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Estudo de Caso – joelho Caso clínico e avaliação Paciente (dados): 28 anos, sexo feminino, balconista. História: Há 3 meses a paciente foi vítima de acidente motociclístico, sofreu fratura ao nível do joelho esquerdo e luxação do tornozelo esquerdo. Foi submetida a redução da luxação em regime de urgência e, no dia seguinte, foi operada da fratura. Recebeu alta alguns dias depois, com gesso Inguino-maleolar e permaneceu com o gesso por 3 meses. Depois disso, foi encaminhada para fisioterapia. Sem movimentar o joelho adequadamente. Diagnóstico(s): Fratura dos planaltos tibiais. Dor: 4/10 em repouso, de natureza constante sem apoio do peso corporal. Fisiopatologia As fraturas do planalto tibial são lesões relativamente comuns e que podem resultar em incongruência articular, mau alinhamento axial e instabilidade, que se não adequadamente corrigidos, resultam em osteoartrose pós-traumática. As fraturas dos planaltos tibiais geralmente resultam de forças compressivas axiais combinadas ou não com estresses em varo ou valgo da articulação. FISIOPATOLOGIA Existem diversas classificações quanto ao tipo de lesão, estas se baseiam no local e na direção das linhas de fratura, dentre as mais utilizadas está a classificação de Schatzker, possuindo uma divisão em 6 tipos. Tipo I: Cisalhamento do platô lateral Tipo II: Cisalhamento e depressão do platô lateral Tipo III: depressão isolada do platô lateral Tipo IV: Cisalhamento do platô medial Tipo V: Bicondilares, sem dissociação entre diáfise e metáfise Tipo VI: Bicondilares, com dissociação entre diáfise e metáfise Biomecânica Os responsáveis finais pela aplicação das forças nos planaltos tibiais são os próprios côndilos femorais, que muitas vezes deixam sua “impressão” ou seu contorno nos fragmentos osteocondrais deprimidos no osso esponjoso. A geometria e o desvio da fratura dependem de vários fatores, como a magnitude e a direção da aplicação da força, do grau de flexão do joelho no momento do trauma e, por fim, da qualidade óssea. testes Estresse em Varo e Valgo - teste para avaliar a integridade dos ligamentos colateral medial e colateral lateral Gaveta Anterior (avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior) Gaveta Posterior (avaliar a integridade do ligamento cruzado posterior) testes Godfrey (observar se há ocorrência de desvio posterior) Flutuação (avaliar presença de edema intra-articular) testes Teste de McMurray (usado em exames ortopédicos para testar danos ao menisco) Teste de Apley (utilizado para avaliar a integridade da medial e menisco lateral) Tratamento – estágio 1 Dor e edema Forno de Bier Ultrassom TENS Laserterapia Tratamento – estágio 2 ganho de adm Exercício de adm passiva Alongamento passivo de isquiotibiais e quadríceps Mobilização articular grau ½ Liberação miofascial Mobilização patelar Técnica de Kaltenborn – Deslizamento posterior e anterior do joelho. Hidroterapia: Treino de marcha Tratamento – estágio 3 ganho de força FES - contração isométrica Exercício resistidos isométrico, concêntrico e excêntrico Tratamento – estágio 4 propriocepção Ficar de pé e levantar o pé do lado contrário ao joelho lesionado, mantendo essa posição. A dificuldade do exercício pode ser aumentada colocando-se os braços para cima ou fechando os olhos, por exemplo; Deitar de barriga para cima no chão com os pés junto a uma parede e, com o pé do joelho afetado, segurar uma bola de futebol contra a parede. Rodar a bola com o pé sem deixá-la cair Referências Fratura Do Planalto Tibial - Clínica de Fisioterapia e Pilates Itaim e Jardins | Cure (curefisioterapia.com.br) Microsoft Word - Fraturas do planalto tibial.doc (usp.br) Revista Brasileira de Ortopedia - FRATURAS DO PLANALTO TIBIAL (rbo.org.br) COLODET, R., SILVA, J., CHICAYBAM, L., CARREIRA, A. Efeitos de um Protocolo Fisioterápico no Pós-operatório de fratura de Platô Tibia Júnior, Kfuri Maurício et al. Fraturas do Platô Tibial. Revista Brasileira de Ortopedia. 2009
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