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Cont01_-_2012_Graça_Contabilidade Geral I

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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis
Curso:	Administração
Disciplina:	IH 122 Contabilidade Geral I
Professora:	Maria da Graça Rissi
1. ORIGENS
A Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem (inventário do número de instrumentos de caça e pesca, contagem de rebanhos, ânforas de bebidas,...) e, consolidou-se em 1494, quando um frade franciscano, Frei Luca Pacioli, publicou na Itália, um tratado sobre a Contabilidade. "As origens da Contabilidade remontam à Antiguidade. Embora o grau de precisão das informações históricas disponíveis sobre a Antiguidade não seja tão apurado quanto seria desejável, sabe-se que cerca de 2000 anos antes da era cristã os chineses já utilizavam sistemas de registros contábeis, orçamentos e auditoria para administrar as atividades governamentais. A base do sistema contábil é o método das partidas dobradas. Através desta metodologia, as transações realizadas por uma empresa são decompostas em dois elementos básicos: (1) a origem dos recursos; e (2) a destinação desses recursos. Há evidências históricas de que o método das partidas dobradas tenha sido usado no século XIII em Florença e no século XIV em Gênova. Mas o primeiro livro a tratar descritivamente deste método foi publicado em 1494 por Luca Pacioli (Suma de Arithmetica Geometria Proportioni et Proportionalità). Como se pode perceber pelo título de sua obra, Luca Pacioli não escreveu um tratado específico sobre Contabilidade. Na realidade, a descrição do método das partidas dobradas é feita por ele em um capítulo de um tratado mais amplo sobre aritmética, álgebra e geometria. Por outro lado, não foi Luca Pacioli o inventor da Contabilidade, pois ele descreve o método de partidas dobradas como um sistema já usado em Veneza desde, pelo menos o século XIV. O Método de Veneza se preocupava em apurar o resultado de cada aventura comercial. Cada estoque de mercadorias adquiridas pelos comerciantes era acompanhado através de lançamentos até que a última parcela deste estoque fosse vendida, procedendo-se então à apuração do resultado daquele negócio específico. As caravanas que partiam para leste de Veneza com a finalidade de comerciar com povos longínquos tinham seus resultados apurados assim que elas retornavam e todas as mercadorias eram vendidas. Na realidade procedia-se à liquidação de todos os bens adquiridos para a realização da aventura, apurando-se e distribuindo-se os resultados entre seus financiadores”.�
O desenvolvimento da Contabilidade ocorreu nos Estados Unidos com a depressão de 1929 (ano que se destaca na história da economia e das finanças devido ao colapso da bolsa de valores dada a magnitude ou grandiosidade especial - o mundo industrial ingressou na mais extrema e prolongada crise que o capitalismo jamais experimentara) onde foram realizadas pesquisas para melhor informar o usuário das informações contábeis - Escola Contábil Americana (em oposição a Escola Européia de Contabilidade) e que foi adotada pelo Brasil a partir de 1946.
Escola Européia: ênfase excessiva na teoria das contas (método das partidas dobradas - escrituração).
Escola Americana: preocupação com o usuário da informação contábil. Contabilidade é algo útil para a tomada de decisão.
Os conceitos contábeis (assim como os econômicos/financeiros) são mutáveis, adaptando-se às peculiaridades econômicas, institucionais, políticas e sociais de cada época e, às vezes observando peculiaridades e grau de desenvolvimento de cada país. Ex.: no século XV, era comum aparecer no ativo imobilizado das empresas, uma conta do tipo "Fulana - Nossa Escrava", pois os escravos eram propriedade do empreendimento e eram registrados pelo valor de aquisição. Por outro lado, não eram registrados na demonstração do resultado receitas ou despesas de juros, pois tal prática era condenada pela igreja.
2. CONCEITO
Contabilidade é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.
compreende-se por:
(Sistema de informação, um conjunto de dados, de técnicas, de ajustes e editagens de relatórios que contribuem para a tomada de decisão.
(Usuário, toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade (lucrativa, não lucrativa, patrimônio familiar):
		acionistas: estarão preocupados com o retorno sobre o investimento
		emprestadores/credores: privilegiarão os aspectos de liquidez e solvência
	analistas: avaliarão o grau de risco do negócio
	empregados: procurarão o grau de segurança e as perspectivas da empresa
	concorrentes: terão base para comparações
	outros: governo, sindicatos, CVM, IBGE.
(Informação econômica, os fluxos de receitas e despesas (DRE), o capital e o patrimônio:
		situação econômica positiva		=	lucro
		situação econômica negativa	=	prejuízo
(Informação financeira, os fluxos de caixa (pagamentos/recebimentos), de capital giro (liquidez).
(Informação física, as quantidades geradas de produtos/serviços, número de clientes, número de fornecedores.
(Informação de produtividade, utiliza conceitos valorativos (financeiros) e quantitativos (físicos). Ex.: receita bruta per capita, depósitos por clientes.
3. OBJETIVO
O objetivo principal da Contabilidade é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, bem como fazer inferências sobre tendências futuras.
			Financeira
Contabilidade (	Custos
			Gerencial
Financeira: fornece informações básicas aos usuários e é obrigatória para fins fiscais.
Custos: fornece o cálculo e a interpretação dos custos dos bens fabricados e/ou comercializados, ou dos serviços prestados pela empresa.
Gerencial: voltada para fins internos procura suprir os administradores de um elenco maior de informações (apresentação e classificação diferenciada e mais analítica).
	Características
	Contabilidade Financeira
	Contabilidade Gerencial
	(ou geral)
	(ou interna)
	Obrigatória
	Facultativa
	relações externas
	relações internas
	condiciona-se às disposições legais
	não está condicionada às disposições legais
	deve acompanhar os Princípios Contábeis
	não precisa acompanhar os Princípios Contábeis
	apresenta relatórios tradicionais
	apresenta relatórios para planejamento e controle
	vê a empresa como um todo
	interesse nas partes
	informação mais precisa
	informação mais rápida
	Objetividade
	Utilidade
A Contabilidade é uma ciência social e quantitativa,
Social, porque envolve julgamento, ou seja, subjetividade e incerteza decorrente do ambiente econômico e social.
Quantitativa, devido à lógica formal que se materializa na equação do patrimônio:
A= P ou A = P + PL
4. APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias,...�.
Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, ação administrativa e fim determinado. Podem ser classificadas em instituições e empresas.
Instituições são entidades econômico-administrativas com finalidades sociais ou com finalidades sócio-econômicas. As com finalidades sociais são aquelas cuja administração tem por objetivo o bem-estar social da coletividade (hospitais beneficentes, asilos); as com finalidades sócio-econômicas são aquelas cuja administração tem interesse no aspecto econômico da entidade, porém este reverte em benefício da coletividade a que pertencem (institutos de aposentadorias, institutos de previdência).
Empresas são entidades econômico-administrativas que têm finalidade econômica, isto é, visam ao lucro e, desenvolvem os mais variados ramos de atividades como comércio, indústria, prestaçãode serviços, agricultura, turismo, etc.
4.1. Classificação das Empresas
As empresas podem ser classificadas considerando-se três aspectos: econômico, administrativo e jurídico.
4.1.1 - Aspecto Econômico: grupos ou setores de atividade
a)Setor primário: em que se relacionam as empresas cujas atividades se identificam diretamente com o cultivo e a exploração do solo, com a finalidade de obter alimentos, matérias-primas e combustíveis.
b)Setor secundário: em que se relacionam as empresas de transformação, ou seja, as empresas industriais. Pela utilização dos fatores de produção, essas empresas elaboram, por diversos processos, um produto diferente do original, para posterior comercialização.
c)Setor terciário: em que se relacionam as atividades de comércio e de prestações de serviços. A empresa comercial atua como intermediária entre o produtor e o consumidor, por meio da compra de mercadorias para revenda. Por outro lado, a empresa de serviços atua na prestação de serviços por meio de pessoas e equipamentos.
4.1.2 - Aspecto Administrativo: estatais, mistas e privadas.
A empresa estatal ou pública é aquela cujo capital é controlado totalmente pelo poder público.
A empresa mista é aquela cujo capital origina-se parte do setor público, parte do setor privado, independentemente do controle que um ou outro setor possa deter.
A empresa privada é aquela cujo capital e administração são de total responsabilidade da iniciativa particular. Seus objetivos, sua gestão e política de funcionamento são definidos pelo empresário privado, sendo que a influência do estado se concentra, basicamente, nos aspectos legais de funcionamento. Pelas demonstrações financeiras é possível avaliar-se a qualidade das decisões das empresas em relação ao mercado, principalmente mediante indicadores que demonstrem a agregação de valor econômico.
4.1.3 - Aspecto Jurídico: empresa individual e empresa societária.
Empresa individual é aquela cujo capital pertence a uma só pessoa. Esse único dono será o responsável por todos os resultados da empresa. Poderá apoderar-se de todos os lucros conseguidos; mas, por outro lado, dará seu nome a todos os seus bens, como garantia dos resultados adversos que possam vir a ocorrer. Nesse grupo, enquadram-se, principalmente, as pequenas empresas, como o pequeno comércio, o agricultor, uma simples prestação de serviços e o industrial quase artesão.
Empresa societária é aquela cujo capital foi constituído por duas ou mais pessoas. Essa sociedade, constituída por sócios ou cotistas, tem como principal objetivo a obtenção de lucros em suas atividades de intermediação de bens e serviços no mercado. No Brasil, a sociedade por cotas de responsabilidade limitada e a sociedade anônima são os dois principais tipos de empresa societária.
A sociedade por cotas de responsabilidade limitada foi institucionalizada no Brasil em 1919. Nessas sociedades limitadas, o capital é representado por cotas e distribuído aos sócios de acordo com o aporte financeiro de cada um. A responsabilidade limitada de cada sócio irá até o valor de suas respectivas participações em cotas na sociedade; deve-se considerar, para esse efeito, que o capital da sociedade se encontre totalmente integralizado. Em caso de existirem cotas não integralizadas, qualquer cotista, mesmo os que se acham com suas obrigações para com a sociedade atualizadas, podem ser chamados a completar a parcela descoberta do capital. Por último, a responsabilidade limitada de cada cotista desse tipo de sociedade irá até o valor do capital social, e não ao valor de suas respectivas cotas.
A sociedade anônima é o tipo de empresa societária que mais se tem desenvolvido nos últimos anos. Seu capital social é dividido em parcelas, as quais são representadas por valores mobiliários denominados ações. A sociedade anônima é uma empresa de responsabilidade limitada; não existe a preocupação de se identificar o acionista. A responsabilidade dos acionistas reside na integralização efetiva das ações subscritas e, a partir desse ponto, a quantia realizada pertencerá integralmente à empresa, que a lançará a crédito de seu patrimônio líquido.
a) Tipos de Sociedades Anônimas: capital aberto e capital fechado.
A sociedade anônima, cujo capital é dividido em ações, será classificada como companhia aberta na hipótese de ter seus valores mobiliários (ações ou debêntures) admitidos à negociação em bolsa de valores� ou no mercado de balcão�. A companhia aberta possui um número ilimitado de sócios e apresenta as melhores condições para uma fácil negociação de suas ações. O mecanismo de captação de recursos� pela colocação de ações no mercado, como alternativa ao financiamento bancário, reflete uma das vantagens de se constituir uma sociedade de capital aberto. É reconhecido, ainda, que a abertura de capital impõe uma profissionalização maior nas sociedades, motivada pelas exigências legais e expectativas dos acionistas quanto a uma gestão mais qualificada. A abertura de capital promove maior segurança financeira aos negócios e permite mais rapidamente a solução de eventuais questões de arranjos societários.
De forma contrária, uma sociedade é definida como companhia fechada quando os valores mobiliários de sua emissão não são colocados em negociação nas bolsas de valores. Ou seja, os recursos de capital próprio necessários não são captados publicamente no mercado; são provenientes basicamente da poupança dos próprios acionistas. Em função dessa conceituação, a companhia fechada terá um número limitado de sócios. É o tipo mais tradicional de sociedade anônima, que representa essencialmente empresa familiar.
4.2. Valores Mobiliários: Ações e Debêntures
As ações constituem-se na menor parcela do capital social da sociedade anônima. São valores caracteristicamente negociáveis e distribuídos aos subscritores de acordo com a participação monetária efetivada.
As ações podem ser classificadas, de acordo com a natureza dos direitos e vantagens que conferem a seus titulares, em duas espécies: ordinárias e preferenciais.
As ações ordinárias apresentam como principal característica o direito de voto, podendo, assim, essa espécie de acionista influir nas diversas decisões de uma empresa. Os acionistas ordinários deliberam sobre os destinos da sociedade, analisam e votam suas contas patrimoniais, decidem sobre a destinação dos resultados, elegem a diretoria da sociedade e podem promover alterações nos estatutos, além de deliberar sobre outros assuntos de interesse da companhia. Com relação aos dividendos, sua distribuição aos acionistas ordinários normalmente é efetuada em função do dividendo obrigatório previsto em lei, ou de acordo com o percentual previsto no estatuto da companhia, se maior o mínimo legal.
As ações preferenciais apresentam as seguintes preferências ou vantagens: preferência no recebimento de dividendos, devendo isso ocorrer antes dos acionistas ordinários, ficando eles na dependência de saldo; vantagem no recebimento dos dividendos, com a fixação de um dividendo mínimo obrigatório ou fixo; preferência no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade.
Em razão desses privilégios na distribuição de dividendos, as ações preferenciais não possuem o direito de voto, não participando, em conseqüência, das deliberações da empresa. No entanto, podem adquirir o direito de voto caso a empresa não distribua, pelo prazo de três anos consecutivos, os dividendos mínimos ou fixos a que os acionistas preferenciais fazem jus, mantendo esse direito até a realização do referido pagamento. Esse direito de voto dos acionistas preferenciais, se utilizado, é capaz de comprometer a posição do acionista controlador de uma sociedade.
Vantagens na aquisição de ações:
a)Dividendos: é uma parte dos resultados da empresa, determinada em cada exercício social e distribuída aos acionistas sob a forma de dinheiro. Todo acionista tem o direito de receber, no mínimo, o dividendo obrigatório fixado em lei.
b)Bonificação: é a emissão e distribuição gratuita aos acionistas,em quantidade proporcional à participação de capital, de novas ações emitidas em função do aumento de capital efetuado por meio da incorporação de suas reservas.
c)Valorização: da mesma forma que as instituições financeiras, os subscritores de capital poderão ainda beneficiar-se das valorizações de suas ações no mercado, ganho este que dependerá do preço de compra, da quantidade de ações emitidas, da conjuntura do mercado no momento e do desempenho econômico-financeiro da empresa.
d)Direito de Subscrição: como os atuais acionistas da empresa gozam do direito de serem previamente consultados em todo aumento de capital, esse direito pode também constituir-se em outro tipo de remuneração aos investidores. Isso ocorre quando o preço fixado pelo mercado de determinada ação apresenta-se valorizado em relação ao preço de lançamento.
As debêntures são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas, tendo por garantia seus ativos e contabilmente classificadas no passivo exigível. Os direitos e remunerações oferecidos pelas debêntures são juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso. As debêntures, conforme deve constar da escritura de emissão, podem ser emitidas com cláusula de conversibilidade, criando-se a debênture conversível em ações. Nesse caso, a debênture, por opção do debenturista, é resgatada quando de seu vencimento em dinheiro ou no equivalente em ações preferenciais da sociedade. Os acionistas têm prioridade de compra no lançamento das debêntures com cláusula de conversibilidade em ações. Outras características referentes a prazo, vencimento, remuneração, amortização e resgate de debêntures são estabelecidas pela assembléia de acionistas da companhia.
5. PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE
Princípios são preceitos básicos que devem orientar os registros contábeis, mutáveis no tempo e sujeitos a discussão. Os Princípios da Contabilidade são classificados em três categorias�:
(Postulados: referem-se ao ambiente sociopolítico-econômico em que a contabilidade é praticada - Entidade e Continuidade.
(Princípios: regras básicas para a aplicação da contabilidade - Custo como base de valor; Realização da receita; Competência dos exercícios; e Denominador comum monetário.
(Convenções: limitações e regras para aplicação dos postulados e dos princípios - Objetividade; Conservadorismo ou prudência; Relevância ou materialidade; e Uniformidade ou consistência.
	Princípios Contábeis
	Conceito
	Observação
	Entidade1
	Qualquer indivíduo, empresa, grupo de empresas ou entidades, que efetue movimentações quantificáveis monetariamente, desde que haja necessidade de manter contabilidade.
	Não confundir patrimônios. Empresas x sócios.
	Continuidade1
	As entidades são consideradas empreendimento em prosseguimento, em operação, em andamento.
	Sem horizonte definido. O contrário da descontinuidade ou falência.
	Denominador Comum Monetário2
	Por meio da avaliação monetária, a contabilidade homogeneíza e agrega diferentes itens em um denominador comum monetário num único relatório contábil.
	Capacidade de agregação de valores contábeis.
	Custo Histórico como Base de Valor2
	Os registros contábeis são efetuados com base no valor de aquisição do bem ou pelo preço de fabricação, incluindo todos os gastos necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios para a empresa.
	Valor de compra, valores de entrada. Exceção se o valor de mercado for menor
	Realização da Receita2
	A receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada, ou seja, quando os bens ou serviços são transferidos aos compradores em troca de dinheiro, à vista ou a prazo, ou por permuta.
	O momento do reconhecimento.
	Confrontação das Despesas2
	No momento em que for reconhecida a receita, associa-se com a despesa sacrificada para obtê-la.
	Apropriação no período de receitas e despesas para apuração do resultado.
	Essência sobre a Forma2
	No registro de uma transação, a contabilidade deverá observar sua forma legal e essência econômica. Entretanto, quando a forma não for clara, a essência econômica da transação deve prevalecer sobre a forma.
	A essência da transação nem sempre é consistente com a forma legal produzida.
	Objetividade3
	Para que não haja distorções nas informações, o contador deverá escolher o procedimento mais adequado (mais objetivo) para descrever um evento contábil.
	Certeza, confirmação quanto aos valores.
	Conservadorismo (Prudência)3
	A posição conservadora do contador será evidenciada para antecipar o prejuízo e não o lucro. Assim não influenciará os acionistas a um otimismo ilusório.
	Os menores ativos, os maiores passivos. As menores receitas, as maiores despesas. Custo ou mercado, dos dois o menor.
	Materialidade (Relevância)3
	Define o que é relevante (material) e o que o contador deve informar nos seus relatórios.
	Apropriar os valores imateriais em resultados. Custo x benefício (relevância do item).
	Consistência (Uniformidade)3
	Deve ser evitado a mudança do critério contábil de ano em ano (ou constantemente), para possibilitar a comparação dos relatórios no decorrer do tempo e facilitar estudos preditivos.
	Manter os critérios na avaliação de diversos períodos. No caso de mudança, evidenciá-las.
1 Postulado, 2 Princípio, 3 Convenção.
�LEITE, Helio de Paula. Contabilidade para administradores. São Paulo: Atlas, 1988.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 199
�RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. São Paulo: Saraiva, 1997.
�Bolsa de Valores: local de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pelas autoridades monetárias.
�Mercado de Balcão: mercado de títulos sem lugar fixo para o desenrolar das negociações. Os negócios são fechados via telefone, entre instituições financeiras. São negociadas ações de empresas não registradas em Bolsa de Valores e outras espécies de títulos.
�Mercado Primário: tem como função a colocação de ações (ou outros títulos) provenientes de novas emissões. É ao mercado primário que as empresas recorrem para complementar os recursos de que necessitam, seja para financiamento de seus projetos de expansão, seja para empregá-los de outras formas produtivas.
Mercado Secundário: as operações representam transferências de recursos e títulos entre investidores e/ou instituições. O mercado secundário proporciona liquidez aos títulos; permite que os investidores revertam suas decisões de compra e venda, transferindo, entre si, os títulos anteriormente adquiridos no mercado primário.
�MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2009.

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