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aula de ortopedia do joelho - ortopedia - CIR III

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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
 
SÍNDROME DE OSGOOD - SCHLATER 
Alteração na inserção do tendão patelar em crianças 
(epífises de crescimento) 
Encurtamento do posterior → sobrecarga sobre o 
quadríceps → sobrecarrega a tuberosidade da tíbia 
(instável, epífises, criança) → micro avulsão → inflamação 
DEFINIÇÃO: o aumento de volume da tuberosidade 
anterior da tíbia acompanhado de dor e edema 
Incidência: meninos entre os 10 e 15 anos 
Etiologia: tração excessiva do tendão patelar sobre o seu 
ponto de inserção na tíbia pelo encurtamento de ísquios-
tibiais 
QUADRO CLÍNICO: afeta somente uma tíbia 
Sintomas: edema, sensibilidade à palpação na 
tuberosidade da tíbia; raios-x do joelho revelam 
fragmentação dessa área da tíbia; 
COMPLICAÇÕES: a mais comum é a não união do 
tubérculo na tíbia (fragmentos ósseos); osteófito doloroso 
no tendão 
MEDCURSO: DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATER → Como 
toda osteocondrose ou epifisite, a doença de Osgood-Schlatter é 
uma patologia autolimitada que evolui em fases. Na primeira 
fase, o paciente se manifesta com intensa dor no joelho, 
apontando para a tuberosidade tibial, que se apresenta com 
tumoração. A dor limita as atividades físicas e traz grande 
preocupação ao paciente ou a seus familiares. Esta fase pode 
durar semanas ou até seis meses. A segunda fase é marcada 
por episódios intermitentes de dor e redução do edema, mas não 
da tumoração. Pode durar até dezoito meses, quando então 
chega a terceira fase, quando o processo álgico resolve e a 
tumoração involui lentamente, embora possa não desaparecer 
por completo. O diagnóstico é suspeitado clinicamente, pois a 
história e o exame físico são clássicos. Uma radiografia em 
incidência lateral (perfil) do joelho deve ser solicitada para 
confirmar o diagnóstico e afastar outras patologias. Há uma 
fragmentação da tuberosidade tibial, sendo “puxada” pelo tendão 
patelar. O tratamento é sempre conservador! Indica-se o repouso 
relativo, na dependência dos sintomas, reduzindo-se ao máximo 
atividades que exigem extensão do joelho. Para dor, deve-se 
tentar analgésicos, AINE (de benefício controverso), crioterapia 
e outros métodos fisioterápicos. Na fase de dor mais intensa, 
pode ser necessário um imobilizador de joelho, tipo joelheira. 
Após a melhora dos sintomas, o paciente vai assumindo as 
atividades paulatinamente, monitorado pela fisioterapia. O 
prognóstico é excelente. 
EPIFISITE 
Mesma sintomatologia da anterior... porém ocorre em 
adultos → inflamação 
DISFUNÇÕES FÊMURO-PATELARES 
(condromalácia, patela luxável, luxação de 
patela) 
CONDROMALÁCIA 
DEFINIÇÃO: dor devido à lesão ou amolecimento da 
cartilagem na face posterior da patela (entre a patela e o 
fêmur) 
Incidência: maior em mulheres (questão hormonal) 
Etiologia: natureza idiopática; mas pode ocorrer por Sd da 
compressão patelar lateral, traumatismo direto, cirurgia 
prévia no ligamento cruzado anterior, imobilização 
prolongada para tratamento de fratura, excesso de peso, 
mudança de calçados (salto alto protusa os côndilos sobre 
a patela), contusão, afecções sinoviais que afetam a 
superfície da cartilagem articular 
Classificação: 
GRAU I: amolecimento e inchaço 
GRAU II: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 
polegada ou menor 
GRAU III: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 
polegada ou maior 
GTRAU IV: erosão da cartilagem até chegar ao osso 
Diagnóstico clínico: exames complementares: RXs, RNM 
e testes especiais 
sinal da tecla ou teste de flutuação: na posição supina, 
pegar a coxa na bolsa supratelar com uma mão e pegar a 
perna imediatamente abaixo da patela com a mão oposta. 
Alternadamente colocar pressão para baixo com cada mão. 
Se estiver presente líquido sinovial, você o sentirá flutuar 
ORTOPEDIA e traumatologia DO JOELHO 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
alternadamente sob sua mão. Essa flutuação indica 
derrame articular importante 
teste de Waldron: instruir o paciente para efetuar vários 
agachamentos lentamente enquanto você palpa a patela. 
Com o agachamento, a patela desliza sobre os côndilos 
femorais enquanto fica assentada sobre eles. Se dor e 
crepitação ocorrerem simultaneamente, então haverá 
suspeita de condromalacia da patela 
teste de raspagem da patela: com o paciente na posição 
supina, mover a patela medial e lateralmente enquanto 
exerce pressão para baixo. Dor embaixo da patela é 
indicadora de condromalacia da patela, artrite retropatelar 
ou uma fratura condral. Dor sobre a patela pode indicar 
bursite pré-patelar 
QUADRO CLÍNICO: dor retropatelar, rigidez após longo 
tempo na posição sentado, crepitações, predominância da 
artrose patelofemoral da linha articular lateral 
 
RAIO X AXIAL: estreitamento da linha articular, com 
osteófitos na borda patelar lateral e tróclea; esclerose 
subcondral da faceta lateral, e possível formação de cisto; 
desvio lateral 
TRATAMENTO: 
Conservador → fisioterapia e anti-inflamatórios 
Cirúrgico → raspagem da cartilagem patelar por 
procedimento aberto ou artroscopia (83% de satisfação); 
perfusão do osso subcondral com abrasão cortical (60% de 
satisfação); patelectomia (70% de satisfação) 
PATELA LUXÁVEL 
DEFINIÇÃO: é quando, devido a um fator predisponente, 
há um deslocamento lateral da patela, saindo do 
alinhamento anatômico 
Incidência: mulheres adolescentes, sendo a proporção de 
3:1 em relação aos homens adolescentes 
Etiologia – fatores predisponentes 
Joelho valgo, frouxidão generalizada dos ligamentos, vasto 
medial deficiente, torção tibial externa, deformação da 
patela, côndilo femoral lateral raso 
Diagnóstico clínico: 
Exames complementares: RXs, RM 
Testes especiais: 
Teste de Smille: posição supina, desviar manualmente a 
patela no sentido lateral, dor e apreensão na face do 
paciente e uma contração do músculo quadríceps indicam 
sinal positivo 
QUADRO CLÍNICO: tendência do joelho em dobrar-se 
fazendo com que o paciente caia ou perca o equilíbrio; dor 
e hipersensibilidade na região anterior do joelho; dificuldade 
em estender o joelho, mas quando a extensão é realizada 
a patela volta a posição normal 
Complicações: condromalácia 
Tratamento: conservador e cirúrgico (plastia de VMO) 
LUXAÇÃO DE PATELA 
DEFINIÇÃO: geralmente, devido a uma lesão muito grave 
da articulação femoropatelar, a patela desloca do seu sulco, 
preferencialmente, para a região lateral, mas podendo 
deslocar, em alguns casos, medialmente ou superiormente. 
Etiologia: esforços violentos, queda grave, lesões externas 
(acidentes automobilísticos), traumas desportivos 
Incidência: adultos jovens 
Patologia: geralmente, o mecanismo da luxação está 
associado com o esforço rotatório violento imposto ao 
joelho do membro que está suportando o peso 
No RN pode haver luxação congênita 
Quadro clínico: paciente apresenta hemartrose, edema e 
dor; impotência funcional e ADM restrita 
Tratamento clínico: imobilização em extensão do joelho 
durante 4 semanas; exercícios de fortalecimento do 
quadríceps (VMO); luxações agudas associadas a uma 
fratura osteocondral há necessidade de reparo cirúrgico do 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
retináculo medial, com realinhamento proximal do músculo 
do quadríceps 
Complicações: luxação crônica da patela, condromalácia 
TENDINITE E BURSITE DE JOELHO 
O joelho é um local de muitas inserções tendíneas e de 
bolsas sinoviais 
Definição de tendinite: denominamos como tendinite o 
processo inflamatório dos tendões 
Definição de bursite: denominamos como bursite o 
processo inflamatório das bursas ao redor do joelho 
Etiologia comum: carga excessiva de repetições, por 
excesso de treino ou rápida progressão; erro de técnica 
com alterações mecânicas do movimento; encurtamento da 
musculatura da coxa e pernas 
BURSITEPRÉ-PATELAR 
QUADRO CLÍNICO: o processo inflamatório é progressivo, 
e inicia-se com dor apenas após atividade; sem dor antes 
ou durante a atividade; posteriormente, passa a ocorrer dor 
progressiva durante a atividade, influenciando na 
performance; com o tempo, há dor até mesmo para 
realização de atividades de vida diária 
Diagnóstico: RNM do joelho demonstra área de 
espessamento nodulariforme no polo superior da patela 
com alto sinal nas sequências ponderadas em T2 
JOELHO DE SALTADOR – JUMPER’S KNEE 
Teste para joelho de saltador: impõem-se resistência 
contra o movimento de extensão do joelho, detecta tendinite 
patelar (infra, supra) ou do quadríceps (acima de 3 dedos) 
MEDCURSO: BURSITE PRÉ PATELAR (“JOELHO DA 
EMPREGADA DOMÉSTICA”) → A bursa prepatelar localiza-
se anteriormente à patela e é suscetível ao trauma pelo hábito de 
se ajoelhar repetidamente (ex.: para limpar o chão). O paciente 
apresenta-se com dor e abaulamento localizados na região 
patelar. O tratamento é conservador: evitar ajoelhar-se, AINE, 
crioterapia, aspiração da bursa 
TENDINITE DA BANDA ILIOTIBIAL 
Teste de Ober: teste para contratura do trato iliotibial 
 
BURSITE DA PATA DE GANSO 
Dor na região medial do joelho ao caminhar ou correr; dor à 
palpação local; dor na região medial do joelho ao se 
levantar, após longo período sentado; edema local, com 
região podendo ficar quente e avermelhada; dor na região 
medial do joelho ao subir e ao descer rampas e escadas 
MEDCURSO: BURSITE ANSERINA → A bursa anserina 
localiza-se na porção medial da tíbia, sob a inserção dos tendões 
dos músculos do jarrete. Esta bursite é mais comum vir 
associada à osteoartrite de joelho e pode contribuir para a dor 
nesses pacientes. Atividades do tipo correr e subir escadas 
podem predispor a este tipo de lesão. 
LESÃO DE MENISCO 
TRAUMA: lesões agudas podem ser causadas por torção 
do joelho, podendo estar acompanhadas de outras lesões 
traumáticas, como lesão ligamentar (como do ligamento 
cruzado anterior – LCA) e fraturas. Vários padrões de lesão 
são possíveis: longitudinais, radiais ou oblíquas. 
LESÕES POR FADIGA: são lesões causadas por forças 
repetitivas que agem ao longo do tempo no menisco. A 
lesão em si pode ocorrer agudamente, mas é o fruto de um 
processo crônico de fadiga do tecido meniscal. 
Normalmente, são lesões radiais completas ou incompletas 
LESÕES POR DESGASTE: Lesões degenerativas 
ocorrem por desgaste progressivo do menisco, 
normalmente em conjunto com alterações de desgaste do 
restante do joelho. São comumente lesões horizontais ou 
complexas 
Etiologia: 
Predisposição a lesões meniscais: lesão do ligamento 
cruzado anterior (LCA), osteoartrite ou artrose, deformidade 
do joelho (varo ou valgo), 
obesidade, atividades 
esportivas de alta intensidade, 
alterações do formato do 
menisco (menisco discoide) 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
Diagnóstico: 
Teste de Apley 
 
Teste de Steinman 
 
Teste de MacMurray 
 
Para testar o menisco medial, o examinador palpa a face 
póstero-medial do joelho enquanto estende o joelho e giram 
externamente a tíbia. Um estresse em valgo também é 
aplicado. Para testar o menisco lateral, o examinador palpa 
a linha articular póstero-lateral, estendendo o joelho e 
girando internamente a tíbia. Um estresse em varo também 
é aplicado 
Classificação: total ou parcial, estável ou instável 
Tipos: 
 
Tratamento clínico: 
Pode ser conservador, por meio de fisioterapia e AINES, ou 
cirúrgico 
ENTORSE 
PROVA!!!!!!!!!!! 
 
GRAU I → leve estiramento nas fibras dos ligamentos 
GRAU II → ruptura parcial 
GRAU III → ruptura total 
MEDCURSO: LESÕES LIGAMENTARES E 
FIBROCARTILAGINOSAS DO JOELHO → O joelho é uma 
articulação de flexoextensão que possui quatro ligamentos 
estabilizadores e dois meniscos. Veremos a função de cada 
uma destas estruturas à medida que formos descrevendo suas 
lesões... As lesões ligamentares são classificadas em: grau I 
(estiramento sem rotura ou instabilidade), grau II (rotura 
parcial, com instabilidade parcial) e grau III (rotura completa 
com instabilidade total). As lesões grau I (entorses do joelho) 
são tratadas sempre conservadoramente e o prognóstico é 
excelente, enquanto as lesões grau II ou III podem trazer 
instabilidade ao joelho e devem ser abordadas de forma 
individualizada. 
LESÃO DO LCA 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
 
O LCA (ligamento cruzado anterior) é o principal 
estabilizador contra a translação anterior da tíbia sob o 
fêmur e é responsável por 87% da resistência a este tipo de 
estresse 
 
Etiologia: projeção anterior da tíbia em relação ao fêmur 
Incidência: adultos jovens 
Diagnóstico: 
TESTE DE LACHMANN: com o paciente em decúbito 
dorsal, o examinador segura a tíbia e o fêmur próximo ao 
joelho e com este 30º de flexão, é tentada uma 
anteriorização forcada da tíbia. A positividade do teste 
(anteriorização) indica ruptura 
 
GAVETA ANTERIOR (MAIS CRUCIAL): paciente em 
decúbito dorsal, joelho fletido à 90º, o examinador se senta 
sobre o pé do paciente, segura a tíbia proximal com as duas 
mãos e tenta fazer a anteriorização da tíbia. Deve ser feito 
de forma comparativa com outras articulações (excluir 
frouxidão ligamentar), a anteriorização indica positividade 
do teste 
 
TESTE PIVOT SHIFT: uma tração distal com força em 
valgo e rotação interna da perna é aplicada ao estender o 
joelho. Mantendo as forças, solicita-se ao paciente para 
flexionar a 30º o joelho, manifestando assim um ressalto da 
tíbia, ou seja, uma subluxação anterior 
 
Complicações: rotura do enxerto após reconstrução do 
LCA 
TRATAMENTO → PROTOCOLO PRICE: Proteção, 
Repouso, Ice (gelo), Compressão, Elevação → lesão 
aguda (24 horas até 72 horas 
após a lesão) 
 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
 
3 tipos de enxerto: 
AUTOENXERTO 
Osso tendão rotuliano osso (BPTB) 
Isquiotibiais (HS) 
Tendão do quadríceps (QT) 
ALOENXERTO 
Tendão tibial posterior 
Tendão de Aquiles 
Tendão tibial anterior 
BPTB 
Tendão do fibular longo 
ENXERTO SINTÉTICO 
Poliésteres 
Compostos carbonados 
TRATAMENTO CLÍNICO – ENXERTO 
(técnica de Dejour) 
 
MEDCURSO: LESÃO DO LCM → O Ligamento Colateral 
Medial (LCM) e o Ligamento Cruzado Anterior (LCA) são os 
responsáveis pela maior parte das lesões ligamentares do joelho, 
podendo inclusive serem lesados ao mesmo tempo... o LCA é o 
principal estabilizador do joelho contra a translação anterior da 
tíbia sob o fêmur e contra a rotação externa do fêmur sobre a 
tíbia, tendo também importante contribuição (juntamente com o 
LCM) na estabilização contra o estresse em valgo (angulação do 
joelho com o tornozelo voltado para fora). Os indivíduos 
predispostos à lesão e à rotura do LCA são os participantes de 
esportes de impacto com o pé no solo, que exigem rotações e 
súbitas mudanças de direção no movimento. Os principais são: 
futebol, basquetebol, handebol, voleibol, ginástica olímpica, 
esqui, lutas e o tênis. As mulheres, devido a pequenas alterações 
anatômicas em relação aos homens, possuem um risco 8-10 
vezes maior de lesão do LCA. O mecanismo mais comum de 
lesão é um movimento súbito de rotação externa do fêmur com o 
pé fixado no chão. Outros mecanismos possíveis são: trauma de 
hiperextensão ou de estresse valgo do joelho (lesão combinada 
com o LCM). Logo após o trauma, o paciente se apresenta 
com edema articular e dor, agravada pela deambulação. 
É frequente o relato de um estalo durante o movimento 
que causou a lesão. Em 50-75% dos casos, o joelho 
apresenta hemartrose, que pode ser puncionada para 
alívio da dor importante por distensão capsular. 
Tipicamente, nos dias ou semanas subsequentes, a dor e 
o edema melhoram, quando então o paciente volta a 
deambular normalmentee executar suas atividades do cotidiano. 
Neste momento, o indivíduo percebe uma sensação de 
instabilidade do joelho, que “parece que vai sair do lugar”. A dor 
durante a deambulação pode reaparecer. O diagnóstico, após a 
fase aguda, pode ser confirmado clinicamente somente nas 
lesões grau II ou III (rotura parcial ou completa), através de 
manobras clássicas. A RM não é um exame obrigatório, sendo 
indicado apenas na dúvida diagnóstica e na suspeita de lesões 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
ligamentares associadas. Vejamos os principais testes clínicos 
para a lesão do LCA: 
 
O tratamento da fase aguda é feito com um conjunto de medidas 
sob a sigla PRICE: Proteção (muletas), Repouso relativo da 
articulação, Ice (crioterapia, 20min, quatro vezes ao dia), 
Compressão (com bandagem em torno do joelho), Elevação do 
membro. Estas medidas são voltadas para a redução do edema 
e da dor e devem ser mantidas por um mínimo de três dias (média 
de 1-2 semanas). Alguns pacientes preferem associar um AINE... 
A abordagem definitiva atual da lesão do LCA em pacientes 
jovens e ativos favorece o tratamento cirúrgico, uma vez que a 
terapia conservadora para esses pacientes aumenta o risco em 
longo prazo de lesão de menisco e osteoartrite, além do fato de 
muitos pacientes referirem a sensação incômoda da instabilidade 
e episódios de dor no joelho após atividades esportivas. De uma 
forma geral, a cirurgia é indicada para (1) indivíduos que 
apresentam sensação de instabilidade significativa no joelho 
(geralmente associada ao teste da gaveta anterior grau III); ou 
(2) qualquer pessoa que pretende realizar atividade esportiva ou 
recreacional que demanda o joelho. A cirurgia deve ser feita após 
três semanas do trauma, quando já houve redução total da 
inflamação aguda. O procedimento é a reconstrução do LCA, já 
que o simples reparo do ligamento traz resultados precários. É 
realizado por via artroscópica, ressecando-se todo o ligamento, 
que então é reconstruído utilizando-se o terço mediano do 
ligamento patelar, o tendão do músculo semitendinoso e grácil. 
No pós-operatório, o paciente andará com muletas por 1-3 
semanas. A fisioterapia com exercícios para a musculatura 
estabilizadora do joelho é fundamental. Atividades como natação 
e ciclismo são recomendadas. Os esportes de impacto (futebol 
etc.) só serão permitidos após seis meses. 
LESÃO DO LCP 
 Definição e etiologia: O ligamento cruzado posterior é o 
restritor primário da translação posterior da tíbia sobre o 
fêmur. A sua lesão é muito menos comum que a do cruzado 
anterior. Lesão isolada usualmente é resultado de queda 
sobre o tubérculo tibial, ou 
trauma direto do tubérculo 
tibial contra o painel em 
acidente de automóvel 
Incidência: adultos jovens 
Diagnóstico clínico: 
Teste da gaveta posterior 
Complicações: rotura do enxerto 
Ressonâncias: 
 
 
Tratamento 
 
MEDCURSO: LESÃO DO LCM → O Ligamento Colateral 
Medial (LCM), segundo a maioria dos autores, é o ligamento mais 
comumente lesado do joelho. O LCM é o principal ligamento 
estabilizador contra o estresse em valgo do joelho. O mecanismo 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
é um trauma direto na face lateral do joelho, aumentando 
subitamente sua angulação em valgo, evento comum no 
futebol... Na maioria das vezes, a lesão ligamentar é do grau I ou 
II (não há rotura completa). A lesão do LCM pode vir associada a 
outras lesões, sendo comum a dupla LCA + LCM e a tríade LCA 
+ LCM + menisco medial. Logo após o trauma, o paciente sente 
dor na face medial do joelho, porém consegue continuar a 
atividade esportiva, embora 1-2 dias depois a dor aumenta e o 
joelho torna-se edemaciado. Ao exame, há dor à digitopressão 
da face medial do joelho e o teste do estresse em valgo realizado 
com o joelho em ligeira flexão (de 30°) será positivo, agravando 
a dor. Por este teste, a lesão também pode ser graduada: no grau 
I, há apenas dor; no grau II, há uma ligeira angulação; no grau III 
(rotura completa) há uma angulação proeminente, com intervalo 
> 1 cm. A abordagem quase sempre é a terapia conservadora 
(PRICE). Nas lesões grau II ou III, o paciente deve usar um brace 
de joelho (reforçado medialmente) por 4-6 semanas. O reparo 
cirúrgico é indicado em raros casos de lesão grau III associada à 
lesão do LCA e/ou menisco medial. 
LESÃO DO LIGAMENTO COLATERAL TIBIAL 
Etiologia/anatomia: o ligamento colateral medial tem uma 
porção superficial e outra profunda (capsular). A porção 
superficial e outra profunda (capsular). A porção superficial 
provê a principal resistência ao estresse em valgo. A porção 
profunda está fixada ao menisco medial e fornece adicional 
estabilidade ao estresse em valgo 
O impacto que atinge a parte 
lateral da articulação do 
joelho, força a articulação 
para dentro (em valgo), é o 
mecanismo lesivo mais 
comum na lesão do LCM 
Incidência: a lesão do colateral medial é a lesão mais 
comum do joelho 
Diagnóstico clínico: 
Teste de Distração de Apley: Com o paciente na posição 
pronada, flexionar a perna a 90°. Estabilizar a coxa do 
paciente com o seu joelho. Puxar o pé do paciente enquanto 
roda internamente e externamente a perna. Com a 
distração é retirada a pressão do menisco e provoca tensão 
sobre os ligamentos colaterais medial e lateral 
Teste de Esforço em Adução 
Quadro Clínico: Nas lesões isoladas deste ligamento o 
paciente apresentará edema localizado, dor ao estresse em 
valgo e ausência de hemartrose 
Tratamento Clínico: Se a lesão for isolada, o tratamento 
consiste na mobilização precoce e fortalecimento. Um 
brace estabilizando o valgo pode ser útil. Tratamento 
cirúrgico destas lesões é raramente necessário 
OSTEOARTROSE DE JOELHO 
OSTEOARTROSE (OSTEOARTRITE) é uma doença 
degenerativa e progressiva da cartilagem articular que pode 
levar à deformidade da articulação. O processo atinge 
parcialmente a cartilagem (nesse 
momento não há dor ~ por conta do 
não acometimento da inervação) e, 
posteriormente, o osso subcondral 
(ao atingir, o paciente tem dor~ 
devido ao acometimento da 
inervação) 
Incidência: estima-se que a osteoartrose sintomática do 
joelho ocorra em 13% da população com mais de 60 anos 
e, para 2022, o número de pessoas poderá ser o dobro 
Etiologia: fatores sistêmicos e fatores biomecânicos locais 
 
CLASSIFICAÇÃO DE AHLBACK MODIFICADA POR 
KEYES E GOODFELLOW → ARTROPLASTIA DE 
JOELHO 
GRAU I – redução do espaço articular 
GRAU II – obliteração do espaço articular 
GRAU III – AP: desgaste do platô tibial <5mm; perfil: parte 
posterior do platô intacta 
GRAU IV – AP: desgaste de 5 a 10mm do platô tibial; perfil: 
extenso desgaste da margem posterior do platô tibial 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
GRAU V – AP: grave subluxação da tíbia; perfil: subluxação 
anterior da tíbia > 10mm 
Outra escala (mais utilizada na prática clínica) é a 
classificação de Kellgreen e Lawrence – grau 0 a grau IV 
 
QUADRO CLÍNICO → dor, rigidez, crepitação, 
alargamento ósseo e limitação funcional progressiva 
ARTROPLASTIA DE JOELHO 
Etiologia: esta operação é frequentemente executada em 
joelhos que se encontram gravemente afetados por artrose 
ou artrite reumatoide. É realizada com o objetivo de aliviar 
a dor do paciente, não para levá-lo a retornar aos esportes 
de alto nível ou outras atividades exigentes 
Mecânica: O componente da prótese do fêmur é metálico e 
o componente da tíbia é plástico. Assim como na 
substituição de quadril, estes componentes podem ou não 
ser cimentados no lugar. Cimentar permite que o paciente 
possa suportar mais rápido o peso corporal total, mas é 
discutível qual técnica tem melhores resultados em longo 
prazo. Os pacientes sempre experimentam uma sensação 
de “estalar”, que geralmente resolve-seespontaneamente 
em poucos meses. Durante o período de reabilitação, é 
esperado que os pacientes atinjam entre 90° a 110° de 
flexão. Visto não haver mais nenhum ligamento 
remanescente, atingir flexão total pode resultar em 
instabilidade articular 
 
Complicações: afrouxamento prematuro, afundamento do 
implante no osso tibial, infecção, paralisia do nervo fibular, 
contratura por flexão, luxação, fratura da patela por fadiga 
Durabilidade da prótese: de 15 a 20 anos 
FRATURAS 
MEDCURSO: As fraturas do joelho são divididas em: (1) 
fraturas do fêmur distal (supracondiliana, intercondiliana, 
condiliana); (2) fratura da patela; (3) fratura do platô (planalto) 
tibial. Só para facilitar, mostramos a seguir a anatomia óssea e 
ligamentar do joelho: 
 
FRATURA SUPRACONDILIANA DO FÊMUR 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
Definição: entre as fraturas que envolvem a região distal 
do fêmur, destacam-se as fraturas supracondilianas, 
especialmente aquelas com componente articular 
interessando um ou ambos os côndilos femorais 
Etiologia e incidência: são 
fraturas que ocorrem 
nitidamente em dois grupos 
distintos de pacientes: 
a) pacientes jovens que 
sofreram trauma violento, 
de alta energia, gerando 
traço com cominuição 
supra-condiliana e 
eventualmente articular; 
b) pacientes idosos que tiveram trauma de intensidade 
relativamente pequena e que têm osteoporose 
considerável; 
QUADRO CLÍNICO → as fraturas podem ser: transversas, 
oblíquas, asa de borboleta ou cominutivas 
Sinais e sintomas: dor, edema, deformidade e impotência 
funcional 
Complicações: sd compartimental por lesão da artéria 
poplítea 
Complicações secundárias: consolidação viciosa e rigidez 
do joelho 
TRATAMENTO CLÍNICO 
Fraturas sem desvio → tratamento conservador 
Fraturas com desvio → tratamento cirúrgico 
MEDCURSO: FRATURA SUPRACONDILIANA OU 
INTERCONDILIANA DO FÊMUR → Esta fratura ocorre pelo 
trauma direto ao joelho, de alta energia nos jovens ou de baixa 
energia em idosos. Um mecanismo comum é a queda de altura 
considerável sobre o joelho fletido, sendo comum neste caso a 
associação com fratura patelar. Acidentes automobilísticos e 
atropelamentos também estão na lista dos mecanismos destas 
fraturas. A artéria poplítea pode ser lesada, tornando o exame 
vascular essencial na abordagem inicial. As fraturas do fêmur 
distal são divididas em fraturas (1) supracondilianas; (2) 
intercondilianas; e (3) condilianas O grande problema dessas 
fraturas é que muitas delas são fraturas intra-articulares, pelo 
acometimento da cartilagem articular dos côndilos. Este fato traz 
graves problemas, pois se a redução não for perfeita 
(anatômica), o paciente irá evoluir num futuro próximo com 
rigidez articular e osteoartrose do joelho. 
 
O paciente não pode suportar peso e sente muita dor no joelho. 
Ao exame, há aumento do volume do joelho e/ou porção distal 
da coxa, eventualmente com hemartrose, e deformidade em 
valgo ou em varo. O diagnóstico é feito pela radiografia em AP e 
perfil. A classificação é a do sistema AO/ASIF de Müller: tipo A – 
extra articular, tipo B – parcialmente articular, tipo C – intra-
articular. 
TRATAMENTO → Via de regra, o tratamento é cirúrgico, 
exigindo grande habilidade do cirurgião ortopédico nas fraturas 
cominutivas intra-articulares. Os mandamentos da terapia são: 
(1) redução anatômica (perfeita), especialmente nas fraturas 
intra-articulares; (2) preservação da nutrição arterial para os 
fragmentos fraturários; (3) fixação interna adequada, para 
estabilizar a fratura; (4) movimentação ativa precoce do joelho 
(sem dor) para evitar rigidez articular. Para alcançar tais 
objetivos, a redução deve ser aberta. A fixação interna 
geralmente é feita por placa condiliana lateral interna com 
parafusos (em casos mais graves, associada a uma placa 
medial). Recentes avanços estão ocorrendo na melhoria 
tecnológica dessas placas... Em casos selecionados, pode-se 
fixar a epífise na metáfise utilizando-se uma haste intramedular 
retrógrada. A mobilização ativa do joelho sem peso deve ser 
iniciada precocemente no pós-operatório, para evitar as 
complicações articulares. 
 
FRATURA DE PATELA 
Etiologia: causadas por forças diversas: traumas diretos, 
quedas, impactos no painel de carro e forças longitudinais 
por contrações poderosas do quadríceps 
Incidência: adultos, jovens e idosos 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 
 ORTOPEDIA, Prof. Adalberto – CIR III 
 
Diagnóstico: nas fraturas de patela com desvio, ao 
realizarmos a palpação, iremos notar um hiato na superfície 
óssea 
MEDCURSO: FRATURA DE PATELA → Existem dois tipos 
bem diferentes de fratura de patela. O primeiro tipo é a fratura 
por avulsão que ocorre por uma forte contração do quadríceps 
femoral (potente extensor da perna), quebrando 
transversalmente o osso por tração. Este mecanismo costuma 
ocorrer quando o paciente dá uma freada brusca em sua corrida 
para evitar a queda (o joelho é subitamente fletido enquanto o 
quadríceps está forçando a extensão do joelho). Este mecanismo 
também é implicado na rotura do tendão do quadríceps ou do 
tendão patelar... 
A fratura por esmagamento é o segundo tipo, ocorrendo após 
uma queda sobre o joelho fletido ou forte golpe do joelho sobre o 
painel do veículo automotor. Este segundo mecanismo quase 
sempre causa uma fratura cominutiva ou “estrelada” de patela. 
Na maioria das vezes, a fratura de patela cursa com rotura dos 
retináculos extensores (expansões laterais do tendão do 
quadríceps), impossibilitando a extensão do joelho. O paciente 
apresenta dor importante, escoriações na face anterior do joelho, 
tumefação e incapacidade de estender o joelho. A radiografia 
simples (AP, perfil e axial de patela) confirmará o diagnóstico 
TRATAMENTO → O tratamento depende do grau de desvio e 
da capacidade de extensão do joelho. Nas fraturas não 
desviadas, a opção costuma ser a terapia conservadora, 
utilizando-se imobilização gessada em extensão durante 6-8 
semanas (gesso cilíndrico do joelho). A manutenção da redução 
deve ser confirmada radiograficamente após 7-10 dias. Nos 
pacientes com fratura desviada (> 2-4 mm) ou incapacidade 
extensora, o tratamento é cirúrgico (redução aberta com fixação 
interna, se possível). A fixação interna é realizada com fios de 
Kirschner e bandas de tensão em forma de oito. O paciente deve 
iniciar precocemente exercícios ativos de flexoextensão do 
joelho. A patelectomia parcial ou total é reservada para os casos 
de fratura gravemente cominutiva. Após a patelectomia, o 
mecanismo da extensão do joelho é mantido pela cirurgia 
reconstrutora do retináculo extensor. Neste caso, o paciente só 
poderá começar os exercícios ativos após 6-8 semanas. Após a 
recuperação, o mecanismo extensor é suficiente para atividades 
cotidianas, mas impede a vida esportiva. Com a retirada da 
patela, ainda existe um risco considerável de osteoartrose patelo-
femoral (daí esta ser uma conduta utilizada somente em último 
caso...).

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