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MÉTODOS DE PESQUISA NA ÁREA DA SAÚDE Quantitativo -Permite a determinação de indicadores e tendências presentes na realidade - dados representativos e objetivos -Interesse no coletivo – característica do grupo -Proximidade com a complexidade do modelo estatístico do nível de planejamento da variação e assertividade na seleção das variáveis, dos instrumentos aplicados e da fundamentação teórica – qualidade -presença E/ou influência de características isoladas e/ou associadas -Generalização -Estabelece frequência e distribuição dos fenômenos - Tentar hipóteses, efeito de variáveis – -Tipos 1) interação – amostra, avaliação, grupo selecionado de forma aleatória 2) observacional – analise, grupo selecionado no início do estudo Qualitativa Quantitativa Fenomenologia (leva o senso intuitivo da experiência consciente) Positivismo (conhecimento científico fonte de com. verdadeiro), empirismo lógico (EXPERIENCIA) Trabalho de campo, etnografia Experimental, estatística Compreensão, descrição. Geração de hipótese Controle, confirmação, compreensão de hipótese Flexível Pré- determinado, estruturado Qualitativo -Tem como objetivo o aprofundamento da compreensão de um fenômeno social por meio de entrevista em profundidade -Exploração do conjunto de opiniões e representações sociais sobre o tema (permite estudar as especialidades de cada sociedade). -Respeita e valoriza a subjetividade como fonte de informação válida -Possibilidade de uso da memória como fonte de pesquisa -Limita a generalização -Permite avaliar situações que números, muitas vezes, não conseguem responder -Flexibilidade de adaptação durante o desenvolvimento -Análise de discursos, documentos, experiências -Entrevistas, questionários -Dados em formato de texto – profundidade MEP Revisão N1 Níveis conceitu ais Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa Atitude cientifica Explicação das coisas Compreensão das dinâmicas do ser humano Objetivo s da pesquisa Estabelecime nto matemático das relações Interpretação das relações Temas comuns Ocorrências frequentes, gerais e universais Ocorrências especificas e particulares Perfil e tamanho de amostra Número maior, previamente estabelecido, representante s da população Poucos participantes, número definido em campo Tipos de instrume ntos Instrumentos fechados, questionários , escalas Observa, realiza entrevista definido em campo Análise Técnicas estatísticas Análise de conteúdo, temática, outras. TIPOS DE ESTUDOS NA ÁREA DA SAÚDE Quantitativos -Observacionais- não há manipulação de objeto de estudo - Observacionais descritivos – descrevem a ocorrência de um evento de acordo com diversas exposições ou características uteis quando se sabe pouco sobre a frequência, história natural ou determinantes de uma doença -Relato de caso: descreve em detalhes as manifestações da doença, dados da queixa principal e da anamnese, sintomas referidos, sinais clínicos detectados, resultados de exames de laboratório e imagem, bem como a conclusão diagnóstica -Alertar aos profissionais de saúde sobre a existência de evento em seu meio - Pode revelar achados preliminares de doenças emergentes ou reemergentes que estão se espalhando em novos cenários epidemiológicos Limitação – restrito para aferição de frequência na população -Série de casos – necessita de uma quantidade maior de observações -Pode informar qual a proporção de indivíduos com sintomas – diagnósticos determinados -Serviço de atenção à saúde – hospitalar -Limitação - vias assistenciais, presentes em entidades de atenção à saúde (problemas de acesso, referencia) Coorte descritiva clínica (prognóstico) = documentação da presença de eventos novos além da doença -Complicações, aparecimento de efeitos colaterais da intervenção terapêutica (cura, sequela, óbito) -Limitação – não se pode medir a eficácia de uma intervenção, porque para isso seriam necessários grupos de comparação (ensaio clínico) Observacionais analíticos – tem como objetivo básico avaliar se a ocorrência de um evento é diferente entre indivíduos expostos e não expostos a um determinado fator -Testar hipóteses Estudos ecológicos transversal ou de correlação – determina a ocorrência da doença relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (e: população de países, regiões...) -Identificação de fatores que merecem uma investigação mais detalhada -Limitação a relação entre o fator de exposição e o evento não ocorrer ao nível do individuo obs.: falácia ecológica – ocorre quando são tiradas conclusões improprias baseados em estudos ecológicos -A associação observada no nível do grupo não representa a associação existente no nível individual, necessariamente. Estudos de tendência ou series temporais: subtipo dos estudos ecológicos, quando uma mesma área ou população estudada em momentos diferentes do tempo. -Cada unidade de tempo passa a ser tratada como uma unidade ecológica completa -Ordem temporal relevante (observações dependentes) -Limitação – também suscetível à falácia ecológica Estudos transversais ou seccionais – cada indivíduo é avaliado para o fator de exposição e a doença em determinado momento -Medem a prevalência da doença, por isso são frequentemente chamados de estudos de prevalência -Avaliação de hipóteses de associações entre exposição e desfecho (não investiga relação causal) -Frequência do evento e se há relação com as exposições estudadas -Limitação – dificuldade para determinar a relação entre exposição e desfecho Estudos de Coorte (longitudinais ou de incidência) Iniciam com um grupo de pessoas livres da doença, classificados em subgrupos de acordo com a exposição a uma potencial causa da doença -Investiga causalidade -Possibilita estudar prognósticos, sobrevida, história natural da doença Coorte prospectiva (concorrente) pesquisador presente no momento da exposição de 1 ou mais fatores e acompanhada por um período de tempo o desfecho -Escolha das exposições a serem estudadas -Permite avaliar múltiplos desfechos Coorte retrospectiva (não concorrente): pesquisador coleta informações progressivas dos fatores de exposição -Registros médicos feitos no passado -Não é possível escolher as exposições -Não há descrição específica da obtenção das informações -Limitação estudos de coorte podem ser bastante caros devido ao longo período de acompanhamento Caso controle ou longitudinal: examinam a associação entre a doença e os potenciais fatores de risco -Amostras separadas de casos doentes e de controles com risco de desenvolver doenças -------- duração de estudo Tempo------------ População – casos – expostos e não expostos População – controle – expostos e não expostos Seleção de casos: seleção com base na doença, não na exposição Seleção de controle – pessoas sem a doença -Parte do desfecho para buscar as exposições associadas -Eventos raros (informações são coletadas para os casos e para o controle, e são referentes a aspectos genéticos sociais, comportamentais, ambientais ou outros determinantes -Aspecto importante e desafiador – encontrar uma maneira custo-efetiva de identificar os controles -Priorizar a prevalência de exposição -Determinação do início e da duração da exposição tanto para os casos quantopara controles - Nível de exposição de casos é usualmente determinado após o desenvolvimento da doença (dados retrospectivos) Experimentais- tentativa de mudar os determinantes de uma doença – intervencionar -Exposição ou comportamento, ou cessa o progresso de uma doença através do tratamento -Série de restrições devido às intervenções -Ensaio Clínico Randomizado – participantes são os pacientes -Ensaio de campo – participantes são pessoas saudáveis -Ensaio comunitário – participantes são os próprios membros da comunidade EXPERIMENTOS ANALÍTICOS -Ensaios comunitários (estudos de intervenção comunitária) Estudos experimentais, principalmente preventivos com comunidades interiores -Medir o quanto uma determinada intervenção impacta na incidência de uma doença -Parte-se da causa para o efeito (AMOSTRA ALEATORIA) -Limitação – condições superficiais para alguns participantes – sem intervenção, placebo -Ensaios clínicos – indicadores para avaliar a segurança e a eficácia de um novo produto, nova formulação, nova indicação clinica -Validade dos resultados depende do seguimento do protocolo de órgãos normativos de vigilância de medicamentos do pais -Natureza prospectiva Estudo de caso: estudo aprofundado de um ou poucos casos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento -Não é essencialmente qualitativo ampla utilização de dados quantitativos -Utilização de múltiplas fontes de evidencia – análise de documentos, observação e entrevistas -Flexibilidade metodológica – utilização em situações não recomendadas (amontoado de dados sem perspectiva de analise) Pesquisa Fenomenológico – interpretação do mundo através da consciência dos sujeitos formulados com base em suas experiências -Objeto de estudo – fenômeno tal como se apresenta à consciência, ou seja, o que aparece e não o que se passa, ou se afirmar a seu respeito -Aplica-se a problemas que se referem ao dia a dia das pessoas Pesquisas etnográficas – descrição dos elementos de uma cultura específica, tais como comportamentos crenças e valores Baseado em informações coletadas mediante trabalho de campo Proposito – estudo das pessoas em seu próprio ambiente mediante a utilização de procedimentos como entrevistas em profundidade e observação participante. Teoria fundamentada – pesquisador reúne um volume de dados referentes a determinado fenômeno -Após comparar os dados, codifica-los e extrair suas regularidades, conclui uma teoria resultante dessa analise -Produto – teoria fundamentada nos dados -Não testa uma teoria, apenas a compreende -Entendimento de uma determinada situação, como e porque os participantes agem dessa maneira E porque a situação se desenvolve daquele modo Grupos focais – técnica desenvolvida de entrevistas grupais que coleta informações por meio das interações grupais -Busca informações que possam proporcionar a compreensão de percepções, crenças, atitudes sobre um tema, produto ou serviço – grupos selecionados -Objetivo – reunir informações detalhadas sobre um tópico especifico -Propiciam um debate aberto e acessível sobre um tema de interesse comum aos participantes -Adotados em pesquisas exploratórias ou avaliativas -Posição intermediaria entre a observação participante e as entrevistas em profundidade TIPOS DE CONHECIMENTO Os quatro tipos de conhecimento • Conhecimento popular; • Conhecimento científico; • Conhecimento filosófico; • Conhecimento religioso (teológico). Conhecimento Cientifico - Conhecimento racional, sistemático e exato. - Verificado através da realidade. - É objetivo, analítico, explicativo e aberto (não há verdade absoluta, o que é tido como Verdade hoje pode se descobrir como equivocado do futuro). - Depende de investigação metodológica. - Busca e aplica leis. - A apropriação indevida de propriedade intelectual (plágio) é crime. -Para obter conhecimento cientifico é preciso formular uma pergunta de estudo depois procurar responder esta pergunta nas bases de dados. -Métodos de abordagem: ●Método indutivo: parte de uma situação individual para uma mais abrangente. Exemplo: O corvo 1 é negro. O corvo 2 é negro. O corvo 3 é negro. O corvo não é negro. (Todo) corvo é negro. ●Método dedutivo: parte de uma concepção abrangente para uma específica. Exemplo 1: Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são mamíferos. Logo, todos os cães têm um coração. Exemplo 2: Todos os cães que foram observados tinham um coração. Logo, todos os cães têm um coração. ●Método hipotético-dedutivo: inicia-se pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual se formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese ●Método dialético: Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias. E passagem da quantidade à qualidade. Expectativas ou problemaconjecturasfalseamento conhecimento prévio Con. POPULAR Con. CIENTÍFICO Con. FILOSÓFICO Con. RELIGIOSO Valorativo Real Valorativo Valorativo Reflexivo Contingente Racional Inspiracional Assistemátic o Sistemático Sistemático Sistemático Verificável Verificável Não verificável Não verificável Falível Falível Infalível Infalível Inexato Aproximadame nte exato Exato Exato ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO O ensino, pesquisa e extensão forma um tripé obrigatório nas universidades e são indissociáveis através do artigo 207 da Constituição de 1998 (BRASIL, 1 998). A tríade além de contribuir para a produção universitária, leva em conta o papel solidário, social e cultural para com a sociedade (MOITA e ANDRADE, 2005). Os 3 elementos são fundamentais para a formação superior. É essencial metodologias que contribuam para um equilíbrio interativo entre os mesmos, de maneira que os alunos absorvam os benefícios da tríade. Severino (2017) aponta que o ensino e o aprendizado resultam no conhecimento, que implica em um a construção do objeto, logo, necessita ser investigado de maneira sistemática e metodológica, evidenciando como é importante o papel da pesquisa. Toda ideia fundamentada através da experiência vivida não é o bastante para qualquer comprovação científica e sim na abordagem dos objetos através de fontes primárias. Os objetos a serem pesquisados devem estar inteiramente interligados à sociedade, mantendo uma prática resultante à reflexão social, não somente com preceito técnico/científico. Baseado neste contexto, apresentamos uma proposta com um modelo de programação, destacando alguns tópicos de maneira organizada, evidenciando ao aluno o porquê de aprender, o que aprender e como aprender tal disciplina com a estratégia da pesquisa. TIPOS DE REVISÃO -NARRATIVA -INTEGRATIVA -SISTEMÁTICA -Não precisam apresentar com detalhes as fontes consultadas ou a metodologia utilizada para buscar as fontes de referência. -Os pesquisadores selecionam os trabalhos consultados de acordo com o ponto de vista teórico e o contexto do tema abordado. -As revisões integrativas se preocupam em fornecer informações mais abrangentes sobre um tema. Podem ser utilizadas para revisar teorias, propor conceitos e identificar lacunas de pesquisa. A metodologia empregada na busca das fontesde referência deve ser especificada e o material analisado pode incluir tanto estudos originais como revisões teóricas e relatos de casos. 🔸 As revisões sistemáticas se preocupam em selecionar estudos experimentais (artigos originais) que depois são analisados criteriosamente. O levantamento das publicações é realizado em bases de dados de maneira planejada e controlada, e os resultados são selecionados e avaliados conforme os critérios pré-estabelecidos. TIPOS DE ARTIGOS Os mais comuns Artigos Científicos são: -revisão bibliográfica -estudo de caso -revisão bibliométrica -pesquisa ação -survey Revisão Bibliografica - comum - procurado por pessoas que precisam compreender um determinado problema ou pesquisar sobre algum tema. -Por apresentar uma visão crítica de diversos autores, ele pode ser útil para organizar uma revisão da literatura, selecionar fontes ou até mesmo rever sua opinião sobre um autor. TODO TRABALHO CIENTÍFICO DEVE SER PRODUTIVO E TODO ARTIGO DEVE TER UM OBJETIVO, SERVIR PARA O DESENVOLVIMENTO DE IDEIAS QUE CIRCULEM NA COMUNIDADE CIENTÍFICA. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - estrutura bem definida. -o artigo de revisão bibliográfica deve ter a seguinte estrutura: resumo, palavras- chaves e introdução. -Logo depois você encontrará mini capítulos ou tópicos. -Esses tópicos irão discorrer sobre o assunto dentro da literatura. -Para terminar você terá a conclusão e as referências bibliográficas. - vai ter um assunto, um objeto e vai discutir na literatura. Você pode discutir, por exemplo, dentro da psicanálise algum assunto. Nesse caso, você vai discorrer sobre esse determinado assunto e explicar o que os autores trazem, só em cima da revisão bibliográfica, ou seja, da leitura dos principais estudos realizados. Estudo De Caso - Os objetivos da pesquisa são outros: procura-se analisar um problema específico, geralmente para atender uma demanda social. Ele Investiga um fenômeno contemporâneo partindo do seu contexto real, utilizando de múltiplas fontes de evidências. É um tipo de pesquisa bem delimitado e que faz uso da literatura apenas como respaldo para a análise que será feita. Para bem realizado é preciso examinar o “problema” a ser investigado de múltiplos ângulos e esse é o papel da literatura. Trata-se de um estudo empírico e não cabe o envolvimento direto do pesquisados com o tema. TODO O SEU TRABALHO VAI DEPENDER DESSA ESCOLHA Assim você vai estudar um caso e, em função disso, as suas leituras, suas considerações, sua busca teórica, tudo, vai ser baseado na procura por respostas para aquele caso em particular. Por isso, ao invés de desenvolver apenas a simples revisão de literatura, você precisará demostrar o caso. Nesse tipo de artigo tem de se tratar muito bem do caso, defini-lo, descrevê-lo. Será preciso justificar a escolha, explicar de onde surgiu a ideia de analisar tal problema, qual a importância social dessa análise, que contribuição trará para a sociedade. Assim, você vai descrever o “caso”, o problema a ser compreendido, seu objeto de estudo. Em resumo, deverá descrever como ele é e o motivo de você estar analisando-o; deixando tudo isso claro, você passa a estudar um caso. Por essa necessidade de delimitação e descrição, os estudos de caso têm a estrutura do artigo de forma diferente também. Revisão Bibliométrica A dinâmica da bibliometria propõe um estudo quantitativo e socialmente aplicado sobre o registro do conhecimento humano. Ao investigar fontes científicas de forma quantitativa, pesquisadores desejam saber primariamente como se dá a produção, publicação, consulta e replicação da informação em suas áreas de atuação científica. Além de analisar o “quanto” se produz, os estudos bibliométricos podem ser utilizados para investigar “o que” se produz, ou seja, agem como bússolas temáticas para os pesquisadores. Essas apontam, por exemplo, a coerência entre propostas previamente estabelecidas e suas efetivas ações para a produção científica. Há, em geral, nesse tipo de projeto uma perspectiva estatística, de análise de dados. Nesse sentido, a revisão bibliométrica difere do estudo de caso por ter um teor quantitativo. Se eu quero estudar ou entender, enfim saber o que está sendo muito investigado muito no Brasil devo realizar a pesquisa bibliométrica. Por exemplo, quero saber sobre arbovírus, quantos e quais estudos foram desenvolvidos, para tanto eu vou na base de dados e procuro só o que está sendo investigado sobre arbovírus. Farei uma seleção dos projetos sobre esse assunto específico. Procuro tudo sobre isso: quem está investigando e faço uma delimitação temporal também, por exemplo, quais são os resultados dos últimos 5 anos. Seleciono tudo sobre o tema e me restrinjo a ele. A partir dessa busca específica, desenvolvo minha análise, contrasto os dados e escrevo um artigo científico para divulgar meu trabalho. Assim, meu foco estará apenas em demostrar o que está sendo realizado na academia. Demonstro por meio de dados concretos. Por isso, muitos consideram a revisão bibliométrica um estudo de teor quantitativo. É preciso esclarecer também qual o período analisado, ou seja, qual o período delimitado para a seleção dos artigos que escolhi, quais foram meus critérios de inclusão, quais os meus critérios de exclusão e quais os resultados e o porquê de eu ter separado exatamente aqueles artigos… Ao fazer o contraste dos dados será possível saber, por exemplo, que em 2012 o arbovírus foi investigado de um jeito, em 2013 de outro, em 2014 de outro e assim vai. Observamos que na acadêmia existe uma avalanche de conhecimento. Por exemplo: quando começamos a ter casos de microcefalia, muitos pesquisadores voltaram sua atenção para investigar qual era o motivo. -A pesquisa ação é bastante diferente do estudo de caso, por meio do qual o pesquisador está longe, ele só observa aquele caso e vai refletir sobre aquilo. Na pesquisa ação, o pesquisador participa diretamente. É um tipo de pesquisa no qual se determina também um recorte, um “caso”, mas o pesquisador acaba sendo o agente participativo, ele interage de acordo com seus estudos para interferir de algum modo para a transformação do “problema”. Então, por exemplo, eu vou estudar algo em uma empresa para implementar um processo nela. Precisarei, em meu artigo definir as estratégias de intervenção, como foram ou serão aplicadas e o objetivo. Não vou apenas analisar o problema de acordo com as indicações teóricas, vou interagir dentro do contexto da pesquisa. Uma área na qual esse tipo de estudo vem crescendo é a da educação, por exemplo, porque você pode verificar um problema pedagógico e aplicar uma nova metodologia de ensino, pode criar e testar uma “ferramenta”. Tenha em mente que existem muitas possibilidades de realizar uma pesquisa ação. Em seu artigo será preciso demostrar como você fez todo o processo, como você aplicou e quais foram os resultados. A pesquisa survey é uma investigação quantitativa, que possui objetivos bastante específicos. Ela pode ser definida como uma maneira de coletar dados e informações a partir de características e opiniões de diferentes grupos em um recorte de tempo. São aquelas pesquisas aplicadas para entender o que está acontecendo dentro de um determinado foco com uma determinada população. Para a realização da pesquisa survey, é preciso organizar questões de variados tipos: questões de pesquisa aberta, fechada, com abordagem quantitativa ou qualitativa. Os tipos e a quantidadede questões vão variar de acordo com o objetivo e a envergadura da pesquisa. O artigo científico para a divulgação da pesquisa survey é bem diferente dos artigos que trabalham com teoria e revisão bibliográfica. A base da survey estará na resposta para essas questões, ela implica a coleta de dados precisos, em um número de unidades e geralmente em uma única conjuntura de tempo. Para a survey a organização da pesquisa se faz com uma visão para coletar sistematicamente um conjunto de dados quantificáveis no que diz respeito a um número de variáveis que são então examinadas para discernir padrões de associação. Se você for realizar uma survey será preciso obter informações que demostrem prevalência, distribuição e inter-relação de variáveis no âmbito de uma população. A survey não é muito comum no ambiente acadêmico e é convencionalmente associada à área social, ela é particularmente semelhante ao tipo de pesquisa de “censo”. A diferença entre a survey e o censo é que a survey examina uma amostra da população, enquanto o censo geralmente implica uma enumeração da população toda. Então, a diferença está na delimitação do que será estudado. -As finalidades da survey podem variar, veremos as principais: Descrição: a survey nesse caso vai ter por objetivo descobrir a distribuição de certos traços e atributos da população estudada. A preocupação do pesquisador neste caso não é o porquê da distribuição e sim com o que ela é. Explicação: para esse tipo de survey o importante é explicar a distribuição observada. Neste caso, o pesquisador tem a preocupação do por que da distribuição existente. Exploração: quando o objetivo do pesquisador é um melhor entendimento de algo, o adequado é a exploração. A survey nesse caso vai funcionar como um mecanismo exploratório, aplicado em uma situação de investigação inicial de algum tema, buscando não deixar que elementos críticos deixem de ser identificados, apresentando novas possibilidades que podem posteriormente ser trabalhadas em um survey mais controlado. Outro aspecto da survey está relacionado ao tipo de amostragem, como serão coletados e organizados os dados da pesquisa. De acordo com o que você pretende da sua pesquisa survey existem dois tipos básicos de amostragem: a probabilística e a não probabilística Amostragem probabilística tem o segundo princípio uma amostra será representativa da população da qual foi selecionada se todos os membros da população tiverem oportunidade igual de serem selecionados para a amostra. Por esse tipo de amostragem toda a população fará parte da seleção procurando evitar erros.- Ainda que uma amostra jamais seja perfeitamente representativa, existindo o erro da amostra, a amostragem probabilística busca diminuir o impacto desse erro. Ela tipicamente gera amostras mais representativas do que outros tipos de amostragem, pois evita os vieses da seleção. Amostragem não-probabilística é utilizada em situações em que a amostragem probabilística seria dispendiosa demais e/ou quando a representatividade exata não é necessária. -necessário indicar qual foi o tipo de survey realizado por você, com os objetivos e também qual o tipo da amostragem escolhido e o porquê. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Elaborada a partir de material já publicado, constituído Principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e Artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, Teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. -Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar -A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas. QUESTIONÁRIO NA PESQUISA CIENTÍFICA -Componentes do questionário 1) identificação do respondente – apenas nome, primeiro momento 2)solicitação de cooperação – motivar o respondente através de uma prévia exposição sobre a entidade que está promovendo a pesquisa e sobre as vantagens que essa pesquisa pode vir a trazer a sociedade 3) instruções – de forma clara, ao nível de entendimento do respondente 4)informações solicitadas – o que realmente se quer perguntar 5) informações de classificação do respondente – os dados de classificação do respondente normalmente deverão estar no final do questionário. Pode ocorrer distorção se estiverem no inicio, pois o entrevistado pode distorcer suas respostas. as questões podem ser -abertas -multipla escolha -dicotômicas
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