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Técnicas de Estabilização e Contenção de Taludes

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DESCRIÇÃO
Estudo dos elementos de Geologia necessários para a compreensão dos conceitos sobre
técnicas de estabilização e contenção de taludes.
PROPÓSITO
Compreender os mecanismos de formação de minerais, rochas e solos, as principais
características dos movimentos de massas e elementos rochosos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os processos necessários à estabilização de taludes
MÓDULO 2
Definir os processos necessários à contenção de taludes
MÓDULO 3
Descrever os processos de drenagem aplicados à estabilização e à contenção de taludes
TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO E
CONTENÇÃO DE TALUDES
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades.
MÓDULO 1
 Identificar os processos necessários à estabilização de taludes
 
javascript:void(0)
ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES
Após assistir ao vídeo sobre a estabilização de taludes, vamos relembrar algumas informações
importantes sobre eles.
RELEMBRANDO TALUDES
 RELEMBRANDO
Taludes podem ser definidos como terrenos inclinados que servem como base de sustentação.
Podem ser naturais ou artificiais, de solo ou de rocha. Grande parte do esforço do engenheiro
civil que se ocupa da área geotécnica é entendê-los, a fim de que sejam desenvolvidas obras
úteis para o homem: vias de transporte, barragens, túneis, portos etc. 
Nosso objetivo aqui é estudar as técnicas de estabilização de solos e rochas utilizando ou não
obras de contenção, tirantes, chumbadores, concreto projetado e até mesmo dispositivos de
drenagem, para que a água pluvial não prejudique sua estabilidade.
INICIALMENTE, ENTENDEREMOS OS SISTEMAS
DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES EM SOLO,
SEGUINDO PELOS SISTEMAS DE CONTENÇÃO.
EM SEGUIDA, VEREMOS OS SISTEMAS DE
ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES EM ROCHA E OS
SISTEMAS DE DRENAGEM SUPERFICIAL E
PROFUNDA, QUE SERVEM PARA PROTEÇÃO E
AUMENTO DA VIDA ÚTIL DOS TALUDES.
ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES
Estabilizar algo é trazer estabilidade a alguma coisa ou, no caso de um solo, aumentar suas
características de resistência e suporte por meio de alguma operação. Essas ações visam
estabilizar um talude em solo ou em rocha, conforme mostram as imagens a seguir:
 
Foto: Shutterstock.com
TALUDE EM SOLO
 
Foto: Shutterstock.com
TALUDE EM ROCHA
As obras de drenagem e de proteção superficial não devem ser encaradas apenas como obras
auxiliares ou complementares no projeto de estabilização, principalmente no caso de taludes
em rocha. A execução correta dessas obras pode ser o principal instrumento na contenção de
diversos problemas de instabilização (Falta de estabilização.) .
O esquema a seguir apresenta os processos que envolvem as obras de estabilização de
taludes.
 
Imagem: OLIVEIRA; BRITO, 1998, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
 Processos de estabilização e de contenção de taludes em rocha.
Tais obras de estabilização dividem-se basicamente em três técnicas principais: 
Retaludamento

Proteção superficial com materiais naturais

Proteção superficial com materiais artificiais
No quadro a seguir, veremos mais detalhadamente!
Observe os tipos de obras correspondentes a cada uma dessas três principais técnicas.
Grupos Subgrupos Tipos de obras
Obras sem estrutura
de contenção
Retaludamento
Cortes
Aterro compactado
Proteção superficial com
materiais naturais
Gramíneas
Grama armada com
geossintético
Vegetação arbórea
Proteção superficial com
materiais artificiais
Geomanta e
gramíneas
Geocélula e solo
compactado
Tela argamassada
Alvenaria armada
Quadro: Obras de estabilização de encostas.
Extraído de CUNHA, 1991, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Ficou curioso(a) para conhecer cada uma dessas técnicas? Então, vamos lá!
RETALUDAMENTO
Retaludamento é uma sequência de processos de terraplenagem por meio da qual se alteram
os taludes originalmente existentes com o objetivo de estabilizá-los. 
TERRAPLENAGEM
Você já deve ter ouvido o termo “terraplanagem”, mas a forma tradicional é
“terraplenagem” (com a letra “e”)! É o conjunto de operações que procedem uma
construção. Basicamente, consiste no desmonte (escavação, desaterro ou corte) e no
transporte de terras no aterro.
A maior vantagem que o retaludamento tem sobre outros métodos é que seus efeitos são
permanentes, pois a melhora na estabilidade é atingida pelas mudanças permanentes no
sistema de forças atuantes no maciço. Mesmo para taludes de corte com níveis de erosão
diferenciados, o retaludamento pode ser efetuado com sucesso em vários locais.
O retaludamento se aplica tanto a um talude específico em algum trecho de rodovia quanto à
alteração do perfil completo de uma encosta, que pode estar em corte ou em aterro. Mas o
que significam esses termos? Você sabe a diferença entre eles?
 ATENÇÃO
Corte é quando você escava um terreno natural, a fim de alcançar uma cota desejada para a
execução de uma obra, seja ela a fundação de um edifício, a linha do greide de uma rodovia,
ou a cota de uma obra de terra.
Aterro é quando você deposita materiais no terreno com o objetivo de atingir uma cota
desejada para a execução de uma obra. Sempre envolve a deposição, o espalhamento e a
compactação do material a ser aterrado. 
Como uma solução não estrutural composta de uma sequência coordenada de cortes e
aterros, o retaludamento é de baixo custo e de execução simples, necessitando apenas de
equipamentos de terraplenagem adequados para ser executado tanto em rochas quanto em
javascript:void(0)
solos. Aterros compactados podem ainda ser combinados no processo de retaludamento para
funcionar como carga estabilizadora na base da encosta. 
O retaludamento se destina à contenção de taludes de solo que correm risco de deslizamento.
Resumindo, trata-se de mudar a geometria do talude, cortando as partes mais elevadas para
regularizar a superfície, bem como aterrando as cotas em que faltaria cobertura de solo. Assim,
recompõem-se as condições topográficas de maior estabilidade para o talude — geralmente,
um talude reto e de inclinação bem definida. 
PARA MELHOR COMPREENSÃO, OBSERVE AS
IMAGENS A SEGUIR.
Veja a conformação que é realizada em um retaludamento após um escorregamento do talude
original.
 
Imagem: CUNHA, 1991 apud FIDEM, 2001, p. 152, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
TALUDE ORIGINAL APÓS UM ESCORREGAMENTO.
 
Imagem: CUNHA, 1991 apud FIDEM, 2001, p. 152, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
OPERAÇÃO DE RETALUDAMENTO — RESULTADO.
 ATENÇÃO
Como áreas retaludadas se tornam frágeis graças ao surgimento de novas áreas que foram
cortadas, o projeto de retaludamento deve envolver, obrigatoriamente, a proteção dessa nova
configuração de talude por meio de revestimentos naturais ou artificiais associados a um
sistema de drenagem eficiente. Conheceremos adiante, ainda neste conteúdo, os dispositivos
mais eficientes do sistema de drenagem.
PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM MATERIAIS
NATURAIS 
A PROTEÇÃO SUPERFICIAL DE TALUDES, POR
MATERIAIS NATURAIS OU ARTIFICIAIS, POSSUI
UM PAPEL IMPORTANTE EM SUA
ESTABILIZAÇÃO, PREVENINDO O
APARECIMENTO DA EROSÃO E REDUZINDO A
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NAS SUPERFÍCIES
DESPROTEGIDAS DO TALUDE. A ESCOLHA DA
SOLUÇÃO VARIA EM FUNÇÃO DE FATORES
LOCAIS, COMO AS CARACTERÍSTICAS DO
SOLO E DA TOPOGRAFIA, DEPENDENDO DA
MANUTENÇÃO QUE RECEBEM OU DEIXAM DE
RECEBER.
Os revestimentos com proteção natural vegetal apresentam várias funções. São elas:
Atenuar o impacto das chuvas sobre o solo, evitando que surjam processos erosivos;
Reduzir a infiltração das águas, fazendo-as escoar sobre seus troncos e suas folhas; 
Proteger a parte superficial e profunda do solo da erosão,em decorrência da trama
formada pelas raízes profundas do vegetal; 
Contribuir para amenizar a temperatura do local em que o talude se encontra;
Criar um ambiente no entorno do talude ambiental que seja efetivo e visualmente
agradável.
 RECOMENDAÇÃO
Nunca faça qualquer movimentação de solo deixando-o sem cobertura vegetal após o término
do serviço. Isso fará com que o solo descoberto fique totalmente suscetível à ação da erosão
pela água!
O meio mais simples e eficiente de proteção de taludes ainda é o revestimento vegetal,
representado pelas gramíneas, que os protegem contra a erosão das águas das chuvas e do
vento. O crescimento e o desenvolvimento da grama fazem com que ela absorva a maior parte
do impacto das gotas de chuva. Suas raízes fixam o solo superficial, impedindo que ele seja
carreado pela água talude abaixo.
 
Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de revestimento vegetal em taludes.
PARA QUE A COLOCAÇÃO DO REVESTIMENTO
VEGETAL SEJA EFICAZ, DEVEM SER
ESCOLHIDOS O PROCEDIMENTO E A ESPÉCIE
MAIS ADEQUADOS, LEVANDO EM CONTA O
TIPO DE SOLO, A INCLINAÇÃO DO TALUDE E AS
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS. 
Vejamos, agora, os principais tipos de revestimentos de taludes com materiais naturais.
REVESTIMENTO COM GRAMÍNEAS
As gramíneas, ou seja, a vegetação herbácea, são o revestimento vegetal mais indicado para a
cobertura de taludes de corte ou de encostas oriundas de desmatamento para construção de
benfeitorias. A grama em placas, quadradas ou retangulares, é colocada manualmente sobre a
superfície do talude, que deve ser previamente adubada ou recoberta com camada de solo
fértil. Em condições normais, a grama desenvolve raízes, fixando-se no terreno natural,
desenvolvendo-se e cobrindo toda a superfície do terreno. 
REVESTIMENTO ARMADO COM GRAMA ARMADA
O revestimento com grama armada com geossintéticos é recomendado para taludes com fortes
inclinações ou com presença de solos áridos, que dificultam o plantio de vegetação em
situações normais e em curto espaço de tempo. A grama armada consiste na aplicação de uma
tela plástica sobre o talude, cuja função é estabelecer uma interação entre os estolões e as
raízes das gramas e o solo, aumentando sua resistência e a fixação do revestimento ao
talude. 
REVESTIMENTO COM VEGETAÇÃO ARBÓREA
Encostas e taludes que sofreram remoção de sua cobertura natural podem sofrer erosões e
deslizamentos. Nesse caso, é necessária a recomposição da vegetação não apenas com
gramíneas, mas também com árvores e arbustos de maior porte, para melhorar as condições
de estabilidade pela maior força de suas raízes e, em consequência, proteger o solo da
infiltração d'água e da erosão. Nesse ponto, destaca-se a hidrossemeadura, em que utilizamos
um consórcio de sementes de espécies de gramíneas e leguminosas, com fertilizante
adequado ao tipo de solo, além de produto fixador, cuja função é manter as sementes no
talude. A mistura de sementes, juntamente com o adubo, é assim jateada sobre a superfície do
talude. Destacamos, ainda, o plantio de mudas, em que a superfície pode ser recoberta com
mudas cultivadas de vegetação nativa. Esse procedimento é utilizado em encostas naturais
como recomposição do meio ambiente.
PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM MATERIAIS
ARTIFICIAIS
 
Foto: SOMRERK WITTHAYANANT / Shutterstock.com
 Talude sem revestimento
Para a proteção do talude com materiais artificiais, a escolha do tipo de revestimento depende
principalmente do relacionamento entre a declividade do talude e a natureza do material
utilizado. 
Cunha (1991) apresenta os seguintes tipos de obras de proteção com materiais artificiais:
REVESTIMENTO COM GEOMANTA E GRAMÍNEAS
A geomanta atua como proteção contra erosões provocadas pelo impacto de chuvas e pela
ocorrência de fluxos de água superficiais durante o período em que ainda há a fixação dos
vegetais. A geomanta, constituída de materiais sintéticos que não degradam, possui aparência
de uma manta extremamente porosa que oferece ancoragem suficiente para o aprofundamento
das raízes após o crescimento da vegetação.
REVESTIMENTO COM GEOCÉLULA E SOLO
COMPACTADO
Constituído por células de materiais geossintéticos (daí seu nome), é um revestimento indicado
para aplicação em taludes em solo árido — situação em que a vegetação tem extrema
dificuldade de se desenvolver. Promove a formação de uma cobertura com geocélulas que
protege o solo natural com mais eficiência, favorecendo a retenção de material que sirva como
fixação do revestimento vegetal.
REVESTIMENTO COM TELA ARGAMASSADA
Para sua utilização no revestimento de taludes instáveis, a tela argamassada consiste no
preenchimento e no revestimento de uma tela galvanizada por uma argamassa de cimento
Portland e areia diretamente sobre o talude. A ancoragem da tela de aço é realizada após sua
regularização, a partir do pé para sua crista, de forma a obter a seção prevista em projeto. 
REVESTIMENTO COM MURO DE ALVENARIA ARMADA
O muro de alvenaria armada é similar àquele de concreto armado, indicado para alturas
inferiores a dois metros. O muro é formado por uma parede de alvenaria armada assentada
com argamassa de cimento e areia apoiada em uma base de concreto enterrada. 
Embora bem mais simples, outra técnica de estabilização é o revestimento do talude com a
aplicação de imprimação asfáltica com asfalto diluído, quente, por aspersão sob pressão.
Utilizamos a imprimação asfáltica em taludes de corte e encostas naturais, visando sempre à
conservação e à preservação deles da erosão e, em alguns casos, à redução de movimentos
de rastejo. A solução é temporária e de renovação a médio prazo, exigindo constante
manutenção. 
Com esse assunto, chegamos ao final do módulo 1! Agora, assista aos vídeos e, certamente,
você estará preparado(a) para responder às perguntas e seguir para o próximo módulo.
ASFALTO DILUÍDO
javascript:void(0)
Diluição do cimento asfáltico de petróleo com um diluente, geralmente querosene ou
gasolina.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Proteção superficial com materiais naturais
Proteção superficial com materiais artificiais
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUANTO AO RETALUDAMENTO DE UMA ÁREA QUE SOFREU
MOVIMENTAÇÃO DE TERRA TÍPICA (ESCORREGAMENTO), ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) A reforma ou reconstrução dos dispositivos de drenagem não é primordial. 
B) Geralmente, esses retaludamentos passam apenas por operações de corte do solo que não
deslizou do talude.
C) O retaludamento não envolve o controle topográfico em sua execução.
D) O retaludamento é caro e dispendioso, portanto, quase não é utilizado hoje em dia.
E) O projeto de retaludamento inclui a proteção do talude modificado por meio de
revestimentos naturais, como as gramíneas e a vegetação arbórea ou a arbustiva. 
2. O REVESTIMENTO VEGETAL NA SUPERFÍCIE DOS TALUDES É MUITO
IMPORTANTE, PRINCIPALMENTE PORQUE
A) melhora seu aspecto estético.
B) torna o solo menos suscetível à erosão.
C) agrava o efeito das chuvas sobre o talude.
D) promove a abertura de pequenas ravinas.
E) protege o talude de choques físicos.
GABARITO
1. Quanto ao retaludamento de uma área que sofreu movimentação de terra típica
(escorregamento), assinale a alternativa correta:
A alternativa "E " está correta.
 
Ao realizar o retaludamento, as áreas ficam frágeis devido à exposição dos cortes. Diante
disso, é necessário utilizar revestimentos naturais ou artificiais. 
2. O revestimento vegetal na superfície dos taludes é muito importante, principalmente
porque
A alternativa "B " está correta.
 
Revestimentos naturais como o vegetal, de qualquer tipo, são capazes de proteger o solo da
erosão. Sua importância não tem relação com a proteção contra choques físicos ou mesmo
aspectos estéticos. 
MÓDULO 2
 Definir os processos necessários à contenção de taludes
 
CONTENÇÃO DE TALUDES
CONTENÇÃO DE TALUDES
Além das obras de estabilização de taludes, existem as chamadas obras de contenção:
aquelas que obrigatoriamente envolvem o emprego de estruturas de contenção, como osmuros de arrimo e os gabiões. 
 
Foto: Shutterstock.com
 Gabiões-caixa utilizados em contenção de área.
A seguir, veremos como as obras com estrutura de contenção podem ser classificadas.
 
Imagem: OLIVEIRA; BRITO, 1998, p. 265.
OBRAS DE CONTENÇÃO PASSIVAS
Oferecem reação contra tendências de movimentação dos taludes.
Exemplos: muros de arrimo (gravidade, flexão etc.), cortinas cravadas (estacas, prancha etc.) e
cortinas ou muros ancorados sem protensão.
 
Foto: Aziz Ismail / Shutterstock.com
OBRAS DE CONTENÇÃO ATIVAS
Introduzem compressão no terreno, aumentando sua resistência por atrito, além de oferecer
reações às tendências de movimentação do talude.
Exemplos: muros e cortinas atirantadas, placas atirantadas etc.
 
Foto: Shutterstock.com
OBRAS DE REFORÇO DE MACIÇO
Aumentam a resistência média ao cisalhamento de certas porções do maciço.
Exemplos: injeções de cimento e resinas químicas, estacas e microestacas de concreto.
O quadro a seguir mostra como podem ser classificadas as obras com estruturas de
contenção, dentre as quais se destacam os muros de arrimo:
Grupo Subgrupo Tipos de obras
Obras com estrutura de
contenção
Muro de
arrimo
Solo-cimento 
Pedra-rachão 
Concreto armado ou
ciclópico 
Gabião-caixa 
Solo-pneu
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Obras de estabilização de encostas.
Extraído de CUNHA, 1991, adaptado por Giuseppe Miceli Junior.
Em geral, muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical, ou quase vertical,
apoiadas em uma fundação que pode ser rasa, formada por blocos ou sapatas, ou profunda,
formada por estacas ou tubulões. Os muros são construídos em alvenaria (tijolos ou pedras) ou
em concreto (simples ou armado), ou, ainda, com elementos especiais.
OS MUROS DE ARRIMO OU DE GRAVIDADE SÃO
OBRAS DE CONTENÇÃO QUE TÊM A
FINALIDADE DE RESTABELECER O EQUILÍBRIO
DA ENCOSTA POR MEIO DE SEU PESO
PRÓPRIO, SUPORTANDO OS EMPUXOS DO
MACIÇO. GERALMENTE, SÃO INDICADOS EM
SITUAÇÕES EM QUE AS SOLICITAÇÕES SÃO
REDUZIDAS.
Para esforços elevados, são necessárias áreas maiores para abrigar uma base que seja capaz
de transmitir os esforços do peso próprio para o solo. Assim, a solução é economicamente
inviável, e soluções mais complexas de concepção passarão a ser necessárias.
Podemos utilizar muros de arrimo rígidos, formados por materiais mais rígidos, como pedra-
rachão, concreto e outros tipos. Se isso não ocorrer, e a fundação for suscetível a
deformações, é recomendável o uso de muros flexíveis, como muros de gabião-caixa, por
exemplo.
VAMOS CONHECER, A SEGUIR, ALGUNS TIPOS
DE CONTENÇÃO PARA TALUDES.
MUROS DE ALVENARIA DE PEDRA
Os muros de alvenaria de pedra são os mais antigos e numerosos, e eram os mais frequentes
durante a Antiguidade. Atualmente, sua construção é rara e seu emprego é pouco frequente,
graças a seu custo elevado, o que se agrava com muros de maior altura.
 
Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de um muro com alvenaria de pedra.
A resistência do muro depende muito da forma como os blocos se arrumam entre si. Por isso, o
encaixe entre esses blocos deve ser cuidadosamente estudado.
Esse muro ainda apresenta como vantagem a simplicidade de construção, pois seu material é
drenante. Outra vantagem é o custo reduzido, especialmente quando os blocos de pedras são
disponíveis no local.
MUROS DE SOLO-CIMENTO ENSACADO
 
Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de um muro de solo-cimento ensacado.
É uma técnica para contenção de encostas e de taludes que utiliza sacos de solo estabilizado
com cimento para sua proteção. Também apresenta baixo custo e baixa especialização de mão
de obra e de equipamentos complexos como as principais vantagens em sua execução.
Esses muros são mais recomendáveis para alturas máximas de quatro a cinco metros.
Podemos aplicá-los em grande escala em áreas arenosas, sujeitas à erosão acentuada, ou na
recomposição de relevos afetados por voçorocas e outras formas erosivas menos severas.
MUROS DE CONCRETO ARMADO
Os muros de concreto armado são muito empregados em contenções e podem ser de vários
tipos. Eles têm como principal vantagem a diminuição do volume da solução de contenção,
embora tenham como desvantagem limitante seu curso bem mais elevado que as demais
modalidades de muros de gravidade.
Sua estabilidade é garantida pelo peso do retroaterro, que age sobre a laje de concreto armado
da base, fazendo com que o conjunto muro-aterro funcione como uma estrutura de gravidade.
Em grande parte das soluções, os muros utilizam fundação direta, como sapatas e blocos de
fundação. Entretanto, em casos especiais, poderão ter fundações profundas, constituídas por
estacas ou tubulões, que devem atender às especificações do projeto.
EXISTEM DOIS TIPOS DE FORMAÇÃO DE MURO
DE ARRIMO. 
VAMOS CONHECER QUAIS SÃO ELES?
MUROS EM “T” INVERTIDO OU EM “L”
São constituídos por uma laje-base enterrada no terreno e uma face vertical. Sua execução é
mais simples e é recomendada para alturas acima de 5m.
 
Imagem: FIDEM, 2001, p. 197, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
 Muro de arrimo em base em T invertido.
 
Imagem: FIDEM, 2001, p. 197, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
 Esquema construtivo de muro em concreto armado em contraforte.
CONTRAFORTES
Devem ser inclinados de acordo com um projeto específico, que leva em consideração os
esforços atuantes e faz variar a espessura dos contrafortes e do paramento frontal.
MUROS DE ENROCAMENTO
Enrocamento é um corpo granular, com distribuição granulométrica conveniente, em que os
agregados constituem uma massa pétrea importante para conter taludes. Nesse caso, os
agregados exercem as seguintes funções:
Compor muros de arrimo para estabilização de taludes e aterros na forma de simples
justaposição de blocos, quando pedras são acondicionadas em gaiolas metálicas.

Formar camada de proteção de aterros viários, de taludes costeiros, de barragens de terra e de
pilares de pontes contra a erosão promovida por impacto de ondas.

Servir de elemento de transição para evitar carreamento de partículas dos aterros pela ação de
chuvas ou por desagregações, pelo umedecimento e pela secagem.
 ATENÇÃO
Dentre os muros de enrocamento, destacamos os chamados gabiões, que são gaiolas
formadas por redes de aço zincado, preenchidas com pedras de mão, com pesos unitários de
até 15kg, com tamanhos entre 10cm e 20cm, não intemperizadas. Existem várias formas de
como esse gabião pode se organizar, como, por exemplo, em caixa ou em colchão.
O GABIÃO-CAIXA É UM ELEMENTO
PRISMÁTICO DE ELEVADA RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO E A BAIXOS NÍVEIS DE
ALONGAMENTO. GERALMENTE, É UTILIZADO
EM ESTRUTURAS SUJEITAS A EMPUXOS,
COMO AS DE CONTENÇÃO.
As principais vantagens dos gabiões-caixa são: 
Alta permeabilidade e grande flexibilidade;
Rapidez de construção;
Facilidade de mão de obra e utilização direta de material natural;
Integração com a vegetação local.
 
Foto: Shutterstock.com
 Gabiões-caixa escalonados em contenção de faixa de rolamento em rodovia.
Nas imagens a seguir, vemos dois tipos de contenção com diferentes muros.
 
Imagem: Giuseppe Miceli Junior.
MUROS DE BLOCOS.
 
Imagem: Giuseppe Miceli Junior.
MURO DE GABIÃO-CAIXA.
MUROS ATIRANTADOS
Muros atirantados ou cortinas atirantadas são estruturas ou sistemas de contenção de taludes
feitos de concreto armado para suportar a tração de algum maciço. O sistema ainda é
composto por tirantes protendidos introduzidos dentro do terreno, compostos por cabos ou
cordoalhas de aço, com função passiva ou ativa.
O PAPEL PRINCIPAL DA CORTINA ATIRANTADA
É EFETIVAR O SUPORTE A PARTIR DA
TRANSMISSÃO AO TERRENO DO EMPUXO DE
SOLO PROVENIENTE DA TENSÃO GERADA
PELOS TIRANTES. ESSE MÉTODO É
CONSIDERADO VERSÁTIL E INDICADO PARA
TALUDES EM TERRENOS NATURAIS COM
GRANDES EMPUXOS DE SOLO A SEREM
CONTIDOS OU SOLOS QUE APRESENTAM
RESISTÊNCIA À SUA ESTABILIZAÇÃO SEM UMA
CONTENÇÃO.
 ATENÇÃO
A estrutura do muro atirantado possui vários componentesque devem passar por um estudo
aprofundado por profissionais experientes da área de geotecnia e de estruturas, determinado
por meio de cálculos, por exemplo, da espessura do muro, dos materiais utilizados para
atirantar, do sistema de ancoragem, da quantidade de cabos de aço etc.
Os componentes da cortina atirantada consistem em painéis pressionados por tirantes contra
as encostas. Por sua vez, os tirantes são instalados horizontalmente por meio dos painéis e
ficam presos em um bulbo de calda de cimento no interior do solo. Posteriormente, são
protendidos para imobilizar os painéis. O aço do tirante é instalado no solo dentro de uma
bainha que o protege contra a umidade.
 
Imagem: OLIVEIRA; BRITO, 1998, p. 265.
 Muro atirantado.
OUTRAS OBRAS DE CONTENÇÃO
 
Foto: Shutterstock.com
 Aplicação de concreto projetado e gunita.
O concreto projetado e a gunita (argamassa projetada) são aplicados sobre a superfície do
talude, previamente limpo e recoberto com tela metálica, empregando equipamento com
capacidade de projetar a mistura.
Normalmente, o processo é utilizado em condições especiais devido a seu custo elevado. Seu
uso em solo deve ser analisado com cuidado, pois sua maior rigidez impede que ele
acompanhe pequenas deformações do talude, vindo a trincar e quebrar, muitas vezes
destruindo a proteção almejada.
Em taludes rochosos, nos locais onde podem ocorrer desprendimento de blocos, a tela
metálica, fixada por meio de chumbadores, pode ser usada.
E chegamos ao final deste módulo! Para encerrar, assista aos vídeos. Com o conhecimento
adquirido até aqui, você poderá responder às perguntas para acessar o próximo módulo.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Muros de concreto armado
Muros de enrocamento
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE, DENTRE AS OBRAS LISTADAS A SEGUIR, AQUELA QUE
SE REFERE À CONTENÇÃO DE TALUDES: 
A) Intervenção na geometria do talude.
B) Proteção superficial do talude em grama.
C) Retaludamento.
D) Remoção do solo.
E) Muro atirantado.
2. OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR: 
 
 
ELA REPRESENTA A ESTRUTURA DE CONTENÇÃO DE TALUDE
CONHECIDA COMO:
A) Solo-pneu.
B) Gabião-caixa.
C) Tela argamassada.
D) Terra armada.
E) Aterro compactado.
GABARITO
1. Assinale, dentre as obras listadas a seguir, aquela que se refere à contenção de
taludes: 
A alternativa "E " está correta.
 
O muro atirantado utiliza tirantes para fixação da obra de contenção ao talude que está sendo
contido.
2. Observe a imagem a seguir: 
 
 
Ela representa a estrutura de contenção de talude conhecida como:
A alternativa "B " está correta.
 
A imagem mostra um muro escalonado com redes de aço preenchidas com pedra de mão.
Também podemos chamar de muros de enrocamentos, mas, nesse caso, trata-se de um muro
de gabião-caixa.
MÓDULO 3
 Descrever os processos de drenagem aplicados à estabilização e contenção de
taludes
 
DRENAGEM PARA ESTABILIZAÇÃO DE
TALUDES
DRENAGEM PARA ESTABILIZAÇÃO DE
TALUDES
A obra é um talude com o qual não podemos admitir que a água entre em contato e, assim,
diminua sua capacidade de suporte. Esse impedimento pode ocorrer pela construção de
dispositivos de drenagem.
Um dispositivo de drenagem é qualquer obra construída para conduzir a água, a fim de
proteger um talude ou uma obra de terra, como um talude ou um corpo estradal.
Esses dispositivos podem ser divididos em dois tipos. É o que veremos a seguir.
 
Imagem: MORALES, 2003, p. 31.
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SUPERFICIAL
Aqueles cuja drenagem é destinada a coletar as águas superficiais que atingem ou que
podem atingir a obra.
ÁGUAS SUPERFICIAIS
Aquelas que escoam na superfície do terreno, provenientes das chuvas.
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Imagem: MORALES, 2003, p. 31.
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SUBTERRÂNEA
Aqueles cuja drenagem é destinada a coletar as águas que estão infiltradas dentro dos taludes
e das obras de terra.
Vamos entender melhor esses dispositivos de drenagem?
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
SUPERFICIAL
No emprego de drenagem superficial em um talude, é possível usar as denominadas valetas e
sarjetas de proteção, sejam de corte ou de aterro.
 
Imagem: MORALES, 2003, p. 34.
 Dispositivos de drenagem superficial.
Vamos conhecê-las, então!
VALETAS DE PROTEÇÃO
As valetas de proteção têm como principal objetivo impedir que as águas das chuvas atinjam o
talude. Essas valetas são necessárias onde o escoamento superficial oriundo de terrenos
adjacentes possa atingir o talude, o que poderia comprometer a estabilidade estrutural do
corpo estradal.
 DICA
As valetas podem ter geometria retangular ou trapezoidal — a última é mais indicada por
apresentar maior eficiência hidráulica.
O revestimento das valetas será obrigatório quando elas forem abertas em terreno permeável,
para evitar que a infiltração da água da chuva provoque ainda mais instabilidade no talude do
corte.
AS VALETAS PODEM POSSUIR COMO
REVESTIMENTOS O CONCRETO, A ALVENARIA
DE TIJOLO OU PEDRA, A PEDRA ARRUMADA
OU SIMPLESMENTE VEGETAÇÃO,
DEPENDENDO DA VELOCIDADE DE
ESCOAMENTO E DO TIPO DE SOLO. TERRENOS
PERMEÁVEIS OU FLUXOS DE ÁGUA COM
ALTAS VELOCIDADES ENSEJAM SEMPRE SEU
REVESTIMENTO COM CONCRETO SIMPLES.
Nas imagens a seguir, você pode perceber um pouco essa diferença.
Repare que, mesmo quando a valeta é de concreto, sua adjacência deve sempre ser coberta
com leivas de gramíneas.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 21.
Valeta de proteção de corte com leito e aterro compactado cobertos por leivas de gramíneas.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 21.
Valeta de proteção de corte com leito da sarjeta em concreto e aterro compactado cobertos por
leivas de gramíneas.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 22.
Valeta de proteção de aterro com leito e aterro compactado cobertos por leivas de gramíneas.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 22.
Valeta de proteção de aterro com leito da sarjeta em concreto e aterro compactado cobertos
por leivas de gramíneas.
SARJETAS DE PROTEÇÃO
Sarjetas possuem o objetivo de captar as águas que se precipitam sobre a plataforma, os
taludes de corte, as banquetas ou as plataformas. Conduzem as águas longitudinalmente à via
de transporte, ao canal ou à crista do talude, ou a qualquer local de deságue seguro.
Apresentam função primordial na proteção do talude ou do corpo estradal contra as erosões na
borda do acostamento ou sobre os taludes, sejam eles de corte ou de aterro. Quando em solo,
devem ser preferencialmente cobertas com enleivamento ou revestidas com concreto,
construídas com concreto de cimento, misturas asfálticas, como os concretos betuminosos ou
pré-misturados a frio, ou, ainda, por misturas como o solo-betume e o solo-cimento.
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SOLO-BETUME
Betume é um líquido de coloração escura, que age como elemento de liga entre o solo.
SOLO-CIMENTO
O concreto é produzido pela mistura do solo ao cimento e à água.
Veja exemplos de sarjetas projetadas para instalação em corte ou em aterro:
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 23.
Sarjeta para proteção de taludes de corte com forma triangular em concreto armado.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 26.
Sarjeta para proteção de taludes de corte com forma trapezoidal em concreto armado.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 30, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
Sarjeta de crista de aterro para proteção de taludes de aterro, integrada com o meio-fio.
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 30, adaptada por Giuseppe Miceli Junior.
Sarjeta de crista de aterro para proteção de taludes de aterro, integrada com o meio-fio.
 ATENÇÃO
A conservação dos dispositivos de drenagem é muito importante para a proteção dos taludes
de corte e de aterro em obras em terra. Toda a vegetação espontânea deve ser capinada, as
sobras de material provenientes da limpeza devem ser removidas para longe, e todos os
obstáculos que se opõem ao desenvolvimento da velocidade de escoamento nas sarjetas
devem ser eliminados.
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
SUBTERRÂNEA
 RELEMBRANDO
Como vimos, o objetivo da drenagem superficial é proteger o talude ou o corpo estradalda
água pluvial oriunda das chuvas, carregando-a para locais adequados de deságue.
Já o objetivo da drenagem subterrânea é defender o talude ou a obra de terra das águas
advindas do lençol freático subterrâneo ou de infiltrações diretas de precipitações, que podem
danificá-lo. Se não forem adequadamente encaminhadas, essas águas também causarão
danos irrecuperáveis à estrutura do talude ou até mesmo da base e da sub-base do pavimento.
Para compreendermos melhor esse esforço de drenagem, bastar raciocinarmos que a água
das chuvas possui geralmente dois destinos: parte escorre sobre a superfície dos solos, e parte
se infiltra neles, podendo formar lençóis freáticos subterrâneos. Isso é diretamente relacionado
com a permeabilidade do solo do talude: se o solo for arenoso, será mais permeável; se o solo
for argiloso, será menos permeável à passagem da água.
EM CONTRAPARTIDA, A ÁGUA PODE
ASCENDER CAPILARMENTE DOS LENÇÓIS
FREÁTICOS PARA POSIÇÕES MAIS PRÓXIMAS
DA SUPERFÍCIE. ESSA ASCENSÃO TEM UMA
INFLUÊNCIA QUE DEVE SER ELIMINADA OU
REDUZIDA PELO REBAIXAMENTO DOS
LENÇÓIS FREÁTICOS, PREFERENCIALMENTE,
MANTENDO TAIS LENÇÓIS A UMA
PROFUNDIDADE DE 1,5M A 2M ABAIXO DAS
COTAS DE SUBLEITO DO CORPO ESTRADAL.
A água de infiltração pode causar diversos problemas. Por isso, é muito importante conhecer
os dispositivos que existem para resolver esses transtornos. Vamos lá?
DRENOS PROFUNDOS
Os drenos profundos têm por finalidade captar e interceptar o fluxo de águas oriundas do lençol
freático subterrâneo, aliviando sua pressão neutra, impedindo-o de atingir o subleito da via e
protegendo-o.
Trata-se de dispositivos que devem ser instalados em locais em que o lençol freático esteja
mais aflorado e que necessite sofrer operações de rebaixamento. Geralmente, são colocados
na proximidade de acostamentos e a 1,5m, no mínimo, do pé de taludes de corte, para que não
surjam futuros problemas de instabilidade nessas contenções.
Quando sobre aterro, os drenos profundos podem ser instalados em duas situações:
O exemplo mais claro é quando há uma via de transporte que é lançada sobre uma camada
impermeável, como um corte em rocha. Para evitar que a água fique acumulada sobre o corte
e, então, atinja o lastro da ferrovia, é obrigatório instalar drenos profundos, de modo a
possibilitar que a água da chuva seja drenada para outras regiões. 
 
Para sua construção, são utilizados materiais como: 
Areia;
Agregados britados;
Geotêxteis;
Cascalhos grossos;
Materiais condutores de água.
MATERIAIS CONDUTORES DE ÁGUA
Tubos de concreto (porosos ou perfurados), cerâmicos (perfurados), de fibrocimento, de
materiais plásticos (corrugados, flexíveis perfurados, ranhurados) ou metálicos.
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Veja, a seguir, algumas seções típicas de drenos profundos:
 
Imagem: DNIT, 2018, p. 44.
 Soluções em drenos profundos.
 VOCÊ SABIA
Há situações em que não são colocados tubos no interior dos drenos. Nesses casos, eles são
chamados de “drenos cegos”.
 ATENÇÃO
Além de drenos profundos, pode ser necessário um lastro de pedra britada de granulometria
bem definida e que também seja permeável. Essa camada bastante granular é chamada de
colchão drenante. Seu objetivo é, em complemento aos drenos longitudinais, drenar as águas
que são situadas a uma pequena profundidade do corpo estradal, principalmente naquelas
situações em que o volume não pode ser drenado por outros dispositivos de drenagem.
DRENOS SUB-HORIZONTAIS
Foram desenvolvidos para que haja a prevenção e a correção de escorregamentos, que
ocorrem devido à instabilidade do solo, por conta da elevação do lençol freático ou do nível
piezométrico desses lençóis. Tais drenos se tornam a única solução econômica existente, caso
haja escorregamentos de grandes proporções.
Os drenos sub-horizontais são constituídos por tubos que contêm ranhuras ou orifícios
internos. Com essa técnica, é possível, por meio desses tubos, drenar a água do lençol
freático, o que alivia a pressão nos poros.
Observe a imagem e veja como esses drenos podem ser instalados para a proteção de um
talude contra a erosão.
 
Imagem: DNIT, 2006, p. 266.
 Elementos de um dreno sub-horizontal.
 
Imagem: DNIT, 2006, p. 266.
 Dreno sub-horizontal com controle na saída.
DRENOS DE ALÍVIO
A eventual necessidade de executar um trecho rodoviário com taludes de aterros sobre
depósitos de solos moles, tais como siltes ou argilas orgânicas, argilas sensíveis e turfas, pode
representar problemas de solução difícil e onerosa.
A fim de reduzir os custos de implantação, é necessário realizar um exame cuidadoso do
assunto na fase de projeto. Entre a extensa gama de soluções possíveis para esse problema
aparecem os drenos verticais de areia ou drenos de alívio.
DRENOS VERTICAIS DE AREIA OU DRENOS DE
ALÍVIO
Aqueles que auxiliam na redução da pressão de água no interior do maciço geológico,
diminuindo essa pressão e aliviando as tensões sobre o talude, seja em solo, seja em rocha.
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Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de dreno de alívio em rocha.
Os drenos de alívio em rocha são construídos por meio de perfurações feitas, em geral, com o
emprego de equipamentos de rotopercussão. Devem ser construídos apenas sobre rochas
bem consolidadas e pouco suscetíveis à erosão interna.
Os drenos de alívio em solo, chamados de drenos verticais de areia, são empregados na
fundação de aterros ou de taludes de aterro para a consolidação dos solos de fundações.
Enfim, a opção pela solução mais favorável, técnica e econômica deve ser precedida de um
amplo estudo geotécnico e geológico de campo e laboratório, bem como de um criterioso
estudo comparativo de custos.
Chegamos ao final deste material de estudo. É nosso desejo que você aproveite bastante todo
o conhecimento adquirido aqui!
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Drenagem para estabilização de taludes
Dispositivos de drenagem superficial
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, estudamos as técnicas de estabilização e de contenção de taludes em solo e
em rocha, bem como as soluções de drenagem superficial e subterrânea que fazem parte da
proteção dessas importantes obras de terra. 
Primeiro, conhecemos as técnicas de estabilização de taludes, dentre as quais se destacam o
retaludamento, a proteção superficial com materiais naturais e a proteção superficial com
materiais artificiais. 
Em seguida, conhecemos as técnicas de contenção de taludes, dentre as quais se destacam
os muros de arrimo, sejam de gravidade, sejam muros atirantados com a utilização de tirantes
de fixação da contenção ao solo. 
 PODCAST
Agora, o especialista Giuseppe Miceli Junior fará um resumo sobre o conteúdo abordado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS.
CEMADEN. Movimento de massa. Consultado na internet em: 21 jul. 2021.
CHIOSSI, N. J. Geologia de engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
CUNHA, M. A. (coord.) Ocupação de encostas. São Paulo: Instituto de Pesquisas
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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Álbum de
projetos-tipo de dispositivos de drenagem. 5. ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2018. 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de
drenagem de rodovias. 2. ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2006. 
FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.
Diagnóstico ambiental, urbanístico e social das áreas de morros urbanos da Região
Metropolitana do Recife. Recife: FIDEM/SUDENE, 2001. (Programa Viva o Morro). 
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE GEOTÉCNICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO —
GEORIO. Manual técnico de encostas. 2. ed. Rio de Janeiro, 4v. 
LIMA, M. J. C. P. Prospecção geotécnica do subsolo. 1. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
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MACCAFERRI do Brasil Ltda. Catálogos de soluções geotécnicas e ambientais. Jundiaí:
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MACIEL FILHO, C. L. Introdução à geologia de engenharia. Santa Maria:Universidade
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MORALES, P. R. D. Curso de drenagem urbana e meio ambiente. Rio de Janeiro: Instituto
Militar de Engenharia, 2003.
OLIVEIRA, A. M. S.; BRITO, S. N. A. Geologia de engenharia. 1. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 1998. 
EXPLORE+
Existem alguns riscos nas obras de construção de taludes, que estão descritos na NR-18.
Explore mais sobre esses riscos lendo essa norma na íntegra.
CONTEUDISTA
Giuseppe Miceli Junior

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