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APOSTILA CARREIRAS POLICIAIS (2)

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CARREIRAS
POLICIAIS
Nível Superior
Conhecimentos Comum para Todos os Cargos
Língua Portuguesa • Atualidades • Raciocínio Lógico e Matemático • Noções de 
Informática • Noções de Direito Constitucional • Noções de Direito Administrativo • Noções 
de Direito Penal • Noções de Direito Processual Penal • Legislação Penal Extravagante
Questões Gabaritadas
Teoria completa e mais de 1.300 exercícios gabaritados
VERSÃO 2020
Jonas Rodrigo • Márcio Wesley • Otoniel Linhares • Rui Santos • Marcelo Andrade • Daniella Matos 
Edgard Antônio Lemos Alves • Fabrício Wagner • Welma Maia • Racquel Barros • Ravan Leão
“O que é uma apostila preparatória? 
É uma apostila elaborada antes da publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último 
edital, para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”.
APOSTILA PREPARATÓRIA
E D I T O R A
2020
© 2020 Avançar Serviços Educacionais
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida 
a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da 
editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro-
gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração 
da obra, bem como às suas características gráficas.
CARREIRAS POLICIAIS
Conteúdo Comum para Todos os Cargos – Nível Superior
Atualizada até 07/2020 (AC04)
Língua Portuguesa • Atualidades • Raciocínio Lógico e Matemático • Noções de Informática
Noções de Direito Constitucional • Noções de Direito Administrativo • Noções de Direito Penal 
Noções de Direito Processual Penal • Legislação Penal Extravagante • Caderno de Questões
Autores:
Jonas Rodrigo • Márcio Wesley • Otoniel Linhares • Rui Santos • Marcelo Andrade • Daniella Matos 
Edgard Antônio Lemos Alves • Fabrício Wagner • Welma Maia • Racquel Barros • Ravan Leão
GESTÃO DE CONTEÚDOS
Tatiani Carvalho
PRODUÇÃO EDITORIAL
Tatiani Carvalho
REVISÃO
Ylka Ramos
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
CAPA
Marcos Aurélio Pereira
E D I T O R A
www.editoraavancar.com.br
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 Avançar Editora
 avancarEditora
 @AvancarEditora
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados ............................................................................................. 3
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais ....................................................................................................................... 4
Domínio da ortografia oficial. Emprego das letras ............................................................................................................... 6
Emprego da acentuação gráfica .......................................................................................................................................... 11
Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, 
de conectores e outros elementos de sequenciação textual ......................................................................................... 5/13
Emprego/correlação de tempos e modos verbais .............................................................................................................. 14
Domínio da estrutura morfossintática do período. Relações de coordenação entre orações e entre termos da 
oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração ....................................................................18
Emprego dos sinais de pontuação ....................................................................................................................................... 22
Concordância verbal e nominal ........................................................................................................................................... 23
Emprego do sinal indicativo de crase .................................................................................................................................. 29
Colocação dos pronomes átonos ........................................................................................................................................ 32
Reescritura de frases e parágrafos do texto ........................................................................................................................ 33
Substituição de palavras ou de trechos de texto ................................................................................................................ 34
Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade ........................................................................................ 34
Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). Adequação da linguagem 
ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero ..................................................................................34
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
CARREIRAS POLICIAIS
Lí
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3
Língua Portuguesa
Jonas Rodrigo • Márcio Wesley
Jonas Rodrigo
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
ao se analisarem as diversas possibilidades de se in-
terpretar um texto, deve-se entender que algumas bases 
nortearão tal entendimento.
em primeiro lugar, é essencial saber que um texto tem 
duas características principais: as ideias que ele pretende 
transmitir e os recursos linguísticos que ele utilizará para 
fazê-lo.
Nesse sentido, é que se percebem questões de Inter-
pretação em provas de concursos para cargos públicos, 
ora cobrando aspectos semânticos, ora avaliando aspectos 
gramaticais, como ferramenta para o entendimento do texto.
Este material tem por objetivo oferecer recursos estilísti-
cos para o entendimento da primeira característica, ou seja, 
de aspectos literários: sentido figurado, conotação, funções 
de linguagem, figuras de linguagem, semântica.
A segunda característica principal da Interpretação de 
Textos, que diz respeito aos aspectos gramaticais, é advinda 
de um estudo contínuo acerca das regras gramaticais.
Vamos entender a seguir como podem ser cobradas as 
duas características em provas de concursos públicos.
•	 Aspectos Semânticos da Interpretação de Textos
observe o texto a seguir.
Pedrinho era menino muito querido em sua cidade, tão 
magrinho que mal conseguia carregar a bandeja com os 
amendoins que ele vendia.
Todos gostavam do garoto, pois ele era tido como alguém 
de muito bom coração, por suas atitudes de ajuda ao próximo 
quase que diariamente.
ele auxiliava idosos a atravessarem as ruas movimentadas 
do centro; cuidava dos animais de estimação, enquanto seus 
donos visitavam estabelecimentos comerciais que não per-
mitiam a entrada de animais; fazia companhia para crianças, 
na porta da escola municipal, até que os pais mais atrasados 
chegassem para apanhá-las; entre outras coisas.
numa tarde chuvosa, Pedro presenciou um atropela-
mento de um rapaz bem corpulento, o qual não pode contar 
com o socorro do causadordo acidente, pois este fugiu em 
alta velocidade.
O vendedor de amendoins não pensou duas vezes, pediu 
ajuda a um taxista amigo seu e carregou o jovem atropelado 
até o carro, levando-o ao hospital.
seu feito rendeu-lhe uma faixa no local do acidente com 
a escrita: “Pedrinho, nosso herói! ”, além de uma medalha de 
honra ao mérito, dada em cerimônia pública pelo prefeito.
A partir do texto acima, julgue o item a seguir.
– o texto é coerente.
Gabarito: Errado.
Comentário: como um menino magrinho que mal conse-
guia carregar a bandeja de amendoins iria conseguir carregar 
nos braços um jovem corpulento.
•	 Aspectos Gramaticais da Interpretação de Textos
observe o texto a seguir.
ana, Bia e Marta são primas. ambas estudam juntas.
A partir do texto acima, julgue o item a seguir.
– o texto é coerente.
 Gabarito: Errado.
Comentário: “Ambas” é gramaticalmente um numeral 
dual, ou seja, que indica dualidade, portanto, dois. o texto 
é incoerente por trazer três nomes próprios.
Com os exemplos acima, você pode observar que é 
possível se cobrar o entendimento de um texto, a partir do 
quesito coerência, tanto com ênfase gramatical, como com 
ênfase semântica.
Coerência: segue a lógica formal. Pauta-se na verdade 
de inferência. Baseia-se em sólidas definições.
Exemplo: “O Brasil tem muitas praias, por isso, não recebe 
muitos turistas do exterior” incoerência.
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS
É difícil conceituar a manifestação artística chamada Lite-
ratura. Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), na obra Arte Poética, 
definiu o que hoje é conhecido como gêneros literários. Logo, 
convém reparar que a história da teoria dos gêneros pode 
ser contada a partir da Antiguidade greco-romana, quando 
surgiram também as primeiras manifestações poéticas da 
cultura ocidental.
Gêneros Literários
Eles se caracterizam como divisões feitas em obras 
literárias de acordo com características formais comuns, 
agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e 
semânticos, entre outros.
os gêneros literários se constituem como categorias dos 
textos literários, classificados de acordo com a forma e com 
o conteúdo. Dessa forma, englobam o conjunto de carac-
terísticas formais e temáticas das manifestações literárias. 
O termo “gênero” vem do Latim (“ genus” e “eris”) e significa 
origem e nascimento.
Nesse sentido, os gêneros literários reúnem um conjunto 
de obras que apresentam características análogas de forma 
e de conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo 
com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, 
contextuais, entre outros. Eles se dividem em três categorias 
básicas: gêneros épico (“palavra narrada”), gênero lírico (“pa-
lavra cantada”) e gênero dramático (“palavra representada”).
Convém salientar também que, na atualidade, os textos 
literários se organizam em três gêneros: gênero lírico; gênero 
narrativo e gênero dramático.
Dentro de um determinado gênero literário há o predo-
mínio de uma estrutura típica, que não corresponde à estru-
tura de outro gênero literário, visto que cada um apresenta 
características próprias.
Gênero Lírico
É escrito em verso, em primeira pessoa do discurso (eu); 
expressa sentimentos e emoções; exterioriza um mundo 
interior; apresenta um caráter subjetivo; usa palavras no seu 
sentido conotativo; recorre a muitas figuras de linguagem.
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O Gênero lírico apresenta textos em versos por inter-
médio de uma linguagem poética, de caráter sentimental 
com predominância da subjetividade do eu-lírico (primeira 
pessoa). O nome “lírico” surgiu de “lira” (Latim), instrumento 
utilizado para acompanhar as poesias cantadas. Convém 
ressaltar que o “eu-lírico” se distingue do (a) autor (a), ou 
seja, o eu-lírico pode ser masculino ou feminino, indepen-
dentemente de sua autoria. alguns exemplos de textos líricos 
são: soneto; poesia; ode; haicai; hino; sátira, elegia; idílio, 
écloga; epitalâmio (também conhecidos como subgêneros 
do gênero lírico).
Os textos do gênero lírico, os quais expressam senti-
mentos e emoções, são permeados pela função poética da 
linguagem. neles existe a predominância de pronomes e 
verbos na 1ª pessoa, além da exploração da musicalidade 
das palavras.
Gênero Épico ou Narrativo
No gênero épico ou narrativo existe a presença de um 
(a) narrador (a), responsável por contar uma história cujas 
personagens atuam em um determinado espaço e tempo. 
Pertencem a esse gênero as seguintes modalidades: épico; 
fábula; epopeia ou poesia épica; novela; conto; crônica; 
ensaio; romance (também conhecidos como subgêneros 
do gênero narrativo).
O gênero narrativo é escrito majoritariamente em prosa; 
apresenta um(a) narrador(a) que conta a ação; narra uma 
sucessão de acontecimentos reais ou imaginários; apresenta 
a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclu-
são; desenrola-se num tempo e num espaço; utiliza discurso 
direto, indireto e/ou indireto livre.
O gênero épico representa a mais antiga das manifes-
tações literárias e nele estão contidas as narrativas históri-
co-literárias de grandes acontecimentos, com presença de 
temas terrenos, mitológicos e lendários.
Observe-se que o termo “épico” vem da palavra “epo-
peia”, que, do grego (“épos”), simboliza a narrativa em versos 
de fatos grandiosos centrados na figura de um herói ou de 
um povo.
Os elementos essenciais das narrativas épicas são: nar-
rador (quem narra a história), enredo (sucessão dos acon-
tecimentos), personagens (principais e secundárias), tempo 
(época dos fatos) e espaço (local dos episódios).
Gênero Dramático
É feito para que haja a sua encenação; está dividido 
em atos e cenas; conta a história através da fala das per-
sonagens; apresenta indicações cênicas as quais auxiliam a 
representação.
De acordo com a definição de Aristóteles em sua Arte Po-
ética, os textos dramáticos são próprios para a representação 
e apreendem a obra literária em verso ou prosa passíveis de 
encenação teatral. A voz narrativa está entregue às perso-
nagens, atores que contam uma história por intermédio de 
diálogos ou monólogos. Pertencem ao gênero dramático 
os seguintes textos: auto; comédia; tragédia; tragicomédia; 
elegia; farsa (também conhecidos como subgêneros do 
gênero dramático).
O gênero dramático envolve a literatura teatral em prosa 
ou em verso, aquela para ser apresentada e encenada. Do 
grego, a palavra “drama” significa “ação”. Por essa razão, 
o diálogo é um recurso muito utilizado de modo que a trí-
ade essencial dos textos literários dramáticos são: o autor, 
o texto e o público.
A classificação de gêneros literários sofreu algumas 
alterações ao longo dos anos. Atualmente, é entendida 
como algo flexível, sendo possível a mistura de gêneros e 
a subdivisão em vários subgêneros. Apesar da divisão em 
lírico, narrativo e dramático, há uma característica comum 
aos três gêneros: a literatura.
Sendo gêneros literários, apresentam aspectos comuns 
que definem a literatura como uma expressão artística que 
possui funções recreativas, sociais e críticas. Assim, não só 
ocorre a manifestação de sentimentos e invenção de histórias 
por parte do autor, como também ocorre a crítica à sociedade 
e há referências a momentos históricos.
O texto literário, quer ocorra em verso ou em prosa, trans-
mite a noção artística do autor que trabalha com a função co-
notativa da linguagem, que utiliza uma linguagem mais poética 
e rebuscada, recorrendo ao uso de figuras de linguagem e que 
respeita estruturas no estilo e forma, como a métrica e a rima. 
o autor debruça-se sobre a seleção e combinação de palavras, 
para que transmitam o sentido pretendido contribuindo para 
a concretização da intenção do autor.
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS 
TEXTUAIS 
Tipologia Textual
• Texto Dissertativo: denotativo, objetiva provar uma 
tese, um posicionamento, possui introdução, desen-
volvimento e conclusão.
• Texto Argumentativo: usa argumentos e exemplos 
para comprovar algo.
•Texto Narrativo: conta uma história (fato, tempo, lugar, 
personagens, detalhes etc.).
• Texto Descritivo: descreve coisa, lugar ou pessoa, com 
muitos adjetivos.
Esquema do Texto Dissertativo
1º parágrafo (introdução): tema e o objetivo na primeira 
frase; citação dos argumentos na segunda frase.
2º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 1 em pelo menos duas frases.
3º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 2 em pelo menos duas frases.
4º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do 
argumento 3 em pelo menos duas frases.
5º parágrafo (conclusão): tema e o objetivo na primeira 
frase com outras palavras; soluções otimistas com verbos no 
infinitivo de preferência.
Exemplo de texto dissertativo:
• Introdução
 Acredita-se que Brasília se firmará como provável polo 
turístico do século XXI. Mesmo concorrendo com be-
líssimas praias na costa brasileira e com a evidente ex-
ploração turística nas cidades vizinhas, a capital federal 
encanta brasileiros e estrangeiros por seu patrimônio 
histórico‑cultural, sua organização e segurança.
• 1º argumento = 2º parágrafo
 Impossível não conceber que o litoral é um forte con-
corrente da cidade sede do Brasil, já que é disputado na 
alta e baixa temporada por turistas do mundo inteiro. 
Além disso, o cerrado constitui atração interessantíssima 
por suas riquezas naturais, como as cachoeiras e que-
das d’água de várias cidades circunvizinhas como por 
exemplo: Pirenópolis e Alto Paraíso, as águas termais 
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de Caldas Novas, bem como a beleza histórica de Goiás 
Velho. Tudo isso há poucos quilômetros de Brasília.
• 2º argumento = 3º parágrafo
 No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza 
arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Os-
car Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade 
latente aos turistas que a pretendem desvendar. Prova 
disso são os hotéis, com fluxo frequente de visitantes 
de várias origens e etnias, que aqui encontram empatia 
com este povo mesclado, migrante de todo o território 
nacional, construtor da diversidade cultural e culinária 
da jovem capital.
• 3º argumento = 4º parágrafo
 Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do Centro 
de Convenções, bem como as construções da Terceira 
Ponte e do reservatório de água Corumbá IV, tornam-na 
rota certa. A segurança – também respaldada pela pre-
miação da ONU como a melhor cidade para uma criança 
crescer, no quesito qualidade de vida – e a organização 
da capital federal, evidenciada pela exatidão dos ende-
reços facilmente encontrados pelo sistema inteligente de 
transportes, dão ao visitante sensação única de conforto.
• Conclusão
 Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração 
da capital do país, evidenciando-a como polo turístico 
do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condi-
ções favoráveis à execução plena de planejamentos 
turísticos.
Esquema Narrativo
1º parágrafo: fato, tempo, lugar.
2º parágrafo: causa do fato, personagens.
3º parágrafo: detalhes do fato, discursos.
4º parágrafo: consequências do fato.
Discursos
• Discurso Direto Simples
Ela disse:
– Vamos ao cinema?
Ele respondeu:
– Claro!
• Discurso Direto com Travessão Explicativo
– Vamos ao cinema? – disse ela.
– Claro! – respondeu ele.
• Discurso Direto Livre
Ela disse: “Vamos ao cinema? ”
Ele respondeu: “Claro! ”
• Discurso Indireto Simples
ela o convidou para ir ao cinema. ele aceitou o convite.
• Discurso Indireto Livre
ela o convidou para ir ao cinema. ele aceitou o convite. 
“Tomara que ele realmente vá! ”
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL
Ernani Terra e José de Nicola (2001, p. 226-227) explicam 
sobre a coesão textual:
assim como um osso liga-se ao outro num esqueleto, 
as palavras, os termos da oração e as orações ligam-se 
para formar um texto. Essa ligação se dá pelo nexo 
estabelecido entre várias partes do texto, tornando-o 
coeso (nexo significa ‘ligação, vínculo’; daí expressões 
do tipo ‘Ficou falando coisas sem nexo’). A coesão é 
decorrente de relações de sentido que se operam 
entre elementos do texto. Muitas vezes a interpreta-
ção de um termo depende da interpretação de outro 
termo ao qual faz referência, ou seja, a significação 
de uma palavra vai pressupor a de outra.
a avaliação da capacidade de expressão na modalidade 
escrita tem como base a observação da norma culta padrão 
da Língua Portuguesa. o uso das normas do registro formal 
culto da Língua Portuguesa pressupõem o domínio das regras 
da gramática normativa. Já a clareza, a precisão, a consis-
tência e a concisão do texto produzido são qualidades que 
agregam uma boa escrita a textos dissertativos.
[...] clareza, que torna o texto inteligível e decorre: 
do uso de palavras e expressões em seu sentido co-
mum, salvo quando o assunto for de natureza técnica, 
hipótese em que se empregarão a nomenclatura 
e terminologia próprias da área; da construção de 
orações na ordem direta, evitando preciosismos, 
neologismos, intercalações excessivas, jargão técni-
co, lugares comuns, modismos e termos coloquiais; 
do uso do tempo verbal, de maneira uniforme, em 
todo o texto; do emprego dos sinais de pontuação de 
forma judiciosa, evitando os abusos estilísticos [...] 
(BRASIL, 1999, p. 9)
Segundo o dicionário online de Língua Portuguesa (2012), 
precisão é: “Substantivo Feminino. Qualidade do que é pre-
ciso, exato, rigoroso. Exatidão na execução. Nitidez rigorosa 
no pensamento ou no estilo. ” Ernani Terra e José de Nicola 
(2001, p. 228-229) explicam sobre a coesão textual:
a coesão também é resultante da perfeita relação de 
sentido que deve haver entre as partes de um texto. 
Por isso, o uso adequado de conectivos (palavras 
que relacionam partes da oração ou orações de um 
período) é importante para que haja coesão textual. 
Não há coesão em um texto quando, por exemplo, 
empregam-se de modo inadequado conjunções e 
pronomes, deixando palavras ou frases desconec-
tadas, quando a escolha vocabular é inadequada, 
quando há ambiguidades, regências incorretas, etc.
Conforme orienta Gonçalves (2015b, p. 14) acerca da 
produção coesa e concisa: “peque pela simplicidade, escre-
va um texto simples, claro e objetivo, sem contorcionismos 
sintáticos.”
Primar pela clareza, precisão, consistência, concisão 
e aderência às normas do registro formal é fundamental. 
Deve-se escrever de forma clara e precisa, com consistência 
argumentativa para conseguir convencer o leitor de de-
terminado ponto de vista. A concisão, arte de dizer muito 
com poucas palavras, atentando ao padrão culto da língua 
colaborará positivamente para o texto.
Concisão: Resultado. É o ato de dizer a mesma coisa 
com um menor número de palavras. usa recursos 
coesivos para que esse objetivo seja atingido. Por 
exemplo: usa-se um menor número de palavras para 
dizer a mesma coisa. (GONÇALVES, 2008, p. 98)
Informações implícitas são informações no campo da 
inferência. Já as informações explícitas estão contidas no 
texto e podem ser constatadas pela simples leitura. os pres-
supostos têm uma relação com a questão da coerência 
textual. Entendamos melhor acerca da coerência, conforme 
Gonçalves e Silva (2017, p. 9-10).
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O critério da Coerência Argumentativa avalia a ordenação 
e a sequencialização de argumentos.
Deve haver uma argumentação destinada a conduzir 
racionalmente a inteligência do leitor às conclusões 
sintetizadas no ponto de vista ou opinião do autor. 
Daí a organização do texto dissertativo em parágrafos 
coerentes. Cada parágrafo deve conter o seu desen-
volvimento (explicações, exemplificação, recursos 
retóricos destinados a persuadir, etc.). O tópico frasal 
pode estar no começo ou no final do parágrafo; pode 
também ficar implícito. (ANDRÉ, 1988, p. 77)
Ainda sobre a questão da coerência, não se pode deixar 
de ressaltar a importância da sequência das ideias, concate-
nando os argumentos na construção dos parágrafos.
A coerência é outra qualidade do parágrafo. Enquantoa unidade seleciona as ideias central e secundárias, 
escolhendo as mais importantes e cimentando-as 
através de um ponto comum, a coerência organiza a 
sequência dessas ideias (central e secundárias), de 
modo que o leitor perceba facilmente “como” elas 
são importantes para o desenvolvimento do pará-
grafo. Mesmo que todos os períodos do parágrafo 
estejam relacionados entre si, ou deem suporte à 
ideia principal, se faltar a organização dessas ideias, 
o parágrafo será confuso, sem coerência. (FIGUEIRE-
DO, 1995, p. 34)
Na análise da coerência, no âmbito da ordenação, cabe 
enfatizar que seguir uma ordem na apresentação das ideias 
garantirá compreensão rápida e lógica por parte do leitor. 
Selecionar ideias pertinentes constitui relevante estratégia 
de ordenação do texto dissertativo.
[...] coerência, que implica a exposição de ideias bem 
elaboradas, que tratam do mesmo tema do início 
ao fim do texto em sequência lógica e ordenada. 
Isso significa que o texto deve conter apenas as 
ideias pertinentes ao assunto proposto [...] (BRASIL, 
1999, p. 10)
Entendida a questão da coerência, passemos a estudar 
a questão das informações explícitas e implícitas.
Por exemplo, vamos supor que um texto fale de uma árvore 
com folhas verdes e frutas vermelhas. se a questão pergun-
tar a cor das frutas ou das folhas, essas informações estão 
explícitas, são constatáveis pela simples leitura do texto. 
Porém, se a questão cogitar a possibilidade da árvore ser 
uma macieira (árvore de maçãs), logo, tem-se uma ques-
tão no âmbito da inferência, que tem por pressupostos as 
informações implícitas, envolvendo, portanto, raciocínio e 
não mera constatação.
Márcio Wesley
ORTOGRAFIA OFICIAL 
O Alfabeto
Com a Nova Ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. 
Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
as letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare-
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas 
em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km 
(quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus 
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, 
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Emprego das Letras
• ortho = Correta. 
 graphia = escrita.
• A Nova Ortografia, desde 2016, vigora como forma 
obrigatória.
Emprego do “S”
• O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”:
 casa, mesa, acesa etc.
• O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”:
 sílaba, sabonete, seno etc.
Usa‑se o “S”
• Depois de ditongos:
 Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, 
mausoléu etc.
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi-
cadores de abundância):
 cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores 
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, 
cargo ou profissão):
 duquesa, chinês, poetisa etc.
• Nas palavras em que haja “trans”:
 transigir, transação, transeunte etc.
• Nos substantivos não derivados de adjetivos:
 marquesa (de marquês), camponesa (de camponês), 
defesa (de defender).
• Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”:
 ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; 
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc.
• Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação 
científica, ou erudita – culta):
 trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
mose etc.
• Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são 
escritos com “s”:
 análise – analisar, analisado
 atrás – atrasar, atrasado
 casa – casinha, casarão, casebre
 Porém há algumas exceções: 
 catequese – catequizar
 síntese – sintetizar
 batismo – batizar
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
7
• Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”:
 Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta 
acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: 
 pires – piresinho
 casa – casinha, casita
 empresa – empresinha
• Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes 
à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e 
“-ender”.
 dividir – divisão
 colidir – colisão
 aludir – alusão
 rescindir – rescisão
 iludir – ilusão
Emprego do “Z”
Usa‑se o “z”
• Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada 
com “z”:
 cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro
 juiz – juízo – ajuizado – juizado
 desliza – deslizamento – deslizante
• Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados:
 beleza – belo + eza
 gentileza – gentil + eza
 insensatez – insensato + ez
• Nos diminutivos “inho” e “inha”:
 Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, 
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
 juiz – juizinho
 raiz – raizinha
 xadrez – xadrezinho
 Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; 
então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”:
 sofá – sofazinho
 mãe – mãezinha
 pé – pezinho
Emprego do “G”
• Nas palavras que representam o mesmo som de “j” 
quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: 
 gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc.
 Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao 
uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.
• Nas palavras derivadas de outras que já são escritas 
com “g”:
 ágio – agiota – agiotagem
 gesso – engessado – engessar
 exigir – exigência – exigível
 afligir – afligem – afligido
• Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:
 margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem, 
garagem, origem etc.
 Exceção:
 pajem, lajem, lambujem.
 Note bem:
 O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem 
(forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
 Dica:
 Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos 
o substantivo “viagem”, com “g”. 
 A viagem para Búzios foi maravilhosa.
 Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
mos o verbo, escrito com “j”:
 Que eles viajem muito bem.
• Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”, 
“ege”, “oge”:
 pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio, 
prodígio, egrégio, herege, doge etc.
• Nos verbos terminados em “ger” e “gir”:
 corrigir, fingir, fugir, mugir etc.
Emprego do “J”
Usa‑se o “j”:
• Nos vocábulos de origem tupi:
 maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc.
 Exceção:
 Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe.
• Nas palavras cuja origem latina assim o exijam:
 majestade, jeito, hoje, Jesus etc.
• Nas palavras de origem árabe:
 alforje, alfanje, berinjela.
• Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”:
 gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear
 laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha
 loja – lojinha, lojista
 granja – granjear, granjinha, granjeiro 
• Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis:
 manjerona, jerico, jia, jumbo etc.
• A terminação “aje” é sempre com “j”:
 ultraje, laje etc.
Emprego do “Ch”
O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la-
tinos:
CI - clave / Ch – Chave
FI – Flagrae / Ch – Cheirar
PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Na palavra derivada de outra que já vem escrita com 
“ch”:
 charco / encharcar, encharcado
 chafurda / enchafurdar
 chocalho / enchocalhar
 chouriço / enchouriçar
 chumaço / enchumaçar 
 cheio / encher, enchimento 
 enchova / enchovinha
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
8
• Nas palavras após “re”:
 brecha, trecho, brechó
• nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio-
mas:
 salsicha / do itálico “salsíccia”
 sanduíche / do inglês “sandwich”
 chapéu / do francês “chapei”
 chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
• O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch” 
latino que se originou da evolução ao longo dos tempos:
 cheirar, cheio, chão, chaleira etc.
Emprego do “X”
• O “x” representa cinco fonemas tradicionais:
– “s” em final de sílabas seguido de consoante:
 extático, externo, experiência, contexto etc.
– “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal:
 exame, exultar, exequível etc.
– “ss” como “ss” intervocálico:
 trouxe,próximo, sintaxe etc.
– “ch” no início ou no interior de algumas palavras:
 xícara, xarope, luxo, ameixa etc.
– “cs” no meio ou no fim de algumas palavras:
 fixo, tórax, conexão, tóxico etc.
 Obs.: Quando no final de sílabas o “x” não for prece-
dido da vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de 
“x”: misto, justaposição etc.
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana:
 xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc.
• Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
 xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa-
vante, xiquexique, xodó etc.
• Geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa-
lavras primitivas:
 enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam-
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre, 
enxovia, enxuto etc.
 Exceções:
 encher, derivada de cheio
 anchova ou enchova e seus derivados etc.
 Obs.: Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da 
primitiva.
 charco – encharcar; chocalho – enchocalhar
 chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar 
 chumaço – enchumaçar (estofar) etc.
• Emprega-se o “x” após ditongos:
 ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou-
xinol etc.
 Exceções:
 caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta-
gem etc.
• Emprega-se “ex” quando seguido de vogal:
 exame, exército, exato etc.
• Emprega-se “ex” quando se segue:
 PLI – exPLIcar
 CI – exCItante
 Ce – exCElência
 PLo – exPLOrar
Uso do “E”
• Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do 
presente do subjuntivo:
 continuar – continue – continues
 efetuar – efetue – efetues
 habituar – habitue – habitues
 averigue – averigues
 perdoar – perdoe – perdoes
 abençoar – abençoe – abençoes
• Palavras formadas com o prefixo “ante”:
 antecipar, anterior, antevéspera
Uso do “I”
• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei-
ra pessoas do singular do presente do indicativo e a 
segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo:
 constituir – constitui – constituis
 possuir – possui – possuís
 influir – influi – influis
 fluir – flui – fluis
 diminuir – diminui – diminuis
 instituir – institui – instituis
Uso do “O” e do “U”
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he-
sitação na grafia.
Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras 
da mesma família:
abolir – abolição
tábua – tabular 
comprimento – comprido 
cumprimento – cumprimentar 
explodir – explosão
Algumas Dificuldades Gramaticais
Notações sobre o uso de “mal” e “mau”:
• Usa‑se “mal” nos seguintes casos:
 Como substantivo (opõe-se a “bem”)
 Assim varia de número (males) e, geralmente, vem 
precedido de artigo:
 “O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer, 
são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar)
 “Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não 
se importar com o constrangimento.” (Fraga)
 Como advérbio (opõe-se a “bem”)
 Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio 
advérbio:
 “Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab)
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
9
 “Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília 
Meireles)
 “Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio 
Abreu)
 Como conjunção
 equivale a quando, assim que, apenas:
 “Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente 
aplaudido”.
 “Mal colocou o papel na máquina, o menino começou 
a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho 
infernal”. (Fernando Sabino)
• Usa‑se “mau” nos seguintes casos
 Como adjetivo (opõe-se a bom)
 Modifica o substantivo a que se relaciona:
 “Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói, 
mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu 
autor”. (Chesterton Apud Josué Montello)
 “Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon 
Eliachar) 
 Como substantivo 
 Normalmente vem precedido de artigo:
 “Por que não prender os maus para vivermos tranqui-
los?”
 “O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”. 
(Mário Quintana) 
 “... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez 
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas 
lutas contra os maus”. (CDA) 
Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah” 
• Usa‑se “há” 
 Com referência a tempo passado: 
 “Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de 
mal súbito”. (Aldu)
 “Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga)
 Quando é formado do verbo haver:
 “Já não há mais tempo. O futuro chegou”.
 “O garçom era atencioso, você sabia que há garçons 
atenciosos?” (CDA)
• Usa‑se “a”
 Com referência a tempo futuro:
 “... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de 
Assis)
 “Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui 
a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
chado de Assis)
• Usa‑se “ah”
 Como interjeição enfatizante:
 “Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve 
ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar)
 “Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis)
Notações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais”
• Mas
 É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi-
cação):
 “Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
 “O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”. 
(Aldu)
• Más
 Plural feminino de “MAU”
 “Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de 
pouca monta”. (Machado de Assis)
 “Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário 
Quintana)
• Mais
 advérbio de intensidade
 “As fantasias mais usadas no carnaval são: homem 
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon 
Eliachar) 
 Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que 
recebe.
Notações sobre o uso do porquê (e variações)
• Porque – Conjunção causal ou explicativa:
 “Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir 
o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
 “Os macróbios são macróbios porque não acreditam 
em micróbios”. (Mário Quintana)
• Por que – Nas interrogações
 “ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais 
lá em casa?” (Graciliano Ramos) (Interrogativa direta)
 “Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi-
reta)
 Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual, 
os quais, as quais.
 “Não sei a razão por que me ofenderam”.
 “Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que 
tinham passado”. (José Lins do Rego)
• Por quê – No final da frase.
 “Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz)
 “Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca)
• Porquê
 É substantivo e, então, varia em número; normalmen-
te, o artigo o precede:
 “Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
 “Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
• Quê
 Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de 
exclamação):
 “Quê! Você ainda não tomou banho?”
 No final de frases:
 Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê.
 “Medo de quê?” (José Lins do Rego)
 Como substantivo
 “Um quê misterioso aqui me fala.” (Gonçalves Dias)
 “A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem 
sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana)
• Que
 Em outros casos usa-se a forma sem acento:
 “Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz)
 “E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos)
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
10
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde”
• Onde
 É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso, 
situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali-
dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar 
etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim):
 “Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis-
pector)
 “Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não 
sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon 
Eliachar)
• Aonde
 É dinâmico. usa-se com os verbos chamados de mo-
vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde 
a lugar em que (quo, em latim):
 “Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não 
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira)
 “Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo 
Mendes Campos)
• Donde
 Equivale a “de onde” e apresenta ideiade afastamento; 
corresponde a lugar do qual (unde, em latim):
 “Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só 
saíra...” (Machado de Assis)
 “Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres-
sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira)
Notações sobre o uso de “senão” e “se não”
• Senão
 Conjunção adversativa com o sentido de “em caso 
contrário”, “de outra forma”:
 “Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Rachel 
de Queiroz)
 Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não 
ser”:
 “Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida-
de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”. 
(Clarice Lispector) 
 Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei-
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número:
 “Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão 
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas 
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello) 
• Se não
 Quando conjunção condicional “se”:
 ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” 
(Mário Quintana) 
 Quando advérbio de negação “Não”
 “Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem 
ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé – 
pelo rito”. (Josué Montello)
 ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” 
(Mário Quintana) 
Notações sobre “afim” e “a fim de”
• Afim
 Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
 “... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara 
amarrada e mandou-nos embora.” (CDA)
 Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam 
tanto.
• A fim
 Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale 
a “para”:
 Viajou a fim de se esconder.
 “Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim 
de se lhe tirar o excesso de amido”. (Rachel de Queiroz)
Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”
• A par
 Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci-
mento:
 Estamos a par da evolução técnica.
• Ao par
 Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
 O câmbio está ao par. 
Emprego do Hífen
(Conforme a Nova Ortografia)
a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em 
vogal e o segundo elemento começa com r ou s. essas letras 
serão duplicadas. observe as regras no quadro abaixo.
Velha Regra Nova Regra
ante-sala
anti-reumatismo
antessala
antirreumatismo
auto-recuo
contra-senso
autorrecuo
contrassenso
extra-rigoroso
infra-solo
extrarrigoroso
infrassolo
ultra-rede
ultra-sentimental
ultrarrede
ultrassentimental
semi-sótão
supra-renal
semissótão
suprarrenal
supra-sigiloso suprassigiloso
Os prefixos hiper-, inter- e super‑ se ligam com hífen a 
elementos iniciados por r. 
hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu-
lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super-
-ramificado, super-risco, super-revista.
b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo 
termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento. 
Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, 
os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal. 
Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
antiinflacionário 
antiictérico
antiinflamatório
anti-inflacionário 
anti-ictérico 
anti-inflamatório
arquiinimigo 
arquiinteligente
arqui-inimigo 
arqui-inteligente
microondas 
microônibus 
microorganismo
micro-ondas 
micro-ônibus 
micro-organismo
Exceção:
Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo 
elemento comece com a vogal o:
coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante, 
coonestar, coobrigar, coobrar.
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
11
c) Não será mais usado quando o prefixo termina em 
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os 
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de 
vogal. Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
auto-análise
auto-afirmação
auto-adesivo
auto-estrada
auto-escola
auto-imune
autoanálise
autoafirmação
autoadesivo
autoestrada
autoescola
autoimune
extra-estatutário
extra-escolar
extra-estatal
extra-ocular
extra-oficial
extraordinário*
extra-urbano
extra-uterino
extraestatutário
extraescolar
extraestatal
extraocular
extraoficial
extraordinário
extraurbano
extrauterino
infra-escapular
infra-escrito
infra-específico
infra-estrutura
infra-ordem
infraescapular
infraescrito
infraespecífico
infraestrutura
infraordem
intra-epidérmico
intra-estelar
intra-orgânico
intra-ósseo
intraepidérmico
intraestelar
intraorgânico
intraósseo
neo-academicismo
neo-aristotélico
neo-aramaico
neo-escolástica
neo-escocês
neo-estalinismo
neo-idealismo
neo-imperialismo
neoacademicismo
neoaristotélico
neoaramaico
neoescolástico
neoescocês
neoestalinismo
neoidealismo
neoimperialismo
semi-erudito
supra-ocular
semierudito
supraocular
* observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes 
do novo acordo.
d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por 
justaposição, quando se perde a noção de composição e 
surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro:
Velha Regra Nova Regra
manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa
pára-choque parachoque
Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz, 
arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô, 
mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso-
-brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva.
e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h:
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-
-harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático, 
super-homem.
O que não muda no hífen
Continua‑se a usar hífen nos seguintes casos:
• em palavras compostas que constituem unidade sin-
tagmática e semântica e nas que designam espécies:
 ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva, 
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, 
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi;
• com os prefixos ex‑, sota‑, soto‑, vice‑, vizo‑:
 ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão, 
vizo-rei;
• com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento 
começa por vogal h e m ou n:
 circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico;
• com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se 
o segundo elemento tem vida à parte na língua:
 pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação;
• com sufixos de base tupi-guarani que representam for-
mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro 
elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia 
exige a distinção gráfica entre ambos:
 amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim;
• com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver-
bal ou elementos com artigo:
 Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de 
Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc;
• com os advérbios mal e bem quando formam uma 
unidade sintagmática com significado e o segundo 
elemento começa por vogal ou h:
 bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal-
-estar, mal-humorado.
 Obs.: os compostos com o advérbio bem se escrevem 
sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento 
iniciado por consoante:
 bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de 
“malnascido”, “malcriado” e “malvisto”).
• nos compostos com os elementos além, aquém, recém 
e sem:
 além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-
-casados, sem-número, sem-teto.
Hífen em locuções
Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas, 
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti-
vas), como em: cão de guarda, fim de semana, café com leite, 
pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho, 
à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que.
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É 
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha, 
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à 
queima-roupa.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Regras Básicas
Importante! A nova ortografia não mudou estas regras 
básicas de acentuação.
Posição da 
sílaba tônica
Terminação Exemplos
Proparoxítonas todas
lúcido, anátema, 
arsênico, paralele-
pípedo.
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
12
Monossílabas 
tônicas a(s), e(s), o(s)
lá, ré,pó, pás, mês, 
cós.
Oxítonas a(s), e(s), o(s), em, ens
crachá, Irecê, trenó, 
ananás, Urupês, 
retrós, armazém, 
parabéns.
Paroxítonas
r, n, l, x, ditongo, 
ps, i, is, us, um, 
uns, ão(s), ã(s).
fêmur, próton, fá-
cil, látex, colégio, 
pônei, bíceps, júri, 
lápis, bônus, álbum, 
fóruns, acórdão, 
ímã, órfãs.
Obs.1: O que é um monossílabo tônico? Resposta: É mo-
nossílabo com sentido próprio. Continua com seu sentido 
mesmo que fora da frase. geralmente, verbos, advérbios, 
substantivos e adjetivos.
Quando não possui sentido, o monossílabo é átono.
Compare: Tenho dó do menino.
 dó: monossílaba tônica;
 do: monossílaba átona (de + o).
Os nomes das notas musicais são monossílabos tônicos: 
dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Apesar de serem todos tônicos, acen-
tuamos apenas: dó, ré, fá, lá.
Dica! o sistema de acentuação da Língua Portuguesa se 
baseia nas terminações a(s), e(s), o(s), em, ens. Memorize!
as paroxítonas terão acento quando a terminação for 
diferente de a(s), e(s), o(s), em, ens.
Obs.2: O sinal til (~) não é acento. É apenas o sinal para 
indicar vogal com som nasal. Portanto: rã (monossílaba tônica 
sem acento), sã (feminino de são = saudável), irmã (oxítona 
sem acento), ímã (paroxítona com acento agudo e final ã).
Obs.3: o único caso de palavra com dois acentos no Por-
tuguês é verbo no futuro com pronome mesoclítico: Cantará 
o hino  Cantará + o  Cantar + o + á  Cantá-lo-á. Note 
a forma verbal oxítona em “cantará” e em “cantá”.
Regras Especiais
As regras especiais resolvem casos que as regras bási-
cas não resolvem.
Atenção! Estas regras mudaram com a nova ortografia.
Dica importante! Só muda na penúltima sílaba da pa-
lavra.
Lembrete: a pronúncia não se altera.
Regra Nova dos Ditongos
Ditongos abertos tônicos ei, oi perdem o acento na penúl-
tima sílaba. Veja:
i-dei-a, as-te-roi-de, joi-a, fac-toie, pla-tei-a, col-mei-a, es-
-qui-zoi-de, E-ri-trei-a. 
Cuidado! Continuam acentuados éi e ói de oxítonas e mo-
nossílabas tônicas de timbre aberto. Veja: Corrói, dói, fiéis, 
papéis, faróis, anéis, anzóis. Note que é a sílaba final. Não 
muda, continua acentuada.
Lembre-se: só muda na penúltima sílaba da palavra.
Também se conserva o acento do ditongo de timbre aberto 
éu. Veja: céu, véu, chapéu, escarcéu, ilhéu, tabaréu, mau-
soléu. Note que é a sílaba final. Não muda.
Atenção! Em “dêitico” temos proparoxítona. O acento 
deve-se à regra das proparoxítonas. Continua acentuado.
Regra Nova de Vogais Duplicadas
Perde acento a penúltima sílaba das terminações “ee” e 
“oo”.
Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados:
eles creem, eles deem, eles leem, eles veem.
eles descreem, eles releem, eles preveem.
Lembrete: são verbos do CREDELEVER (crer, dar, ler, ver).
Verbos com final –oar, –oer: perdoar: eu perdoo; voar: eu 
voo, o voo; moer: eu moo; roer: eu coo.
Regra Nova do Hiato
Perdem o acento o i e o u tônicos na penúltima sílaba, se 
precedidos de ditongo. Lembre-se: só muda na penúlti-
ma sílaba. Veja:
Sau-í-pe (velha) Sau-i-pe (nova regra)
Bo-cai-ú-va (velha) Bo-cai-u-va (nova regra)
Outros na nova regra: bai-u-ca, fei-u-ra.
note que o acento dessas palavras desaparece da penúl-
tima sílaba após ditongo.
Atenção! Em Pi-au-í e tui-ui-ú, o acento está na sílaba 
final. Não muda nada.
Cuidado! Em fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo, pe-rí-o-do, conti-
nuamos tendo PROPAROXÍTONAS acentuadas. Não é regra 
do hiato com “i” ou “u”.
Regra Nova do Trema
Trema está extinto das palavras portuguesas e aportugue-
samentos. Lembre que a pronúncia continua a mesma. O 
acordo é só ortográfico.
Porém, é mantido o trema em nomes próprios estrangeiros 
e seus derivados: Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano, 
Bündchen.
Consequência: como o trema foi extinto, então perde 
o acento o u tônico de formas verbais rizotônicas (com 
acento na raiz) quando parte dos grupos que e qui, gue e 
gui: obliques, apazigue, argui, averigue.
Regra Nova do Acento Diferencial
Acento diferencial fica extinto na penúltima sílaba (pala-
vras paroxítonas homógrafas):
Para (verbo) x para (prep.); coa, coas (verbo) x coa, coas 
(com + a); pelo, pelos (subst.), pelo (verbo) x pelo, pelos 
(per + o); pela, pelas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per 
+ a; arcaico); polo, polos [filhote de gavião], polo, polos 
[extremidade](substantivos) x polo, polos (por + o; arcai-
co); pera (subst.) x pera (= para; arcaico).
Entretanto, é mantido pôde e pôr. Além desses, também 
mantidos têm e tem, vêm e vem. Pôde (passado) x pode 
(presente); pôr (verbo) x por (prep.). Têm (eles), tem (ele), 
vêm (eles), vem (ele).
Curiosidade!
Caso da Proparoxítona Eventual ou Aparente
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente 
(semivogal + vogal) podem ser pronunciadas como se fosse 
hiato no final. 
Veja:
Históriaduas pronúncias: his-tó-ria ou his-tó-ri-a
Vácuoduas pronúncias: vá-cuo ou vá-cu-o
Cárieduas pronúncias: cá-rie ou cá-ri-e
Colégioduas pronúncias: co-lé-gio ou co-lé-gi-o
E com hiato final, tais palavras são chamadas proparo-
xítonas eventuais.
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as duas pronúncias são aceitas. a pronúncia como hiato 
no final atende ao uso regional de Portugal. Note bem: são 
duas pronúncias, mas apenas uma separação silábica correta 
(como ditongo final). Interessante, não é mesmo?!
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL
Emprego de Elementos de Referenciação, 
Substituição e Repetição, de Conectores e Outros 
Elementos de Sequenciação Textual
Coesão consiste em articular palavras, conectar frases, 
bem como fazer referir uma parte do texto a outra. Para 
isso, empregam-se pronomes, conjunções, sinônimos etc.
Processos Coesivos
a coesão referencial pode ocorrer em substituição, re-
petição e em referência. Pode ser:
• Anafórica: o elemento mais significativo é anterior no 
texto.
• Catafórica: o elemento mais significativo é posterior 
no texto.
Vamos analisar a coesão em um texto.
Ele chegou cedo. Queria ver tudo: animais, palhaços, tra-
pezistas. Pedro encantou-se com a girafa e os leões. Aquela 
era gigante, mas não assustava como estes.
Anafórico
(referido ou 
substituído)
elo Catafórico
(antecipado)
ele Pedro
ele Queria Pedro
tudo animais, palhaços, 
trapezistas
girafa aquela
Leões estes
Importante! revisar o emprego de pronomes, sobretudo 
nas referências dentro de um texto.
a coesão sequencial consiste no emprego de conectores 
para articular palavras, trechos, frases, orações e compor um 
enunciado harmonioso. Vejamos o emprego de conectores 
na coesão sequencial.
Articulação Sintática de Oposição
Coordenação adversativa. Articuladores: mas, porém, 
contudo, todavia, entretanto, no entanto. 
A polícia conseguiu prender todos os ladrões, mas as 
joias ainda não foram recuperadas.
A polícia conseguiu prender todos os ladrões, entretanto 
as joias ainda não foram recuperadas.
emprego correto. apenas o mas tem uma posição fixa, 
no início da oração. Portanto:
A polícia conseguiu prender todos os ladrões, as joias 
mas ainda não foram recuperadas. (errado)
a palavra mas pode funcionar sintaticamente como arti-
culador sintático de oposição e a palavra entretanto, apenas 
como reforço.
A polícia conseguiu prender todos os ladrões, mas, po-
rém, as joias ainda não foram recuperadas.
A polícia conseguiu prendeu todos os ladrões, mas as 
joias, entretanto, ainda não foram recuperadas.
Subordinação concessiva. Articuladores: embora, muito 
embora, ainda que, conquanto, posto que, que são con-
junções ou locuções conjuntivas concessivas, e também 
apesar de, a despeito de, não obstante, que são locuções 
prepositivas. 
Embora a polícia tenha conseguido prender todos os 
ladrões, as joias ainda não foram recuperadas.
emprego correto. as conjunções concessivas exigem o 
modo subjuntivo nas orações que introduzem. As locuções 
prepositivas reduzem as orações que introduzem à forma 
infinitiva:
Apesar de a polícia ter conseguido prender todos os la-
drões, as joias ainda não foram recuperadas.
Articulação Sintática de Causa
Principais articuladores: conjunções e locuçõesconjunti-
vas: porque, pois, como, por isso que, já que, visto que, uma 
vez que; preposições e locuções prepositivas: por, por causa 
de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência 
de, por motivo de, por razões de.
não fui até roma porque estava com pressa de regressar 
ao Brasil.
Emprego correto. Utilizando as conjunções e locuções 
conjuntivas, o verbo se mantém em seu tempo finito. Uti-
lizando, entretanto, as locuções prepositivas, o verbo da 
oração assume a forma do infinito:
não fui até roma, em virtude de estar com pressa de 
regressar ao Brasil.
Na articulação sintática de causa, a oração causal pode 
preceder a oração principal:
Porque estava com pressa de regressar ao Brasil, não 
fui até roma.
Em virtude de estar com pressa de regressar ao Brasil, 
não fui até roma.
Articulação Sintática de Conclusão
Principais articuladores: logo, portanto, então, assim, 
por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), de modo 
que, em vista disso.
Sidney vendeu sua moto prateada, logo só poderá viajar 
de carro.
emprego correto. Logo e de modo que só se empregam 
antes do verbo. a conjunção pois só se emprega depois do 
verbo. as outras podem ser empregadas antes ou depois 
do verbo.
agnaldo comprou um capacete, de modo que usará sua 
moto com maior segurança.
Agnaldo comprou um capacete, usará, por isso, sua moto 
com maior segurança.
Agnaldo comprou um capacete, usará, pois, sua moto 
com maior segurança.
Sequências, entretanto, que inverterem a ordem dos ar-
ticuladores ou serão malformadas ou terão outros sentidos:
Agnaldo comprou um capacete, usará de modo que, sua 
moto com maior segurança.
agnaldo comprou um capacete, pois usará sua moto com 
maior segurança.
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Articulação Sintática de Condição
Articulador: se. É o único que leva o verbo ao futuro 
do subjuntivo, quando a oração principal está no futuro do 
presente ou no presente do indicativo com valor de futuro:
Se você viajar hoje à noite, poderá descansar mais ama-
nhã.
Se você viajar hoje à noite, pode descansar mais amanhã.
Outros articuladores: caso, contanto que, desde que, a 
menos que, a não ser que. Esses outros articuladores, na 
mesma condição, levam o verbo da oração que introduzem 
ao presente do subjuntivo:
Caso você viaje hoje à noite, poderá descansar mais 
amanhã.
emprego correto. A menos que e a não ser que incorpo-
ram a marca de negação de uma oração condicional. esses 
articuladores somente se aplicam em orações condicionais 
negativas, portanto têm a propriedade de cancelar o advér-
bio não. Uma sequência como: Se você não prestar atenção, 
vai errar. Com a condicional negativa iniciada pelo articulador 
se, manifesta a negação por intermédio do advérbio não. se 
utilizarmos a menos que, por exemplo, teremos: A menos 
que você preste atenção, vai errar. Onde o não fica sendo 
desnecessário.
Articulação Sintática de Fim
A maneira mais comum de manifestar finalidade é utili-
zando a preposição para, em sequências como
Os salários precisam subir para que haja uma recupera-
ção do mercado consumidor.
Os salários precisam subir para haver uma recuperação 
do mercado consumidor.
Outros articuladores: a fim de, com o propósito de, com 
a intenção de, com o fito de, com o intuito de, com o ob-
jetivo de. 
Emprego correto. Normalmente estes outros articula-
dores se utilizam em situação em que, na oração principal, 
haja uma construção agentiva. Assim, uma sequência textual 
como Ricardo promoveu Carlos, com o objetivo de angariar 
mais votos. é perfeitamente aceitável. Já uma sequência 
como Os salários precisam subir com o objetivo de haver uma 
recuperação do mercado consumidor. fica menos aceitável.
Ambiguidade do Gerúndio
em muitos dos casos anteriores, é possível estabelecer 
uma articulação sintática sem usar especificamente os ar-
ticuladores, bastando para tanto deixar o verbo da oração 
subordinada no gerúndio. 
Articulação Sintática de Causa
estando com pressa de regressar ao Brasil, não fui até 
roma.
Articulação Sintática de Condição
Viajando hoje, você poderá descansar amanhã.
Articulação Sintática de Fim
Ricardo promoveu Carlos, objetivando angariar mais 
votos.
Verbo
Verbo é palavra variável que expressa ação (estudar), 
posse (ter, possuir), fato (ocorrer), estado (ser, estar) ou 
fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove agora, 
choveu ontem, choverá amanhã.
Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas 
conforme a terminação do infinitivo:
-ar → cantar, estudar: primeira conjugação;
-er → ver, crer: segunda conjugação;
-ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação.
As vogais “a, e, i” dessas terminações chamam-se vogais 
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam 
sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações: 
põe, pusera etc.
Radical é a parte invariável do verbo no infinitivo, retirada 
a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-, dirig-
Tema é a junção da vogal temática ao radical: canta-, 
cre-, dirigi-
Rizotônica é a forma verbal com vogal tônica no radical: 
estUda, vIvo, vImos.
Arrizotônica é a forma verbal com vogal tônica fora do 
radical: estudAmos, vivEis, virIam.
Flexão verbal pode ser de número (singular e plural), de 
pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e modo.
Flexão de número: no singular, eu aprendo, ele chega; 
no plural, nós aprendemos, eles chegam.
Flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor da 
mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho, nós vimos. 
Na segunda pessoa, o receptor da mensagem, tu cantas, vós 
cantais; tu vens, vós viestes. Obs.: Quando “vós” se refere 
a uma só pessoa, indica singular apesar de tomar a flexão 
plural: Senhor, Vós que sois todo poderoso, ouvi minha prece.
Flexão de tempo situa o momento do fato: presente, 
pretérito e futuro. São três tempos primitivos: infinitivo 
impessoal, presente do indicativo e pretérito perfeito simples 
do indicativo.
Derivações: 1) Do infinitivo impessoal, surge o pretérito 
imperfeito do indicativo, o futuro do presente do indicativo, 
o futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal, o ge-
rúndio e o particípio. 2) Da primeira pessoa do singular (eu) 
do presente do indicativo, temos o presente do subjuntivo. 
3) Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito simples 
do indicativo, obtemos o pretérito mais que perfeito do in-
dicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do 
subjuntivo. Os tempos podem assumir duas formas:
a) Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos 
o livro. Faremos revisão.
b) Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio: 
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito.
Flexão de Modo
Modo indica atitude do falante e condições do fato:
Modo Indicativo
Traduz geralmente a segurança: Estudei. não agi mal. 
amanhã chegarão os convites.
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Tempos do Modo Indicativo
a) Presente: basicamente significa o fato realizado no 
momento da fala. Ex.: Ele estuda Francês. A prova está fácil. 
Pode significar também:
1. Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de 
Jesus. A Constituição exige isonomia.
2. Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema 
todos os domingos.
3. Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500. 
Militares governam o Brasil por 20 anos.
4. Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo 
ano, o país tem eleições.
5. Pedido: Você me envia os pedidos do memorando 
amanhã.
o presente dos verbos regulares se forma com adição ao 
radical das terminações:
• 1.a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am. Canto, 
cantas, canta, cantamos, cantais, cantam.
• 2.a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em. Vivo, vives, 
vive, vivemos, viveis, vivem.
• 3.a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em. Parto, partes, 
parte, partimos, partis, partem.
b) Pretérito imperfeito: Passado em relação ao momento 
da fala, mas simultâneo em relação a outro fato passado. 
Pode significar:
1. Hábitos no passado: Quando jogava no santos, Pelé 
fazia golsespetaculares.
2. Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada 
fazia uma curva fechada.
3. Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou.
4. Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. 
Estava conversando quando a criança caiu.
5. Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando 
ela chegava.
6. Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas 
chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve 
congestionamento.
7. Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que can-
tava...
8. Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, 
o gabarito saía no site da banca.
o imperfeito se forma com adição ao radical das termi-
nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr):
• 1.a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, 
-avam. Cantava, cantavas, cantava, cantávamos, can-
táveis, cantavam.
• 2.a e 3.a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam. 
Vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam.
c) Pretérito perfeito simples: ação passada terminada 
antes da fala. Forma-se, nos verbos regulares, com adição 
ao radical das terminações:
• 1.a conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram. 
Cantei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram.
• 2.a conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram. Vivi, 
viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram.
• 3.a conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram. Parti, 
partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
d) Pretérito perfeito composto: Indica repetição ou 
continuidade do passado até o presente: Tenho feito o me-
lhor possível. não temos nos prejudicado. Forma-se com o 
presente do indicativo de TER (ou HAVER) mais o particípio.
e) Pretérito mais que perfeito simples: Fato concluído 
antes de outro no passado. Usa-se:
1. Em situações formais na escrita: Já explicara o con-
teúdo na aula anterior.
2. Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Compor-
tou-se como se fora (=fosse) senhora das terras.
3. Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no 
senado.
Forma-se trocando o final – ram (cantaram, viveram, 
partiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram. Cantara, 
cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, cantaram. Vivera, 
viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram. Partira, partiras, 
partira, partíramos, partíreis, partiram.
f) Pretérito mais que perfeito composto: o mesmo 
sentido da forma simples. Usado na língua falada e também 
na escrita, sem causar erro, nem diminuir o nível culto: Já 
tinha explicado o conteúdo na aula anterior. Forma-se com o 
imperfeito de ter ou haver mais o particípio: havia explicado, 
tinha vivido (=vivera), havia partido (partira).
g) Futuro do presente simples: Fato posterior em relação 
à fala: Trabalharei no Senado em dois anos. E também:
1. Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem, 
existirá mais consumo.
2. Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? 
Por que estarei aqui?
Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes ter-
minações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão. Cantarei, cantarás, 
cantará, cantaremos, cantareis, cantarão. Viverei, viverás, 
viverá, viveremos, vivereis, viverão. Partirei, partirás, partirá, 
partiremos, partireis, partirão. (Exceto fazer, dizer e trazer, 
que mudam o “z” em “r”.)
Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente 
simples. Veja:
• Com ideia de intenção: Hei de falar com ele até domingo.
• Com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até 
domingo.
• Com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir” 
mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar. 
Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros)
h) Futuro do presente composto: Indica:
1. Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos 
lido o livro quando o professor perguntar.
2. Possibilidade: Já terão chegado?
 Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver) 
mais o particípio: teremos lido, haveremos lido.
i) Futuro do pretérito simples:
1. Futuro em relação a um passado: Ele me disse que 
estaria aqui até as 17h.
2. Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse.
3. Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso? 
ele teria 25 anos quando se formou.
4. Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal 
humilhação! Seria possível uma crise assim?
5. Desejo presente de modo educado: Gostariam de 
sair conosco? Poderia me ajudar?
Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -ía-
mos, -íeis, -iam. Cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, 
cantaríeis, cantariam. Viveria, viverias, viveria, viveríamos, 
viveríeis, viveriam. (Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” 
por “r”: faria, diria, traria.)
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• Futuro do pretérito composto: suposição no passado: 
se os juros caíssem, o consumo teria aumentado.
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as 
notas?
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar.
Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou 
haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado.
Modo Subjuntivo
Traduz incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobre-
tudo em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. 
Gostaria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé.
Tempos do Modo Subjuntivo
a) Presente: indica presente ou futuro: É pena que o 
país esteja em crise. (presente) Espero que os empregos 
voltem. (futuro)
Forma-se trocando o final “-o” do presente (canto, vivo, 
parto) por:
• 1ª conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em. Cante, 
cantes, cante, cantemos, canteis, cantem.
• 2ª e 3ª conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am. Viva, 
vivas, viva, vivamos, vivais, vivam.
Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver. Dê, dês, 
dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...; 
queira...; saiba...; haja...
b) Pretérito imperfeito: ação simultânea ou futura: Duvi-
dei que ele viesse. eu queria que ele fosse logo. gostaríamos 
que eles trouxessem os livros.
Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito simples 
do indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses, 
-sse, -ssemos, -sseis, -ssem. Cantasse, cantasses, cantasse, 
cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse...
• Pretérito perfeito: suposta conclusão antes do tempo 
da fala: Talvez ele tenha chegado. Duvido que ela tenha 
saído sozinha.
• Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que 
ele já tenha chegado quando vocês voltarem.
Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver) 
mais o particípio: tenha chegado, tenha saído.
c) Pretérito mais que perfeito: passado suposto antes de 
outro passado: Se tivessem lido o aviso, não se atrasariam.
Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou 
haver) mais o particípio: tivessem lido.
d) Futuro simples: suposição no futuro: Posso aprender 
o que quiser. Poderei aprender o que quiser.
Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito do indica-
tivo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, 
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, 
cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, 
vivermos, viverdes, viverem.
e) Futuro composto: futuro suposto antes de outro: Isso 
será resolvido depois que tivermos recebido a verba.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou 
haver) mais o particípio: tivermos recebido.
Modo Imperativo
expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas: 
tu, você, vós, vocês.
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira 
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
• O imperativo pode ser suavizado com:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã.
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse 
baixo!
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe 
rasgou a roupa; não vá brigar com ele.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): 
Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), 
ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? 
Queria calar a boca? Queira calar aboca.
g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas 
com a forma verbal adequada.
• O imperativo pode ser reforçado:
a) Com repetição: Saia, saia já daqui!
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra 
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde!
• O imperativo pode ser:
a) Afirmativo
1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran-
do-se “-s” final: deixa (tu), deixai (vós).
 Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós).
 Verbo “dizer” e terminados em “-azer” e “-uzir” 
podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu), traz/
traze (tu), traduz/traduze (tu).
2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês).
 Verbos sem a pessoa “eu” no presente indicativo 
terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli (vós).
b) Negativo
 Copia exatamente o presente do subjuntivo: não 
deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não 
deixeis vós, não deixem vocês.
 Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos-
suem imperativo negativo.
Formas Nominais
Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo 
ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio.
a) Infinitivo é a pura ideia da ação.
1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, 
nenhum sujeito próprio. Ex.: É agradável viajar. Posso falar 
com João. Usos:
• Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso.
• Como predicativo: Seu maior sonho é cantar.
• Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros.
• Objeto indireto: Gosto de viajar.
• Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar.
• Complemento nominal: Este livro é bom de ler.
• Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pensan-
do).
• Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas 
de comer.
• Tom imperativo: O que nos falta é estudar.
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
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Duas formas do infinitivo impessoal:
• Simples (valor de presente). Ações de aspecto não 
concluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. 
Perder o jogo irrita.
• Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter 
estudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo 
irrita.
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Ex.: 
não estudou para errar. não estudei para errar. não estu-
damos para errarmos. não estudaram para errarem. Usos:
• Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisamos 
de imaginação.
• Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem. 
(eu x os pássaros)
• Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos 
amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos.
• Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem.
Duas formas do infinitivo pessoal:
• Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar-
mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos 
uma vaga.
• Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos 
chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo, 
obtivemos uma vaga.
b) Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo 
ou de advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o 
cantando. Usos:
1. Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Ju-
rando vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e 
continuada (Fechando os olhos, começou a imaginar 
a festa.).
2. Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando. 
Morreu jurando inocência.
3. Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo.
Duas formas de gerúndio:
• Simples (presente): aspecto não concluído. Ex.: Sor-
rindo, olha para o pai. Ignorando os perigos, continuou na 
estrada. => Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-ndo”.
• Composto (passado): aspecto de ação concluída. Ex.: 
tendo sorrido, olhou para o pai. tendo compreendido os 
perigos, abandonou a estrada.
c) Particípio
Com verbo auxiliar:
1. ter ou haver, locução verbal chamada tempo com-
posto (não varia em gênero e número): A polícia tem 
prendido mais traficantes. Já havíamos chegado 
quando você veio.
2. Ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú-
mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. 
os corruptos estão presos.
Sem verbo auxiliar:
Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol-
dados não ofereceram resistência.
Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-do”: 
beber=>bebido, aparecer=> aparecido, cantar=>cantado.
Atenção!
• Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no 
particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou 
vindo aqui todo dia. (gerúndio)
• Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as-
sustada não dorme.
• Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos 
mortos são enterrados como indigentes.
Voz Verbal
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva, 
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito 
em relação à ação do verbo. Lembrete! Sujeito é o assunto 
da oração. Não precisa ser o praticante da ação.
1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação. O governo au-
mentou os juros.
2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação. Os juros foram 
aumentados pelo governo.
 Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
Há dois tipos de voz passiva:
a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação) 
ou estar (passiva de estado): Os juros foram aumentados 
pelo governo. o ladrão foi preso pelos guardas. o ladrão 
está preso.
Repare:
• o agente da voz passiva (pelo governo, pelos guardas) 
indica o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito. 
Preposição “por” ou “de”: Ele é querido de todos.
• Locuções na voz passiva analítica: temos sido amados. 
tenho sido amado. estou sendo amado.
b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se” com 
verbo transitivo direto (não pede preposição): Não se revisou 
o relatório = O relatório não foi revisado.
3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre 
pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me 
lavei. ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos 
tarde.
Classificando Verbos
• Verbos conforme a função:
a) Principal é sempre o último verbo de uma locução 
(verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Comecei 
a sorrir.
b) Auxiliares são os verbos anteriores na locução. Servem 
para matizar aspectos da ação do verbo principal: ser, 
estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar. Comecei 
a sorrir. o carro foi lavado. Temos vivido. Ando estu-
dando. Vou lavar.
1. Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto 
pelo escolhido.
2. Estar:
– Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
– Com gerúndio, ação duradoura num momento 
preciso: Estou escrevendo um livro.
3. Ter e Haver:
– Nos tempos compostos com particípio: Já 
tinham (ou haviam) aberto o livro. se tivesse 
(ou houvesse) ficado, não perderia o trem.
– Com preposição “de” e infinitivo, sentido de 
obrigação (ter) ou de promessa (haver): Tenho 
de estudar mais. Hei de chegar cedo amanhã.
4. Ir:
– Com gerúndio, indicando:
- ação duradoura: O professor ia entrando 
devagar.
Lí
n
g
u
a
 P
o
r
tu
g
u
es
a
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- ação em etapas sucessivas: Os alunos iam 
chegando a pé.
– No presente do indicativo mais infinitivo, in-
dicando intenção firme ou certeza no futuro 
próximo: Vou encerrar a reunião. Corra! O avião 
vai decolar!
5. Vir:
– Com gerúndio, indica:
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno 
há tempo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos 
vinham chegando, quando o sinal tocou.
– Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos 
a descobrir o culpado mais tarde.
6. Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui-
dade: Ando estudando muito. ele anda escrevendo 
livros.
• Verbos conforme a flexão: regular, irregular, 
defectivo e abundante.
a) Regular: o radical e as terminações do padrão 
de cada conjugação não mudam letra e som. 
Pode até mudar letra, mas o som permane-
ce: agir=>ajo, agi, agirei; ficar=>fico, fiquei, 
ficarei; tecer=>teço, teci, tecerei.
b) Irregular: o radical e ou as terminações mu-
dam letra e som. não basta mudar letra. Deve 
mudar também o som: fazer=>faço, fiz, farei.
 Obs.: Fazer é capaz de substituir outro verbo 
na sequência de frases. Veja: Gostaríamos de 
reverter o quadro do país como fez (=rever-
teu) o governo anterior.

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