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19 Processos Fisiológicos do Corpo Humano - Sistema Endócrino

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Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 19 
1 
PROCESSOS 
FISIOLÓGICOS DO 
CORPO HUMANO 
FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO 
 Uma molécula de caráter hormonal é um mediador 
químico que vai ser transportado pela corrente sanguínea 
para atingir uma estrutura alvo, para assim desempenhar 
funções nesse local atingido. E existem células/estruturas 
alvos que tem um receptor específico para reconhecer o 
hormônio que vai atuar na regulação, para assim 
desempenhar funções específicas. 
 A regulação de função de células não é exclusivamente 
hormonal, outros mediadores químicos atuam em células 
alvo por meio de outras maneiras, como a ação parácrina 
(mediadores que chegam à célula alvo por células 
adjacentes) por exemplo. 
 A natureza química do hormônio interfere no tipo de 
ação, no sentido de que o hormônio ser lipossolúvel ou 
hidrossolúvel, o que determina se o hormônio vai atravessar 
as membranas ou adentrará a célula por intermédio de u 
receptor na membrana da célula, pois hormônios 
lipossolúveis encontram maior facilidade em penetrar 
membranas lipídicas. 
 Os hormônios podem ser classificados em alguns 
grupos, sendo que há três grandes grupos principais, que 
são: 
• Peptídeos proteicos – são hormônios produzidos 
como proteínas que podem ser uma cadeia curta, ou 
até mesmo cadeias mais longas. E são os hormônios 
mais comuns, havendo uma grande diversidade de 
hormônios desse tipo que são oriundos de ligações 
de aminoácidos a exemplos: peptídeo natriurético, 
ADH, GIP (peptídeo inibidor gástrico), polipeptídio 
pancreático, GH, glucagon, insulina... 
• Derivados de aminoácidos – são hormônios 
oriundos do metabolismo de aminoácidos como por 
exemplo a tirosina e o triptofano. Alguns hormônios 
derivados do metabolismo da tirosina são: 
adrenalina, dopamina, noradrenalina, T3 e T4. 
Enquanto um importante hormônio derivado do 
metabolismo do triptofano é a serotonina. 
 
 
• Hormônios esteroides – são hormônios 
oriundos do metabolismo do colesterol, que 
atuam em receptores intracelulares 
(havendo atuação direta na expressão 
gênica, sem gerar segundos mensageiros de 
modo a causar o efeito genômico), bem 
como em receptores de membrana, 
podendo levar ao efeito não genômico. 
Alguns hormônios dessa classe são: 
aldosterona, cortisol, androgênios, 
testosterona, estradiol e progesterona. 
De acordo com a natureza química do hormônio 
ele pode ser classificado de acordo com a 
solubilidade (hidrossolúvel ou lipossolúvel), uma 
vez que essa natureza do hormônio pode indicar seu 
modo de atuação, pois no geral hormônios 
hidrossolúveis tem receptor de membrana, enquanto 
os lipossolúveis podem ter receptores dentro da 
célula atuando diretamente no recepto regulando a 
transcrição gênica. 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 19 
2 
 
 
 A insulina, por exemplo, causa efeitos genômicos (para 
fazer síntese proteica) e não genômicos (para fazer 
regulação do metabolismo celular a nível citoplasmático) 
 
MECANISMOS DE TRANSDUÇÃO 
• Atuação da adenilatociclase (muitos hormônios 
utilizam essa rota) 
 
• Inibição da adenilatociclase 
 
• Ativação da fosfolipase C 
 
• Ativação de tirosinaquinase com a 
atividade intrínseca (insulina e 
fatores de crescimento semelhantes à 
insulina IGF’s utilizam essa via) 
 
 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 19 
3 
• Ativação de tirosinaquinase com atividade 
associada (a molécula de tirosinaquinase não faz 
parte do receptor e sim está acoplada. Alguns 
hormônios utilizam essa rota, por exemplo as 
citocinas e o hormônio do crescimento). 
 
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPÓFISE 
 O hipotálamo regula as glândulas endócrinas, pois 
produz hormônios que regulam a adeno-hipófise. 
 
E por sua vez esses hormônios que influenciam a 
adeno-hipófise regulam a produção hormonal da hipófise. 
 Na neuro-hipófise existem terminações axonais de 
neurônios do hipotálamo que produziram ocitocina e ADH 
que vão ser armazenados na neuro-hipófise. 
 Para que os hormônios reguladores do hipotálamo 
atinjam a adeno-hipófise eles passam pelo sistema de vasos 
porta hipotálamo-hipófise que comunico o hipotálamo 
diretamente com a neuro-hipófise. 
HIPOTÁLAMO 
 Produz hormônios/fatores que regulam os 
hormônios da adeno-hipófise por meio do sistema 
de vasos sanguíneos porta hipotálamo-hipófise. 
HIPÓFISE 
 É uma glândula dividida em neuro e adeno 
hipófise, onde a neuro-hipófise armazena e libera 
ocitocina e ADH. Os hormônios produzidos pela 
adeno-hipófise são: GH, LH, FSH, ACTH e TSH 
por células especializadas que são: 
• Lactotrofos (produz prolactina); 
• Somatotrofos (produz hormônio do 
crescimento) 
• Gonadotrofos (produz gonadotrofinas: LH 
e FSH) 
• Corticotrofos (produz ACTH) 
• Tireotrofos (produz TSH) 
E essas células sofrem regulação dos hormônios 
hipotalâmicos. Porem as regulações não são apenas 
vindas desse eixo. 
A dopamina é um inibidor da prolactina a partir 
da atuação nos lactotrofos. 
TRH estimula a produção/liberação do TSH, 
sendo tireotrófico, resultando na produção de TSH 
estimulando a produção de T3 e T4 
GHRH estimula a liberação do GH 
Somatostatina (produzidas no hipotálamo) age 
nos somatotrofos inibindo o GH 
O eixo hipotálamo-hipófise compreende boa 
parte dos hormônios, mas não são todos os 
hormônios que são desse eixo. O GH, por exemplo, 
atua no fígado estimulando a produção de outro 
hormônio o IGF (fatores de crescimento 
semelhantes à insulina). 
HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE 
ADH/Vasopressina – fica na parte final do túbulo 
distal e no ducto coletor fazendo o ajuste fino da 
quantidade de liquido da urina, estimulando a 
abertura de aquaporinas na membrana luminal 
reabsorvendo mais água, deixando a ruina mais 
concentrada, aumentando a volemia e a pressão 
(este último mecanismo com a ação conjunta da 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 19 
4 
vasoconstricção). O ADH está ligado a osmolaridade e a 
sede. 
Situação clínica (síndrome da secreção inapropriada do 
ADH) 
 Ocorre pelo excesso de ADH atuante, levando a um plasma 
muito dissolvido, bem como uma tendência de aumento da 
osmolaridade. 
Situação clínica (diabetes insipidus) 
Existem dois tipos de distúrbios que levam a esse tipo de 
diabetes, o nefrogênico (ocasionado por problemas nos 
receptores dos néfrons) e neurogênico (ocasionado pela 
ausência de produção de ADH). 
 A diabetes insipidus leva a ocorrência de um plasma 
concentrado, pela grande eliminação de água na urina. 
OCITOCINA 
 Tem efeito na contração do músculo liso da parede 
uterina, contração da glândula mamária (pois células 
mioepiteliais se contraem expulsando o leite) para ejeção do 
leite materno, orgasmo feminino e masculino, construção da 
relação parental (geralmente mãe e prole), bem como 
estimula a liberação de óxido nítrico (NO) e peptídeo 
natriurético levando ao efeito de vasodilatação. 
PROLACTINA 
 É o hormônio responsável pela lactogênese que é a 
produção do leite além de efeitos no processo de 
constituição da massa óssea, tendo efeitos tróficos sobre a 
glândula mamária, causando a diferenciação, proliferação 
das células e aumento da produção do leite (principalmente 
o conteúdo proteico do leite). A prolactina também inibe o 
GnRH sendo uma alça de controle da via gonadotrófica. 
Somatostatina e GABA inibem a produção de prolactina, 
além da dopamina. TRH estimula a produção da prolactina. 
 O estrogênio, serotonina e peptídeo intestinal vasoativo 
estimulam a produção de prolactina. 
 Pacientes que fazem uso de antipsicóticos de 1ª geração 
bloqueiam receptoresD2 (dopaminérgicos) causando maior 
produção de prolactina, pois a dopamina inibe a prolactina 
(podendo levar a ginecomastia em paciente do sexo 
masculino). 
Situação clínica (hiperprolactinemia) 
 Pacientes que fazem uso de ansiolíticos na via da 
serotonina o que faz com que essa substância mais tempo 
na fenda sináptica tem repercussão na prolactina, uma vez 
que a serotonina estimula a produção da prolactina 
e a maior presença de serotonina aumenta essa 
produção o que leva a um quadro de 
hiperprolactinemia. 
 
 Para tratar a hiperprolactinemia, que pode 
ser oriunda tanto do mecanismo citado acima, 
quanto de um tumor (prolactinimoma) se usa um 
fármaco agonista dopaminérgico, principalmente 
agonista D2 que é a bromocriptina e a cabergolina 
(que tem um tempo de meia vida longo, fazendo 
com que só precise, de modo geral, usar uma dose 
por semana, quando o problema é tumoral já foi 
demonstrado em estudos que algumas situações 
esse fármaco reduz o tamanho do tumor). 
 Na amamentação com mais prolactina há 
inibição do GnRH por mecanismo de feedback 
negativo, que por consequência inibe a produção de 
LH e FSH, o que diminui as chances de gravidez. 
 
Situação clínica (uso de fármacos para refluxo) 
 O uso de domperidona, em casos de 
refluxo, que tem ação bloqueadora de receptores 
Dalton Willians S Arandas – Medicina AULA 19 
5 
dopaminérgicos centrais desencadeia a ausência de ação 
da dopamina o que eleva os níveis de prolactina. 
Situação clínica (ginecomastia) 
 Pessoas obesas tem tendência de desenvolver 
ginecomastia pois os adipócitos estimulam a produção de 
estrogênio causando o aumento das mamas.

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