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Guia prÁtico de coNscieNtização da apraxia de fala na infância enTenda MelHOr eSSe UniVerSO Destinado aos pais, às HVFRODV��DRV�SURȴVVLRQDLV da área e a todos os interessados no assunto Guia prÁtico de coNscieNtização da apraxia de fala na infância enTenda MelHOr eSSe UniVerSO Destinado aos pais, às HVFRODV��DRV�SURȴVVLRQDLV da área e a todos os interessados no assunto iNstituto FederaL de educação ciÊNcia e tecNoLoGia da paraÍBa reitor cícero Nicácio do Nascimento Lopes prÓ-reitora de eNsiNo Mary roberta Meira Marinho prÓ-reitora de pesQuisa, iNoVação e pÓs-Graduação silvana Luciene do Nascimento cunha costa prÓ-reitora de eXteNsão e cuLtura Maria cleidenédia Moraes oliveira prÓ-reitor de assuNtos estudaNtis Manoel pereira de Macedo Neto prÓ-reitor de adMiNistração e FiNaNças pablo andrey arruda de araujo editora iFpB diretor eXecutiVo carlos danilo Miranda regis FicHa tÉcNica Na pÁGiNa 36. copyright © Luciana Mendonça dinoá pereira e rosa silvânia clementino de araújo. todos os direitos reservados. proibida a venda. as informações contidas no guia são de inteira responsabilidade dos seus autores. dados internacionais de catalogação na publicação (cip) Biblioteca Nilo peçanha, iFpB campus João pessoa. p436g pereira, Luciana Mendonça dinoá. Guia prático de conscientização da apraxia de fala na infância : entenda melhor esse universo / Luciana Mendonça dinoá pereira, rosa silvânia clementino de araújo. – João pessoa : iFpB, 2020. 38 p. : il. Formato pdf isBN 978-65-87572-00-0 1. apraxia da fala - infância. 2. Linguística - fala. 3. saúde - distúrbios neurológicos. i. araújo, rosa silvânia clementino de. ii. título. cdu 616.89:81 elaboração: Lucrecia camilo de Lima – crB 15/132 1 3 45 7 6 2 SUMÁriO O QUE É apraxia DE FALA NA INFÂNCIA? diaGnÓSTicO E TRATAMENTO PALAVRA DE eSpecialiSTa SAIBA MAIS infOrMaÇÕeS PRINCIPAIS SinaiS A HORA DA nOTÍcia OrienTaÇÕeS AOS PAIS E À ESCOLA pG 5 pG 17 pG 25 pG 33 pG 9 pG 21 pG 29 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA O QUE É apraxia DE FALA NA INFÂNCIA? 1 CA PÍ TU LO 1 - O Q U E É A PR A XI A D E FA LA N A IN F N CI A? GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 6 O QUE É apraxia DE FALA NA INFÂNCIA? A Apraxia de Fala na Infância (AFI) é um distúrbio neurológico que afeta a produção motora dos sons da fala, no qual a precisão e a consistência dos movimentos necessários à fala estão alterados, na ausência de défcits neuromusculares. O termo Apraxia de Fala na Infância foi recomendado e padronizado em 2007 pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), que estima que uma ou duas a cada mil crianças são diagnosticadas com esse distúrbio neurológico que acaba por afetar mais os meninos. ��XPD�GLȴFXOGDGH�PRWRUD�SHUFHSW¯YHO�TXH� SRGH�VHU�REVHUYDGD�QR�PRPHQWR�HP�TXH�D� FULDQ©D�Q¥R�FRQVHJXH�SODQHMDU�YROXQWDULDPHQWH� D�VHTX¬QFLD�GRV�PRYLPHQWRV�PXVFXODUHV� necessários para a fala acontecer. Para que uma criança comece a falar, ela precisa ordenar os sons, chamados fonemas, H�DV�V¯ODEDV�SRU�PHLR�GH�XPD�VHTX¬QFLD�GH� PRYLPHQWRV�PRWRUHV�FRRUGHQDGRV�SHORV� O£ELRV��O¯QJXD��PDQG¯EXOD�H�SDODWR�PROH��RX� seja, o cérebro comunica aos músculos o 1 em 1000 WHPSR�GRV�PRYLPHQWRV�SDUD�TXH�DV� SDODYUDV�VHMDP�SURGX]LGDV�FRP�SUHFLV¥R� e clareza. Esse processo ocorre de forma LQVWLQWLYD�QD�PHGLGD�HP�TXH�D�FULDQ©D� começa a falar. Por outro lado, a criança que tem a AFI recebe de forma incorreta informações do cérebro para planejar e executar CA PÍ TU LO 1 - O Q U E É A PR A XI A D E FA LA N A IN F N CI A? GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 7 essas ações, o que reduz a capacidade de produzir clara e corretamente as V¯ODEDV�H�DV�SDODYUDV��6¥R�FULDQ©DV�TXH�W¬P�R�UDFLRF¯QLR�SUHVHUYDGR��SHQVDP�QR� TXH�TXHUHP�FRPXQLFDU��PDV�Q¥R�FRQVHJXHP�FRQYHUWHU�HVVH�SHQVDPHQWR�HP� SDODYUDV����FRPR�VH�D�FRPXQLFD©¥R�HQWUH�R�F«UHEUR�H�D�ERFD�IRVVH�LQWHUURPSLGD� (ODV�Q¥R�VDEHP�TXDLV�SDODYUDV��VHP¤QWLFD��H�HP�TXDO�VHTX¬QFLD��VLQWD[H��GHYHP� ser usadas para expressar uma ideia. Também não sabem quais os sons e em TXDO�RUGHP�GHYHP�VHU�FRORFDGRV�SDUD�IRUPDU�XPD�SDODYUD��H�PXLWR�PHQRV�TXDLV� P¼VFXORV�H�HVWUXWXUDV�GHYHP�VHU�PRYLPHQWDGRV�SDUD�SURGX]LU�HVVHV�VRQV�� Assim, a AFI não se caracteriza como um atraso na fala, mas como um distúrbio motor, neurológico-funcional, que prejudica a produção dos sons da fala. Além GD�DOWHUD©¥R�QD�SURGX©¥R�GRV�VRQV�GD�IDOD��HVVD�GLȴFXOGDGH�GH�SODQHMDPHQWR� palato mole regiões do cérebro não enviam adequadamente os comandos para os músculos movimentarem os articuladores da fala Lábios Mandíbula pregas Vocais Língua CA PÍ TU LO 1 - O Q U E É A PR A XI A D E FA LA N A IN F N CI A? GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 8 GRV�PRYLPHQWRV�SRGH�WDPE«P�DIHWDU�D�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�ȴQD� H�JURVVD�GD�FULDQ©D��GLȴFXOWDQGR��GHVGH�D�IRUPD�GH�SHJDU�QR�O£SLV� �LGHDFLRQDO���SRU�H[HPSOR��DW«�R�PRYLPHQWR�QHFHVV£ULR�SDUD�DQGDU�� H�SXODU��PHPEUR�FLQ«WLFD���([LVWHP�Y£ULRV�JUDXV�GH�$)Ζ�� 1RV�FDVRV�PDLV�OHYHV��D�FULDQ©D�FRQVHJXH�IDODU��PDV�WURFD�VRQV� H�DWUDSDOKD�VH�QD�PHGLGD�HP�TXH�DXPHQWD�R�Q¼PHUR�GH�V¯ODEDV� H�SDODYUDV��-£�QRV�FDVRV�PDLV�JUDYHV��HOD�Q¥R�«�FDSD]�GH�IDODU�� Crianças com essa condição, porém, podem não apresentar HYROX©¥R�TXDQGR�VXEPHWLGDV�DRV�WLSRV�WUDGLFLRQDLV�GH�WHUDSLD��PDV� dependendo do caso, podem ser reabilitadas, desde que recebam XP�WUDWDPHQWR�SUHFRFH��SURȴVVLRQDO�H�GLUHFLRQDGR�� A Apraxia de Fala na Infância pode ser de origem desconhecida, surgindo espontaneamente, sem estar associada a algum distúrbio neurológico conhecido. Apesar de algumas crianças serem submetidas a exames, elas não apontam qualquer alteração. Pode estar associada a distúrbios neurológicos conhecidos, infeccções ou traumas durante a gestação ou após o nascimento e pode ainda ocorrer secundariamente em crianças com WUDQVWRUQRV�GR�QHXURGHVHQYROYLPHQWR� ou questões genéticas como o autismo, D�6¯QGURPH�GH�'RZQ�RX�D�6¯QGURPH�GR� X-Frágil, por exemplo. causas da apraxia de fala na infância Origem desconhecida distúrbios neurológicos conhecidos Transtornos do neurodesenvolvimento ou questões genéticas infeccções ou traumas causados durante a gestação ou após o nascimento PRINCIPAIS SinaiS 2 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 10 CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S in a iSHá uma diversidade de características envolvidas nos quadros de Apraxia de Fala na Infância, variando de criança para criança. Alguns desses aspectos são observados em crianças com outros tipos de transtornos que afetam a aquisição dos sons, o que WRUQD�R�GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ�GLIHUHQWH�H�GHVDȴDGRU�� 1Produções inconsistentes de FRQVRDQWHV�H�YRJDLV�QD�UHSHWL©¥R�GH� V¯ODEDV�RX�GH�SDODYUDV��$�FULDQ©D�IDOD�D� PHVPD�SDODYUD�GH�GLIHUHQWHV�PDQHLUDV� TXDQGR�«�VROLFLWDGD�D�UHSHWL�OD�Y£ULDV�YH]HV�� Por exemplo: a criança pode falar “maco” ou “caco” no lugar de falar macaco. 'H�DFRUGR�FRP�D�$6+$���������H[LVWHP�WU¬V�SDUWLFXODULGDGHV�TXH�V¥R�HVSHF¯ȴFDV�QD� GLȴFXOGDGH�GH�SODQHMDU�H�SURJUDPDU�RV�PRYLPHQWRV�QHFHVV£ULRV�SDUD�D�IDOD�� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 11 3Pausas inadequadas entre os sons e as V¯ODEDV��R�TXH�JHUD�OHQWLG¥R�RX�LQWHUUXS©¥R� na fala. Quando existe essa quebra, a criança DSUHVHQWD�XPD�IDOD�GH�GLI¯FLO�HQWHQGLPHQWR� 4Bebês muito quietos, silenciosos ou com pouco balbucio de sons. Nota importante 2 3UHVHQ©D�GH�DFHQWXD©¥R�LQDSURSULDGD�HP�SDODYUDV�H�IUDVHV�(alteração prosódica), afetando a entonação e o ritmo da IDOD��$�FULDQ©D�ȴFD�FRP�XPD�IDOD�PHFDQL]DGD��R�TXH�GLȴFXOWD�D� compreensão e causa estranheza para quem escuta. Por exemplo: QD�SDODYUD�EROD��D�V¯ODED�W¶QLFD�«�R�bo,mas a criança fala bolá. Vale ressaltar que para ser diagnosticada com AFI, a criança não precisa apresentar cada uma GDV�WU¬V�FDUDFWHU¯VWLFDV�FLWDGDV�DFLPD��SRLV�LVVR�SRGH�YDULDU�GH�DFRUGR�FRP�R�JUDX�GH�VHYHULGDGH�� FRP�D�LGDGH�H�FRP�RXWUDV�GLȴFXOGDGHV�TXH�D�FULDQ©D�SRVVXL��1R�HQWDQWR��HVWDV�GHYHP�WHU�XP� SHVR�PDLRU�GR�TXH�RXWURV�VLQDLV�SRVV¯YHLV��DR�VH�FRQVLGHUDU�R�GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ� ([LVWHP�Y£ULRV�RXWURV�VLQDLV�REVHUYDGRV� em crianças com AFI que, além de serem comuns a outros distúrbios da fala, não necessariamente aparecem em todas as crianças. Entre os principais sinais existem: GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 12 5Bebês que demoram muito para HPLWLU�DV�SULPHLUDV�SDODYUDV�VLPSOHV� como “papá” e “mamã”. 6Têm boa compreensão, mas grande GLȴFXOGDGH�SDUD�H[SUHVVDU�VH� 7Produzem sons inadequados da fala. &RPXQLFDP�VH�DSHQDV�FRP�YRJDLV��Q¥R� produzindo consoantes como por exemplo: ȊDL¥Rȋ�QR�OXJDU�GH�DYL¥R��2X�DFDEDP�SRU�IDODU� V¯ODEDV�LVRODGDV�FRPR�ȊSDȋ�QR�OXJDU�GH�SDSDL���� ou ainda conseguem apenas falar sons mais fáceis como o do M e do P. 83RVVXHP�SHUGD�GH�SDODYUDV�RX�sons anteriormente produzidos. GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 13 9Apresentam aumento dos erros com D�TXDQWLGDGH�GH�V¯ODEDV��$FDEDP�SRU� PRVWUDU�IDFLOLGDGH�SDUD�IDODU�SDODYUDV� curtas como “ai”, “dá”, “pé“, mas apresentam GLȴFXOGDGH�SDUD�PDQWHU�D�VHTX¬QFLD�FRUUHWD� GH�V¯ODEDV�HP�SDODYUDV�PDLV�SURORQJDGDV� 10Crianças dispersas que não olham olho no olho ou se mostram indiferentes D�Y£ULDV�VLWXD©·HV� 11Crianças que brincam raramente, interagem pouco ou são muito agitadas. GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 14 12$SUHVHQWDP�GLȴFXOGDGH�SDUD�LPLWDU�expressões faciais ou repetir sons. 13Apresentam problemas motores orais como sopro fraco, sequer FRQVHJXHP�ID]HU�PRYLPHQWRV�FRPR�HQFKHU� DV�ERFKHFKDV�GH�DU��PH[HU�D�O¯QJXD�HP� GLIHUHQWHV�GLUH©·HV�RX�HQW¥R�PRYLPHQWDP����� D�O¯QJXD�GH�PDQHLUD�DOWHUDGD� 14Indicam hesitação para falar, principalmente quando solicitada em S¼EOLFR��3RU�H[HPSOR��ȴOKR�D���GLJD�R�VHX� nome para a professora! GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 15 15 Apontam hipersensibilidade na região RUDO��W¬P�GLȴFXOGDGH�SDUD�PDVWLJDU� alimentos com certas consistências, texturas RX�PRVWUDP�SUREOHPD�SDUD�HVFRYDU�RV�GHQWHV� 164XDQGR�ȴFDP�GLVWUD¯GDV�QD�����������hora da alimentação, demoram ou esquecem a comida na boca. 17Apresentam uma coordenação motora global afetada. São crianças desorganizadas, desajeitadas na forma de andar, correr ou pular. E ainda têm problema QD�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�ȴQD��3RU�H[HPSOR�� SRVVXHP�GLȴFXOGDGH�SDUD�HQFDL[DU�SH©DV� nos lugares certos, confusão para segurar R�O£SLV�H�RXWUDV�DWLYLGDGHV�TXH�UHTXHUHP� coordenação motora. GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 2 - PR IN CI PA IS S IN A IS 16 184XDQGR�DSUHVHQWDP�GLȴFXOGDGHV�sensoriais ao se incomodar com etiquetas de roupas, pegar em massa de modelar, pisar na areia ou grama, ODYDU�R�FDEHOR��VXMDU�VH��HWF� 19 Quando passam por problemas emocionais ao tentar falar e não FRQVHJXLU��WRUQDP�VH�DJUHVVLYDV��LUULWDGDV�� IUXVWUDGDV��W¯PLGDV�H�FRP�EDL[D�DXWRHVWLPD� 20Não progridem quando fazem terapia fonoaudiológica tradicional. diaGnÓSTicO E TRATAMENTO 3 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 3 - D IA G N Ó ST IC O E T RA TA M EN TO 18 O importante é ter em mente que nem toda criança que apresenta GLȴFXOGDGH�QR�GHVHQYROYLPHQWR�GD�IDOD�WHP�RX�WHU£�$SUD[LD�GH�)DOD�QD� Infância. Os motivos para esse atraso podem ser diversos, que acabam por levar a um diagnóstico confuso e incorreto. O fonoaudiólogo, com H[SHUL¬QFLD�QD�£UHD��«�R�SURȴVVLRQDO�TXDOLȴFDGR�SDUD�GDU�HVWH�GLDJQµVWLFR� Diagnóstico: $SHVDU�GH�H[LVWLUHP�Y£ULRV�SURȴVVLRQDLV� que trabalham com crianças, como pediatras, neuropediatras ou psicólogos que podem suspeitar de um quadro de AFI, por tratar-se de um distúrbio motor que afeta R�GHVHQYROYLPHQWR�GD�IDOD��R�SURȴVVLRQDO� FDSDFLWDGR�SDUD�DYDOLDU��GLDJQRVWLFDU�H� determinar o plano de tratamento é o IRQRDXGLµORJR��(VWH�SURȴVVLRQDO�GHYH�WHU� experiência e conhecimento nas áreas de linguagem infantil, motricidade orofacial e distúrbios motores da fala. Em alguns casos, DSHQDV�D�DYDOLD©¥R�IRQRDXGLROµJLFD�SRGH�Q¥R� VHU�VXȴFLHQWH��1HVVH�FDVR��«�QHFHVV£ULD�XPD� DYDOLD©¥R�LQWHUGLVFLSOLQDU�TXH�FRQWH�FRP�D� participação de neuropediatras, geneticistas, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, entre outros. Antes dos dois anos de idade, nem sempre «�SRVV¯YHO�GLDJQRVWLFDU�XPD�FULDQ©D�FRP� AFI, porque ela ainda está no processo de DSUHQGL]DJHP�GD�IDOD�H��GHYLGR�¢�LGDGH�SUHFRFH�� SRGH�VHU�TXH�Q¥R�FRPSUHHQGD�DV�DWLYLGDGHV� SURSRVWDV�QD�DYDOLD©¥R��(QWUHWDQWR��«�SRVV¯YHO� suspeitar do diagnóstico de crianças entre os dois e três anos e encaminhá-la para algumas WHUDSLDV�TXH�FRQȴUPHP�D�LQYHVWLJD©¥R� ([LVWHP�DOJXQV�LQVWUXPHQWRV�GH�DYDOLD©¥R� que são capazes de auxiliar no diagnóstico, no entanto são escassos os estudos sobre HVVH�WHPD�HP�Q¯YHO�QDFLRQDO��EHP�FRPR� SURWRFRORV�SDGURQL]DGRV�H�YDOLGDGRV�SDUD�D� realidade sociocultural brasileira que ajudem QD�LGHQWLȴFD©¥R�SUHFLVD��(VVHV�UHFXUVRV�Q¥R� apresentam ainda tarefas que diferenciam claramente as crianças com AFI das crianças com outros tipos de distúrbio. Assim, o GLDJQµVWLFR�GD�$)Ζ�«�FO¯QLFR��UHDOL]DGR�SRU� meio de histórico do paciente e de uma DYDOLD©¥R�PLQXFLRVD��OHYDQGR�HP�FRQVLGHUD©¥R� DVSHFWRV�FRPR�D�DQDPQHVH�FRP�D�IDP¯OLD�� DYDOLD©¥R�GD�OLQJXDJHP�RUDO�HP�WRGRV�RV� Q¯YHLV��YRFDEXO£ULR��IRQRORJLD��JUDP£WLFD��XVR� IXQFLRQDO�GD�FRPXQLFD©¥R��FDUDFWHU¯VWLFDV� GLVFXUVLYDV���DYDOLD©¥R�GRV�DVSHFWRV�IRQ«WLFR� IRQROµJLFRV��VRQV�GD�IDOD���DYDOLD©¥R�GD� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 3 - D IA G N Ó ST IC O E T RA TA M EN TO 19 maturidade simbólica (brincadeira), DYDOLD©¥R�GD�PRWULFLGDGH�RURIDFLDO��DYDOLD©¥R� GDV�SU£[LV�RUDLV�H�YHUEDLV��DYDOLD©¥R� da postura relacionada à alimentação (mastigação, consistência, hábitos alimentares) etc. Outras questões como coordenação motora, integração sensorial, aspectos comportamentais, emocionais e FRJQLWLYRV�GHYHP�VHU�REVHUYDGRV��$�DQ£OLVH� da dinâmica familiar e a atitude dos pais GHYHP�ID]HU�SDUWH�GHVWH�SURFHVVR� $�FRQȴUPD©¥R�GHVWH�GLDJQµVWLFR�«� importante porque, por ser uma alteração motora, o tratamento é diferenciado e YROWDGR�SDUD�HVWD�DOWHUD©¥R��3RUWDQWR��VHP� esse diagnóstico, o método oferecido pode não ser ideal para a criança com o risco de ela não responder à terapia oferecida. Quanto mais cedo for o diagnóstico, com o VXSRUWH�GD�IDP¯OLD�H�GH�WRGD�D�FRPXQLGDGH�� mais rápido o tratamento será direcionado à criança que, com certeza, terá progresso na KDELOLGDGH�GH�IDODU��(VSHUDU��VLJQLȴFD�SHUGHU� tempo precioso de estimulação. Tratamento: A Apraxia de Fala na Infância se apresenta GHVGH�R�QDVFLPHQWR�H�Q¥R�«�UHVROYLGD� naturalmente com o tempo. Antes de PDLV�QDGD�H�FRQVLGHUDQGR�DV�GLȴFXOGDGHV� HVSHF¯ȴFDV�GH�FDGD�FULDQ©D��«�LPSRUWDQWH� FRQKHFHU�GHWDOKDGDPHQWH�R�TXDGUR�FO¯QLFR� para que o tratamento fonoaudiológico seja planejado com uma abordagem adequada. $V�PDQLIHVWD©·HV�GD�$SUD[LD�V¥R�OHYHV� RX�VHYHUDV�H�D�IUHTX¬QFLD�GDV�VHVV·HV�GH� WHUDSLDV�GHYH�VHU�LQWHQVLYD��YDULDQGR�GH�GXDV� a cinco sessões por semana. Para casos JUDYHV��«�UHFRPHQG£YHO�TXH�D�IUHTX¬QFLD� VHMD�IHLWD�GH�WU¬V�D�FLQFR�YH]HV�SRU�VHPDQD��������������������������������� Para o tratamento ter melhordesempenho, «�SUHFLVR�REVHUYDU�D�LGDGH�GD�FULDQ©D��D� VHYHULGDGH�GR�GLVW¼UELR��D�H[LVW¬QFLD�GH� outras comorbidades, o comportamento e a PRWLYD©¥R�GD�FULDQ©D��DVVLP�FRPR�D�DERUGDJHP� terapêutica utilizada e, principalmente, ter o HQYROYLPHQWR�GD�IDP¯OLD��GD�HVFROD�HWF� Para algumas crianças, somente o tratamento IRQRDXGLROµJLFR�«�VXȴFLHQWH��3RU«P��SDUD� aquelas crianças que apresentam outras manifestações que estão associadas a GLȴFXOGDGHV�GH�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD�H� DWLYLGDGHV�FRWLGLDQDV��R�DWHQGLPHQWR�GH� um terapeuta ocupacional é fundamental. 3ULQFLSDOPHQWH�SURȴVVLRQDLV�TXH�SULRUL]HP� o essencial à criança e que atuem em áreas com ênfase em psicomotricidade e integração sensorial, psicologia, ȴVLRWHUDSLD�H�SVLFRSHGDJRJLD� 1DV�WHUDSLDV��«�LPSRUWDQWH�TXH�SURȴVVLRQDLV� estabeleçam metas e estratégias que serão DGRWDGDV�SDUD�DWLQJLU�RV�REMHWLYRV�SODQHMDGRV�� $O«P�GLVVR��DOJXQV�SULQF¯SLRV�GH�LQWHUYHQ©¥R� GHYHP�VHU�XWLOL]DGRV�QD�WHUDSLD�FRPR�R�WUHLQR� UHSHWLWLYR��D�VHOH©¥R�FRUUHWD�GH�IRQHPDV�H� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 3 - D IA G N Ó ST IC O E T RA TA M EN TO 20 SDODYUDV�DOYR��UHVSHLWDQGR�XPD�KLHUDUTXLD� TXH�FRPH©D�FRP�SDODYUDV�GH�XPD�RX�GXDV� V¯ODEDV��IUDVHV�FXUWDV�RX�PDLV�H[WHQVDV�FRP� VHQWHQ©DV�LQWHUURJDWLYDV�H�H[FODPDWLYDV� até a criança atingir uma fala espontânea. Para que a criança saiba que falou ou não corretamente, não pode faltar o uso de recurso como os feedbacks. Deste modo, é LPSUHVFLQG¯YHO�XVDU�SLVWDV�PXOWLVVHQVRULDLV�� VHMDP�HODV�YLVXDLV��YHUEDLV��W£WHLV�RX�JHVWXDLV�� Isso ajuda a criança a entender e aprender TXDLV�PRYLPHQWRV�V¥R�QHFHVV£ULRV�SDUD� produzir a fala. No caso de crianças não YHUEDLV��R�XVR�GH�FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD�RX� FRPSOHPHQWDU�GHYH�VHU�FRQVLGHUDGD� &RP�HYLG¬QFLDV�FLHQW¯ȴFDV��DOJXQV�P«WRGRV� para o tratamento da AFI são recomendados XWLOL]DQGR�VH�GH�SULQF¯SLRV�GH�DSUHQGL]DJHP� motora, como é o caso do Prompts for Restructuring Oral Muscular Phonetic Targets (Prompt), do Dynamic Temporal and Tactile Cueing (DTTC), do Rapid Syllable Transitions (ReST), entre outros. No Brasil, desde 2016, iniciaram-se cursos SDUD�D�FHUWLȴFD©¥R�GH�IRQRDXGLµORJRV� QR�P«WRGR�3URPSW��-£�H[LVWHP�Y£ULRV� fonoaudiólogos com formação neste método. Porém, pela complexidade GR�TXDGUR�FO¯QLFR��«�QHFHVV£ULR�TXH�R� SURȴVVLRQDO�GD�VD¼GH��XWLOL]H�Q¥R�VRPHQWH� um método ou estratégia de tratamento e muito menos acredite que exista um método XQLYHUVDO��PDV�TXH�SURFXUH�XVDU�RXWUDV� DOWHUQDWLYDV��&DGD�FULDQ©D�«�¼QLFD��FRP� QHFHVVLGDGHV�H�GLȴFXOGDGHV�HVSHF¯ȴFDV�� portanto o fonoaudiólogo precisa ser FULDWLYR��ȵH[¯YHO�H�ID]HU�XPD�DQ£OLVH�FU¯WLFD� do seu trabalho, estudando caso a caso para fazer a adaptação das estratégias, FRQIRUPH�DV�HVSHFLȴFLGDGHV�GR�SDFLHQWH� A HORA DA nOTÍcia 4 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 4 - A H O RA D A N O TÍ CI A 22 Os pais, por não se sentirem preparados para lidar com uma série de novas informações e enfrentar essa realidade, têm de encarar um momento que nunca será esquecido para ter de lidar com esse problema. Para eles, são muitos sentimentos e emoções vivenciados nesse momento, além de dúvidas e principalmente da incerteza das implicações desse diagnóstico no futuro da criança. ��LPSRUWDQWH�TXH�RV�SURȴVVLRQDLV�FRQVLGHUHP�XPD� linguagem adequada para oferecer aos pais informações claras, objetivas e atualizadas, dando tempo para que eles absorvam as informações e façam suas perguntas. Nessa hora, é importante pesquisar sobre o assunto, superar o medo e a ansiedade diante do desconhecido e conhecer pessoas que vivenciam e podem oferecer apoio para a mesma situação. Se para algumas famílias o diagnóstico pode ser um momento triste, para outras, VXUJH�FRPR�XP�DO¯YLR�SRUTXH�ȴQDOPHQWH�FRPH©DP� a agir e iniciam o tratamento adequado. Veja alguns depoimentos de pais de crianças com AFI: GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 4 - A H O RA D A N O TÍ CI A 23 $OLYLDGD�SRU�WHU�XP�GLDJQµVWLFR��WULVWH�SRU�Q¥R�HQWHQGHU�R�TXH� tinha dado errado e perdida pela falta de informação. Chore, VLQWD�UDLYD��PDV�Vµ�QR�PRPHQWR�LQLFLDO��'HSRLV�VH�LQIRUPH� VREUH�FRPR�DMXGDU�VHX�ȴOKR��Y£�DWU£V�GH�WHUDSLDV�H�GH�WXGR�R� TXH�YRF¬�SXGHU�ID]HU��1XQFD�WHQKD�YHUJRQKD�GR�GLDJQµVWLFR�� 1¥R�GHL[H�VHX�ȴOKR�VH�VHQWLU�PHQRV�TXH�RV�RXWURV�� (Mãe do Henrique de cinco anos, de Brasília-df) $OLYLDGD�YHQGR�RSRUWXQLGDGH�GH�GLUHFLRQDU�D�WHUDSLD�TXH�Q¥R�PRVWUDYD�HYROX©¥R��$�MRUQDGD� «�FDQVDWLYD��PDV�FDGD�FRQTXLVWD�QRV�HQFKH�GH�HQHUJLD��$FUHGLWH�H�Q¥R�GHVLVWD��HOHV�HVSHUDP� mais de nós do que nós deles. (Mãe do arthur de seis anos, de Santa Maria-rS). 6HQWL�XP�DO¯YLR��SRUTXH�D�SDUWLU�GR�GLDJQµVWLFR�IRL�SRVV¯YHO�GLUHFLRQ£�OR�SDUD�XP� WUDWDPHQWR�HVSHF¯ȴFR�H�PDLV�HȴFD]��$�$SUD[LD�GH�)DOD�QD�ΖQI¤QFLD�DLQGD�«�XP� JUDQGH�GHVDȴR��VHMD�SDUD�RV�SURȴVVLRQDLV��VHMD�SDUD�D�IDP¯OLD��$�HYROX©¥R�«�OHQWD�� PDV�FRP�R�HVW¯PXOR�FRUUHWR�D�FULDQ©D�YDL�DGTXLULU�KDELOLGDGHV�QHFHVV£ULDV�SDUD��� se comunicar. (Mãe do nathan de três anos, de Belo Horizonte-MG) como se sentiu ao receber a notícia do diagnóstico da sua criança e qual a mensagem que poderia deixar aos pais que estão recebendo agora essa notícia? Eu me senti perdida e desorientada. Fé, foco e muita informação para ajudar (Mãe do Mateus de cinco anos, de Belém-pa) 3RU�LQFU¯YHO�TXH�SDUH©D�PH�VHQWL�IHOL]�H�DOLYLDGD��SRUTXH�REWLYH�XPD�UHVSRVWD�SDUD�D�DXV¬QFLD�GD� IDOD��(OHV�LU¥R�PHOKRUDU��PHVPR�QRV�FDVRV�PDLV�VHYHURV�FRPR�R�GR�PHX�ȴOKR���V�YH]HV��Q¥R�QR� WHPSR�TXH�JRVWDU¯DPRV��PDV�QR�WHPSR�GHOHV��(Mãe do Bruno de dez anos, de São paulo-Sp) GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 4 - A H O RA D A N O TÍ CI A 24 6HQWL�DO¯YLR�SRU�VDEHU�TXDO�UXPR�VHJXLU�H�WULVWH]D�SHOD�PLQKD�ȴOKD�WHU�GH�SUHFLVDU�SDVVDU�SRU�LVVR�� 'HSRLV�TXH�HQWHQGL�R�TXH�HVWDYD�SRU�YLU��EXVTXHL�P¥HV�TXH�HVWDYDP�SDVVDQGR�SHOD�PHVPD� situação. Fui bem acolhida e isso fez a diferença para que eu me organizasse emocionalmente. 1¥R�VH�FRQWHQWH�HP�DSHQDV�OHY£�OR�DRV�HVSHFLDOLVWDV��UHIRUFH�HP�FDVD�RV�H[HUF¯FLRV�SURSRVWRV�H� VH�GLVSRQLELOL]H�D�HVWDU�ODGR�D�ODGR�FRP�VHX�ȴOKR��$GRWH�HVVD�QRYD�FRQGL©¥R�IDPLOLDU�FRPR�XPD� possibilidade de crescimento e mudança. (Mãe da Maya de três anos, de florianópolis-Sc) (VSHUDQ©RVD�HP�SRGHU�LQWHUYLU�R�TXDQWR�DQWHV��SRLV�QR�FDVR�GHOH��$XWLVPR��� $SUD[LD��LQWHUYHQ©·HV�SUHFRFHV�V¥R�LPSRUWDQW¯VVLPDV��)D©D�WXGR�TXH�HVWLYHU�DR� VHX�DOFDQFH�SDUD�R�GHVHQYROYLPHQWR�GR�VHX�ȴOKR��7HU�R�GLDJQµVWLFR��DSHVDU�GH� WULVWH��«�LPSRUWDQWH�SDUD�SRGHUPRV�LQWHUYLU�QR�GHVHQYROYLPHQWR�SDUD�TXH�HOHV� possam ter uma autonomia futura. (Mãe do arthur de três anos, de colombo-pr) 3HUGLGD�H�DQVLRVD�SDUD�VDEHU�VH�SRGHULD�UHYHUWHU�D�VLWXD©¥R��PDV� DOLYLDGD�SRU�SRGHU�LQLFLDU�XP�WUDWDPHQWR�DGHTXDGR��(OH�M£�ID]LD� WHUDSLDV�K£�GRLV�DQRV�H�Q¥R�HYROX¯D��-DPDLV�VH�HQWUHJXH�¢�WULVWH]D�H� à acomodação. Temos de enfrentar a situação com otimismo, pois D�QRVVD�DMXGD�FRPSOHPHQWD�R�WUDEDOKR�GRV�WHUDSHXWDV�H�D�HYROX©¥R��� «�Q¯WLGD��(Mãe do pedro de sete anos, de João pessoa-pB) (X�PH�VHQWL�SHUGLGD��QXQFD�WLQKD�RXYLGR�IDODU��&DOPD��QDGD� «�LPSRVV¯YHO�SDUD�'HXV��2�GLDJQµVWLFR�WRUQD�VH�OLEHUWDGRU�� DFDEDPRV�SRU�DFDOPDU�R�FRUD©¥R�H�VDEHU�TXH�VH�R�QRVVR�ȴOKR�Q¥R� fala não é porque ele é “preguiçoso”. Aos poucos e com muitas WHUDSLDV�WXGR�YDL�VH�HQFDL[DQGR�H�GDQGR�FHUWR��(Mãe do luís Gustavo de quatro anos, de São luís-Ma) Como sou fonoaudióloga, eu mesma diagnostiquei. Uma oportunidade única de ser diagnosticada precocemente. Busque o WUDWDPHQWR�R�PDLV�FHGR�SRVV¯YHO��&RPHPRUH�FDGD�SHTXHQR�DYDQ©R�� &DGD�YRJDO��FDGD�VRP��FDGD�SDODYUD�«�GH�IDWR�XPD�YLWµULD��1XQFD� desista! (Mãe da emanuelle de cinco anos, Salvador-Ba) PALAVRA DE eSpecialiSTa 5 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃODA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 5 - PA LA VR A D E ES PE CI A LI ST A 26 Em uma pesquisa realizada com fonoaudiólogos de diferentes cidades, foram selecionadas algumas das primeiras perguntas feitas pelos pais ao receberem o diagnóstico da Apraxia de Fala na Infância. As respostas foram dadas pela Dra. Elisabete Giusti, fonoaudióloga, FRP�HVSHFLDOL]D©¥R�HP�DOWHUD©·HV�HVSHF¯ȴFDV�GR� desenvolvimento da fala e da linguagem pela Faculdade de Medicina da USP e Doutora em Linguística. ����0HX�ȴOKR�YDL�FRQVHJXLU�IDODU"�7HP�FXUD"� $SUD[LD�SRVVXL�GLIHUHQWHV�Q¯YHLV�GH�JUDYLGDGH� e, também, está relacionada a diferentes causas, podendo ser uma manifestação única ou uma condição dentro de um quadro mais DPSOR�GH�GLȴFXOGDGHV�TXH�D�FULDQ©D�DSUHVHQWD�� $�PDLRULD�GDV�FULDQ©DV�LU£�GHVHQYROYHU�D�IDOD� LQWHOLJ¯YHO�H�YDL�VHJXLU�VXD�YLGD�H�VHX�ULWPR�GH� GHVHQYROYLPHQWR�QRUPDOPHQWH��1R�HQWDQWR�� SDUD�DTXHODV�FRP�$SUD[LD�VHYHUD��LVVR�SRGH� não ocorrer de forma plena. Nestes casos, precisamos sempre considerar o uso da FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD��OHPEUDQGR�DRV�SDLV� TXH�MDPDLV�R�XVR�GD�FRPXQLFD©¥R�DOWHUQDWLYD�LU£� inibir a fala!). O importante é que todas, quando recebem o tratamento adequado, apresentem JDQKRV�QHVVH�VHQWLGR��1µV��FRPR�SURȴVVLRQDLV�� GHYHPRV�VHPSUH�DMXG£�ODV�D�DOFDQ©DUHP�R�VHX� melhor potencial. 2 - Quanto tempo leva o tratamento? O tratamento para Apraxia é considerado longo, pode demorar um, dois, três ou PDLV�DQRV��'HSHQGH�GH�Y£ULRV�IDWRUHV��WDLV� como idade do diagnóstico, experiência e abordagens terapêuticas utilizadas pelo IRQRDXGLµORJR��GR�HQYROYLPHQWR�GD�IDP¯OLD��GD� colaboração da própria criança, da intensidade do tratamento (crianças que são atendidas FRP�PDLV�VHVV·HV��HYROXHP�PDLV�UDSLGDPHQWH�� e, também, das necessidades da criança, que V¥R�GLQ¤PLFDV�H�TXH�Y¥R�VHQGR�DQDOLVDGDV�QR� decorrer de todo o processo terapêutico. 3 - como sabemos o nível de gravidade da apraxia? Não temos, até o momento, um protocolo formal que nos mostra qual é, de forma REMHWLYD��D�JUDYLGDGH�GD�$SUD[LD��7HPRV�GH� FRQVLGHUDU�Y£ULRV�IDWRUHV�WDLV�FRPR� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 5 - PA LA VR A D E ES PE CI A LI ST A 27 1. Inteligibilidade da fala, ou seja, o quanto a criança consegue se expressar FRP�FODUH]D�H�GH�IRUPD�LQWHOLJ¯YHO�� 2. Repertório de sons e de estruturas silábicas que ela consegue produzir. 4XDQWR�PHQRU�VHX�UHSHUWµULR��PDLV�JUDYH�R�TXDGUR� 3. $�TXDQWLGDGH�GH�VLQDLV�FO¯QLFRV��7HPRV�KRMH��M£�GHVFULWRV��DR�PHQRV���� sinais que são considerados marcadores para este diagnóstico. Quanto PDLV�VLQDLV�H�PDLV�JUDYHV�HVWHV�IRUHP��PDLRU�VHU£�D�JUDYLGDGH�GD�$SUD[LD�� 4. 2�TXDQWR�TXH�D�$SUD[LD�HVW£�DIHWDQGR�D�TXDOLGDGH�GH�YLGD�GD�FULDQ©D������ seu relacionamento social? 5. ΖGDGH�GR�GLDJQµVWLFR��TXDQWR�PDLV�YHOKD�D�FULDQ©D��D�JUDYLGDGH�SRGH� DFHQWXDU�H�VHFXQGDULDPHQWH�WUD]HU�RXWURV�SUHMX¯]RV�¢�FULDQ©D�� 6. 5HVSRVWD�DR�WUDWDPHQWR�UHDOL]DGR��RX�VHMD��FDVRV�PDLV�OHYHV�WHQGHP�D� responder mais rapidamente aos tratamentos oferecidos. $�$SUD[LD�GH�IDOD�SRGH�VHU�OHYH��PRGHUDGD�RX�VHYHUD�SURIXQGD��$�GHȴQL©¥R� GR�JUDX�GHSHQGHU£�GD�DQ£OLVH�GH�Y£ULRV�IDWRUHV�� 4 - como será o processo de alfabetização? Crianças com Apraxia são consideradas de risco para apresentarem GLȴFXOGDGHV�QR�SURFHVVR�GH�DOIDEHWL]D©¥R��QDV�KDELOLGDGHV�GH�OHLWXUD�H� escrita. Quando o diagnóstico é precoce, podemos trabalhar capacidades que irão ajudar no processo, como por exemplo, a consciência fonológica e outras habilidades de linguagem que certamente minimizam os impactos na alfabetização. Além disso, crianças com Apraxia também apresentam GHIDVDJHQV�QR�GHVHQYROYLPHQWR�GD�OLQJXDJHP�RUDO��FRP�YRFDEXO£ULR������ SREUH��GLȴFXOGDGHV�JUDPDWLFDLV��SUDJP£WLFDV�H�LVVR�SRGH�WDPE«P���� RFDVLRQDU�GLȴFXOGDGHV�QR�FRQY¯YLR�HVFRODU�� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 5 - PA LA VR A D E ES PE CI A LI ST A 28 8P�RXWUR�SRQWR�D�VHU�FRQVLGHUDGR�«�TXH�HODV�SRGHP�DSUHVHQWDU�GLȴFXOGDGHV� GH�FRRUGHQD©¥R�PRWRUD��RFXORPRWRUD��H�LVVR�GLȴFXOWD�RXWURV�DVSHFWRV�GHQWUR� GD�HVFROD��FRPR�SRU�H[HPSOR��PRYLPHQWRV�FRP�SLQ©D��WUD©DGRV��SLQWXUD�� recorte etc. Nestes casos, será sempre importante, o trabalho integrado com RXWURV�SURȴVVLRQDLV��FRPR�WHUDSHXWDV�RFXSDFLRQDLV��SVLFRPRWULFLVWDV��HQWUH� outros. Crianças com Apraxia são geralmente desajeitadas, desorganizadas e GHPRQVWUDP�GLȴFXOGDGH�SDUD�VH�RUJDQL]DUHP�QDV�VXDV�WDUHIDV�FRP�FRPH©R�� PHLR�H�ȴP��(ODV�DSUHVHQWDP�SRXFR�WHPSR�GH�DWHQ©¥R�H�WXGR�LVVR�WDPE«P� pode afetar sua performance dentro da escola. O trabalho integrado da escola, FRP�D�IDP¯OLD�H�FRP�RV�SURȴVVLRQDLV�TXH�DWHQGHP�D�FULDQ©D�«�HVVHQFLDO�SDUD� que ela possa progredir e alcançar todas as suas potencialidades. Precisamos acreditar sempre! 5 - É preciso tomar remédios para o tratamento? 2�WUDWDPHQWR�SDUD�$SUD[LD�GH�)DOD�«�D�WHUDSLD�IRQRDXGLROµJLFD��LQGLYLGXDO�� LQWHQVLYD��DGHTXDGDPHQWH�SODQHMDGD�H�TXH�GHPRQVWUD�SDUD�D�FULDQ©D�H�SDUD�D� IDP¯OLD�PHOKRULDV�QR�SURFHVVR�GH�IDOD��1¥R�H[LVWH�PHGLFDPHQWR�SDUD�$SUD[LD� de fala. No entanto, a Apraxia pode ser uma manifestação que aparece junto FRP�RXWUDV�GLȴFXOGDGHV��FRPR�SRU�H[HPSOR�$XWLVPR��'«ȴFLW�GH�$WHQ©¥R� H�+LSHUDWLYLGDGH��7'$+���(SLOHSVLD��HWF���H�D¯�QHVWHV�FDVRV�H��GHYLGR�D�HVWDV� condições, pode ser necessário o uso de medicamento ao paciente. O médico UHVSRQV£YHO�SHOR��D��VHX��VXD��ȴOKR�D���3HGLDWUD��1HXURSHGLDWUD�RX�3VLTXLDWUD� ΖQIDQWLO��GHYH�RULHQWDU�VREUH�D�QHFHVVLGDGH�RX�Q¥R�GR�XVR�GH�PHGLFDPHQWR�� 1XQFD�DXWRPHGLTXH�D�FULDQ©D��QHP�PHVPR�FRP�YLWDPLQDV��TXH�SRGHP�SDUHFHU� LQRIHQVLYDV��PDV�TXH�SRGHP�RFDVLRQDU�DOJXP�HIHLWR�FRODWHUDO��&RQYHUVH�DQWHV� com a equipe e com o seu médico de referência. OrienTaÇÕeS AOS PAIS E À ESCOLA 6 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 6 - O RI EN TA ÇÕ ES A O S PA IS E À E SC O LA 30 Tanto a família, os terapeutas, como a escola devem formar uma parceria efetiva e equilibrada de trocas constantes de informações para que, diante das demandas, seja possível alcançar um resultado positivo no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança com Apraxia de Fala na Infância. 'HVVD�IRUPD��RV�SURȴVVLRQDLV�GD�£UHD�FRQWULEXHP�FRP�VXJHVW·HV�H�RULHQWD©·HV� aos pais e à escola sobre o desenvolvimento da linguagem, do comportamento social e dos aspectos cognitivos da criança, o que coopera para a sua evolução, transformando todos em agentes ativos do processo terapêutico. 6DEH�VH�TXH�FDGD�FULDQ©D�WHP�DV�VXDV�HVSHFLȴFLGDGHV�H�DV�RULHQWD©·HV�GHYHP� ser sempre focadas nas necessidades de cada uma. Porém, seguem algumas GLFDV�JHUDLV��GDGDV�FRP�PDLV�IUHTX¬QFLD�SRU�SURȴVVLRQDLV�GD�£UHD��TXH� DMXGDP�D�ID]HU�D�GLIHUHQ©D�QD�YLGD�GHVVDV�FULDQ©DV��2�GHVDȴR�«�JUDQGH��PDV� WUDEDOKDQGR�HP�FRQMXQWR�«�SRVV¯YHO�WHU�DYDQ©RV�VLJQLȴFDWLYRV� como os pais devem ajudar? intervir precocemente. Não espere. Sabe-se que cada criança tem o seu tempo, mas VH�KRXYHU�VLQDLV�GH�DWUDVR�QR�GHVHQYROYLPHQWR� da fala, procure um fonoaudiólogo. estude. Por ser um diagnóstico recente, é muito importante se informar sobre o assunto e SURFXUDU�SURȴVVLRQDLV�TXH�HVWXGHP�H�VH�LQWH- ressem por essa área, porque nem todos estão FDSDFLWDGRV�SDUD�LGHQWLȴFDU�RV�VLQDLV�� Seja paciente e amável. Nunca desista ou de- sencoraje a criança. É muito frustrante saber o que se quer falar, mas não conseguir se expres- sar da forma que deseja. Busque apoio. )D©D�FRQWDWR�FRP�RXWUDV�IDP¯- lias que estejam na mesma situação para trocar informações sobre o problema. Trate a criança de acordo com a sua idade. 1¥R�D�WUDWH�FRPR�VH�HOD�IRVVH�PDLV�QRYD�GR�TXH� realmente é apenas pelo fato de ela não falar. As crianças com apraxia têm boa compreensão. fale face a face. Olhe sempre para a criança SDUD�IDODU��&RQYHUVH�ȴFDQGR�QD�PHVPD������������� altura que ela. fale de forma objetiva. ΖVVR�VLJQLȴFD�IDODU�GH- YDJDU��XWLOL]DQGR�SDODYUDV�FODUDV�H�IUDVHV�FXUWDV�participe do processo terapêutico. 2V�SDLV�GHYHP�VHPSUH�VH�LQIRUPDU�VREUH�RV� GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 6 - O RI EN TA ÇÕ ES A O S PA IS E À E SC O LA 31 REMHWLYRV�GDV�WHUDSLDV�SDUD�UHIRU©DU�D�SU£WLFD� HP�FDVD��HP�DWLYLGDGHV�H�EULQFDGHLUDV� diárias. O tratamento da Apraxia exige treinamento, repetição e persistência. Motive a participação da criança nas terapias.�ΖQFHQWLYH�D�FULDQ©D�D�LU� para as terapias, mostrando que ela receberá ajuda. Ela precisa perceber a importância das terapias. Treine palavras alvo. Reforce em FDVD�RV�VRQV��DV�SDODYUDV�RX�IUDVHV� trabalhadas na terapia, utilizando sempre o apoio de imagens. faça uma lista do vocabulário da criança. (QXPHUH�DV�SDODYUDV�QRYDV�TXH�D� criança está tentando falar e a forma como HOD�IDOD��(VVD�OLVWD�VHUYH�SDUD�DFRPSDQKDU� R�SURJUHVVR�GR�YRFDEXO£ULR�H�SDUD� FRPSDUWLOKDU�FRP�RV�WHUDSHXWDV�DV�SDODYUDV� que podem ser praticadas durante as sessões para melhorar a pronúncia. deixe-a brincar muito. Nomeie sempre os objetos, associe sons às brincadeiras. Estimule-a a brincar de imitação com PRYLPHQWRV�IDFLDLV�H�JHVWLFXOD©¥R� a cada progresso, elogie sempre. 5HIRUFH�SRVLWLYDPHQWH�FDGD�HVIRU©R�H� conquista da criança. Organize o acesso aos brinquedos. 'HL[H�RV�EULQTXHGRV�¢�YLVWD��PDV�IRUD�GR� alcance da criança para que ela possa pedir. limite a quantidade de brinquedos disponíveis. ΖVVR�LQFHQWLYD�R�IRFR�H�D���� DWHQ©¥R�GHOD�HP�XPD�¼QLFD�DWLYLGDGH�DQWHV��� de passar para a próxima. comunicação alternativa. Se necessário, não desconsidere o seu uso. converse com os professores e pais dos colegas da escola. Informe-os sobre as GLȴFXOGDGHV�GD�FULDQ©D��EXVFDQGR�LQFHQWLYDU��� o apoio e a aceitação dela em sala de aula. GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 6 - O RI EN TA ÇÕ ES A O S PA IS E À E SC O LA 32 como a escola pode ajudar? reunir-se e buscar informações sobre a criança com os pais e terapeutas para saber quais as melhores estratégias para OLGDU�FRP�DV�GLȴFXOGDGHV�GD�FULDQ©D�� Seja empático e acolhedor. A criança GHYH�VH�VHQWLU�EHP�DFROKLGD�H�TXHULGD�SHOR� professor. Tente intermediar a relação da criança com os colegas da sala. O professor�GHYH� fazer a intermediação da relação da criança com os demais colegas para que ela se sinta VHPSUH�LQFOX¯GD�HP�MRJRV�H�DWLYLGDGHV� Busque informação e incentive o uso da estratégia de comunicação com a criança. Estude sobre o assunto e estimule a forma de comunicação com linguagem GH�VLQDLV��XWLOL]D©¥R�GH�ȴJXUDV��tablets e DSOLFDWLYRV�SDUD�TXH�D�FULDQ©D�ID©D�SDUWH�GD� dinâmica. fazer com que a criança saiba que o que ela tem a dizer é importante. Peça a ela que repita a sua pergunta ou que IDOH�PDLV�GHYDJDU��FDVR�Q¥R�D�HQWHQGD��1¥R� apresse ou interrompa a criança. Dê tempo para que ela possa pensar no que quer falar e como quer falar. não force a criança a falar. Pense em estratégias para inseri-la nos debates, sem colocá-la em situação constrangedora em público. crie sinais para algumas necessidades básicas da criança. Se ela precisar, elabore sinais para que ela possa expressar o seu desejo de ir ao banheiro, para demonstrar frustração, para fazer uma pergunta etc. 6HMD�SDFLHQWH�H�ȴTXH�DOHUWD�¢�UHDOL]D©¥R�GDV� tarefas. (QWHQGD�TXH�¢V�YH]HV�D�UHOXW¤QFLD�HP� fazer uma tarefa pode indicar que a criança não sabe como fazer e necessita de uma adaptação ou ajuda. converse com a turma. Se necessário, explique sobre a Apraxia de Fala às demais crianças da sala. intervenha imediatamente em caso de bullying. Defenda a criança quando for necessário. elogie e incentive os esforços da criança. faça com que a criança saiba assumir o papel principal. Considere formas de a criança demonstrar suas habilidades e talentos aos colegas para assumir lideranças sempre que SRVV¯YHO� não faça diferenciação. Acredite na criança e trate-a como todas as outras. localize a criança estrategicamente na sala de aula para que ela possa ter melhor acesso aos HVW¯PXORV�YLVXDLV�H�UHOD©·HV�VRFLDLV� Trabalhe sempre a interação social da criança. Inclua a criança nos grupos de forma que ela consiga se expressar, se não SHOD�YR]��SHORV�JHVWRV��VRQV�RX�RXWUDV�IRUPDV� de comunicação. SAIBA MAIS infOrMaÇÕeS 7 GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 7 - SA IB A M AI S IN FO RM A ÇÕ ES 34 0XLWRV�SURȴVVLRQDLV�QR�%UDVLO�H�HP�WRGR�R�PXQGR�WUDEDOKDP�SDUD� oferecer e fortalecer o suporte a crianças e famílias que lidam com a Apraxia de Fala na Infância. Mais informações podem ser obtidas por meio dos diversos canais disponíveis sobre o assunto. nos estados Unidos: * www.apraxia-kids.org Página da Associação Norte-americana de Apraxia de Fala na Infância �&$6$1$���2UJDQL]D©¥R�VHP�ȴQV� OXFUDWLYRV�TXH�RIHUHFH�Y£ULDV�PDW«ULDV�H� LQIRUPD©·HV��SURJUDPDV�H�VHUYL©RV�SDUD� FRQVFLHQWL]D©¥R�GD�FDXVD��SURPRYHQGR� uma educação continuada a IRQRDXGLµORJRV�H�ȴQDQFLDQGR�SHVTXLVDV� sobre o assunto. Possui uma parceria com especialistas renomados em Apraxia de Fala na Infância que orientam R�GHVHQYROYLPHQWR�GRV�SURJUDPDV�� projetos de pesquisa, conferências e treinamentos. * www.asha.org Página da Associação Americana de Fonoaudiólogos (ASHA) que ajuda a GLYXOJDU�SHVTXLVDV�H�WDPE«P oferece amplo suporte e informações às crianças com esse diagnóstico H�VXDV�IDP¯OLDV� no Brasil: * livro: como tratar a apraxia de fala na infância, de autoria da fonoaudióloga americana dra. Margaret fish. 8P�LPSUHVFLQG¯YHO�JXLD�SDUD�IRQRDXGLµORJRV� FO¯QLFRV�TXH�DWHQGHP�FULDQ©DV�FRP�$)Ζ��FRP� FDS¯WXORV�WDPE«P�GLUHFLRQDGRV�DRV�SDLV�� 7UDGX©¥R��(GLWRUD�3URIRQR��5HYLV¥R�GR�WH[WR�� Dra. Elisabete Giusti. Coedição: ABRAPRAXIA. * www.apraxiabrasil.org Página da Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância (ABRAPRAXIA). Associação fundada em 2016 por um grupo de pais de crianças com Apraxia que tem como missão SURPRYHU�D©·HV�TXH�SRVVLELOLWHP�¢V�FULDQ©DV� com Apraxia de Fala na Infância (AFI) alcançar seu melhor potencial. * www.atrasonafala.com.br Página da fonoaudiólgoa infantil Dra. Elisabete Giusti, com ampla experiência em Apraxia de Fala na Infância, que traz uma série de textos para o esclarecimento sobre o assunto. GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 7 - SA IB A M AI S IN FO RM A ÇÕ ES 35 A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE apraxia de fala na infância @ APRAXIAkIDSBRASIL ABRAPRAXIA APRAXIAkIDSBRASIL * caMpaNHas de coNscieNtização * MateriaL iNForMatiVo Gratuito * artiGos soBre aFi * eNtreVistas coM pais e proFissioNais * coNFerÊNcia aNuaL * cursos ON-LINE * cursos preseNciais * JoGos terapÊuticos * proGraMa aBrapraXia soLidÁria cOnScienTiZaÇÃO e infOrMaÇÃO edUcaÇÃO e peSQUiSa apOiO à faMÍlia * Lista de proFissioNais cadastrados * iNForMaçÕes Nas redes sociais * proGraMa aBrapraXia soLidÁria GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA GUIA PRÁTICO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CA PÍ TU LO 7 - SA IB A M AI S IN FO RM A ÇÕ ES 36 eQUipe TÉcnica referÊnciaS Guia prÁtico de coNscieNtização da apraxia de fala na infância 2019 elaboração do texto Ms. Luciana Mendonça Dinoá Pereira (VS��5RVD�6LOY¤QLD�&OHPHQWLQR�GH�$UD¼MR equipe de ilustração Ms. Wilson Gomes de Medeiros Anna karina Felipe de Souza 9LFWRU�(ORL�%DWLVWD�6LOYD equipe de diagramação (ODLQH�)HLWRVD�GD�6LOYD Elisangela Nascimento Sena revisão do texto Fonoaudióloga Dra. Elisabete Giusti Fonoaudióloga Esp. Monique Ferro apoio Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância * Site�GD�'UD��(OLVDEHWH�*LXVWL��'LVSRQ¯YHO� HP��ZZZ�DWUDVRQDIDOD�FRP�EU; * Site da American Speech-Language- Hearing Association��$6+$���'LVSRQ¯YHO����� HP��ZZZ�DVKD�FRP; Instituto Federal de Educação Ciência e 7HFQRORJLD�GD�3DUD¯ED���Ζ)3%(Campus Cabedelo) * Site da Childhood Apraxia of Speech Association of North America (CASANA) 'LVSRQ¯YHO�HP��ZZZ� apraxia-kids.org; * /LYUR Como Tratar a Apraxia de Fala na Infância. Autora: Margaret Fish - Coedição: ABRAPRAXIA. oBriGado peLo apOiO!
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