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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Meio Ambiente
Geoprocessamento Aplicado 
à Análise Ambiental
Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Meio Ambiente
GEOPROCESSAMENTO APLICADO À ANÁLISE 
AMBIENTAL
MATERIAL DE APOIO
Fortaleza - Ceara
2011
Técnico em Meio Ambiente – Geoprocessamento Aplicado à Análise 
Ambiental
1
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
SUMÁRIO
CARTOGRAFIA
SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO GLOBAL
LEVANTAMENTO TOPOGRAFICO
GEOPROCESSAMENTO E SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA – SIG.
 SENSORIAMENTO REMOTO
SATELITES
PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO 
SENSORIAMENTO REMOTO E SUAS APLICAÇÕES PARA RECURSOS NATURAIS
BIBLIOGRAFIA
Técnico em Meio Ambiente – Geoprocessamento Aplicado à Análise 
Ambiental
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CARTOGRAFIA
Os mapas sempre existiram, ou, pelo menos, o 
desejo de balizar o espaço sempre esteve 
presente na mente humana. A apreensão do meio 
ambiente e a elaboração de estruturas abstratas 
para representá-lo foram uma constante na da 
vida em sociedade desde os primórdios da 
humanidade até os nossos dias. Mas a história da 
cartografia teve início com o primeiro 
testemunho tangível de representação 
cartográfica (o fato de desenhar um mapa sobre o 
primeiro suporte disponível), dando existência 
concreta à antiga abstração.
O substituírem o espaço real por um espaço 
analógico (processo básico da cartografia), os 
homens adquiriram um domínio intelectual do 
universo que trouxe inumeráveis consequências. 
Os mapas precederam a escritura e a notação 
matemática em muitas sociedades, mas somente 
no século XIX foram associados às disciplinas 
modernas cujo conjunto constitui a cartografia. 
Mas isso não impede que os de épocas anteriores 
remontem às próprias raízes de nossa cultura.
O mapa autêntico mais antigo foi elaborado a 
cerca de 6000 a.C. Descoberto em 1963, durante 
uma escavação arqueológica em Çatal Höyük, na 
região centro-ocidental da Turquia, representa o 
povoado neolítico do mesmo nome. O traçado 
das ruas e casas, conforme os vestígios 
resgatados, tinham ao fundo o vulcão Hasa Dag 
em erupção. Esse mapa primitivo guarda alguma 
semelhança com as plantas das cidades 
modernas, mas sua finalidade era totalmente 
distinta. O sítio em que foi encontrado era um 
santuário ou local sagrado, e ele foi criado como 
parte de um ato ritual, como um “produto de 
momento”, sem a intenção de ser preservado 
após o cumprimento do rito.
Somente há alguns anos mapa como os de Çatal 
Höyük, e gravações similares em rochas da 
África, da América, da Ásia e da Europa, 
começaram a ser estudados como uma categoria 
da pré-história cartográfica. Isto reflete não 
apenas as dificuldades para identificar mapas das 
sociedades primitivas, mas também a tendência 
na história da cartografia a tornar mais rígidos os 
cânones dos mapas consideráveis “aceitáveis”.
Os mapas eram considerados marcos 
significativos da evolução da humanidade; por 
consequência, aqueles que não indicassem algum 
progresso rumo à objetividade deixavam de ser 
seriamente estudados. Esmo alguns dos 
primeiros mapas produzidos pela cultura 
europeia, como os grandes planisférios da Idade 
Média Cristã, eram considerados indignos de 
atenção científica. Os mapas das culturas não 
Européias eram considerados ainda mais 
estranhos ao epicentro da cartografia. Estes 
mapas só recebiam certa atenção da parte dos 
historiadores ocidentais quando apresentavam 
alguma semelhança com os mapas europeus. 
Nessa história comparada da cartografia, dava-se 
muita atenção aos aspectos matemáticos do 
traçado dos mapas, à codificação dos princípios 
metodológicos cartográficos, e ao surgimento de 
inovações técnicas, como planos quadriculados, 
escalas regulares, signos abstratos convencionais 
e até curvas de nível.
Partindo da convicção de que cada sociedade 
tem ou teve sua própria forma de perceber e de 
produzir imagens espaciais, chegamos a esta 
simples definição de mapa: “representação 
gráfica que facilita a compreensão espacial dos 
objetos, conceitos, condições, processos e fatos 
do mundo humano”. O motivo de uma definição 
tão ampla é facultar sua aplicação a todas as 
culturas de rodos os tempos, e não apenas às da 
era moderna. Além disso, ao considerar os mapas 
uma forma de “saber” em geral, ao invés de 
meros produtos de uma prolongada difusão 
tecnológica a partir de um foco europeu, tal 
definição permite escrever uma história muito 
mais completa.
As Nações Unidas, definiu em 1949, através de 
comissão especializada, cartografia como sendo 
“A ciência que se ocupa da elaboração de mapas 
de toda espécie. Abrange todas as fases dos 
trabalhos, desde os primeiros levantamentos até 
a impressão final dos mapas”. Tal definição foi 
amplamente criticada por cartógrafos de todo o 
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mundo. A Associação Cartográfica Internacional 
de Geografia, reunida em Londres, em 1964, 
veio pela primeira vez, estabelecer, em síntese, 
mas com precisão, o campo das atividades 
intimamente ligadas à cartografia: “Cartografia é 
o conjunto de estudos e operações científicas, 
artísticas e técnicas, baseado nos resultados de 
observações diretas ou de análise de 
documentação, com vistas à elaboração e 
preparação de cartas, projetos e outras formas de 
expressão, assim como a sua utilização”. 
A cartografia pode não constituir uma ciência, 
como é, por exemplo, a geografia, a geodesia, a 
geologia, etc., tampouco representa uma arte, de 
elaboração criativa, capaz de produzir diferentes 
emoções, conforme a sensibilidade de cada um. 
Então, podemos dizer que “é um método 
científico que se destina a expressar fatos e 
fenômenos observados na superfície da Terra, ou 
qualquer outra superfície mensurável”. 
CARTOGRAFIA E GEOGRAFIA
De todas as ciências ligadas à cartografia, 
nenhuma é tão importante como a geografia, na 
medida em que os fatos e fenômenos se 
originarem de qualquer ramo da geografia, quer 
física, quer humana, econômica, etc. 
Seria inviável a construção de um mapa 
econômico sem o conhecimento do influxo da 
geografia econômica, como inexeqüível seria a 
elaboração de um mapa de distribuição da 
vegetação, sem a participação da fitogeografia. E 
assim por diante. Porque, nesses casos, quem 
planeja e concebe tais mapas só pode ser o 
especialista de cada tema particular: o geógrafo, 
o geólogo, etc., ficando para o cartógrafo, o 
método de expressar, em cada caso, o fenômeno. 
A fonte maior de lavor que a geografia empresta 
à cartografia não se restringe tão somente à 
elaboração de mapas temáticos. A carta 
topográfica, é a base inequívoca do binômio 
geografia-cartografia, através do qual nunca se 
pode determinar Qual a influência que uma 
exerce sobre a outra: se a geografia sobrea 
cartografia, se a cartografia sobre a geografia. 
Há por exemplo, certas formas de relevo e 
determinados padrões de drenagem de uma área, 
que se distinguem fundamentalmente dos de 
outras áreas; verificam-se coberturas florísticas 
inteiramente diversas de uma região para outra, 
em que as causas dessa diversificação 
igualmente variam, como o clima ou o solo, ou a 
latitude; o homem, grande modificador da 
paisagem, quase sempre exerce a sua ação por 
meio de razões socioeconômicas; a exploração 
agrícola de uma parte do território se evidencia 
muito diferente da praticada em outra. 
Uma carta topográfica, pois, não está obrigada a 
nos oferecer esse complexo de particularidades? 
Uma minuta fotogramétrica transmite-nos, em 
sua frieza matemática, uma grande parte de todos 
os aspectos físicos e culturais da área 
cartografada. Vêm com ela, paralelamente, os 
resultados da reambulação para complementar 
muitas informações que a carta precisa 
apresentar. Faltam, entretanto, muitas vezes, 
determinados conhecimentos geográficos, os 
quais se impõem, a fim de que a carta seja 
realmente uma síntese segura desse conjunto de 
fenômenos geográficos. 
CARTOGRAFIA TEMÁTICA
O objetivo da cartografia temática é representar, 
utilizando-se símbolos qualitativos e/ou 
quantitativos, fenômenos localizáveis de 
qualquer natureza sobre uma base de referência, 
geralmente um mapa topográfico, em quaisquer 
escala, em que sobre um fundo geográfico 
básico, são representados os fenômenos 
geográficos, geológicos, demográficos, 
econômicos, agrícolas etc., visando ao estudo, à 
análise e a pesquisa dos temas, no seu aspecto 
espacial, desta forma, torna-se difícil realizar 
uma classificação de todos os mapas temáticos 
possíveis, entretanto a seguir apresentamos três 
tipos divididos segundo o tipo de figura 
cartográfica, segundo a escala e segundo o 
conteúdo: 
Segundo a figura cartográfica
1. Mapas propriamente ditos, construídos sobre 
uma quadrícula geométrica numa dada escala, 
segundo regras de localização (x,y) e de 
qualificação (z)
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2. Cartogramas que realizam a representação de 
fenômenos geográficos mensuráveis sob a forma 
de figuras proporcionais localizadas num fundo 
cartográfico, eventualmente adaptado;
3. Cartodiagramas representação detalhada de 
fenômenos geográficos mensuráveis na forma de 
conjunto de diagramas, constituídos por 
elementos comparáveis, localizados num fundo 
cartográfico;
Segundo a escala
1. Mapas detalhados, não podendo possuir escala 
inferior a 1:100.000; descrevem superfícies 
relativamente restritas, geralmente são 
publicados em series que cobrem um território 
determinado; 
2. Mapas regionais, possuindo escalas que 
variam entre 1:100.000 e 1:1.000.000, referentes 
a unidades geográficas ou administrativas de 
dimensão média, apresentam geralmente, um ou 
dois assuntos; 
3. Mapas sinóticos ou mapas de conjunto, 
desenvolvidos em escala inferior a 1:1.000.000, 
publicados em folhas isoladas ou reagrupados 
em atlas temáticos. 
Segundo o conteúdo
1. Mapas analíticos ou de referência, 
representam a extensão e a repartição de um 
dado fenômeno, de um grupo de fenômenos 
interligados ou de um aspecto particular de um 
fenômeno (mapas geológicos, hidrográficos, 
hipsométricos, etc.) 
2. Mapas sintéticos ou de correlação, geralmente 
são mais complicados e integram os dados de 
vários mapas analíticos para expor as 
conseqüências daí decorrentes (mapas 
geomorfológicos detalhados, mapa de ocupação 
do solo, etc.) A simbologia empregada na 
representação de tantos e diversificados assuntos 
é a mais variada que existe no âmbito da 
comunicação cartográfica.
Diferentemente da cartografia sistemática, onde 
a terceira dimensão expressa a cota do terreno, 
na cartografia temática conforme Martinelli 
(1991) esta terceira dimensão expressa e é 
explorada pelo tema, permitindo mostrar 
modulações de apenas um atributo. Assim a 
manifestação do tema pode se dar de forma 
linear, pontual ou zonal. A história das 
representações temáticas tem início com uma 
predominância dos enfoques essencialmente 
qualitativos , tipológicos. A abaixo apresenta um 
exemplo de mapa temático representando a 
classe solos.
CARTOGRAFIA DIGITAL
Com o desenvolvimento da informática, surgiu 
uma nova modalidade de mapeamento, através 
da utilização de computadores, o que, de uma 
certa forma, viria a revolucionar a cartografia 
tradicional. Devido a este novo panorama, após a 
década de 60 e principalmente na década de 70, 
surgiram novos conceitos, como os termos CAD 
(Computer Aided Design), CAM (Computer 
Aided Mapping), AM/FM (Automated 
Mapping/Facility Management), que nada mais 
são do que sistemas voltados para a 
transformação do mapa analógico para o meio 
digital, transformando uma base cartográfica 
impressa em papel, em uma base cartográfica 
magnética. 
Detalhando um pouco mais, um CAD, pode ser 
entendido como sistemas de desenho auxiliado 
por computador, que apesar de não serem 
softwares específicos para a cartografia, é 
basicamente o principal meio de conversão 
analógico/digital de mapas. 
Os sistemas de mapeamento assistido por 
computador (CAM), partem da tecnologia CAD, 
diferenciando destes no fato de os dados neste 
sistema serem organizados em níveis (layer), 
possuindo ainda a capacidade de georreferenciar 
os elementos da realidade física. Os softwares 
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do tipo AM/FM, também partem da tecnologia 
CAD. Estes sistemas trabalham com a noção de 
rede, sendo capazes de identificá-las, 
preservando suas interseções, gerando arquivos 
separados com as relações de conectividade, que 
descrevem a geometria do sistema.
Outra importante característica destes sistemas 
são os arquivos de dados alfanuméricos, que são 
ligados aos arquivos gráficos. Estes arquivos 
descrevem as características dos componentes 
do sistema ou rede tais como, tamanho, 
capacidade, entre outras informações (KORTE, 
1994)
O processo evolutivo da cartografia digital saltou 
para um patamar superior na medida que foram 
desenvolvidos os sistemas de gerenciamento de 
banco de dados, que serão descritos 
posteriormente, tornando possível à ligação da 
base cartográfica digital ao banco de dados 
descritivo, surgindo assim os Sistemas de 
Informação Geográfica (SIG)
O DVP (Digital Video Plotter), lançado no Brasil 
em outubro de 93, é a mais recente novidade da 
Cartografia Digital. O sistema possui um 
programa com funções idênticas as de um 
restituidor analítico, mas trabalha com imagens 
digitais, podem estas ser obtidas através de 
câmaras digitais ou capturada via scanner. 
O DVP, baseado em PC, deverá revolucionar a 
técnica de obtenção e atualização de mapas 
digitais, simplificando operações e reduzindo 
custos. 
Outro processo existe para geração de produtos 
cartográficos digitais que é a digitalização. A 
digitalização não é propriamente um processo de 
obtenção de bases cartográficas, e sim de 
conversão de dados analógicos em dados 
digitais. Portanto, pressupõe-se a existência de 
bases cartográficas convencionais (mapas 
impressões) que serão convertidas para meios 
digitais por dois métodos, a digitalização vetorial 
ou a digitalização raster. 
A digitalização vetorialconsiste em 
transportarem-se os dados representados num 
mapa de linhas para um computador, mediante a 
utilização de mesas digitalizadoras e programas 
computacionais capazes de efetuarem esta 
operação. As mesas digitalizadoras são 
periféricos eletrônicos compostos de uma malha 
metálica, tal como uma tela de arame, e um 
cursor dotado de um solenóide em seu centro 
geométrico. O seu funcionamento baseia-se no 
registro das posições ocupadas pelo cursor em 
relação a esta malha. 
A digitalização raster, também converte 
informações analógicas, contidas num mapa de 
linhas, em digitais. As diferenças com o método 
vetorial, situam-se no periférico utilizado, um 
scanner, que executa a digitalização de forma 
automática, e as imagens obtidas estão sob a 
forma raster. 
CLASSIFICAÇÃO DE CARTAS
Mapa e Carta
A necessidade de representar o espaço físico no 
qual o homem habita, tem acompanhado a 
humanidade desde os tempos mais remotos. Até 
a década de 60, portanto, antes que os 
computadores fossem aplicados para o 
mapeamento, todos os tipos de mapeamento 
tinham um ponto em comum, a base de dados 
espaciais era um desenho sobre um pedaço de 
papel ou poliéster. A informação era codificada 
na forma de pontos, linhas ou áreas. Estas 
entidades geográficas básicas eram visualizadas 
usando vários artifícios, tal como símbolos, 
cores ou textos, cujos significados são 
explicados em uma legenda como afirma 
BURROUGH (1986). 
A terminologia Carta e Mapa é empregada de 
diferente forma em vários lugares do mundo, no 
brasil, há uma certa tendência em empregar o 
termo mapa quando se trata de documentos mais 
simples ou mais diagramático. Ao contrário, o 
documento mais complexo, ou mais detalhado, 
tende à denominação de carta. 
Em outras palavras, MAPA pode ser considerado 
uma “Representação visual, codificada, 
geralmente bidimensional, total ou parcial da 
Terra ou e outro objeto”, já o que diferencia uma 
CARTA, é que esta possui um maior número de 
informações contidas do que um mapa, 
possuindo maiores detalhes e precisão. 
O mapa, de acordo com JOLY (1990), é uma 
representação geométrica plana, simplificada e 
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convencional, do todo ou de parte da superfície 
terrestre, numa relação de similaridade 
conveniente. É uma construção seletiva e 
representativa que implica no uso de símbolos e 
sinais apropriados. 
Algumas Características dos Mapas (Cartas)
- Permitem a coleta de informações em gabinete;
- Apresentam informações não visíveis no 
terreno, como toponímia, fronteiras, curvas de 
nível; - Codificam as informações através de 
símbolos;
- Exigem atualização permanente;
- Representam um modo de armazenamento de 
informações convenientes ao manuseio de 
fenômenos espaciais e de suas distribuições e 
relacionamento; - Constituem um dos elementos 
básicos do planejamento das atividades 
sócioeconômicas das atividades humanas.
Plantas
A principal característica da planta é a 
exigüidade das dimensões da área representada. 
A outra, é sem dúvida, a ausência de qualquer 
referência à curvatura da Terra. O termo Planta, 
pode ser assim definido: “Carta que representa 
uma área de extensão suficientemente restrita 
para que a sua curvatura não precise ser levada 
em consideração, e que, em conseqüência, a 
escala possa ser considerada constante”.
Já que a representação se restringe a uma área 
muito limitada, a escala tende a ser muito 
grande, e em conseqüência, a aumentar o número 
de detalhes. Mas é a prevalência do aspecto da 
área diminuta que caracteriza a planta. Do ponto 
de vista mais cartográfico, é a planta urbana, 
sobretudo, com sua intenção cadastral que é mais 
característica. A planta moderna, de origem 
fotogramétrica, além da riqueza de detalhes, é de 
suma precisão geométrica.
Uma planta, geralmente apresenta grande riqueza 
de detalhes, escala grande e rigor geométrico.
Os Mapas Segundo Seus Objetivos
De acordo com o tipo de usuário para qual foram 
elaborados, os mapas podem ser gerais, 
especiais e temáticos.
Mapas Gerais
Um mapa geral é aquele que atende a uma gama 
imensa e indeterminada de usuários. Um 
exemplo, deste tipo de mapa, é o mapa do IBGE 
na escala de 1:5.000.000, representando o 
território brasileiro, limitado por todos os países 
vizinhos, o Oceano Atlântico, etc., contendo 
através de linhas limítrofes e cores, todos os 
estados e territórios além das principais 
informações físicas e culturais como rios, serras, 
ilhas, cabos, cidades importantes, algumas vilas, 
estradas, etc.
Como se vê, é um mapa de orientação ou 
informações generalizadas, mas absolutamente 
insuficiente para muitas e determinadas 
necessidades. As consultas feitas sobre um mapa 
geral têm que ser igualmente generalizadas. Se 
quisermos medir com exatidão à distância, por 
rodovia, entre São Paulo e Rio de Janeiro, 
corremos o risco de acrescentar ou diminuir 
vários quilômetros em relação à distância real.
Mapas Especiais
Em oposição aos mapas gerais, são feitos os 
mapas especiais para grupos de usuários muito 
distintos entre si, e, na realidade, cada mapa 
especial, concebido para atender uma 
determinada faixa técnica ou científica, é, via de 
regra, muito específico e sumamente técnico, 
não oferecendo, a outras áreas científicas ou 
técnicas, nenhuma utilidade, salvo as devidas 
exceções. 
Destina-se à representação de fatos, dados ou 
fenômenos típicos, tendo, deste modo, que se 
cingir, rigidamente, aos métodos, especificações 
técnicas e objetivos do assunto ou atividade a 
que está ligado. Uma carta náutica, por 
exemplo, precaríssima em relação à 
representação terrestre ou continental, é, por 
outro lado, minuciosa quanto à representação de 
profundidade, de bancos de areia, recifes, faróis, 
etc. É que este mapa destina-se exclusivamente à 
segurança da navegação. Trata-se de 
documentos em quaisquer escalas em que, sobre 
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um fundo geográfico básico, são representados 
os fenômenos geográficos, geológicos, 
demográficos, econômicos, agrícolas, etc., 
visando ao estudo, à análise e à pesquisa dos 
temas, no seu aspecto especial.
A simbologia empregada na representação de 
tantos e diversificados assuntos é a mais variada 
que existe no âmbito da comunicação 
cartográfica, uma vez que na variação de tantos 
temas a salientar, suas formas de expressão 
podem ser qualitativas ou quantitativas.
Semiologia Gráfica e Comunicação Cartográfica
Segundo Fernand Joly, a cartografia pode ser 
considerada uma linguagem visual universal 
pois, utiliza-se de uma gama de símbolos 
compreensíveis em qualquer canto da Terra, no 
entanto como linguagem exclusivamente visual, 
está sujeita às leis fisiológicas da percepção das 
imagens. Conhecer as propriedades dessa 
linguagem para melhor utilizá-la é o objeto da 
semiologia gráfica.
Aplicada à cartografia, ela permite avaliar as 
vantagens e os limites das variáveis visuais 
empregadas na simbologia cartográfica e, 
portanto, formular as regras de uma utilização 
racional da linguagem cartográfica.
A semiologia e o estudos dos sistemas não-
verbais que têm por finalidade suplementar a 
comunicação verbal e/ou de modo independente. 
Desta forma a semiologia pode ser definidacomo a ciência que estuda os problemas relativos 
à representação. O professor J. Bertin, sugeriu 
uma linha de trabalho vinculada ao que ele 
denominou de Semiologia Gráfica, cujas raízes 
dever ser buscadas no estruturalismo de 
Saussure. Bertin, formulou a linguagem gráfica 
como um sistema de signos gráficos com 
significado (conceito) e significante (imagem 
gráfica).
Seja qual for o método adotado para a aquisição 
de dados, a construção do mapa deverá prover as 
informações, sobre a distribuição espacial dos 
fenômenos, de tal forma que a comunicação 
através do mapa seja criada, dando facilidades de 
interpretação.
Atualmente, os usuários dos produtos 
cartográficos, podem ser considerado como 
grandes navegadores em um mar de 
informações, entretanto, não se pode esquecer a 
função principal do mapa, no seu mais amplo 
sentido que é e continuará sendo a comunicação, 
que vem sendo sensivelmente beneficiada com o 
surgimento dos sistemas multimídia, 
disponibilizando inúmeras possibilidades de 
interação e interatividade.
Simbologia Cartográfica
Um mapa, sob o ponto de vista gráfico, nada 
mais é do que um conjunto de sinais e de cores 
que traduz as mensagens, para as quais foi 
executado. Os objetos cartografados, materiais 
ou conceituais, são transcritos através de 
grafismo ou símbolos, que são relacionados na 
legenda do mapa.
De acordo com suas características específicas, 
os símbolos dividem-se nas seguintes 
categorias: 
1. Sinais convencionais são esquemas centrados 
em posição real, que permitem identificar um 
objeto cuja superfície é demasiado pequena na 
escala, para que possa ser tratada na projeção;
2. Sinais simbólicos são signos evocadores, 
localizados ou cuja posição é facilmente 
determinável;
3. Os pictogramas são símbolos figurativos 
facilmente reconhecíveis;
4. Os ideogramas são pictogramas 
representativos de um conceito ou de uma idéia;
5. Um símbolo regular é uma estrutura 
constituída pela repetição regular de um 
elemento gráfico sobre uma superfície 
delimitada; e
6. Um símbolo proporcional é um símbolo 
quantitativo cuja dimensão varia com o valor do 
fenômeno representado.
Informações de Legenda
A legenda é à parte de um mapa que possui todos 
os símbolos e cores convencionais e suas 
respectivas explicações, sendo esta encimada 
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pelo termo "convenção". Nas figuras abaixo 
podemos visualizar exemplos de legendas 
utilizada.
Diagrama de orientação
A maioria dos mapas de série apresentam 
informações de direção, referenciadas ao:
1. Norte verdadeiro ou geográfico
2. Norte magnético
3. Norte da quadrícula
O ângulo formado pela direção do norte 
magnético com a do norte verdadeiro, tendo 
como vértice um ponto qualquer do terreno, é 
chamado de declinação magnética.
O ângulo formado pela direção do norte da 
quadrícula com a do norte verdadeiro, tendo 
como vértice um ponto qualquer do terreno, é 
chamado convergência meridiana. Tanto a 
convergência meridiana como a declinação 
magnética, variam de ponto para ponto, sobre a 
superfície terrestre .
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Anotações:
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SISTEMA DE GEOPOSICIONAMENTO GLOBAL
SISTEMA GPS
A tecnologia atual permite que qualquer pessoa 
possa se localizar no planeta com uma precisão 
nunca imaginada por navegantes e aventureiros 
há até bem pouco tempo. O sofisticado sistema 
que tornou realidade esse sonho é chamado 
"G.P.S." - Global Positioning System (Sistema de 
Posicionamento Global) - e foi concebido pelo 
Departamento de Defesa dos EUA no início da 
década de l960, sob o nome de 'projeto 
NAVSTAR'. O sistema foi declarado totalmente 
operacional apenas em l995. Seu 
desenvolvimento custou 10 bilhões de dólares.
Consiste de 28 satélites em órbita ao redor da 
terra, duas vezes por dia, a uma distância de 
20.000km, e emitem simultaneamente sinais de 
rádio codificados. Testes realizados em 1972 
mostraram que a pior precisão do sistema era de 
15 metros, a melhor, 1 metro.
Preocupados com o uso inadequado , os militares 
americanos implantaram duas opções de 
precisão: para usuários autorizados (eles mesmos) 
e usuários não-autorizados (civis). 
Os receptores GPS de uso militar têm precisão de 
1 metro e os de uso civil, de 15 a 100 metros. 
Cada satélite emite um sinal que contem: códigos 
de precisão (P); código geral (CA) e informação 
de status. Como outros sistemas de rádio-
navegação, todos os satélites enviam seus sinais 
de rádio exatamente ao mesmo tempo, permitindo 
ao receptor avaliar o lapso entre 
emissão/recepção. A potência de transmissão é de 
apenas 50 Watts. 
A horapadrão GPS é passada para o receptor do 
usuário. Receptores GPS em qualquer parte do 
mundo mostrarão a mesma hora, minuto, 
segundo,... até mili-segundo. A hora-padrão é 
altamente precisa, porque cada satélite tem um 
relógio atômico, com precisão de nanosegundo - 
mais preciso que a própria rotação da Terra.
O receptor tem que reconhecer as localizações 
dos satélites. Uma lista de posições, conhecida 
como almanaque, é transmitida de cada satélite 
para os receptores. Controles em terra rastreiam 
os satélites e mantém seus almanaques acurados. 
Cada satélite tem códigos P e CA únicos, e o 
receptor pode distinguílos.
Os códigos P são mais complexos que os CA e 
somente usuários militares podem reconhecê-los, 
pois seus receptores têm o valor para comparação 
na memória. Receptores civis medem os lapsos 
de tempo entre a recepção dos sinais codificados 
em CA. O conceito da rádio-navegação depende 
inteiramente da transmissão simultânea de rádio-
sinais. O controle de terra interfere fazendo com 
que alguns satélites enviem seus sinais CA 
ligeiramente antes ou depois dos outros. A 
interferência deliberada introduzida pelo 
Departamento de Defesa dos EUA é a fonte da 
Disponibilidade Seletiva - Selective Availability 
(AS). 
Os civis desconhecem o valor do erro, que é 
alterado aleatoriamente e está entre 15 e 100 
metros. A partir de 1º/05/00 a S.A. foi desativada 
passando os GPS operarem com erro de 5 a 15m. 
Os receptores militares não são afetados. Existe 
outra fonte de erro que afeta os receptores civis: a 
interferência ionosférica. Quando um sinal de 
rádio percorre os elétrons livres na ionosfera, 
sofre um certo atraso. Sinais de freqüências 
diferentes sofrem atrasos diferentes.
Para detectar esse atraso, os satélites do sistema 
enviam o código P em duas ondas de rádio de 
diferentes freqüências, chamadas L1 e L2. 
Receptores caros rastreiam ambas as freqüências 
e medem a diferença entre a recepção dos sinais 
L1 e L2, calculam o atraso devido aos elétrons 
livres e fazem correções para o efeito da 
ionosfera.
Receptores civis não podem corrigir a 
interferência ionosférica porque os códigos CA 
são gerados apenas na freqüência L1 ( l575,42 
MHz ). Existem receptores específicos 
conhecidos como nãocodificados, que são super 
acurados.
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Como desconhecem os valores do código P, 
obtém sua precisão usando técnicas especiais de 
processamento. Eles recebem e processam o 
código P por um número de dias e podem obter 
uma posição fixa com precisão de 10mm. É 
ótimo para levantamento topográfico. Os sinais 
gerados pelos satélites contém um "código de 
identidade", dados efêmeros (de status) e dados 
do almanaque. 
O código de identidade (Pseudo-Random Code - 
PRN ) identifica qual satélite está transmitindo. 
Referimo-nos aos satélites pelos seus PRN, de 1 a 
32, e este é o número mostrado no receptor para 
indicar qual(is) satélite(s) estamos recebendo. 
Os dados efêmeros (de status) são constantemente 
transmitidos e contém informações de status do 
satélite (operacional ou não), hora, dia, mês e 
ano. Os dados de almanaque dizem ao receptor 
onde procurar cada satélite a qualquer momento 
do dia. 
Com um mínimo de três satélites, o receptor pode 
determinar uma posição Lat/Long - que é 
chamada posição fixa 2D. (Deve-se entrar com o 
valor aproximado da altitude para melhorar a 
precisão). Com quatro ou mais satélites, um 
receptor pode determinar uma posição 3D, que 
inclue Lat/Long/Altitude. Pelo processamento 
contínuo desua posição, um receptor pode 
também determinar velocidade e direção do 
deslocamento.
FATORES QUE AFETAM A PRECISÃO DO 
SISTEMA
A primeira e maior fonte de erro é a 
Disponibilidade Seletiva (Selective Availability - 
S.A.). É uma degradação intencional imposta 
pelo Departamento de Defesa dos EUA. O erro 
máximo imposto é de 100 m, mas em geral 
introduz-se um erro de 30 m. O Sistema foi 
originalmente projetado para uso militar, mas em 
l980, por decisão do então presidente Ronald 
Reagan, liberou-se o Sistema para o uso geral, 
reservando aos militares a melhor precisão. 
Desde então, satélites sujeitos à degradação SA 
têm sido regularmente lançados.
Hoje, todos os satélites permitem degradação AS. 
A razão principal é evitar que organizações 
terroristas ou forças inimigas se utilizem da 
precisão do sistema. Outro fator que afeta a 
precisão é a 'Geometria dos Satélites'- localização 
dos satélites em relação uns aos outros sob a 
perspectiva do receptor GPS. Se um receptor GPS 
estiver localizado sob 4 satélites e todos 
estiverem na mesma região do céu, sua geometria 
é pobre. Na verdade, o receptor pode não ser 
capaz de se localizar, pois todas as medidas de 
distância provém da mesma direção geral.
Isto significa que a triangulação é pobre e a área 
comum da interseção das medidas é muito grande 
(isto é, a área onde o receptor busca sua posição 
cobre um grande espaço). Dessa forma, mesmo 
que o receptor mostre uma posição, a precisão 
não é boa. Com os mesmos 4 satélites, se 
espalhados em todas as direções, a precisão 
melhora drasticamente. 
Suponhamos os 4 satélites separados em 
intervalos de 90º a norte, sul, leste e oeste. A 
geometria é ótima, pois as medidas provém de 
várias direções. A área comum de interseção é 
muito menor e a precisão muito maior. A 
geometria dos satélites torna-se importante 
quando se usa o receptor GPS próximo a edifícios 
ou em áreas montanhosas ou vales. Quando os 
sinais de algum satélite é bloqueado, a posição 
relativa dos demais determinará a precisão, ou 
mesmo se a posição pode ser obtida. Um receptor 
de qualidade indica não apenas os satélites 
disponíveis, mas também onde estão no céu 
(azimute e elevação), permitindo ao operador 
saber se o sinal de um determinado satélite está 
sendo obstruído. 
Outra fonte de erro é a interferência resultante da 
reflexão do sinal em algum objeto, a mesma que 
causa a imagem 'fantasma' na televisão. Como o 
sinal leva mais tempo para alcançar o receptor, 
este 'entende' que o satélite está mais longe que 
na realidade. O erro causado é de 
aproximadamente 2 m. 
Outras fontes de erro: atraso na propagação dos 
sinais devido aos efeitos atmosféricos e alterações 
do relógio interno. Em ambos os casos, o receptor 
GPS é projetado para compensar os efeitos. 
ASPECTOS TÉCNICOS DO GPS
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RASTREAMENTO DOS SATÉLITES
Um receptor rastreia um satélite pela recepção de 
seu sinal. Sinais de apenas quatro satélites são 
necessários para obtenção de uma posição fixa 
tridimensional, mas é desejável um receptor que 
rastreie mais de quatro satélites simultaneamente. 
Com o usuário se desloca, o sinal de algum 
satélite pode ser bloqueado repentinamente por 
algum obstáculo, restando satélites suficientes 
para orientá-lo. A maioria dos receptores rastreia 
de 8 a 12 satélites ao mesmo tempo. Um receptor 
não é melhor que outro por rastrear mais satélites. 
Rastrear satélites significa conhecer suas 
posições. Não significa que o sinal daquele 
satélite está sendo usado no cálculo da posição. 
Muitos receptores calculam a posição com quatro 
satélites e usam os sinais do quinto para verificar 
se o cálculo está correto.
CANAIS
Os receptores não funcionam acima de 
determinada velocidade de deslocamento. O 
número de canais determina qual a velocidade 
máxima de uso. Mais canais não significa 
necessariamente maior velocidade. O número de 
canais não é fator importante na escolha do 
receptor, e sim, sua velocidade de operação. 
Depois que os sinais são captados pela antena, 
são direcionados para um circuito eletrônico 
chamado canal, que reconhece os sinais de 
diferentes satélites. Um receptor com um canal lê 
o sinal de cada satélite sucessivamente, até 
receber os sinais de todos os satélites rastreados. 
A técnica é chamada "time multiplexing". Leva 
menos de um segundo para processar os dados e 
calcular a posição. Um receptor com mais de um 
canal é mais rápido, pois os dados são 
processados simultaneamente.
ANTENAS
A antena recebe os sinais dos satélites. Como os 
sinais são de baixa intensidade, as dimensões da 
antena podem ser muito reduzidas. Receptores 
portáteis utilizam um dos dois tipos: 
Quadrifilar helix - formato retangular; localização 
externa; giratória; detecta melhor satélites 
localizados mais baixos no horizonte. 
Patch (microstrip) - Menor que a helix; 
localização interna; pode detectar satélites na 
vertical e 10* acima do horizonte. 
ANTENAS EXTERNAS
Podem ser conectadas através de uma extensão à 
maioria dos receptores. Alguns receptores 
possuem antena destacável, permitindo melhor 
uso a bordo de veículos. Se você for comprar uma 
antena externa, escolha uma 'ativa' que amplifica 
os sinais antes de enviá-los para o receptor. Ao 
construir uma extensão, opte por encurtar o cabo 
o máximo possível para diminuir a perda do sinal.
ENTRADA DE DADOS
Receptores GPS são projetados para serem 
compactos, não possuindo teclado alfa-numérico.
Todos os dados são digitados uma letra ou 
número ou símbolo por vez. Se o receptor não 
permitir rápida mudança de caracteres, NÃO 
COMPRE. Se você quer usar o receptor 
associado a outro equipamento, opte por um com 
essa capacidade. Embora a maioria dos receptores 
possa enviar dados para equipamentos 
periféricos, nem todos podem receber dados.
APLICAÇÕES DE SAÍDA DE DADOS
Alguns equipamentos úteis apenas recebem 
informação de um receptor GPS. Os dados são 
continuamente enviados para o equipamento 
acoplado ao receptor, que os utiliza para outras 
finalidades: - Mapa dinâmico: um mapa no 
computador que traça seus deslocamentos. 
- Visão gráfica de sua posição em relação a outros 
pontos. - Piloto automático: o receptor informa 
sua posição ao piloto automático. - Mapeamento: 
transferência dos dados obtidos durante sua 
viagem.
- Pós-processamento: uso dos dados para cálculos 
posteriores, reduzindo o efeito da disponibilidade 
seletiva.Um piloto automático é um bom 
exemplo de trabalho associado. O receptor é 
conectado ao piloto automático e o alimenta 
continuamente com a presente posição. O piloto 
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automático usa os dados para ajustar a direção e 
permanecer no curso. O piloto automático nunca 
manda dados de volta para o receptor. O receptor 
GPS deve usar uma linguagem que o 
equipamento a ele associado possa entender. 
Existe uma linguagem padrão para equipamentos 
de navegação chamada: Protocolo NMEA - 
National Maritime Eletronics Association. 
Existem diferentes formatos de protocolos, então 
verifique se o receptor e o equipamento usam o 
mesmo formato. Os mais comuns são: 180; 182; 
183 versão 1,5; 183 versão 2,0. A maioria dos 
receptores tem saída NMEA de dados.
APLICAÇÕES ENTRADA/SAÍDA DE 
DADOS
O receptor pode também receber dados do 
computador. Os usos comuns são: 
- Transferência de pontos plotados no computador 
para o receptor GPS; 
- Transferência de pontos plotados no receptor 
GPS para o computador, liberando sua 
capacidade de armazenagem de dados; 
- Transferência das coordenadas de um ponto 
selecionadas em um mapa na tela do computador 
para o receptor GPS. 
Como plotar pontos no receptor pode ser 
cansativo devido à ausência de teclado alfa-
numérico, um editor permite a entrada de dados 
rápida e facilmente. Digita-se os dados usando-se 
o teclado do computador transferindo-os depois 
para o receptor. Outra maneira de plotar os pontos 
no computador é usar um mapa da área na tela e 
selecionar os pontos a serem plotados com um 
mouse. O computador transfere automaticamente 
as coordenadas dos pontos para o receptor. Nem 
todos os receptores são projetados para receber 
dados. 
Existem três linguagens utilizadas nos receptores 
com essa capacidade:
NMEA; ACS II (formato de texto de um PC 
comum; e Proprietary (linguagens desenvolvidas 
pelos próprios fabricantes). Poucos receptores 
portáteis recebem dados NMEA. Alguns recebem 
dados ACS II e podem ser conectados 
diretamente ao computador RS 232.
A maioria dos receptores apenas recebem dados 
no formato projetado pelo fabricante. Algumas 
companhias querem limitar programas feitos por 
terceiros para seus receptores e se recusam a 
revelar o formato usado. Se você quer usar seu 
receptor associado a outros equipamentos, 
verifique a compatibilidade das linguagens 
empregadas.
DGPS - DIFFERENTIAL GPS (GPS Diferencial) 
O GPS Diferencial - DGPS - é um processo que 
permite ao usuário civil obter uma precisão de 2 
cm a 5 m, pelo processamento contínuo de 
correções nos sinais. As correções são 
transmitidas em Freqüência Modulada ou via 
satélite e são disponíveis em alguns países através 
de serviços de subscrição taxados. Podem 
também ser transmitidas por um segundo receptor 
ou por faróis de navegação localizados num raio 
de 100 km do usuário. Em ambos os casos, é 
necessário ter uma antena receptora DGPS 
conectada ao receptor GPS convencional.
SOBRE OS MAPAS: SISTEMAS DE 
COORDENADAS
São padrões de quadrados e retângulos 
superpostos aos mapas que permitem 
identificação de todo e qualquer ponto. O sistema 
mais usado que cobre o mundo todo é o 
LATITUDE/LONGITUDE. 
Usa-se como referências a Linha do Equador - 
que divide a Terra em Hemisfério Norte (N) e 
Hemisfério Sul (S) - e a linha que passa pelos 
polos e pela cidade inglesa de Greenwich 
(Meridiano de Greenwich) - que divide a Terra 
em Hemisfério Oeste (W, de West) e Hemisfério 
Leste (E, de East). 
As linhas imaginárias paralelas à do Equador são 
chamadas de Paralelos de Latitude e suas 
perpendiculares, de Meridianos de Longitude. 
Convencionou-se que a linha do Equador é a 
linha 0º de Latitude e o meridiano de Greenwich, 
a linha 0º de Longitude. 
O meridiano oposto, a 180º, é chamado de 
"International Date Line" (Linha Internacional de 
Mudança de Data).
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O Polo Norte está na Latitude 90º Norte e o Sul, 
na 90º Sul. P último pedido de socorro do Titanic 
partiu das coordenadas localizadas no paralelo de 
longitude 050º14' acima do Equador (Hemisfério 
Norte) e no meridiano de longitude a 41º45' a 
oeste de Greenwich (Hemisfério Oeste). Assim, 
no sistema LAT/LONG, suas coordenadas eram: 
N 41º 45' W 050º14'.
COORDENADAS UTM
Universal Transversa de Mercator A genialidade 
da grade UTM está na facilidade e precisão que 
ela permite na leitura de mapas muito detalhados. 
Gerardus Mercator, cartógrafo belga do século 
XVI, não imaginava o alcance da projeção 
elaborada por ele. 
A grade UTM divide o mundo em 60 zonas de 6º 
de largura. A zona número 1 começa na longitude 
oeste 180º (W 180º=E180º). Continuam em 
intervalos de 6º até a zona de número 60. Cada 
zona é projetada num plano e perde sua 
característica esférica. Assim suas coordenadas 
são chamadas "falsas". 
A distorção produzida pela projeção limita o 
mapa à área compreendida entre as latitudes N 
84º e S 80º. A grade UTM não inclui 
necessariamente letras na sua designação. 
A letra 'U', usada como referência pelo Sistema 
Militar Americano (U. S. Military Grid System), 
designa a região compreendida entre as latitudes 
N 48º e N 56º. 
Letras em ordem alfabética - de sul para norte - 
são usadas para designar seções de 8º, de forma a 
coincidir a seção 'U 'entre as referidas latitudes. 
Alguns receptores usam essa notação, outros 
apenas indicam se as coordenadas estão acima ou 
abaixo do Equador. Cada zona tem sua referência 
vertical e horizontal. A linha de longitude que 
divide uma zona de 6º em duas metades é 
chamada de 'zona meridiana'. Por exemplo, a 
zona 1 é limitada pelas linhas de longitude W 
180º e W 174º, então sua zona meridiana é a linha 
de longitude W 177º. 
A zona meridiana é sempre definida como 
500.000 m. As coordenadas horizontais maiores 
ou menores que 500.000 m se localizam a leste 
ou oeste da zona meridiana, respectivamente. O 
valor de uma coordenada horizontal avalia sua 
distância - em metros - da zona meridiana. 
A coordenada 501.560 está a 1.560 m a leste da 
zona meridiana; a 485.500 está a (500.000 - 
485.500) = 14.500 m a oeste da zona meridiana. 
As coordenadas horizontais crescem para leste e 
decrescem para oeste. As coordenadas verticais 
são medidas em relação ao Equador, que é cotado 
como a coordenada 0.000.000 m de referência 
para o Hemisfério Norte ou como a coordenada 
10.000.000 m de referência para o Hemisfério 
Sul. A coordenada vertical de uma localidade 
acima da Linha do Equador é sua distância - em 
metros - ao Equador. 
A coordenada vertical 5.897.000 significa que o 
ponto está a 5.897,0 m acima do Equador. Se o 
ponto estiver abaixo do Equador, a distância é 
calculada subtraindo-se o valor da coordenada do 
valor de referência para o Hemisfério Sul 
(10.000.000 - 5.897.000 = 4.103,0 m). Como a 
mesma coordenada vertical pode ser associada a 
duas localidades distintas, uma acima e outra 
abaixo do Equador, é necessário indicar em qual 
hemisfério se localiza para identificá-la.
DATUM DO MAPA
Os mapas são confeccionados de forma que todos 
os pontos estão a determinada distância de um 
ponto de referência padrão chamado DATUM. 
Antigamente cada país escolhia 
independentemente seu próprio DATUM. Resulta 
que as mesmas localidades tinham diferentes 
coordenadas em mapas de diferentes países.
 OGPS tem seu próprio DATUM chamado WGS 
84 - World Geodetic System 1984. Todos os 
receptores podem usá-lo como referência, mas se 
o mapa na mão do usuário não foi confeccionado 
com essa referência verificar outras opções. Por 
exemplo, em Minas Gerais, o DATUM utilizado é 
CÓRREGO ALEGRE e existe esta opção na 
memória do receptor. 
GRADE MAIDENHEAD e GRADE 
TRIMBLE
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A grade MAIDENHEAD é usada por operadores 
de rádio amador. Divide o mundo em grades de 
20º de longitude por 10º de latitude, que são 
identificadas por duas letras, AA - RR. As grades 
são subdivididas em áreas de 2º x 1º e rotuladas 
com 2 números, 00 - 99. As áreas são novamente 
subdivididas em subáreas de 5' de longitude por 
2,5' de latitude e rotuladas com letras, AA - XX. 
Uma coordenada Maidenhead é coisa do tipo EM 
18 BX.. A grade TRIMBLE é uma extensão da 
grade Maidenhead, que torna-a mais acurada e 
utilizável em receptores GPS. 
Uma sub-área Maidenhead pode cobrir uma área 
de até 8,9 km x 4,8 km. Um receptor pode 
reconhecer áreas muito menores que esta, então a 
grade TRIMBLE subdividiu a sub-área ainda 
mais, adicionando um par de números (00 - 99) e 
letras (AA - YY) ao formato Maidenhead. A 
coordenada fica então AQ 57 DK 23 SU , por 
exemplo. Receptores TRIMBLE são úteis para 
quem precisa de coordenadas Maidenhead, pois 
podem converter qualquer grade em Maidenhead.
ESCALA DE UM MAPA
É a relação entre a medida feita no mapa e seu 
valor real. A escala 1:1.000.000 significa que 1 
centímetro lido no mapa eqüivale a 1.000.000 de 
centímetros (10 km) na realidade. O uso 
associado de um bom mapa e um receptor GPS é 
uma poderosa ferramenta de orientação e 
navegação.
RECEPTORES GPS
Existem receptores de diversos fabricantes 
disponíveis no mercado, desde os portáteis - 
pouco maiores que um maço de cigarros - que 
custam pouco mais de 100 dólares, até os 
sofisticados computadores de bordo de aviões e 
navios, passando pelos que equipam muitos 
carros modernos. 
Além de receber e decodificar os sinais dos 
satélites, os receptores são verdadeiros 
computadores que permitem várias opções de: 
referências; sistemas de medidas; sistemas de 
coordenadas; armazenagem de dados; troca de 
dados com outro receptor ou com um 
computador; etc. Alguns modelos têm mapas 
muitos detalhados em suas memórias. Uma 
pequena tela de cristal líquido e algumas teclas 
permitem a interação receptor/usuário.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM 
RECEPTOR
Permitem armazenar pontos em sua memória, 
através de coordenadas lidas em um mapa; 
obtidas pela leitura direta de sua posição ou 
através de reportagens ou livros especializados 
que as publiquem. 
- Os pontos plotados na memória podem ser 
combinados formando rotas que, quando 
ativadas, permitem que o receptor analise os 
dados e informe, por exemplo: tempo, horário 
provável de chegada e distância até o próximo 
ponto; tempo, horário provável de chegada e 
distância até o destino; horário de nascer e do por 
do Sol; rumo que você deve manter para chegar 
ao próximo ponto de sua rota e muito mais. 
A função ROTA é importante porque permite que 
o receptor guie o usuário do primeiro ponto ao 
próximo e assim sucessivamente até o destino. 
Quando você atinge um ponto, o receptor busca o 
próximo - sem a interferência do operador - 
automaticamente. A função GO TO é similar, 
sendo o ponto selecionado o próprio destino. 
- Grava na memória seu deslocamento, 
permitindo retraçar seu caminho de volta ao 
ponto de partida. Pode-se avaliar sua utilidade em 
barcos, caminhadas e uso fora-de-estrada. 
- Os receptores instalados nos carros dos países 
onde existem mapas digitalizados - computadores 
de bordo - trazem em sua memória mapas 
detalhados de cidades e endereços úteis como 
restaurantes, shoppings, hotéis, etc. Um menu 
permite ao motorista ativar automaticamente uma 
rota até o ponto desejado, seja outra cidade, outro 
bairro ou um endereço específico. (No Brasil, 
provavelmente a General Motors sairá na frente 
na oferta desse opcional, no carro a ser produzido 
em sua unidade do Rio Grande do Sul. A filial da 
Mannesmann VDO AG., fabricante alemã desse 
equipamento, está sondando empresas 
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especializadas para fazerem o mapeamento 
digitalizado das cidades brasileiras com mais de 
100.000 habitantes.
APLICAÇÕES DO G.P.S.
Além de sua aplicação óbvia na aviação geral e 
comercial e na navegação marítima, qualquer 
pessoa que queira saber sua posição, encontrar 
seu caminho para determinado local (ou de volta 
ao ponto de partida), conhecer a velocidade e 
direção de seu deslocamento pode se beneficiar 
com o sistema. A comunidade científica o utiliza 
por seu relógio altamente preciso. 
Durante experimentos científicos de coleta de 
dados, pode-se registrar com precisão de micro-
segundos (0,000001 segundo) quando a amostra 
foi obtida. Naturalmente a localização do ponto 
onde a amostra foi recolhida também pode ser 
importante. Agrimensores diminuem custos e 
obtêm levantamentos precisos mais rapidamente 
com o GPS. 
Unidades específicas têm custo aproximado de 
3.000 dólares e precisão de 1 metro, mas existem 
receptores mais caros com precisão de 1 
centímetro. A coleta de dados por estes receptores 
é bem mais lenta. Guardas florestais, trabalhos de 
prospecção e exploração de recursos naturais, 
geólogos, arqueólogos, bombeiros, são 
enormemente beneficiados pela tecnologia do 
sistema.
 O GPS tem se tornado cada vez mais popular 
entre ciclistas, balonistas, pescadores, ecoturistas 
ou por leigos que queiram apenas planejar e se 
orientar durante suas viagens. Com a 
popularização do GPS, um novo conceito surgiu 
na agricultura: a agricultura de precisão. Uma 
máquina agrícola dotada de receptor GPS 
armazena dados relativos à produtividade em um 
cartão magnético que, tratados por programa 
específico, produz um mapa de produtividade da 
lavoura. As informações permitem também 
otimizar a aplicação de corretivos e fertilizantes. 
Lavouras americanas e européias já utilizam o 
processo que tem enorme potencial em nosso 
país.
LIMITAÇÕES
O receptor não é um altímetro confiável, pois o 
erro de 15 a 100 metros introduzido 
propositadamente aplica-se também à altitude. Os 
sinais dos satélites não penetram em vegetação 
densa, vales estreitos, cavernas ou na água. 
Montanhas altas ou edifícios próximos também 
afetam sua precisão. Para o uso automotivo, 
deve-se providenciar uma extensão para fixar a 
antena externamente ou posicioná-lo junto ao 
pára-brisas. Os conectores são do tipo LM-1 e 
LF-1, usados por rádio-amadores. É importante 
que o receptor utilize pilhas comercializadas no 
nosso mercado e que tenha como acessório um 
adaptador para ligá-lo no acendedor de cigarros 
do veículo. Para o uso em ambiente marinho, é 
fundamental que o receptor seja a prova d'água 
para evitar corrosão em seus componentes.
ESCOLHA DO RECEPTOR
O item mais importante é definir a aplicação 
básica que você terá para um receptor GPS.
Identifique então os modelos disponíveis no 
mercado e liste-os sob a forma de uma tabela 
comparativa contendo preços, características 
principais e acessórios disponíveis. Acessórios ou 
características supérfulas à sua aplicação 
encarecem desnecessariamente omodelo a ser 
adquirido. Um receptor portátil para o uso geral 
de excelente relação custo/benefício é o modelo 
GPS III fabricado pela GARMIN 
(www.garmin.com).
Vem de fábrica com um mapa bastante detalhado 
implantado na memória; funciona com 4 pilhas 
tamanho AA ou conectado ao acendedor de 
cigarros do veículo; sua memória tem capacidade 
de gravar até 500 pontos e 20 rotas diferentes e 
registra seu deslocamento automaticamente. 
Permite entrada/saída de dados para outros 
equipamentos e custa aproximadamente 300 
dólares nos EUA. Existe um modelo específico 
para as Américas e o modelo PILOT, mais caro, 
para o uso em aviação.
GLOSSÁRIO
ALMANAQUE - Informações de localização 
(constelação) e status dos satélites transmitida por 
cada satélite e coletada pelo receptor.
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AZIMUTE - O ângulo medido entre o horizonte e 
um satélite ou outro objeto.
DIREÇÃO - A direção do deslocamento, medida 
em graus, baseada na convenção que considera o 
operador/receptor no centro de um círculo 
imaginário, estando o Norte a 0º/360º e o Sul a 
180º.
RUMO - A direção pretendida de movimento.
CURSO - É a direção do destino, medida em 
graus.
COORDENADAS - Descrição única de uma 
posição geográfica, usando caracteres numéricos 
ou alfa-numéricos.
NORTE VERDADEIRO - A direção do Polo Norte.
NORTE MAGNÉTICO - A direção apontada pela 
agulha da bússola magnética.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA - A diferença, em 
graus, entre o norte magnético e o verdadeiro.
POSIÇÃO - Uma localização geográfica na superfície 
da Terra.
NAVEGAÇÃO - Ato de determinar o curso e a 
direção do deslocamento.
ROTA - Um curso planejado de viagem definido por 
uma seqüência de pontos.
PERNA - Distância de um ponto de uma rota ao 
próximo ponto de referência.
POSIÇÃO FIXA - Coordenadas de posição 
computadas pelo receptor GPS
S.A. - Selective Availability ( Disponibilidade 
Seletiva) - O erro aleatório que o Departamento de 
Defesa dos EUA introduz deliberadamente nos sinais 
do Sistema para degradar sua precisão. Removido em 
01/05/00
DILUIÇÃO DE PRECISÃO - DOP (Dilution Of 
Precision) - Também conhecido como GDOP 
(Geometric DOP), é o fator que determina a precisão 
obtida devido à geometria dos satélites. Quanto 
menor a DOP, melhor a precisão.
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Anotações:
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Anotações:
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GEOPROCESSAMENTO E SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
GEOGRÁFICA – SIG.
GEOPROCESSAMENTO
O geoprocessamento é o processamento 
informatizado de dados georreferenciados. 
Utiliza programas de computador que permitem 
o uso de informações cartográficas (mapas, 
cartas topográficas e plantas) e informações a 
que se possa associar coordenadas desses mapas, 
cartas ou plantas. Pode ser utilizado para 
diversas aplicações.
Outra definição seria: É um conjunto de 
conceitos, métodos e técnicas erigido em torno 
do processamento eletrônico de dados que opera 
sobre registros de ocorrência georreferenciados, 
analisando suas características e relações 
geotopológicas para produzir informação 
ambiental.
O TERMO GEOPROCESSAMENTO
O termo geoprocessamento denota a disciplina 
do conhecimento que utiliza técnicas 
matemáticas e computacionais para o tratamento 
da informação geográfica e que vem 
influenciando de maneira crescente as áreas de 
Cartografia, Análise de Recursos Naturais, 
Transportes, Comunicações, Energia e 
Planejamento Urbano e Regional.
As ferramentas computacionais para 
geoprocessamento, chamadas de Sistemas de 
Informação Geográfica GIS - sigla em Inglês 
para SIG -, permitem realizar análises 
complexas, ao integrar dados de diversas fontes e 
ao criar bancos de dados geo-referenciados. 
Tornam ainda possível automatizar a produção 
de documentos cartográficos.
Num país de grande dimensão como o Brasil, 
com uma grande carência de informações 
adequadas para a tomada de decisões sobre os 
problemas urbanos, rurais e ambientais, o 
Geoprocessamento apresenta um enorme 
potencial, principalmente se baseado em 
tecnologias de custo relativamente baixo, em que 
o conhecimento seja adquirido localmente.
Muitos pesquisadores e especialistas na área 
preferem o termo "Geoinformática", que é mais 
geral que o termo "Geoprocessamento", e 
corresponde a uma analogia ao termo 
"Bioinformática". A Sociedade Brasileira de 
Computação (SBC) prefere este termo. A SBC 
possui uma comissão especial de Geoinformática 
e organiza anualmente o Simpósio Brasileiro de 
Geoinformática (GeoInfo).
Mais facilmente falando são informações 
relacionados a recursos naturais, cartografias 
,transportes, comunicações e outros; por meio da 
informática.
HISTÓRICO DO GEOPROCESSAMENTO
As primeiras tentativas de automatizar parte do 
processamento de dados com características 
espaciais aconteceram na Inglaterra e nos 
Estados Unidos, nos anos 50, com o objetivo 
principal de reduzir os custos de produção e 
manutenção de mapas. Dada a precariedade da 
informática na época, e a especificidade das 
aplicações desenvolvidas (pesquisa em botânica, 
na Inglaterra, e estudos de volume de tráfego, 
nos Estados Unidos), estes sistemas ainda não 
podem ser classificados como “sistemas de 
informação”.
Os primeiros Sistemas de Informação Geográfica 
surgiram na década de 1960, no Canadá, como 
parte de um programa governamental para criar 
um inventário de recursos naturais. Estes 
sistemas, no entanto, eram muito difíceis de usar: 
não existiam monitores gráficos de alta 
resolução, os computadores necessários eram 
excessivamente caros, e a mão de obra tinha que 
ser altamente especializada e caríssima. Não 
existiam soluções comerciais prontas para uso, e 
cada interessado precisava desenvolver seus 
próprios programas, o que demandava muito 
tempo e, naturalmente, muito dinheiro.
Além disto, a capacidade de armazenamento e a 
velocidade de processamento eram muito baixas. 
Ao longo dos anos 70 foram desenvolvidos 
novos e mais acessíveis recursos de hardware, 
tornando viável o desenvolvimento de sistemas 
comerciais. Foi então que a expressão 
Geographic Information System foi criada. Foi 
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também nesta época que começaram a surgir os 
primeiros sistemas comerciais de CAD 
(Computer Aided Design, ou projeto assistido 
por computador), que melhoraram em muito as 
condições para a produção de desenhos e plantaspara engenharia, e serviram de base para os 
primeiros sistemas de cartografia automatizada. 
Também nos anos 70 foram desenvolvidos 
alguns fundamentos matemáticos voltados para a 
cartografia, incluindo questões de geometria 
computacional. No entanto, devido aos custos e 
ao fato destes proto-sistemas ainda utilizarem 
exclusivamente computadores de grande porte, 
apenas grandes organizações tinham acesso à 
tecnologia.
A década de 1980 representa o momento quando 
a tecnologia de sistemas de informação 
geográfica inicia um período de acelerado 
crescimento que dura até os dias de hoje. Até 
então limitados pelo alto custo do hardware e 
pela pouca quantidade de pesquisa específica 
sobre o tema, os GIS se beneficiaram 
grandemente da massificação causada pelos 
avanços da microinformática e do 
estabelecimento de centros de estudos sobre o 
assunto. Nos EUA, a criação dos centros de 
pesquisa que formam o NCGIA - National 
Centre for Geographical Information and 
Analysis (NCGIA, 1989) marca o 
estabelecimento do Geoprocessamento como 
disciplina científica independente.
GEOPROCESSAMENTO NO BRASIL
A introdução do geoprocessamento no Brasil 
inicia-se a partir do esforço de divulgação e 
formação de pessoal feito pelo prof. Jorge Xavier 
da Silva (UFRJ), no início dos anos 80. A vinda 
ao Brasil, em 1982, de Roger Tomlinson - 
responsável pela criação do primeiro SIG (o 
Canadian Geographical Information 
System)-,para participar do Congresso da União 
Geográfica Internacional, no Rio de Janeiro, 
incentivou o aparecimento de vários grupos 
interessados em desenvolver tecnologia, entre os 
quais podemos citar:
UFRJ: O grupo do Laboratório de 
Geoprocessamento do Departamento de 
Geografia da UFRJ, sob a orientação do 
professor Jorge Xavier, desenvolveu o SAGA 
(Sistema de Análise GeoAmbiental). O SAGA 
tem seu forte na capacidade de análise 
geográfica e vem sendo utilizado com sucesso 
com veículo de estudos e pesquisas.
MaxiDATA: Os então responsáveis pelo setor de 
informática da empresa de aerolevantamento 
AeroSul criaram, em meados dos anos 80, um 
sistema para automatização de processos 
cartográficos. Posteriormente, constituíram 
empresa MaxiDATA e lançaram o MaxiCAD, 
software largamente utilizado no Brasil, 
principalmente em aplicações de Mapeamento 
por Computador. Mais recentemente, o produto 
dbMapa permitiu a junção de bancos de dados 
relacionais a arquivos gráficos MaxiCAD, 
produzindo uma solução para desktop mapping 
para aplicações cadastrais.
CPqD/TELEBRÁS: O Centro de Pesquisa e 
Desenvolvimento da TELEBRÁS iniciou, em 
1990, o desenvolvimento do SAGRE (Sistema 
Automatizado de Gerência da Rede Externa), 
uma extensiva aplicação de Geoprocessamento 
no setor de telefonia. Construído com base num 
ambiente de um SIG (VISION) com um banco 
de dados cliente-servidor (ORACLE), o SAGRE 
envolve um significativo desenvolvimento e 
personalização de software.
INPE: Em 1984, o INPE (Instituto Nacional de 
Pesquisas Espacias) estabeleceu um grupo 
específico para o desenvolvimento de tecnologia 
de geoprocessamento e sensoriamento remoto (a 
Divisão de Processamento de Imagens - DPI). 
De 1984 a 1990 a DPI desenvolveu o SITIM 
(Sistema de Tratamento de Imagens) e o SIG 
(Sistema de Informações Geográficas), para 
ambiente PC/DOS, e, a partir de 1991, o 
SPRING (Sistema para Processamento de 
Informações Geográficas), para ambientes UNIX 
e MS/Windows.
O SPRING (Sistema de Processamento de 
Informações Geográficas) unifica o tratamento 
de imagens de Sensoriamento Remoto (ópticas e 
microondas), mapas temáticos, mapas cadastrais, 
redes e modelos numéricos de terreno. A partir 
de 1997, o SPRING passou a ser distribuido via 
Internet e pode ser obtido através do website 
www.dpi.inpe.br/spring. É uma aplicação 
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gratuita e indicada para quem precisa aprender 
os conceitos do Geoprocessamento.
O Laboratório de Processamento de Imagens e 
Geoprocessamento (LAPIG) da Universidade 
Federal de Goiás / Instituto de Estudos Sócio-
Ambientais (UFG/IESA) iniciou suas atividades 
em 1995 (sob a orientação do professor Laerte 
Guimarães Ferreira Júnior). Ultimamente, o 
LAPIG vem contribuindo com as pesquisas na 
área de Geoprocessamento e Sensoriamento 
Remoto, direcionando suas análises para o bioma 
Cerrado. Dentre as várias iniciativas do LAPIG, 
destaca-se o desenvolvimento do Sistema 
Integrado de Alerta de Desmatamento (SIAD), 
desenvolvido pelo professor Nilson Clementino 
Ferreira, com o apoio de outros pesquisadores do 
LAPIG. Hoje, este sistema é utilizado para 
monitorar os desmatamentos no Cerrado.
POPULARIZAÇÃO DO 
GEOPROCESSAMENTO
No decorrer dos anos 80, com a grande 
popularização e barateamento das estações de 
trabalho gráficas, além do surgimento e evolução 
dos computadores pessoais e dos sistemas 
gerenciadores de bancos de dados relacionais, 
ocorreu uma grande difusão do uso de GIS. A 
incorporação de muitas funções de análise 
espacial proporcionou também um alargamento 
do leque de aplicações de GIS. Na década atual, 
observa-se um grande crescimento do ritmo de 
penetração do GIS nas organizações, sempre 
alavancado pelos custos decrescentes do 
hardware e do software, e também pelo 
surgimento de alternativas menos custosas para a 
construção de bases de dados geográficas.
Os anos 90 consolidaram definitivamente o uso 
do Geoprocessamento como ferramenta de apoio 
à tomada de decisão, tendo saído do meio 
acadêmico para alcançar o mercado com um 
velocidade tremenda. Instituições do Governo e 
grandes empresas começaram a investir no uso 
de aplicativos disponíveis no mercado como o 
ArcGIS da ESRI, AutoCAD MAP da Autodesk, 
gvSIG, GRASS, dentre outros. Consolidam-se ai 
as aplicações desktop que agregavam diversas 
funções no mesmo sistema (modelagem 3D, 
análise espacial, processamento digital de 
imagens, etc). Os usuários são especialistas e a 
difusão dos beneficios do uso de aplicações de 
geoprocessamento ainda estão engatinhando.
No fim dos anos 90 e início desse século o uso 
da WEB já está consolidado e as grandes 
corporações passam a adotar o uso de intranet. O 
GIS em busca de mais popularização (por 
demandas do próprio mercado), evolui e passa a 
fazer uso também do ambiente WEB. Os 
aplicativos são simples, com funcionalidades 
básicas de consulta à mapas e a bases 
alfanuméricas. Os usuários já não precisam mais 
ser especialistas, facilitando o acesso de pessoas 
não ligadas à área em questão. Tem-se ai um 
salto no número de usuários, o surgimento de 
sites especializados, revistas, etc.
Houve também uma aproximação entre as 
grandes empresas de GIS e as tradicionais 
empresas de Tecnologia da Informação como a 
Oracle, Microsoft, Google, etc.
No Brasil além do próprio termo 
Geoprocessamento, passa-se a adotar o termo 
Geotecnologias para representar o mesmo 
conceito.
A MASSIFICAÇÃO DO 
GEOPROCESSAMENTO
Após o surgimento do Google Maps, do Google 
Earth e do WikiMapia uma verdadeira revolução 
está acontecendo. Pessoas que até então não 
tinham qualquer contato com ferramentas GIS, 
de uma hora para outra podem ter acesso à 
qualquer parte do planeta por meio de aplicações 
que misturam imagens de satélite, modelos 3D e 
GPS, sendo que o usuário necessita apenas ter 
conexão à internet.
A Microsoft possui também a sua solução de 
visualização do Globo terreste em 3D, chamadode Virtual Earth.(Hoje denominado Bing Maps). 
A NASA oferece o NASA World Wind um globo 
virtual destinado ao segmento de pesquisadores, 
programável por um SDK Java.Outra aplicação 
existente é o Arc Globe da Environmental 
Systems Research Institute (ESRI) com o Arc 
Globe, um visualizador de dados em 3D.
Fabricantes de aparelhos de celular já estão 
lançando telefones equipados com GPS e mapas. 
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Montadoras já fabricam carros com sistemas de 
rastreamento por satélite.
A cada dia fica mais comum estar em contato 
com o Geoprocessamento, mesmo que não 
saibamos que ele está de alguma forma sendo 
usado.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
GEOGRÁFICA.
Um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou 
GIS - Geographic Information System, do 
acrónimo/acrônimo inglês) é um sistema de 
hardware, software, informação espacial e 
procedimentos computacionais que permite e 
facilita a análise, gestão ou representação do 
espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.
Um exemplo bem conhecido de um proto SIG é 
o trabalho desenvolvido pelo Dr. John Snow em 
1854 para situar a fonte causadora de um surto 
de cólera na zona do Soho em Londres, 
cartografando os casos detectados. Esse 
protoSIG permitiu a Snow localizar com 
precisão um poço de água contaminado como 
fonte causadora do surto. Esta informação, 
entretanto, é controversa, visto que John Snow já 
tinha descoberto o poço antes da aplicação do 
mapa.
Existem vários modelos de dados aplicáveis em 
SIG (Sistemas de Informação Geográfica). Por 
exemplo, o SIG pode funcionar como uma base 
de dados com informação geográfica (dados 
alfanuméricos) que se encontra associada por um 
identificador comum aos objectos gráficos de um 
mapa digital. Desta forma, assinalando um 
objecto pode-se saber o valor dos seus atributos, 
e inversamente, selecionando um registro da 
base de dados é possível saber a sua localização 
e apontá-la num mapa.
O Sistema de Informação Geográfica separa a 
informação em diferentes camadas temáticas e 
armazena-as independentemente, permitindo 
trabalhar com elas de modo rápido e simples, 
permitindo ao operador ou utilizador a 
possibilidade de relacionar a informação 
existente através da posição e topologia dos 
objectos, com o fim de gerar nova informação.
Os modelos mais comuns em SIG são o modelo 
raster ou matricial e o modelo vectorial. O 
modelo de SIG matricial centra-se nas 
propriedades do espaço, compartimentando-o em 
células regulares (habitualmente quadradas, mas 
podendo ser rectangulares, triangulares ou 
hexagonais). Cada célula representa um único 
valor. Quanto maior for a dimensão de cada 
célula (resolução) menor é a precisão ou detalhe 
na representação do espaço geográfico. No caso 
do modelo de SIG vectorial, o foco das 
representações centra-se na precisão da 
localização dos elementos no espaço. Para 
modelar digitalmente as entidades do mundo real 
utilizam-se essencialmente três formas espaciais: 
o ponto, a linha e o polígono.
PADRONIZAÇÃO
Na tentativa de chegar a uma padronização dos 
citados tipos de dados, existe o Open Geospatial 
Consortium, hospedado em 
http://www.opengeospatial.org/. O objetivo é 
forçar os desenvolvedores de software de SIG e 
Geoprocessamento adotarem padrões. 
Atualmente, possui algumas especificações:
WMS - Web Map Service
WFS - Web Feature Service
WCS - Web Coverage Service
CS-W - Catalog Service Web
SFS - Simple Features - SQL
GML - Geography Markup Language
A partir de 2005, com a disponibilização gratuita 
do visualizador Google Earth, o formato KMZ se 
popularizou, tornando-se um padrão de facto. 
Vários SIG, em 2006, já apresentam 
possibilidades de exportação e importação de 
arquivos KMZ, como o NASA World Wind.
UTILIZAÇÃO
Os SIG permitem compatibilizar a informação 
proveniente de diversas fontes, como informação 
de sensores espaciais (detecção remota / 
sensoriamento remoto), informação recolhida 
com GPS ou obtida com os métodos tradicionais 
da Topografia.
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Entre as questões em que um SIG pode ter um 
papel importante encontram-se:
Localização: Inquirir características de um lugar 
concreto
Condição: Cumprimento ou não de condições 
impostas aos objetos.
Tendência: Comparação entre situações 
temporais ou espaciais distintas de alguma 
característica.
Rotas: Cálculo de caminhos ótimos entre dois ou 
mais pontos.
Modelos: Geração de modelos explicativos a 
partir do comportamento observado de 
fenómenos/fenômenos espaciais.
Material jornalístico. O Jornalismo online pode 
usar sistemas SIG para aprofundar coberturas 
jornalísticas onde a espacialização é importante.
Os campos de aplicação dos Sistemas de 
Informação Geográfica, por serem muito 
versáteis, são muito vastos, podendo-se utilizar 
na maioria das atividades com um componente 
espacial, da cartografia a estudos de impacto 
ambiental ou vigilância epidemiológica de 
doenças, de prospeção de recursos ao marketing, 
constituindo o que poderá designar de Sistemas 
Espaciais de Apoio à Decisão. A profunda 
revolução que provocaram as novas tecnologias 
afetou decisivamente a evolução da análise 
espacial.
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SENSORIAMENTO REMOTO
INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO 
REMOTO
CARLOS ALBERTO STEFFEN
Divisão de Sensoriamento Remoto
RADIAÇÃO SOLAR 
O Sol é a principal fonte de energia para todo o 
sistema solar e, devido à sua elevada 
temperatura, gera uma grande quantidade de 
energia que é irradiada para todo o espaço. 
Propagando-se pelo vácuo com uma velocidade 
próxima de 300.000 km/s a energia radiante, 
também chamada radiação solar, atinge a Terra 
onde é em parte refletida de volta para o espaço e 
em parte absorvida pelos objetos terrestres 
transformando-se em calor ou outras formas de 
energia. Por exemplo, a radiação solar ao ser 
absorvida pela água do oceano se transforma em 
calor que a faz evaporar formando as nuvens e 
estas, ao se precipitarem na forma de chuva 
alimentam os reservatórios das usinas 
hidroelétricas; a água acumulada nos 
reservatórios contém energia mecânica potencial 
que ao se precipitar através dos geradores da 
usina é transformada em energia elétrica e então 
transportada (por fios elétricos) para outros 
lugares onde novas transformações podem gerar 
luz, calor, acionar motores, etc. A energia 
radiante também pode ser gerada na Terra por 
objetos aquecidos ou através de outros 
fenômenos físicos. Por exemplo, o filamento de 
uma lâmpada se torna incandescente ao ser 
percorrido por uma corrente elétrica, gera 
energia radiante, sob a forma de luz, que ilumina 
os objetos ao redor. 
LUZ E RADIAÇÃO 
Isaac Newton (1642-1727), um dos maiores 
cientistas de todos os tempos, provou que a 
radiação solar poderia ser separada (dispersa) em 
um espectro colorido, como acontece num arco-
íris. Sua experiência, mostrou que a radiação 
solar visível (luz branca) é uma mistura de luzes 
de cores diferentes. Experimentos realizados 
posteriormente mostraram que o espectro solar 
contém outros tipos de radiação invisíveis, como 
a ultravioleta e a infravermelha (figura 1). 
Figura 1. Dispersão da radiação solar. 
Observe na figura 2 que ao agitar uma

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