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TECIDO EPITELIAL DE SECREÇÃO O tecido epitelial, também denominado epitélio, é formado por células justapostas com pouca substância entre elas (substância intercelular). É basicamente um tecido de revestimento e de secreção (glandular). Como tecido de revestimento, recobre toda a superfície externa do corpo, como é o caso da epiderme. Reveste todas as cavidades internas e órgãos que direta ou indiretamente estão em contato com o exterior do corpo. Reveste também a maioria das cavidades internas e fechadas do corpo. Os tipos de epitélios Os epitélios são classificados com base em diferentes aspectos, como a forma de suas células, o número de camadascelulares e as funções que desempenham. Quanto à função os epitélios podem ser: ● protetores; ● sensoriais; ● ciliados; ● secretores (glandulares); ● de absorção. Os protetores são geralmente estratificados e queratinizados, como a epiderme dos mamíferos. A queratina é uma proteína que confere resistência e impermeabilização à camada superficial da epiderme, que é morta. Os sensoriais têm células de sustentação e entre elas células sensoriais, como ocorre no epitélio olfativo. Os epitélios ciliados têm células com a superfície livre coberta por um grande número de cílios (cerca de 200 a 250 por célula). O batimento coordenado dos cílios garante o deslocamento de substâncias sobre as células. Dentre os epitélios de absorção convém salientarmos o da mucosa intestinal, cujas células têm um grande número demicrovilosidades. Os epitélios secretores constituem as glândulas. As glândulas exócrinas pluricelulares são classificadas, pela forma, em três tipos básicos: 1- Tubulosas 2- Glândulas acinosas 3- Túbulo-acinosas Apresentam longos canais ramificados e na extremidade de cada um há um ácino, que é a única r secretora. São deste tipo as glândulas submaxilares e sublinguais (salivares), as lacrimais e a porção exócrina do pâncreas. As glândulas podem ser ainda analisadas sob outros dois aspectos: a natureza química e a origem da secreção. Quanto à natureza química da secreção, temos: Glândulas serosas Produzem secreção clara e aquosa, rica em proteínas, que podem ser enzimas. Exemplo: células secretoras do pâncreas e as parótidas (salivares). Glândulas mucosas Fabricam muco, uma secreção viscosa, de natureza glicoprotéica. Quanto à origem da secreção, há três tipos: I- Merócrinas (écrinas) Nestas glândulas, as células secretoras ao eliminarem seus produtos permanecem intactas, com todo o protoplasma, podendo reiniciar o ciclo secretor. São as mais comuns, como as lacrimais, sudoríparas, gástricas, salivares, etc. II- Apócrinas Nestas, as células secretoras perdem uma parte do seu protoplasma, que se mistura à secreção elaborada. A fim de reiniciar a secreção, tais células devem regenerar a parte apical perdida. São as glândulas mamárias e assudoríparas modificadas, existentes nas axilas e região perianal. III- Holócrinas Aqui, as células secretoras, enquanto acumulam a secreção gordurosa, vão se avolumando e desintegrando. Constituem uma massa sebosa que é inteiramente afastada para o canal da glândula. A secreção volta a ocorrer a partir de novas células que serão repostas. São as glândulas sebáceas da pele dos mamíferos. A pele é o maior órgão de nosso corpo. Representa cerca de 15% do peso de uma pessoa adulta e está constituída por duas camadas: a epiderme, mais externa, de origem ectodérmica; e a derme mais interna, um tecido conjuntivo frouxo, de origem mesodérmica. A epiderme protege o corpo do atrito e da dessecação. Suas células são repostas continuamente, através de mitoses doestrato basal ou germinativo, que está em íntimo contato com a lâmina basal. Entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo há uma lâmina denominada lâmina basal, produzida pelas células epiteliais, formada por proteína colágeno associada a glicoproteínas e polissacarídeos. No tecido conjuntivo logo abaixo da lâmina basal pode ocorrer um acúmulo de fibras reticulares, juntamente com a lâmina basal, a membrana basal. A lâmina e a membrana basal servem como estrutura de suporte do epitélio, fixando-o firmemente ao tecido conjuntivo subjacente. A lâmina basal é permeável ao oxigênio, ao gás carbônico e a alimentos, permitindo, assim, que as células epiteliais troquem substâncias com os vasos sangüíneos do tecido conjuntivo. Ela tem características imunizantes, sendo uma barreira à entrada de microrganismos.
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