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UM POUCO DA HISTORIA DA LOGISTICA

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LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
1 
 
1 UM POUCO DA HISTÓRIA DA LOGÍSTICA 
 
 
(GOMES & RIBEIRO, 2004), afirmam que a palavra logística é originária 
do vocábulo francês loger, que significa “alocar”. As operações logísticas 
iniciaram na Grécia Antiga, através das atividades militares com a finalidade de 
abastecimento das tropas, com alimentos, armamentos e medicações, nas 
quantidades e momento adequado. No século XVIII, o estudo logístico foi 
introduzido nas escolas dos Estados Unidos, tendo seu primeiro tratado 
científico em 1917, com o livro Logística Pura: A Ciência da Preparação para a 
Guerra. 
Figueiredo e Arkader apud (GOMES & RIBEIRO, 2004, p. 6) relatam que 
a logística passou por cinco eras, a partir do século XX até os dias atuais, 
conforme descrito no quadro abaixo: 
 
Período Era Função 
Início do século XX. Do Campo ao Mercado Destinada ao escoamento da 
produção agrícola. 
De 1940 ao início da 
década de 1960. 
Funções Segmentadas Movimentação de Materiais 
(armamentos e transporte de 
bens). 
Inicio da década de 1960 
ao inicio da década de 
1970. 
Funções Integradas Integração das operações 
logísticas: custo total, transportes, 
distribuição, armazenagem, 
estoque e manuseio de materiais. 
De 1970 até metade dos 
anos 80. 
Foco no Cliente Produtividade e custos de 
estoques. Incluída como matéria 
nos cursos de Administração de 
Empresas. 
Atualmente Logística como elemento 
diferenciador 
Globalização, tecnologia da 
informação, responsabilidade 
social e ecologia. 
Quadro 1: As cinco eras da Logística 
Fonte: Adaptado (GOMES & RIBEIRO, 2004, p. 6) 
 
Ching (2006), afirma que muitos dos conceitos utilizados atualmente 
são provenientes da logística militar. 
Para (NOVAES, 2007), durante alguns anos, as atividades logísticas 
estavam ligadas a aquisição de materiais, estoques e distribuição, sendo 
consideradas atividades de apoio, que não agregavam nenhum valor ao 
produto, e tratadas apenas como um centro de custo, não influenciando nas 
decisões estratégicas da empresa. Com o passar dos anos, percebeu-se que 
além de garantir o produto no local desejado pelo consumidor, era preciso 
diminuir os custos envolvidos na operação, ter um produto com qualidade e 
possuir informações que permitem o rastreamento do produto ao longo da 
operação. Gerando assim a satisfação do cliente. 
 
[...] a logística empresarial evolui muito desde seus primórdios. 
Agrega valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação a 
cadeia produtiva. Além de agregar os quatro tipos de valores 
positivos para o consumidor final, a Logística moderna procura 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
2 
 
também eliminar do processo tudo que não tenha valor para o cliente, 
ou seja, tudo que acarrete somente custos e perda de tempo. 
(NOVAES, 2007, p. 35) 
 
A logística foi se transformando conforme as necessidades das 
empresas e de seus consumidores, estando presente em todas as operações 
que envolvem a movimentação de produtos e materiais no mundo. Sua 
evolução estratégica se deu principalmente a partir da Segunda Guerra 
Mundial, como suporte as novas tecnologias produtivas nas empresas 
industriais, como Just-in-time (no tempo certo) e Supply Chain Management 
(Gerenciamento da cadeia de suprimentos). (LEITE, 2009) 
Ainda segundo Leite (2009), o seu estudo vem se tornando, umas das 
áreas mais instigantes e desafiadoras na administração moderna. Essa busca 
pelas melhores práticas logísticas tem como objetivo integrar todas as 
atividades presentes na cadeia de abastecimento, a fim de atender as 
exigências dos consumidores, assim como, permitir ganhos para as empresas. 
Conforme (BOWERSOX & CLOSS, 2007, p. 19), “É difícil imaginar a realização 
de qualquer atividade de produção ou de marketing sem o apoio logístico.” 
Diante de sua importância, muitos estudos na área foram desenvolvidos 
ao longo dos anos e o seu conceito agregou novas abordagens. Para (GOMES 
& RIBEIRO, 2004, p. 1) a logística pode ser definida como: 
 
[...] o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, 
movimentação e o armazenamento de materiais, peças e produtos 
acabados (e os fluxos de informação correlatos) por meio da 
organização e dos seus canais de marketing, de modo a poder 
maximizar as lucratividades presentes e futuras com o atendimento 
dos pedidos a baixo custo. 
 
Já uma das definições mais importantes segundo (BALLOU, 2006, p. 21) 
foi desenvolvido pela CLM (Council of Logistics Management), uma 
organização criada para estimular e incentivar os estudos logísticos: 
 
A logística é o processo de planejamento, implementação e controle 
do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, 
estoque em processo, produtos acabados e informações relativas 
desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de 
atender às exigências dos clientes. 
 
 Para Dias (1993) apud (GOMES & RIBEIRO, 2004, p. 1) “a logística é 
responsável pela movimentação de materiais e produtos, através da utilização 
de equipamentos, mão de obra e instalações, de tal forma que o consumidor 
tenha acesso ao produto na hora e com o menor custo que lhe convenha” 
Novaes (2007) ressalta que, é imprescindível que as organizações 
busquem fornecedores, colaboradores e distribuidores que tenham 
comprometimento com os objetivos propostos, a fim de permitir a integração e 
o sucesso de todo o processo logístico. A Figura abaixo mostra os elementos 
básicos da logística, que vem a corroborar com as definições apresentadas: 
 
 
 
 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Elementos básicos da Logística 
Fonte: Novaes (2007, p. 36) 
 
1.1 Evolução da Logística nos últimos anos 
 
De acordo com Ching (2006, p. 20) “[...] a logística empresarial é um 
ramo deslumbrante e em desenvolvimento, é uma das mais importantes 
ferramentas para os administradores atuais”. O mesmo afirma que a logística 
empresarial é considerada uma nova disciplina, o que não quer dizer que as 
atividades necessárias de transporte, manutenção de estoques e 
processamento de pedidos sejam novidades. 
O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser 
classificado em várias fases, de acordo com o grau de inter-relação existente 
entre os diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento inicia-se na fase em 
que a empresa trata os problemas logísticos somente em sua óptica interna, 
passa em seguida pelos primeiros passos rumo à integração empresa-cliente, 
progride posteriormente em direção ao tratamento integrado empresas-
fornecedoras e atinge a fase da logística integrada. (CHING, 2006). 
1.1.1 Renascimento da Logística 
 De acordo com Bowersox, Closs (2001, p.26), “antes da década de 50, 
as empresas executavam, normalmente, a atividade de maneira puramente 
funcional. Não existia nenhum conceito ou uma teoria formal de logística 
integrada”. 
Processo de planejar, operar, 
controlar 
Fluxo de Armazenagem 
Matéria-prima 
Produtos em processo 
Produtos acabados 
Informações 
Dinheiro 
De forma econômica, 
 eficiente e efetiva 
Satisfazendo as 
necessidades e 
preferências dos 
clientes 
Do ponto 
 De 
 origem 
Ao ponto 
De 
destino 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
4 
 
Para Bowersox, Closs (2001), os mecanismos que contribuíram para o 
renascimento da logística foram: 
 
a) Mudança nas regulamentações 
 Nos EUA no verão e no outono de 1980, a infraestrutura política e 
econômica dos transportes sofreu uma reforma em decorrência da aprovação 
da Motor Carrier Regulatory Reform and Modernization Act (MCA-80) e da 
Staggers Rail Act. 
Estas duas leis criaram um ambiente propicio a inovação na área de 
transportes. 
Diversas leis que foram sendo criadas e sancionadas combinaram para 
aproximar o transporte de um sistema de livre mercado. 
 
b) Comercialização do microcomputador; 
No inicio da década de 90 a comercialização da tecnologia do 
microcomputador e as redes de processamento de dados foram substituindo 
os mainframes no processamento das transações.O processamento de 
dados de baixo custo foi recebido com entusiasmo pelo setor logístico. 
 
c) Revolução da Informação; 
Tecnologias como a do código de barra na década de 80, o fax, e o 
intercambio eletrônico de dados (EDI – Electronic Data Interchange) facilitaram 
a transferência de dados entre as empresas, 
.A obtenção de informações em tempo real por meio de comunicações 
via satélite, oportunizou a era da logística baseada em prazos. 
 
d) Movimento da Qualidade; 
O gerenciamento da Qualidade Total (TQM – Total Quality Management) foi 
fundamental para o renascimento da logística, pois tem como máxima “fazer as 
coisas da maneira correta logo na primeira vez”. A concorrência acirrada é que 
forçou as empresas a adotarem com seriedade as vantagens da qualidade. 
 
e) Alianças 
O exame pelos executivos da vantagem da cooperação, desenvolvendo 
acordos oportunizam o aumento da eficiência interorganizacional, fez com os 
mesmos vissem os fornecedores e os clientes como parceiros comerciais. A 
idéia principal era reduzir a duplicação e o desperdício. 
As alianças podem ser aplicadas nas diferentes áreas operacionais e de 
pesquisa, tanto intra como interempresas. 
 
 
1.2 LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
Segundo Ballou (2011), a logística empresarial como campo da 
administração de empresas avançou a partir da década de 70. 
A logística empresarial não tem o mesmo significado para todas as 
pessoas, pois muitos a titulam como transporte, suprimento, distribuição, 
administração de materiais, operações e logísticas, mas o titulo do futuro é 
chamado de logística empresarial, que na verdade engloba todos os itens. 
Ballou (2011) 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
5 
 
 
1.3 CONCEITOS E OBJETIVOS DA LOGÍSTICA 
 
São muitos os conceitos e objetivos da logística, porém todos se 
assemelham. 
Novaes (2007) refere-se à logística definindo-a de acordo com 
Council of Supply Chain Management Professionals: 
 
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira 
eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e 
informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de 
consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. 
(NOVAES, 2007, p. 35) 
 
Para (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 19), “o objetivo da logística é 
tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no 
momento em que são desejados.” 
Estes conceitos básicos são aplicados ás atividades de empresas 
públicas ou privadas. 
Bowersox; Closs, (2001), afirmam que o objetivo central da logística 
é atingir um nível esperado de serviço ao cliente pelo menor custo total 
possível, sendo que o escopo do trabalho detalhado e complexo é feito pelo 
executivo de logística, que é o responsável por este planejamento. 
Ballou (2011) ainda relata que a logística é uma área administrativa. 
É um fato econômico, pois tanto os recursos quanto os consumidores estão 
espalhados numa vasta área geográfica, sendo este o maior problema 
enfrentado pela logística. 
Já Ching (2006) diz que a logística tem a função de responder por 
toda a movimentação interna e externa de uma empresa, iniciando pela 
chegada da matéria-prima até a entrega do produto no cliente final, 
proporcionando reflexos positivos de um bom planejamento, organização e 
controle. 
Bowersox; Closs (2003), salientam, que para um bom 
gerenciamento de sistema logístico as empresas devem atingir 
simultaneamente pelo menos seis objetivos operacionais diferentes, 
explicitados a seguir: 
a) Resposta rápida diz respeito à habilidade das empresas em 
satisfazer o seu cliente em tempo hábil. A tecnologia de 
informação possibilitou um grande avanço em uma entrega, 
resultando assim em eliminação de estoque excessivo na 
empresa. 
b) Variância mínima, onde qualquer imprevisto afetará seu 
desempenho, podendo ser resultante de atraso no recebimento 
de pedidos de clientes, entrega em local errado entre outros. A 
solução para este problema seria a formação de um estoque de 
segurança, porém este processo tem um custo mais alto que não 
é o mais viável. O ideal é a utilização de tecnologia de 
informação para efetivo controle logístico, portanto é primordial a 
redução da variância. 
c) No estoque mínimo o mais comum é se falar de estoque zero, 
quanto menor o estoque melhor, mas deve ser bem avaliado 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
6 
 
para que não afete a produção em si. O estoque pode também 
fornecer um melhor retorno sobre o investimento quando decorre 
de economia de escala na fabricação ou no suprimento. Deve-se 
saber gerenciar e reduzir ao mesmo nível para atingir os 
objetivos operacionais desejados. 
d) Quando se fala em consolidação de movimentação, há um 
ganho relativo ao custo de transporte. O mesmo está relacionado 
diretamente com o produto, tamanho da carga e a distância. Pois 
quanto maior o carregamento e maior a distância percorrida, 
menor será o custo unitário do transporte. Para conseguir esta 
vantagem é necessária a adoção de programas inovadores que 
possibilitem o agrupamento de cargas pequenas e uma 
movimentação consolidada. 
e) Outro requisito também importante para os objetivos 
operacionais é a questão da qualidade, tornando-se como 
compromisso para o ramo industrial. Se um produto apresentar 
algum tipo de defeito ou problema não terá nenhum valor 
agregado pela logística, uma vez que se teve o custo para tal, 
não terá retorno caso aconteça um problema deste gênero. É um 
grande desafio da qualidade por não ser um serviço em que se 
possa ter uma supervisão direta, pois é efetuado em uma vasta 
área geográfica. O retrabalho gera um custo adicional para a 
empresa, pois o custo e as horas já estarão computados na 
tarefa realizada. 
f) O último objetivo, mas não menos importante é o apoio ao ciclo 
de vida. Praticamente todos os produtos são vendidos com 
algum tipo de garantia por um determinado período. 
 
Em algumas situações, o fluxo normal de trânsito de estoque em direção 
aos clientes tem que ser invertido. A capacidade de retirada de produto de 
circulação (product recall) depende da competência crítica resultante da 
imposição de padrões cada vez mais rígidos relativos à qualidade, ao prazo 
de validade do produto e à responsabilidade por conseqüências negativas. 
(BROWERSOX; CLOSS, 2001, p. 51) 
 
Este ainda ressalta a importância do descarte dos materiais, e a 
preocupação e incentivo das empresas em produzir e reciclar materiais 
. 
[...] a logística reversa, como competência, decorrente da atenção mundial a 
questões ambientais, requer a capacidade de reciclar ingredientes e 
materiais de embalagem. O apoio ao ciclo de vida, em termos modernos, 
significa dar apoio logístico integral. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 51) 
 
 
 
1.3.1 Missão Logística 
 
Para Ballou (2011) a missão da logística é cumprir com as 
obrigações firmadas. É colocar a mercadoria ou serviço certo no lugar correto e 
no tempo acordado com menor custo possível. 
Exige-se estratégia para satisfazer seu cliente de modo a facilitar as 
operações envolvidas: 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
7 
 
Do ponto de vista estratégico, os executivos de logística procuram atingir 
uma qualidade predefinida de serviço ao cliente por meio de uma 
competência operacional que represente o estado-da-arte. O desafio é 
equilibrar as expectativas de serviços e os gastos de modo a alcançar os 
objetivos do negocio. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 23) 
 
Para alcançar esses níveis desejados é necessário alguns recursos, 
como o do serviço e custo total. 
Para Bowersox; Closs (2001) há três pontos básicos a seguir para 
que não ocorra à perda de um bom cliente por falta de entrega ou informação. 
O primeiro passo é a disponibilidade de material para atender a 
necessidade do cliente, mas deve-se ficar atento para não produzir muito ou 
deixar material estocado para venda, pois o investimento para isso é alto. 
Bowersox; Closs (2001) enfatizam que existem no mercado meios tecnológicos 
que podem auxiliarnesse ponto. 
Outro fator importante é o desempenho operacional, envolvendo 
principalmente velocidade e consistência de entrega. Grande parte dos clientes 
desejam uma entrega rápida, porém deve-se avaliar até que ponto pode-se 
cumprir um prazo de entrega, pois ao invés de satisfazer um cliente, pode-se 
até perdê-lo. Mas o desempenho operacional é relacionado com o modo em 
que as empresas lidam com aspectos das necessidades dos clientes, que 
incluem falhas de serviço, diariamente ou não. 
O último tópico que Bowersox; Closs (2001) citam, é a 
confiabilidade de serviço, que envolve os atributos de qualidade da logística, 
que abrange e avalia a disponibilidade de estoque e o desempenho 
operacional. Para que o desempenho logístico seja eficaz é essencial que a 
administração tenha um compromisso com o aperfeiçoamento continuo. Para 
isso é preciso treinamento e metas, pois alguns produtos são mais críticos que 
outros, dependendo da importância para o cliente e sua contribuição relativa 
para o lucro. 
A incapacidade de atender de maneira consistente a uma meta básica de 
serviço excessivamente alta pode resultar em maiores problemas 
operacionais para o cliente do que no caso de metas menos ambiciosas 
serem estabelecidas desde o inicio. Oferecer indiscriminadamente 
compromissos de serviços fora da realidade também pode diminuir a 
capacidade da empresa de satisfazer a necessidades especiais de clientes 
com alto potencial. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 24) 
 
Relativo a custo total, BOWERSOX; CLOSS (2001), dizem que com 
esse conceito atual abriu-se portas para exame das inter-relações entre custos 
funcionais. Até então cada setor focava suas atenções e intenções 
separadamente, impossibilitando uma combinação com custos baixos. 
“A chave para alcançar a excelência logística é dominar a arte de 
combinar competência com expectativas e necessidades básicas dos clientes. 
Esse compromisso com o cliente é a base para a formulação de uma estratégia 
logística.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 26) 
Empresas com muitos anos de experiência sabem que um sistema 
logístico bem planejado e operado de maneira adequada, trará bons resultados 
financeiros e competitivos. Mas para que este projeto seja eficaz é preciso um 
comprometimento gerencial e financeiro. 
 
 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
8 
 
1.3.2 Competência Logística 
 
Para Bowersox; Closs (2001) é alcançado uma competência quando 
há uma estrutura metodológica de integração na empresa, sendo esta também 
uma estratégia empresarial. Essa estrutura envolve: 
- Processos universalmente adotados e posicionamento estratégico, 
que é o modo como a empresa deseja competir. 
- Competências, que geralmente são variáveis para a sobrevivência 
a longo prazo; 
- Ciclo de atividades, que é a estrutura operacional da empresa; 
- Função, que deve ser vista como parte integrante da competência 
logística, e, 
 - Trabalho básico, que é a tarefa a ser executada de forma correta 
para satisfação interna e externa. 
Cada processo deve ser executado de tal forma a organizar e 
gerenciar o processo logístico. Bowersox; Closs (2001) 
A alta administração tem o papel de coordenação interfuncional, 
visando assim recursos a serem integrados. 
 
Competência logística decorre de uma avaliação relativa da capacitação de 
uma empresa para fornecer ao cliente um serviço competitivamente 
superior ao menor custo total possível. Quando uma empresa decide 
diferenciar-se com base na competência logística, ela procura superar a 
concorrência em todos os aspectos das operações. Isso normalmente 
significa que o desempenho logístico usa a capacitação de entrega de seus 
produtos para dar apoio a qualquer ou a todas as necessidades de 
marketing e de produção. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 23) 
 
Enfim, os autores dizem que a estratégia é fornecer um serviço 
excelente por um custo total abaixo à média de segmento industrial. Todas as 
empresas executam atividades logísticas para atingir seus objetivos 
empresariais básicos. 
São inúmeras as atividades desenvolvidas pela logística. Entre elas 
estão as denominadas de primárias e as de apoio segundo, Ballou (2011). 
 
 
1.3.3 Atividades Primárias 
 
Ballou (2011) define como atividade primária: transporte; 
manutenção de estoques e processamento de pedidos. 
Elas são consideradas primárias por serem de extrema importância 
para coordenação e cumprimento da tarefa logística ou por contribuir com a 
maior parcela do custo total da logística, diz Ballou (2011). 
Salienta ainda que o transporte é a atividade que mais absorve 
custo, sendo em média de um a dois terços. Ela é essencial, pois depende da 
mesma a movimentação de matéria-prima e produto acabado. 
Na manutenção de estoque é necessário manter estoque de forma a 
agir como “amortecedor” entre a oferta e a demanda, para que não fique 
material estocado. 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
9 
 
“A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos 
quanto possível, ao mesmo tempo que prove a disponibilidade desejada pelos 
clientes”. (BALLOU, 2011, p. 25) 
Já no processamento de pedidos, o mesmo descreve que os 
custos de processamentos tendem a ser pequenos quando comparado aos 
citados anteriormente, contudo, sua importância deriva do fato de ser um 
elemento crítico, pois é dele que inicializa a movimentação de produtos e 
entrega de serviços. 
 
 
1.3.4 Atividades de Apoio 
 
Conforme Ballou (2011), além das atividades primárias há também 
as atividades de apoio que auxiliam no processo dando orientação e suporte 
para alcançar um nível desejável de serviço. São seis as atividades: 
armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção, 
programação de produtos e manutenção de informação. 
Armazenagem e obtenção estão relacionadas diretamente com o 
processamento de pedidos. A atividade de armazenagem diz respeito à 
administração de espaço para se manter um estoque, sua localização, arranjo 
físico, recuperação de estoque, configuração do armazém. Já relativo a 
obtenção vê-se que é a atividade que deixa o produto disponível para todo o 
sistema logístico da empresa, tratando da seleção das fontes de suprimentos, 
quantidades a serem adquiridas, programação de compra e de que forma será 
comprado. Esta operação não deve ser confundida com a função compras, 
pois compras envolvem muito mais detalhes de procedimentos como 
negociação e avaliação dos fornecedores, e obtenção é onde e como serão 
adquiridos os materiais de forma a auxiliar em questões geográficas e 
temporais, onde afetam os custos logísticos. 
Em seguida vem a programação do produto e manutenção de 
informação, que esta ligada à manutenção de estoque (atividades primárias). 
Sendo que a programação do produto trabalha direto com o fluxo de 
saída, enquanto a obtenção trabalhava com o fluxo de entrada. Este refere á 
quantidade agregada que deve ser produzido, quando produzir e onde. Não se 
trata de programação de produção. 
Toda firma deve trabalhar com um bom sistema de manutenção de 
informação, pois as informações devem ser claras para melhor controle 
logístico. 
Ligados a transportes (atividades primárias) está o manuseio de 
materiais e embalagem de proteção. 
Manuseio de materiais se refere á armazenagem e manutenção de 
estoques, diz respeito à movimentação do produto no local de estocagem. 
E por fim, embalagem de proteção, que também é essencial para a 
logística, pois para movimentar bens sem danificá-los é preciso garantir sua 
movimentação sem quebras. 
Vê-se deste modo que a integração das operações logísticas é 
importante para que a empresa obtenha competitividade no mercado atual. 
Nas organizações são inúmeros os problemas enfrentados e como a 
logística integrada permeia todas as etapas de um processo produtivo, ver-se-á 
os principais problemas logísticos a seguir. 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
10 
 
 
 
1.4 PROBLEMAS LOGÍSTICOS 
 
Todas as organizações devem saber reconhecer obstáculos ou 
barreiras a serem enfrentadasnum processo de integração interna. Essas 
barreiras conforme Bowersox; Closs (2001) originaram-se das práticas 
tradicionais relativas a alguns tópicos essenciais ao processo. 
Quanto à estrutura organizacional os mesmos autores relatam que a 
maioria das organizações trabalham com a estrutura tradicional, de modo a 
dividir as autoridades e responsabilidades com enfoque funcional. Cada área é 
responsável por atingir suas metas, porem a visão da integração é a 
cooperação entre as áreas funcionais, prevalecendo que as funções 
executadas de maneira excelente se combinam para criação de um melhor 
desempenho global. 
Outro sistema que há dificuldades de coordenação entre funções é o 
sistema de mensuração. Esse sistema retrata a estrutura organizacional, 
podendo até ser necessária desenvolver um novo conjunto de indicadores de 
desempenho para que se obtenha sucesso na integração. Bowersox; Closs 
(2001) 
Na propriedade do estoque, deve ser avaliada, a relação custo / 
beneficio, pois mantendo um estoque na organização assumem-se riscos, 
porem existem também as vantagens, como a tranqüilidade operacional e a 
disponibilidade de estoque para auxiliar algumas funções a alcançarem seus 
objetivos. 
A questão da tecnologia da informação veio auxiliar o processo e os 
projetos criados, tomando como base a estrutura organizacional. Criam-se 
bancos de dados onde ás informações são compartilhadas conforme 
necessidade e em tempo hábil. 
 
1.5 INTEGRAÇÃO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS 
 
Na integração das operações algumas qualificações são essenciais 
para uma organização formal de recursos humanos dedicados à logística, pois 
reflete diretamente na responsabilidade, posição, remuneração e poder da 
empresa. 
“As estruturas das organizações logísticas variam significativamente 
em função da missão específica, do tipo de negócio e dos recursos humanos 
disponíveis.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 37) 
A meta desse processo é estabelecer a percepção do processo 
logístico em todos os executivos da mesma empresa, estimulando-os a pensar 
e agir em termos de racionalização econômica e capacitação integrada. 
 
1.5.1 Trabalho da Logística 
 
Todas as empresas precisam ter boa comunicação e cooperação 
umas com as outras para ter um processo logístico eficaz. Essa cooperação 
resulta em metas, políticas e programas comuns entre elas. Bowersox; Closs 
(2001) 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
11 
 
Existem várias empresas de serviços especializadas que auxiliam na 
atividade logística. Normalmente são empresas prestadoras de serviço como 
transportadoras ou empresas de armazenamento, ou ainda os operadores 
logísticos. Quando utilizado este tipo de serviço, a empresa contratada deve se 
adequar a seu cliente, adaptando-se a seu cotidiano. Bowersox; Closs (2001) 
A competência logística é obtida através da integração de: 
- projeto de rede, 
- informação, 
- transporte, 
- estoque e armazenagem, 
- manuseio de materiais e 
- embalagem, 
O maior desafio é o gerenciamento para que todos trabalhem em 
harmonia, gerando capacidade necessária de atendimento de exigência 
logística. Bowersox; Closs (2001) 
Será versado a seguir sobre cada um dos itens acima citados. 
 
1.5.1.1 Projeto de Rede 
 
É de responsabilidade da gerência logística o projeto de rede, 
conforme Bowersox; Closs (2001), pois a estrutura da instalação da empresa 
pode criar agilidade relativa ao processo de entrega ou fabricação dos produtos 
ou materiais.. 
Umas das questões mais importantes do projeto de rede é a 
determinação da quantidade necessária de cada tipo de instalação, sua 
localização geográfica e o trabalho que deve ser executado. Se este tipo de 
serviço for terceirizado, deve-se ter o acompanhamento da rede logística da 
empresa. 
O objetivo do projeto de rede é determinar a quantidade e a localização de 
todos os tipos de instalações necessárias para a execução do processo 
logístico. Também é necessário determinar o tipo de estoque e o volume a 
ser armazenado em cada instalação, assim como é necessário vincular os 
pedidos de clientes aos locais de onde deve ser feita a expedição. A rede 
de instalações forma uma estrutura a partir da qual as operações logísticas 
são executadas. Assim, a rede incorpora capacidades relacionadas com a 
informação e o transporte. Todas as tarefas específicas associadas ao 
processamento de pedidos de clientes, à manutenção de estoque e ao 
manuseio de materiais são executadas dentro da estrutura do projeto de 
rede. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 39) 
 
Outro ponto, é a importância da modificação da rede de instalações 
com intuito de adaptar a mudança na infra-estrutura com a oferta e a 
demanda. 
Ao longo do tempo todas as instalações devem ser avaliadas 
verificando-se se continuam adequadas e se houver a necessidade de 
mudança na localização, a mesma deve ser feita visando a obtenção de 
vantagem competitiva. Bowersox; Closs (2001) 
 
 
1.5.1.2 Informação 
 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
12 
 
 Bowersox; Closs (2001), afirmam que a informação não tinha 
destaque no desempenho da logística, por ser deficiente relativo a tecnologia, 
Porém hoje toda e qualquer informação necessária pode ser transmitida em 
tempo real. Com essas novas tecnologias, os executivos estão aprendendo a 
elaborar soluções logísticas únicas e inovadoras. 
No entanto, a qualidade da tecnologia que é utilizada não é 
acompanhada pela qualidade da informação. Existem algumas deficiências na 
qualidade da informação, podendo criar problemas operacionais. 
O gerenciamento de pedidos e as projeções são duas áreas do 
processo logístico que dependem muito da informação. Na projeção a 
informação é destacada como um esforço no sentido de calcular necessidades 
futuras. 
. Já no gerenciamento de pedidos o trabalho abrange necessidades 
específicas, tanto do cliente interno como externo. Este processo envolve todos 
os aspectos do gerenciamento da necessidade do cliente, desde o recebimento 
do pedido até a entrega da mercadoria, incluindo também faturamento e 
cobrança. 
Um bom trabalho nesta área traz um rendimento maior para a 
empresa, pois os erros serão menores e os estoques equilibrados. Bowersox; 
Closs (2001) 
 
1.5.1.3 Transporte 
 
Para Bowersox; Closs (2001), o transporte é a área operacional da 
logística que posiciona geograficamente o estoque. Muitas empresas possuem 
executivos responsáveis pela área de transporte. Há três fatores que são de 
suma importância para o desempenho do transporte: custos, velocidade e 
consistência. Existem também três maneiras básicas para atender as 
necessidades do transporte que são : privado, contratado e transporte comum. 
Uma combinação entre velocidade e consistência forma a percepção 
sobre a qualidade do transporte por parte do usuário. 
Bowersox; Closs (2001) relatam ainda, que num projeto de sistema 
logístico, deve-se manter um equilíbrio entre custo de transporte e qualidade 
de serviço, e que encontrar e gerenciar a combinação de transporte é uma 
responsabilidade básica da logística, pois em alguns casos um transporte lento 
e de baixo custo pode ser adequado, porém em outros casos um transporte 
rápido pode ser a chave para alcançar metas operacionais. 
 
1.5.1.4 Estoque 
 
Conforme Bowersox; Closs (2001), o estoque depende da estrutura 
da empresa e do nível desejado de serviço do cliente, porém o objetivo de cada 
empresa é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo estoque 
possível, e automaticamente tendo um custo menor, pois estoques excessivos 
resultam em custos logísticos totais mais alto que o necessário. 
Dentro das estratégias logísticas são projetados argumentos para se 
manter o mínimo possível de estoque. O objetivo é obter máxima rotatividade 
satisfazendo assim, cliente e fornecedor. 
Em geral procura-se manter um estoque reduzido tanto para varejo 
quanto produção, reduzindo também o estoque na fábrica. Explicam ainda que 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
13 
 
da mesma maneira, o reabastecimento ágilde lojas de varejo pode reduzir o 
estoque de segurança mantido na cadeia de suprimentos, por isso o ideal é 
receber a quantidade certa no momento certo. (BOWERSOX; CLOSS, 2001) 
As estratégias de estoque não podem ser criadas e deixadas de 
lado, deve-se procurar negociar com empresas que tenham comprometimento 
de oferecer um trabalho em que gere segurança para todos os envolvidos. 
Bowersox; Closs (2001) 
 
1.5.1.5 Armazenagem, Manuseio de materiais e Embalagem 
 
Conforme Bowersox; Closs (2001) estes são partes integrantes do 
último processo da função logística, porém estas funções não têm status 
independente, fazendo assim parte de outras áreas da logística. 
 Normalmente as mercadorias precisam ser armazenadas durante 
um período, em seguida são alocadas para os veículos de transporte que 
exigem o manuseio para carregá-los e descarregá-los de modo eficiente se 
embalados de forma adequada. 
Dizem ainda que num depósito é importante o manuseio de material, 
atendendo a necessidade do cliente. Por isso a importância de um manuseio 
adequado, para que não haja avaria de produto, gerando insatisfação no 
cliente. Para que haja eficiência de manuseio os autores sugerem que produtos 
como latas, garrafas ou caixas sejam normalmente juntados em unidades 
maiores como “caixa mestra”, que serve como uma proteção no processo 
logístico, facilitando também o manuseio. Alguns exemplos de caixa mestra 
são: paletes, folha separadora (papelão) e contêineres. 
Quando efetivamente integrados às operações logísticas, a armazenagem, 
o manuseio de materiais e a embalagem simplificam e aumentam a rapidez 
do fluxo de produtos ao longo de todo o sistema logístico. Na realidade, 
existem várias empresas que projetaram dispositivos para a movimentação 
de grandes variedades de produtos das fábricas diretamente para as lojas, 
sem manuseio intermediário. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 43) 
 
 
1.6 CICLOS DE ATIVIDADES DA LOGÍSTICA 
 
Para Bowersox; Closs (2011) o ciclo de atividade é o canal de meio 
de comunicação e de transporte entre empresa, fornecedor e cliente. Esse ciclo 
também é conhecido por nó. 
Bowersox; Closs (2007) relatam que um ciclo de atividades logístico 
envolve processo de estoque, caracterizado também por estoque mínimo e 
estoque de segurança, que tem como variação a quantidade e o modo como é 
alocado o material. 
Esses ciclos são dinâmicos a partir do momento em que atendem a 
necessidade de entrada e saída de material. Na entrada é caracterizada como 
sendo a demanda, ou seja, um pedido especificando o material ou produto. 
Dependendo da demanda de produto é necessário um ciclo diferente para 
poder atender a necessidade e estrutura. Já na saída à caracterização é dada 
pelo desempenho esperado das operações logísticas combinadas, essa 
combinações devem atender de tal modo que a eficiência e eficácia dos ciclos 
de atividades logísticas se movimentem de maneira igual. Bowersox; Closs 
(2007) 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
14 
 
“Os ciclos de atividades envolvem a cadeia de suprimento inteira e 
vinculam as empresas participantes.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 54) 
É de suma importância saber que a frequência de transação varia de 
um ciclo de atividade para outro, pois alguns ciclos são estabelecidos para uma 
única compra ou venda, que neste caso o ciclo é projetado, implementado e 
desfeito assim que terminar o processo. Outros ciclos podem ser mais longos. 
“É quase impossível calcular quantos ciclos de atividades existem 
nos sistemas logísticos da General Motors ou da IBM.” (BOWERSOX; CLOSS, 
2001, p. 55) 
A figura abaixo demonstra como funciona o ciclo de atividade das 
três áreas operacionais básicas da logística. 
 
Figura 1 Ciclo de atividades logísticas. 
Fonte: Bowersox; Closs (2001, p. 55) 
 
 
1.6.1 Ciclos de atividades da Distribuição Física 
 
Distribuição física relaciona-se diretamente com processo de 
pedidos de clientes e entrega de mercadorias. Tem influência direta no 
desempenho de marketing e de vendas proporcionando disponibilidade de 
produto de maneira rápida e ágil. Bowersox; Closs (2001) 
Um bom ciclo de atividade de distribuição física abrange cinco 
pontos importantes: 
- transmissão de pedidos, 
- processamento de pedidos, 
- separação de pedidos, 
- transporte de mercadoria pedida e 
- entrega ao cliente. 
Bowersox; Closs (2001) dizem que a distribuição física do ponto de 
vista logístico vincula a empresa a seus clientes. Combina iniciativas de 
produção e marketing mantendo um esforço pela produção, porém deve-se 
tomar cuidado, pois marketing dedica-se muito a conquista do cliente enquanto 
a produção visa atingir uma produção continua com menor custo possível, 
podendo gerar ai um conflito entre estes dois setores. Bowersox; Closs (2007) 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
15 
 
 
1.6.2 Ciclos de atividades do Apoio à Manufatura 
 
Esse tipo de atividade consiste na logística da produção, que tem 
como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico e ordenado 
de material e estoque em processo para cumprir sua programação de 
produção. Bowersox; Closs (2001) 
(BOWERSOX; CLOSS, 2001) relatam ainda que alguns pontos são 
relacionados a responsabilidade operacional da logística de apoio à produção, 
que são: movimentação e armazenagem dos produtos dos materiais que ali 
estão, componentes e peças semi-acabadas entre instalações da empresa. 
 “É importante enfatizar mais uma vez que a missão de apoio 
logístico à produção é facilitar “o quê”, “o onde”, e “o quando” da produção, e 
não “o como”. A meta é dar apoio a todas as necessidades da produção da 
maneira mais eficiente.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 57) 
Outro ponto importante ressaltado pelos autores é o fato de que, o 
apoio à manufatura tem seu movimento limitado ao controle de gerenciamento 
interno na empresa, portanto sendo controlada a variância aleatória de pedidos 
e desempenho irregular de fornecedor, permitindo assim operação continua e 
sincronizada, resultando num estoque de segurança menor. 
 
1.6.3 Ciclos de Atividades do Suprimento 
 
Segundo (BOWERSOX; CLOSS, 2001) para facilitar o fluxo 
ordenado de materiais é importante e necessária se ter um bom desempenho. 
Para isto apontam alguns itens essenciais para este processo de suprimento: 
- seleção de fonte de suprimento (fornecedor); 
- colocação do pedido e expedição; 
- transporte e 
- recebimento de material. 
Bowersox; Closs (2001) dizem ainda que apesar de parecido com 
ciclo de processamento de pedido de cliente, há diferenças importantes entre 
eles: 
- Tempo de entrega, 
- Tamanho da carga, 
- Método de transporte e 
- Valor do produto. 
A área de suprimentos requer frequência de cargas muito grandes 
que podem utilizar-se diversos modais de transporte como navios, trens ou 
caminhões, embora seu principal objetivo seja executar a logística pelo menor 
custo. 
 
Como o custo diário para manter os materiais e a maioria dos componentes 
no canal de suprimento é menor que o custo de manutenção de estoque de 
produtos acabados, o pagamento de taxas mais altas por um transporte 
mais rápido normalmente não traz nenhum benefício. Portanto, os ciclos de 
atividades no suprimento são geralmente mais longos do que os de 
processamento de pedidos de clientes. (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 58) 
 
LOGISTICA EMPRESARIAL 
 
16 
 
Mas como os autores relatam, toda regra tem exceção, quando se 
trata de produtos de alto valor normalmente a ênfase muda para compras em 
lotes menores e quantidades exatas exigindo assim um maior controle. 
 
Figura 2 Atividades do ciclo de suprimento 
Fonte: BOWERSOX E CLOSS (2001, p. 59) 
 
Há vários pontos a serem analisados antes de se efetuar uma 
compra, pois a cada situação o rumo a ser tomado pode mudar, dependendo 
da quantidade a ser adquirida, local a ser adquirido, pois muitas vezes não faz 
sentido comprar em maior ou menor quantidade somente por necessidade 
momentânea. Bowersox; Closs (2001) 
 
 
 
 
 
 
 
LOGISTICA EMPRESARIAL17 
 
 
 
 
 
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