Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAÇÃO DE ROMA (criação literária X tradição histórica); • Importância da religião para a sociedade romana; • Noção de direito para os romanos: “viver honestamente, não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu”. GRUPOS SOCIAIS ➔ Patrícios: cidadãos romanos (status civitatis) – dotados de direito civil; ➔ Clientes: estrangeiros e agregados do pater (dependentes e protegidos pelos patrícios, seus patronos) ➔ Plebeus: comerciantes, agricultores, artesãos (mão de obra romana); ➔ Escravos: res (coisa). Cidadania romana: nascidos de casamento válido pelo ius civile ou mãe de família cidadã. Capacidade Jurídica de Gozo: ser livre (status libertatis) / ter cidadania (status civitatis) / ser livre do pátrio poder (sui iuris) ❖ Restrições: perda da cidadania por desterro ou por tornar-se escravo, mudança de status familiar (motivos: emancipação ou adoção) e ser mulher(mulher sempre era a mulher do cidadão... filha do cidadão ...) REALEZA (753 A.C. – 509 A.C.) ➢ INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS 1) REI • Cargo vitalício e não hereditário (indicado pelo Senado e pela Assembleia). • Poder régio: rei como chefe político, religioso e militar. • Direito: o rei recepciona as leis dadas pelos deuses, interpretadas Representante dos deuses pelos sacerdotes e aplicadas por ele. Sem direito de apelação. 2) SENADO • Conselho do rei (formação: pater familias). • Convocados pelo rei e subordinados a ele. • Em grande maioria o rei era jovem e assim quem comandava mais era os anciãos por trás do rei 3) ASSEMBLEIA POPULAR • Comitia Curiata: votavam leis, decidiam questões da esfera privada, etc. • Comitia Calata: comunicação de guerras ou tratados de paz. • Comitia Centuriata: participação também de plebeus (somente os soldados) nas votações populares (Assembleia Mista). Conquista do final da realeza. comitia = comissão FONTES DO DIREITO ➔ Direito humano (Jus) + Direito divino (Fas) ➔ Leis oralizadas ➔ Direito consuetudinário e leis régias (Lex Regiae) ➔ Jus Civile ou Direito Quiritário (exclusivo dos patrícios): Jus Sufra gii / Jus honorum / Jus militae REPÚBLICA (510 A.C. – 27 A.C.) ➢ Motivos para a decadência da realeza: descontentamento dos patrícios com a realeza etrusca e com os benefícios concedidos aos plebeus. ➢ Multiplicidade do executivo: fragmentação do poder pela magistratura, com mandatos rápidos (normalmente de um ano) para evitar excesso de poder. ➢ Substituição do rei por uma magistratura = fragmentação do poder ➢ INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS 1) MAGISTRATURA (administrador) Magistratura Ordinária mandatos de até 1 ano podendo se reeleger depois. • Cônsules: comandavam o exército, presidiam o senado e os comícios, representavam a cidade, etc; • Pretores: administravam a justiça (pretores urbanos / pretores peregrinos); • Edis: garantiam a segurança pública e o tráfego urbano, promoviam jogos públicos, etc;(como governadores e prefeitos) • Questores: tratavam das finanças públicas (fazenda); • Censores: realizavam o recenseamento a cada cinco anos e policiavam os costumes. Magistratura Extraordinária • Requerida em ocasiões excepcionais e eleita pela Assembleia com o objetivo de substituir algum cargo da magistratura ordinária ou para cumprir uma dada missão. • CONDIÇÕES PARA SER MAGISTRADO: ser cidadão pleno, ter idade mínima exigida e ter exercido outro cargo público (dependendo da magistratura almejada). Ter 37 a 43 anos. • CURSUS HONORUM ou CAMINHO DE HONRA: caminho do serviço publico, no qual vai se elegendo a cargos maiores conforme o passar do tempo. 2) SENADO • Passaram a legislar o que antes era do executivo (agora, circula entre os dois) • Restringe o poder da assembleia • Ampliação do poder dos senadores. • Ratificação das leis que eram votas em Assembleia. • Cuidavam das questões externas. 3) ASSEMBLEIA POPULAR (não legisla) • Comitia Curiata (formada pelos patrícios): elegia cônsules e pretores; • Comitia Centuriata (Mista = patrícios + plebeus): elegia censores, votavam tratados, etc.; • Concilia Plebis (formada por plebeus): plebiscitos – votavam questões pertinentes aos plebeus (após a Lei Hortênsia: decisão dos plebiscitos tinha força de lei em toda a sociedade). DIREITO PRETORIANO OU HONORARIUM Conjunto de princípios jurídicos que derivava diretamente da autoridade jurisdicional dos magistrados (principalmente dos pretores). DIREITO DAS GENTES (JUS GENTIUM) Direito concedido àqueles que estavam submetidos ao domínio romano, mas que não detinham o Jus Civile. O direito deixa de ser uma prerrogativa dos patrícios, tornando-se mais amplo. Concedem cidadania (expansão) É importante para Roma expandir a cidadania, para escravo (mão-de- obra), domínio político, pagadores de imposto, militarismo, para que posteriormente tenha uma certa magistratura. ➢ FONTES DO DIREITO NA REPÚBLICA 1) Costumes mos maiorum (costumes romanos): fides (fidelidade); pietas (poder patriarcal); gravitas (direito de falar em público) 2) Lei das XII Tábuas fixação dos costumes pela escrita e concessão de certos direitos aos plebeus, 12 leis que beneficiavam os patrícios 3) Lex Data e Lex Rogata lei advinda do Senado ou de algum magistrado e advinda das decisões dos comícios, dos cidadãos = classificação das leis 4) Plebiscitos decisões das Assembleias plebeias 5) Édito dos Magistrados leis expedidas a cada mandato da magistratura, com as normas que iriam vigorar durante a regência dos administradores); 6) Senatos-Consultos deliberações do Senado: ampliação do poder senatorial, o que é decidido no senado vira lei 7) Jurisprudências pareceres jurídicos dos jurisconsultos, ou seja, dos intérpretes do direito prudentes em aconselhar leis que beneficiam os plebeus: → Lei Canuleia (444 a.C.): casamento entre patrícios e plebeus → Lei Licínia Sêxtia (367 a.C.):plebeu poderia se candidatara magistratura; fim da escravidão por dívida (prejuízo social, político e econômico) → Lei Hortênsia (286 a.C.): o que fosse votado em plebiscitos mudaria a lei para todo o extrato social, até mesmo os patrícios República entra em colapso principalmente por guerras e por Júlio Cezar vencer a resistência gaulesa por nome de Roma. Com a morte de Júlio Cezar e marco Antônio, dá início ao império. IMPÉRIO DO OCIDENTE (27 A.C. – 476 D.C.) Permanência, com atribuições reduzidas, do Senado e da Magistratura. Retomado do poder único monárquico com estrutura também republicana dos magistrados, senados e assembleias (acabaram sumindo) ➢ INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS 1) Príncipe (Imperador): amplos poderes. Direito de convocar o Senado, chefiar o exército, indicar candidatos à magistratura, etc. Vistos como deuses 2) Magistratura: poderes e prazos dos mandatos limitados. 3) Senado: número de senadores reduzido. Julgavam apelações e recursos juntamente com o Imperador. 4) Assembleias Populares: funções gradativamente substituídas e transferidas para o Imperador. príncipe DIREITO JURISPRUDENCIAL Originado da intensa atividade jurídica dos jurisconsultos romanos (aconselhamento jurídico). IUS EXTRAORDINARIUM Advindo da atividade jurisdicional do Imperador (qualquer decisão é do imperador) ➢ FONTES DO DIREITO NO IMPÉRIO OCIDENTAL Além das fontes jurídicas observadas no período republicano, acrescentam-se as CONSTITUIÇÕES IMPERIAIS (medidas de ordem legislativa decretadas pelo Imperador). ❖ Classificação: ➔ Edicta (ordem geral); ➔ Mandata (instruções aos funcionários e governadoresde províncias); ➔ Decreta (decisões de processos); ➔ Rescripta (resposta solicitada ao Imperador em casos jurídicos). IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE (395 – 1453) Justiniano (527-565 d.C.): Necessidade de reunir todo o material jurídico Ocidental e Oriental. • Auxiliado pelo jurista Triboniano, Justiniano tornou o direito romano codificado através do CORPUS JURIS CIVILIS (Corpo jurídico civil). • Tribonianismo: interpolações e acréscimos às leis romanas. ➢ COMPOSIÇÃO DO CORPUS JURIS CIVILIS: • CODEX: reunião das Constituições Imperiais; • DIGESTO OU PANDECTAS: coleção de jurisprudências; • INSTITUTAS: escolas jurídicas • NOVELAS: publicações das leis de Justiniano. Obs.: Permanência do direito romano mesmo após o processo de desconstrução do Império Romano Ocidental. Motivos para a decadência do império romano: → Fome → Corrupção → Dificuldade de administrar tudo → Insatisfação da população → Exército enfraquecido → Invasões germânicas (gota d’água)
Compartilhar