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05/05/2022 09:02 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
GERENCIAIS – SIG
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/22
Profª Maristela Weinfurter Teixeira
CONVERSA INICIAL
Vamos ingressar em uma viagem ao futuro do mundo dos negócios, orientada pela tecnologia.
Seguiremos com o conhecimento de conceitos de sistemas de informações gerenciais aplicados aos
negócios em uma proposta de entendimento da conexão entre ambos. O objetivo desta aula é
contextualizar o atual panorama de negócios mundial, bem como todo aparato tecnológico
envolvido em seu funcionamento, delineando a silhueta do que há de vir num futuro não tão
distante.
Mas, afinal de contas, o que há de novo no mundo dos negócios? A resposta é: tecnologias
emergentes em um mundo em rápida transição. Quando olhamos ao nosso redor, conseguimos
visualizar muitas tecnologias interessantes e impressionantes. Desde os mais comuns dispositivos
móveis (smartphones e tablets) até drones, casas e cidades inteligentes, Internet das Coisas,
blockchain, carros autônomos, reuniões a distância, computação na nuvem, computação quântica,
ensino a distância, revolução industrial 4.0, entre tantas outras.
E é exatamente neste contexto que os negócios navegam, hoje não somente na web, mas em
um mundo chamado ubíquo. Segundo o dicionário Priberam (2020), ubiquidade, palavra que se
origina na língua francesa (ubiquité), está relacionada ao fato de algo estar presente em toda a parte
ao mesmo tempo, quase como uma onipresença.
Adentrando neste novo universo ubíquo, vamos caminhar por importantes tópicos, como:
Globalização, negócios e sistemas de informações;
Ecossistema do mercado digital;
A ética numa sociedade digital;
Tecnologias, técnicas e conceitos emergentes;
Vivenciando esse novo panorama global e digital.
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Seguindo esta linha de raciocínio, conversaremos sobre como os sistemas de informações estão
transformando ou complementando os processos de negócios dentro do âmbito global e local, ou
seja, perceberemos como o relacionamento entre negócio e tecnologia da informação está
entrelaçado e inseparável e cada dia mais ubíquo.
De qualquer modo, mesmo olhando para o passado, a grande ideia na aquisição de um sistema
de informação para determinada organização sempre foi agregar valor. Indiscutivelmente, as
organizações não filantrópicas têm o foco em resultados. E esses resultados são mensurados por
meio de KPIs (Key Performance Indicator), que em uma tradução simples são os indicadores-chave de
desempenho, originados mediante a métrica adotada pela empresa. Estes por sua vez, conduzem o
processo decisório do negócio aliado aos sistemas de informações gerenciais.
Continuando na linha da ubiquidade, poderíamos dizer que nosso ecossistema para o mercado
digital, o qual vem se delineando desde o início dos anos 1990, está em um momento de integração.
E tal integração tornará não somente o mercado totalmente digital, mas também toda a sociedade.
Cartões, dispositivos eletrônicos como tablets, smartphones, entre outros, se tornarão parte de
nossos escritórios, casas, escolas, lojas e corpo humano. Aliás, o conceito de ir ao trabalho, à escola,
às compras, será suprimido por todo este ecossistema digital.
Como toda tecnologia, temos pontos que trazem benefícios na agilidade da vida no dia a dia,
bem como pontos críticos a serem sempre analisados, principalmente quando falamos sobre
privacidade e consentimento no uso das informações dos vários tipos de usuários, sejam eles
clientes, fornecedores, funcionários ou outros.
Ao validarmos tais pontos críticos, é necessário compreender sobre um tema que fala da ética
digital. Ética, segundo o dicionário Priberam (2020), palavra que se origina no grego ethikê, é a parte
da filosofia que estuda o conjunto de regras de conduta de um indivíduo ou de um grupo sob os
fundamentos da moral. Estamos falando da responsabilidade moral no uso e manipulação dos dados
de pessoas em um mundo globalizado e multicultural.
Se a ética já é um assunto difícil de ser tratado no mundo real e local, mais complexo será ao
pensarmos no impacto das tecnologias da informação sobre nossas sociedades globais multiculturais
e diversificadas. Transferirmos aspectos subjetivos da consciência humana para o meio digital,
envolvendo habilidades técnicas que transpassam nossa forma algorítmica convencional.
Precisaremos cada vez mais avançarmos no mundo da IA (Inteligência Artificial). Estaria a IA
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preparada para se adaptar à inteligência emocional, bem como nossa consciência de sociedade para
nosso novo ecossistema de mercado digital? Para tal pergunta, trabalharemos muitos tópicos
técnicos interessantes nesta disciplina. 
O futuro é aqui e agora. Vamos entrar juntos em assuntos importantes e vitais para a formação
de um profissional de TI capaz de elicitar, avaliar e projetar sistemas cada vez mais integrados e
invisíveis aos seus usuários.
TEMA 1 – GLOBALIZAÇÃO, NEGÓCIOS E SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES
As civilizações, desde a sua mais longínqua história já relatada pelos livros de história, sofrem
quebras de paradigmas em movimentos cíclicos. Sejam no espectro de negócios, social, cultural ou
político. O que nos interessa neste momento envolve justamente o aspecto de negócios. Não
podemos iniciar nossa fala sobre sistemas de informações sem primeiramente nos atermos a
conceitos inerentes ao mundo dos negócios.
Como falamos anteriormente, a quebra de paradigma impulsiona a sociedade local ou global a
inovar, olhar para bens e serviços de forma diferente. Em um passado não muito distante, falávamos
sobre produção de produtos ou serviços que viessem ao encontro das necessidades dos nossos
clientes, no entanto, hoje falamos sobre inovação em um contexto muito mais disruptivo e criativo,
com a qual temos construído uma nova visão sobre o consumo para nossos clientes em escala global
e multicultural.
1.1 NEGÓCIOS NA ALDEIA GLOBAL
Anualmente, ocorre uma reunião do Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) em
cooperação com empresas público-privadas (WEF, 2020). Isso ocorre em busca de engajamento de
líderes da sociedade global para alinhamento de questões política, cultural e de negócios. E é neste
último ponto que nossa atenção é depositada. Há aproximadamente 50 anos, a sociedade vem se
tornando cada dia mais como uma grande aldeia global. Quando falamos em negócios globais,
estamos falando de todos os continentes entrelaçados de acordo com o que cada país pode oferecer
neste grande comércio mundial, como podemos visualizar na Figura 1.
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Figura 1 – Continentes
Créditos: Peter Hermes Furian/Shutterstock.
O Brasil faz parte desta economia global, exportando produtos como soja, petróleo, minério de
ferro, celulose, milho, carne de bovino e frango, produtos manufaturados, farelo de soja, café, entre
tantos outros. E estes produtos têm como principais destinos: China, Estados Unidos, Países Baixos,
Argentina, Japão, Chile, México, Alemanha, Espanha e Coreia do Sul. Quanto à importação, o Brasil
importa óleos combustíveis, fertilizantes químicos, equipamentos de telecomunicações, produtos
manufaturados para indústria metal-mecânica, compostos organo-inorgânicos, obras e artigos de
ferro e aço, acessórios para industrial automotiva, entre outros. Estes são provenientes, em sua
maioria, da China, dos Estados Unidos, da Argentina, da Alemanha, da Coreia do Sul, da Índia, do
México, do Japão, da Itália e da Rússia (Siscomex, 2020).
E toda essa informação é apenas uma pequena parte de como esse grande mercado global
funciona.
1.2 A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A revolução tecnológica que vem ocorrendo desde oinício dos anos 1990 tende a acelerar seu
processo de disseminação no mercado global. Isso gerará muitas mudanças econômicas, sociais e
culturais que não conseguimos prever no momento. Criará desafios e oportunidades, pois as
dinâmicas de consumo, investimentos, mercado de trabalho, organizações e questões sócio-políticas
serão grandemente afetadas (Schwab, 2019).
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Essa nova situação nos afeta em vários aspectos, porém, vamos focar nas transformações
tecnológicas em relação ao que afeta diretamente os sistemas de informações que são utilizados
como intermediação para toda a cooperação entre continentes, países, organizações e pessoas. Por
exemplo, a economia em aplicações (app), conduz a um novo ecossistema no mercado de trabalho.
O crescimento no uso de dispositivos móveis, em especial smartphones, conduziu a economia global
para um patamar financeiro bilionário, revelando novos impérios como Apple, Google e Facebook
(Schwab, 2019).
Ao mesmo tempo que um novo setor econômico se desponta, com ele também obtemos
problemas. Muitos postos de trabalho, antes atividades manuais, agora são automatizados por
muitos destes milhares de aplicativos móveis. O mercado precisa ser remodelado, no qual
desaparecem alguns tipos de atividades profissionais e aparecem outras. Historicamente não há
nenhuma novidade, pois desde a revolução industrial, o ser humano vem convivendo com o
desaparecimento de muitas atividades profissionais e se deparando com novos desafios e mercados
de trabalho. No entanto, é uma questão voltada à sociedade que necessita de uma grande discussão
e mediação por parte dos governos de cada país. Não estamos apenas falando de mercadorias que
cruzam fronteiras, mas também de profissionais com empregos de alto nível e que exigem um
diploma universitário. Com o crescimento do trabalho remoto de casa, as empresas poderão estar em
qualquer parte do globo e os funcionários também. Uma nova forma de empregabilidade que se
desenha em um futuro extremamente próximo.
Segundo CIO (2020), o grupo Gartner prevê que o mercado de aplicativos móveis em 2021 está
entre um dos maiores sucessos de negócios no mundo, na casa dos 6 trilhões de dólares. Em
segundo lugar, ficam os aplicativos de conversa, seguidos por aplicativos de voz e chatbots. Este
mercado é acompanhado em outras posições de mercado por serviços de Inteligência Artificial (IA),
serviços de hospedagem em nuvem, desenvolvimento de aplicativos nativos iOS e Android e serviços
de backend para dispositivos móveis. E neste exemplo da quarta revolução industrial, um grande
desafio encontra-se na experiência do usuário (UX), uma habilidade que desencadeia a expansão de
iniciativas digitais para a automação de tal tarefa, hoje feita manualmente com algum apoio
tecnológico.
A quarta revolução traz novas profissões, destituirá outras, bem como traz novas tecnologias,
mudanças geopolíticas e um novo aspecto social e cultural multicontinental (Laudon, 2012).
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1.3 OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NO CONTEXTO GLOBAL
Os sistemas de informações normalmente são descritos como um conjunto de componentes,
que por sua vez se inter-relacionam recuperando, processando, armazenando e distribuindo
informações operacionais. Por sua vez, tais informações operacionais, uma vez armazenadas, podem
ser trabalhadas e sintetizadas com o intuito de gerar informações gerenciais para a tomada de
decisões por profissionais de níveis tático e estratégico das organizações.
Rapidamente, vamos relembrar, por meio da Figura 2, os três níveis organizacionais. No nível do
rodapé da pirâmide, encontramos o nível operacional. É neste nível que as informações estão sendo
colaboradas mediante sistemas de informações que são alimentados para que sistemas de
faturamento, fabricação, expedição, compras, e todos os sistemas que automatizam o processo
operacional da organização. Nossas informações estão armazenadas de forma que possibilitem a
análise detalhada de tudo o que foi armazenado no banco de dados, o qual suporta os sistemas de
ERP (Enterprise Resource Planning), ou seja, nosso sistema de Planejamento de Recursos Empresariais.
Os níveis tático e estratégico necessitam das informações sintetizadas, pois são utilizadas por
profissionais que tomam decisões dentro das organizações. No nível tático temos gerentes,
coordenadores, supervisores e outros líderes. Enquanto, no nível Estratégico, temos diretores e
conselho, os quais além de todas as informações sintetizadas internas da organização, utilizam-se de
informações sintetizadas provenientes do mercado, da concorrência entre outras variáveis que
auxiliem em um correto processo decisório.
Figura 2 – Níveis organizacionais
Créditos: FiftyOctober/Shutterstock.
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Ao visualizarmos este panorama, temos um nível pequeno de complexidade. Uma organização
precisa estar atenta a todo seu processo de atividades interna, gerando suas informações
operacionais e táticas, além de observar o mercado ao seu redor para a construção de suas
informações estratégicas.
Elevando o nosso nível de complexidade, nossa organização não tem mais que observar e
analisar somente as empresas concorrentes e ficar alinhada à legislação de seu país. Agora ela precisa
ficar atenta à economia mundial, aos conflitos entre nações, às questões culturais, aos aspectos
ecológicos, além de integrar seus processos de aquisição de matéria-prima, recursos humanos,
produção ou geração de serviços, entregas por meio dos mais variados modais (marítimo, aéreo,
rodoviário, ferroviário, fluvial), entre outras inúmeras variáveis que antes não se faziam necessárias
pois seu mercado era apenas local.
TEMA 2 – O ECOSSISTEMA DO MERCADO DIGITAL
Digital é o nosso novo ingrediente no nível de complexidade do desafiador novo mundo do
comércio intercontinental. Algo real, mas digital, muito presente em nossas vidas cotidianamente, é a
entrega de comida pronta no conforto do nosso lar. Empresas locais ou globais produzem e
entregam sanduíches, almoços, jantares, petiscos e bebidas com apenas alguns cliques em nosso
aparelho celular.
Utilizamos aplicativos de delivery, que estão interconectados com empresas que produzem
alimentos, que vendem produtos farmacêuticos, roupas, documentos, ou até mesmo, transportam os
próprios usuários. Estamos na era do iFood (Figura 3), Uber (Figura 4), cupons de descontos digitais,
bancos digitais, formas de pagamento com cash back, todos interconectados a redes sociais, e-mails
e números de aparelhos telefônicos. Novamente, empresas locais interligadas a empresas globais,
como se todos estivessem trabalhando apenas localmente para seus clientes.
Figura 3 – Comércio eletrônico de comida – iFood
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Créditos: Antonio Salaverry/Shutterstock.
Figura 4 – Transporte pessoal – Uber
Créditos: Alexey Boldin/Shutterstock.
Deparamo-nos com problemas com essas empresas globais quando esbarramos em questões
político-econômico-culturais de nosso país. São empresas que invocaram para si uma inovação
disruptiva em negócios e entraram nos continentes causando desconfortos. Sim, desconfortos,
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porque empresas de transporte de pessoas por aplicativo desafiaram o mercado de táxis e aluguéis
de carro. Empresas de alojamento desafiaram o mercado dos hotéis e pensões. Assim como em um
passado não distante as máquinas fotográficas digitais desafiaram todo um mercado de fabricação
de filmes e revelação de fotografias. Aparelhos telefônicos tornaram-se máquinas fotográficas,
despertadores, rádios, reprodutores de mp3, mp4, vídeos e localizador geográfico. Anualmente,
haviam livros com toda localização geográfica de cidades e rodovias impressas.Hoje, de forma
extremamente democrática, podemos escolher qual aplicativo nos adaptamos melhor para nos
conduzir dirigindo nosso carro, a pé ou de transporte coletivo. Além de nos conduzir, nos sugere
melhores rotas, menos caminhadas ou melhores valores.
Há pelo menos 15 anos, o e-learning, ou ensino a distância, vem proporcionando muitas
facilidades, menos horas no trânsito, menos lanches fora de casa, menos gastos com estacionamento
ou transporte, além de não nos exigir horários fixos para os estudos. Podemos estudar à noite,
durante o dia ou na madrugada, nos dias de semana ou nos finais de semana. Conseguimos elaborar
a melhor agenda possível para evoluirmos em nossos estudos. Podemos romper fronteiras de
cidades, estados e países. Facilmente, conseguimos estudar em locais que seriam antes inimagináveis
por conta dos custos envolvidos.
As novas facilidades e melhorias na nossa qualidade de vida trazem oportunidades e desafios.
Este ecossistema de mercado digital tem imposto o aperfeiçoamento contínuo, em especial no que
diz respeito às tecnologias. O mercado de trabalho é afetado diretamente e, com isso, precisamos
buscar sempre algo a mais para nos mantermos competitivos em um mundo agora global.
TEMA 3 – A ÉTICA EM UMA SOCIEDADE DIGITAL
A sociedade hoje é mais digital do que foi no passado e a cada dia será mais ainda. É uma
questão de tempo para que todos nossos documentos nacionais e internacionais estejam dentro de
uma única base de dados mundial. Com a disseminação das redes sociais, dos bancos digitais, das
lojas de varejo digitais, entre tantos outros serviços digitais, aos quais estamos expostos diariamente,
já há um grande volume de dados e informações sobre nós que nem imaginamos que estão em
poder de empresas, governos e outros.
Mas, pensando exatamente quais dados pessoais são de nossa propriedade e não de outros,
como vamos garantir nossa privacidade em meio a toda esta base de dados global?
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Em resposta a essa questão, um dos critérios que nos garante certa privacidade, encontra-se na
realização do tratamento dos dados pessoais ao serem coletados por meio de nosso consentimento.
Isto deve ser explícito e ficar claro com base na legislação e que garanta nossa segurança (Reis, 2019).
Nossa autorização no uso de nossos dados, seja por meio de qualquer meio digital, precisa estar
extremamente clara. Não pode haver explicações dúbias ou abertas que possam posteriormente
serem reescritas. Todas as organizações devem obedecer a legislação vigente (Reis, 2019). Portanto, a
venda de nossos dados é ilegal, passível de penalização judicial.
Outro detalhe importante é que devemos ter o direito de solicitação de correções, cópia ou
simplesmente a remoção de nossos dados ao cancelarmos quaisquer serviços digitais (Reis, 2019).
Nenhuma organização deveria armazenar nossos dados após a remoção dos mesmos.
Assim como os serviços digitais estão cada dia mais globalizados, as preocupações com a
privacidade dos dados também se tornaram global, mas cada país é responsável por criar sua
legislação de segurança e privacidade dos dados. Na Europa temos o GDPR, no Brasil a LGPD, nos
Estados Unidos temos o CCPA na Califórnia e o COPPA para o restante do país. No Canadá temos o
PIPEDA, em Hong Kong o PDPO e na China o GDPR (Reis, 2019).
As empresas que não se adequarem à legislação de seu país ou dos países para os quais presta
serviços internacionais, será multada e sofrerá ainda outras sanções. No Brasil, a LGPD foi criada em
agosto de 2018 e foi adequada ao padrão brasileiro (Reis, 2019). O que varia de país para país são as
penalidades atribuídas pela não adoção ou a adoção com problemas.
No caso do Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), segundo a Lei Federal n.
13.709/2018, publicada em 15 de agosto de 2018, já foi promulgada e alinhada à Lei Geral de
Proteção de Dados da União Europeia (GDPR). Já houve alteração desde a sua criação, incluindo o
adiamento da sua aplicação para agosto de 2020, bem como a criação da Autoridade Nacional de
Proteção de Dados (ANPD) (LGPD, 2020).
Anteriormente a proteção à privacidade dos dados no Brasil estavam espalhadas pela legislação
brasileira. As disposições gerais aplicadas à proteção dos dados também podem ser encontradas na
constituição federal, no Código Civil Brasileiro e em leis e regulamentos específicos como no caso do
Código de Defesa do Consumidor, leis trabalhistas, setores específicos e atividades profissionais
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específicas. Todo amparo à proteção dos dados pessoais fica ao encargo de entidades e órgãos
governamentais e públicos (LGPD, 2020).
Mesmo com toda a evolução da vida pessoal e profissional digital, apenas recentemente
estamos contando com a preocupação dos governos para garantirem a privacidade dos cidadãos de
cada país. Ainda há muito o que se discutir e aprender com tudo isso, visto que cada país tem sua
própria regulamentação. Ainda teremos situações não previstas e que envolverão a vida de pessoas e
empresas entre países.
TEMA 4 – TECNOLOGIAS, TÉCNICAS E CONCEITOS EMERGENTES
Ao falarmos de tecnologias emergentes dentro do conceito da Quarta Revolução Industrial, não
há como não relembrarmos um pouco da história da economia. Inclusive, este termo encontra-se
intimamente ligado à economia. Foi no final do século XVII que a máquina a vapor criou um novo
ciclo dentro da economia, em especial na Inglaterra. Não demorou muito para que essa máquina e
outras tecnologias fossem se espalhando pelo mundo nas décadas seguintes.
Durante muito tempo a indústria caminhou e se modernizou de forma menos acelerada.
Poderíamos dizer que a década de 1990 é considerada um marco diferenciador nesta velocidade de
modernização. Antes tínhamos séculos ou décadas com as mesmas formas de produção,
comercialização, entre outras atividades econômicas. Na atualidade vemos mudanças que permeiam
o tempo de meses. A velocidade está acelerada e o que veremos nos próximos anos será mais
acelerado ainda na direção das tecnologias digitais, da física quântica e da biotecnologia.
Nossa sociedade se tornará mais digital, em uma escala, alcance e complexidade de
transformação diferente de tudo o que já possamos ter experimentado até aqui, segundo Schwab
(2019). A engenharia genética, mais precisamente as neurotecnologias, definirá o nosso mercado de
trabalho juntamente com questões relacionadas à desigualdade de renda, e impactará em termos de
segurança geopolítica dentro campo da ética (Schwab, 2019).
Estamos falando sim de quebra de paradigma e não somente de uma simples evolução
tecnológica. Schwab (2019) diz que não teremos um novo conjunto de tecnologias emergentes em si
próprias, mas iremos em direção a novos sistemas construídos sobre uma infraestrutura digital que já
temos vivenciado.
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Voltando aos fatos econômicos históricos e transformadores, já falamos da Revolução Industrial,
mas não falamos sobre outros dois marcos importantes, que foram a chegada da eletricidade, no
século XIX, permitindo a escalabilidade da manufatura das fábricas, e a eletrônica, em meados do
século XX, acenando para a era da tecnologia da informação e das telecomunicações.
E o início do século XXI é marcado por avanços tecnológicos que possibilitam a combinação de
máquinas, processos digitais e tomada de decisões descentralizadas em uma cooperação entre
Inteligência Artificial e ser humano, tudo isto mediado pela IoT (Internet of Things). Dentro de um
conceito de fábrica inteligente, temos empresas criando redes de cooperação inteligentes
controlando a si mesmas (Filho, 2018).
Em uma das reuniões do Fórum Mundial de Davos, os temas mais discutidos sobre a Revolução
4.0 foram nanotecnologia, robótica, inteligência artificial, biotecnologia, neurotecnologia,
armazenamentode energia, drones e energia renovável. Com isso, o mercado de trabalho se
remodelará completamente com o surgimento de vagas atualmente inexistentes. Assim como em
cada ciclo econômico, muitos postos de trabalho deixam de existir em decorrência das inovações e
outros surgem, normalmente, exigindo que os profissionais estejam capacitados e preparados para
as mudanças (Schwab, 2019).
Há pelo menos 20 anos falamos sobre inovações disruptivas de forma mais ampla, porém, já as
vivenciamos há muito mais tempo. Poderíamos citar como exemplo a transformação do mercado de
música, anteriormente com gravadoras de LPs e fitas K7 e posteriormente de CDs. Essa indústria foi
totalmente substituída por uma nova forma de se ouvir música, por meio de serviços de streaming
como Spotify (Figura 5). Outras áreas que sofreram mudanças foram as empresas voltadas a
fotografia, hospedagem, transportes, entrega de refeições, entre tantos outros negócios.
Figura 6 – Aplicativo Spotify sobre um antigo LP (long-play) – armazenamento digital de áudio
em confronto com o armazenamento analógico
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Créditos: David MG/Shutterstock.
Da mesma forma, veremos nosso modo de viver sendo mudado por meio de várias tecnologias
disruptivas envolvendo todos os novos conceitos digitais, biotecnológicos e físicos. E esta estrada é
sem volta. Precisaremos nos adequar e pensarmos em políticas públicas que suportem um possível
aumento da desigualdade que já observamos hoje no mundo.
Vamos elencar e discutir brevemente alguns temas emergentes e que afetam diretamente nossos
sistemas de informações. Lembrando que os sistemas de informações, talvez a maioria dos nossos
sistemas legados, terão várias destas novas tecnologias como formas de entrada ou saída.
Artificial Inteligence: é uma subárea da ciência da computação imbuída de estudos, pesquisas
e criação de tecnologia que seja capaz de simular o raciocínio humano;
Blockchain: é uma tecnologia de protocolo, que registra e distribui de forma confiável e
descentralizada transações em rede para um determinado mercado. É muito comum associar
blockchain a bitcoins (criptomoedas), porém a utilização deste é muito mais ampla;
Business Inteligence: é um conceito que se utiliza de métodos, técnicas e ferramentas
associadas a sistemas de informações operacionais e gerenciais, tais como ERP (Enterprise
Resource Program) e CRM (Customer Resources Mananagement). Não necessariamente é um
produto (software) pronto;
Dashboards: conjunto de ferramentas associadas intimamente ao Business Inteligence. São
painéis construídos para melhorar a visualização das informações gerenciais por meio de
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gráficos e imagens, no apoio rápido à tomada de decisões;
Big Data: é um conjunto de dados complexo, com fontes diversificadas de dados, volumosos
para que um simples sistema de informações convencional processe. Então, para gerenciá-lo,
há várias soluções (tanto produto quanto serviço) para o auxílio da integração destes dados,
bem como o auxílio de sua análise;
Machine Learning: é uma subárea da Artificial Inteligence e está relacionada às técnicas e aos
modelos na análise de dados por meio de insights para geração de soluções de problemas.
Seria nossa máquina aprendendo com seus erros e acertos;
Bots: quando falamos em bot, estamos falando de uma abreviação da palavra inglesa robot.
Associados à AI (Artificial Intelligence), são pequenas rotinas (aplicativos) que automatizam a
interação humana. Tecnologia que vem sendo aplicada para chats de conversa inicial com
clientes, muito comum em grandes lojas de varejo e empresas de telecomunicação;
Cloud Computing: todo o armazenamento e processamento que falamos está na nuvem. Na
realidade, são empresas que oferecem um serviço de alto desempenho, alta escalabilidade e
grande armazenamento de dados com auxílio de equipamentos, muitas vezes computadores
de grande porte (mainframes). Cloud Computing vem acompanhada de outros conceitos
importantes e comuns no mercado de Tecnologia da Informação. São eles:
a. IaaS (Infrastructure as a Service): empresas que oferecem recursos de servidores,
armazenamento e infraestrutura para empresas de vários tamanhos;
b. PaaS (Platform as a Service): empresas que oferecem soluções para criação,
construção e gerenciamento de aplicativos para seus clientes;
c. SaaS (Software as a Service): empresas que oferecem soluções de software distribuída
na web conhecidas como API’s (Application Programming Interface). Estas APIs que processam
os serviços oferecidos através de aplicativos na Web ou em dispositivos móveis;
d. LaaS (License as a Service): este tipo de empresa vende uma licença de uso do software
que pode estar funcionando na Web ou em dispositivos móveis. O pagamento pode ser mensal,
anual ou por atividade;
e. PaaS (Platform as a Service): empresas que oferecem um ambiente de
desenvolvimento de software, testes e implementação de aplicativos na nuvem com custo
reduzido.
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IoT (Internet of Things): é um conceito que agrega tecnologias para conexão de objetos físicos a
sistemas computacionais. Pode agregar uma série de tecnologias, ferramentas e outros conceitos.
Utiliza-se da internet (para comunicação), Cloud Computing, tecnologias embarcadas, sistemas
legados, entre tantas outras tecnologias e conceitos. Outros conceitos e tecnologias vem atrelados à
IoT, como wearables (dispositivos que podemos vestir, como pulseiras, relógios, camisas), drones,
impressoras 3D, biotecnologia, nanotecnologia e realidade aumentada (Augmented Reality). IoT está
intimamente ligada ao conceito da computação ubíqua. Todas as coisas, pessoas, prédios, cidades e
governos, estarão todos conectados de forma “invisível” ao ser humano, coletando, processando e
armazenando dados em um grande repositório de dados distribuído, mas integrado na nossa grande
aldeia global do futuro.
Este é o mundo tecnológico que está e estará nos rodeando, segundo (Laudon, 2012) (Schwab,
2019). Este é o novo conjunto de conceitos, tecnologias, frameworks e ferramentas que estão em
conexão direta com nossos atuais e novos aplicativos, sistemas de informações legados e sistemas de
informações gerenciais.
TEMA 5 – VIVENCIANDO ESSE NOVO PANORAMA GLOBAL E
DIGITAL
Vamos agora percorrer todos os conceitos até aqui estudados em um exercício prático. Para
tanto, escolhemos uma fintech para analisarmos todo esse emaranhado de tecnologias e conceitos
computacionais relacionados aos sistemas de informações do futuro.
Para início da nossa conversa, teremos que analisar o que vem a significar o termo fintech. Trata-
se de um termo muito difundido no Brasil e no mundo. São empresas que vendem serviços
financeiros altamente acoplados a aplicativos computacionais.
Mas não temos apenas as empresas que vendem serviços financeiros entrando neste novo
ecossistema empresarial tecnológico. Temos as empresas do universo jurídico (legaltech), as
empresas de Recursos Humanos (HRtech), da área de publicidade e propaganda (adtech), do
agronegócio (agtech ou agritech), de educação (edtech), do mercado de marketing digital (martech),
de saúde e bem estar (healthtech),  as empresas de seguros (biotech, cleantech, insurtech), as
empresas de tecnologia automotiva (autotech), as empresas que transformam o processo e geram
valor à cadeia da construção (construtech), as empresas que aprimoram a agricultura, a produção e
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os canais de distribuição de alimentos (foodtech), as empresas que atuam na logística (logtech), as
empresas da área imobiliária (proptech) e as empresas de varejo e consumo (retailtech).
Essas são as principais linhas de negócio que compõem este paradigma de empresas
tecnológicas.
5.1 O QUE É UMA FINTECH?
As fintechssurgiram devido à necessidade de ocupar um espaço que as grandes organizações
financeiras não conseguiam atuar. Essas startups financeiras são iniciativas que buscam a conexão
entre serviços financeiros e tecnologia num modelo inovador (Oliveira, 2019). As fintechs, por terem
uma estrutura organizacional mais moderna, proporcionam aos clientes uma melhor experiência de
uso. Elas conseguem reduzir custos, velocidade e burocracia. Segundo Oliveira (2019), as fintechs são
atualmente as melhores startups para investidores, pois observando-se os últimos anos das
economias de países emergentes, houve um aumento de 70% de empresas deste tipo.
O conceito fintech surgiu após o ano de 2008, em uma forma de inovação de negócio aliado à
tecnologia como forma de oportunidade diante da crise econômica mundial daquele momento. O
termo foi criado em um programa de aceleração de startups em Nova Iorque (Oliveira, 2019).
Dentre alguns serviços oferecidos pelas fintechs, podemos observar a conta bancária digital, o
cartão de crédito, microsseguro, empréstimo, investimento, gestão de benefício (alimentação,
refeição, combustível), solução para contas a receber, equipamento de leitura de cartão de crédito e
controle financeiro pessoal (Oliveira, 2019).
5.2 DO CAIXA ELETRÔNICO À FINTECH
A evolução tecnológica chegou às empresas financeiras já faz um bom tempo. Nos anos 1980 já
conhecíamos os primeiros caixas eletrônicos automáticos no Brasil. As primeiras cash machines já
podiam ser utilizadas em meados dos anos 1960 no Japão, na Suécia, no Reino Unido e nos Estados
Unidos da América. Conhecidas até hoje por ATM (Automated Teller Machine) no exterior e por caixas
eletrônicos no Brasil, estas máquinas foram vistas com olhos preocupados inicialmente. Os bancos
não eram totalmente automatizados, e suas agências ainda possuíam muitas anotações e
lançamentos manuais em papel. Os clientes mais antigos, acostumados a irem na agência bancária e
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serem atendidos por funcionários, tiveram muita resistência. O primeiro caixa eletrônico do mundo
foi instalado em 27 de junho de 1967 na Inglaterra pelo banco Barclays, conforme figura 6.
Figura 6 – Primeiro caixa eletrônico instalado
Créditos: Ivan Kacarov/Shutterstock.
E continuamos evoluindo, muitas vezes sem que os clientes pudessem visualizar tais mudanças,
outras vezes utilizando tais mudanças. Nos últimos 30 anos no Brasil e nos últimos 50 anos no
mundo, o sistema bancário e empresas ligadas à área financeira sofreram várias mudanças internas e
externas.
Dentre estas mudanças, uma forma de pagamento que aos poucos está desaparecendo é por
meio de cheques. E com a diminuição no uso dos cheques, também somem atividades como a
compensação de cheques pelos vários bancos. São leis, processos e postos de trabalho que sofrem
mudanças. E eles deixam de ser usados por conta da facilidade e segurança no uso de cartões de
débito e crédito. Os antigos cheques pré-datados são substituídos pelos parcelamentos com ou sem
juros em cartões de crédito.
E a atual revolução das empresas financeiras chama-se PIX. PIX, segundo Febraban (2020) é um
novo meio de pagamento eletrônico, que irá substituir outros serviços como TED, DOC, TEV, entre
outros, em questão de segundos, por meio de bancos e fintechs e serviços de comércio eletrônico.
Segundo o Banco Central do Brasil, é uma tecnologia de vanguarda inclusive a nível mundial. O
QRcode é uma tecnologia que eliminará os boletos bancários.
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Segundo Febraban (2020): “a FEBRABAN vê o PIX como uma inovação que trará mais segurança
e conveniência ao consumidor em suas transações financeiras”. Afirma, ainda, Leandro Vilain, diretor
de Negócios e Operações da FEBRABAN: “essa medida é  condizente com os investimentos que o
setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica, de aproximadamente R$ 19,5 bilhões
anuais”.
O PIX traz consigo o uso de tecnologias emergentes como Blockchain, transações P2P (peer-to-
peer) e o uso de uma estrutura moderna baseada no protocolo ISO 20022, que registra usuários e
instituições participantes no processo de transações financeiras. Teremos um serviço financeiro
instantâneo mundial funcionando 24 horas por 7 dias por semana ininterruptamente. A Figura 7
esboça o esquema de funcionamento do PIX.
Figura 7 – Esquema de funcionamento do PIX (adaptado de BCB, 2020)
Créditos: LerinaInk/Shutterstock; SurfsUp/Shutterstock; Blan-k/Shutterstock e
M.Style/Shutterstock.
Para os clientes, o grande atrativo encontra-se nas taxas financeiras mais acessíveis e em
processos menos burocráticos. Devido ao grande investimento monetário neste grande projeto
financeiro a questão não se encontra em se irá dar certo ou não. A grande questão encontra-se em
quando toda esta ideia estará em pleno funcionamento. Hoje já é possível utilizarmos vários
aplicativos móveis relacionados às fintechs que estão se adaptando ao novo mercado eletrônico
financeiro. Nubank, Neon, iti, C6, PicPay, Ame, Conta Simples, Trigg, PAN, Mobba, Inter e Next são
algumas das várias Startups de serviços financeiros que já estão participando deste projeto, além
claro, de todas as grandes corporações bancárias.
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FINALIZANDO
Partiremos da frase que fez o desfecho de nossa conversa inicial: o futuro é agora. Estamos
vivenciando uma grande quebra de paradigma, e nosso mundo não será novo, mas será regado à
muita tecnologia e novos aprendizados.
Teremos de aprender sobre a transferência da vida real para vida virtual. Nosso comércio, nossa
finança, nossa forma de aprender, nossa forma de ir e vir serão administradas por um mundo cada
vez mais ubíquo. Ou seja, quaisquer lugares pelos quais passarmos, real ou virtual, terá nosso rastro
digital armazenado. A grande questão será o como gerenciaremos esse grande Big Brother
consumidor de nossos dados privados.  É um caminho sem volta e não é para nos assustarmos, mas
para nos adaptarmos, nos prepararmos e aproveitarmos as oportunidades diante dos desafios.
Se tudo isso fica bem claro para todas as pessoas do planeta, fica muito mais para o grupo
seleto dos desenvolvedores de sistemas e demais profissionais da Tecnologia da Informação e
Comunicações. Esses profissionais, se hoje já precisam se atualizar de tempos em tempos, precisarão
estar mais e mais conectados a todas as mudanças que ocorrem em questões de segundos.
Nossas fronteiras deixaram de ser apenas físicas. Elas serão digitais. Hoje para viajarmos de um
país para outro, precisamos analisar quais documentos precisamos ter em mãos para adentrarmos
em outro país. Em especial Passaporte e Visto de Entrada. No mundo digital não será diferente, mas
ainda não temos clareza disto. Hoje ainda vivemos um mundo “sem fronteiras” do lado do mundo
digital. Mas o mundo judicial e localizado em cada país tem corrido para administrar esta corrida de
entradas e saídas livres de obrigações. Não é à toa que vemos, não somente no Brasil, movimentos
de classes ou governos identificando prós e contras sobre as novas formas de transportes pessoais,
como era no caso dos táxis, sendo substituídas por um aplicativo chamado Uber. Uber é uma
empresa que tem sua matriz nos Estados Unidos, mas que rapidamente se espalhou pelo mundo
todo. E em outros lugares, já há concorrência, como por exemplo a empresa Lyft. Outra empresa
situada nos Estados Unidos, que faz concorrência com a Uber. Agora não temos somente mais a
substituição dos táxis convencionais, mas já estamos em uma segunda onda de concorrência. Assim
ocorre com todos os demais aplicativos. Um dos mercados que mais tem tido variedade de empresas
digitais é o mercado financeiro. Há algum tempo atrás ouvíamos falar somente de Nubank como
ideia de banco digital. Hoje convivemos com Neon, iti, Conta Simples, entre uma diversidade semfim.
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A convergência entre empresas dos vários segmentos de mercado (negócios) em empresas de
tecnologia tem crescido vultuosamente. E com isto, um novo termo foi alcunhado: as empresas
“techs”. São as fintechs, edtechs, agritechs, HRtechs, e uma variedade de negócios techs. Com isto
nosso mundo “dev” acende uma luz amarela. Nosso profissional de desenvolvimento de software
deverá estar muito mais do que atualizado em tecnologias, deverá conhecer algum tipo de negócio
como diferencial.
Nossos desafios realmente são grandes e aparentemente assustadores, mas nos tornaremos
cada vez mais especialistas na área de desenvolvimento e na área de negócio. Isto demonstra o
motivo pela qual as áreas de recursos humanos têm tido dificuldade em contratar um profissional
adequado para suas áreas de desenvolvimento. Agregar tantas tecnologias e conhecimento de
negócios é algo realmente difícil.
A Quarta Revolução Industrial é fascinante do ponto de vista dos clientes e usuários de sistemas
de informações, mas é desafiante do ponto de vista dos engenheiros, tecnólogos e cientistas da
computação. No entanto, é certo que seremos mais que vencedores.
REFERÊNCIAS
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Management information systems: managing the
digital firms. 12ª ed. London: Prentice hall, 2012. Disponível em:
<https://dicionario.priberam.org/ubiquidade>. Acesso em: 09 mar. 2021.
SCHWAB, K. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2019.
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economic-forum>. Acesso em: 09 mar. 2021.
REIS, D. Data science, GDPR e LGPD: 20 coisas que você precisa fazer para não ser acusado por
maus tratos a dados pessoais. Edição Kindle: Amazon, 2019.
LGPD. Data protection laws of the world, S.d. Disponível em:
<https://www.dlapiperdataprotection.com/index.html?c=BR&c2=&go-button=GO&t=law>. Acesso
em: 09 mar. 2021.
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09 mar. 2021.
CIO. Disponível em: <https://cio.com.br/o-futuro-do-desenvolvimento-de-aplicativos-esta-na-
multiexperiencia/>. Acesso em: 09 mar. 2021.
FILHO, A. S. et all. Automação e sociedade: quarta revolução industrial, um olhar para o Brasil.
Brasport Livros e Multimídia Ltda. Rio de Janeiro, 2018.
DINIZ, B. O fenômeno Fintech: tudo sobre o movimento que está transformando o mercado
financeiro no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.
FEBRABAN. Disponível em: <https://portal.febraban.org.br/noticia/3407/pt-br/>. Acesso em: 09
mar. 2021.
BCB. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/htms/public/inovtec/O-Meio-Circulante-na-Era-
Digital.pdf?4>. Acesso em: 09 mar. 2021.
OLIVEIRA, G.; BOMFIN, L.; SILVA, L.; FRANKLIN, M. Fintech serviços financeiros: uma abordagem
de serviços 4.0. 2019. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/336345696_fintech_servicos_financeiros_uma_abordagem
_de_servicos_40>. Acesso em: 09 mar. 2021.

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