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LLM_Modulo_XIV_ATIVIDADE INDIVIDUAL docx (1)

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Atividade individual
Matriz de análise
Disciplina: LL.M EM DIREITO: CIVIL E PROCESSUAL CIVIl Módulo: TUTELA JURISDICIONAL INDIVIDUAL
Aluno: BARBARA MARIA COSTA SILVA BARCELLOS Turma: ONL02122-LCPCLV2111
Professor(a): ALEXANDRE MARTINS FLEXA Matrícula: 283372/2021
QUESTIONÁRIO
Tema: A Possibilidade de Apresentação de Defesa Após Decretação da Revelia.
O trabalho valerá 7,0 pontos. 3,0 pontos serão atribuídos à participação em sala de aula e
atividade escrita já realizada.
RESPOSTA
A contestação é uma das peças de defesa que podem ser
apresentadas pelo réu. Artigos 335 ao 342 do Código de Processo Civil de
2015. Na contestação, o réu faz a impugnação aos pedidos do autor. Esse é
o momento do réu requerer a produção de provas.
Pelo Código de Processo Civil (CPC), o artigo 335 define o prazo de 15
(quinze) dias para oferecimento da contestação. Vale lembrar que o prazo
deve ser contado em dias úteis.
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15
(quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de
conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não
houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de
mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º,
inciso I ;
III - prevista no art. 231 , de acordo com o modo como foi feita a citação, nos
demais casos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334%C2%A74i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334%C2%A74i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art231
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º ,
o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II , havendo
litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não
citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que
homologar a desistência.
Nessa linha, o art. 3361 do CPC estabelece que o réu deve alegar toda
a matéria de defesa na contestação, expondo as razões de fato e de direito
que impugnam o pedido do autor. Deve, ainda, especificar as provas que
pretende produzir.
Caso a citação tenha sido regularmente válida e o réu não tenha
oferecido a contestação, ou seja, mantenha-se inerte, será considerado réu
revel. Em outras palavras, será decretada a revelia prevista no art. 3442 do
CPC/15.
As consequências da revelia são: i) presunção da veracidade dos
fatos alegados pelo autor; ii) desnecessidade de intimação do réu revel; iii)
julgamento antecipado por mérito. O primeiro efeito é relativo, pois pode ser
afastado pelas hipóteses do art. 345 do CPC/15. Isto é, é limitada apenas
aos fatos. Trata-se de uma presunção de veracidade material. Por
consequência, as questões de direito continuam a ser de análise do juiz.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DECISÃO DA PRESIDÊNCIA. RECONSIDERAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
IMPUGNAÇÃO INTEMPESTIVA. EFEITOS DA REVELIA. INAPLICABILIDADE.
INSTITUTO APLICÁVEL APENAS À MATÉRIA DE FATO. PRECLUSÃO TEMPORAL.
MULTA DE 10% PELO NÃO PAGAMENTO VOLUNTÁRIO. MATÉRIA NÃO
PREQUESTIONADA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO
(AgInt no AREsp 1352507/SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,
julgado em 11/10/2021, DJe 17/11/2021)3
3 https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp. Último acesso em 31 de março de 2021.
2 Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor.
1 Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e
de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334%C2%A76
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art334%C2%A74ii
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp
De igual modo, ocorre quando há impugnação do fato por terceiros
ou até mesmo pela reconvenção. Se o réu decidir intervir no processo, o
receberá no estado em que se encontra. No segundo efeito, o prazo ocorrerá
de forma diferenciada. A contagem para o réu revel se inicia a contar da
publicação da decisão, pois não está representado por um advogado. A partir
do momento em que o réu revel constitui um patrono, ele retorna a ser,
obrigatoriamente, intimado de todos os atos processuais posteriores, através
do seu advogado. Já no julgamento antecipado, art. 355, CPC/15, ocorrerá
quando o juiz entender que os fatos arguidos pelo autor na petição inicial,
bem como as provas trazidas, são suficientes para formar a sua convicção e
julgar o mérito da causa do processo.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.
AUSÊNCIA DE CONTESTAÇÃO. REVELIA DECRETADA. JULGAMENTO ANTECIPADO
DA LIDE.
PROCEDÊNCIA PARCIAL DOS PEDIDOS FORMULADOS NA INICIAL.
APRESENTAÇÃO DE MATÉRIA FÁTICA NAS RAZÕES RECURSAIS. NÃO
CONHECIMENTO. PRECLUSÃO TEMPORAL CARACTERIZADA. RECURSO NÃO
CONHECIDO.
Entretanto, não será decretada a revelia em todo e qualquer caso. O
art. 345 do mencionado diploma legal esclarece que a revelia não produzirá
efeitos quando:
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei
considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou
estiverem em contradição com prova constante dos autos.
No inciso I do art. 345 do CPC/15 refere-se ao litisconsórcio. Caso o
litisconsórcio for unitário, a contestação apresentada por outro réu
aproveitará aquele réu revel. Se for o caso de litisconsórcio passivo simples,
dependerá da responsabilidade de cada réu na ação proposta.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art344
Outra matéria que a revelia não produz efeito é ao que diz respeito
aos direitos indisponíveis, pois são garantias constitucionais. Logo, é vedada
a autocomposição.
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a
direitos indisponíveis.
No inciso III, quando for o caso o autor apresente provas insuficientes
do fato alegado.
O juiz pode determinar ao autor, verificada a revelia do réu, a
especificação das provas que pretende produzir, caso ainda não tenha
indicado, art. 348, CPC/15.
E, por fim, o inciso IV, o fato alegado pelo autor for inverossímil ou
controverso com as provas apresentadas.
Ser revel não significa que a procedência da ação e nem que o réu
perdeu a chance de produzir provas contrapostas aos argumentos do autor.
O art. 349 do CPC/15 traz a possibilidade do réu revel de produzir provas,
desde que se faça representar a tempo de praticar os atos processuais
indispensáveis a tal produção.
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às
alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar
os atos processuais indispensáveis a essa produção.
Súmula 231. STF.
O revel, em processo cível, pode produzir provas, desde que compareça
em tempo oportuno.
Ao passo que o art. 342 do CPC/15, esclarece que é lícito ao réu
deduzir novas alegações. Isto é, matérias de defesas que podem ser
alegadas mesmo após a decretação da revelia.
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações
quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquertempo
e grau de jurisdição.
Portanto, não é porque o réu ficou revel que o pedido do autor será
julgado procedente, muito menos que o réu não poderá mais apresentar
defesa. O ideal é não ser réu revel na ação judicial a que se responde. Mas,
em determinadas matérias, a revelia não produz efeitos, por exemplos
matéria de ordem pública, seja por questões legais, em que a intenção do
legislador foi de proteger, seja por algumas questões de matéria privada.
Referências bibliográficas
1. https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp. Último acesso em 31 de março de 2021.
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp

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