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ALGAS
Ficologia é o estudo das algas, um grupo bastante 
diversificado de organismos, em que existem espécies 
unicelulares e pluricelulares, subdivididas em diversos grupos.
Muitos autores incluem todos os grupos de algas no reino 
Protista, e outros consideram apenas as algas unicelulares 
como sendo protistas, preferindo classificar as demais no 
Reino Plantae.
Vejamos, então, os principais grupos de algas.
Divisão Euglenophyta
As euglenófitas, euglenofíceas ou euglenoides são 
algas unicelulares, eucariontes, aeróbias, de vida livre, 
encontradas, principalmente, na água-doce, fazendo parte 
do fitoplâncton (seres planctônicos). A Euglena viridis é o 
principal representante desse grupo.
 
Ar
qu
iv
o 
Be
rn
ou
lli
Euglena viridis.
A célula da Euglena é alongada (cerca de 0,1 mm de 
comprimento), não possui parede celular, sendo revestida 
apenas por uma membrana celular flexível, denominada 
película, rica em fibrilas proteicas contráteis.
O citoplasma é rico em cloroplastos e possui vacúolo 
contrátil (pulsátil) que, periodicamente, elimina o excesso de 
água que entra na célula por osmose. Apresenta, também, 
uma estrutura avermelhada, denominada estigma ou 
mancha ocelar, de função fotorreceptora. Por meio dessa 
estrutura, a Euglena pode perceber variações de intensidade 
luminosa no meio em que se encontra e ter reações de 
fototactismo (deslocamento orientado segundo o estímulo 
luminoso). Assim, a alga pode locomover-se no sentido do 
estímulo luminoso (fototactismo positivo) ou no sentido 
contrário a ele (fototactismo negativo). Essa locomoção é 
feita através de flagelo.
Com relação à nutrição, as euglenófitas são organismos 
mixotróficos, isto é, são capazes de realizar a nutrição 
autotrófica e a nutrição heterotrófica. Em ambientes 
iluminados, produzem seu próprio alimento por meio da 
fotossíntese (nutrição autotrófica), armazenando seu 
alimento como paramilo (polissacarídeo). Entretanto, quando 
em ambientes desprovidos de luz, passam a ingerir partículas 
de alimento por fagocitose (nutrição heterotrófica). 
A reprodução das euglenófitas é assexuada por 
cissiparidade longitudinal.
Divisão Chrysophyta
As crisófitas, crisofíceas ou “algas douradas” são seres 
unicelulares, eucariontes, aeróbios, autótrofos, que 
podem viver isoladas ou associadas formando colônias, 
tanto na água-doce quanto na água salgada, fazendo 
parte do fitoplâncton. As diatomáceas são os principais 
representantes desse grupo.
 Ar
qu
iv
o 
Be
rn
ou
lli
Diatomáceas.
Possuem morfologia variada. Suas células possuem uma 
parede celular rígida impregnada de dióxido de silício (sílica), 
formada por duas partes ou valvas, denominadas frústulas 
ou carapaças, que se encaixam uma na outra, como se fosse 
uma placa de Petri. A parte maior é denominada epiteca, 
e a menor, hipoteca. Através do espaço existente entre essas 
duas partes, a água pode ser expelida, o que promove o 
lento deslocamento da célula. Não há flagelos. As frústulas 
das diatomáceas que morrem sedimentam-se no fundo 
dos mares, originando com o passar do tempo um tipo 
especial de rocha sedimentar, leve, porosa e microgranulada, 
denominada diatomito ou “terra de diatomácea”. Essa rocha 
é explorada comercialmente, sendo utilizada na fabricação 
de filtros de piscinas, abrasivos (polidores), creme dental e 
até na construção de casas. Em certas regiões do Nordeste 
brasileiro, por exemplo, o diatomito é cortado em blocos 
(tijolos) e usado na construção de modestas habitações.
OBSERVAÇÃO
Alguns autores preferem classificar as diatomáceas 
como pertencentes a outro filo de algas: Filo (divisão) 
Bacillariophyta. Para eles, as diatomáceas diferem das 
crisófitas pela ausência de flagelos, excetuando-se em alguns 
gametas masculinos, e pela parede celular peculiar, dividida 
em duas metades.
MÓDULO
05
FRENTE
B
45Bernoulli Sistema de Ensino
BIOLOGIA
Algas e fungos
Meu
 B
ern
ou
lli
Divisão Pyrrophyta (Dinophyta)
As pirrófitas, pirrofíceas ou “algas de fogo” são seres 
unicelulares, eucariontes, autótrofos, aeróbios, de vida 
livre, predominantemente marinhos e planctônicos. 
Os principais representantes desse grupo são os 
dinoflagelados.
 
Ar
qu
iv
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Be
rn
ou
lli
Dinoflagelados marinhos.
Possuem morfologia variada e podem ter ou não parede 
celular. Em algumas, a parede celular é constituída por 
placas espessas de celulose, formando uma espécie de 
armadura denominada lórica. Geralmente, têm dois flagelos 
que emergem de um mesmo ponto da célula, mas que se 
dispõem de modo diferente: um deles circunda a célula como 
uma cinta e o outro fica distendido. O batimento desses dois 
flagelos faz com que as células se desloquem girando como se 
fossem piões (em rodopios), vindo daí o nome dinoflagelados 
(dino = rotação).
A reprodução se faz assexuadamente por divisão binária.
Algumas espécies de pirrófitas, como as do gênero 
Noctiluca, são bioluminescentes, produzindo um brilho claro 
sobre as ondas do mar durante a noite. Outras, como as 
do gênero Gonyaulax, são responsáveis pelo fenômeno das 
“marés vermelhas”.
Divisão Chlorophyta
As clorófitas, clorofíceas ou algas verdes constituem 
o grupo mais numeroso de algas, sendo encontradas, 
predominantemente, no ambiente aquático. Algumas podem 
ser encontradas no ambiente terrestre, associadas a fungos, 
formando os liquens.
Podem ser uni ou pluricelulares. Entre as espécies 
unicelulares, a maioria tem dimensões microscópicas 
e pertence ao fitoplâncton, existindo, entretanto, 
espécies unicelulares macroscópicas, como é o caso da 
acetabulária.
 Ar
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Be
rn
ou
lli
Acetabulária – Acetabulária é uma clorofícea marinha, unicelular 
e macroscópica. Cada “chapéu” e respectivo pedúnculo é uma 
única e grande célula que chega a ter até 10 cm de comprimento.
Ulothrix
Ulva 
(uma alga verde folhosa) 
Apressório
 
Clorófitas pluricelulares – As clorófitas pluricelulares são 
exemplos de talófitas, isto é, não possuem órgãos (raízes, caule 
e folhas) diferenciados. Algumas são folhosas ou membranosas, 
como a Ulva; outras, como a Ulothrix, são filamentosas. 
As células das clorófitas possuem parede celular 
constituída por celulose e, no citoplasma, todas se 
caracterizam pela abundância de clorofila. Possuem 
clorofilas a e b, as mesmas encontradas nos vegetais 
superiores, que predominam sobre os outros pigmentos, 
como a xantofila (pigmento amarelo) e os carotenos 
(pigmentos alaranjados), o que explica a coloração verde 
que manifestam.
Essas células realizam intensa atividade de fotossíntese. 
As que vivem no mar, notadamente as do fitoplâncton, são 
responsáveis pela produção e renovação da maior parte do 
oxigênio atmosférico. Além disso, desempenham importante 
papel ecológico, posicionando-se como produtores no início 
das cadeias alimentares.
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ou
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Frente B Módulo 05
46 Coleção Estudo 4V
Meu
 B
ern
ou
lli
A reprodução das clorófitas pode ser assexuada ou sexuada, sendo que, em algumas espécies, ocorre metagênese 
(alternância de gerações assexuada e sexuada).
A reprodução assexuada pode ser realizada por cissiparidade (divisão binária, bipartição) ou por esporulação (por meio 
da formação de esporos).
Organismo 
vegetativo
maduro
Zoósporo
Filamento
jovem
 
Reprodução assexuada por esporulação em Ulothrix, alga verde pluricelular filamentosa – Observe que, em determinada célula do 
filamento, por mitose, ocorre a zoosporia, isto é, formação de zoósporos (esporos móveis, flagelados). Esses esporos abandonam 
o filamento, nadam até encontrar um substrato onde se fixam e, por sucessivas mitoses, originam um novo filamento de alga, 
ou seja, um novo indivíduo.
A reprodução sexuada pode ser feita por meio de fecundação, isto é, envolve a participação de gametas. Os gametas 
masculinos são denominados anterozoides e os femininos, oosferas. Na fecundação das algas, dependendo da espécie, pode 
existir isogamia, heterogamia ou oogamia.
IsogamiaA) B) C)
Isogametas
Fecundação Fecundação FecundaçãoZigoto Zigoto Zigoto
Heterogamia
(anisogamia)
Oogamia
Anterozoide
OosferaHeterogametas
 
A. Isogamia – Os dois gametas envolvidos (masculino e feminino) são idênticos quanto à forma, tamanho e comportamento (ambos 
são móveis). B. Heterogamia – Os dois gametas envolvidos são parcialmente diferentes: às vezes, têm a mesma forma e o mesmo 
tamanho, porém um é móvel (gameta masculino) e o outro imóvel (gameta feminino); outras vezes, ambos são móveis, têm a 
mesma forma, mas um é bem menor do que o outro (o gameta menor é o masculino, já o maior é o feminino). C. Oogamia – 
Os dois gametas envolvidos são totalmente diferentes: um é pequeno e móvel (microgameta, anterozoide ou gameta masculino) 
e o outro é grande e imóvel (macrogameta, oosfera ou gameta feminino).
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Algas e fungos
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47Bernoulli Sistema de Ensino
Meu
 B
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ou
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As clorófitas que se reproduzem formando gametas 
podem apresentar os três tipos de ciclos reprodutivos: 
haplôntico, diplôntico e haplôntico-diplôntico. Veja os 
esquemas a seguir.
A)
B)
C)
Gametas
n
Zigoto
2n
Talo
2n
Mitose
Meiose (R!)
Ciclo diplôntico Fecundação
Gametas
n
Zigoto
2n
Talo
n
Meiose (R!)
Ciclo haplôntico Fecundação
Esporos
n
Gametas
n
Talo
2n
Mitoses
Mitoses
Meiose (R!)
Ciclo haplôntico-diplôntico
Fecundação
Zigoto
2n
Talo
n
 
Ar
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Be
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ou
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Nas espécies que têm o ciclo haplôntico-diplôntico, 
ocorre o fenômeno da metagênese, isto é, alternância de 
reprodução assexuada (por meio de esporos) e sexuada (por 
meio da fecundação). Células do indivíduo adulto diploide 
(2n) sofrem meiose formando zoósporos (esporos móveis) 
haploides (n). Cada zoósporo, encontrando condições 
favoráveis, desenvolve-se por mitoses sucessivas, formando 
um indivíduo haploide (n).
Células dos indivíduos haploides sofrem mitose, formando 
gametas (n). Dois gametas, originários de indivíduos 
diferentes, juntam-se (fecundação), dando origem ao 
zigoto (2n).
O zigoto, encontrando condições favoráveis, desenvolve-se 
por mitoses sucessivas, formando um novo indivíduo 
diploide (2n).
Nesse ciclo, o indivíduo diploide, por ser formador 
de esporos, é chamado de esporófito, já o indivíduo 
haploide, formador de gametas, é o gametófito. 
Veja o exemplo a seguir.
Zoósporos 
(n)
Meiose 
(R!)Esporângio
(2n)
Desenvolvimento 
dos esporos
Esporófito
(2n) 
Gametas (n)
Zigoto 
(2n)
Gam
etâ
ng
ios
(n)Fusão de
gametas
Gametófitos
 (n)
Ciclo haplodiplobiôntico da Ulva (alface-do-mar), alga verde 
pluricelular.
Divisão Rhodophyta
As rodófitas, rodofíceas ou “algas vermelhas” são 
pluricelulares e predominantemente marinhas, existindo 
poucas espécies de água-doce. Suas células possuem 
parede celular constituída por celulose associada a outras 
substâncias, como carragina e ágar.
O carragin (carragina) é um polissacarídeo que apresenta 
em sua composição sais de sódio, potássio, cálcio e 
magnésio, sendo utilizado como estabilizador na fabricação 
de doces e sorvetes. 
O ágar (ágar-ágar) é um polissacarídeo muito utilizado 
no preparo de meios de cultura para bactérias e fungos e 
também na fabricação de gelatinas, balas e outros alimentos.
Suas células possuem os pigmentos clorofilas a e d, 
caroteno (pigmento alaranjado), ficoeritrina (pigmento 
vermelho), ficocianina (pigmento azul) e armazenam amido, 
conhecido por amido das florídeas. As algas vermelhas 
também são conhecidas por “flores-do-mar” ou “florídeas”.
A reprodução se faz preferencialmente por metagênese, 
isto é, alternância de gerações assexuada e sexuada. 
A assexuada envolve a formação de aplanósporos (esporos 
imóveis), que são transportados pela água, e a sexuada 
realiza-se por fecundação oogâmica (oogamia).
Também pertence às algas vermelhas o gênero Porphyra: 
alga foliácea e membranosa, popularmente conhecida 
por “nori”, muito utilizada na alimentação humana, 
especialmente pelos povos orientais.
Frente B Módulo 05
48 Coleção Estudo 4V
Meu
 B
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Divisão Phaeophyta
As feófitas, feofíceas ou algas pardas são pluricelulares, 
macroscópicas e principalmente marinhas. São as algas 
que atingem as maiores dimensões. Algumas, como as do 
gênero Sargassum, possuem talos filamentosos que chegam 
a atingir mais de 50 metros de comprimento.
Suas células possuem parede celular formada por celulose 
e algina, uma substância péctica muito utilizada na indústria 
de doces e sorvetes como estabilizador.
Possuem clorofilas a e c, caroteno e fucoxantina (pigmento 
de cor parda) que conferem a essas algas coloração marrom- 
-esverdeada. No Mar dos Sargaços (entre Bahamas e 
Açores), por exemplo, a cor marrom-esverdada das águas 
deve-se à abundância na região de feófitas do gênero 
Sargassum. 
Podem apresentar elementos de fixação denominados 
apressórios e vesículas cheias de ar para a flutuação.
Vesícula
de ar
Estipe
 
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Feófita do gênero Sargassum.
A reprodução se faz com alternância de gerações 
(metagênese) com a produção de zoósporos (esporos 
móveis). Além de atuarem como produtores nas 
cadeias alimentares, as feófitas têm outras utilidades. 
Por exemplo: na China e no Japão, é extraída uma geleia de 
certas feofíceas que é consumida na alimentação humana. 
Na Europa, as feófitas do gênero Fuccus servem de 
forragem (alimentação) para o gado. Nos EUA, as do 
gênero Sargassum, por serem ricas em sais de potássio, 
sódio e iodo, são utilizadas como fertilizantes (adubos 
para o solo).
FUNGOS
Denomina-se micologia o estudo dos fungos. Durante 
muito tempo, foram classificados como vegetais aclorofilados, 
posteriormente, foram incluídos no Reino Protista. Nos 
sistemas mais modernos de classificação, formam um reino 
só deles: o Reino Fungi.
Características gerais
Os fungos ou micófitos são seres unicelulares ou 
pluricelulares, eucariontes, heterótrofos, aeróbios ou 
anaeróbios, encontrados nos mais variados ambientes, 
preferencialmente os úmidos e ricos em matéria orgânica. 
De morfologia e tamanhos variados, esses seres apresentam 
desde espécies microscópicas, como as leveduras unicelulares, 
até espécies macroscópicas, como os champignons 
(cogumelos comestíveis).
Os pluricelulares são filamentosos, isto é, as células se 
organizam formando filamentos denominados hifas, que 
podem ser asseptadas ou septadas.
• Hifas asseptadas ou cenocíticas – Não possuem 
septos transversais. Nesse caso, as hifas apresentam 
vários núcleos haploides dispersos em uma massa 
citoplasmática comum.
• Hifas septadas – Apresentam septos ou paredes 
transversais separando as células. Nesse caso, 
as células podem apresentar um ou dois núcleos 
haploides.
A B C
Septo
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Tipos de hifas – A. hifa asseptada ou cenocítica; B. hifa septada 
com células mononucleadas ou hifa unicariótica; C. hifa septada 
com células binucleadas ou hifa dicariótica.
O conjunto de hifas de um fungo recebe o nome de micélio. 
No micélio, existem hifas vegetativas, encarregadas da 
nutrição, e hifas reprodutoras, especializadas na reprodução. 
Em certos tipos de fungos, o micélio se organiza formando 
um talo ou corpo de frutificação de morfologia variada que 
cresce e aflora na superfície do solo ou de um tronco podre. 
Esse corpo de frutificação, quando presente, desenvolve-se 
a partir de um vasto micélio subterrâneo.
Algas e fungos
B
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49Bernoulli Sistema de Ensino
Meu
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A parede celular das células dos fungos é rígida, sendo 
constituída basicamente por quitina, um polissacarídeo 
nitrogenado que também é encontrado no exoesqueleto 
dos animais artrópodes. Os fungos não têm celulose em sua 
parede celular, exceto alguns fungos aquáticos.
Não armazenam amido como substância de reserva. 
À semelhança do que ocorre nos animais, os fungos 
armazenam glicogênio em suas células. 
Eles são seres aclorofilados, heterótrofos. Muitos são 
saprófagos e crescem sobre os mais variados substratos 
orgânicos,como restos de vegetais em apodrecimento, 
animais mortos, fezes, etc., promovendo a decomposição 
desses organismos. Tais fungos realizam digestão 
extracorpórea, liberando enzimas que digerem o substrato 
orgânico e absorvem, em seguida, as substâncias 
provenientes da digestão. Algumas espécies de fungos 
vivem associadas a outros seres vivos, mantendo com eles 
relações de mutualismo ou de parasitismo. Existem, ainda, 
poucas espécies que são predadoras de pequenos animais, 
geralmente, vermes nematódeos encontrados no solo e 
em raízes apodrecidas. Nessas raras espécies predadoras, 
um dos mecanismos de captura do alimento consiste na 
produção de uma substância viscosa sobre a superfície das 
hifas, à qual ficam presos pequenos vermes. Em seguida, 
o fungo emite hifas que penetram no corpo do verme e 
absorvem os seus tecidos, conforme ilustrado na figura.
Ar
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Anel constritor
Hifa vegetativaHifa assimilativa
Nematoda
 
Nematoda capturado por fungo – Observe a presença de hifas 
no interior do corpo do nematoda, absorvendo seus tecidos.
Acredita-se que os fungos tenham evoluído a partir de 
algas, tendo, no entanto, perdido a condição autótrofa.
A reprodução pode ser assexuada ou sexuada e, quase 
sempre, envolve a participação de esporos.
Os esporos dos fungos são células haploides que, 
ao germinarem, dão origem a um indivíduo haploide. 
No quadro a seguir, estão os principais tipos de esporos 
formados pelos fungos.
Tipos de esporos
No processo de formação, não 
ocorre meiose, apenas mitose
No processo de formação, 
ocorre meiose
Zoósporos
Aplanósporos
Conidiósporos
Ascósporos
Basidiósporos
• Zoósporos – Dotados de flagelos, os zoósporos são 
esporos móveis encontrados em fungos aquáticos 
e formados no interior de estruturas especiais 
denominadas zoosporângios.
 
• Aplanósporos – Sem mobilidade própria, esse tipo 
de esporo é transportado pelo vento e produzido no 
interior de estruturas denominadas esporângios.
A
rq
ui
vo
 B
er
no
ul
li
Aplanósporos
Esporângios
Rizoides 
absorventes
Rhizopus (bolor preto de pão), um fungo terrestre. Esse fungo 
possui hifas especiais, denominadas rizoides, que penetram no 
substrato participando do processo de absorção de alimentos.
Ar
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Frente B Módulo 05
50 Coleção Estudo 4V
Meu
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• Conidiósporos – Também sem mobilidade própria, 
sendo transportados pelo vento, os conidiósporos são 
menores do que os aplanósporos e produzidos em 
filas, na extremidade das hifas.
Penicillium
Conidiósporos
 
• Ascósporos – Geralmente em número de oito, 
os ascóporos são formados no interior de uma 
estrutura denominada asco.
 
 
Formação dos ascósporos – As hifas responsáveis pela 
formação dos ascósporos são do tipo dicarióticas. Inicialmente, 
nessas hifas, ocorre a fusão dos dois núcleos haploides 
(n), originando um núcleo diploide (2n). Em seguida, esse 
núcleo diploide sofre uma meiose, formando quatro núcleos 
haploides. Esses quatro núcleos haploides sofrem mitose, 
originando dentro do asco oito ascósporos haploides. A. fusão 
de núcleos haploides; B. núcleo diploide; C. fim da meiose, 
com 4 núcleos haploides; D. após mitose, 8 ascósporos no 
interior do asco.
• Basidiósporos – Em número de quatro, os 
basidiósporos são formados em uma célula fértil 
claviforme, denominada basídio e localizada na 
extremidade de uma hifa.
Ar
qu
iv
o 
Be
rn
ou
lli
Ar
qu
iv
o 
Be
rn
ou
lli
Ar
qu
iv
o 
Be
rn
ou
lli
 
Formação dos basidiósporos – 1. No basídio, ocorre a cariogamia 
(fusão dos núcleos). 2. Formação de um núcleo diploide (2n). 
3. Por meiose, o núcleo diploide dá origem a quatro núcleos 
haploides (n). 4 e 5. Cada núcleo haploide, assim formado, dará 
origem a um esporo (basidiósporo).
Classificação dos fungos
Os fungos podem ser classificados em quitridiomicetos, 
zigomicetos, ascomicetos e basidiomicetos.
A) Qu i t r i d iomice tos ( qu i t r í d ios ) – S ão 
predominantemente aquáticos com formação de 
zoósporos. Alguns são unicelulares e, portanto, não 
formam micélio. Outros são pluricelulares com hifas 
cenocíticas e possuem rizoides que penetram no 
substrato. Algumas espécies são parasitas de algas 
e plantas.
B) Zigomicetos (ficomicetos) – Possuem hifas 
cenocíticas, isto é, hifas asseptadas. Podem ser 
aquáticos ou terrestres. Nesse grupo, a reprodução 
envolve processos sexuados e assexuados. 
Nos aquáticos, a reprodução envolve a formação de 
zoósporos, já nos terrestres, os esporos são do tipo 
aplanósporos. 
 Algumas espécies são responsáveis pelo mofo ou 
bolor de muitos alimentos. Entre elas, destaca-se 
o Rhizopus stolonifer, mais conhecido por mofo ou 
bolor negro do pão.
C) Ascomicetos – Fungos un i ce lu la res ou 
filamentosos com hifas septadas, suas espécies 
mais s imples estão representadas pe las 
leveduras ( lêvedos), como, por exemplo, 
o Saccharomyces cerevisiae, também conhecido 
por levedura da cerveja. Essas leveduras são 
organismos unicelulares haploides (n) ou 
diploides (2n). Quando haploides, reproduzem-se 
assexuadamente por brotamento. Quando diploides, 
também podem reproduzir-se por brotamento, mas, 
em certas ocasiões, podem formar ascósporos e se 
reproduzirem sexuadamente. 
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Algas e fungos
B
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G
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51Bernoulli Sistema de Ensino
Meu
 B
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 Os ascomicetos pluricelulares possuem hifas 
septadas. Algumas hifas especiais se diferenciam, 
assumindo uma forma de saco, conhecido por asco, 
em cujo interior são produzidos os ascósporos. 
O conjunto dos ascos de um micélio recebe o nome 
de ascocarpo, que é um corpo de frutificação.
 No grupo dos ascomicetos, existem espécies 
que, além dos ascósporos, também produzem 
conidiósporos. Isso acontece com as espécies dos 
gêneros Penicillium e Aspergillus.
Aspergillus e Penicillium, ascomicetos que também produzem 
conidiósporos.
 No gênero Penicillium, encontram-se espécies 
produtoras de antibióticos, como o Penicillium 
notatum (produtor do antibiótico penicilina) e espécies 
utilizadas na fabricação de queijos famosos, como o 
Penicillium roquefortii e o Penicillium camembertii, 
utilizados, respectivamente, na fabricação dos queijos 
Roquefort e Camembert.
 No gênero Aspergillus, estão algumas espécies que 
produzem bolores marrons ou verdes-azulados, 
comuns no pão, nas frutas e em outros alimentos, 
e também espécies que provocam doenças graves no 
homem, como o Aspergillus fumigans, que causa a 
aspergilose pulmonar, determinando, muitas vezes, 
quadros pulmonares bastante sérios.
 Também no grupo dos ascomicetos, encontra-se 
a espécie Claviceps purpurea, que cresce sobre 
os grãos de centeio e elabora uma substância 
denominada ergotamina, da qual se extrai o LSD 
(do inglês lysergic sour diethylamide, dietilamida do 
ácido lisérgico), um poderoso alucinógeno.
D) Basidiomicetos – Formam o grupo mais complexo 
de fungos. Acredita-se que tenham se originado dos 
ascomicetos. Os cogumelos e as orelhas-de-pau são 
seus representantes mais conhecidos.
 Os basidiomicetos são fungos filamentosos com 
hifas septadas. No micélio, a parte vegetativa 
geralmente é subterrânea, estendendo-se, 
muitas vezes, por vários metros abaixo do 
solo. Desse micélio subterrâneo, emerge um 
corpo de frutificação denominado basidiocarpo, 
constituído pelo estipe (pé) e pelo píleo (chapéu). 
No seu “chapéu”, o basidiocarpo contém inúmeras 
hifas de reprodução denominadas basídios, onde são 
produzidos esporos, os basidiósporos.
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 Ao se destacarem do basídio, os basidiósporos 
são disseminados pelo vento e, ao caírem em 
um meio que lhes seja favorável, germinam e 
originam hifas septadas monocarióticas. Da fusão 
de duas hifas monocarióticas, surge uma hifa 
dicariótica, que, desenvolvendo-se, origina um 
novo micélio. Para melhor exemplificar o ciclo de 
vida de um basidiomiceto, vamos considerar o ciclo 
dos representantes do gênero Agaricus que está 
esquematizado a seguir.Ciclo de vida de um basidiomiceto – No basidiocarpo, os basídios, 
localizados na face inferior do “chapéu”, formam os basidiósporos, 
que, ao se destacarem e caírem em um solo rico em substâncias 
orgânicas, originam micélios subterrâneos constituídos por hifas 
septadas monocarióticas. Da fusão de duas hifas pertencentes 
a micélios diferentes (heterotalismo), surgem hifas dicarióticas. 
Essa fusão de duas hifas tem o nome de plasmogamia. 
Do micélio subterrâneo, constituído por hifas dicarióticas, emerge 
o basidiocarpo (corpo de frutificação). Em hifas especiais desse 
basidiocarpo, isto é, nos basídios, os dois núcleos haploides se 
unem (cariogamia), formando um núcleo diploide (2n), que, 
sofrendo meiose, dará origem a quatro basidiósporos haploides (n).
Frente B Módulo 05
52 Coleção Estudo 4V
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 Entre as muitas espécies de basidiomicetos, 
destacam-se:
• Agaricus campestris – Espécie comestível, conhecida 
também por champignon. É rica em proteínas, 
vitaminas do complexo B e sais minerais contendo 
fósforo e potássio.
• Amanita muscaria – Cogumelo venenoso que, quando 
ingerido, causa distúrbios hepáticos e intestinais.
• Psilocybe mexicana – Essa espécie é produtora 
de uma substância alucinógena, a psilocibina ou 
psilocibin.
• Polyporus sp. – Popularmente, são conhecidos por 
orelhas-de-pau. Seus micélios vegetativos crescem 
no interior de troncos podres. O corpo de frutificação 
se apresenta sob a forma de grossas lâminas 
semicirculares.
Utilidades e nocividades dos fungos
No grande reino dos fungos, muitas espécies se destacam 
pelas utilidades que trazem ao homem e ao meio ambiente. 
Por outro lado, algumas espécies também se destacam por 
serem prejudiciais ao homem, a outros animais e às plantas.
Utilidades
• Atuam como decompositores, tendo, portanto, papel 
importante na reciclagem da matéria nos ecossistemas 
e no enriquecimento do meio abiótico com nutrientes 
minerais, indispensáveis ao desenvolvimento dos 
produtores.
• Alguns vivem associados a raízes de plantas, formando 
as micorrizas, relação em que há uma troca mútua 
de benefícios. As raízes das plantas absorvem parte 
dos nutrientes minerais provenientes da degradação 
dos restos de matéria orgânica do solo realizada 
pelos fungos e, em troca, as plantas cedem açúcares 
produzidos pela fotossíntese para os fungos. Esse 
tipo de associação tem uma importância relevante na 
agricultura, uma vez que disponibiliza mais nutrientes 
minerais para o desenvolvimento das plantas cultivadas.
• Muitas espécies são utilizadas na alimentação, como 
acontece, por exemplo, com o basidiomiceto Agaricus 
campestris (champignon) e o ascomiceto Morchella 
esculenta.
• Muitas espécies fermentadoras são utilizadas 
industrialmente na produção de certos tipos de queijos 
(Camembert, Roquefort, Gorgonzola) e bebidas 
alcoólicas (cervejas, vinhos). Certas leveduras, 
conhecidas também por fermentos biológicos, são 
utilizadas na fabricação de pães, bolos e biscoitos.
• Algumas espécies servem como matéria-prima 
para a extração de drogas de interesse médico- 
-farmacêutico. É o caso, por exemplo, dos fungos 
utilizados na fabricação de antibióticos.
• Muitas espécies se constituem em ótimo material 
para estudo do código genético, ação gênica e 
recombinação genética e, por isso, são muito 
utilizadas em Genética, Citologia e Bioquímica.
Nocividades
• Algumas espécies produzem toxinas prejudiciais 
a nosso metabolismo e, por isso, tornam-se 
venenosas quando ingeridas, causando distúrbios 
hepáticos e intestinais. As aflatoxinas, por exemplo, 
são produzidas por diversos fungos, em especial 
o Aspergillus flavus. Esse fungo é um bolor que 
ataca as sementes de muitas leguminosas (feijão, 
soja, amendoim) e gramíneas (milho, arroz, trigo). 
As sementes emboloradas usadas na produção de 
ração animal têm causado graves intoxicações, lesões 
hepáticas e até a morte dos mais variados animais 
como aves, porcos e bezerros.
• Algumas espécies produzem substâncias alucinógenas, 
como a ergotamina (substância da qual se sintetiza o 
LSD) fabricada pelo ascomiceto Claviceps purpurea.
• Muitas formas de alergias que afetam o sistema 
respiratório são provocadas por esporos de fungos 
existentes na poeira, especialmente os dos gêneros 
Penicillium e Aspergillus.
• Muitas espécies parasitam plantas, causando 
doenças conhecidas genericamente por fitomicoses, 
que trazem muitas vezes grandes prejuízos às 
plantações. Entre essas fitomicoses, podem-se citar 
a ferrugem do café, o cancro da maçã e a podridão 
da batata.
• Muitas espécies são agentes etiológicos de várias 
doenças que acometem o homem e outros animais. 
Essas doenças causadas por fungos são chamadas, 
genericamente, de micoses. Veja no quadro a seguir 
alguns exemplos de micoses que acometem a espécie 
humana.
MICOSES E FUNGOS CAUSADORES
Sapinho (candidíase) – Candida albicans
Frieira (pé-de-atleta, tinea pedis) – Trichophyton 
rubrum
Pelada (quebra dos pelos) – Piedraia hortai
Aspergilose pulmonar – Aspergillus fumigatus
Micoses da pele – Epidermophyton floccosum
Algas e fungos
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LIQUENS E MICORRIZAS
Os fungos liquenizados (liquens ou líquenes) são associações do tipo 
mutualismo entre fungos e cianobactérias ou entre fungos e algas. 
Assim, distinguimos nessa associação o micobionte (o fungo) e o 
ficobionte (a alga). Os fungos presentes nos liquens, geralmente, 
são ascomicetos, ao passo que as algas estão representadas pelas 
clorofíceas. As hifas dos fungos revestem e protegem as gonídias 
(células das algas), formando com elas um conjunto tão homogêneo 
e harmonioso que dá ao liquen o aspecto de um organismo único. 
Além de dar proteção às células das algas, os fungos fornecem água 
e minerais para que elas, por meio da nutrição autótrofa, possam 
fabricar alimentos. Parte do alimento fabricado pelas algas é, então, 
fornecido aos fungos. 
Liquens – Os liquens podem ser encontrados no solo, sobre tronco 
de árvores, superfícies de rochas, etc., e apresentam diversos 
aspectos macroscópicos conforme mostra a figura anterior.
A reprodução dos liquens comumente envolve fragmentos 
denominados sorédios. Cada sorédio é formado por grupos de 
algas envoltas por algumas hifas de fungos. Tais fragmentos 
são dispersos pelo vento e, caindo em um substrato favorável, 
originam novos liquens.
Sorédios – A reprodução dos liquens se faz por meio de sorédios, 
minúsculas estruturas, quase microscópias, contendo algumas 
hifas e algumas gonídias, que são transportados pelo vento, que 
age, portanto, como veículo de dispersão dos liquens.
Os liquens são ótimos indicadores dos níveis de poluição 
atmosférica, especialmente pelo SO2. Assim, a presença de liquens 
sugere baixo índice de poluição, já o desaparecimento sugere 
agravamento da poluição ambiental.
As micorrizas são associações mutualísticas (simbiose mutualística) 
de fungos (geralmente basidiomicetos) com raízes de muitas 
espécies de plantas (pinheiros, carvalhos, goiabeiras, mangueiras 
etc.). A planta fornece ao fungo alimento (glicose, vitaminas) e, 
em troca, o fungo degrada a matéria orgânica do solo, mantendo a 
umidade da raiz e favorecendo a absorção de água e sais minerais. 
Os fungos micorrízicos, portanto, aumentam a taxa de absorção de 
nutrientes minerais (zinco, manganês, cobre, fósforo etc.) pela raiz.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. (PUC-SP) O esquema a seguir representa o ciclo de vida 
de um ser haplodiplobionte.
= Célula X
= Indivíduo C
= Célula S
Célula Z = 
Indivíduo A
Admitindo-se que o número diploide de cromossomos do 
ser cujo ciclo está representado anteriormente seja 14 
(2n = 14), DETERMINE quantos cromossomos possuem 
a célula X, o indivíduo C, a célula S e a célula Z.
02. (Mackenzie-SP) Considere as afirmações a seguir sobre 
o grupo das algas.
I. Todas elas têm capacidade de realizar a fotossíntese.
II. Em muitas delas,há alternância de gerações, ou 
seja, em seu ciclo de vida, alternam-se gerações de 
indivíduos haploides e diploides.
III. A maioria delas apresenta amido como substância de 
reserva.
Entre as afirmativas anteriores, assinale:
A) Se somente I estiver correta.
B) Se somente II estiver correta.
C) Se somente I e II estiverem corretas.
D) Se somente I e III estiverem corretas.
E) Se todas estiverem corretas. 
03. (FUVESP-SP–2013) Frequentemente, os fungos são 
estudados juntamente com as plantas, na área da 
Botânica. Em termos biológicos, é CORRETO afirmar que 
essa aproximação
A) não se justifica, pois a organização dos tecidos dos 
fungos assemelha-se muito mais à dos animais que 
à das plantas.
B) se justifica, pois as células dos fungos têm o mesmo 
tipo de revestimento que as células vegetais.
C) não se justifica, pois a forma de obtenção e 
armazenamento de energia nos fungos é diferente 
da encontrada nas plantas.
D) se justifica, pois os fungos possuem as mesmas 
organelas celulares que as plantas.
E) se justifica, pois os fungos e as algas têm o mesmo 
mecanismo de reprodução.
Frente B Módulo 05
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04. (UFRGS-RS–2014) Os organismos que se caracterizam 
s imul taneamente por ausênc ia de p igmento 
fotossintetizante, presença de paredes celulares com 
quitina e reprodução por esporos são
A) as bactérias.
B) os fungos.
C) os vírus.
D) as pteridófitas.
E) os protozoários.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. (UECE–2016) Analise as afirmações seguintes.
I. Algas são seres fotossintéticos, conhecidos como 
plantas do mar e por esse motivo pertencem ao Reino 
Plantae.
II. As algas são responsáveis pela maior parte do gás 
oxigênio liberado diariamente na biosfera.
III. Quando há um desequilíbrio dos fatores ambientais, 
as algas podem se multiplicar descontroladamente 
por meio de florações.
Está CORRETO o que se afirma em
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
02. (IFRS–2014) Sobre a importância ecológica das algas, 
é CORRETO afirmar que
A) algumas algas unicelulares são endoparasitas de 
animais marinhos e são muito importantes para o 
controle populacional destas espécies.
B) são a base da cadeia alimentar dos ambientes 
aquáticos e as responsáveis pela maior parte 
da fotossíntese realizada no planeta. A maior 
porcentagem de oxigênio presente na atmosfera é 
proveniente da fotossíntese das algas.
C) mantêm relações mutualísticas com cupins e 
ruminantes. As algas digerem a celulose ingerida por 
estes animais e, em contrapartida, recebem proteção 
e alimento dos mesmos.
D) a maré vermelha, composta por algas do Filo 
Dinophyta, é um fenômeno marinho muito importante 
para o aumento da população de várias espécies de 
peixes e crustáceos, pois o aumento da população 
destas algas disponibiliza grande quantidade de 
alimentos para estes animais.
E) as diatomáceas são algas unicelulares recobertas 
por uma carapaça. Em certas regiões do fundo 
marinho estas carapaças se acumulam e liberam 
sustâncias tóxicas, matando muitas espécies 
animais que ali vivem.
03. (FUVEST-SP) O molho de soja mofado vem sendo usado 
na China, há mais de 2 500 anos, no combate a infecções 
de pele. Durante a Segunda Guerra Mundial, prisioneiros 
russos das prisões alemãs, que aceitavam comer pão 
mofado, sofriam menos infecções de pele que os demais 
prisioneiros, os quais recusavam esse alimento.
A) O que é o mofo?
B) Por que esses alimentos mofados podem combater as 
infecções de pele?
04. (UFMG) Casacos de lã, sapatos de couro e cintos de algodão 
guardados por algum tempo em armário podem ficar 
mofados, pois os fungos necessitam de
A) algas simbióticas para digerir o couro, a lã e o algodão.
B) baixa luminosidade para realizar fotossíntese.
C) baixa umidade para se reproduzirem.
D) substrato orgânico para o desenvolvimento adequado.
05. (PUCPR) Os líquenes estão entre os primeiros seres a 
ocuparem novas superfícies por serem nutricionalmente 
autossuficientes. Isso se deve, entre outras causas, ao fato 
de constituírem-se de uma associação entre
A) bactérias aeróbias e fungos filamentosos com grande 
capacidade fotossintetizante.
B) cianobactérias ou algas verdes e fungos com grande 
capacidade de absorção de água e de sais minerais.
C) algas e fungos com grande capacidade de absorção 
de CO2..
D) algas verdes e cianobactérias que fazem fotossíntese.
E) protistas heterotróficos por absorção e protistas 
autotróficos por fotossíntese.
06. (Unicamp-SP–2013) Os fungos são organismos 
eucarióticos heterotróficos unicelulares ou multicelulares. 
Os fungos multicelulares têm os núcleos dispersos em 
hifas, que podem ser contínuas ou septadas, e que, em 
conjunto, formam o micélio.
A) MENCIONE uma característica que diferencie a 
célula de um fungo de uma célula animal, e outra 
que diferencie a célula de um fungo de uma célula 
vegetal.
B) Em animais, alguns fungos podem provocar 
intoxicação e doenças como micoses; em plantas, 
podem causar doenças que prejudicam a lavoura, 
como a ferrugem do cafeeiro, a necrose do amendoim 
e a vassoura de bruxa do cacau. Entretanto, os fungos 
também podem ser benéficos. CITE dois benefícios 
proporcionados pelos fungos.
Algas e fungos
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SEÇÃO ENEM
01. (Enem–2013) Uma indústria está escolhendo uma linhagem de microalgas que otimize a secreção de polímeros comestíveis, 
os quais são obtidos do meio de cultura de crescimento. Na figura podem ser observadas as proporções de algumas organelas 
presentes no citoplasma de cada linhagem.
Perfil celular das linhagens de microalgas
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Núcleo
Mitocôndrias
Retículo endoplasmático
Complexo golgiense
Linhagem II Linhagem III Linhagem IV Linhagem VLinhagem I
20
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40
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15
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35
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Qual é a MELHOR linhagem para se conseguir maior rendimento de polímeros secretados no meio de cultura?
A) I B) II C) III D) IV E) V
02. Cientistas suíços descobriram o que julgam ser o maior fungo europeu. Ele se estende por uma extensa área no subsolo de 
uma floresta alpina.
Conhecido como o cogumelo do mel, ou por Armillaria ostoyae, o fungo foi encontrado oculto no Parque Nacional Engadine, 
nos Alpes suíços orientais, segundo o Instituto Federal para Pesquisa de Florestas, Neve e Paisagem.
Abrangendo uma área de 35 hectares, o fungo deve ter cerca de mil anos de idade. Ele só é visível no outono do Hemisfério 
Norte, quando os seus cogumelos irrompem pela terra e crescem à volta das raízes das árvores. Embora inofensivo para as 
pessoas – ele é comestível –, o fungo parasita pode colonizar certas árvores, como os pinheiros, matando-as.
Em termos de tamanho, o fungo suíço só é batido por outro cogumelo do mel que cresce nos Estados Unidos. Descoberto na 
Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado de Oregon, esse fungo subterrâneo tem 2 400 anos e cobre uma área de 
890 hectares, o que o torna o maior organismo vivo até agora descoberto.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12465.shtml>. Acesso em: 29 jul. 2010.
Entre as condições favoráveis que permitem o crescimento rápido de fungos, como o da reportagem, podem-se incluir
A) temperaturas baixas com ambiente seco e rico em matéria orgânica.
B) alta incidência de luz e água para a fotossíntese do fungo.
C) alta umidade e matéria orgânica com temperaturas não muito baixas.
D) baixa umidade com muita matéria orgânica, associada a temperaturas extremas.
E) ambiente pobre em matéria orgânica e umidade com temperaturas elevadas.
GABARITO 
Fixação
01. Célula X = 14; 
 Indivíduo C = 14; 
 Célula S = 7; 
 Célula Z = 7.
02. E
03. C
04. B
Propostos
01. B
02. B
03. A) O mofo é um tipo de fungo.
 B) Alguns fungos sintetizam e liberam substâncias 
de ação antibiótica que impedem a proliferação de 
bactérias, inclusive asque causam infecções de pele.
04. D
05. B
06. A) Os animais, diferentemente dos fungos, não 
apresentam parede celular, as plantas possuem 
cloroplastos e os fungos são aclorofilados.
 B) Os fungos podem ser usados na indústria alimentícia, 
na produção de antibióticos e são importantes para 
a ciclagem da matéria.
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