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cartilha de apraxia de fala

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Guia prÁtico de 
coNscieNtização 
da apraxia de 
fala na infância
enTenda MelHOr 
eSSe UniVerSO
Destinado aos pais, às 
HVFRODV��DRV�SURȴVVLRQDLV
da área e a todos os 
interessados no assunto
Guia prÁtico de 
coNscieNtização 
da apraxia de 
fala na infância
enTenda MelHOr 
eSSe UniVerSO
Destinado aos pais, às 
HVFRODV��DRV�SURȴVVLRQDLV
da área e a todos os 
interessados no assunto
iNstituto FederaL de educação ciÊNcia e tecNoLoGia da paraÍBa
reitor
cícero Nicácio do Nascimento Lopes
prÓ-reitora de eNsiNo
Mary roberta Meira Marinho
prÓ-reitora de pesQuisa, iNoVação e pÓs-Graduação
silvana Luciene do Nascimento cunha costa
prÓ-reitora de eXteNsão e cuLtura
Maria cleidenédia Moraes oliveira
prÓ-reitor de assuNtos estudaNtis
Manoel pereira de Macedo Neto
prÓ-reitor de adMiNistração e FiNaNças
pablo andrey arruda de araujo
editora iFpB
diretor eXecutiVo
carlos danilo Miranda regis
FicHa tÉcNica Na pÁGiNa 36.
copyright © Luciana Mendonça dinoá pereira e rosa silvânia clementino de araújo. 
todos os direitos reservados. proibida a venda.
as informações contidas no guia são de inteira responsabilidade dos seus autores.
dados internacionais de catalogação na publicação (cip)
Biblioteca Nilo peçanha, iFpB campus João pessoa.
p436g pereira, Luciana Mendonça dinoá.
Guia prático de conscientização da apraxia de fala na infância : entenda 
melhor esse universo / Luciana Mendonça dinoá pereira, rosa silvânia 
clementino de araújo. – João pessoa : iFpB, 2020.
38 p. : il. 
Formato pdf
isBN 978-65-87572-00-0
1. apraxia da fala - infância. 2. Linguística - fala. 3. saúde - distúrbios 
neurológicos. i. araújo, rosa silvânia clementino de. ii. título.
cdu 616.89:81
elaboração: Lucrecia camilo de Lima – crB 15/132
1
3 45
7 6
2
SUMÁriO
O QUE É apraxia
DE FALA NA INFÂNCIA?
diaGnÓSTicO E
TRATAMENTO
PALAVRA DE
eSpecialiSTa
SAIBA MAIS
infOrMaÇÕeS
PRINCIPAIS
SinaiS
A HORA DA
nOTÍcia
OrienTaÇÕeS AOS
PAIS E À ESCOLA
pG 5
pG 17
pG 25
pG 33
pG 9
pG 21
pG 29
GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
O QUE É
apraxia
DE FALA NA 
INFÂNCIA?
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GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 6
O QUE É
apraxia
DE FALA NA 
INFÂNCIA?
A Apraxia de Fala na Infância (AFI) é um distúrbio neurológico que 
afeta a produção motora dos sons da fala, no qual a precisão e a 
consistência dos movimentos necessários à fala estão alterados, na 
ausência de défcits neuromusculares. 
O termo Apraxia de Fala na Infância foi 
recomendado e padronizado em 2007 
pela American Speech-Language-Hearing 
Association (ASHA), que estima que uma ou 
duas a cada mil crianças são diagnosticadas 
com esse distúrbio neurológico que acaba 
por afetar mais os meninos. 
��XPD�GLȴFXOGDGH�PRWRUD�SHUFHSW¯YHO�TXH�
SRGH�VHU�REVHUYDGD�QR�PRPHQWR�HP�TXH�D�
FULDQ©D�Q¥R�FRQVHJXH�SODQHMDU�YROXQWDULDPHQWH�
D�VHTX¬QFLD�GRV�PRYLPHQWRV�PXVFXODUHV�
necessários para a fala acontecer. 
Para que uma criança comece a falar, ela 
precisa ordenar os sons, chamados fonemas, 
H�DV�V¯ODEDV�SRU�PHLR�GH�XPD�VHTX¬QFLD�GH�
PRYLPHQWRV�PRWRUHV�FRRUGHQDGRV�SHORV�
O£ELRV��O¯QJXD��PDQG¯EXOD�H�SDODWR�PROH��RX�
seja, o cérebro comunica aos músculos o 
1
em
1000
WHPSR�GRV�PRYLPHQWRV�SDUD�TXH�DV�
SDODYUDV�VHMDP�SURGX]LGDV�FRP�SUHFLV¥R�
e clareza. Esse processo ocorre de forma 
LQVWLQWLYD�QD�PHGLGD�HP�TXH�D�FULDQ©D�
começa a falar. 
Por outro lado, a criança que tem a AFI 
recebe de forma incorreta informações 
do cérebro para planejar e executar 
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essas ações, o que reduz a capacidade de produzir clara e corretamente as 
V¯ODEDV�H�DV�SDODYUDV��6¥R�FULDQ©DV�TXH�W¬P�R�UDFLRF¯QLR�SUHVHUYDGR��SHQVDP�QR�
TXH�TXHUHP�FRPXQLFDU��PDV�Q¥R�FRQVHJXHP�FRQYHUWHU�HVVH�SHQVDPHQWR�HP�
SDODYUDV����FRPR�VH�D�FRPXQLFD©¥R�HQWUH�R�F«UHEUR�H�D�ERFD�IRVVH�LQWHUURPSLGD� 
(ODV�Q¥R�VDEHP�TXDLV�SDODYUDV��VHP¤QWLFD��H�HP�TXDO�VHTX¬QFLD��VLQWD[H��GHYHP�
ser usadas para expressar uma ideia. Também não sabem quais os sons e em 
TXDO�RUGHP�GHYHP�VHU�FRORFDGRV�SDUD�IRUPDU�XPD�SDODYUD��H�PXLWR�PHQRV�TXDLV�
P¼VFXORV�H�HVWUXWXUDV�GHYHP�VHU�PRYLPHQWDGRV�SDUD�SURGX]LU�HVVHV�VRQV��
Assim, a AFI não se caracteriza como um atraso na fala, mas como um distúrbio 
motor, neurológico-funcional, que prejudica a produção dos sons da fala. Além 
GD�DOWHUD©¥R�QD�SURGX©¥R�GRV�VRQV�GD�IDOD��HVVD�GLȴFXOGDGH�GH�SODQHMDPHQWR�
palato
mole 
regiões do cérebro não enviam 
adequadamente os comandos 
para os músculos movimentarem 
os articuladores da fala
Lábios
Mandíbula
pregas
Vocais
Língua
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GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 8
GRV�PRYLPHQWRV�SRGH�WDPE«P�DIHWDU�D�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�ȴQD�
H�JURVVD�GD�FULDQ©D��GLȴFXOWDQGR��GHVGH�D�IRUPD�GH�SHJDU�QR�O£SLV�
�LGHDFLRQDO���SRU�H[HPSOR��DW«�R�PRYLPHQWR�QHFHVV£ULR�SDUD�DQGDU��
H�SXODU��PHPEUR�FLQ«WLFD���([LVWHP�Y£ULRV�JUDXV�GH�$)Ζ��
1RV�FDVRV�PDLV�OHYHV��D�FULDQ©D�FRQVHJXH�IDODU��PDV�WURFD�VRQV�
H�DWUDSDOKD�VH�QD�PHGLGD�HP�TXH�DXPHQWD�R�Q¼PHUR�GH�V¯ODEDV�
H�SDODYUDV��-£�QRV�FDVRV�PDLV�JUDYHV��HOD�Q¥R�«�FDSD]�GH�IDODU��
Crianças com essa condição, porém, podem não apresentar 
HYROX©¥R�TXDQGR�VXEPHWLGDV�DRV�WLSRV�WUDGLFLRQDLV�GH�WHUDSLD��PDV�
dependendo do caso, podem ser reabilitadas, desde que recebam 
XP�WUDWDPHQWR�SUHFRFH��SURȴVVLRQDO�H�GLUHFLRQDGR��
A Apraxia de Fala na Infância pode 
ser de origem desconhecida, surgindo 
espontaneamente, sem estar associada 
a algum distúrbio neurológico conhecido. 
Apesar de algumas crianças serem 
submetidas a exames, elas não 
apontam qualquer alteração. 
Pode estar associada a distúrbios 
neurológicos conhecidos, infeccções 
ou traumas durante a gestação ou após 
o nascimento e pode ainda ocorrer 
secundariamente em crianças com 
WUDQVWRUQRV�GR�QHXURGHVHQYROYLPHQWR�
ou questões genéticas como o autismo, 
D�6¯QGURPH�GH�'RZQ�RX�D�6¯QGURPH�GR�
X-Frágil, por exemplo. causas da apraxia 
de fala na infância
Origem
desconhecida
distúrbios 
neurológicos 
conhecidos
Transtornos do 
neurodesenvolvimento 
ou questões genéticas
infeccções ou traumas 
causados durante a gestação 
ou após o nascimento 
PRINCIPAIS
SinaiS 2
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iSHá uma diversidade de características envolvidas nos 
quadros de Apraxia de Fala na Infância, variando 
de criança para criança. Alguns desses aspectos 
são observados em crianças com outros tipos de 
transtornos que afetam a aquisição dos sons, o que 
WRUQD�R�GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ�GLIHUHQWH�H�GHVDȴDGRU��
1Produções inconsistentes de FRQVRDQWHV�H�YRJDLV�QD�UHSHWL©¥R�GH�
V¯ODEDV�RX�GH�SDODYUDV��$�FULDQ©D�IDOD�D�
PHVPD�SDODYUD�GH�GLIHUHQWHV�PDQHLUDV�
TXDQGR�«�VROLFLWDGD�D�UHSHWL�OD�Y£ULDV�YH]HV��
Por exemplo: a criança pode falar “maco” 
ou “caco” no lugar de falar macaco.
'H�DFRUGR�FRP�D�$6+$���������H[LVWHP�WU¬V�SDUWLFXODULGDGHV�TXH�V¥R�HVSHF¯ȴFDV�QD�
GLȴFXOGDGH�GH�SODQHMDU�H�SURJUDPDU�RV�PRYLPHQWRV�QHFHVV£ULRV�SDUD�D�IDOD��
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3Pausas inadequadas entre os sons e as V¯ODEDV��R�TXH�JHUD�OHQWLG¥R�RX�LQWHUUXS©¥R�
na fala. Quando existe essa quebra, a criança 
DSUHVHQWD�XPD�IDOD�GH�GLI¯FLO�HQWHQGLPHQWR�
4Bebês muito quietos, silenciosos ou com pouco balbucio de sons.
Nota importante
2 3UHVHQ©D�GH�DFHQWXD©¥R�LQDSURSULDGD�HP�SDODYUDV�H�IUDVHV�(alteração prosódica), afetando a entonação e o ritmo da 
IDOD��$�FULDQ©D�ȴFD�FRP�XPD�IDOD�PHFDQL]DGD��R�TXH�GLȴFXOWD�D�
compreensão e causa estranheza para quem escuta. Por exemplo: 
QD�SDODYUD�EROD��D�V¯ODED�W¶QLFD�«�R�bo,mas a criança fala bolá.
Vale ressaltar que para ser diagnosticada com AFI, a criança não precisa apresentar cada uma 
GDV�WU¬V�FDUDFWHU¯VWLFDV�FLWDGDV�DFLPD��SRLV�LVVR�SRGH�YDULDU�GH�DFRUGR�FRP�R�JUDX�GH�VHYHULGDGH��
FRP�D�LGDGH�H�FRP�RXWUDV�GLȴFXOGDGHV�TXH�D�FULDQ©D�SRVVXL��1R�HQWDQWR��HVWDV�GHYHP�WHU�XP�
SHVR�PDLRU�GR�TXH�RXWURV�VLQDLV�SRVV¯YHLV��DR�VH�FRQVLGHUDU�R�GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ�
([LVWHP�Y£ULRV�RXWURV�VLQDLV�REVHUYDGRV�
em crianças com AFI que, além de serem 
comuns a outros distúrbios da fala, não 
necessariamente aparecem em todas as 
crianças. Entre os principais sinais existem:
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5Bebês que demoram muito para HPLWLU�DV�SULPHLUDV�SDODYUDV�VLPSOHV�
como “papá” e “mamã”.
6Têm boa compreensão, mas grande GLȴFXOGDGH�SDUD�H[SUHVVDU�VH�
7Produzem sons inadequados da fala. &RPXQLFDP�VH�DSHQDV�FRP�YRJDLV��Q¥R�
produzindo consoantes como por exemplo: 
ȊDL¥Rȋ�QR�OXJDU�GH�DYL¥R��2X�DFDEDP�SRU�IDODU�
V¯ODEDV�LVRODGDV�FRPR�ȊSDȋ�QR�OXJDU�GH�SDSDL����
ou ainda conseguem apenas falar sons mais 
fáceis como o do M e do P.
83RVVXHP�SHUGD�GH�SDODYUDV�RX�sons anteriormente produzidos.
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9Apresentam aumento dos erros com D�TXDQWLGDGH�GH�V¯ODEDV��$FDEDP�SRU�
PRVWUDU�IDFLOLGDGH�SDUD�IDODU�SDODYUDV�
curtas como “ai”, “dá”, “pé“, mas apresentam 
GLȴFXOGDGH�SDUD�PDQWHU�D�VHTX¬QFLD�FRUUHWD�
GH�V¯ODEDV�HP�SDODYUDV�PDLV�SURORQJDGDV�
10Crianças dispersas que não olham olho no olho 
ou se mostram indiferentes 
D�Y£ULDV�VLWXD©·HV�
11Crianças que brincam raramente, interagem pouco ou são muito agitadas. 
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12$SUHVHQWDP�GLȴFXOGDGH�SDUD�LPLWDU�expressões faciais ou repetir sons.
13Apresentam problemas motores orais como sopro fraco, sequer 
FRQVHJXHP�ID]HU�PRYLPHQWRV�FRPR�HQFKHU�
DV�ERFKHFKDV�GH�DU��PH[HU�D�O¯QJXD�HP�
GLIHUHQWHV�GLUH©·HV�RX�HQW¥R�PRYLPHQWDP�����
D�O¯QJXD�GH�PDQHLUD�DOWHUDGD�
14Indicam hesitação para falar, principalmente quando solicitada em 
S¼EOLFR��3RU�H[HPSOR��ȴOKR�D���GLJD�R�VHX�
nome para a professora!
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15 Apontam hipersensibilidade na região RUDO��W¬P�GLȴFXOGDGH�SDUD�PDVWLJDU�
alimentos com certas consistências, texturas 
RX�PRVWUDP�SUREOHPD�SDUD�HVFRYDU�RV�GHQWHV�
164XDQGR�ȴFDP�GLVWUD¯GDV�QD�����������hora da alimentação, demoram 
ou esquecem a comida na boca. 
17Apresentam uma coordenação motora global afetada. São crianças 
desorganizadas, desajeitadas na forma de 
andar, correr ou pular. E ainda têm problema 
QD�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�ȴQD��3RU�H[HPSOR��
SRVVXHP�GLȴFXOGDGH�SDUD�HQFDL[DU�SH©DV�
nos lugares certos, confusão para segurar 
R�O£SLV�H�RXWUDV�DWLYLGDGHV�TXH�UHTXHUHP�
coordenação motora.
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184XDQGR�DSUHVHQWDP�GLȴFXOGDGHV�sensoriais ao se incomodar com 
etiquetas de roupas, pegar em massa 
de modelar, pisar na areia ou grama, 
ODYDU�R�FDEHOR��VXMDU�VH��HWF�
19 Quando passam por problemas emocionais ao tentar falar e não 
FRQVHJXLU��WRUQDP�VH�DJUHVVLYDV��LUULWDGDV��
IUXVWUDGDV��W¯PLGDV�H�FRP�EDL[D�DXWRHVWLPD�
20Não progridem quando fazem terapia fonoaudiológica tradicional.
diaGnÓSTicO E 
TRATAMENTO
3
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O importante é ter em mente que nem toda criança que apresenta 
GLȴFXOGDGH�QR�GHVHQYROYLPHQWR�GD�IDOD�WHP�RX�WHU£�$SUD[LD�GH�)DOD�QD�
Infância. Os motivos para esse atraso podem ser diversos, que acabam 
por levar a um diagnóstico confuso e incorreto. O fonoaudiólogo, com 
H[SHUL¬QFLD�QD�£UHD��«�R�SURȴVVLRQDO�TXDOLȴFDGR�SDUD�GDU�HVWH�GLDJQµVWLFR�
Diagnóstico: 
$SHVDU�GH�H[LVWLUHP�Y£ULRV�SURȴVVLRQDLV�
que trabalham com crianças, como 
pediatras, neuropediatras ou psicólogos que 
podem suspeitar de um quadro de AFI, por 
tratar-se de um distúrbio motor que afeta 
R�GHVHQYROYLPHQWR�GD�IDOD��R�SURȴVVLRQDO�
FDSDFLWDGR�SDUD�DYDOLDU��GLDJQRVWLFDU�H�
determinar o plano de tratamento é o 
IRQRDXGLµORJR��(VWH�SURȴVVLRQDO�GHYH�WHU�
experiência e conhecimento nas áreas de 
linguagem infantil, motricidade orofacial e 
distúrbios motores da fala. Em alguns casos, 
DSHQDV�D�DYDOLD©¥R�IRQRDXGLROµJLFD�SRGH�Q¥R�
VHU�VXȴFLHQWH��1HVVH�FDVR��«�QHFHVV£ULD�XPD�
DYDOLD©¥R�LQWHUGLVFLSOLQDU�TXH�FRQWH�FRP�D�
participação de neuropediatras, geneticistas, 
terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, 
entre outros. 
Antes dos dois anos de idade, nem sempre 
«�SRVV¯YHO�GLDJQRVWLFDU�XPD�FULDQ©D�FRP�
AFI, porque ela ainda está no processo de 
DSUHQGL]DJHP�GD�IDOD�H��GHYLGR�¢�LGDGH�SUHFRFH��
SRGH�VHU�TXH�Q¥R�FRPSUHHQGD�DV�DWLYLGDGHV�
SURSRVWDV�QD�DYDOLD©¥R��(QWUHWDQWR��«�SRVV¯YHO�
suspeitar do diagnóstico de crianças entre os 
dois e três anos e encaminhá-la para algumas 
WHUDSLDV�TXH�FRQȴUPHP�D�LQYHVWLJD©¥R�
([LVWHP�DOJXQV�LQVWUXPHQWRV�GH�DYDOLD©¥R�
que são capazes de auxiliar no diagnóstico, 
no entanto são escassos os estudos sobre 
HVVH�WHPD�HP�Q¯YHO�QDFLRQDO��EHP�FRPR�
SURWRFRORV�SDGURQL]DGRV�H�YDOLGDGRV�SDUD�D�
realidade sociocultural brasileira que ajudem 
QD�LGHQWLȴFD©¥R�SUHFLVD��(VVHV�UHFXUVRV�Q¥R�
apresentam ainda tarefas que diferenciam 
claramente as crianças com AFI das crianças 
com outros tipos de distúrbio. Assim, o 
GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ�«�FO¯QLFR��UHDOL]DGR�SRU�
meio de histórico do paciente e de uma 
DYDOLD©¥R�PLQXFLRVD��OHYDQGR�HP�FRQVLGHUD©¥R�
DVSHFWRV�FRPR�D�DQDPQHVH�FRP�D�IDP¯OLD��
DYDOLD©¥R�GD�OLQJXDJHP�RUDO�HP�WRGRV�RV�
Q¯YHLV��YRFDEXO£ULR��IRQRORJLD��JUDP£WLFD��XVR�
IXQFLRQDO�GD�FRPXQLFD©¥R��FDUDFWHU¯VWLFDV�
GLVFXUVLYDV���DYDOLD©¥R�GRV�DVSHFWRV�IRQ«WLFR�
IRQROµJLFRV��VRQV�GD�IDOD���DYDOLD©¥R�GD�
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maturidade simbólica (brincadeira), 
DYDOLD©¥R�GD�PRWULFLGDGH�RURIDFLDO��DYDOLD©¥R�
GDV�SU£[LV�RUDLV�H�YHUEDLV��DYDOLD©¥R�
da postura relacionada à alimentação 
(mastigação, consistência, hábitos 
alimentares) etc. Outras questões como 
coordenação motora, integração sensorial, 
aspectos comportamentais, emocionais e 
FRJQLWLYRV�GHYHP�VHU�REVHUYDGRV��$�DQ£OLVH�
da dinâmica familiar e a atitude dos pais 
GHYHP�ID]HU�SDUWH�GHVWH�SURFHVVR�
$�FRQȴUPD©¥R�GHVWH�GLDJQµVWLFR�«�
importante porque, por ser uma alteração 
motora, o tratamento é diferenciado e 
YROWDGR�SDUD�HVWD�DOWHUD©¥R��3RUWDQWR��VHP�
esse diagnóstico, o método oferecido pode 
não ser ideal para a criança com o risco de 
ela não responder à terapia oferecida. 
Quanto mais cedo for o diagnóstico, com o 
VXSRUWH�GD�IDP¯OLD�H�GH�WRGD�D�FRPXQLGDGH��
mais rápido o tratamento será direcionado à 
criança que, com certeza, terá progresso na 
KDELOLGDGH�GH�IDODU��(VSHUDU��VLJQLȴFD�SHUGHU�
tempo precioso de estimulação.
Tratamento: 
A Apraxia de Fala na Infância se apresenta 
GHVGH�R�QDVFLPHQWR�H�Q¥R�«�UHVROYLGD�
naturalmente com o tempo. Antes de 
PDLV�QDGD�H�FRQVLGHUDQGR�DV�GLȴFXOGDGHV�
HVSHF¯ȴFDV�GH�FDGD�FULDQ©D��«�LPSRUWDQWH�
FRQKHFHU�GHWDOKDGDPHQWH�R�TXDGUR�FO¯QLFR�
para que o tratamento fonoaudiológico seja 
planejado com uma abordagem adequada. 
$V�PDQLIHVWD©·HV�GD�$SUD[LD�V¥R�OHYHV�
RX�VHYHUDV�H�D�IUHTX¬QFLD�GDV�VHVV·HV�GH�
WHUDSLDV�GHYH�VHU�LQWHQVLYD��YDULDQGR�GH�GXDV�
a cinco sessões por semana. Para casos 
JUDYHV��«�UHFRPHQG£YHO�TXH�D�IUHTX¬QFLD�
VHMD�IHLWD�GH�WU¬V�D�FLQFR�YH]HV�SRU�VHPDQD���������������������������������
Para o tratamento ter melhordesempenho, 
«�SUHFLVR�REVHUYDU�D�LGDGH�GD�FULDQ©D��D�
VHYHULGDGH�GR�GLVW¼UELR��D�H[LVW¬QFLD�GH�
outras comorbidades, o comportamento e a 
PRWLYD©¥R�GD�FULDQ©D��DVVLP�FRPR�D�DERUGDJHP�
terapêutica utilizada e, principalmente, ter o 
HQYROYLPHQWR�GD�IDP¯OLD��GD�HVFROD�HWF�
Para algumas crianças, somente o tratamento 
IRQRDXGLROµJLFR�«�VXȴFLHQWH��3RU«P��SDUD�
aquelas crianças que apresentam outras 
manifestações que estão associadas a 
GLȴFXOGDGHV�GH�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�H�
DWLYLGDGHV�FRWLGLDQDV��R�DWHQGLPHQWR�GH�
um terapeuta ocupacional é fundamental. 
3ULQFLSDOPHQWH�SURȴVVLRQDLV�TXH�SULRUL]HP�
o essencial à criança e que atuem em 
áreas com ênfase em psicomotricidade 
e integração sensorial, psicologia, 
ȴVLRWHUDSLD�H�SVLFRSHGDJRJLD�
1DV�WHUDSLDV��«�LPSRUWDQWH�TXH�SURȴVVLRQDLV�
estabeleçam metas e estratégias que serão 
DGRWDGDV�SDUD�DWLQJLU�RV�REMHWLYRV�SODQHMDGRV��
$O«P�GLVVR��DOJXQV�SULQF¯SLRV�GH�LQWHUYHQ©¥R�
GHYHP�VHU�XWLOL]DGRV�QD�WHUDSLD�FRPR�R�WUHLQR�
UHSHWLWLYR��D�VHOH©¥R�FRUUHWD�GH�IRQHPDV�H�
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SDODYUDV�DOYR��UHVSHLWDQGR�XPD�KLHUDUTXLD�
TXH�FRPH©D�FRP�SDODYUDV�GH�XPD�RX�GXDV�
V¯ODEDV��IUDVHV�FXUWDV�RX�PDLV�H[WHQVDV�FRP�
VHQWHQ©DV�LQWHUURJDWLYDV�H�H[FODPDWLYDV�
até a criança atingir uma fala espontânea. 
Para que a criança saiba que falou ou não 
corretamente, não pode faltar o uso de 
recurso como os feedbacks. Deste modo, é 
LPSUHVFLQG¯YHO�XVDU�SLVWDV�PXOWLVVHQVRULDLV��
VHMDP�HODV�YLVXDLV��YHUEDLV��W£WHLV�RX�JHVWXDLV��
Isso ajuda a criança a entender e aprender 
TXDLV�PRYLPHQWRV�V¥R�QHFHVV£ULRV�SDUD�
produzir a fala. No caso de crianças não 
YHUEDLV��R�XVR�GH�FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD�RX�
FRPSOHPHQWDU�GHYH�VHU�FRQVLGHUDGD�
&RP�HYLG¬QFLDV�FLHQW¯ȴFDV��DOJXQV�P«WRGRV�
para o tratamento da AFI são recomendados 
XWLOL]DQGR�VH�GH�SULQF¯SLRV�GH�DSUHQGL]DJHP�
motora, como é o caso do Prompts for 
Restructuring Oral Muscular Phonetic Targets 
(Prompt), do Dynamic Temporal and Tactile 
Cueing (DTTC), do Rapid Syllable Transitions 
(ReST), entre outros.
No Brasil, desde 2016, iniciaram-se cursos 
SDUD�D�FHUWLȴFD©¥R�GH�IRQRDXGLµORJRV�
QR�P«WRGR�3URPSW��-£�H[LVWHP�Y£ULRV�
fonoaudiólogos com formação neste 
método. Porém, pela complexidade 
GR�TXDGUR�FO¯QLFR��«�QHFHVV£ULR�TXH�R�
SURȴVVLRQDO�GD�VD¼GH��XWLOL]H�Q¥R�VRPHQWH�
um método ou estratégia de tratamento e 
muito menos acredite que exista um método 
XQLYHUVDO��PDV�TXH�SURFXUH�XVDU�RXWUDV�
DOWHUQDWLYDV��&DGD�FULDQ©D�«�¼QLFD��FRP�
QHFHVVLGDGHV�H�GLȴFXOGDGHV�HVSHF¯ȴFDV��
portanto o fonoaudiólogo precisa ser 
FULDWLYR��ȵH[¯YHO�H�ID]HU�XPD�DQ£OLVH�FU¯WLFD�
do seu trabalho, estudando caso a caso 
para fazer a adaptação das estratégias, 
FRQIRUPH�DV�HVSHFLȴFLGDGHV�GR�SDFLHQWH�
A HORA DA 
nOTÍcia
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Os pais, por não se sentirem preparados para lidar 
com uma série de novas informações e enfrentar essa 
realidade, têm de encarar um momento que nunca será 
esquecido para ter de lidar com esse problema. Para eles, 
são muitos sentimentos e emoções vivenciados nesse 
momento, além de dúvidas e principalmente da incerteza 
das implicações desse diagnóstico no futuro da criança. 
��LPSRUWDQWH�TXH�RV�SURȴVVLRQDLV�FRQVLGHUHP�XPD�
linguagem adequada para oferecer aos pais informações 
claras, objetivas e atualizadas, dando tempo para que 
eles absorvam as informações e façam suas perguntas. 
Nessa hora, é importante pesquisar sobre o assunto, 
superar o medo e a ansiedade diante do desconhecido 
e conhecer pessoas que vivenciam e podem oferecer 
apoio para a mesma situação. Se para algumas famílias 
o diagnóstico pode ser um momento triste, para outras, 
VXUJH�FRPR�XP�DO¯YLR�SRUTXH�ȴQDOPHQWH�FRPH©DP�
a agir e iniciam o tratamento adequado. Veja alguns 
depoimentos de pais de crianças com AFI: 
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$OLYLDGD�SRU�WHU�XP�GLDJQµVWLFR��WULVWH�SRU�Q¥R�HQWHQGHU�R�TXH�
tinha dado errado e perdida pela falta de informação. Chore, 
VLQWD�UDLYD��PDV�Vµ�QR�PRPHQWR�LQLFLDO��'HSRLV�VH�LQIRUPH�
VREUH�FRPR�DMXGDU�VHX�ȴOKR��Y£�DWU£V�GH�WHUDSLDV�H�GH�WXGR�R�
TXH�YRF¬�SXGHU�ID]HU��1XQFD�WHQKD�YHUJRQKD�GR�GLDJQµVWLFR��
1¥R�GHL[H�VHX�ȴOKR�VH�VHQWLU�PHQRV�TXH�RV�RXWURV��
(Mãe do Henrique de cinco anos, de Brasília-df)
$OLYLDGD�YHQGR�RSRUWXQLGDGH�GH�GLUHFLRQDU�D�WHUDSLD�TXH�Q¥R�PRVWUDYD�HYROX©¥R��$�MRUQDGD�
«�FDQVDWLYD��PDV�FDGD�FRQTXLVWD�QRV�HQFKH�GH�HQHUJLD��$FUHGLWH�H�Q¥R�GHVLVWD��HOHV�HVSHUDP�
mais de nós do que nós deles. (Mãe do arthur de seis anos, de Santa Maria-rS).
6HQWL�XP�DO¯YLR��SRUTXH�D�SDUWLU�GR�GLDJQµVWLFR�IRL�SRVV¯YHO�GLUHFLRQ£�OR�SDUD�XP�
WUDWDPHQWR�HVSHF¯ȴFR�H�PDLV�HȴFD]��$�$SUD[LD�GH�)DOD�QD�ΖQI¤QFLD�DLQGD�«�XP�
JUDQGH�GHVDȴR��VHMD�SDUD�RV�SURȴVVLRQDLV��VHMD�SDUD�D�IDP¯OLD��$�HYROX©¥R�«�OHQWD��
PDV�FRP�R�HVW¯PXOR�FRUUHWR�D�FULDQ©D�YDL�DGTXLULU�KDELOLGDGHV�QHFHVV£ULDV�SDUD���
se comunicar. (Mãe do nathan de três anos, de Belo Horizonte-MG)
como se sentiu ao receber a notícia do diagnóstico da sua 
criança e qual a mensagem que poderia deixar aos pais que 
estão recebendo agora essa notícia?
Eu me senti perdida e desorientada. 
Fé, foco e muita informação para ajudar
(Mãe do Mateus de cinco anos, de Belém-pa)
3RU�LQFU¯YHO�TXH�SDUH©D�PH�VHQWL�IHOL]�H�DOLYLDGD��SRUTXH�REWLYH�XPD�UHVSRVWD�SDUD�D�DXV¬QFLD�GD�
IDOD��(OHV�LU¥R�PHOKRUDU��PHVPR�QRV�FDVRV�PDLV�VHYHURV�FRPR�R�GR�PHX�ȴOKR���V�YH]HV��Q¥R�QR�
WHPSR�TXH�JRVWDU¯DPRV��PDV�QR�WHPSR�GHOHV��(Mãe do Bruno de dez anos, de São paulo-Sp)
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6HQWL�DO¯YLR�SRU�VDEHU�TXDO�UXPR�VHJXLU�H�WULVWH]D�SHOD�PLQKD�ȴOKD�WHU�GH�SUHFLVDU�SDVVDU�SRU�LVVR��
'HSRLV�TXH�HQWHQGL�R�TXH�HVWDYD�SRU�YLU��EXVTXHL�P¥HV�TXH�HVWDYDP�SDVVDQGR�SHOD�PHVPD�
situação. Fui bem acolhida e isso fez a diferença para que eu me organizasse emocionalmente. 
1¥R�VH�FRQWHQWH�HP�DSHQDV�OHY£�OR�DRV�HVSHFLDOLVWDV��UHIRUFH�HP�FDVD�RV�H[HUF¯FLRV�SURSRVWRV�H�
VH�GLVSRQLELOL]H�D�HVWDU�ODGR�D�ODGR�FRP�VHX�ȴOKR��$GRWH�HVVD�QRYD�FRQGL©¥R�IDPLOLDU�FRPR�XPD�
possibilidade de crescimento e mudança. (Mãe da Maya de três anos, de florianópolis-Sc)
(VSHUDQ©RVD�HP�SRGHU�LQWHUYLU�R�TXDQWR�DQWHV��SRLV�QR�FDVR�GHOH��$XWLVPR���
$SUD[LD��LQWHUYHQ©·HV�SUHFRFHV�V¥R�LPSRUWDQW¯VVLPDV��)D©D�WXGR�TXH�HVWLYHU�DR�
VHX�DOFDQFH�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�GR�VHX�ȴOKR��7HU�R�GLDJQµVWLFR��DSHVDU�GH�
WULVWH��«�LPSRUWDQWH�SDUD�SRGHUPRV�LQWHUYLU�QR�GHVHQYROYLPHQWR�SDUD�TXH�HOHV�
possam ter uma autonomia futura. 
(Mãe do arthur de três anos, de colombo-pr)
3HUGLGD�H�DQVLRVD�SDUD�VDEHU�VH�SRGHULD�UHYHUWHU�D�VLWXD©¥R��PDV�
DOLYLDGD�SRU�SRGHU�LQLFLDU�XP�WUDWDPHQWR�DGHTXDGR��(OH�M£�ID]LD�
WHUDSLDV�K£�GRLV�DQRV�H�Q¥R�HYROX¯D��-DPDLV�VH�HQWUHJXH�¢�WULVWH]D�H�
à acomodação. Temos de enfrentar a situação com otimismo, pois 
D�QRVVD�DMXGD�FRPSOHPHQWD�R�WUDEDOKR�GRV�WHUDSHXWDV�H�D�HYROX©¥R���
«�Q¯WLGD��(Mãe do pedro de sete anos, de João pessoa-pB) 
(X�PH�VHQWL�SHUGLGD��QXQFD�WLQKD�RXYLGR�IDODU��&DOPD��QDGD�
«�LPSRVV¯YHO�SDUD�'HXV��2�GLDJQµVWLFR�WRUQD�VH�OLEHUWDGRU��
DFDEDPRV�SRU�DFDOPDU�R�FRUD©¥R�H�VDEHU�TXH�VH�R�QRVVR�ȴOKR�Q¥R�
fala não é porque ele é “preguiçoso”. Aos poucos e com muitas 
WHUDSLDV�WXGR�YDL�VH�HQFDL[DQGR�H�GDQGR�FHUWR��(Mãe do luís 
Gustavo de quatro anos, de São luís-Ma)
Como sou fonoaudióloga, eu mesma diagnostiquei. Uma 
oportunidade única de ser diagnosticada precocemente. Busque o 
WUDWDPHQWR�R�PDLV�FHGR�SRVV¯YHO��&RPHPRUH�FDGD�SHTXHQR�DYDQ©R��
&DGD�YRJDO��FDGD�VRP��FDGD�SDODYUD�«�GH�IDWR�XPD�YLWµULD��1XQFD�
desista! (Mãe da emanuelle de cinco anos, Salvador-Ba)
PALAVRA DE 
eSpecialiSTa
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Em uma pesquisa realizada com fonoaudiólogos de 
diferentes cidades, foram selecionadas algumas das 
primeiras perguntas feitas pelos pais ao receberem o 
diagnóstico da Apraxia de Fala na Infância. As respostas 
foram dadas pela Dra. Elisabete Giusti, fonoaudióloga, 
FRP�HVSHFLDOL]D©¥R�HP�DOWHUD©·HV�HVSHF¯ȴFDV�GR�
desenvolvimento da fala e da linguagem pela Faculdade 
de Medicina da USP e Doutora em Linguística.
����0HX�ȴOKR�YDL�FRQVHJXLU�IDODU"�7HP�FXUD"�
$SUD[LD�SRVVXL�GLIHUHQWHV�Q¯YHLV�GH�JUDYLGDGH�
e, também, está relacionada a diferentes 
causas, podendo ser uma manifestação única 
ou uma condição dentro de um quadro mais 
DPSOR�GH�GLȴFXOGDGHV�TXH�D�FULDQ©D�DSUHVHQWD��
$�PDLRULD�GDV�FULDQ©DV�LU£�GHVHQYROYHU�D�IDOD�
LQWHOLJ¯YHO�H�YDL�VHJXLU�VXD�YLGD�H�VHX�ULWPR�GH�
GHVHQYROYLPHQWR�QRUPDOPHQWH��1R�HQWDQWR��
SDUD�DTXHODV�FRP�$SUD[LD�VHYHUD��LVVR�SRGH�
não ocorrer de forma plena. Nestes casos, 
precisamos sempre considerar o uso da 
FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD��OHPEUDQGR�DRV�SDLV�
TXH�MDPDLV�R�XVR�GD�FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD�LU£�
inibir a fala!). O importante é que todas, quando 
recebem o tratamento adequado, apresentem 
JDQKRV�QHVVH�VHQWLGR��1µV��FRPR�SURȴVVLRQDLV��
GHYHPRV�VHPSUH�DMXG£�ODV�D�DOFDQ©DUHP�R�VHX�
melhor potencial.
2 - Quanto tempo leva o tratamento?
O tratamento para Apraxia é considerado 
longo, pode demorar um, dois, três ou 
PDLV�DQRV��'HSHQGH�GH�Y£ULRV�IDWRUHV��WDLV�
como idade do diagnóstico, experiência e 
abordagens terapêuticas utilizadas pelo 
IRQRDXGLµORJR��GR�HQYROYLPHQWR�GD�IDP¯OLD��GD�
colaboração da própria criança, da intensidade 
do tratamento (crianças que são atendidas 
FRP�PDLV�VHVV·HV��HYROXHP�PDLV�UDSLGDPHQWH��
e, também, das necessidades da criança, que 
V¥R�GLQ¤PLFDV�H�TXH�Y¥R�VHQGR�DQDOLVDGDV�QR�
decorrer de todo o processo terapêutico. 
3 - como sabemos o nível de gravidade 
da apraxia?
Não temos, até o momento, um protocolo 
formal que nos mostra qual é, de forma 
REMHWLYD��D�JUDYLGDGH�GD�$SUD[LD��7HPRV�GH�
FRQVLGHUDU�Y£ULRV�IDWRUHV�WDLV�FRPR�
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1. Inteligibilidade da fala, ou seja, o quanto a criança consegue se expressar 
FRP�FODUH]D�H�GH�IRUPD�LQWHOLJ¯YHO��
2. Repertório de sons e de estruturas silábicas que ela consegue produzir. 
4XDQWR�PHQRU�VHX�UHSHUWµULR��PDLV�JUDYH�R�TXDGUR�
3. $�TXDQWLGDGH�GH�VLQDLV�FO¯QLFRV��7HPRV�KRMH��M£�GHVFULWRV��DR�PHQRV����
sinais que são considerados marcadores para este diagnóstico. Quanto 
PDLV�VLQDLV�H�PDLV�JUDYHV�HVWHV�IRUHP��PDLRU�VHU£�D�JUDYLGDGH�GD�$SUD[LD��
4. 2�TXDQWR�TXH�D�$SUD[LD�HVW£�DIHWDQGR�D�TXDOLGDGH�GH�YLGD�GD�FULDQ©D������
seu relacionamento social? 
5. ΖGDGH�GR�GLDJQµVWLFR��TXDQWR�PDLV�YHOKD�D�FULDQ©D��D�JUDYLGDGH�SRGH�
DFHQWXDU�H�VHFXQGDULDPHQWH�WUD]HU�RXWURV�SUHMX¯]RV�¢�FULDQ©D��
6. 5HVSRVWD�DR�WUDWDPHQWR�UHDOL]DGR��RX�VHMD��FDVRV�PDLV�OHYHV�WHQGHP�D�
responder mais rapidamente aos tratamentos oferecidos. 
$�$SUD[LD�GH�IDOD�SRGH�VHU�OHYH��PRGHUDGD�RX�VHYHUD�SURIXQGD��$�GHȴQL©¥R�
GR�JUDX�GHSHQGHU£�GD�DQ£OLVH�GH�Y£ULRV�IDWRUHV��
4 - como será o processo de alfabetização?
Crianças com Apraxia são consideradas de risco para apresentarem 
GLȴFXOGDGHV�QR�SURFHVVR�GH�DOIDEHWL]D©¥R��QDV�KDELOLGDGHV�GH�OHLWXUD�H�
escrita. Quando o diagnóstico é precoce, podemos trabalhar capacidades 
que irão ajudar no processo, como por exemplo, a consciência fonológica 
e outras habilidades de linguagem que certamente minimizam os impactos 
na alfabetização. Além disso, crianças com Apraxia também apresentam 
GHIDVDJHQV�QR�GHVHQYROYLPHQWR�GD�OLQJXDJHP�RUDO��FRP�YRFDEXO£ULR������
SREUH��GLȴFXOGDGHV�JUDPDWLFDLV��SUDJP£WLFDV�H�LVVR�SRGH�WDPE«P����
RFDVLRQDU�GLȴFXOGDGHV�QR�FRQY¯YLR�HVFRODU��
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8P�RXWUR�SRQWR�D�VHU�FRQVLGHUDGR�«�TXH�HODV�SRGHP�DSUHVHQWDU�GLȴFXOGDGHV�
GH�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD��RFXORPRWRUD��H�LVVR�GLȴFXOWD�RXWURV�DVSHFWRV�GHQWUR�
GD�HVFROD��FRPR�SRU�H[HPSOR��PRYLPHQWRV�FRP�SLQ©D��WUD©DGRV��SLQWXUD��
recorte etc. Nestes casos, será sempre importante, o trabalho integrado com 
RXWURV�SURȴVVLRQDLV��FRPR�WHUDSHXWDV�RFXSDFLRQDLV��SVLFRPRWULFLVWDV��HQWUH�
outros. Crianças com Apraxia são geralmente desajeitadas, desorganizadas e 
GHPRQVWUDP�GLȴFXOGDGH�SDUD�VH�RUJDQL]DUHP�QDV�VXDV�WDUHIDV�FRP�FRPH©R��
PHLR�H�ȴP��(ODV�DSUHVHQWDP�SRXFR�WHPSR�GH�DWHQ©¥R�H�WXGR�LVVR�WDPE«P�
pode afetar sua performance dentro da escola. O trabalho integrado da escola, 
FRP�D�IDP¯OLD�H�FRP�RV�SURȴVVLRQDLV�TXH�DWHQGHP�D�FULDQ©D�«�HVVHQFLDO�SDUD�
que ela possa progredir e alcançar todas as suas potencialidades. Precisamos 
acreditar sempre!
5 - É preciso tomar remédios para o tratamento?
2�WUDWDPHQWR�SDUD�$SUD[LD�GH�)DOD�«�D�WHUDSLD�IRQRDXGLROµJLFD��LQGLYLGXDO��
LQWHQVLYD��DGHTXDGDPHQWH�SODQHMDGD�H�TXH�GHPRQVWUD�SDUD�D�FULDQ©D�H�SDUD�D�
IDP¯OLD�PHOKRULDV�QR�SURFHVVR�GH�IDOD��1¥R�H[LVWH�PHGLFDPHQWR�SDUD�$SUD[LD�
de fala. No entanto, a Apraxia pode ser uma manifestação que aparece junto 
FRP�RXWUDV�GLȴFXOGDGHV��FRPR�SRU�H[HPSOR�$XWLVPR��'«ȴFLW�GH�$WHQ©¥R�
H�+LSHUDWLYLGDGH��7'$+���(SLOHSVLD��HWF���H�D¯�QHVWHV�FDVRV�H��GHYLGR�D�HVWDV�
condições, pode ser necessário o uso de medicamento ao paciente. O médico 
UHVSRQV£YHO�SHOR��D��VHX��VXD��ȴOKR�D���3HGLDWUD��1HXURSHGLDWUD�RX�3VLTXLDWUD�
ΖQIDQWLO��GHYH�RULHQWDU�VREUH�D�QHFHVVLGDGH�RX�Q¥R�GR�XVR�GH�PHGLFDPHQWR��
1XQFD�DXWRPHGLTXH�D�FULDQ©D��QHP�PHVPR�FRP�YLWDPLQDV��TXH�SRGHP�SDUHFHU�
LQRIHQVLYDV��PDV�TXH�SRGHP�RFDVLRQDU�DOJXP�HIHLWR�FRODWHUDO��&RQYHUVH�DQWHV�
com a equipe e com o seu médico de referência.
OrienTaÇÕeS
AOS PAIS E
À ESCOLA
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Tanto a família, os terapeutas, como a escola devem formar uma parceria 
efetiva e equilibrada de trocas constantes de informações para que, diante 
das demandas, seja possível alcançar um resultado positivo no processo de 
desenvolvimento e aprendizagem da criança com Apraxia de Fala na Infância. 
'HVVD�IRUPD��RV�SURȴVVLRQDLV�GD�£UHD�FRQWULEXHP�FRP�VXJHVW·HV�H�RULHQWD©·HV�
aos pais e à escola sobre o desenvolvimento da linguagem, do comportamento 
social e dos aspectos cognitivos da criança, o que coopera para a sua 
evolução, transformando todos em agentes ativos do processo terapêutico. 
6DEH�VH�TXH�FDGD�FULDQ©D�WHP�DV�VXDV�HVSHFLȴFLGDGHV�H�DV�RULHQWD©·HV�GHYHP�
ser sempre focadas nas necessidades de cada uma. Porém, seguem algumas 
GLFDV�JHUDLV��GDGDV�FRP�PDLV�IUHTX¬QFLD�SRU�SURȴVVLRQDLV�GD�£UHD��TXH�
DMXGDP�D�ID]HU�D�GLIHUHQ©D�QD�YLGD�GHVVDV�FULDQ©DV��2�GHVDȴR�«�JUDQGH��PDV�
WUDEDOKDQGR�HP�FRQMXQWR�«�SRVV¯YHO�WHU�DYDQ©RV�VLJQLȴFDWLYRV�
como os pais devem ajudar? 
intervir precocemente. Não espere. 
Sabe-se que cada criança tem o seu tempo, mas 
VH�KRXYHU�VLQDLV�GH�DWUDVR�QR�GHVHQYROYLPHQWR�
da fala, procure um fonoaudiólogo.
estude. Por ser um diagnóstico recente, é 
muito importante se informar sobre o assunto e 
SURFXUDU�SURȴVVLRQDLV�TXH�HVWXGHP�H�VH�LQWH-
ressem por essa área, porque nem todos estão 
FDSDFLWDGRV�SDUD�LGHQWLȴFDU�RV�VLQDLV��
Seja paciente e amável. Nunca desista ou de-
sencoraje a criança. É muito frustrante saber o 
que se quer falar, mas não conseguir se expres-
sar da forma que deseja.
Busque apoio. )D©D�FRQWDWR�FRP�RXWUDV�IDP¯-
lias que estejam na mesma situação para trocar 
informações sobre o problema.
Trate a criança de acordo com a sua idade. 
1¥R�D�WUDWH�FRPR�VH�HOD�IRVVH�PDLV�QRYD�GR�TXH�
realmente é apenas pelo fato de ela não falar. 
As crianças com apraxia têm boa compreensão.
fale face a face. Olhe sempre para a criança 
SDUD�IDODU��&RQYHUVH�ȴFDQGR�QD�PHVPD�������������
altura que ela. 
fale de forma objetiva. ΖVVR�VLJQLȴFD�IDODU�GH-
YDJDU��XWLOL]DQGR�SDODYUDV�FODUDV�H�IUDVHV�FXUWDV�participe do processo terapêutico. 
2V�SDLV�GHYHP�VHPSUH�VH�LQIRUPDU�VREUH�RV�
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REMHWLYRV�GDV�WHUDSLDV�SDUD�UHIRU©DU�D�SU£WLFD�
HP�FDVD��HP�DWLYLGDGHV�H�EULQFDGHLUDV�
diárias. O tratamento da Apraxia exige 
treinamento, repetição e persistência. 
Motive a participação da criança nas 
terapias.�ΖQFHQWLYH�D�FULDQ©D�D�LU�
para as terapias, mostrando que ela 
receberá ajuda. Ela precisa perceber
a importância das terapias.
Treine palavras alvo. Reforce em 
FDVD�RV�VRQV��DV�SDODYUDV�RX�IUDVHV�
trabalhadas na terapia, utilizando 
sempre o apoio de imagens.
faça uma lista do vocabulário da 
criança. (QXPHUH�DV�SDODYUDV�QRYDV�TXH�D�
criança está tentando falar e a forma como 
HOD�IDOD��(VVD�OLVWD�VHUYH�SDUD�DFRPSDQKDU�
R�SURJUHVVR�GR�YRFDEXO£ULR�H�SDUD�
FRPSDUWLOKDU�FRP�RV�WHUDSHXWDV�DV�SDODYUDV�
que podem ser praticadas durante as 
sessões para melhorar a pronúncia. 
deixe-a brincar muito. Nomeie sempre 
os objetos, associe sons às brincadeiras. 
Estimule-a a brincar de imitação com 
PRYLPHQWRV�IDFLDLV�H�JHVWLFXOD©¥R�
a cada progresso, elogie sempre. 
5HIRUFH�SRVLWLYDPHQWH�FDGD�HVIRU©R�H�
conquista da criança.
Organize o acesso aos brinquedos. 
'HL[H�RV�EULQTXHGRV�¢�YLVWD��PDV�IRUD�GR�
alcance da criança para que ela possa pedir.
limite a quantidade de brinquedos 
disponíveis. ΖVVR�LQFHQWLYD�R�IRFR�H�D����
DWHQ©¥R�GHOD�HP�XPD�¼QLFD�DWLYLGDGH�DQWHV���
de passar para a próxima. 
comunicação alternativa. Se necessário, 
não desconsidere o seu uso.
converse com os professores e pais dos 
colegas da escola. Informe-os sobre as 
GLȴFXOGDGHV�GD�FULDQ©D��EXVFDQGR�LQFHQWLYDU���
o apoio e a aceitação dela em sala de aula. 
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como a escola pode ajudar?
reunir-se e buscar informações sobre 
a criança com os pais e terapeutas para 
saber quais as melhores estratégias para
OLGDU�FRP�DV�GLȴFXOGDGHV�GD�FULDQ©D��
Seja empático e acolhedor. A criança 
GHYH�VH�VHQWLU�EHP�DFROKLGD�H�TXHULGD�SHOR�
professor.
Tente intermediar a relação da criança 
com os colegas da sala. O professor�GHYH�
fazer a intermediação da relação da criança 
com os demais colegas para que ela se sinta 
VHPSUH�LQFOX¯GD�HP�MRJRV�H�DWLYLGDGHV�
Busque informação e incentive o uso 
da estratégia de comunicação com a 
criança. Estude sobre o assunto e estimule 
a forma de comunicação com linguagem 
GH�VLQDLV��XWLOL]D©¥R�GH�ȴJXUDV��tablets e 
DSOLFDWLYRV�SDUD�TXH�D�FULDQ©D�ID©D�SDUWH�GD�
dinâmica.
fazer com que a criança saiba que
o que ela tem a dizer é importante.
Peça a ela que repita a sua pergunta ou que 
IDOH�PDLV�GHYDJDU��FDVR�Q¥R�D�HQWHQGD��1¥R�
apresse ou interrompa a criança. Dê tempo 
para que ela possa pensar no que quer 
falar e como quer falar.
não force a criança a falar. 
Pense em estratégias para inseri-la nos 
debates, sem colocá-la em situação 
constrangedora em público.
crie sinais para algumas necessidades 
básicas da criança. Se ela precisar, elabore 
sinais para que ela possa expressar o seu desejo 
de ir ao banheiro, para demonstrar frustração, 
para fazer uma pergunta etc.
6HMD�SDFLHQWH�H�ȴTXH�DOHUWD�¢�UHDOL]D©¥R�GDV�
tarefas. (QWHQGD�TXH�¢V�YH]HV�D�UHOXW¤QFLD�HP�
fazer uma tarefa pode indicar que a criança não 
sabe como fazer e necessita de uma adaptação 
ou ajuda.
converse com a turma. Se necessário, explique 
sobre a Apraxia de Fala às demais crianças da sala.
intervenha imediatamente em caso de 
bullying. Defenda a criança quando 
for necessário.
elogie e incentive os esforços da criança.
faça com que a criança saiba assumir o 
papel principal. Considere formas de a criança 
demonstrar suas habilidades e talentos aos 
colegas para assumir lideranças sempre que 
SRVV¯YHO�
não faça diferenciação. Acredite na criança e 
trate-a como todas as outras.
localize a criança estrategicamente na sala 
de aula para que ela possa ter melhor acesso aos 
HVW¯PXORV�YLVXDLV�H�UHOD©·HV�VRFLDLV�
Trabalhe sempre a interação social da 
criança. Inclua a criança nos grupos de 
forma que ela consiga se expressar, se não
SHOD�YR]��SHORV�JHVWRV��VRQV�RX�RXWUDV�IRUPDV�
de comunicação.
SAIBA MAIS
infOrMaÇÕeS
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0XLWRV�SURȴVVLRQDLV�QR�%UDVLO�H�HP�WRGR�R�PXQGR�WUDEDOKDP�SDUD�
oferecer e fortalecer o suporte a crianças e famílias que lidam com a 
Apraxia de Fala na Infância. Mais informações podem ser obtidas por 
meio dos diversos canais disponíveis sobre o assunto.
nos estados Unidos: 
* www.apraxia-kids.org 
Página da Associação Norte-americana 
de Apraxia de Fala na Infância 
�&$6$1$���2UJDQL]D©¥R�VHP�ȴQV�
OXFUDWLYRV�TXH�RIHUHFH�Y£ULDV�PDW«ULDV�H�
LQIRUPD©·HV��SURJUDPDV�H�VHUYL©RV�SDUD�
FRQVFLHQWL]D©¥R�GD�FDXVD��SURPRYHQGR�
uma educação continuada a 
IRQRDXGLµORJRV�H�ȴQDQFLDQGR�SHVTXLVDV�
sobre o assunto. Possui uma parceria 
com especialistas renomados em 
Apraxia de Fala na Infância que orientam 
R�GHVHQYROYLPHQWR�GRV�SURJUDPDV��
projetos de pesquisa, conferências e 
treinamentos. 
* www.asha.org
Página da Associação Americana de 
Fonoaudiólogos (ASHA) que ajuda a 
GLYXOJDU�SHVTXLVDV�H�WDPE«P 
oferece amplo suporte e informações às 
crianças com esse diagnóstico 
H�VXDV�IDP¯OLDV�
no Brasil:
* livro: como tratar a apraxia de fala 
na infância, de autoria da fonoaudióloga 
americana dra. Margaret fish. 
8P�LPSUHVFLQG¯YHO�JXLD�SDUD�IRQRDXGLµORJRV�
FO¯QLFRV�TXH�DWHQGHP�FULDQ©DV�FRP�$)Ζ��FRP�
FDS¯WXORV�WDPE«P�GLUHFLRQDGRV�DRV�SDLV��
7UDGX©¥R��(GLWRUD�3URIRQR��5HYLV¥R�GR�WH[WR��
Dra. Elisabete Giusti. Coedição: ABRAPRAXIA.
* www.apraxiabrasil.org
Página da Associação Brasileira de Apraxia 
de Fala na Infância (ABRAPRAXIA). Associação 
fundada em 2016 por um grupo de pais de 
crianças com Apraxia que tem como missão 
SURPRYHU�D©·HV�TXH�SRVVLELOLWHP�¢V�FULDQ©DV�
com Apraxia de Fala na Infância (AFI) alcançar 
seu melhor potencial. 
* www.atrasonafala.com.br
Página da fonoaudiólgoa infantil Dra. 
Elisabete Giusti, com ampla experiência 
em Apraxia de Fala na Infância, que traz
uma série de textos para o esclarecimento 
sobre o assunto. 
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A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE apraxia de fala na infância
@ APRAXIAkIDSBRASIL ABRAPRAXIA APRAXIAkIDSBRASIL
* caMpaNHas de coNscieNtização 
* MateriaL iNForMatiVo Gratuito 
* artiGos soBre aFi
* eNtreVistas coM pais e proFissioNais
* coNFerÊNcia aNuaL
* cursos ON-LINE 
* cursos preseNciais
* JoGos terapÊuticos
* proGraMa aBrapraXia soLidÁria
cOnScienTiZaÇÃO e infOrMaÇÃO
edUcaÇÃO e peSQUiSa
apOiO à faMÍlia
* Lista de proFissioNais cadastrados
* iNForMaçÕes Nas redes sociais
* proGraMa aBrapraXia soLidÁria
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eQUipe TÉcnica
referÊnciaS
Guia prÁtico de coNscieNtização 
da apraxia de fala na infância 
2019
elaboração do texto
Ms. Luciana Mendonça Dinoá Pereira 
(VS��5RVD�6LOY¤QLD�&OHPHQWLQR�GH�$UD¼MR
equipe de ilustração
Ms. Wilson Gomes de Medeiros
Anna karina Felipe de Souza
9LFWRU�(ORL�%DWLVWD�6LOYD
equipe de diagramação
(ODLQH�)HLWRVD�GD�6LOYD
Elisangela Nascimento Sena
revisão do texto
Fonoaudióloga Dra. Elisabete Giusti
Fonoaudióloga Esp. Monique Ferro
apoio
Associação Brasileira de Apraxia 
de Fala na Infância
* Site�GD�'UD��(OLVDEHWH�*LXVWL��'LVSRQ¯YHO�
HP��ZZZ�DWUDVRQDIDOD�FRP�EU;
* Site da American Speech-Language-
Hearing Association��$6+$���'LVSRQ¯YHO�����
HP��ZZZ�DVKD�FRP;
Instituto Federal de Educação Ciência e 
7HFQRORJLD�GD�3DUD¯ED���Ζ)3%(Campus Cabedelo)
* Site da Childhood Apraxia of Speech Association 
of North America (CASANA) 'LVSRQ¯YHO�HP��ZZZ�
apraxia-kids.org;
* /LYUR Como Tratar a Apraxia de Fala na Infância. 
Autora: Margaret Fish - Coedição: ABRAPRAXIA.
oBriGado peLo
apOiO!

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