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32 Celenterados ou cnidários

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Celenterados ou cnidários 
Pluricelulares, enterozóarios (com cavidade gástrica), diblásticos - 
exclusivamente aquáticos; dotados de células urticantes (cnidoblastos); duas 
formas básicas; pólipo (fixo) e medusa (livre-natante); isolados ou coloniais; 
sistema nervoso difuso; pode apresentar reprodução por metagênese. 
Animais aquáticos, principalmente marinhos. Poucas espécies vivem em água 
doce. 
As medusas ou águas-vivas constituem uma ameaça para banhistas e 
pescadores, podendo ocasionar "queimaduras sérias". 
As colônias de corais enfeitam os fundos dos oceanos e servem de abrigo para 
muitas outras espécies de seres vivos. Osrecifes de corais podem proteger 
algumas ilhas ! 
Numerosas pessoas usam os exoesqueletos dos corais para confeccionarem 
bijouterias. 
Características gerais 
Os celenterados, ou cnidários, são os primeiros metazoários a exibir uma 
cavidade digestiva ou cavidade gastrovascular (1ª ocorrência nos animais), com uma 
abertura única que funciona como boca e ânus, portanto o tubo digestivo é 
incompleto. Todos os membros do filo possuem, ao redor da boca, tentáculos 
dotados de células urticantes (cnidoblastos) que auxiliam na captura de 
alimentos. A digestão enzimática do alimento começa nessa 
cavidade extracelularmente e termina no interior (intracelularmente) das células 
muscular-digestivas, que fazem parte da gastroderme. 
São animais de corpo mole e aquáticos. 
Os cnidoblastos, exclusivos dos celenterados, são células especiais, dotadas 
de uma cápsula - nematocisto- contendo toxinas e um filamento inoculador 
enovelado. Na superfície externa do cnidoblasto há um cnidocílio que, quando 
estimulado, provoca a abertura do nematocisto; o filamento inoculador é 
evertido, descarregando suas toxinas sobre a presa. 
 
 
Os cnidoblastos se distribuem pela epiderme e degeneram após serem 
disparados. A sua regeneração, assim como dos outros tipos celulares, será 
feita por células intersticiais indiferenciadas. 
O sistema nervoso é difuso (1a ocorrência nos animais) e formado por neurônios que 
se interligam da mesogléia para agastroderme e epiderme. Não apresentam 
cérebro ou centro coordenador dos impulsos nervosos. 
Os celenterados apresentam respiração e excreção por difusão simples e em 
qualquer parte da superfície corporal. 
Há dois tipos morfológicos básicos de celenterados: 
● pólipo: séssil, forma cilíndrica, base presa a substrato; boca superior, 
rodeada por tentáculos; vivem isolados ou formando grandes colônias 
(brotamento), unidos uns aos outros por seu exoesqueleto (corais). Existem 
ainda, as colônias flutuantes ou superorganismos, como as caravelas (Physalia 
sp), que possuem várias formas de 
pólipos (= polimórficas):gastrozóides (nutrição), gonozóides (reprodução), dactilozói
des (defesa = muitos cnidoblastos). 
 
 
Pólipo 
● medusa: livre-natante, forma semelhante a "guarda-chuva" É livre natante. 
A boca fica voltada para baixo e pode estar circulada por longos tentáculos onde 
se concentram numerosos cnidoblastos: células típicas desse filo, que 
“disparam e injetam” um líquido urticante de efeito paralisante nos animais 
(funções de captura e defesa !). 
 
 
Medusa 
A Cyanea capilata é medusa de mares frios ( 3 m; 40 m de extensão dos 
tentáculos !). 
Em diversas espécies, as formas de pólipo e medusa se alternam dentro do 
mesmo ciclo vital. Há outras espécies em que só ocorre um dos dois tipos 
morfológicos. 
O corpo dos celenterados apresenta duas camadas celulares, separadas por 
uma mesogléia gelatinosa: a epiderme (externa) e a gastroderme (interna), que 
possuem células contráteis e sensoriais. 
 
 
A locomoção ocorre graças a fibrilas contrácteis das células epiteliais 
gastrodérmicas que permitem aos celenterados movimentos de contração e 
distensão do corpo e tentáculos. Nas formas medusóides, a contração do corpo 
provoca a expulsão de jatos de água através da boca; a medusa se desloca no 
sentido oposto ao jato de água, alternando contrações e distensões. Algumas 
formas polipóides (Hydra) deslocam-se por meio de verdadeiras cambalhotas: 
fixando a região oral soltam a região basal do substrato para novamente fixá-la 
em outro ponto. 
Nas formas medusóides existem os ropálios, estrutura sensoriais formados por 
células fotorreceptoras, e os estatólitos, relacionados ao equilíbrio do corpo. 
 
 
Hidra - brotamento 
Diversidade 
O filo dos celenterados compreende formas de vida isoladas e coloniais, 
representadas pelas águas-vivas (medusas), hidras, corais e anêmonas. 
É possível agrupar as diferentes espécies de celenterados em três classes: 
Hidrozoa, Cifozoa e Antozoa. 
Classe Hidrozoa 
Marinhos e dulcícolas; há espécies coloniais e isoladas, com polimorfismo. 
● medusas de pequeno tamanho (com véu). 
● apresentam alternância de gerações (metagênese): Obelia. 
● reprodução: assexuada nos pólipos (brotamento) e sexuada nas medusas. 
Exemplo: 
hidra (pólipo isolado), Obelia (colonial), caravela (Physalia). 
 
 
Classe Cifozoa 
Exclusivamente marinhos, geralmente polimórficos. As medusas (águas-
vivas)sem véu, são predominantes no ciclo (metagênese), chegando a atingir 
até 2 metros de diâmetro; os pólipos são diminutos, reproduzindo- se 
por estrobilização. Durante a metagênese o desenvolvimento é indireto (larva 
plânula). Exemplo: Aurelia. 
 
 
Classe Antozoa 
Representada exclusivamente por formas polipóides isoladas como 
as anêmonas-do-mar (Actínia sp ou rosa-do-mar) , ou coloniais como os corais. 
Estes últimos secretam esqueleto calcário e formam os recifes de corais. 
● reprodução assexuada por bipartição ou brotamento. 
● reprodução sexuada com formação de larva plânula. 
 
 
Reprodução 
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, 
sendo grande o número de espécies que apresenta alternância de gerações 
(metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas 
medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de 
cuja fusão resulta o zigoto. 
A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que 
o encontro dos gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que 
o desenvolvimento é indireto (todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá 
origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao 
substrato dando origem a um novo organismo (pólipo). 
Nas espécies que apresentam apenas a forma de pólipo, esse se reproduz 
sexuadamente originando novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na 
água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as primeiras divisões 
ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como sequência do 
processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na 
maturidade repete o ciclo.

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