/familiar se mostre agressivo ou ameaçador. Simultaneamente, a SSP-SP preparará um piloto de intervenção baseado em registros de ameaças ou de truculência na Capital. Se bem sucedido, será multiplicado ao restante do Estado. São medidas oportunas e as levaremos em frente. Contudo, tal empenho não será o bastante. A violência emerge de raízes profundas: governos negligenciam a saúde dos cidadãos, motivo pelo qual a rede pública padece de graves problemas no acesso ou continuidade da atenção; hospitais sucateados e sob o contingenciamento de leitos e serviços; postos de saúde e Estratégia Saúde da Família com equipes incompletas para a efetivação de metas integrativas biopsicossociais. O brasileiro é contribuinte assíduo e pontual, arca com uma das mais altas tributações do mundo, e, em demandas por saúde, o que recebe é o caos e a indiferença. Resignam-se, muitos. Todavia, há os que não suportam a indignidade. Sentem-se humilhados. Reagem, exaltam-se. Eis que chegamos ao extremo. Em pesquisa encomendada pelo Cremesp, em 2015, com amostra de médicos, tomaram conhecimento ou foram vítimas de violência. Ouvimos também os pacientes: dos entrevistados atribuíram a razão das agressões a problemas como demora para serem atendidos, estresse, muitos pacientes para poucos médicos, consultas rápidas e superficiais. Ser médico é condição e escolha. Escolhemos a compreensão científica do mecanismo humano, revertida em benefício do ser que sofre. Vocação, chamado, desafio, e o apelo da dor em outrem, a nos exigirem fôlego, serenidade e dedicação. Estamos todos, médicos e pacientes, em situação. Há que se cultivar entre nós uma cultura de paz. E um compromisso mútuo de tarefas mínimas. Aos pacientes, cabe-lhes o cultivo de uma percepção mais refletida de que, em meio à precariedade posta por governos cínicos, o Estado não é o médico. Este é apenas o servidor visível, por detrás do qual está aquele que se omite. Aos médicos, a compreensão de que os pacientes, além de suas enfermidades, sofrem injustiças e agravos sociais. A tolerância não é exatamente um dom, uma graça, ou natural pendor. É esforço deliberado, marco estrutural do processo civilizador. Tarefas e esforços compartilhados: a solução da violência está mais dentro do que fora de nós. In: Jornal do Cremesp. Órgão Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Nº 339, agosto 2016. [Adaptado] Como texto argumentativo que é, o editorial Violência à Saúde tem como tese a) narrar sobre os contribuintes brasileiros como aqueles que não têm o retorno devido em demandas por saúde. b) divulgar dados de pesquisa realizada pelo Cremesp sobre a violência. c) defender ponto de vista sobre a tolerância a ser compartilhada por médicos e pacientes. d) descrever que ser médico é escolher a compreensão científica do mecanismo humano. 4. UFSM 2015 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder a(s) questão(ões), leia o texto a seguir. Uma revolução em cinco minutos Usar a tecnologia para construir um mundo melhor tem seu lado frívolo. 1Mas, 11felizmente, 2também tem um lado bem sério. Principalmente na política. A tecnologia 10pode ajudar governos a adotar medidas que 3beneficiam a população. Avanços tecnológicos facilitaram a criação de ferramentas que ajudam não só a promover a cidadania, mas também a vigiar, a reportar e a agir contra a restrição dos direitos civis. Por isso, pode-se argumentar que está cada vez mais difícil manter um governo injusto e cada vez mais fácil se rebelar contra regimes antidemocráticos. 6Se você quiser monitorar os países onde há desrespeito à democracia, uma das 4melhores ferramentas é o projeto ChokePoint. Inspirado nos acontecimentos no Egito e na Líbia, o ChokePoint (chokepointproject.net) é uma plataforma que expõe o intercâmbio de informação entre países. Se houver uma parada súbita no tráfego de dados, o sistema alerta sobre um provável corte da liberdade de expressão naquele país. [...] E 7se você quiser organizar um protesto? Aqui entra a tecnologia também. Em agosto, manifestantes contra o governo usaram em Londres o API do GoogleMaps para mostrar, em tempo real, por quais ruas a polícia estava se aproximando. [...] Mas 8se você não mora em áreas de conflito eprotesto não é seu estilo, há várias maneiras de usar a tecnologia para 12facilitar o engajamento. Em sites como o Change.org (change.org) é possível reunir milhares de pessoas para assinar uma petição. Em sites locais, como o FixMyStreet (fixmystreet.com) ou eDemocracy (forums.e-democracy. org/about), é possível discutir problemas da comunidade e acionar as autoridades. É claro que a tecnologia também pode ser usada para terrorismo, mas a maioria da população é contra esse tipo de atividade. É 13gratificante saber que 9podemos contar com a tecnologia para engajar grupos que vão provocar mudanças, sejam para a denúncia de buracos na sua rua ou a derrubada de regimes ditatoriais. O mundo conectado é capaz de construir uma sociedade mais 5justa. Fonte: LARIU, Alessandra. Uma revolução em cinco minutos. INFO, Nov. 2011, p.52. (adaptado) No artigo de opinião, a autora aborda um tema sobre o qual defende uma tese fundamentada por argumentos, articulados por diferentes estratégias argumentativas. Com relação a esses aspectos de conteúdo, considere as afirmativas a seguir. I. O campo semântico usado ao longo do texto aponta como tema o uso da tecnologia no contexto sociopolítico. II. A utilização de índices de avaliação, como “felizmente” (ref. 11), “facilitar” (ref. 12) e “gratificante” (ref. 13), sinaliza um posicionamento favorável ao uso de recursos tecnológicos para promover o engajamento de pessoas em prol da justiça social. III. Para evidenciar o potencial do uso de tecnologia no processo de engajamento social, é empregada a estratégia de exemplificação, com indicação de recursos tecnológicos e suas finalidades. IV. No último parágrafo, ao admitir a possibilidade de emprego da tecnologia em prejuízo da sociedade, a articulista busca enfraquecer tal argumento por meio da estratégia de contra-argumentação, mantendo, assim, válida a sua tese. Está(ão) correta(s) a) apenas II. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas I, III e IV. e) I, II, III e IV. 5. FGV 2015 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto para a(s) questão(ões) a seguir Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. Pode-se apontar, no texto, a contradição, que repercute na obra a que ele pertence, entre a) o discurso ostensivamente racional e as alegações incompatíveis com a esfera da razão. b) o tom elevado, solene, e o vocabulário de caráter oral-popular. c) a evidente filiação do narrador ao Espiritismo e sua referência ao Velho Testamento. d) o caráter clássico da erudição do narrador e o romantismo de sua demanda de originalidade. e) a frieza analítica da argumentação e a intensidade emocional do conteúdo nela veiculado. 6. Esc. Naval 2015 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto abaixo para responder à(s) quest(ões) a seguir. Os celulares Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois. O que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver hoje sem ele? Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não tem seu celular hoje em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas crescentes utilizações. Me poupem de enumerá-las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras pessoas. Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para receber e efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as horas, possui calendário. É verdade, recebi uns torpedos, e com dificuldade, enviei outros, bem raros. Imagine tirar fotos, conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por um desajustado à vida moderna. Isto não! No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social, digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas compras e pesquisas... Fora dele, tenho meus cartões de crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e, muito importante, sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se multiplicando. Haja memória! Mas, no caso dos celulares, o que me chama mesmo a atenção é que as pessoas parecem não se desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para alguém, ou entrando em contato com a internet, acompanhando o movimento das postagens do face, ou mesmo brincando com seus joguinhos, como procedem alguns taxistas, naqueles instantes em que param nos sinais ou em que o trânsito está emperrado. Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem causado desconfortos sociais. Comenta a Danuza Leão: “Outro dia fui a um jantar com mais seis pessoas e todas elas seguravam um celular. Pior, duas delas, descobri depois, trocavam torpedos entre elas.” Me sinto muito constrangido quando, num grupo, em torno de uma mesa, tem alguém, do meu lado, falando, sem parar, pelo celular. Pior, bem pior, quando estou só com alguém, e esta pessoa fica atendendo ligações contínuas, algumas delas com aquela voz abafada, sussurrante... Pode? É frequente um casal se sentar a uma mesa colada à minha, em um restaurante e, depois, feitos os pedidos aos garçons, a mulher e o homem tomam, de imediato, os seus respectivos celulares. E ficam neles conversando quase o tempo todo, mesmo após o início da refeição. Se é um casal de certa idade, podem me argumentar, não devia ter mais nada para conversar. Afinal, casados há tanto tempo! Porém, vejo também casais bem mais jovens, com a mesma atitude, consultando, logo ao se sentarem, os celulares para ver o movimento nas redes sociais, ou enviando torpedos, a maior parte do tempo. Clima de namoro, de sedução, é que não brotava dali. Talvez, alguém parece ter murmurado, em meu ouvido, assim os casais encontraram uma maneira eficiente de não discutirem. Falando com pessoas não presentes ali. A tecnologia a serviço do bom entendimento, de uma refeição em paz. Mas vivencio sempre outras situações em que o uso do celular me prende a atenção. Entrei em um consultório médico, uma senhora aguardava sua vez na sala de espera. Deu para perceber que ela acabava de desligar seu aparelho. Mas, de imediato, fez outra chamada. Estava sentado próxima a ela, que falava bem alto. A ligação era para uma amiga bem íntima, estava claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo. Em breves minutos, não é por nada não, fiquei sabendo de alguns “probleminhas” da vida desta senhora. Não, não vou aqui devassar dela, nem a própria me deu autorização para tal... Afinal, sou uma pessoa discreta. Não pude foi evitar escutar o que minha companheira de sala de espera... berrava. Para não dizer, no entanto, que não contei nada, também é discrição demais, só um pequeno detalhe, sem maior surpresa: ela estava a ponto de estrangular o marido. O homem, não posso afiançar, aprontava as suas. Do outro lado, a amigona parecia estimular bem a infortunada senhora. De repente, me impedindo de saber mais fatos, a atendente chama a senhora, chegara a sua hora de adentrarao consultório do médico. Não sei como ela, bastante exasperada, iria enfrentar um exame, na verdade, delicado. Não deu para vê-la sair pela outra porta. É, os celulares criaram estas situações, propiciando já a formação do que poderá vir a ser chamado de auditeurismo, que ficará, assim, ao lado do antigo voyeurismo. (UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão. Os celulares. In: ______. A vida e o tempo em tom de conversa. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Odisseia, 2013. P. 150-153.) Em sua linha argumentativa, o autor do texto a) considera improcedente o número de celulares que as pessoas carregam, sobretudo as crianças uma vez que esse comportamento reforça os valores consumistas que dominam a sociedade. b) revela que ele também se tornou mais um usuário submisso ao celular, já que esse aparelho facilita-lhe a resolução de muitas questões do cotidiano. c) reconhece os aspectos favoráveis do celular, mas destaca a tendência a um isolamento social, decorrente do uso inoportuno desse telefone móvel. d) ressalta que, no mundo moderno, o uso imperativo do celular tornou-se uma espécie de ”epidemia neurótica”. e) observa que as pessoas ainda contrárias aos avanços tecnológicas condenam, veementemente, o uso do celular. 6. UPF 2014 TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Dupla perversidade O voto do 31ministro Celso de Mello na quarta-feira, consagrando a admissibilidade de um segundo julgamento para certos crimes de certos réus, constituiu-se num dos mais brilhantes, se não o mais brilhante, dos já proferidos ao longo do processo do mensalão. 30O 21decano do Supremo Tribunal Federal 7matou a questão a pau em dois planos – o dos direitos humanos e o legal. No dos direitos humanos, ou antes da filosofia dos direitos humanos, 16defendeu com sabedoria o direito de os 23réus merecerem uma segunda apreciação de 22suas condenações. No plano legal, com a erudição e a competência que 20o caracterizam, defendeu a questão central de estabelecer 11se continuavam ou não em vigor os chamados embargos infringentes com um argumento decisivo ao lembrar que em 1998 o governo FHC apresentou ao Congresso projeto prevendo explicitamente sua extinção – 12e o Congresso o rejeitou. Se assim ocorreu, 17resulta cristalino que continuam em vigor. O problema é que… 4O problema é que no julgamento de quarta-feira 1a figura douta, judiciosa e altaneira do ministro Celso de Mello, tanto mais insuspeita quanto tem sido ele um dos mais duros na condenação dos réus, 13soou mais do que nunca como fora do lugar. Celso de Mello 18– e isto vai sem ironia, antes a seu favor do que desfavor – é uma figura do Brasil que queremos. No entanto, julgou para o Brasil que temos. E as consequências de seu voto, no Brasil que temos, são duas, iguais em perversidade: (1) a eternização do processo; (2) uma decisão final eventualmente favorável aos réus contaminada pela suspeita de alteração trapaceira do script com a entrada em cena de dois novos integrantes da corte. A conquista da eternidade na terra foi o sonho vão dos alquimistas. No céu, é artigo de fé, portanto não comprovável, das religiões. 14A eternidade dos processos, no entanto, é no Brasil fenômeno nada sobrenatural, fincado com histórica solidez no cenário nacional graças à coligação invencível das conveniências dos advogados com a docilidade das leis e os costumes frouxos do aparelho judiciário. Os advogados estão aí para isso mesmo – empurrar com a barriga, sempre que o quadro se lhes afigure desfavorável. A lei, com sua pletora de recursos em oferta, oferece-lhes 3uma barriga flácida, fácil de ser empurrada. No atual processo, ofereceu os embargos declaratórios, e, agora, os infringentes. Possibilita também os embargos declaratórios dos embargos declaratórios, e quem sabe, mais adiante, não possibilitará as infringências das infringências. O Judiciário, com seus hábitos modorrentos, fecha o círculo. Na quarta-feira os ministros concordaram em dobrar o prazo para a apresentação dos novos embargos, de quinze para trinta dias. 2Quando começa a contar o prazo? Na publicação do acórdão com a decisão de aceitá-los. E quando se dará a publicação? 9Sabe-se lá. Na quarta-feira, o ministro Joaquim Barbosa comentou com ironia a tendência do 29tribunal de atrasar o cumprimento de 28seus 6deveres de casa. A própria sessão daquele dia foi reveladora dos hábitos da casa. Deveria começar às 14 horas. Começou às 14h40. Terminado o voto do ministro Celso de Mello, às 16h45, abriu-se o intervalo, em tese de meia hora. Demorou 55 minutos. Os horários de abertura, fechamento e intervalo são determinados pelo regimento do tribunal, o mesmo que prescreve os embargos infringentes. Mereceu 25respeito quanto aos embargos. Não 24o mereceu, 5como 19aliás ocorre sempre, quanto aos horários. 10Não se trata de questão menor, quando a isso se somam os dois meses de férias, o recesso forense de Natal e os muitos feriados. Quanto à questão dos dois novos integrantes da corte, ambos votaram a favor da admissão dos recursos. Um deles – o 8“novato” Luís Roberto Barroso, como o chamou o veterano Marco Aurélio Mello – já criticou como excessivas as penas impostas aos réus. Os dois foram escalados com o jogo em andamento. É o que fazem os técnicos de futebol quando querem virar o placar. Fundada ou não, é a suspeita que recairá sobre a técnica Dilma Rousseff, e a quem a tenha influenciado, 15caso seus votos sejam determinantes para uma revisão das condenações. A perspectiva é daninha à imagem de um Supremo que, ao fim da primeira fase do julgamento, foi visto como reserva moral da nação e milagroso agente da redenção, na tradição de impunidade dos 27poderosos 26que avacalha o país. (DE TOLEDO, Roberto Pompeu. Dupla perversidade, Revista Veja, São Paulo: Ed. Abril, ed. 2340, p.122, 25 set 2013) Avalie as afirmações a seguir: A expressão “o decano do Supremo Tribunal Federal” (ref. 30) retoma a expressão “ministro Celso de Mello” (ref. 31) e, além de funcionar como elemento de coesão, exerce um importante papel argumentativo no texto PORQUE destaca a função relevante que ocupa o ministro e colabora na construção da crítica ao voto deste. A respeito das duas afirmações acima, assinale a opção correta: a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira. c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma proposição falsa. d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição verdadeira. e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são propostas falsas. 8. UPF 2014 Para construir sua proposta argumentativa, o autor se vale de diversos recursos. Assinale a alternativa cujo recurso está incorretamente descrito: a) “a figura douta, judiciosa e altaneira do ministro Celso de Mello” (ref. 1) – uso de adjetivos com função qualificadora. b) “Quando começa a contar o prazo? Na publicação do acórdão com a decisão de aceitá-los. E quando se dará a publicação? Sabe-se lá.” (ref. 2) – construção de simulacro conversacional. c) “uma barriga flácida, fácil de ser empurrada.” (ref. 3) – construção de sentido literal. d) “O problema é que…” (ref. 4) – interrupção do fluxo formulativo. e) “como aliás ocorre sempre” (ref. 5) – inserção de comentário. 9. Enem PPL 2021 Espaço e memória O termo “Na minha casa...” é uma metáfora que guarda múltiplas acepções para o conjunto de pessoas, de adeptos, dos que creem nos orixás. Múltiplos deuses que a diáspora negra trouxe para o Brasil. Refere-se ao espaço onde as comunidades edificaram seus templos, referência de orgulho, aludindo ao patrimônio cultural de matriz africana, reelaborado em novo território. O espaço é fundamental na constituição da história de um povo. Halbwachs (1941, p. 85), ao afirmar que “não há memória coletiva que não se desenvolva em um quadro espacial”, aponta para a importância de aspecto tão significativo no desenvolvimento da vida social. Lugar para onde está voltada a memória, onde aquelesque viveram a condição-limite de escravo podiam pensar-se como seres humanos, exercer essa humanidade e encontrar os elementos que lhes conferiam e garantam uma identidade religiosa diferenciada, com características próprias, que constituiu um “patrimônio simbólico do negro brasileiro (a memória cultural da África), afirmou-se aqui como território político-mítico-religioso para sua transmissão e preservação” (SODRÉ, 1988, p, 50). BARROS, J. F. P. Na minha casa. Rio de Janeiro: Pallas, 2003. Na construção desse texto acadêmico, o autor se vale de estratégia argumentativa bastante comum a esse gênero textual, a intertextualidade, cujas marcas são a) aspas, que representam o questionamento parcial de um ponto de vista. b) citações de autores consagrados, que garantem a autoridade do argumento. c) construções sintáticas, que privilegiam a coordenação temporal de argumentos. d) comparações entre dois pontos de vista, que são antagônicos. e) parênteses, que representam uma digressão para as considerações do autor. 10. FMP 2021 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida apenas por essa curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser humano. Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é o principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui, desde o domínio do fogo até a moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo surgimento da agricultura e da indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida de toda a humanidade no último século. Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência enfrenta uma crise de legitimação social no mundo todo. Existe uma descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos. Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacinação ou mesmo a desconfiança sobre o aquecimento global, apesar de todas as evidências científicas em contrário, são exemplos dessa descrença. A relação entre ciência, tecnologia e sociedade é de extrema complexidade, sem dúvida alguma. Ela passa por uma série de questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Como ampliar o acesso da população aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso científico e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas? Essas são questões cruciais para a ciência e a tecnologia nos dias de hoje. Disponível em: <www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/116-a-ciencia-e-a-tecnologiacomo-estrategia-de-desenvolviment o>. Acesso em: 24 ago. 2020. Adaptado. Um importante recurso argumentativo desenvolvido no texto é o uso de a) perguntas retóricas a título de conclusão. b) descrição de experiências científicas internacionais. c) vocabulário técnico como garantia de maior veracidade. d) citação de falas de autoridades no assunto. e) referência a situações concretas como contraexemplos. GABARITO� 1� e, 2� d, 3� c, 4� e, 5� a, 6� c, 7� a, 8� c, 9� b, 10� a Literatura Caras Stoodianas, Stoodianes e Stoodianos, Espero que estejam bem e firmes nos estudos. Esta semana a matéria mais fofa da sua grade traz exercícios sobre o Humanismo. Você deve se lembrar de Gil Vicente e seu teatro, além de que este é um momento de transição da Idade Média para o Renascimento, ou seja, Idade Moderna. Para assistir às aulas deste tópico, clique aqui Bons estudos! 1. UPE 2016 Aristóteles, ao admitir a arte como recriação da realidade, também sistematizou e organizou parâmetros, em seu livro Arte Poética, para distinguir os tipos de produção literária existentes na época. Hoje denominamos esses três diferentes tipos de texto de lírico (palavra cantada), épico (palavra narrada) e dramático (palavra representada). Partindo dos conceitos acima expressos, leia os três textos a seguir: Texto 1 Corridinho O amor quer abraçar e não pode. A multidão em volta, com seus olhos cediços, põe caco de vidro no muro para o amor desistir. O amor pega o cavalo, desembarca do trem, chega na porta cansado de tanto caminhar a pé. O amor usa o correio, o correio trapaceia, a carta não chega, o amor fica sem saber se é ou não é. Fala a palavra açucena, pede água, bebe café, dorme na sua presença, chupa bala de hortelã. Tudo manha, truque, engenho: é descuidar, o amor te pega, te come, te molha todo. Mas água o amor não é (Adélia Prado) https://www.stoodi.com.br/materias/literatura/humanismo/ Texto 2 Enquanto isto se passa na formosa Casa etérea do Olimpo omnipotente, Cortava o mar a gente belicosa Já lá da banda do Austro e do Oriente, Entre a costa Etiópica e a famosa Ilha de São Lourenço; e o Sol ardente Queimava então os Deuses que Tifeu Co temor grande em peixes converteu. Tão brandamente os ventos os levavam Como quem o Céu tinha por amigo; Sereno o ar e os tempos se mostravam, Sem nuvens, sem receio de perigo. O promontório Prasso já passavam Na costa de Etiópia, nome antigo, Quando o mar, descobrindo, lhe mostrava Novas ilhas, que em torno cerca e lava. (Camões) Texto 3 Entra Todo o Mundo, rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém e diz: Ninguém: Que andas tu aí buscando? Todo o Mundo: Mil cousas ando a buscar: delas não posso achar, porém ando porfiando por quão bom é porfiar. Ninguém: Como hás nome, cavaleiro? Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo e meu tempo todo inteiro sempre é buscar dinheiro e sempre nisto me fundo. Ninguém: Eu hei nome Ninguém, e busco a consciência. Belzebu: Esta é boa experiência: Dinato, escreve isto bem. Dinato: Que escreverei, companheiro? Belzebu: Que ninguém busca consciência. e todo o mundo dinheiro. Ninguém: E agora que buscas lá? Todo o Mundo: Busco honra muito grande. Ninguém: E eu virtude, que Deus mande que tope com ela já. Belzebu: Outra adição nos acude: escreve logo aí, a fundo, que busca honra todo o mundo e ninguém busca virtude. (Gil Vicente) Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas. ( ) Os três textos, consoante Aristóteles, pertencem aos gêneros dramático, lírico e épico, respectivamente. ( ) O texto 2 expressa uma visão do sentimento amoroso, traduzida por uma voz lírica emotiva, que corresponde ao eu poético criado pela autor. ( ) O texto 2 traz o relato do início da viagem de Vasco da Gama, recurso usado por Camões para narrar a história do povo lusitano, em Os Lusíadas, única epopeia em Língua Portuguesa. ( ) O texto 3 é um fragmento do Auto da Lusitânia, em que o autor Gil Vicente critica os vícios humanos com base nas ações de quatro personagens: Todo o Mundo, Ninguém, Dinato e Belzebu. ( ) O texto 3 retrata uma realidade social que perdura até os dias atuais, o que justifica o fato de as peças vicentinas serem consideradas atemporal e aespacial. É a atualidade dos temas utilizados pelo teatrólogo medieval, que torna suas peças aceitas por expectadores de diferentes épocas. Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. a) F - F - F - V - F b) V - V - V - F - F c) V - V - F - F - F d) F - V - F - V - F e) F - F - V - V - V 2. IFSP 2016 Considere o trecho para responder à questão. No final do século XV, a Europa passava por grandes mudanças provocadas por invenções como a bússola, pela expansão marítimaque incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas do mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia. Tomando-se por base o contexto histórico da época e os conhecimentos a respeito do Humanismo, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta. ( ) O Humanismo é o nome que se dá à produção escrita e literária do final da Idade Média e início da moderna, ou seja, parte do século XV e início do XVI. ( ) Fernão Lopes é um importante prosador do Humanismo português. Destacam-se entre suas obras: Crônica Del-Rei D. Pedro I, Crônica Del-Rei Fernando e Crônica de El-Rei D. João. ( ) Gil Vicente é um importante autor do teatro português e suas principais obras são: Auto da Barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira. ( ) Gil Vicente é um autor não reconhecido em Portugal, em virtude de sua prosa e documentação histórica não participarem da cultura portuguesa. a) V, V, V, F. b) V, F, V, V. c) F, V, V, F. d) V, V, F, F. e) V, F, F, V. 3. UEPA 2012 Há muitas formas de violência simbólica. Algumas se fundamentam no desrespeito aos caracteres externos (fenótipo) da variedade da espécie humana e, no caso específico, são, também, herança do nosso modelo socioeconômico de colonização. Interprete os versos abaixo de O Velho da Horta e reconheça a opção em que está sugerida essa forma de violência. a) Branca Gil – Ó Santo Martim Afonso Ide Melo tão namorado dá remédio a este coitado. b) Branca Gil – D’antemão faço uma esconjuração c’um dente de negra morta. c) Branca Gil – Eu já, senhor meu, não posso vencer uma moça tal sem gastardes bem do vosso. d) Moça – Não vedes que já sois morto, e andais contra natura? e) Mulher – Agora, com as ervas novas vos tornastes garanhão. 4. UEPA 2012 As diferenças etárias são muitas vezes causa de violência simbólica. Considerando isso, assinale os versos em que as frases expressam, de forma explícita, o tema básico de O Velho da Horta, fundamentado neste tipo de violência. a) Branca Gil – Todos os santos marteirados Socorrei ao marteirado Que morre de namorado. b) Moça – E essa tosse? Amores de sobreposse Serão os de vossa idade: O tempo vos tirou a posse. c) Branca Gil – Eu folgo ora de ver Vossa mercê namorado; Que o homem bem criado Té na morte o há de ser. d) Velho – Porém, amiga, Se nesta minha fadiga Vós não sois medianeira, Não sei que maneira siga, Nem que faça, nem que diga, Nem que queira. e) Parvo – Dono, dizia minha dona, Que fazeis vós cá te a noite? 5. Enem 2010 O Arlequim, o Pierrô, a Brighella ou a Colombina são personagens típicos de grupos teatrais da Commedia dell’art, que, há anos, encontram-se presentes em marchinhas e fantasias de carnaval. Esses grupos teatrais seguiam, de cidade em cidade, com faces e disfarces, fazendo suas críticas, declarando seu amor por todas as belas jovens e, ao final da apresentação, despediam-se do público com músicas e poesias. A intenção desses atores era expressar sua mensagem voltada para a a) crença na dignidade do clero e na divisão entre o mundo real e o espiritual. b) ideologia de luta social que coloca o homem no centro do processo histórico. c) crença na espiritualidade e na busca incansável pela justiça social dos feudos. d) ideia de anarquia expressa pelos trovadores iluministas do início do século XVI. e) ideologia humanista com cenas centradas no homem, na mulher e no cotidiano. 6. Famema 2020 TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. Vem um Sapateiro com seu avental e carregado de formas, chega ao 1batel infernal, e diz: Hou da barca! Diabo – Quem vem aí? Santo sapateiro honrado, como vens tão carregado? Sapateiro – Mandaram-me vir assi... Mas para onde é a viagem? Diabo – Para a terra dos danados. Sapateiro – E os que morrem confessados onde têm sua passagem? Diabo – Não cures de mais linguagem! que esta é tua barca, esta! Sapateiro – Renegaria eu da festa e da barca e da barcagem! Como poderá isso ser, confessado e comungado? Diabo – Tu morreste excomungado, não no quiseste dizer. Esperavas de viver; calaste dez mil enganos, tu roubaste bem trinta anos o povo com teu mister. Embarca, pobre de ti, que há já muito que te espero! Sapateiro – Pois digo-te que não quero! Diabo – Que te pese, hás de ir, si, si! (Gil Vicente. Auto da Barca do Inferno. Adaptado.) 1batel: pequena embarcação. O texto transcrito de Gil Vicente assume caráter a) moralizante, uma vez que traz explícita crítica aos costumes do personagem. b) educativo, pois o personagem reconhece seu erro e, ao final, é perdoado. c) humorístico, com intenção de entreter mais do que condenar comportamentos. d) doutrinário, considerando a devoção do personagem à religião quando em vida. e) edificante, já que o comportamento do personagem se torna exemplo a seguir. 7. Famema 2020 Na situação apresentada, o sapateiro a) espanta-se com a ideia de ir para o inferno, mas o diabo admite que não pode levá-lo por ter sido um homem cristão em vida. b) opõe-se à ideia de ir para o inferno, alegando que fora religioso em vida, mas o diabo o relembra dos pecados cometidos. c) mostra entusiasmo por seguir na embarcação do diabo e reconhece que, mesmo tendo sido religioso, acha justa a punição. d) sujeita-se à ordem do diabo e toma lugar em sua embarcação, com a esperança de que sua disposição para o trabalho ainda possa salvá-lo. e) confronta o diabo, considerando que este possa se intimidar ao descobrir que fora um homem religioso em vida. 8. Mackenzie 2017 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Incidente em Antares (fragmento) Durante alguns minutos a defunta fica a olhar em torno – para a esplanada, o céu, o muro do cemitério, a lanterna acesa caída no chão... Depois se põe de joelhos e nessa posição, lentamente, faz a volta do esquife vizinho, desatarraxando-lhe a tampa, que tenta em vão erguer, terminada a operação. Bate três vezes com o punho cerrado na tampa do caixão negro, cujo ocupante responde, após segundos, com três batidas semelhantes. D. Quitéria vê a tampa que ela desaparafusou erguer-se lentamente e por fim cair para um lado. Um homem de estatura mediana e vestido de escuro sai do seu féretro, dá alguns passos com uma rigidez de boneco de mola, olha a seu redor, inclina-se, apanha a lanterna, passeia a sua luz pelo muro do cemitério, depois pela copa dos cinamomos, projeta-a contra a esplanada e por fim foca o rosto da dama, que continua ajoelhada. — D. Quitéria Campolargo! – exclama o desconhecido. — Que honra! Que prazer! Érico Veríssimo Auto da Barca do Inferno (fragmento) ANJO FIDALG O ANJO FIDALG O ANJO FIDALG O ANJO FIDALG O ANJO Que quereis? Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Paraíso é esta em que navegais. Esta é; que demandais? Que me leixeis embarcar. Sou fidalgo de solar, é bem que me recolhais. Não se embarca tirania neste batel divinal. Não sei porque haveis por mal que entre a minha senhoria... Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca. Pera senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a prancha e atavio! Levai-me desta ribeira! Não vindes vós de maneira pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na tirania do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os pequenos, achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso. Gil Vicente A armadilha (fragmento) Meu nome é Mort. Ed Mort. 1Sou detetive particular. Pelo menos isso é o que está escrito numa plaqueta na minha porta. Estava sem trabalho há meses. Meu último caso tinha sido um flagrante de adultério. 2Fotografias e tudo. 3Quando não me pagaram, vendi as fotografias. Eu souassim. Duro. Em todos os sentidos. O aluguel da minha sala – o apelido que eu dou para este cubículo que ocupo, entre uma escola de cabeleireiros e uma pastelaria em alguma galeria de Copacabana – estava atrasado. 4Meu 38 estava empenhado. Minha gata me deixara por um delegado. A sala estava cheia de baratas. 5E o pior é que elas se reuniam num canto para rir de mim. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta. Luis Fernando Veríssimo Assinale a alternativa que NÃO pode ser associada ao teatro de Gil Vicente. a) [...] aparecem os homens livres pobres e também os escravos, tidos os primeiros como parasitas, e os segundos como tipos preguiçosos que nada fazem e devem ser frequentemente punidos. (Fernando Juarez De Cardoso) b) Muitas de suas peças são moralidades [...] Seus autos, contudo, não têm a rigidez das moralidades da época; as alegorias transformam-se em vida, em personagens saborosos. (Anatol Rosenfeld) c) [...] predomina [...] a sucessão de pequeninos quadros, a lembrar a mesma técnica da pintura narrativa medieval e das novelas de cavalaria. (Segismundo Spina) d) Seu teatro, essencialmente moral e social, é marcado pela intenção crítica. O riso, a sátira e os gracejos tinham um endereço certo: o público que assistia às encenações e que acabava por rir de si mesmo, sem que, por cegueira ou vaidade, se reconhecesse. (João Domingues Maia) e) [...] traz em si características de um momento de transição portuguesa, assim é marcado por traços que indicam desde elementos medievais até elementos renascentistas. (Alexandre Huady Torres Guimarães) 9. IFSP 2016 Leia o texto abaixo, um trecho do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, para assinalar a alternativa correta no que se refere à obra desse autor e ao Humanismo em Portugal. Nota: foram feitas pequenas alterações no trecho para facilitar a leitura. Vem um Frade com uma Moça pela mão, e um 1broquel e uma espada na outra, e um 1casco debaixo do 2capelo; e, ele mesmo fazendo a baixa, começou de dançar, dizendo: FRADE Tai-rai-rai-ra-rã; ta-ri-ri-rã; ta-rai-rai-rai-rã; tai-ri-ri-rã: tã-tã; ta-ri-rim-rim-rã. Huhá! DIABO Que é isso, padre?! Que vai lá? FRADE Deo gratias! Sou cortesão. DIABO Sabes também o tordião? FRADE Por que não? Como ora sei! DIABO Pois entrai! Eu tangerei e faremos um serão. Essa dama é ela vossa? FRADE Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu DIABO Fizestes bem, que é formosa! E não vos punham lá 3grosa no vosso convento santo? FRADE E eles fazem outro tanto! DIABO Que cousa tão preciosa... Entrai, padre reverendo! FRADE Para onde levais gente? DIABO Pera aquele fogo ardente que não temestes vivendo. FRADE Juro a Deus que não te entendo! E este hábito não me vale? DIABO Gentil padre mundanal, a Belzebu vos encomendo! 1broquel e casco – respectivamente, escudo e armadura para cabeça – são elementos por meio dos quais o autor descreve o frade. 2capelo – chapéu ou capuz usado pelos religiosos. 3pôr grosa – censurar. a) O destino do frade é exemplar no que se refere à principal característica da obra de Gil Vicente: a crítica severa, de sabor renascentista, à Igreja Católica, de cuja moral se distancia a obra do dramaturgo. b) A proposta do teatro vicentino alegórico – especialmente a Trilogia das Barcas – era a montagem de peças complexas, de linguagem rebuscada, distante do falar popular, para criticar, nos termos da moral medieval, os homens do povo. c) A imagem cômica, mas condenável, de um frade que canta, dança e namora, trazendo consigo uma dama, é exemplo cabal do pressuposto das peças de Gil Vicente de que, rindo, é possível corrigir os costumes. d) O frade terá como destino o inferno porque é homem “mundanal”, ligado aos gozos do mundo material, em cujo pano de fundo percebe-se o sistema de valores do homem medieval, para o qual não há salvação após a morte. e) O sistema de valores que pode ser entrevisto nas peças de Gil Vicente, e especialmente no Auto da Barca do Inferno, revela uma mentalidade avessa aos valores da Idade Média. 10. Mackenzie 2010 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Chicó – 3Por que essa raiva dela? João Grilo – Ó homem sem vergonha! Você inda pergunta? 5Está esquecido de que ela o deixou? Está esquecido da exploração que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensam que são o cão só porque enriqueceram, mas 4um dia hão de pagar. E a raiva que eu tenho é 3porque quando estava doente, me acabando em cima de uma cama, via passar o prato de comida 6que ela mandava para o cachorro. Até carne passada na manteiga tinha. Para mim nada, João Grilo 6que se danasse. Um dia eu me vingo. Chicó – João, 1deixe de ser vingativo que 2você se desgraça. Qualquer dia você inda se mete numa embrulhada séria. Ariano Suassuna, Auto da Compadecida Considere as seguintes afirmações. I. O texto de Ariano Suassuna recupera aspectos da tradição dramática medieval, afastando-se, portanto, da estética clássica de origem greco-romana. II. A palavra Auto, no título do texto, por si só sugere que se trata de peça teatral de tradição popular, aspecto confirmado pela caracterização das personagens. III. O teor crítico da fala da personagem, entre outros aspectos, remete ao teatro humanista de Gil Vicente, autor de vários autos, como, por exemplo, o Auto da barca do inferno. Assinale: a) se todas estiverem corretas. b) se apenas I e II estiverem corretas. c) se apenas II estiver correta. d) se apenas II e III estiverem corretas. e) se todas estiverem incorretas. GABARITO� 1� e, 2� a, 3� b, 4� b, 5� e, 6� a, 7� b, 8� a, 9� c, 10� a Geografia Área: Natureza e a Relação do Ser Humano com o Ambiente Módulo� Energia Objetivo� Identificar, analisar e interpretar características das diversas fontes de energia brasileiras e mundiais. Trabalhar com vantagens e desvantagens de cada fonte. 1. Famerp 2021 Examine o mapa. Considerando a matriz elétrica brasileira, os tipos de energias designados pelos contornos roxo e verde indicados na legenda são, respectivamente, a) nuclear e hidráulica. b) eólica e solar. c) nuclear e solar. d) hidráulica e eólica. e) solar e térmica. 2. UERJ 2021 Investimentos em novas usinas solares vão chegar a R$ 9,5 bilhões até 2025 A energia solar representa pouco mais de 1% da matriz energética do Brasil. Mas essa fatia saltará a 8% em dez anos, de acordo com o plano do governo. Os investimentos para sustentar a meta já estão em curso, segundo especialistas. Somente em grandes usinas solares, estão previstos R$ 9,5 bilhões em projetos até 2025. Na geração distribuída, em que a energia solar é produzida em painéis em telhados e fachadas de casas ou empresas, além das fazendas solares (que geram e vendem energia solar em terrenos), a estimativa é que outros R$ 16 bilhões sejam movimentados em investimento, emprego e imposto. JOÃO SORIMA NETO Adaptado de oglobo.globo.com, 17/02/2020 O aproveitamento da fonte de energia abordado na reportagem é favorecido pela seguinte característica ambiental brasileira: a) disposição orográfica b) índice pluviométrico c) posição latitudinal d) cobertura vegetal 3. Unesp 2021 Considerando as características da matriz energética brasileira, no gráfico, a) IV corresponde a lenha e carvão vegetal, que a partir de 1985 voltaram a ser empregados por famílias com baixo poder aquisitivo. b) I corresponde aos produtos da cana-de-açúcar, que em 1975 teve o crescimento de sua oferta incentivado com a instituição do Proálcool. c) V corresponde à hidráulica, que desde 1945 mantém crescimento acelerado pelos incentivos do Procel para a construção de usinas. d) III corresponde ao carvão mineral, que alcançou estabilidade no início dos anos 2000 com a proibição de novas termoelétricas. e) II corresponde a petróleo, gás e derivados, que a partir de 1980 tiveram uma queda gradual na participação, devido à escassez desses recursos. 4. Unesp 2021 Nas atividades cotidianas de indústrias, de empresas ou de pessoas em suas residências, o empenho pelo aumento da eficiência energética pode contribuir para a) reestruturar sistemas deprodução e reduzir as possibilidades de as sociedades usufruírem de seus bens. b) ampliar a dependência global por petróleo e redesenhar as alianças políticas alinhadas ao seu consumo. c) contornar o déficit global por energia e redistribuir os recursos entre os países de maneira igualitária. d) valorizar a oferta de fontes renováveis e extinguir gastos com subsídios públicos ao setor energético. e) otimizar os recursos energéticos e reduzir os impactos ambientais relacionados à sua produção. 5. Acafe 2020 Entre as formas de produção de energia elétrica, no Brasil, as hidroelétricas compõem uma considerável fatia do que é gerado. A respeito das hidroelétricas brasileiras com maior capacidade de produção de energia, é correto afirmar: a) A bacia hidrográfica do Paraná representa uma importante área de produção energética. Nela estão: a hidroelétrica de Itaipu, localizada no estado do Paraná, além das hidroelétricas de Ilha Solteira e São Simão no estado de São Paulo. b) Entre as principais usinas brasileiras localizadas no Estado do Pará, em operação ou em fase de conclusão, destacam-se Belo Monte, Tucuruí e a de Santo Antônio. c) Entre as usinas localizadas na bacia hidrográfica do São Francisco, destacam-se a usina de Xingó e a de Paulo Afonso, entre as dez que produzem mais energia no Brasil. d) Entre as usinas localizadas na bacia hidrográfica do São Francisco a de Luiz Gonzaga antes conhecida como Itaparica é a que produz maior volume de energia. Ela está localizada entre Pernambuco e Bahia. 6. Col. Naval 2020 Desde a Revolução Industrial, a geração de energia possibilita imenso desenvolvimento tecnológico, social e econômico, diferenciando e valorizando os lugares na medida em que proporciona distintos usos aos territórios. Mas, além de desenvolvimento, a geração de energia pode causar muitos danos ambientais. Silva, Edilson Adão Cândido da. Geografia em rede. 1. ed. São Paulo: FTD, 2014, pg. 160. O crescimento da oferta e do consumo energético no Brasil possibilitou conforto à boa parte da sua população, no entanto, também acabou gerando alguns problemas de cunho ambiental. Nesse sentido, assinale a opção correta. a) O petróleo, fonte de energia primária, renovável e a mais consumida no país, tem no Estado do Rio de Janeiro a sua maior produção. A utilização crescente desse recurso energético tem contribuído para agravar o fenômeno das Ilhas de calor em vários centros urbanos. b) O gás natural é considerado uma fonte energética primária e não renovável, cujo consumo vem sendo estimulado no país. Ao contrário do petróleo, aquela fonte energética é considerada mais limpa, pois sendo mais leve que o ar dissipa-se mais facilmente na atmosfera. c) O carvão mineral é considerado uma rocha sedimentar de origem fóssil, fonte energética renovável e altamente poluidor. A maior parte de sua produção ocorre no Estado do Pará, na Serra dos Carajás, sendo a sua utilização um das maiores responsáveis pela formação do chamado efeito estufa. d) A hidroeletricidade é uma fonte energética muito utilizada no Brasil, dadas as particularidades físicas dc nosso território. Atualmente, essa matriz energética vem se destacando, uma vez que, além de ser considerada uma fonte limpa, não acarreta problemas socioambientais. e) O uso da biomassa, fonte de energia renovável e que não causa poluição e desequilíbrio ambiental, vem crescendo no país. No entanto, o seu elevado custo ainda é um forte empecilho à sua produção, fato que a torna viável apenas em grandes centros urbanos, como nas Regiões Metropolitanas da Região Sudeste. 7. Espcex �Aman) 2020 O mundo moderno é um voraz consumidor de energia. Atender a essa demanda, pressionada cada vez mais pelas economias emergentes, bem como observar as exigências de um mercado balizado pelo paradigma da eficiência, são desafios incontornáveis. Sobre as características e a participação das diversas fontes de energia, considere as seguintes afirmativas: I. O drástico aumento do preço do petróleo causado pelas crises internacionais de 1973 e 1979/1980 teve um duplo efeito: viabilizou sua extração em locais de difícil acesso (Sibéria, Alasca e plataformas continentais) e estimulou a pesquisa de fontes alternativas. II. Impulsionado pelas políticas de redução das emissões de CO2 adotadas pela China, o gás natural já é, desde 2010, a segunda fonte de energia mais utilizada no mundo. III. Fontes de energia como o etanol e o biodiesel despontam atualmente como excelentes alternativas, pois apresentam os seguintes benefícios: poluem menos que os combustíveis fósseis, geram vários empregos no campo e dinamizam a economia por conta do seu efeito multiplicador. IV. Isenta de impactos ambientais, a energia eólica vem conquistando cada vez mais espaço na matriz energética de países como China, EUA, Alemanha, Espanha e Índia. V. Países como França, Ucrânia, Japão e Coreia do Sul continuam a ter nas usinas nucleares uma importante fonte energia, mesmo com problemas relacionados à destinação dos seus rejeitos, à pressão da opinião pública e aos altos custos de construção e manutenção. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas, dentre as listadas acima. a) I, II e III b) I, III e V c) I, IV e V d) II, III e IV e) II, IV e V 8. UFRGS 2020 No Brasil, as unidades de geração eólica concentram-se nos Estados da região a) Nordeste. b) Norte. c) Centro-oeste. d) Sudeste. e) Sul. 9. IFPE 2020 A figura refere-se a uma alternativa energética cuja exploração tem sido crescente no Brasil nas últimas décadas. Indique, a seguir, a associação CORRETA entre a fonte de energia representada e a sua característica correspondente. a) Eólica/renovável b) Geotérmica/fóssil. c) Eólica/fóssil. d) Solar/renovável. e) Geotérmica/não renovável 10. Fepar 2020 Nos temas que preocupam o setor industrial brasileiro no pós-Previdência, como a reforma tributária e o crescimento da economia, os empresários continuam desanimados. O índice de confiança da indústria – que serve como termômetro para medir as expectativas dos executivos quanto ao futuro de seus negócios – tem caído mês a mês. O Planalto sabe disso e, na tentativa de gerar uma agenda positiva, alinhado com os ministérios da Economia e de Minas e Energia, prometeu para as próximas semanas um anúncio relevante: o maior plano para fomento do setor de gás natural da história brasileira, com o objetivo de baratear a energia. O ponto principal da medida será o fim do monopólio da Petrobras. (VEJA, p. 64, 3 jul. 2019) ( ) O gás natural é um combustível fóssil encontrado na natureza sempre em associação com o petróleo. Em função do crescimento mundial do uso das fontes alternativas de energia, sua utilização como fonte energética tem apresentado redução nas últimas décadas. ( ) A queima do gás natural libera boa quantidade de energia, que pode ser utilizada nos altos-fornos e motores a explosão. Entre as vantagens do gás em relação ao petróleo pode-se mencionar o preço mais baixo e o menor índice de poluição atmosférica. ( ) A entrada em operação do gasoduto Bolívia–Brasil no final dos anos 90 viabilizou a importação brasileira de gás natural. Algumas usinas termelétricas nacionais, desde então, são dependentes da compra do gás boliviano. ( ) O fim do monopólio da Petrobras sobre a produção e distribuição do gás no País pode levar à redução do preço desse combustível, beneficiando o consumidor com produtos mais baratos e estimulando a indústria e o agronegócio no Brasil. ( ) A descoberta dos ricos campos de petróleo e gás nas jazidas do pré-sal, associada ao importante volume e poder calorífico do carvão nacional, vem beneficiando, nos últimos anos, as indústrias que usam essas fontes de energia, como é o caso da produção de fertilizantes. GABARITO� 1� c, 2� c, 3� b, 4� e, 5� c, 6� b, 7� b, 8� a, 9� a, 10� F - V - V - V - F. História Área� História Geral � Idade Moderna Módulo� Independência do Haiti, EUA � Expansão territorial e Independência da América Espanhola Nesta listade exercícios StoodiMed serão cobradas seguintes habilidades: - identificar e analisar as especificidades da Independência do Haiti; - identificar e analisar os principais fatores, características e consequências da Independência da América Espanhola; - identificar e analisar os fatores, características e consequências da Expansão territorial dos EUA no século XIX. 1. Fac. Albert Einstein � Medicina 2022 Enquanto, em Paris, a guilhotina decepava as cabeças dos jacobinos, em São Domingos [Jean-Jacques] Dessalines e seus companheiros continuavam a defender, de armas na mão, o ideal jacobino da liberdade e igualdade de todos os homens. [...] A 29 de novembro de 1803, os revolucionários negros divulgaram uma declaração preliminar de Independência. A 31 de dezembro, foi lida a Declaração de Independência definitiva. O novo Estado recebeu, no batismo, a denominação indígena de Haiti. Dessalines se tornou o primeiro chefe de Estado haitiano [...]. Começou a governar com as bençãos dos capitalistas ingleses e americanos [...]. Os ex-escravos, por sua vez, viram-se definitivamente livres do trabalho compulsório nas plantações de cana e nos engenhos de açúcar. [...] O Haiti saiu do mercado mundial do açúcar e eliminou a possibilidade de progredir em direção a um nível econômico superior. De colônia mais produtiva das Américas passou a país independente pauperizado e fora de um intercâmbio favorável na economia internacional. (Jacob Gorender. “O épico e o trágico na história do Haiti”. In: Estudos Avançados, nº 50, 2004.) O excerto apresenta um aspecto central da independência do Haiti, em 1803-1804: a) a construção, no pós-independência, do primeiro Estado indígena latino-americano. b) o apoio do governo francês de Napoleão Bonaparte à luta autonomista dos escravizados do Haiti. c) a articulação entre o processo revolucionário na França e a revolução negra do Haiti. d) o crescimento econômico acelerado do país, alcançado após a obtenção da autonomia política. e) a manutenção, no pós-independência, da estrutura socioeconômica do período colonial. 2. UFJF 2021 A imagem abaixo é uma representação da Batalha de San Domingo, um dos mais importantes conflitos da Revolução do Haiti. O quadro de 1845 é de autoria do oficial do Exército polonês January Suchodolski (1797-1875). A partir da imagem acima e dos seus conhecimentos sobre as lutas pela independência nas Américas, marque a alternativa CORRETA: a) A pintura de Suchodolski é representativa de processos comuns nas lutas de independência e de formação dos Estados latino-americanos, quando muitos caudilhos, elites criollas e africanos escravizados pegaram juntos em armas para lutar pela abolição da escravidão no continente. b) Pintado enquanto ocorria a Revolução do Haiti, o artista e militar January Suchodolski retratou a influência dos ideais revolucionários franceses sobre o projeto independentista dos chapetones. c) A organização militar, de um lado, e a “barbárie” e violência, do outro, é um artifício do artista para representar através de sua pintura a civilização europeia em luta contra a “selvageria” dos africanos escravizados, espalhando o medo e o terror do haitianismo. d) Ao representar negros empunhando armas, January Suchodolski cometeu um erro artístico de representação histórica, pois, nas colônias americanas era proibido aos africanos escravizados portarem armas e, por causa disso, a Revolução do Haiti foi conduzida pelas letras da lei. e) A pintura de January Suchodolski é mais uma obra ufanista e apologética do haitianismo, pois, ao representar as plantações de africanos escravizados sendo invadidas pela intolerância e violência europeia, escondeu da sua representação o protagonismo dos trabalhadores escravizados na Revolução do Haiti. 3. UEFS 2017 Há dois séculos, o país [Haiti] era responsável por 75% da produção mundial de açúcar. Como foi possível a colônia mais rica da América tornar-se um dos países mais pobres do mundo? Uma história que, no entanto, começou de forma promissora. No fim do século 18, o Haiti era uma das colônias mais ricas da América. Sob controle francês, a pequena ilha de Saint Domingue, no Caribe, era responsável pela produção de 75% do açúcar comercializado no mundo. A prosperidade econômica era garantida pelas plantações em grandes propriedades e pela exploração do trabalho escravo. Mas esse modelo estava com os dias contados. (O HAITI... 2016). No Brasil, do inicio do século XIX, a expressão “haitianismo” aterrorizava os grandes senhores de terras e de escravos em razão a) da concorrência do açúcar das Antilhas ao comércio internacional do açúcar brasileiro, produzido no oeste paulista. b) da intensa migração de haitianos para o Brasil, fugindo dos maus-tratos aplicados pelo sistema escravista, praticado no Haiti. c) das práticas religiosas do vodu, de origem africana, tidas como feiticeiras e demoníacas pelas populações brancas do Brasil. d) da revolta da população escrava do Haiti contra o modelo de exploração do trabalho, quando foi exterminada grande parte dos proprietários brancos. e) do apoio dado pela França napoleônica à expansão das revoltas escravas em todo o território colonial da América. 4. Fuvest 2022 Há cerca de dois séculos, o Brasil e os países da América Espanhola continental foram fundados como Estados Nacionais. Seus processos de independência apresentam o seguinte ponto em comum: a) Os exércitos revolucionários nasceram nas capitais coloniais ibero-americanas - o Rio de Janeiro, por um lado, e as capitais de cada um dos Vice-Reinos espanhóis, por outro. b) As invasões napoleônicas a Espanha e Portugal desencadearam transformações decisivas para o surgimento dos projetos de independência. c) As Reformas Pombalinas, em Portugal, e as Reformas Bourbônicas, na Espanha, levaram as populações ameríndias a iniciar as revoluções de independência. d) Os movimentos que alcançaram a emancipação política das colônias ibéricas na América foram liderados por defensores do princípio iluminista da soberania popular. e) Os processos de emancipação política se desenrolaram com base em alianças políticas e militares entre as colônias luso e hispano-americanas. 5. FGV 2021 As independências das colônias da América Ibérica tiveram aspectos semelhantes e particularidades locais. Entre as semelhanças mais relevantes, pode-se citar a) a ruptura política sem uma revolução comparável nas estruturas sociais do período colonial. b) a oposição manifesta dos libertadores aos princípios revolucionários da filosofia iluminista. c) a ausência de participação de significativos movimentos populares nos processos independentistas. d) a manutenção dos laços comerciais privilegiados com a economia das antigas metrópoles. e) a importância ideológica do projeto futuro de unificação política dos povos americanos. 6. Fac. Albert Einstein � Medicina 2021 O Estado que começava a se organizar depois de atingida a independência [na América espanhola] assumiu como tarefa destruir a velha ordem colonial. (Maria Ligia Prado. A formação das nações latino-americanas, 1985.) A destruição da “velha ordem colonial” envolvia a a) abolição das proibições aos cultos religiosos indígenas, favorecendo a liberdade de crença religiosa. b) extinção imediata de qualquer forma de trabalho compulsório ou exploração nas relações de trabalho. c) contestação das formas monárquicas ou centralizadas de exercício do poder político. d) derrubada do sistema de monopólios, privilégios e restrições ao comércio e à produção. e) separação entre o Estado e a Igreja, cessando a interferência religiosa em assuntos políticos. 7. UFMS 2019 Sobre o processo de conquista da independência das antigas colônias portuguesa e espanhola na América, assinale a alternativa correta. a) O Brasil se tornou independente de Portugal assim que a família real portuguesa aportou no território americano, em 1808, com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, quando o Brasil se tornou sede do império português. b) A independência do Peru ocorreuem 1821 liderada pelo general argentino José de San Martín, que também foi decisivo no processo de independência de Argentina e Chile. c) O Paraguai se tornou independente da Espanha somente com a chegada da família Lopez ao poder, quando o Marechal Solano Lopez decretou guerra contra a Espanha e os demais países que não reconheciam sua independência. d) A Argentina se tornou independente após uma longa negociação diplomática entre o revolucionário criollo Simón Bolivar e a corte espanhola, quando em 1813 a então província conquistou sua autonomia. e) A independência da Venezuela ocorre somente em 1821, após intensas negociações entre a elite criolla e o governo espanhol, por intermédio do líder político Simón Bolivar. 8. FMP 2020 Disseram que desejavam nos colocar numa reserva, construir-nos casas e fazer-nos tendas para curar. Não quero nada disso. Nasci na pradaria, onde o vento sopra livre e não existe nada que interrompa a luz do sol. Nasci onde não havia cercas, onde tudo respirava livremente. Quero morrer ali, não dentro de paredes. Conheço cada corrente e cada bosque entre o Rio Grande e o Arkansas. Cacei e vivi nesse território. Vivi como meus pais, antes de mim, e, como eles, vivi feliz. Quando estive em Washington, o Grande Pai Branco disse-me que toda a terra comanche era nossa e que ninguém deveria impedir-nos de morar ali. […] O lugar em que vocês dizem que devemos viver é pequeno demais. Parra-Wa-Samen (Dez Ursos) apud BROWN, D. Enterrem meu coração na curva do rio. São Paulo: Melhoramentos, 1985, p. 174. Adaptado. Mas nem sempre as relações eram amistosas: os índios procuravam obter mercadorias à força ou através de emboscadas, fatos fartamente ilustrados em livros e filmes. Bastava aos assaltantes vigiar as fontes de água ao longo das rotas mais frequentadas e aguardar pacientemente a passagem de uma caravana. Isso explica o fato de os índios se terem tornado objeto de um ódio feroz por parte dos viajantes, convencidos de que “o único índio bom é o índio morto.” FOHLEN, C. O faroeste: 1860-1890. São Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 27. Adaptado. Considerando a situação social dos Estados Unidos, no século XIX, os dois textos abordam perspectivas a) contraditórias sobre os efeitos da expansão territorial para o oeste b) equivalentes quanto à extinção de reservas indígenas. c) complementares a respeito do ciclo do ouro na Califórnia d) discrepantes sobre a vigência da escravidão nos estados do sul e) divergentes na abordagem da segregação étnico-racial 9. Unesp 2017 A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual a) o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos. b) o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade. c) o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs. d) as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes. e) a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou. 10. Fuvest 2016 Somos produto de 500 anos de luta: primeiro, contra a escravidão, na Guerra de Independência contra a Espanha, encabeçada pelos insurgentes; depois, para evitar sermos absorvidos pelo expansionismo norte-americano; em seguida, para promulgar nossa Constituição e expulsar o Império Francês de nosso solo; depois, a ditadura porfirista nos negou a aplicação justa das leis de Reforma e o povo se rebelou criando seus próprios líderes; assim surgiram Villa e Zapata, homens pobres como nós, a quem se negou a preparação mais elementar, para assim utilizar-nos como bucha de canhão e saquear as riquezas de nossa pátria, sem importar que estejamos morrendo de fome e enfermidades curáveis, sem importar que não tenhamos nada, absolutamente nada, nem um teto digno, nem terra, nem trabalho, nem saúde, nem alimentação, nem educação, sem ter direito a eleger livre e democraticamente nossas autoridades, sem independência dos estrangeiros, sem paz nem justiça para nós e nossos filhos. “Primeira declaração da Selva Lacandona” (janeiro de 1994), in Massimo di Felice e Cristoval Muñoz (orgs.). A revolução invencível. Subcomandante Marcos e Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998. Adaptado. O documento, divulgado no início de 1994 pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional, refere-se, entre outros processos históricos, à a) luta de independência contra a Espanha, no início do século XIX, que erradicou o trabalho livre indígena e fundou a primeira república na América. b) colonização francesa do território mexicano, entre os séculos XVI e XIX, que implantou o trabalho escravo indígena na mineração. c) reforma liberal, na metade do século XX, quando a Igreja Católica passou a controlar quase todo o território mexicano. d) guerra entre Estados Unidos e México, em meados do século XIX, em que o México perdeu quase metade de seu território. e) ditadura militar, no final do século XIX, que devolveu às comunidades indígenas do México as terras expropriadas e rompeu com o capitalismo internacional. GABARITO� 1� c, 2� c, 3� d, 4� b, 5� a, 6� d, 7� b, 8� a, 9� e, 10� d Biologia Área� Bioenergética: o Metabolismo Celular Módulo� Respiração Acesse o módulo clicando aqui Os exercícios StoodiMed desta semana são focados na respiração celular e suas etapas. 1. Unesp 2021 Os seres vivos contribuem para a ciclagem do carbono na natureza por meio da oxidação ou redução desse elemento químico presente em moléculas orgânicas ou inorgânicas. As equações das reações químicas a seguir remetem a processos biológicos que convertem compostos de carbono. Nessas reações químicas, o carbono é reduzido com menor transferência de elétrons na a) quimiossíntese. b) fotossíntese. c) respiração celular. d) fermentação alcoólica. e) fermentação acética. 2. Fatec 1996 Considere as afirmações apresentadas a seguir. I. O rendimento energético total de cada molécula de glicose degradada até 6CO2 e 6H2O é de 38 ATP (dois na Glicólise e trinta e seis nos processos Mitocondriais). II. A utilização do oxigênio se dá nas cristas mitocondriais, como aceptor final de hidrogênios. III. Em alguns microorganismos, o piruvato, proveniente da glicose, é posteriormente metabolizado para produzir moléculas de etanol. https://www.stoodi.com.br/materias/biologia/fermentacao-e-respiracao-celular/ Com relação à fermentação, pode-se afirmar que, das afirmações, apenas a) a I está correta. b) a II está correta. c) a III está correta. d) a I e a III estão corretas. e) a II e a III estão corretas. 3. UFG 2012 Leia o texto a seguir. A cisplatina é uma droga antineoplásica efetiva contra vários tipos de cânceres humanos, tais como de testículo, ovário, cabeça, pescoço e pulmão. Entretanto, a lesão renal é um dos principais efeitos colaterais da terapia com a cisplatina. A gravidade dessa lesão é atribuída ao dano oxidativo causado pela droga. Contudo, a administração de antioxidantes é eficiente em reduzir esse efeito colateral. REVISTA DE NUTRIÇÃO. Campinas, v. 17, 2004. p. 89-96. [Adaptado]. Os antioxidantes possuem efeito protetor sobre as células renais, pois a) estimulam o processo de oxirredução durante a respiração celular. b) inibem a síntese por desidratação de bases nitrogenadas durante a transcrição gênica do DNA. c) aumentam a desnaturação das ligações entre as bases nitrogenadas do DNA. d) diminuem a produção de radicais livres durante o metabolismo celular. e) estimulam a saturação da bicamada lipídica da membrana nuclear. 4. Unioeste 2012 Relativo à produção e consumo de energia pela célula, é correto afirmar que a) o processo que permite às células utilizarem o como oxidante das moléculas orgânicas
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