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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS Nome Matrícula: Engenharia Civil Laudo de Vistoria (Patologias/Anomalias) O objetivo desta vistoria é identificar as patologias construtivas, patologias funcionais e falhas de uso e manutenção. A vistoria foi realizada em uma edificação do tipo Residencial e acompanhada pelo cliente, pelo proprietário do imóvel e pelo corretor de imóveis a fim de avaliar suas condições para efetivação da compra do mesmo. O imóvel possui toda a documentação em dia (IPTU, Documentação Técnica, etc) e o método empregado na vistoria foi o visual com utilização de máquina fotográfica para registro das anomalias. Fotos comentadas Segue a baixo o registro das anomalias encontradas: Figura 1 – Patologia na edificação Figura 2 – Patologia na edificação As anomalias podem ocorrer devido a falhas no projeto, materiais e execução e é importante analisar quais as suas principais causas, pois sempre é uma preocupação quando qualquer componente de uma edificação deixa de atender aos requisitos mínimos para os quais foi projetado. Identificadas as patologias, segue a descrição de cada uma e os fatores associados ao seu surgimento. As fissuras são aberturas com espessuras inferiores a 0,5 mm e que causam perda parcial da uniformidade de superfícies sólidas. As frestas podem surgir tanto nas paredes quanto nos tetos. É importante investigar independentemente da região onde aparecem, para planejar o procedimento de tratamento e reparar. As fissuras acontecem, normalmente, quando as tensões que a superfície resiste são inferiores às deformações. A diferença entre as forças faz com que aconteça alívio no sistema, gerando as pequenas aberturas. E a manifestação patológica é resultado de diversas situações como: Recalque das fundações; Esmagamento de elementos construtivos por diversas causas como sobrecarga, falha no cálculo ou execução da estrutura; Corrosão da armadura; Erros no encunhamento da alvenaria; Equívocos no encontro de alvenarias; e, Não existência de verga e contraverga em vãos de portas e janelas. A origem do problema pode ainda ser externa à edificação, causada pela movimentação ou trepidação do solo decorrente da execução de obras nas proximidades Se as possíveis causas das fissuras não forem adequadamente diagnosticadas e sanadas, as mesmas podem se transformar em trincas, que são aberturas maiores, as trincas, por sua vez, são irregularidades que interferem no desempenho adequado da edificação, como a estanqueidade à água, o conforto térmico e acústico, a durabilidade e até mesmo a segurança estrutural. As trincas podem ser um alerta de possível colapso da alvenaria ou da edificação. As eflorescências são patologias comuns em diversos sistemas construtivos, sendo sua ocorrência corriqueiramente observada em obras civis, com frequência sobre os revestimentos. Ocorre que as eflorescências são depósitos de material com aspecto esbranquiçado sobre a superfície do revestimento. Em geral, isso acontece em razão da percolação de água, que pode hidrolisar ou dissolver compostos de cimento, notadamente sais, carreando-os à superfície. Esses compostos, quando entram em contato com a superfície, reagem com a atmosfera, formando depósitos de precipitado com aspecto estético bastante desagradável. Diante dessa descrição, é imediato pensar nas causas do surgimento de eflorescências, que estão intimamente ligadas à percolação de água que pode ocorrer por falhas de impermeabilização, ação das chuvas ou mesmo uso da edificação. Mas, além disso, há de se pensar em elevados teores de sais solúveis nas argamassas ou outros fatores. É necessário diagnosticar e tratar as causas das eflorescências para evitar efeitos mais graves. O tratamento dependerá de cada caso, mas é comum que sejam feitos procedimentos de limpeza mais simplificados, como escovação ou a aplicação de produtos de limpeza fabricados especialmente para esse fim. Além das manchas brancas, poderão surgir manchas escuras esverdeadas, estas manchas escuras derivado dos fungos presentes, quanto maior o grau de porosidade dos materiais presente, maior risco de aparecimento da eflorescência. Como não se tem garantia da não eflorescência por parte dos fabricantes, podemos utilizar alguns materiais para incrementar as argamassas colantes sem comprometer a eficiência. Para incremento das argamassas podemos utilizar matérias hidrofóbicos ou resinas de alto desempenho onde farão uma barreira contra a umidade, dificultando a reação química. Outro ponto muito importante é a escolha de rejuntes impermeáveis. Os mofos e bolores são ocorrências observadas em razão da proliferação de microrganismos que, em geral, são fungos. E apesar de, em menores proporções, bactérias e algas produzirem efeitos semelhantes sobre o revestimento, geralmente são ocasionadas pela umidade, que pode ter diversas fontes. A presença desses organismos promove a degradação dos revestimentos argamassados e resultam em manchas com aspecto estético bastante marcado e desagradável. Normalmente, as manchas de umidade resultam de uma soma de fatores. Entre as razões mais comuns dessa patologia estão infiltrações, problemas com a impermeabilização, qualidade baixa de esquadrias que permitem a entrada da chuva, além de vazamentos no sistema hidráulico. A principal causa para o surgimento dessa patologia está relacionada à umidade, que pode ser proveniente de: Infiltrações; Condensações; Excessos acidentais de água; Umidade ascendente do solo; e, Absorções. Soluções Técnicas Tratar fissuras que surgem na alvenaria é diferente daquele realizado nas fissuras que aparecem nas estruturas de concreto. O procedimento dependerá do tipo de patologia e principalmente da causa. Se a fissura estiver na alvenaria, ou seja, nos blocos ou na argamassa de assentamento, o reparo deverá ser feito nessas estruturas. Nos casos em que as fissuras aparecem nos revestimentos argamassados, é necessário avaliar se a fissura ocorre na camada de regularização, na argamassa de acabamento ou na massa corrida. Em casos mais simples, a aplicação de selantes flexíveis é capaz de absorver as tensões, mas se problema já tomou proporções maiores, é recomendável abrir a fissura com as ferramentas adequadas e preenchê-la com impermeabilizantes e selantes. A mancha branca que está presente no revestimento que seria a eflorescência pode ser removido, mecanicamente através de escovação ou lixamento dependendo da textura do revestimento, muito cuidado para não danificar os revestimentos. Quimicamente poderão ser utilizados ácidos de baixa concentração como ácido acético ou sulfônicos. Sua aplicação deve ser por borrifamento em pequenas área e escovação utilizando escovas com cerdas sintéticas, a limpeza com água deve ser imediata para evitar manchas, para neutralização total da ação do ácido pode utilizar uma solução com bicarbonato de sódio. Após a limpeza aplicar sobre os revestimentos e juntas impermeabilizante a base de silano siloxado ou flúor em alta concentração de sólidos. No mercado já existem removedores prontos, que dispensam a necessidade de preparar misturas com ácidos. Eles também são menos perigosos que as limpezas realizadas por meio de ácidos, pois não são corrosivos ou irritantes. Entretanto, dependendo do nível de degradação, pode ser necessário realizar uma nova camada de revestimento, seguindo os cuidados necessários na execução. Em alguns casos, também pode ser preciso realizar uma investigação para descobrir de onde vem a água que está provocando a eflorescência. Com relação ao mofo e bolores, uma das preocupações é em relação à saúde dos ocupantes da edificação, que pode ser afetada pela presença dos microrganismos que a causam. Essa patologia se apresenta também sobre o acabamentofinal, manifestando-se sobre as pinturas. O tratamento dependerá do grau de degradação, podendo ser uma simples limpeza ou a demolição do revestimento com recomposição. Referência: Arquitetura, Construção e Engenharia: Patologias do Concreto. Disponível em: < https://www.aecweb.com.br › revista › materias › manifest..>. Acesso em: 21 mai. 2022. Bauer, E; Bezerra, N. M.; Castro, E. K. de; Patologias mais Correntes nas Fachadas de Edifícios em Brasília, 2010 Mapa da Obra: Entendendo as trincas e fissuras. 2016. Disponível em: < https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/entendendo-as-trincas-e-fissuras/>. Acesso em: 21 mai. 2022. VIANA, Thiago M. Patologia das Estruturas. Recife: Ser Educacional, 2021. 134 p. https://info.casadoconstrutor.com.br/almanaque/dicas/4-dicas-importantes-sobre-assentamento-de-piso/ https://info.casadoconstrutor.com.br/almanaque/dicas/4-dicas-importantes-sobre-assentamento-de-piso/
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