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CAPÍTULO I - CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL – CAMPUS CHAPECÓ 
 
Curso: Licenciatura em Pedagogia 
Componente Curricular: História Geral da Educação 
Docente: Derlan Trombetta 
Discente: Amanda Clarisse Ribeiro Pinheiro 
 
Aula Assíncrona 4 
CAPÍTULO I - CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL 
1. Como é descrita a Idade Média na historiografia contemporânea? Podemos afirmar 
que a Idade Média foi a “idade das trevas”? Construa a sua definição de Idade 
Média. 
A idade média, chamada também de idade medieval ocorre em 416 d.c, 
começa quando os povos bárbaros destroem o império romano e começam a formar 
seus reinos. É um período dividido em duas fases: alta idade média e baixa idade 
média. 
A sociedade medieval é centralizada em torno do valor religioso e da autoridade 
da igreja, ou seja, é o tempo do cristianismo e da igreja, onde se tem um sistema de 
doutrina como costume de vida. 
Foi tradicionalmente elaborada pelos humanistas e relançadas pelos 
iluministas, onde o mesmo veio reformular a ideia de "idade das trevas”, foi apelidada 
assim, pois foi uma época onde o conhecimento científico era muito limitado e a igreja 
controlava muito a vida das pessoas e, isso era visto como negativo. 
Marcado também por migrações de povos, e assim sendo, vinham os conflitos 
para conquistar as terras. Foi um período crucial que animou o espírito comunitário e 
popular, articulado em torno do cristianismo vibrante. 
Não podemos dizer que foi a "idade das trevas", esse vem ser um termo 
inapropriado e ignorante, já que naquele período existiam sim a produção científica e 
o comércio, apenas eram pouco explorados e estudados. 
 
2. A partir da leitura da leitura do parágrafo abaixo (p. 145) explique porque, para o 
autor, foi a consciência cristã que produziu a identidade da Europa. 
“No nível espiritual/cultural, foi a consciência cristã que alimentou a identidade 
da Europa, nutrindo seus ideais políticos, seus critérios econômicos, suas normas 
éticas e estruturando aquele imaginário social que pregadores e os artistas evocavam, 
sancionavam, difundiam e que a instituição-chave dessa sociedade (a Igreja) 
reelaborava constantemente por meio de dogmas e ritos, organizações sociais e 
culturais, figuras carismáticas e obras de propaganda. A Igreja foi o “palco fixo” por 
trás do qual se moveu toda a história da Idade Média e um dos motores do seu inquieto 
desenvolvimento (ao lado do Império e das cidades), talvez o motor por excelência. A 
Europa, de fato, nasceu cristã e foi nutrida de espírito cristão, de modo a colocá-lo no 
centro de todas as suas manifestações, sobretudo no âmbito cultural. Caso exemplar 
é o da educação, que se desenvolve em estreita simbiose com a Igreja, com a fé cristã 
e com as instituições eclesiásticas que - enquanto acolhem os oratores (os 
especialistas da palavra, os sapientes, os cultos, distintos dos bellatores e dos 
laboratores) - são as únicas delegadas (com as corporações no plano profissional) a 
educar, a formar, a conformar. Da Igreja partem os modelos educativos e as práticas 
de formação, organizam-se as instituições ad hoc e programam-se as intervenções, 
como também nela se discutem tanto as práticas como os modelos. Práticas e 
modelos para o povo, práticas e modelos para as classes altas, uma vez que é típico 
também da Idade Média o dualismo social das teorias e das práxis educativas, como 
tinha sido no mundo antigo.” 
O autor considera que a consciência cristã produziu a identidade da Europa, 
pois era a mesma que alimentava os ideais políticos, os padrões e a ética dos 
europeus, ou seja, já que por muito tempo o cristianismo era uma religião obrigatória, 
acabou se entronizando e virando verdade absoluta para as diversas áreas na qual 
os europeus se encontravam e, isso acabou regendo a vida deles, tudo o que faziam 
tinha que ser nos princípios cristãos, acreditavam fielmente na religião, se 
contentavam com aquilo, não buscando outros ideais para a formação de uma outra 
identidade que não fosse cristã. 
 
3. A partir da leitura deste parágrafo, explique o poder ideológico da Igreja para impor 
sua visão de mundo através da educação. 
“O cuidado educativo que a Idade Média dedica ao imaginário nos indica não 
só a alta taxa de ideologia que atravessa aquela sociedade (feudal e depois mercantil), 
agregando ao aspecto religioso uma visão do mundo que sutilmente se difunde, 
modelando expressões e comportamentos, temores e esperanças, convicções e 
ações, como também o caráter autoritário, dogmático, conformista dessa ação 
educativa, da qual são depositárias as classes cultas e dotadas de poder - os oratores, 
os eclesiásticos in primis -, que agem por meio de muitos instrumentos (da palavra à 
imagem, ao rito etc.), de modo “microfísico” (ou “micropsíquico”), construindo um 
tecido uniforme e profundo (que age na profundeza do indivíduo) na vida social, um 
tecido persistente e que nem mesmo as aventuras do Moderno conseguirão 
transformar completamente e muito menos remover. A visão religioso-cristã do 
mundo, edificada na Idade Média, permanece também como um fator central no 
politeísmo ideológico do Moderno, no qual desempenha - especialmente no nível 
popular – um papel de consciência arquetípica da coletividade.” (P. 148-149) 
A igreja vem impor uma imagem de mundo como ordem, desejada e 
estabelecida por Deus, invariável, definitiva e justa, e se essa ordem for contrariada, 
dava lugar ao pecado, aonde a igreja toma um poder de privar o cidadão de todos os 
seus direitos e poderes e o cuidado educativo que eles tem com o imaginário 
(linguísticas, escritas e orais, e sobretudo iconográficas) é um ideal religioso, que 
difunde e molda expressões e comportamentos, estabelecem uma vida social 
unificada, tem uma organização profunda nos indivíduos, e essa estrutura é duradora, 
não podendo ser completamente mudada ou removida. 
 
4. Diferencie a sociedade e a cultura/educação da Alta Idade Média da Baixa Idade 
Média. 
A alta idade média começou depois das invasões barbaras e se encara no ano 
mil, e se agrega no modelo da sociedade feudal ou feudalismo, que é a ruralização, 
pessoas saindo da cidade para o campo e indo morar na terra de nobres e prestar 
serviços para eles, onde vamos ter uma sociedade estamental, com um poder 
descentralizado, pois cada senhor feudal tem seu nobre, ou seja, modela-se em torno 
do princípio do feudo e das relações de vassalagem e suserania que organizam sua 
vida interna e a estrutura política. 
Com uma cultura predominante oral e visual, que agem nas profundezas do 
indivíduo, moldando seu imaginário. A educação é aristocrática, que se refina, se 
formaliza e ritualiza-se. 
Já a baixa idade média, opera-se uma primeira revolução social, com o 
nascimento da burguesia, onde temos uma revolução cultural e outra econômica. 
Nova formação de classe (individualista e autônoma). Esse novo grupo mercantis tem 
uma visão de mundo laica. 
A educação também sofre uma profunda transformação, institucionaliza-se no 
nível superior uma organização totalmente nova, reunião gratuita de professores e 
estudantes de várias áreas de conhecimento, para assim ter uma sociedade em 
mudança. Todo o processo de treinamento foi atualizado. 
 
5. Destaque as principais contribuições da idade média para o mundo moderno. 
A idade média dissolve o mundo clássico e antigo, com suas instituições, 
culturas, mitos, mentalidades, regras econômicas e sociais, substituindo-o por um 
mundo novo, intimamente conotado pelo ideal cristão e pôr no mínimo três estruturas 
originais: europa, laica e as nações, estruturas matrizes da era moderna. 
A europa tem uma vida espiritual e cultura comum, e estará no centro de toda 
aventura da modernidade. 
A cultura e mentalidade laica é protagonista na modernidade, pois colocará 
limites aos poderes do estado e da igreja. 
Finalmente, as nações vêm ter compromisso político, será o centro davida 
coletiva, uma estrutura como o mito, e eles irão aumentar a força e os ideais, e tornar 
a voa moderna complexa cheia de vida. 
A idade média vem contribuir também no campo educativo, estruturas de longa 
duração: universidades e seu modelo didático.

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