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Lei 9.279 Lei da Propriedade Industrial

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LEI DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o.- Esta lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. 
Art. 2o.- A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: 
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
II - concessão de registro de desenho industrial; 
III - concessão de registro de marca; 
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e 
V - repressão à concorrência desleal. 
Art. 3o.- Aplica-se também o disposto nesta lei: 
I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no País por quem tenha proteção 
assegurada por tratado ou convenção em vigor no Brasil; e 
II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a 
reciprocidade de direitos iguais ou equivalentes. 
Art. 4o.- As disposições dos tratados em vigor no Brasil são aplicáveis, em igualdade de condições, às pessoas físicas 
e jurídicas nacionais ou domiciliadas no País. 
Art. 5o.- Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial. 
TÍTULO I - DAS PATENTES 
CAPÍTULO I - DA TITULARIDADE 
Art. 6o.- Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a 
propriedade, nas condições estabelecidas nesta lei. 
Parágrafo 1o.- Salvo prova em contrário, presume-se o requerente legitimado a obter a patente. 
Parágrafo 2o.- A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo 
cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença 
a titularidade. 
Parágrafo 3o.- Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais 
pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, 
para ressalva dos respectivos direitos. 
Parágrafo 4o.- O inventor será nomeado e qualificado, podendo requerer a não divulgação de sua nomeação. 
Art. 7o.- Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção ou modelo de utilidade, de forma independente, 
o direito de obter patente será assegurado àquele que provar o depósito mais antigo, independentemente das datas 
de invenção ou criação. 
Parágrafo único - A retirada de depósito anterior sem produção de qualquer efeito dará prioridade ao depósito 
imediatamente posterior. 
CAPÍTULO II - DA PATENTEABILIDADE 
SEÇÃO I - DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE PATENTEÁVEIS 
Art. 8o.- É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Art. 9o.- É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação 
industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no 
seu uso ou em sua fabricação. 
Art. 10 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade: 
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
II - concepções puramente abstratas; 
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e 
de fiscalização; 
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; 
V - programas de computador em si; 
VI - apresentação de informações; 
VII - regras de jogo; 
VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo 
humano ou animal; e 
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela 
isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. 
Art. 11 - A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da 
técnica. 
Parágrafo 1o.- O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de 
depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, 
ressalvado o disposto nos arts. 12,16 e 17. 
Parágrafo 2o.- Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda não 
publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que 
venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente. 
Parágrafo 3o.- O disposto no parágrafo anterior será aplicado ao pedido internacional de patente depositado segundo 
tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja processamento nacional. 
Art. 12 - Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo de utilidade, quando 
ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se 
promovida: 
I - pelo inventor; 
II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de publicação oficial do pedido de patente 
depositado sem o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por 
ele realizados; ou 
III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor ou em decorrência de atos por 
este realizados. 
Parágrafo único - O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à divulgação, acompanhada ou não de provas, 
nas condições estabelecidas em regulamento. 
Art. 13 - A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira 
evidente ou óbvia do estado da técnica. 
Art. 14 - O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de 
maneira comum ou vulgar do estado da técnica. 
Art. 15 - A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser 
utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria. 
SEÇÃO II - DA PRIORIDADE 
Art. 16 - Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização 
internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos 
estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos. 
Parágrafo 1o.- A reivindicação de prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser suplementada dentro de 60 
(sessenta) dias por outras prioridades anteriores à data do depósito no Brasil. 
Parágrafo 2o.- A reivindicação de prioridade será comprovada por documento hábil da origem, contendo número, 
data, título, relatório descritivo e, se for o caso, reivindicações e desenhos, acompanhado de tradução simples da 
certidão de depósito ou documento equivalente, contendo dados identificadores do pedido, cujo teor será de inteira 
responsabilidade do depositante. 
Parágrafo 3o.- Se não efetuada por ocasião do depósito, a comprovação deverá ocorrer em até 180 (cento e oitenta 
dias) contados do depósito. 
Parágrafo 4o.- Para os pedidos internacionais depositados em virtude de tratado em vigor no Brasil, a tradução 
prevista no parágrafo 2o.deverá ser apresentada no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da entrada no 
processamento nacional. 
Parágrafo 5o.- No caso de o pedido depositado no Brasil estar fielmente contido no documento da origem, será 
suficiente uma declaração do depositante a este respeito para substituir a tradução simples. 
Parágrafo 6o.- Tratando-se de prioridade obtida por cessão, o documento correspondente deverá ser apresentado 
dentro de 180 (cento e oitenta) dias contados do depósito, ou, se for o caso, em até 60 (sessenta) dias da data da 
entrada no processamento nacional, dispensada alegalização consular no país de origem. 
Parágrafo 7o.- A falta de comprovação nos prazos estabelecidos neste artigo acarretará a perda da prioridade. 
Parágrafo 8o.- Em caso de pedido depositado com reivindicação de prioridade, o requerimento para antecipação de 
publicação deverá ser instruído com a comprovação da prioridade. 
Art. 17 - O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil, sem 
reivindicação de prioridade e não publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma 
matéria depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (um) ano. 
Parágrafo 1o.- A prioridade será admitida apenas para a matéria revelada no pedido anterior, não se estendendo a 
matéria nova introduzida. 
Parágrafo 2o.- O pedido anterior ainda pendente será considerado definitivamente arquivado. 
Parágrafo 3o.- O pedido de patente originário de divisão de pedido anterior não poderá servir de base a reivindicação 
de prioridade. 
SEÇÃO III - DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE NÃO 
PATENTEÁVEIS 
Art. 18 - Não são patenteáveis: 
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas; 
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas 
propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de 
transformação do núcleo atômico; e 
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de 
patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8o.e que não sejam mera 
descoberta. 
Parágrafo único - Para os fins desta lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de 
plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma 
característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais. 
CAPÍTULO III - DO PEDIDO DE PATENTE 
SEÇÃO I - DO DEPÓSITO DO PEDIDO 
Art. 19 - O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: 
I - requerimento; 
II - relatório descritivo; 
III - reivindicações; 
IV - desenhos, se for o caso; 
V - resumo; e 
VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito. 
Art. 20 - Apresentado o pedido, será ele submetido a exame formal preliminar e, se devidamente instruído, será 
protocolizado, considerada a data de depósito a da sua apresentação. 
Art. 21 - O pedido que não atender formalmente ao disposto no art. 19, mas que contiver dados relativos ao objeto, ao 
depositante e ao inventor, poderá ser entregue, mediante recibo datado, ao INPI, que estabelecerá as exigências a 
serem cumpridas, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de devolução ou arquivamento da documentação. 
Parágrafo único - Cumpridas as exigências, o depósito será considerado como efetuado na data do recibo. 
SEÇÃO II - DAS CONDIÇÕES DO PEDIDO 
Art. 22 - O pedido de patente de invenção terá de se referir a uma única invenção ou a um grupo de invenções inter-
relacionadas de maneira a compreenderem um único conceito inventivo. 
Art. 23 - O pedido de patente de modelo de utilidade terá de se referir a um único modelo principal, que poderá incluir 
uma pluralidade de elementos distintos, adicionais ou variantes construtivas ou configurativas, desde que mantida a 
unidade técnico-funcional e corporal do objeto. 
Art. 24 - O relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua realização por 
técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de execução. 
Parágrafo único - No caso de material biológico essencial à realização prática do objeto do pedido, que não possa ser 
descrito na forma deste artigo e que não estiver acessível ao público, o relatório será suplementado por depósito do 
material em instituição autorizada pelo INPI ou indicada em acordo internacional. 
Art. 25 - As reivindicações deverão ser fundamentadas no relatório descritivo, caracterizando as particularidades do 
pedido e definindo, de modo claro e preciso, a matéria objeto da proteção. 
Art. 26 - O pedido de patente poderá ser dividido em dois ou mais, de ofício ou a requerimento do depositante, até o 
final do exame, desde que o pedido dividido: 
I - faça referência específica ao pedido original; e 
II - não exceda à matéria revelada constante do pedido original. 
Parágrafo único - O requerimento de divisão em desacordo com o disposto neste artigo será arquivado. 
Art. 27 - Os pedidos divididos terão a data de depósito do pedido original e o benefício de prioridade deste, se for o 
caso. 
Art. 28 - Cada pedido dividido estará sujeito a pagamento das retribuições correspondentes. 
Art. 29 - O pedido de patente retirado ou abandonado será obrigatoriamente publicado. 
Parágrafo 1o.- O pedido de retirada deverá ser apresentado em até 16 (dezesseis) meses, contados da data do 
depósito ou da prioridade mais antiga. 
Parágrafo 2o.- A retirada de um depósito anterior sem produção de qualquer efeito dará prioridade ao depósito 
imediatamente posterior. 
SEÇÃO III - DO PROCESSO E DO EXAME DO PEDIDO 
Art. 30 - O pedido de patente será mantido em sigilo durante 18 (dezoito) meses contados da data de depósito ou da 
prioridade mais antiga, quando houver, após o que será publicado, à exceção do caso previsto no art. 75. 
Parágrafo 1o.- A publicação do pedido poderá ser antecipada a requerimento do depositante. 
Parágrafo 2o.- Da publicação deverão constar dados identificadores do pedido de patente, ficando cópia do relatório 
descritivo, das reivindicações, do resumo e dos desenhos à disposição do público no INPI. 
Parágrafo 3o.- No caso previsto no parágrafo único do art. 24, o material biológico tornar-se-á acessível ao público 
com a publicação de que trata este artigo. 
Art. 31 - Publicado o pedido de patente e até o final do exame, será facultada a apresentação, pelos interessados, de 
documentos e informações para subsidiarem o exame. 
Parágrafo único - O exame não será iniciado antes de decorridos 60 (sessenta) dias da publicação do pedido. 
Art. 32 - Para melhor esclarecer ou definir o pedido de patente, o depositante poderá efetuar alterações até o 
requerimento do exame, desde que estas se limitem à matéria inicialmente revelada no pedido. 
Art. 33 - O exame do pedido de patente deverá ser requerido pelo depositante ou por qualquer interessado, no prazo 
de 36 (trinta e seis) meses contados da data do depósito, sob pena do arquivamento do pedido. 
Parágrafo único - O pedido de patente poderá ser desarquivado, se o depositante assim o requerer, dentro de 60 
(sessenta) dias contados do arquivamento, mediante pagamento de uma retribuição específica, sob pena de 
arquivamento definitivo. 
Art. 34 - Requerido o exame, deverão ser apresentados, no prazo de 60 (sessenta) dias, sempre que solicitado, sob 
pena de arquivamento do pedido: 
I - objeções, buscas de anterioridade e resultados de exame para concessão de pedido correspondente em outros 
países, quando houver reivindicação de prioridade; 
II - documentos necessários à regularização do processo e exame do pedido; e 
III - tradução simples do documento hábil referido no Parágrafo 2o.do art. 16, caso esta tenha sido substituída pela 
declaração prevista no Parágrafo 5o.do mesmo artigo. 
Art. 35 - Por ocasião do exame técnico, será elaborado o relatório de busca e parecer relativo a: 
I - patenteabilidade do pedido; 
II - adaptação do pedido à natureza reivindicada; 
III - reformulação do pedido ou divisão; ou 
IV - exigências técnicas. 
Art. 36 - Quando o parecer for pela não patenteabilidade ou pelo não enquadramento do pedido na natureza 
reivindicada ou formular qualquer exigência, o depositante será intimado para manifestar-se no prazo de 90 (noventa) 
dias. 
Parágrafo 1o.- Não respondida a exigência, opedido será definitivamente arquivado. 
Parágrafo 2o.- Respondida a exigência, ainda que não cumprida, ou contestada sua formulação, e havendo ou não 
manifestação sobre a patenteabilidade ou o enquadramento, dar-se-á prosseguimento ao exame. 
Art. 37 - Concluído o exame, será proferida decisão, deferindo ou indeferindo o pedido de patente. 
CAPÍTULO IV - DA CONCESSÃO E DA VIGÊNCIA DA PATENTE 
SEÇÃO I - DA CONCESSÃO DA PATENTE 
Art. 38 - A patente será concedida depois de deferido o pedido, e comprovado o pagamento da retribuição 
correspondente, expedindo-se a respectiva carta-patente. 
Parágrafo 1o.- O pagamento da retribuição e respectiva comprovação deverão ser efetuados no prazo de 60 
(sessenta) dias contados do deferimento. 
Parágrafo 2o.- A retribuição prevista neste artigo poderá ainda ser paga e comprovada dentro de 30 (trinta) dias após 
o prazo previsto no parágrafo anterior, independentemente de notificação, mediante pagamento de retribuição 
específica, sob pena de arquivamento definitivo do pedido. 
Parágrafo 3o.- Reputa-se concedida a patente na data de publicação do respectivo ato. 
Art. 39 - Da carta-patente deverão constar o número, o título e a natureza respectivos, o nome do inventor, observado 
o disposto no Parágrafo 4o.do art. 6º, a qualificação e o domicílio do titular, o prazo de vigência, o relatório descritivo, 
as reivindicações e os desenhos, bem como os dados relativos à prioridade. 
SEÇÃO II - DA VIGÊNCIA DA PATENTE 
Art. 40 - A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 
15(quinze) anos contados da data de depósito. 
Parágrafo único - O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos 
para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido 
de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior. 
CAPÍTULO V - DA PROTEÇÃO CONFERIDA PELA PATENTE 
SEÇÃO I - DOS DIREITOS 
Art. 41 - A extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado 
com base no relatório descritivo e nos desenhos. 
Art. 42 - A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o seu consentimento, de produzir, usar, 
colocar à venda, vender ou importar com estes propósitos: 
I - produto objeto de patente; 
II - processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado. 
Parágrafo 1o.- Ao titular da patente é assegurado ainda o direito de impedir que terceiros contribuam para que outros 
pratiquem os atos referidos neste artigo. 
Parágrafo 2o.- Ocorrerá violação de direito da patente de processo, a que se refere o inciso II, quando o possuidor ou 
proprietário não comprovar, mediante determinação judicial específica, que o seu produto foi obtido por processo de 
fabricação diverso daquele protegido pela patente. 
Art.43 - O disposto no artigo anterior não se aplica: 
I - aos atos praticados por terceiros não autorizados, em caráter privado e sem finalidade comercial, desde que não 
acarretem prejuízo ao interesse econômico do titular da patente; 
II - aos atos praticados por terceiros não autorizados, com finalidade experimental, relacionados a estudos ou 
pesquisas científicas ou tecnológicas; 
III - à preparação de medicamento de acordo com prescrição médica para casos individuais, executada por 
profissional habilitado, bem como ao medicamento assim preparado; 
IV - a produto fabricado de acordo com patente de processo ou de produto que tiver sido colocado no mercado interno 
diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento; 
V - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, sem finalidade econômica, o produto 
patenteado como fonte inicial de variação ou propagação para obter outros produtos; e 
VI - a terceiros que, no caso de patentes relacionadas com matéria viva, utilizem, ponham em circulação ou 
comercializem um produto patenteado que haja sido introduzido licitamente no comércio pelo detentor da patente ou 
por detentor de licença, desde que o produto patenteado não seja utilizado para multiplicação ou propagação 
comercial da matéria viva em causa. 
VII - aos atos praticados por terceiros não autorizados, relacionados à invenção protegida por patente, destinados 
exclusivamente à produção de informações, dados e resultados de testes, visando à obtenção do registro de 
comercialização, no Brasil ou em outro país, para a exploração e comercialização do produto objeto da patente, após 
a expiração dos prazos estipulados no art. 40. (Inciso incluído pela Lei nº 10.196, de 14.2.2001) 
Art. 44 - Ao titular da patente é assegurado o direito de obter indenização pela exploração indevida de seu objeto, 
inclusive em relação à exploração ocorrida entre a data da publicação do pedido e a da concessão da patente. 
Parágrafo 1o.- Se o infrator obteve, por qualquer meio, conhecimento do conteúdo do pedido depositado, 
anteriormente à publicação, contar-se-á o período da exploração indevida para efeito da indenização a partir da data 
de início da exploração. 
Parágrafo 2o.- Quando o objeto do pedido de patente se referir a material biológico, depositado na forma do parágrafo 
único do art. 24, o direito à indenização será somente conferido quando o material biológico se tiver tornado acessível 
ao público. 
Parágrafo 3o.- O direito de obter indenização por exploração indevida, inclusive com relação ao período anterior à 
concessão da patente, está limitado ao conteúdo do seu objeto, na forma do art. 41. 
SEÇÃO II - DO USUÁRIO ANTERIOR 
Art. 45 - À pessoa de boa fé que, antes da data de depósito ou de prioridade de pedido de patente, explorava seu 
objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores. 
Parágrafo 1o.- O direito conferido na forma deste artigo só poderá ser cedido juntamente com o negócio ou empresa, 
ou parte desta que tenha direta relação com a exploração do objeto da patente, por alienação ou arrendamento. 
Parágrafo 2o.- O direito de que trata este artigo não será assegurado a pessoa que tenha tido conhecimento do objeto 
da patente através de divulgação na forma do art. 12, desde que o pedido tenha sido depositado no prazo de 1 (um) 
ano, contado da divulgação. 
CAPÍTULO VI - DA NULIDADE DA PATENTE 
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 46 - É nula a patente concedida contrariando as disposições desta lei. 
Art. 47 - A nulidade poderá não incidir sobre todas as reivindicações, sendo condição para a nulidade parcial o fato de 
as reivindicações subsistentes constituírem matéria patenteável por si mesmas. 
Art. 48 - A nulidade da patente produzirá efeitos a partir da data do depósito do pedido. 
Art. 49 - No caso de inobservância do disposto no art. 6º, o inventor poderá, alternativamente, reivindicar, em ação 
judicial, a adjudicação da patente. 
SEÇÃO II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE NULIDADE 
Art. 50 - A nulidade da patente será declarada administrativamente quando: 
I - não tiver sido atendido qualquer dos requisitos legais; 
II - o relatório e as reivindicações não atenderem ao disposto nos arts. 24 e 25, respectivamente; 
III - o objeto da patente se estenda além do conteúdo do pedido originalmente depositado; ou 
IV - no seu processamento, tiver sido omitida qualquer das formalidades essenciais, indispensáveis à concessão. 
Art. 51 - O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante requerimento de qualquer pessoa com 
legítimo interesse, no prazo de 6 (seis) meses contados da concessão da patente. 
Parágrafo único - O processo de nulidade prosseguirá ainda que extinta a patente. 
Art. 52 - O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Art. 53 - Havendo ou não manifestação, decorrido o prazo fixado no artigo anterior, o INPI emitirá parecer, intimando o 
titulare o requerente para se manifestarem no prazo comum de 60 (sessenta) dias. 
Art. 54 - Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que não apresentadas as manifestações , o processo será 
decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a instância administrativa. 
Art. 55 - Aplicam-se, no que couber, aos certificados de adição, as disposições desta Seção. 
SEÇÃO III - DA AÇÃO DE NULIDADE 
Art. 56 - A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer 
pessoa com legítimo interesse. 
Parágrafo 1o.- A nulidade da patente poderá ser argüida, a qualquer tempo, como matéria de defesa. 
Parágrafo 2o.- O juiz poderá, preventiva ou incidentalmente, determinar a suspensão dos efeitos da patente, 
atendidos os requisitos processuais próprios. 
Art. 57 - A ação de nulidade de patente será ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI, quando não for autor, 
intervirá no feito. 
Parágrafo 1o.- O prazo para resposta do réu titular da patente será de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 2o.- Transitada em julgado a decisão da ação de nulidade, o INPI publicará anotação, para ciência de 
terceiros. 
CAPÍTULO VII - DA CESSÃO E DAS ANOTAÇÕES 
Art. 58 - O pedido de patente ou a patente, ambos de conteúdo indivisível, poderão ser cedidos, total ou parcialmente. 
Art. 59 - O INPI fará as seguintes anotações: 
I - da cessão, fazendo constar a qualificação completa do cessionário; 
II - de qualquer limitação ou ônus que recaia sobre o pedido ou a patente; e 
III - das alterações de nome, sede ou endereço do depositante ou titular. 
Art. 60 - As anotações produzirão efeito em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. 
CAPÍTULO VIII - DAS LICENÇAS 
SEÇÃO I - DA LICENÇA VOLUNTÁRIA 
Art. 61 - O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração. 
Parágrafo único - O licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da patente. 
Art. 62 - O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a terceiros. 
Parágrafo 1o.- A averbação produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. 
Parágrafo 2o.- Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença não precisará estar averbado no INPI. 
Art. 63 - O aperfeiçoamento introduzido em patente licenciada pertence a quem o fizer, sendo assegurado à outra 
parte contratante o direito de preferência para seu licenciamento. 
SEÇÃO II - DA OFERTA DE LICENÇA 
Art. 64 - O titular da patente poderá solicitar ao INPI que a coloque em oferta para fins de exploração. 
Parágrafo 1o.- O INPI promoverá a publicação da oferta. 
Parágrafo 2o.- Nenhum contrato de licença voluntária de caráter exclusivo será averbado no INPI sem que o titular 
tenha desistido da oferta. 
Parágrafo 3o.- A patente sob licença voluntária, com caráter de exclusividade, não poderá ser objeto de oferta. 
Parágrafo 4o.- O titular poderá, a qualquer momento, antes da expressa aceitação de seus termos pelo interessado, 
desistir da oferta, não se aplicando o disposto no art. 66. 
Art. 65 - Na falta de acordo entre o titular e o licenciado, as partes poderão requerer ao INPI o arbitramento da 
remuneração. 
Parágrafo 1º- Para efeito deste artigo, o INPI observará o disposto no Parágrafo 4o.do art. 73. 
Parágrafo 2o.- A remuneração poderá ser revista decorrido 1 (um) ano de sua fixação. 
Art. 66 - A patente em oferta terá sua anuidade reduzida à metade no período compreendido entre o oferecimento e a 
concessão da primeira licença, a qualquer título. 
Art. 67 - O titular da patente poderá requerer o cancelamento da licença se o licenciado não der início a exploração 
efetiva dentro de 1 (um) ano da concessão, interromper a exploração por prazo superior a 1 (um) ano ou, ainda, se 
não forem obedecidas as condições para a exploração. 
SEÇÃO III - DA LICENÇA COMPULSÓRIA 
Art. 68 - O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de 
forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão 
administrativa ou judicial. 
Parágrafo 1o.- Ensejam, igualmente, licença compulsória: 
I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do 
produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, 
quando será admitida a importação; ou 
II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado. 
Parágrafo 2o.- A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha capacidade técnica e 
econômica para realizar a exploração eficiente do objeto da patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao 
mercado interno, extinguindo-se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior. 
Parágrafo 3o.- No caso de a licença compulsória ser concedida em razão de abuso de poder econômico, ao 
licenciado, que propõe fabricação local, será garantido um prazo, limitado ao estabelecido no art. 74, para proceder à 
importação do objeto da licença, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu 
consentimento. 
Parágrafo 4o.- No caso de importação para exploração de patente e no caso da importação prevista no parágrafo 
anterior, será igualmente admitida a importação por terceiros de produto fabricado de acordo com patente de 
processo ou de produto, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu 
consentimento. 
Parágrafo 5o.- A licença compulsória de que trata o Parágrafo 1o. somente será requerida após decorridos 3 (três) 
anos da concessão da patente. 
Art. 69 - A licença compulsória não será concedida se, à data do requerimento, o titular: 
I - justificar o desuso por razões legítimas; 
II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou 
III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal. 
Art. 70 - A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses: 
I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra; 
II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e 
III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior. 
Parágrafo 1o.- Para os fins deste artigo considera-se patente dependente aquela cuja exploração depende 
obrigatoriamente da utilização do objeto de patente anterior. 
Parágrafo 2o.- Para efeito deste artigo, uma patente de processo poderá ser considerada dependente de patente do 
produto respectivo, bem como uma patente de produto poderá ser dependente da patente do processo. 
Parágrafo 3o.- O titular da patente licenciada na forma deste artigo terá direito a licença compulsória cruzada da 
patente dependente. 
Art. 71 - Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, 
desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, 
licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do 
respectivo titular. 
Parágrafo único - O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de 
prorrogação. 
Art. 72 - As licenças compulsórias serão sempre concedidas sem exclusividade, não se admitindo o sublicenciamento. 
Art. 73 - O pedido de licença compulsória deverá ser formulado mediante indicação das condições oferecidas ao titular 
da patente. 
Parágrafo 1o.- Apresentado o pedido de licença, o titular será intimado para manifestar-se no prazo de 60 (sessenta) 
dias, findo o qual, sem manifestação do titular, será considerada aceita a propostanas condições oferecidas. 
Parágrafo 2o.- O requerente de licença que invocar abuso de direitos patentários ou abuso de poder econômico 
deverá juntar documentação que o comprove. 
Parágrafo 3o.- No caso de a licença compulsória ser requerida com fundamento na falta de exploração, caberá ao 
titular da patente comprovar a exploração. 
Parágrafo 4o.- Havendo contestação, o INPI poderá realizar as necessárias diligências, bem como designar comissão, 
que poderá incluir especialistas não integrantes dos quadros da autarquia, visando arbitrar a remuneração que será 
paga ao titular. 
Parágrafo 5o.- Os órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta, federal, estadual e municipal, 
prestarão ao INPI as informações solicitadas com o objetivo de subsidiar o arbitramento da remuneração. 
Parágrafo 6o.- No arbitramento da remuneração, serão consideradas as circunstâncias de cada caso, levando-se em 
conta, obrigatoriamente, o valor econômico da licença concedida. 
Parágrafo 7o.- Instruído o processo, o INPI decidirá sobre a concessão e condições da licença compulsória no prazo 
de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 8o.- O recurso da decisão que conceder a licença compulsória não terá efeito suspensivo. 
Art. 74 - Salvo razões legítimas, o licenciado deverá iniciar a exploração do objeto da patente no prazo de 1 (um) ano 
da concessão da licença, admitida a interrupção por igual prazo. 
Parágrafo 1o.- O titular poderá requerer a cassação da licença quando não cumprido o disposto neste artigo. 
Parágrafo 2o.- O licenciado ficará investido de todos os poderes para agir em defesa da patente. 
Parágrafo 3o.- Após a concessão da licença compulsória, somente será admitida a sua cessão quando realizada 
conjuntamente com a cessão, alienação ou arrendamento da parte do empreendimento que a explore. 
CAPÍTULO IX - DA PATENTE DE INTERESSE DA DEFESA NACIONAL 
Art. 75 - O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa nacional será processado em caráter 
sigiloso e não estará sujeito às publicações previstas nesta lei. 
Parágrafo 1o.- O INPI encaminhará o pedido, de imediato, ao órgão competente do Poder Executivo para, no prazo de 
60 (sessenta) dias, manifestar-se sobre o caráter sigiloso. Decorrido o prazo sem a manifestação do órgão 
competente, o pedido será processado normalmente. 
Parágrafo 2o.- É vedado o depósito no exterior de pedido de patente cujo objeto tenha sido considerado de interesse 
da defesa nacional, bem como qualquer divulgação do mesmo, salvo expressa autorização do órgão competente. 
Parágrafo 3o.- A exploração e a cessão do pedido ou da patente de interesse da defesa nacional estão condicionadas 
à prévia autorização do órgão competente, assegurada indenização sempre que houver restrição dos direitos do 
depositante ou do titular. 
CAPÍTULO X - DO CERTIFICADO DE ADIÇÃO DE INVENÇÃO 
Art. 76 - O depositante do pedido ou titular de patente de invenção poderá requerer, mediante pagamento de 
retribuição específica, certificado de adição para proteger aperfeiçoamento ou desenvolvimento introduzido no objeto 
da invenção, mesmo que destituído de atividade inventiva, desde que a matéria se inclua no mesmo conceito 
inventivo. Parágrafo 1o.- Quando tiver ocorrido a publicação do pedido principal, o pedido de certificado de adição 
será imediatamente publicado. 
Parágrafo 2o.- O exame do pedido de certificado de adição obedecerá ao disposto nos arts. 30 a 37, ressalvado o 
disposto no parágrafo anterior. 
Parágrafo 3o.- O pedido de certificado de adição será indeferido se o seu objeto não apresentar o mesmo conceito 
inventivo. 
Parágrafo 4o.- O depositante poderá, no prazo do recurso, requerer a transformação do pedido de certificado de 
adição em pedido de patente, beneficiando-se da data de depósito do pedido de certificado, mediante pagamento das 
retribuições cabíveis. 
Art. 77 - O certificado de adição é acessório da patente, tem a data final de vigência desta e acompanha-a para todos 
os efeitos legais. Parágrafo único - No processo de nulidade, o titular poderá requerer que a matéria contida no 
certificado de adição seja analisada para se verificar a possibilidade de sua subsistência, sem prejuízo do prazo de 
vigência da patente. 
CAPÍTULO XI - DA EXTINÇÃO DA PATENTE 
Art. 78 - A patente extingue-se: 
I - pela expiração do prazo de vigência; 
II - pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros; 
III - pela caducidade; 
IV - pela falta de pagamento da retribuição anual, nos prazos previstos no Parágrafo 2o.do art. 84 e no art. 87; e 
V - pela inobservância do disposto no art. 217. 
Parágrafo único - Extinta a patente, o seu objeto cai em domínio público. 
Art. 79 - A renúncia só será admitida se não prejudicar direitos de terceiros. 
Art. 80 - Caducará a patente, de ofício ou a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, se, decorridos 2 
(dois) anos da concessão da primeira licença compulsória, esse prazo não tiver sido suficiente para prevenir ou sanar 
o abuso ou desuso, salvo motivos justificáveis. 
Parágrafo 1o.- A patente caducará quando, na data do requerimento da caducidade ou da instauração de ofício do 
respectivo processo, não tiver sido iniciada a exploração. 
Parágrafo 2o.- No processo de caducidade instaurado a requerimento, o INPI poderá prosseguir se houver desistência 
do requerente. 
Art. 81 - O titular será intimado mediante publicação para se manifestar, no prazo de 60 (sessenta) dias, cabendo-lhe 
o ônus da prova quanto à exploração. 
Art. 82 - A decisão será proferida dentro de 60 (sessenta) dias, contados do término do prazo mencionado no artigo 
anterior. 
Art. 83 - A decisão da caducidade produzirá efeitos a partir da data do requerimento ou da publicação da instauração 
de ofício do processo. 
CAPÍTULO XII - DA RETRIBUIÇÃO ANUAL 
Art. 84 - O depositante do pedido e o titular da patente estão sujeitos ao pagamento de retribuição anual, a partir do 
início do terceiro ano da data do depósito. 
Parágrafo 1o.- O pagamento antecipado da retribuição anual será regulado pelo INPI. 
Parágrafo 2o.- O pagamento deverá ser efetuado dentro dos primeiros 3 (três) meses de cada período anual, 
podendo, ainda, ser feito, independente de notificação, dentro dos 6 (seis) meses subsequentes, mediante pagamento 
de retribuição adicional. 
Art. 85 - O disposto no artigo anterior aplica-se aos pedidos internacionais depositados em virtude de tratado em vigor 
no Brasil, devendo o pagamento das retribuições anuais vencidas antes da data da entrada no processamento 
nacional ser efetuado no prazo de 3 (três) meses dessa data. 
Art. 86 - A falta de pagamento da retribuição anual, nos termos dos arts. 84 e 85, acarretará o arquivamento do pedido 
ou a extinção da patente. 
CAPÍTULO XIII - DA RESTAURAÇÃO 
Art. 87 - O pedido de patente e a patente poderão ser restaurados, se o depositante ou o titular assim o requerer, 
dentro de 3 (três) meses, contados da notificação do arquivamento do pedido ou da extinção da patente, mediante 
pagamento de retribuição específica. 
CAPÍTULO XIV - DA INVENÇÃO E DO MODELO DE UTILIDADE REALIZADO POR 
EMPREGADO OU PRESTADOR DE SERVIÇO 
Art. 88 - A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de 
contrato de trabalho cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou 
resulte esta da natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado. 
Parágrafo 1o.- Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este 
artigo limita-se ao salário ajustado. 
Parágrafo 2o.- Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o 
modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado ate 1 (um) ano após a extinção do vínculo 
empregatício. 
Art. 89 - O empregador, titular da patente, poderá conceder ao empregado, autor de invento ouaperfeiçoamento, 
participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente, mediante negociação com o interessado 
ou conforme disposto em norma da empresa. 
Parágrafo único - A participação referida neste artigo não se incorpora, a qualquer título, ao salário do empregado. 
Art. 90 - Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele desenvolvido, desde 
que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da utilização de recursos, meios, dados, materiais, 
instalações ou equipamentos do empregador. 
Art. 91 - A propriedade de invenção ou de modelo de utilidade será comum, em partes iguais, quando resultar da 
contribuição pessoal do empregado e de recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do 
empregador, ressalvada expressa disposição contratual em contrário. 
Parágrafo 1o.- Sendo mais de um empregado, a parte que lhes couber será dividida igualmente entre todos, salvo 
ajuste em contrário. 
Parágrafo 2o.- É garantido ao empregador o direito exclusivo de licença de exploração e assegurada ao empregado a 
justa remuneração. 
Parágrafo 3o.- A exploração do objeto da patente, na falta de acordo, deverá ser iniciada pelo empregador dentro do 
prazo de 1(um) ano, contado da data de sua concessão, sob pena de passar à exclusiva propriedade do empregado a 
titularidade da patente, ressalvadas as hipóteses de falta de exploração por razões legítimas. 
Parágrafo 4o.- No caso de cessão, qualquer dos co-titulares, em igualdade de condições , poderá exercer o direito de 
preferência. 
Art. 92 - O disposto nos artigos anteriores aplica-se, no que couber, às relações entre o trabalhador autônomo ou o 
estagiário e a empresa contratante e entre empresas contratantes e contratadas. 
Art. 93 - Aplica-se o disposto neste Capítulo, no que couber, às entidades da Administração Pública, direta, indireta e 
fundacional, federal, estadual ou municipal. 
Parágrafo único - Na hipótese do art. 88, será assegurada ao inventor, na forma e condições previstas no estatuto ou 
regimento interno da entidade a que se refere este artigo, premiação de parcela no valor das vantagens auferidas com 
o pedido ou com a patente, a título de incentivo. 
TÍTULO II - DOS DESENHOS INDUSTRIAIS 
CAPÍTULO I - DA TITULARIDADE 
Art. 94 - Ao autor será assegurado o direito de obter registro de desenho industrial que lhe confira a propriedade, nas 
condições estabelecidas nesta lei. 
Parágrafo único - Aplicam-se ao registro de desenho industrial, no que couber, as disposições dos arts. 6o.e 7º. 
CAPÍTULO II - DA REGISTRABILIDADE 
SEÇÃO I - DOS DESENHOS INDUSTRIAIS REGISTRÁVEIS 
Art. 95 - Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de 
linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua 
configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. 
Art. 96 - O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica. 
Parágrafo 1o.- O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de 
depósito do pedido, no Brasil ou no exterior, por uso ou qualquer outro meio, ressalvado o disposto no Parágrafo 3o. 
deste artigo e no art. 99. 
Parágrafo 2o.- Para aferição unicamente da novidade, o conteúdo completo de pedido de patente ou de registro 
depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado como incluído no estado da técnica a partir da data de 
depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente. 
Parágrafo 3o.- Não será considerado como incluído no estado da técnica o desenho industrial cuja divulgação tenha 
ocorrido durante os 180 (cento e oitenta) dias que precederem a data do depósito ou a da prioridade reivindicada, se 
promovida nas situações previstas nos incisos I a III do art. 12. 
Art. 97 - O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em 
relação a outros objetos anteriores. 
Parágrafo único - O resultado visual original poderá ser decorrente da combinação de elementos conhecidos. 
Art. 98 - Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico. 
SEÇÃO II - DA PRIORIDADE 
Art. 99 - Aplicam-se ao pedido de registro, no que couber, as disposições do art. 16, exceto o prazo previsto no seu 
Parágrafo 3º, que será de 90 (noventa) dias. 
SEÇÃO III - DOS DESENHOS INDUSTRIAIS NÃO REGISTRÁVEIS 
Art. 100 - Não‚ são registráveis como desenho industrial: 
l - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra 
liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimentos dignos de respeito e veneração; 
II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações 
técnicas ou funcionais. 
CAPÍTULO III - DO PEDIDO DE REGISTRO 
SEÇÃO I - DO DEPÓSITO DO PEDIDO 
Art. 101 - O pedido de registro, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: 
I - requerimento; 
II - relatório descritivo, se for o caso; 
III - reivindicações, se for o caso; 
IV - desenhos ou fotografias; 
V - campo de aplicação do objeto; e 
VI - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito. 
Parágrafo único - Os documentos que integram o pedido de registro deverão ser apresentados em língua portuguesa. 
Art. 102 - Apresentado o pedido, será ele submetido a exame formal preliminar e, se devidamente instruído, será 
protocolizado, considerada a data do depósito a da sua apresentação. 
Art. 103 - O pedido que não atender formalmente ao disposto no art. 101, mas que contiver dados suficientes relativos 
ao depositante, ao desenho industrial e ao autor, poderá ser entregue, mediante recibo datado, ao INPI, que 
estabelecerá as exigências a serem cumpridas, em 5 (cinco) dias, sob pena de ser considerado inexistente. 
Parágrafo único - Cumpridas as exigências, o depósito será considerado como efetuado na data da apresentação do 
pedido. 
SEÇÃO II - DAS CONDIÇÕES DO PEDIDO 
Art. 104 - O pedido de registro de desenho industrial terá que se referir a um único objeto, permitida uma pluralidade 
de variações, desde que se destinem ao mesmo propósito e guardem entre si a mesma característica distintiva 
preponderante, limitado cada pedido ao máximo de 20 (vinte) variações. 
Parágrafo único - O desenho deverá representar clara e suficientemente o objeto e suas variações, se houver, de 
modo a possibilitar sua reprodução por técnico no assunto. 
Art. 105 - Se solicitado o sigilo na forma do Parágrafo 1o.do art.106, poderá o pedido ser retirado em até 90 (noventa) 
dias contados da data do depósito. 
Parágrafo único - A retirada de um depósito anterior sem produção de qualquer efeito dará prioridade ao depósito 
imediatamente posterior. 
SEÇÃO III - DO PROCESSO E DO EXAME DO PEDIDO 
Art. 106 - Depositado o pedido de registro de desenho industrial e observado o disposto nos arts. 100, 101 e 104, será 
automaticamente publicado e simultaneamente concedido o registro, expedindo-se o respectivo certificado. Parágrafo 
1o.- A requerimento do depositante, por ocasião do depósito, poderá ser mantido em sigilo o pedido, pelo prazo de 
180 (cento e oitenta) dias contados da data do depósito, após o que será processado. 
Parágrafo 2o.- Se o depositante se beneficiar do disposto no art. 99, aguardar-se-á a apresentação do documento de 
prioridade para o processamento do pedido. 
Parágrafo 3o.- Não atendido o disposto nos arts. 101 e 104, será formulada exigência, que deverá ser respondida em 
60 (sessenta) dias, sob pena de arquivamento definitivo. 
Parágrafo 4o.- Não atendido o disposto no art. 100, o pedido de registro será indeferido. 
CAPÍTULO IV - DA CONCESSÃO E DA VIGÊNCIA DO REGISTRO 
Art. 107 - Do certificado deverão constar o número e o título, nome do autor - observado odisposto no Parágrafo 
4o.do art. 6º, o nome, a nacionalidade e o domicílio do titular, o prazo de vigência, os desenhos, os dados relativos à 
prioridade estrangeira, e, quando houver, relatório descritivo e reivindicações . 
Art. 108 - O registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) 
períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. 
Parágrafo 1o.- O pedido de prorrogação deverá ser formulado durante o último ano de vigência do registro, instruído 
com o comprovante do pagamento da respectiva retribuição. 
Parágrafo 2o.- Se o pedido de prorrogação não tiver sido formulado até o termo final da vigência do registro, o titular 
poderá fazê-lo nos (180) cento e oitenta dias subsequentes, mediante o pagamento de retribuição adicional. 
CAPÍTULO V - DA PROTEÇÃO CONFERIDA PELO REGISTRO 
Art. 109 - A propriedade do desenho industrial adquire-se pelo registro validamente concedido. 
Parágrafo único - Aplicam-se ao registro do desenho industrial, no que couber, as disposições do art. 42 e dos incisos 
I, II e IV do art. 43. 
Art. 110 - À pessoa que, de boa fé, antes da data do depósito ou da prioridade do pedido de registro explorava seu 
objeto no País, será assegurado o direito de continuar a exploração, sem ônus, na forma e condição anteriores. 
Parágrafo 1o.- O direito conferido na forma deste artigo só poderá ser cedido juntamente com o negócio ou empresa, 
ou parte deste, que tenha direta relação com a exploração do objeto do registro, por alienação ou arrendamento. 
Parágrafo 2o.- O direito de que trata este artigo não será assegurado a pessoa que tenha tido conhecimento do objeto 
do registro através de divulgação nos termos do Parágrafo 3o.do art. 96, desde que o pedido tenha sido depositado 
no prazo de 6 (seis) meses contados da divulgação. 
CAPÍTULO VI - DO EXAME DE MÉRITO 
Art. 111 - O titular do desenho industrial poderá requerer o exame do objeto do registro, a qualquer tempo da vigência, 
quanto aos aspectos de novidade e de originalidade. 
Parágrafo único - O INPI emitirá parecer de mérito, que, se concluir pela ausência de pelo menos um dos requisitos 
definidos nos arts. 95 a 98, servirá de fundamento para instauração de ofício de processo de nulidade do registro. 
CAPÍTULO VII - DA NULIDADE DO REGISTRO 
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 112 - É nulo o registro concedido em desacordo com as disposições desta lei. 
Parágrafo 1o.- A nulidade do registro produzirá efeitos a partir da data do depósito do pedido. 
Parágrafo 2o.- No caso de inobservância do disposto no art. 94, o autor poderá, alternativamente, reivindicar a 
adjudicação do registro. 
SEÇÃO II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE NULIDADE 
Art. 113 - A nulidade do registro será declarada administrativamente quando tiver sido concedido com infringência dos 
arts. 94 a 98. 
Parágrafo 1o.- O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante requerimento de qualquer pessoa 
com legítimo interesse, no prazo de 5 (cinco) anos contados da concessão do registro, ressalvada a hipótese prevista 
no parágrafo único do art. 111. 
Parágrafo 2o.- O requerimento ou a instauração de ofício suspenderá os efeitos da concessão do registro se 
apresentada ou publicada no prazo de 60 (sessenta) dias da concessão. 
Art. 114 - O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da publicação. 
Art. 115 - Havendo ou não manifestação, decorrido o prazo fixado no artigo anterior, o INPI emitirá parecer, intimando 
o titular e o requerente para se manifestarem no prazo comum de 60 (sessenta) dias. 
Art. 116 - Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que não apresentadas as manifestações, o processo 
será decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a instância administrativa. 
Art. 117 - O processo de nulidade prosseguirá, ainda que extinto o registro. 
SEÇÃO III - DA AÇÃO DE NULIDADE 
Art. 118 - Aplicam-se à ação de nulidade de registro de desenho industrial, no que couber, as disposições dos arts. 56 
e 57. 
CAPÍTULO VIII - DA EXTINÇÃO DO REGISTRO 
Art. 119 - O registro extingue-se: 
I - pela expiração do prazo de vigência; 
II - pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros; 
III - pela falta de pagamento da retribuição prevista nos arts. 108 e 120; ou 
IV - pela inobservância do disposto no art. 217. 
CAPÍTULO IX - DA RETRIBUIÇÃO QÜINQÜENAL 
Art. 120 - O titular do registro está sujeito ao pagamento de retribuição qüinqüenal, a partir do segundo quinquênio da 
data do depósito. 
Parágrafo 1o.- O pagamento do segundo quinquênio será feito durante o 5o.(quinto) ano da vigência do registro. 
Parágrafo 2o.- O pagamento dos demais quinquênios será apresentado junto com o pedido de prorrogação a que se 
refere o art. 108. 
Parágrafo 3o.- O pagamento dos quinquênios poderá ainda ser efetuado dentro dos 6 (seis) meses subsequentes ao 
prazo estabelecido no parágrafo anterior, mediante pagamento de retribuição adicional. 
CAPÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 121 - As disposições dos arts. 58 a 63 aplicam-se, no que couber, à matéria de que trata o presente Título, 
disciplinando-se o direito do empregado ou prestador de serviços pelas disposições dos arts. 88 a 93. 
TÍTULO III - DAS MARCAS 
CAPÍTULO I - DA REGISTRABILIDADE 
SEÇÃO I - DOS SINAIS REGISTRÁVEIS COMO MARCA 
Art. 122 - São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos 
nas proibições legais. 
Art. 123 - Para os efeitos desta lei, considera-se: 
I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou 
afim, de origem diversa; 
II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas 
normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia 
empregada; e 
III - marca coletiva: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada 
entidade. 
SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA 
Art. 124 - Não são registráveis como marca: 
I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou 
internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação; 
II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva; 
III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra 
ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos 
de respeito e veneração; 
IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão 
público; 
V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de 
empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos; 
VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o 
produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou 
serviço , quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, 
salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva; 
VII - sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda; 
VIII - cores e suas denominações , salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo; 
IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação 
geográfica; 
X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou 
serviço a que a marca se destina; 
XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotadapara garantia de padrão de qualquer gênero ou 
natureza; 
XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação por terceiro, 
observado o disposto no art. 154; 
XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou técnico, oficial ou 
oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão , salvo quando autorizados pela 
autoridade competente ou entidade promotora do evento; 
XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios, dos Municípios, ou de país; 
XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento 
do titular, herdeiros ou sucessores; 
XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com consentimento 
do titular, herdeiros ou sucessores; 
XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam 
suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou titular; 
XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir; 
XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para 
distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação 
com marca alheia; 
XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de marcas de 
mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva; 
XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, aquela que não possa ser 
dissociada de efeito técnico; 
XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e 
XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não poderia 
desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com 
o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir 
produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca 
alheia. 
SEÇÃO III - MARCA DE ALTO RENOME 
Art. 125 - À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os 
ramos de atividade. 
SEÇÃO IV - MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA 
Art. 126 - A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6o.bis (I), da Convenção da 
União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar 
previamente depositada ou registrada no Brasil. 
Parágrafo 1o.- A proteção de que trata este artigo aplica-se também as marcas de serviço. 
Parágrafo 2o.- O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou em 
parte, marca notoriamente conhecida. 
CAPÍTULO II - PRIORIDADE 
Art. 127 - Ao pedido de registro de marca depositado em país que mantenha acordo com o Brasil ou em organização 
internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos 
estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos. 
Parágrafo 1o.- A reivindicação da prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser suplementada dentro de 60 
(sessenta) dias, por outras prioridades anteriores à data do depósito no Brasil. 
Parágrafo 2o.- A reivindicação da prioridade será comprovada por documento hábil da origem, contendo o número, a 
data e a reprodução do pedido ou do registro, acompanhado de tradução simples, cujo teor será de inteira 
responsabilidade do depositante. 
Parágrafo 3o.- Se não efetuada por ocasião do depósito, a comprovação deverá ocorrer em até 4 (quatro) meses, 
contados do depósito, sob pena de perda da prioridade. 
Parágrafo 4o.- Tratando-se de prioridade obtida por cessão, o documento correspondente deverá ser apresentado 
junto com o próprio documento de prioridade. 
CAPÍTULO III - DOS REQUERENTES DE REGISTRO 
Art. 128 - Podem requerer registro de marca as pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou de direito privado. 
Parágrafo 1o.- As pessoas de direito privado só podem requerer registro de marca relativo à atividade que exerçam 
efetiva e licitamente, de modo direto ou através de empresas que controlem direta ou indiretamente, declarando, no 
próprio requerimento, esta condição, sob as penas da lei. 
Parágrafo 2o.- O registro de marca coletiva só poderá ser requerido por pessoa jurídica representativa de coletividade, 
a qual poderá exercer atividade distinta da de seus membros. 
Parágrafo 3o.- O registro da marca de certificação só poderá ser requerido por pessoa sem interesse comercial ou 
industrial direto no produto ou serviço atestado. 
Parágrafo 4o.- A reivindicação de prioridade não isenta o pedido da aplicação dos dispositivos constantes deste 
Título. 
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS SOBRE A MARCA 
SEÇÃO I - AQUISIÇÃO 
Art. 129 - A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, conforme as disposições desta lei, 
sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o território nacional, observado quanto às marcas coletivas e 
de certificação o disposto nos arts. 147 e 148. 
Parágrafo 1o.- Toda pessoa que, de boa fé, na data da prioridade ou depósito, usava no País, há pelo menos 6 (seis) 
meses, marca idêntica ou semelhante, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, 
terá direito de precedência ao registro. 
Parágrafo 2o.- O direito de precedência somente poderá ser cedido juntamente com o negócio da empresa, ou parte 
deste, que tenha direta relação com o uso da marca, por alienação ou arrendamento. 
SEÇÃO II - DA PROTEÇÃO CONFERIDA PELO REGISTRO 
Art. 130 - Ao titular da marca ou ao depositante é ainda assegurado o direito de: 
I - ceder seu registro ou pedido de registro; 
II - licenciar seu uso; 
III - zelar pela sua integridade material ou reputação. 
Art. 131 - A proteção de que trata esta lei abrange o uso da marca em papéis, impressos, propaganda e documentos 
relativos à atividade do titular. 
Art. 132 - O titular da marca não poderá: 
I - impedir que comerciantes ou distribuidores utilizem sinais distintivos que lhes são próprios, juntamente com a 
marca do produto, na sua promoção e comercialização; 
II - impedir que fabricantes de acessórios utilizem a marca para indicar a destinação do produto, desde que 
obedecidas as práticas leais de concorrência; 
III - impedir a livre circulação de produto colocado no mercado interno, por si ou por outrem com seu consentimento, 
ressalvado o disposto nos Parágrafo 3o.e 4o.do art. 68; e 
IV - impedir a citação da marca em discurso, obra científica ou literária ou qualquer outra publicação, desde que sem 
conotação comercial e sem prejuízo para seu caráter distintivo. 
CAPÍTULO V - DA VIGÊNCIA, DA CESSÃO E DAS ANOTAÇÕES 
SEÇÃO I - DA VIGÊNCIA 
Art. 133 - O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, 
prorrogável por períodos iguais e sucessivos. 
Parágrafo 1o.- O pedido de prorrogação deverá ser formulado durante o último ano de vigência do registro, instruído 
com o comprovante do pagamento da respectiva retribuição. 
Parágrafo 2o.- Se o pedido de prorrogação não tiver sido efetuado até o termo final da vigência do registro, o titular 
poderá fazê-lo nos 6 (seis) meses subseqüentes, mediante o pagamento de retribuição adicional. 
Parágrafo 3o.- A prorrogação não será concedida se não atendido o disposto no art. 128. 
SEÇÃO II - DA CESSÃO 
Art. 134 - O pedido de registro e o registro poderão ser cedidos, desdeque o cessionário atenda aos requisitos legais 
para requerer tal registro. 
Art. 135 - A cessão deverá compreender todos os registros ou pedido , em nome do cedente, de marcas iguais ou 
semelhantes, relativas a produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, sob pena de cancelamento dos registros ou 
arquivamento dos pedidos não cedidos. 
SEÇÃO III - DAS ANOTAÇÕES 
Art. 136 - O INPI fará as seguintes anotações: 
I - da cessão, fazendo constar a qualificação completa do cessionário; 
II - de qualquer limitação ou ônus que recaia sobre o pedido ou registro; e 
III - das alterações de nome, sede ou endereço do depositante ou titular. 
Art. 137 - As anotações produzirão efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. 
Art. 138 - Cabe recurso da decisão que: 
I - indeferir anotação de cessão; 
II - cancelar o registro ou arquivar o pedido, nos termos do art. 135. 
SEÇÃO IV - DA LICENÇA DE USO 
Art. 139 - O titular de registro ou o depositante de pedido de registro poderá celebrar contrato de licença para uso da 
marca, sem prejuízo de seu direito de exercer controle efetivo sobre as especificações, natureza e qualidade dos 
respectivos produtos ou serviços. 
Parágrafo único - O licenciado poderá ser investido pelo titular de todos os poderes para agir em defesa da marca, 
sem prejuízo dos seus próprios direitos. 
Art. 140 - O contrato de licença deverá ser averbado no INPI para que produza efeitos em relação a terceiros. 
Parágrafo 1o.- A averbação produzirá efeitos em relação a terceiros a partir da data de sua publicação. 
Parágrafo 2o.- Para efeito de validade de prova de uso, o contrato de licença não precisará estar averbado no INPI. 
Art. 141 - Da decisão que indeferir a averbação do contrato de licença cabe recurso. 
CAPÍTULO VI - DA PERDA DOS DIREITOS 
Art. 142 - O registro da marca extingue-se: 
I - pela expiração do prazo de vigência; 
II - pela renúncia, que poderá ser total ou parcial em relação aos produtos ou serviços assinalados pela marca; 
III - pela caducidade; ou 
IV - pela inobservância do disposto no art. 217. 
Art. 143 - Caducará o registro, a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse se, decorridos 5 (cinco) 
anos da sua concessão, na data do requerimento: 
I - o uso da marca não tiver sido iniciado no Brasil; ou 
II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca 
tiver sido usada com modificação que implique alteração de seu caráter distintivo original, tal como constante do 
certificado de registro. 
Parágrafo 1o.- Não ocorrerá caducidade se o titular justificar o desuso da marca por razões legítimas. 
Parágrafo 2o.- O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias, cabendo-lhe o ônus de 
provar o uso da marca ou justificar seu desuso por razões legítimas. 
Art. 144 - O uso da marca deverá compreender produtos ou serviços constantes do certificado, sob pena de caducar 
parcialmente o registro em relação aos não semelhantes ou afins daqueles para os quais a marca foi 
comprovadamente usada. 
Art. 145 - Não se conhecerá do requerimento de caducidade se o uso da marca tiver sido comprovado ou justificado 
seu desuso em processo anterior, requerido há menos de 5 (cinco) anos. 
Art. 146 - Da decisão que declarar ou denegar a caducidade caberá recurso. 
CAPÍTULO VII - DAS MARCAS COLETIVAS E DE CERTIFICAÇÃO 
Art. 147 - O pedido de registro de marca coletiva conterá regulamento de utilização, dispondo sobre condições e 
proibições de uso da marca. 
Parágrafo único - O regulamento de utilização, quando não acompanhar o pedido, deverá ser protocolizado no prazo 
de 60 (sessenta) dias do depósito, sob pena de arquivamento definitivo do pedido. 
Art. 148 - O pedido de registro da marca de certificação conterá: 
I - as características do produto ou serviço objeto de certificação; e 
II - as medidas de controle que serão adotadas pelo titular. 
Parágrafo único - A documentação prevista nos incisos I e II deste artigo, quando não acompanhar o pedido, deverá 
ser protocolizada no prazo de 60 (sessenta) dias, sob pena de arquivamento definitivo do pedido. 
Art. 149 - Qualquer alteração no regulamento de utilização deverá ser comunicada ao INPI, mediante petição 
protocolizada, contendo todas as condições alteradas, sob pena de não ser considerada. 
Art. 150 - O uso da marca independe de licença, bastando sua autorização no regulamento de utilização. 
Art. 151 - Além das causas de extinção estabelecidas no art. 142, o registro da marca coletiva e de certificação 
extingue-se quando: 
I - a entidade deixar de existir; ou 
II - a marca for utilizada em condições outras que não aquelas previstas no regulamento de utilização. 
Art. 152 - Só será admitida a renúncia ao registro de marca coletiva quando requerida nos termos do contrato social 
ou estatuto da própria entidade, ou, ainda, conforme o regulamento de utilização. 
Art. 153 - A caducidade do registro será declarada se a marca coletiva não for usada por mais de uma pessoa 
autorizada, observado o disposto nos arts. 143 a 146. 
Art. 154 - A marca coletiva e a de certificação que já tenham sido usadas e cujos registros tenham sido extintos não 
poderão ser registradas em nome de terceiro, antes de expirado o prazo de 5 (cinco) anos, contados da extinção do 
registro. 
CAPÍTULO VIII - DO DEPÓSITO 
Art. 155 - O pedido deverá referir-se a um único sinal distintivo e, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá: 
I - requerimento; 
II - etiquetas, quando for o caso; e 
III - comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito. 
Parágrafo único - O requerimento e qualquer documento que o acompanhe deverão ser apresentados em língua 
portuguesa e, quando houver documento em língua estrangeira, sua tradução simples deverá ser apresentada no ato 
do depósito ou dentro dos 60 (sessenta) dias subseqüentes, sob pena de não ser considerado o documento. 
Art. 156 - Apresentado o pedido, será ele submetido a exame formal preliminar e, se devidamente instruído, será 
protocolizado, considerada a data de depósito a da sua apresentação. 
Art. 157 - O pedido que não atender formalmente ao disposto no art. 155, mas que contiver dados suficientes relativos 
ao depositante, sinal marcário e classe, poderá ser entregue, mediante recibo datado, ao INPI, que estabelecerá as 
exigências a serem cumpridas pelo depositante, em 5 (cinco) dias, sob pena de ser considerado inexistente. 
Parágrafo único - Cumpridas as exigências, o depósito será considerado como efetuado na data da apresentação do 
pedido. 
CAPÍTULO IX - DO EXAME 
Art. 158 - Protocolizado, o pedido será publicado para apresentação de oposição no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 1o.- O depositante será intimado da oposição, podendo se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 2o.- Não se conhecerá da oposição, nulidade administrativa ou de ação de nulidade se, fundamentada no 
inciso XXIII do art. 124 ou no art. 126, não se comprovar, no prazo de 60 (sessenta) dias após a interposição, o 
depósito do pedido de registro da marca na forma desta lei. 
Art. 159 - Decorrido o prazo de oposição ou, se interposta esta, findo o prazo de manifestação, será feito o exame, 
durante o qual poderão ser formuladas exigências, que deverão ser respondidas no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 1o.- Não respondida a exigência, o pedido será definitivamente arquivado. 
Parágrafo 2o.- Respondida a exigência, ainda que não cumprida, ou contestada a sua formulação, dar-se-á 
prosseguimento ao exame. 
Art. 160 - Concluído o exame, será proferida decisão, deferindo ou indeferindo o pedido de registro. 
 
CAPÍTULO X - DA EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE REGISTRO 
Art. 161 - O certificado de registro será concedido depois de deferido o pedido e comprovado o pagamento das 
retribuições correspondentes. 
Art. 162 - O pagamento das retribuições , e sua comprovação,relativas à expedição do certificado de registro e ao 
primeiro decênio de sua vigência, deverão ser efetuados no prazo de 60 (sessenta) dias contados do deferimento. 
Parágrafo único - A retribuição poderá ainda ser paga e comprovada dentro de 30 (trinta) dias após o prazo previsto 
neste artigo, independentemente de notificação, mediante o pagamento de retribuição específica, sob pena de 
arquivamento definitivo do pedido. 
Art. 163 - Reputa-se concedido o certificado de registro na data da publicação do respectivo ato. 
Art. 164 - Do certificado deverão constar a marca, o número e data do registro, nome, nacionalidade e domicílio do 
titular, os produtos ou serviços, as características do registro e a prioridade estrangeira. 
CAPÍTULO XI - DA NULIDADE DO REGISTRO 
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 165 - É nulo o registro que for concedido em desacordo com as disposições desta lei. 
Parágrafo único - A nulidade do registro poderá ser total ou parcial, sendo condição para a nulidade parcial o fato de a 
parte subsistente poder ser considerada registrável. 
Art. 166 - O titular de uma marca registrada em país signatário da Convenção da União de Paris para Proteção da 
Propriedade Industrial poderá, alternativamente, reivindicar, através de ação judicial, a adjudicação do registro, nos 
termos previstos no art. 6o.septies (1) daquela Convenção. 
Art. 167 - A declaração de nulidade produzirá efeito a partir da data do depósito do pedido. 
SEÇÃO II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE NULIDADE 
Art. 168 - A nulidade do registro será declarada administrativamente quando tiver sido concedida com infringência do 
disposto nesta lei. 
Art. 169 - O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante requerimento de qualquer pessoa com 
legítimo interesse, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da expedição do certificado de registro. 
Art. 170 - O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias. 
Art. 171 - Decorrido o prazo fixado no artigo anterior, mesmo que não apresentada a manifestação, o processo será 
decidido pelo Presidente do INPI, encerrando-se a instância administrativa. 
Art. 172 - O processo de nulidade prosseguirá ainda que extinto o registro. 
SEÇÃO III - DA AÇÃO DE NULIDADE 
Art. 173 - A ação de nulidade poderá ser proposta pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse. 
Parágrafo único - O juiz poderá, nos autos da ação de nulidade, determinar liminarmente a suspensão dos efeitos do 
registro e do uso da marca, atendidos os requisitos processuais próprios. 
Art. 174 - Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para declarar a nulidade do registro, contados da data da sua 
concessão. 
Art. 175 - A ação de nulidade do registro será ajuizada no foro da justiça federal e o INPI, quando não for autor, 
intervirá no feito. 
Parágrafo 1o.- O prazo para resposta do réu titular do registro será de 60 (sessenta) dias. 
Parágrafo 2o.- Transitada em julgado a decisão da ação de nulidade, o INPI publicará anotação, para ciência de 
terceiros. 
TÍTULO IV - DAS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS 
Art. 176 - Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem. 
Art. 177- Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu 
território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto 
ou de prestação de determinado serviço. 
Art. 178 - Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu 
território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente 
ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. 
Art. 179 - A proteção estender-se-á à representação gráfica ou figurativa da indicação geográfica, bem como à 
representação geográfica de país, cidade, região ou localidade de seu território cujo nome seja indicação geográfica. 
Art. 180 - Quando o nome geográfico se houver tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será 
considerado indicação geográfica. 
Art. 181 - O nome geográfico que não constitua indicação de procedência ou denominação de origem poderá servir de 
elemento característico de marca para produto ou serviço, desde que não induza falsa procedência. 
Art. 182 - O uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local, 
exigindo-se, ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade. 
Parágrafo único - O INPI estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas. 
TÍTULO V -DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA AS PATENTES 
Art. 183 - Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade quem: 
I - fabrica produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de utilidade, sem autorização do titular; ou 
II - usa meio ou processo que seja objeto de patente de invenção, sem autorização do titular. 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 184 - Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade quem: 
I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, 
produto fabricado com violação de patente de invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo 
patenteado; ou 
II - importa produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de utilidade ou obtido por meio ou processo 
patenteado no País, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo 
diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Art.185 - Fornecer componente de um produto patenteado, ou material ou equipamento para realizar um processo 
patenteado, desde que a aplicação final do componente, material ou equipamento induza, necessariamente, à 
exploração do objeto da patente. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Art. 186 - Os crimes deste capítulo caracterizam-se ainda que a violação não atinja todas as reivindicações da patente 
ou se restrinja à utilização de meios equivalentes ao objeto da patente. 
CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA OS DESENHOS INDUSTRIAIS 
Art. 187 - Fabricar, sem autorização do titular, produto que incorpore desenho industrial registrado, ou imitação 
substancial que possa induzir em erro ou confusão . 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 188 - Comete crime contra registro de desenho industrial quem: 
I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, 
objeto que incorpore ilicitamente desenho industrial registrado, ou imitação substancial que possa induzir em erro ou 
confusão; ou 
II - importa produto que incorpore desenho industrial registrado no País, ou imitação substancial que possa induzir em 
erro ou confusão, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo 
diretamente pelo titular ou com seu consentimento. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA AS MARCAS 
Art. 189 - Comete crime contra registro de marca quem: 
I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir 
confusão; ou 
II - altera marca registrada de outrem já aposta em produto colocado no mercado. 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 190 - Comete crime contra registro de marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à venda, oculta ou 
tem em estoque: 
I - produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em parte; ou 
II - produto de sua indústria ou comércio, contido em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca

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