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CONTABILIDADE AMBIENTAL AULA 1 Profª Ana Lizete Farias 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula vamos estudar o conceito de Contabilidade Ambiental e as relações com temas importantes que circunscrevem as questões ambientais modernas. A partir disso, vamos compreender o que são impactos ambientais e quais são as consequências desse termo em relação principalmente à formulação de políticas públicas no Brasil e no mundo. A partir disso, vamos entender o que significa um SGA ou Sistema de Gestão Ambiental e quais são os padrões de certificação que se relacionam a esse sistema. Dentro desse contexto, veremos, afinal, do que se trata a valoração ambiental, assunto polêmico que divide opiniões dentro do mundo das organizações socioambientais. Esse assunto, inclusive, será objeto do nosso fórum de discussão. Na prática, vamos nos deparar com uma entrevista sobre relatos integrados, assunto importante e relacionado ao novo campo que é a Contabilidade Ambiental. Vamos iniciar nossos estudos, então, a partir de um recorte sobre um determinado período da nossa história, o século XIX, mostrando os números da devastação em termos de bens naturais. O olhar clínico sobre os números, ou seja, o olhar contábil permite hoje uma importante reflexão sobre os caminhos do meio ambiente em nosso país. CONTEXTUALIZANDO Leia o trecho a seguir, extraído da obra Saudades do matão: Além das atividades agrícolas e da ocupação urbana a exploração da madeira respondia de modo decisivo pela devastação da floresta. A partir da vinda da Família Real para o Brasil, no século XIX, passou a haver grande empenho do Governo Imperial em estimular a exportação de madeiras nobres para a Europa. Na Exposição de Vienna, realizada em 1873, o Brasil recebeu dois grandes diplomas de honra: um pelo café (plantado sobre os escombros da floresta), e outro dado à Companhia Florestal Paranaense, que levou para a exposição, entre outras amostras, um pinheiro (Araucaria angustifolia) de 33 metros de altura, que foi remontado com a ajuda de grandes andaimes (da mesma madeira). O objetivo dessa exposição era mostrar aos europeus as vantagens desta extraordinária árvore que produzia tábuas, nós, frutos, resina e carvão. [...] A análise dos registros das exportações brasileiras ao final do século XIX fornece informações importantes para dimensionar as consequências do extrativismo predatório. Em 1870, por exemplo, as exportações de ervas medicinais, jacarandá, erva-mate, castanha-do-pará e borracha competiam com o cacau, o café, o açúcar, o algodão e o fumo. [...] Em alguns casos, o uso de plantas brasileiras chegava a extremos. O Brasil abastecia a Europa, por exemplo, de plantas para curtume – plantas taníferas – que consumiam quantidades significativas de vegetação de mangue, além de árvores como barbatimão, angico vermelho, cambuí, monjolo, 3 canafístula, ingá-graúna, garapiapunha, maricá. Nesse período, avaliava-se a retirada anual de mangue branco, apenas na região de São Paulo, em aproximadamente 3,7 milhões de metros quadrados. [...] Entre as madeiras, merecem destaque, no período de 1901/1905, as exportações de jacarandá (15.295 toneladas), pau-brasil (1337 toneladas) e cedro (1895 toneladas), mas o pinheiro-do-paraná ultrapassa largamente esses números. No mesmo período, foram exportados cerca de 150 mil pranchões e 212 mil tábuas de pinho. [...] A fauna tampouco foi poupada desse voraz mercado... Nas exportações, o óleo de baleia tinha destaque. Entre 1898 e 1903, apenas em Caravelas, no sul da Bahia, foram capturadas 508 baleias para extração de óleo... Nos primeiros anos do século XX, o Brasil exportou 2750 quilos de casco de tartaruga para Alemanha, Inglaterra e França. Apenas no ano de 1905, foram exportados 118 mil quilos de peles de veados e 85 quilos de plumas de garça, selecionadas entre as mais bonitas da cabeça do macho [...]. Essa forma de exploração sutil e interessante deixou profundas marcas na floresta e facilitou a degradação e a devastação absoluta das áreas naturais, cada vez mais alteradas e modificadas pela ação humana. (Adaptado de Urban, 1998, p. 37-58). TEMA 1 – ABORDAGENS INICIAIS SOBRE CONTABILIDADE AMBIENTAL A partir do texto do livro da jornalista Teresa Urban, uma das grandes ambientalistas brasileiras, que mostra um pequeno recorte de um registro histórico sobre a riqueza de bens naturais que foram retirados de nosso país desde os primórdios da nossa colonização, começamos a delinear o conceito de contabilidade ambiental e a sua importância para o momento atual não somente no Brasil, mas no mundo inteiro. Sem o trabalho paciente de alguém com os olhos de “contador”, o resgate do tamanho da devastação dos nossos bens naturais não teria acontecido. Segundo Antonovcz (2014), a contabilidade ambiental tem por objetivo registrar e controlar as atividades realizadas por uma empresa a partir de uma visão menos abrangente em termos dos aspectos monetários e mais analítica em relação aos efeitos das atividades incorridas ou a incorrer que possam resultar em consequências para o ambiente, além da forma como isso será refletido pela contabilidade em seus ativos, passivos ou mesmo em seu patrimônio líquido. Na linha de pensamento da autora, podemos dizer então que se trata de uma nova forma de olhar para os chamados custos ambientais, os quais, por sua vez, vão alterar as formas de desempenho e tomadas de decisão. Nesse caso, é importante ressaltar que não se trata de estudar fenômenos biológicos, geográficos, geológicos, entre outros, que competem às ciências específicas, mas, sim, como cada um dos elementos que os compõem influencia e recebe influências em razão das movimentações patrimoniais das organizações (Garcia; Behr, 2012). 4 Segundo Carvalho (2012), o marco teórico de inserção da contabilidade nas premissas do desenvolvimento sustentável está contido no Capítulo 8, letra d, da Agenda 21, que descreve sobre a “[...] necessidade de que países e organismos internacionais desenvolvam um sistema de contabilidade que integre as questões sociais, ambientais e econômicas” (Carvalho, 2011, citado por Ferreira, 2003, p. 14). Em 1992, o International Accounting and Reporting Issues, elaborado em ONU (Carvalho, 2012), teve como recomendação final que “contabilidade ambiental, tanto em nível macro como microeconômico, deveria incluir na identificação de uma atividade sua mensuração e comunicá-la ou evidenciá-la”, ou seja, que todos os custos, inclusive os ambientais, fossem inseridos. O marco teórico no âmbito brasileiro referente à contabilidade ambiental foi na edição da NPA 11 – Balanço e Ecologia pelo Instituto Brasileiro de Contabilidade (IBRACON), em 1996, que estabeleceu os princípios entre a contabilidade e o meio ambiente, recomendando, desta forma, a adoção de registros específicos dos Ativos e Passivos Ambientais. No entanto, somente em 1998, segundo Tinoco e Kraemer (2004), com a finalização do relatório financeiro e contábil sobre o Passivo e custos ambientais pelo Grupo de Trabalho Intergovernamental das Nações Unidas de Especialistas em Padrões Internacionais de Contabilidade e Relatórios (United Nations Intergovernmental Working Groups of Expert on International Standards of Accounting and Reporting – ISAR), a contabilidade ambiental passa a ser vista como um novo ramo da ciência contábil. Portanto, de forma mais clara, a finalidade da contabilidade ambiental é definida como a medição e quantificação dos recursos ambientais utilizados pelas empresas, bem como os impactos causados por estas sobre esses recursos e sobre o ambiente de maneira geral (Ribeiro; Lisboa, 2000). Nesse caso, por recursos ambientais, do ponto de vista contábil, são entendidos os recursos passíveis da exploração da empresa (matéria-prima, energia, alimentação,ar puro, paisagem, aterros para depósito de resíduos, etc.) Em vigor desde 1º de janeiro de 2006, a NBC T 15, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução n. 1.003, de 19 de agosto de 2004, estabelece “procedimentos para evidenciação de informações” de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da entidade, devendo ser 5 divulgada como informação complementar às demonstrações contábeis, não se confundindo com as notas explicativas. Desta forma, a Contabilidade Ambiental passa a identificar, avaliar e evidenciar eventos econômico-financeiros relacionados com questões ambientais e assume a função de instrumento de comunicação entre empresas e sociedade. Segundo Tinoco e Kraemer (2011), a contabilidade ambiental proporciona vantagens de identificar e alocar custos ambientais, permitindo controlar a redução de recursos, gerando demonstrativos sobre a eficiência e a viabilidade econômica das ações ambientais e, consequentemente, a contínua correção de ações ambientais. Os autores ainda discriminam as vantagens da utilização da contabilidade ambiental para as empresas: identificar, estimar, alocar, administrar e reduzir os custos, particularmente os tipos ambientais, de maneira que as decisões de investimentos estejam baseadas na relação custo-benefício; controlar o uso e os fluxos da energia e dos materiais, possibilitando sua redução; proporcionar a informação mais precisa e detalhada para suportar o estabelecimento e a participação em programas voluntários, com custos efetivos para melhorar o desempenho ambiental, em ações ambientais; informação mais precisa e mais detalhada para a medida e o relatório de desempenho ambiental, melhorando, assim, a imagem da companhia junto aos stakeholders, como clientes, comunidades locais, empregados, Governo e fornecedores, contribuindo para a sociedade em geral. Além disso, como retribuição à sociedade, a contabilidade ambiental permite o uso mais eficiente de recursos naturais, incluindo a energia e a água; reduz os custos externos relacionados à poluição da indústria, como os custos da monitoração ambiental; fornece informações ambientais para a tomada de decisão; fornece a informação ambiental e industrial do desempenho, que pode ser usada no contexto mais extenso das avaliações do desempenho e de condições ambientais nas economias e em regiões geográficas. TEMA 2 – SURGIMENTO DO IMPACTO AMBIENTAL E CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS Agora que tivemos uma breve contextualização acerca do conceito de contabilidade ambiental e de sua importância, vamos olhar outro relevante tema, 6 diretamente relacionado com o que foi exposto, que se trata do surgimento dos impactos ambientais e Das consequências em relação a nossa sociedade. Nesse contexto, podemos delimitar um marco inicial, a Revolução Industrial, a partir de 1762, que trouxe gradativamente o incremento das atividades industriais e o advento de novas tecnologias para atender ao grau crescente das necessidades humanas. Mas essas atividades não contribuíram somente para a evolução da humanidade, uma vez que são apontadas atualmente como uma das maiores causas da probabilidade da falência do sistema natural do planeta. Segundo Steffen et al. (2015), essas transformações são comparadas às forças geofísicas que dão forma ao planeta Terra, tamanho o impacto com que agem na modificação dos sistemas naturais. Dentro desse aspecto, é importante relembrar que o conceito de impacto ambiental é a alteração da qualidade ambiental de um determinado ambiente natural (Sánchez, 2008). Foi no mundo pós-grandes guerras, já no século XX, particularmente a partir da Segunda Guerra Mundial, com a necessidade da reorganização das economias e o surgimento dos parques industriais das grandes potências da época, que o extrativismo dos recursos naturais do planeta aumentou significativamente. É em função desse processo intenso de extração, que acabou também por gerar grandes tragédias ambientais, que as discussões sobre impactos ambientais pertinentes ao modelo econômico vigente começaram a surgir no início da década de 1960, juntamente com outros movimentos de contracultura, como os pacifistas, os hippies e as feministas. Historicamente, os eventos abaixo, dentre tantos outros, foram acontecimentos marcantes no século XX que induziram as grandes organizações a buscarem medidas de prevenção aos altos impactos ambientais causados ao meio ambiente: • Londres, 1952, ocorrência do big smoke ou grande nevoeiro, originado pela queima descontrolada de carvão e lenha durante cinco dias do mês de dezembro, que deixou cerca de 15 mil pessoas doentes e ultrapassou 7 mil mortes. • Japão, 1956, mais precisamente na Baía de Minamata, descobriu-se que a indústria a Chiso Corporation despejava rotineiramente seus rejeitos nas águas que banhavam o município de Minamata, contaminando a vida marinha e, consequentemente, as pessoas que viviam da pesca. Foi 7 denominado então Desastre de Minamata o envenenamento de centenas de pessoas por mercúrio, o que ocasionou a morte de mais de 900 delas. A companhia, até hoje, ainda se vê envolta em batalhas judiciais indenizatórias. • Em 1962, Rachel Carson lançou, nos Estados Unidos, o livro Silent spring, relatando os perigos causados pelos inseticidas e pesticidas na planície do rio Mississipi. O nome do livro, Primavera silenciosa, é uma alusão aos ambientes em silêncio do rio causados pela morte da fauna. Ao encontro, portanto, desses desafios com que a sociedade global começou a ter que lidar, ocorreu o desenvolvimento da AIA – Avaliação de Impacto Ambiental, a partir de estudos realizados nos Estados Unidos da América (EUA), com a promulgação do National Environmental Policy Act – NEPA (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente) em 1969 (Rocha et al., 2005; Sánchez, 2008). Esse instrumento passou a exigir para todos os empreendimentos com potencial poluidor o cumprimento de requisitos em relação ao meio ambiente para que fossem certificados quanto a sua viabilidade ambiental (Rocha et al., 2005). Nesse sentido, a lei da política nacional do meio ambiente norte- americana acabou servindo como modelo para novas legislações ambientais similares em todo o mundo, sendo considerada como um marco em termos de regulamentação ambiental no mundo (Rocha et al., 2005; Sánchez, 2008). O passo seguinte, ou seja, a institucionalização da AIA em nível mundial concretizou-se a partir dos resultados obtidos após a Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente de 1972, na Suécia, na qual foi votado um conjunto de recomendações, dentre as quais um plano relativo à avaliação do meio ambiente mundial (Sánchez, 2008). Em 1992, na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, no Rio de Janeiro, a ECO/92 ou Rio/92, a Avaliação de Impacto Ambiental se tornou um princípio ambiental consubstanciado em tratados internacionais (Princípio 17 da Declaração do Rio/92). A AIA foi formalmente introduzida no Brasil pela Política Nacional de Meio Ambiente, Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que elegeu, dentre as ações preventivas, a Avaliação de Impactos Ambientais e o licenciamento para a instalação de obras ou atividades potencialmente poluidoras. 8 De forma distinta aos países desenvolvidos que implantaram a AIA em resposta a pressões sociais e ao avanço da consciência ambientalista, no Estado brasileiro ela foi adotada devido à exigência dos organismos multilaterais de financiamento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e o Banco Mundial – BIRD (Sánchez, 2008). Seis anos mais tarde, as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais sobre a AIA foram disciplinados pela ResoluçãoConama 001/1986 (Assunção, 2010). TEMA 3 – SISTEMA GESTÃO AMBIENTAL Como já vimos, foi a partir da década de 1950 que os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar preocupantes, e, dentre os mais recentes, dos quais podemos acompanhar quase cotidianamente os efeitos, há um destaque para o aumento de temperatura da Terra, a destruição da camada de ozônio, o esgotamento acelerado dos recursos naturais, assim como a escassez hídrica. São desafios que têm pressionado as empresas a alterarem seus sistemas internos de gestão e, consequentemente, seus processos de produção no sentido de reduzir custos e adequar seus produtos às condições e necessidades desse novo tipo de mercado, que considera as questões ambientais mais urgentes. Uma estratégia ambiental adequada é expressa por uma política ambiental, ou seja, a forma de condução dos negócios de uma empresa no tocante aos aspectos ambientais. Esse é considerado o marco inicial para que as empresas integrem, portanto, esses aspectos ambientais às suas operações. Dentre as ferramentas para assegurar e atingir esses objetivos estão os Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs), que ajudam a controlar e aperfeiçoar o desempenho ambiental de acordo com a política ambiental da empresa. No Brasil, a Resolução CONAMA n. 306, de 5 de julho de 2002, descreve que o SGA é que determinará a gestão ambiental, ou seja, a condução, a direção e o controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das emissões para o meio ambiente (MMA, 2002). Em termos empresariais, corroborando o que dissemos acima, o Sistema de Gestão Ambiental pode então ser definido como a gestão empresarial que se orienta para evitar, na medida do possível, problemas para o meio ambiente, com o objetivo de alcançar um desenvolvimento sustentável. 9 É importante ressaltar que o SGA está vinculado às normas elaboradas pelas instituições públicas, como as prefeituras, os governos estaduais e federal, acerca do meio ambiente, em que estão estabelecidos os limites aceitáveis de todos os atos que tenham potencial poluidor, por exemplo a emissão de substâncias tóxicas, a alocação de resíduos, o despejo de substâncias em rios e mananciais etc. De acordo com Seifert (2010), um sistema de gestão ambiental integra em seu conteúdo, além da política ambiental, o planejamento ambiental, bem como o gerenciamento desse conjunto. A política ambiental será implantada a partir de um estudo prévio, ou seja, a partir do planejamento ambiental, o qual visa à adequação do uso, do controle e da proteção do ambiente às aspirações sociais e/ou governamentais expressas formal ou informalmente na política ambiental. Esse planejamento é feito por uma coordenação que compatibilizará e fará as devidas articulações para a implantação de projetos que necessitem de intervenções estruturais e não estruturais. Ao final desse processo é que podemos dizer que terá início o gerenciamento ambiental, ou o conjunto de ações destinado a regular uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente e a avaliar a conformidade da situação corrente com os princípios doutrinários estabelecidos pela política ambiental. Segundo Barbieri (2007), a abordagem ambiental na empresa pode ser de três tipos, e o primeiro está relacionado ao controle da poluição, de acordo com o qual os esforços organizacionais são orientados para o cumprimento da legislação ambiental e o atendimento das pressões da comunidade, mostrando- se marcadamente reativo, vinculado, pois, exclusivamente à área produtiva. Num segundo momento, que pode ser também concomitante ao processo anterior, a internalização das questões ambientais na empresa pode ser preventiva, na qual a organização objetiva utilizar eficientemente os insumos, e a preocupação ambiental começa a se expandir para toda a organização. Num último estágio, a empresa então assume as variáveis ambientais relativas ao seu negócio como integrantes da sua estratégia, disseminando esses valores para toda a organização. O processo de implantação e adoção de um SGA não é tarefa fácil entre as empresas, e nesse sentido apontamos as dificuldades mais frequentes: • Controle ambiental nas saídas; 10 • Integração do controle ambiental nas práticas e nos processos industriais; • Integração do controle ambiental na gestão administrativa. De qualquer forma, é inegável que implantação do SGA é fator de vantagem competitiva que propicia às empresas melhor sua imagem no mercado, aspecto bastante importante pelo aumento da consciência ambiental e das exigências dos consumidores. TEMA 4 – PADRÕES AMBIENTAIS DO SISTEMA DE GESTÃO Os primeiros sistemas de gestão ambiental foram desenvolvidos na década de 1980, depois dos graves acidentes ecológicos de nível mundial que continuaram acontecendo por toda a segunda metade do século XX até os dias de hoje. Ffora Londres, em 1952, e Minamata, em 1956, outros graves desastres deixaram seus registros na história ambiental do planeta. Em dezembro de 1984, a cidade de Bhopal, na Índia, foi contaminada por 40 km2 de gás tóxico; em abril de 1986 ocorreu o maior acidente nuclear, na Usina Nuclear de Chernobil, localizada na Ucrânia, então parte da União Soviética; e no Brasil, em 1987, em Goiânia, um aparelho de radioterapia contendo cloreto de césio foi roubado de uma clínica. Além disso, tivemos o desastre de Mariana, em 2015, em Minas Gerais. Desastres de grandes proporções, em que muitas pessoas morreram, foram necessários para que as grandes corporações tomassem consciência dos riscos de suas atividades e adotassem normas mais rígidas com relação ao uso e à exploração do meio ambiente para prevenir eventuais calamidades. É neste contexto histórico que na década de 1990 surge a série de normas ISO 14000, como um marco de auxílio na busca da implantação de uma gestão ambiental efetiva nas empresas, sendo aplicada às atividades industriais, extrativas, agroindustriais e de serviços. A certificação ambiental a que se refere a ISO em questão pode ser relacionada às instalações da empresa, às linhas de produção e também aos produtos desde que satisfaçam os padrões de qualidade ambiental. As normas ISO 14001 estão relacionadas à padronização de processos, e não ao estabelecimento de parâmetros de desempenho ambiental, os quais, por sua vez, são atribuíveis unicamente à legislação ambiental, por isso 11 apresentam os elementos necessários à construção de um sistema, um SGA, que alcance as metas ambientais estabelecidas pela organização. A norma contém os seguintes direcionamentos: • Requisitos gerais; • Política ambiental; • Planejamento da implantação e operação; • Verificação e ação corretiva; • Análise crítica pela administração. Isso significa que devem ser identificados os aspectos do negócio da empresa que impactam o meio ambiente a partir da compreensão da legislação ambiental relevante à sua situação. O próximo passo é preparar objetivos para melhoria e um programa de gestão para atingi-los, com análises críticas regulares para melhoria contínua. Em termos de padrões de sistemas ambientais de gestão, a ISO 14001 é apenas um dos muitos instrumentos disponíveis que podem auxiliar as organizações a evoluir no que se refere às questões ambientais. Atualmente, as empresas têm buscado implantar os SIGs – Sistemas Integrados de Gestão que contemplam a integração dos processos de Qualidade com os de Gestão Ambiental e/ou com os de Segurança e Saúde no Trabalho, dependendo das características, atividades e necessidades da organização. Atuar com um sistema integrado de Gestão da Qualidade (ISO 9001), Gestão Ambiental (ISO 14001) e Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (OSHAS 18001) permite que a empresa conheça e controle grande parte dessas variáveis micro e macroambientais, além de ter condições de retroalimentaressas informações, tornando-se muito mais eficiente e competitiva do que seus concorrentes. Figura 1 – IMS – integrated management system (sistema integrado de gestão) Créditos: Boris15/Shutterstock. 12 A ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade é a norma que permite às organizações verificar a consistência de seus processos, medi-los e monitorá- los com o objetivo de aumentar a sua competitividade e, com isso, assegurar a satisfação de seus clientes. O objetivo é prover confiança de que o fornecedor poderá gerar, de forma consistente e repetitiva, bens e serviços de acordo com o que o cliente especificou. A OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional é a norma que comprova que a empresa se preocupa com a saúde e a segurança de seus colaboradores, deixando claro para seus parceiros de negócios e autoridades locais que adotou um sistema de gestão voltado para saúde e segurança no trabalho. Muitas das empresas já estão incluindo a questão da responsabilidade social (SA 8000, ISO 16001, ISO 26000) no seu SGI: • NBR 16001: concebida com base nas três dimensões da sustentabilidade – econômica, social e ambiental – estabelecendo os requisitos para a implementação de um sistema de gestão de responsabilidade social (SGRS) passível de integração com outros sistemas de gestão. Um SGRS eficaz permite promover a cidadania, o desenvolvimento sustentável e a transparência das atividades da organização. A certificação na norma NBR 16001 possui acreditação do INMETRO. • ISO 26000: é uma guia sobre responsabilidade social que permite a orientação de organizações em diferentes culturas, sociedades e contextos. Aborda temas que englobam desde direitos humanos, práticas de trabalho, meio ambiente e governança até questões de implantação. Não é certificável ainda. • SA 8000: Social Accoutability 8000 (SA 8000) é a norma estrangeira de responsabilidade social mais conhecida (SAI, 2008). Tal norma, voluntária e certificável, enfoca as relações trabalhistas e certifica o desempenho das empresas em oito áreas com base nos direitos humanos postulados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT): trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança, liberdade de associação e direito à negociação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, horário de trabalho, sistemas de gestão, remuneração. 13 A diversidade de sistemas de certificações reforça as evidências dos imensos desafios ambientais que as empresas têm, e por isso estas devem buscar a melhoria contínua dos seus sistemas e processos, unindo a necessidade de proteção do meio ambiental à satisfação das expectativas dos clientes e consumidores. TEMA 5 – VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE Até aqui, pudemos ter uma ideia da complexidade de elementos e fatos que vão se circunscrevendo ao campo da contabilidade ambiental. Dentre esses, mais um se soma, atingindo diretamente os profissionais dessa área e das ciências econômicas, de uma forma geral, relacionado à determinação do valor econômico de um recurso ambiental, ou seja, o modo de estimação do valor monetário deste em relação aos outros bens e serviços disponíveis na economia. Em relação a esse aspecto, percebemos que, durante muito tempo, a economia de mercado não considerou os impactos de suas atividades sobre o meio ambiente, dificultando a conexão entre sistemas ecológicos e o sistema econômico, impondo externalidades tanto ao ambiente como à sociedade (Costanza et al., 2012). O que acontece é que quando os custos da degradação ecológica não são pagos por aqueles que a geram, esses custos se tornam externalidades para o sistema econômico, ou seja, custos que afetam terceiros sem a devida compensação. Atividades econômicas têm sido desse modo, planejadas sem levar em conta essas externalidades ambientais, e, por conseguinte, nossos os padrões de consumo têm sido modelados sem a internalização dos custos ambientais, resultando num padrão de apropriação do capital natural em que os benefícios são providos para alguns usuários de recursos ambientais sem que estes compensem os custos incorridos por usuários excluídos. Dentro do conceito de desenvolvimento sustentável, portanto, há uma grande probabilidade de as gerações futuras arcarem negativamente com os altos custos que essas decisões podem implicar. Os argumentos acima, segundo diversos autores, justificariam a necessidade de valorar corretamente os bens e serviços do meio ambiente, entendidos no desempenho das funções: provisão de matérias-primas, capacidade de assimilação de resíduos, amenidade, estética e recreação, 14 biodiversidade e capacidade de suporte às diversas formas de vida no planeta Terra. Além disso, esses valores, apropriadamente estimados, devem ser integrados às decisões sobre a política econômica e ambiental e aos cálculos das contas econômicas nacionais. Várias abordagens têm sido desenvolvidas ao encontro dessas premissas, e dentre essas a que mais se sobressai é o pagamento por serviços ambientais (PSA), por ser uma forma de conversão de valores de mercado em programas de incentivo aos agentes locais que promovem serviços ambientais, mediante compensação dos impactos ambientais gerados pelas atividades humanas (Engle et al., 2008). Um esquema de PSA consiste no estabelecimento de transferências financeiras de beneficiários de serviços ambientais para os que, devido a práticas que conservam a natureza, fornecem esses serviços de forma segura e bem definida, por meio de uma transação voluntária (Wunder, 2006). Trata-se, portanto, de um instrumento econômico que busca recompensar todo aquele que, em virtude de suas práticas de conservação, proteção, manejo e recuperação de ecossistemas, mantém ou incrementa o fornecimento de um serviço ecossistêmico (FGBPN, 2017). O objetivo é criar uma estrutura de incentivo condizente com o princípio do protetor recebedor, que visa recompensar agentes que preservam recursos naturais como forma de estimular essas ações e compensar eventuais perdas financeiras decorrentes da não maximização da utilização presente dos recursos naturais, preservando-os para gerações futuras (Fiorillo, 2010). Outra abordagem refere-se ao Protocolo de Quioto, tratado complementar à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima que entrou em vigor em 2005 e constitui-se num marco para a definição de instrumentos de incentivo econômico, estimulando a criação de mercados para serviços ambientais. Nesse cenário, a precificação de carbono nada mais é do que atribuir um custo aos impactos gerados pelo aumento de gases de efeito estufa na atmosfera (GEE), causado por queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra para a produção dos insumos, manufatura, distribuição e consumo desses produtos, modelo de produção e consumo que dá sinais de ruptura diante da maior ameaça de todos os tempos: o aquecimento global. 15 Hoje se discutem duas formas de precificação do carbono, que são os esquemas de comércio de emissões (cap and trade) e a tributação, que consistem em importantes incentivos, estimulando as empresas e as pessoas a reduzirem suas emissões à medida que tornam as atividades intensivas em emissões de carbono mais caras e as tecnologias limpas, mais acessíveis. Especificamente em relação a esse tema, você pode se aprofundar mais junto ao site do Ministério do Meio Ambiente, disponível em: <http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/protocolo-de- quioto>. É importante colocar que a precificação dos serviços ambientais é uma discussão bastante polêmica dentro das organizações socioambientais no território brasileiro. Muitas organizações e movimentos sociais têm uma visão crítica ao crescente processo de mercantilização da natureza e consideram serem expressas em falsas soluções as propostas paraos atuais problemas ambientais. Por isso, é necessário se atentar a um risco que vai além dos meros cálculos para o estabelecimento de preços aos serviços ecossistêmicos, ou seja, a possibilidade real de desconsiderar contextos sociais, culturais e ecológicos, demonstrando a discrepância entre o preço de algo e o seu real valor, principalmente quando falamos de comunidades pobres e indígenas que dependem da terra para sua subsistência. Nesse aspecto, a precificação pode se configurar como uma armadilha e exige, portanto, uma postura ética para que se obtenha justiça social aos menos favorecidos. TROCANDO IDEIAS De todos os temas que vimos em nossa aula, sem dúvida o mais polêmico é aquele relacionado à valoração do meio ambiente, porque expõe a fragilidade das nossas instituições em proteger o que temos de mais precioso, que são os bens naturais, que permitem a nossa vida no planeta. Segundo as críticas mais fortes, uma “contabilização verde” serviria, antes de tudo e principalmente, para atrasar a transição necessária que nos levaria para longe de um modelo de desenvolvimento baseado em crescimento econômico por meio da destruição da natureza. Uma discussão sobre esse tema também envolve um debate sobre o nosso modelo de desenvolvimento: será que é o mais adequado para um país 16 que tem um potencial tão grande em bens da natureza? Ainda segundo o que vimos em aula, os grandes desastres ambientais continuam acontecendo: lembremos a tragédia de Mariana e vemos que a mudança para um modelo mais inclusivo social e ambientalmente parece ainda bastante longe de acontecer. O que você acha? NA PRÁTICA Leia o texto abaixo, extraído do site do BNDES. Relato integrado: quais as vantagens? Nova tendência no âmbito dos relatos corporativos, o relato integrado foi criado pelo International Integrate Reporting Council (IIRC), uma aliança internacional de reguladores, investidores, empresas, organismos de normalização, profissionais de contabilidade e ONGs. Partindo do entendimento de que a comunicação sobre a criação de valor é o próximo passo na evolução dos relatórios corporativos, o IIRC lançou seu primeiro framework em 2013 e conta com a adesão de uma lista extensa de empresas em todos os continentes. Conversamos por e-mail com Richard Howitt, CEO do IIRC, que está no Brasil nesta semana, e Vania Borgerth, coordenadora da Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado, para entender melhor os benefícios dessa nova forma de relatar. Como você descreveria o relato integrado e suas principais vantagens? Richard Howitt: O relato integrado é uma abordagem nova, mais concisa e adequada às empresas na elaboração de relatórios corporativos. Não se trata apenas de elaborar os relatórios, mas de aprimorar o sistema de comunicação corporativo existente. Ele possibilita que a empresa use seus relatórios para incentivar a criação de valor em longo prazo para o próprio negócio, considerando o mundo interconectado e multicapital do qual as empresas hoje fazem parte. Também não é apenas sobre relatos, mas uma mudança de mentalidade em relação à estratégia de negócios. Relatos integrados são uma mudança radical no modelo de negócio fragmentado e baseado em silos. Eles estabelecem a ligação indispensável com o comportamento corporativo e a alocação de capital por meio daquilo que chamamos “pensamento integrado”. [...] Para a economia em geral, o relato integrado sustenta a estabilidade financeira, restaurando a confiança nos negócios e atingindo o desenvolvimento sustentável. Cada vez mais as empresas estão descobrindo que o relato integrado oferece uma compensação vital à influência da instabilidade financeira, da sobrecarga de informações e da visão de curto prazo na tomada de decisões do mercado de capitais que atingiu os mercados financeiros globais nos últimos anos. Basicamente, relatos integrados propiciam empresas melhores em um mundo melhor. Se qualquer indivíduo ou organização compartilha dessa visão para uma abordagem mais ampla e de longo prazo para o negócio, torna-se um “defensor” dos relatos integrados em sua empresa, organização ou país. Juntos tornaremos o relato integrado a norma padrão global. Qual a diferença entre relato integrado e relatório integrado? Vania Borgerth: "Relato" está relacionado ao processo de reportar, enquanto "relatório" está relacionado ao produto final dessa atividade. O relato integrado trata exatamente do processo, considerando que, se a integração não estiver presente no processo, o relatório final será apenas uma "colcha de retalhos", com informações sendo apresentadas de forma combinada, mas sem qualquer relação entre elas. O relato integrado é auditado? VB: Ainda não existe uma "norma" de auditoria de relato integrado. Por isso, atualmente, empresas de auditoria e/ou consultorias especializadas dão conforto do tipo negative assurance para relatórios de sustentabilidade. Isso significa que a entidade asseguradora está atestando que, no processo de sua análise, “não encontrou nada que venha a desabonar a informação fornecida". O regulador internacional, no entanto, está preparando uma norma de auditoria de relato integrado. No futuro, então, os auditores poderão emitir opinião sobre o relato integrado com o mesmo nível de rigor hoje verificado para os relatórios contábeis (Adaptado de BNDES, 2017). 17 A entrevista sobre relatos integrados mostra a nova tendência no âmbito dos relatos corporativos, que é de incentivar a criação de valor em longo prazo para o próprio negócio, considerando o mundo interconectado e multicapital do qual as empresas hoje fazem parte. Portanto, relatos integrados sustentam a estabilidade financeira, restaurando a confiança nos negócios, e buscam atingir o desenvolvimento sustentável. Para isso, é preciso compreender quais são os principais temas que afetam as empresas em termos socioambientais, o que se relaciona diretamente com os assuntos vistos em nossa aula. FINALIZANDO Nesta aula partimos da contextualização de um recorte do livro de Teresa Urban, importante personagem do movimento ambientalista, falecida em 2013. No livro, para suas reflexões, Teresa se utiliza de um gama de informações de natureza contábil. Com essa reflexão inicial, definimos o conceito de contabilidade ambiental, estabelecendo as relações com temas importantes que delimitam as questões ambientais modernas. Em seguida, olhamos alguns marcos importantes ao longo da nossa história para podermos compreender o que são impactos ambientais e quais as consequências desse termo em relação principalmente à formulação de políticas públicas no Brasil e no mundo. A partir disso, pudemos avançar em direção às questões de gestão das empresas em termos ambientais, aprendendo sobre o que é um SGA ou Sistema de Gestão Ambiental e quais são os padrões de certificação que se relacionam a esse sistema. Por fim, deparamo-nos com uma discussão bastante atual sobre a valoração ambiental, assunto polêmico que divide opiniões dentro do mundo das organizações socioambientais. Na prática, lemos com uma entrevista sobre relatos integrados, nova tendência no âmbito dos relatos corporativos. 18 REFERÊNCIAS ANTONOVZ, T. Contabilidade ambiental. Curitiba: InterSaberes, 2014. (Série Gestão Financeira). ASSUNÇÃO, F. N. A.; BURSZTYN, M. A. A.; ABREU, T. L. M. Participação social na avaliação de impacto ambiental: lições da experiência da Bahia, Confins, n. 10, 2010. BARBIERI, J. C. Organizações inovadoras sustentáveis. In: BARBIERI, J. C.; SIMANTOB, M. A. (Org.). Organizações inovadoras sustentáveis: uma reflexão sobre o futuro das organizações. São Paulo: Atlas, 2007. BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. Relato integrado: quais as vantagens? – Entrevista. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/r elato-integrado>.Acesso em: 23 abr. 2019. COSTANZA, R. et al. The value of the world’s ecosystem services and natural capital. Nature, 387 (6630), p. 253-260, 1997. ENGLE, N. L. et al. 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