Aline David Caso clinico menopausa

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MARATONA DE CASOS CLÍNICOS
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O ATENDIMENTO DE SUCESSO À
MULHER COM MENOPAUSA
Eu sou nutricionista de consultório,
mestre e doutora pela USP e professora.
Desde que me formei, busquei
estratégias para conseguir proporcionar
resultados aos meus pacientes com
mais segurança. Ao decorrer dos anos
eu me frustei bastante, mas consegui
desenvolver um método que fez eu
deslanchar nos atendimentos.
E para conseguir ajudar muito mais
nutricionistas a fazerem uma prescrição
assertiva e proporcionar resultados aos
pacientes, e desenvolvi o método
Nutrição Aplicada da Teoria à Prática. 
54 anos
Menopausa: desde os 52 anos
Faz caminhada de segunda à sexta
Fogacho (sensação de calor)
Irritabilidade
Insônia
Queda de cabelo
Aumento do peso: 6kg nos 2 últimos anos 
Redução da massa muscular
Paciente L. S.
Esses sintomas são clássicos de menopausa, 
por isso fique atento!
Dra. Aline David | 2022
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Aumento do peso: 6kg nos 2 últimos anos 
Redução da massa muscular
Além das alterações hormonais esses outros sintomas
prejudicam bastante a qualidade de vida da paciente. 
Vamos começar por aqui: 
Comece pelo básico, que nesse caso é o emagrecimento
(déficit calórico) e o aumento de massa muscular (maior
oferta de proteínas), pois a sarcopenia reduz a mobilidade,
assim como promove o maior risco de quedas. 
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No cérebro temos a região do hipotálamo que produz o GnRH,
que viaja até a hipófise e estimula a produção dos hormônios
FSH e LH, os dois vão atuar nos ovários estimulando a
produção de progesterona. Porém, quando ocorre redução de
estrogênio na menopausa, também acontece aumento de FSH
por conta do feed back negativo, e isso será observado nos
exames bioquímicos da paciente.
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Cessação da menstruação por 12 meses
Ocorre normalmente entre 45-55 anos
Estradiol
FSH 
Esses fatores ocorrem em mulheres com menopausa. Além
disso, é importante perguntar qual o dia do ciclo menstrual
para avaliar esses exames, pois os hormônios mudam nesse
período.
10 até 50 mUI/mL (menopausa)
(normal = 1,3 até 266)
acima de 25 mUI/mL (menopausa)
 (normal = 1,2 até 25)
 Med Clin North Am. 2015 May;99(3):521-34
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Em mulheres com menopausa a testosterona livre, que é a
ativa, se apresenta reduzida e pode desencadear diversos
efeitos no metabolismo dessa mulher. 
Esses fatores estão em maior risco para mulheres com
menopausa. 
A menopausa está associada com maior risco de depressão e
ansiedade
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Para depressão leve à moderada:
É recomendado 340mg de Rodiola Rosea, visto que ela
apresenta efeito antidepressivo menor que a setralina
(medicamento), mas é eficaz e apresenta menos efeito
adverso.
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Funcho ou erva-doce
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100 - 300mg de Foeniculum vulgare/dia 
Melhorias:
Sono, depressão, ansiedade, libido e perfil lipídico
A erva doce auxilia significativamente na redução dos
sintomas provocados pela menopausa. 
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Os trabalhos mostram que a linhaça tanto na sua forma integra 
como o seu extrato podem reduzir de forma significativa os
sintomas de fogacho. 
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Óleo de prímula: 
500mg, 2x/dia
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Esses são exemplos de formas de prescrição, mas tenha
atenção quanto as quantidades de cada marca. Lembrando
que independente do composto você deve avaliar na literatura
qual a quantidade deve ser ofertada. 
Cimicifuga racemosa: 
40mg, 2x/dia
 
A ingestão destes dois componentes reduziu a frequência de
fogachos ao longo do dia e da noite nas pacientes com
menopausa. 
17 estudos
1529 mulheres na menopausa
40 mg - 161 mg/ dia de isoflavona
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60 a 100 g de soja
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A variação na quantidade de isoflavonas (40 - 161mg) se dá em
decorrência das diferentes safras de soja produzidas em
vários lugares do mundo. 
Nessa formulação contém 150mg de isoflavonas e ela ressalta
que em sua composição não contém componentes
modificáveis usados na produção da soja. 
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Glicemia de jejum: 
Isoflavonas diminuíram a glicemia, apesar dos resultados
heterogêneos.
Insulina de jejum: Isoflavonas diminuíram a insulina, apesar
dos resultados heterogêneos
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HOMA-IR: Isoflavonas diminuíram HOMA-IR, apesar dos
resultados heterogêneos
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 40-80mg/ dia
Melhorou: libido, sono, humor 
Apesar de não apresentar muitas evidências, a utilização
desse componente pode ser benéfica para algumas pacientes. 
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 3000 – 3500 mg/dia
Melhorou: ansiedade, depressão e libido 
Até o momento existem poucas evidências para a utilização da
maca, mas ela pode ser uma opção também. Ainda, alguns
estudos mencionam que pode correr um leve aumento da
testosterona nessas mulheres. 
Além disso, é importante ressaltar que para prescrever
qualquer coisa é importante avaliar quais os efeitos deletérios
que podem ser causados. 
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 750mg/ dia
Melhorou: libido 
Vale a pena?
Ainda não temos evidência científica para isso, portanto, tenha
cautela. Lembrando que atualmente o tribulus não pode mais
ser prescrito por nutricionistas. 
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O estrogênio pode promover todas essas alterações e também
proteção contra aterosclerose. Por conta disso, pacientes com
menopausa apresentam maior risco de doenças
cardiovasculares por redução desse hormônio. 
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Nutri, não deixe de investigar esses aspectos. 
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Esse trabalho comenta sobre a via do ácido fólico, que
participa de forma ativo no metabolismo da homocisteína. E
quando a homocisteína se encontra em alta quantidade, ela
pode promover maior correlação com DCV em alguns
pacientes. 
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Por isso, é importante regular a prescrição de vitaminas do
complexo B, que também são importantes para o
funcionamento das vias energéticas. 
Ácido fólico (1g/dia) por 4 meses reduziu homocisteína nas
mulheres na pós menopausa.
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Recomendação:
Formas de prescrição:
Piridoxina:
Cobalamina:
Ácido fólico:
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Para facilitar a formulação você pode prescrever as 3
vitaminas na mesma prescrição. 
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Esse documento apresenta as recomendações das DRIs para
todas as vitaminas e minerais. 
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Dietary Reference Intakes (DRIs): Tolerable Upper Intake
Levels, Vitamins
Exemplo de recomendação pelas tabelas das DRIs.
Lembrando que elas são fundamentais para qualquer
nutricionista. 
Mais risco de DM na menopausa
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Esse estudo ressalta algumas recomendações para evitar DM2
na fase de menopausa.
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Nutri, avalie de forma cautelosa o risco de DM nas suas
pacientes. 
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A sarcopenia é muito prejudicial para qualquer indivíduo e ao
longo dos anos a redução de massa muscular vai reduzir a
TMB, ou seja, sua paciente vai precisar reduzir a ingestão de
calorias para não engordar. E caso ela consuma muitas
calorias, ela ganhará somente gordura se não realizar exercício
físico. 
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Gordura corporal: está mais associada com mais fogachos e
dores articulares
Músculo corporal: ter mais músculos promove menos dores
musculares/ articulares 
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Recomendação de proteínas para indivíduos que não treinam,
lembrando que essa quantidade podeser maior para aqueles
que se exercitam. Ainda, também é importante suplementar
cálcio e vitamina D juntos para que não ocorra calcificação em
locais inadequados. 
Batsis e Villareal, Nature Reviews, volume 14, 2018 
 
Exemplo de alimentos ricos em proteínas.
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De acordo com esse trabalho é importante ofertar mais
alimentos ricos em proteína, mas que sejam de origem
vegetal. 
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463 mulheres na pós menopausa
A vitamina D é fundamental para o funcionamento do
metabolismo como um todo e é importante para pacientes
com menopausa. 
Níveis adequados de vitamina D:
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A baixa quantidade de vitamina D em mulheres com
menopausa está associada com aumento de triglicérides,
síndrome metabólica e redução de HDL.
481 mulheres na pós menopausa
Esse trabalho ressalta algumas alterações que podem ser
feitas em relação ao padrão alimentar das pacientes com
menopausa. 
MARATONA DE CASOS CLÍNICOS
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