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APOSTILA ESQUEMATIZADA - LÍNGUA PORTUGUESA

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ÍNDICE
MORFOLOGIA 01
CLASSES GRAMATICAIS 02
PRONOMES 07
COLOCAÇÕES PRONOMINAIS 08
ORTOGRAFIA 09
USO DA CRASE 12
PONTUAÇÃO 14
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 16
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 17
SINTAXE 18
OBJETO DIRETO E INDIRETO 22
ADJUNTO ADVERBIAL 23
ADJUNTO ADNOMINAL 24
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 26
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 30
FLEXÃO VERBAL 39
MODO INDICATIVO 40
VOZES VERBAIS 45
SEMÂNTICA 47
ESTILÍSTICA 50
ESTRUTURA COORDENADA E SUBORDINADA 51
GÊNEROS TEXTUAIS 55
ELEMENTOS DOS GÊNEROS TEXTUAIS 56
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 57
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS 59
RELAÇÕES DISCURSIVAS 60
EFEITOS DE SENTIDO 61
RESOLUÇÕES DE QUESTÕES 72
REFERÊNCIAS
MORFOLOGIA
Para compreender sobre cada elemento importante da Língua Portuguesa, devemos iniciar
pela morfologia na qual as palavras são estudadas de forma isolada, sem que haja o contexto da
frase ou período. As classes gramaticais são a base para o estudo de outros elementos:
01
Se compreender 
cada função das 
classes, todo o 
restante do estudo 
ficará mais fácil.
02
Dentro das classes gramaticais há alguns pontos a serem elencados que, por mais que entenda 
cada função das classes, tendem a causar confusão nas resoluções de questões. A seguir, será 
demonstrado como ocorre essa confusão entre as classes gramaticais e suas funções. 
Artigo
• ATENÇÃO ÀS CONTRAÇÕES!
Quando for pedido para identificar os artigos em uma frase, é necessário estar atento aos
artigos que fazem parte de contrações.
Exemplos:
Preciso do notebook. DO = de (preposição) + o (artigo)
Foi à farmácia. À = a (preposição) + a (artigo)
• NÃO CONFUNDA OS ARTIGOS (“O” e “A”) COM O PRONOME OBLÍQUO.
É comum a banca misturar artigos e pronomes oblíquos. Enquanto o artigo define o substantivo, 
o pronome oblíquo substitui um substantivo. Para identificar um pronome, tente substituí-lo 
por outro pronome.
Exemplos:
Comprei o caderno. O define o substantivo caderno (artigo definido)
Comprei-o. O pode ser substituído por ELE (pronome pessoal oblíquo)
• NÃO CONFUNDA O ARTIGO “A” COM A PREPOSIÇÃO “A”.
Como explicado acima, enquanto o artigo define o substantivo, a preposição liga termos ou 
orações. Para identificar uma preposição, tente substituí-la por outra preposição.
Exemplos:
Comprei a blusa. A define o substantivo blusa (artigo definido)
Fui a Portugal. A pode ser substituído por PARA (preposição)
• OS VOCÁBULOS “O”, “OS”, “A” e “AS”, ANTES DE “QUE” e “DE”, EM GERAL, SERÃO 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS!
Quando DE ou QUE vierem seguidos de “O”, “OS”, “A” ou “AS”, esses vocábulos serão pronomes 
demonstrativos. Enquanto o artigo define o substantivo, o pronome demonstrativo se refere a 
uma ideia já expressa anteriormente. Para identificar um pronome demonstrativo, tente 
substituí-la por outro pronome demonstrativo.
Exemplo:
Quero o que você tem. O pode ser substituído por AQUILO (pronome demonstrativo)
Prefiro a de cor vermelha. A pode ser substituído por AQUELA (pronome demonstrativo)
03
Adjetivo
Para diferenciar um SUBSTANTIVO de um ADJETIVO, existe uma regra que ajuda :
Substantivo é o que você TEM;
Adjetivo é o que você É.
Exemplos:
Ele tem competência.
Ele é competente.
• Locução Adjetiva
Locução é sempre uma expressão, ou seja, ela é formada por mais de uma palavra. A locução 
adjetiva é forma composta, constituída geralmente de preposição + substantivo, que modifica o 
substantivo: 
Exemplo: amor de pai, casa de campo, negócio da china, rosto de anjo etc.
• TANTO O ADJETIVO QUANTO O PRONOME INDEFINIDO REFEREM-SE A SUBSTANTIVOS. A 
DIFERENÇA ENTRE ELES É A SEMÂNTICA (SENTIDO)
A banca tende a misturar adjetivos e pronomes indefinidos. Ambos se referem a substantivos, 
mas enquanto o adjetivo qualifica/caracteriza o substantivo, o pronome indefinido traz ideia 
vaga, ideia de quantidade indefinida.
Atente-se às palavras BASTANTE, DIVERSO e VÁRIOS. Normalmente, quando elas vêm antes do 
substantivo, são pronomes indefinidos, quando vem depois do substantivo, são adjetivos.
Exemplo:
Bastantes amigos chegaram. BASTANTES aqui significa MUITOS (pronome indefinido)
Amigos bastantes chegaram. BASTANTES aqui significa SUFICIENTE (adjetivo)
• A TROCA DE POSIÇÃO ENTRE O SUBSTANTIVO E O ADJETIVO PODE GERAR MUDANÇAS DE 
CLASSES GRAMATICAIS.
A troca de posição entre substantivo e adjetivo gera mudança de classe. Geralmente essa troca 
ocorre para confundir em questões que irão pedir para definir onde está o substantivo e o 
adjetivo.
Exemplos:
Mudando a classe:
Trabalhador nordestino. Trabalhador é substantivo e nordestino é adjetivo.
Nordestino trabalhador. Nordestino é substantivo e trabalhador é adjetivo.
Permanecendo na mesma classe:
Blusa branca. Blusa é substantivo e branca é adjetivo.
Branca blusa. Blusa é substantivo e branca é adjetivo.
04
• A MUDANÇA DE CLASSES GRAMATICAIS SEMPRE GERA MUDANÇA DE 
SENTIDO.
Exemplos: Se, com a mudança de posição, alteraram-se as classes gramaticais, necessariamente, 
o sentido das frases foi alterado.
Trabalhador nordestino. Trabalhador é substantivo e nordestino é adjetivo. Aqui o foco é o 
trabalhador e uma característica dele é ser nordestino.
Nordestino trabalhador. Nordestino é substantivo e trabalhador é adjetivo. Aqui o foco é o 
nordestino e uma característica dele é ser trabalhador.
• NEM SEMPRE A EXPRESSÃO FORMADA POR PREPOSIÇÃO MAIS SUBSTANTIVO, 
JUNTO A OUTRO SUBSTANTIVO, SERÁ LOCUÇÃO ADJETIVA.
Para saber se trata de ou não uma locução adjetiva, é preciso estar atento ao sentido das 
frases.
Se a expressão tiver valor ATIVO ou de POSSE, trata-se de um adjunto adnominal = LOCUÇÃO 
ADJETIVA;
Já se a expressão tiver valor PASSIVO, trata-se de um complemento nominal (PREPOSIÇÃO + 
SUBSTANTIVO).
Exemplos:
A construção do arquiteto é linda. DO ARQUITETO tem valor de posse (locução adjetiva)
A construção da casa foi derrubada. DA CASA tem valor passivo (complemento nominal)
A preparação do Estratégia é a melhor. DO ESTRATÉGIA tem valor ativo (locução adjetiva)
A preparação dos nossos alunos é a meta. DOS NOSSOS ALUNOS tem valor passivo 
(complemento nominal)
Numeral
• O “UM” SÓ VAI SER NUMERAL SE HOUVER NA FRASE ALGUMA IDEIA DE QUANTIFICAÇÃO
É o contexto que vai dizer ser UM é ou não um numeral. Para ser numeral, deve haver uma ideia 
de que se está contando/quantificando.
Exemplo:
Comprei um sorvete. UM pode ser substituído por O. Ele não está contando, então é artigo 
indefinido.
Comprei somente um sorvete porque eu estou de dieta. UM dá ideia de quantificação, então é 
numeral.
• O “UM” SÓ SERÁ PRONOME INDEFINIDO SE ESTIVER NA FRASE EM PARALELISMO COM 
OUTRO PRONOME INDEFINIDO
UM pode ser pronome indefinido. Nesse caso, ele necessariamente estará em paralelo com 
outro pronome indefinido.
Exemplo:
Uns choram outros riem.
Uns ficam na lama, outros vão para o topo.
Em ambos os casos, UNS só é pronome indefinido porque OUTROS também exerce essa função.
05
Preposição
Locução prepositiva
Conjunto de palavras que termina em preposição. Ex.: abaixo de, de acordo com, apesar de, 
junto a etc. 
• ATENÇÃO A PALAVRAS COMO “MUITO”, “BASTANTE”, “TODO”, “MAIS” E “POUCO”.
Dependendo do contexto, essas palavras podem modificar o sentido e ser classificadas de forma 
diferente.
Exemplos:
Fala muito. MUITO qualifica FALA (verbo), então é advérbio
Tem muito orgulho. MUITO se refere a ORGULHO (substantivo) e dá ideia vaga de quantidade, 
então é pronome indefinido
Fala bastante. BASTANTE se refere a FALA (verbo), então é advérbio
Tem bastante orgulho. BASTANTE se refere a ORGULHO (substantivo) e dá ideia vaga de 
quantidade = MUITO, então é pronome indefinido
Tem orgulho bastante. BASTANTE se refere a ORGULHO (substantivo) = SUFICIENTE, então é 
adjetivo.
Advérbio
Locução Adverbial
Forma composta constituída geralmente de preposição + substantivo ou adjetivo. Ex.: às vezes, 
às claras, de propósito, de repente, devez em quando…
• NÃO SE ESQUEÇA DE RELACIONAR OS TERMOS NA FRASE. A LOCUÇÃO ADJETIVA REFERE-SE 
AO SUBSTANTIVO. A LOCUÇÃO ADVERBIAL REFERE-SE AO VERBO.
Quando há mudança no relacionamento dos termos, há mudança de classificação.
Exemplo:
A mulher à toa trabalhava. À TOA relaciona-se com MULHER (substantivo), portanto, é locução 
adjetiva.
A mulher trabalhava à toa. À TOA relaciona-se com TRABALHAVA (verbo), portanto, é locução 
adverbial.
• O ARTIGO TEM O PODER DE SUBSTANTIVAR PALAVRAS!
É muito comum que a banca traga uma palavra que comumente não é substantivo, e torne-a 
substantivo. Isso é feito por meio da introdução de um artigo.
Exemplo:
Recebi um não de resposta. NÃO, que normalmente é advérbio, nesse caso é substantivo, por 
causa do artigo UM.
06
• NÃO CONFUNDA O ADJETIVO ADVERBIALIZADO (QUE VIROU ADVÉRBIO) COM O ADJETIVO 
OU COM O ADVÉRBIO.
É muito comum que a banca traga uma palavra que geralmente é adjetivo, e torne-a adjetivo 
adverbializado.
Exemplos:
A cerveja que desce redondo. REDONDO, que normalmente é adjetivo, nesse caso, é advérbio, 
pois está qualificando DESCE (verbo)
A bola é redonda. REDONDA está qualificando bola (substantivo), então é um adjetivo.
Pronome
• Pronomes Substantivos x Pronomes Adjetivos
Enquanto os pronomes substantivos substituem o substantivo em uma oração, os pronomes
adjetivos acompanham e atribuem características ao substantivo. O exemplo a seguir ajuda a
entender melhor:
“Ela já está satisfeita”
O pronome substantivo “ela” assume o lugar de algum nome, cumprindo a função de sujeito da
frase. Portanto, é classificado como pronome substantivo.
“Minha irmã viajou para os Estados Unidos.”
O pronome adjetivo “minha” acompanha o substantivo irmã. Portanto, o pronome é classificado
como pronome adjetivo.
• Locuções Pronominais
Locução é um conjunto de duas ou mais palavras que possuem apenas um significado,
cumprindo sua função pronominal.
nós próprios
aquele outro
quem quer que (seja)
o qual
em que 
• Locuções pronominais indefinidas, da mesma forma, são classificadas pelo grupo de duas ou 
mais palavras que valem por um pronome indefinido. Seguem exemplos das expressões mais 
comuns encontradas:
cada um
cada qual
alguma coisa
qualquer um
quem quer
quem quer que
seja quem for
seja qual for
07
Resumo dos Pronomes
08
Ainda dentro dos pronomes, temos as colocações pronominais (pronomes oblíquos átonos) que
são classificadas em:
Próclise É a colocação pronominal antes do verbo.
Ela é usada quando o verbo estiver precedido de
palavras que atraem o pronome para antes do verbo.
Exemplos: 
Palavras de sentido negativo: “não”, “nunca”, “jamais” e etc. “Não se esqueça de nós”.
Advérbios. “Agora se negam a falar a verdade”.
Conjunções subordinativas. “Soube que me trairia assim que te conheci”.
Pronomes Relativos. “Localizaram a garota que estava desaparecida”.
Pronomes Indefinidos: “Poucos te deram a oportunidade”.
Pronomes Demonstrativos: “Isso me contaram, mas do resto eu não sabia”
Orações iniciadas por palavras interrogativas. “Quem me pediu um sorvete?”
Orações iniciadas por palavras exclamativas. “Quanto se fala sobre essa garota!”
Orações optativas (que exprimem um desejo). “Que Deus o abençoe”
Mesóclise
“Se não tivesse trabalho, acompanhar-te-ia nessa aventura”.
“Realizar-se-á, no próximo ano, um grande evento de caridade no município”.
Ênclise 
Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: “Quando eu disser já, silenciem-se todos”.
Quando o verbo estiver no infinito pessoal: “Não era a minha intenção magoar-te”.
Quando o verbo iniciar a oração: “‘Vou-me embora para Pasárgada...’”.
Quando houver pausa antes do verbo: “Se ganho na loteria, despeço-me hoje mesmo do 
trabalho”.
Quando o verbo estiver no gerúndio: “Recusou o pedido fazendo-se de desentendida
• A regra na colocação pronominal é simples: adotar primeiramente a próclise, depois a 
mesóclise e em último caso a ênclise.
Quando a próclise não se encaixar, partimos para a utilização da 
mesóclise. Usa-se no meio do verbo, quando houver verbo no 
Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, mas sem palavra 
atrativa. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo 
e as terminações de futuro.
Por fim, quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis, 
será necessário partir para a ênclise. A colocação pronominal, 
neste caso, ocorrerá depois do verbo
09
Ortografia
• Acentuação gráfica
Antes de entender sobre as regras da acentuação gráfica, deve-se ter em mente a definição
dos encontros vocálicos:
- Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal que na separação silábica ficam na mesma
sílaba: CAI-XA
- Hiato: encontro de duas vogais que na separação silábica ficam separadas: SA-Ú-DE
- Tritongo: encontro de uma semivogal, de uma vogal e de outra semivogal na mesma sílaba:
U-RU-GUAI
Dentre as mudanças significativas geradas pela reforma, temos mudanças nas regras de
acentuação gráfica das palavras paroxítonas (sílaba tônica é a penúltima). Deixaram de exigir
acentuação os seguintes casos:
10
Proparoxítonas ou esdrúxulas:
As palavras são proparoxítonas quando a tonicidade se encontra na antepenúltima sílaba da
palavra. Algo importante dessa classe de palavras: todas recebem acentuação gráfica. Mas
palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas. Exemplos:
•Avidamente (ávido),
•candidamente (cândido)
•dinamicamente (dinâmico)
•espontaneamente (espontâneo)
•facilmente (fácil)
•habilmente (hábil)
•ingenuamente (ingênuo)
•lucidamente (lúcido)
•somente (só)
•unicamente (único)
•romanticamente (romântico).
Regra para hiatos (lembrando que hiato é o encontro de duas vogais que são separadas na divisão de
uma sílaba):
Quando em hiatos, as vogais –i e –u (acompanhadas ou não de s) recebem acentuação gráfica.
Deste que estas vogais tônicas não sejam antecedidas por ditongo em palavras paroxítonas e
que elas estejam isoladas em uma sílaba, ou seja, quando separadas o –i ou –u ficam sozinhas.
Exemplos: aí, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, egoísta, faísca, heroína, juízes, poético, ruído,
viúvo, saída, saúde, saúva.
Porém deve tomar cuidado com as palavras oxítonas que terminam em –i ou –u, que podem 
estar ou não no plural, dado que elas não se enquadram na regra das palavras oxítonas 
acentuadas.
Exemplos: baú, saí, Anhangabaú. Estas recebem acento por conta das vogais tônicas –i e –u formarem 
sílabas sozinhas em hiato e não por serem oxítonas.
E não é permitido acentuar os hiatos precedidos pelas consoantes –l, –r, –z, –m, –n,– o e 
o dígrafo –nh, como esses exemplos: cair, cordial, juiz, oceano, rainha, raiz, ruim.
11
Os erros ortográficos que mais ocorrem
Emprego de MAU / MAL
• Mau: é o contrário de bom (adjetivo) e acompanha ou se refere a um substantivo. Exemplo: O
lobo-mau comeu a vovozinha.
• Mal: é o contrário de bem (advérbio) e refere-se a um verbo.
Exemplo: Passei mal no colégio.
Emprego de ONDE / AONDE
• Onde: aparece em verbos estáticos ou dinâmicos que pedem preposição em.
Exemplo: Onde ficou o menino? (Quem fica, fica “em” algum lugar)
•Aonde: emprega-se exclusivamente em verbos de movimento que pedem preposição “a”.
Exemplo: Aonde foram os meninos? (Quem vai, vai “a” algum lugar)
Emprego de SENÃO/ SE NÃO
• Senão é usado equivalendo a:
-do contrário: Saia daí, senão vai se molhar.
-a não ser: Não faz outra coisa senão reclamar.
-mas sim: Não tive a intenção de exigir, senão pedir.
• Se não: equivale a “caso não”.
Exemplo: Esperarei mais um pouco. Se não vier, vou embora.
Emprego de PERDA/PERCA
• Perca flexão do verbo “perder”. VERBO
Exemplos: Não perca tempo com bobagens.
Eu sempre me perco nesse bairro.
• Perda é um substantivo feminino que usa para a privação ou carência de algo.
Pode significar desse modo um dano sofrido ou prejuízo.
Exemplos: A perda de memória é um problema comum.
Lamento a perda do seu time. SUBSTANTIVO
12
Uso da crase
A crase é usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome
demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as). Tambémé usada a crase na contração da
preposição "a" com os pronomes demonstrativos.
Para facilitar e entender seu uso, há algumas regras a serem usadas para não ter erro.
• Usa antes de palavras femininas: para ter certeza se está correto o uso, altere a frase para
uma palavra masculina e se fizer sentido, há crase.
Exemplo: Podemos trocar a palavra “colégio” por “ escola”
Vou ao colégio - masculino
Vou à escola - feminino
• Quando acompanham verbos que indicam algum destino (ir, voltar, vir)
Exemplos:
Vou à padaria. 
Fomos à praia.
observe que estão também
no feminino
• Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas.
Exemplo:
À medida que o tempo passa as amizades aumentam
à medida que, à noite, à tarde, às pressas
às vezes, em frente a, à moda de. 
13
• Antes dos Pronomes demonstrativos: aquilo, aquela, aquele
Exemplos: 
No verão, voltamos àquela praia.
Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.
• Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida
Exemplos:
Veste roupas à (moda de) Luís XV.
Dribla à (moda de) Neymar.
• na indicação das horas
Utiliza-se antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:
Exemplos:
Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.
Saio da escola às 12h30.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se 
utiliza a crase, por exemplo:
Ficamos na reunião desde as 12h.
Chegamos após as 19h.
O café está marcado para as 15h.
Outros casos de acentuação gráfica 
• Verbos arguir e redarguir
Não são acentuados os verbos acima em pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo 
afirmativo. Exemplo: eu arguo, ele argui.
• Verbos terminados em guar, quar e quir
São acentuadas as vogais quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, como em eu 
águo, eles águam. Não serão acentuadas se a tônica cair na letra U, como em eu averiguo.
• Ôo e Êe
Não são acentuados, portanto, escreve zoo, perdoo, veem, voo.
• Verbos ter e vir
São acentuadas as pronúncias na terceira pessoa do plural no presente do indicativo. 
Exemplo: eles vêm, elas têm.
• Derivados de ter e vir
São acentuadas com agudo as conjugações na terceira pessoa do singular (ele obtém) e 
circunflexo na terceira pessoa do plural (eles obtêm) no presente do indicativo.
• Palavras derivadas
Não são acentuadas palavras derivadas de advérbios, como avidamente, ingenuamente, 
unicamente e espontaneamente.
14
Pontuação
• O emprego da vírgula
Um dos usos mais comuns da vírgula é para separar termos que estejam em uma oração, tendo 
ou não a mesma função sintática (função da palavra dentro da frase). Exemplo: 
Fui à feira e comprei queijo, tomates, café moído e alface.
Uma dica aqui é analisar que os elementos separados pela vírgula poderiam ser listados.
• Elementos com função sintática diferente
Se os elementos de uma oração forem de diferentes funções sintáticas, a vírgula é usada para 
isolá-los ou realçá-los. Veja como:
Aposto e outros elementos explicativos é isolado: Ex: Marcos, o ex-namorado dela, tentou 
contato recentemente. Explicações que vêm no meio da frase são mudanças de pensamento e 
devem ser separadas por vírgula.
Vocativo, mesmo quando usado no início de cartas e comunicações é isolado. Ex: Prezados 
senhores / Camila, venha já para dentro!
Advérbios sim e não são isolados se iniciam uma oração no sentido de dar uma resposta. Ex: 
Sim, eu vou para casa hoje / Não, não viajarei nas próximas férias.
Em datas, a vírgula isola o nome do lugar. Ex: Goiânia, 23 de setembro de 2018.
O elemento pleonástico é isolado quando vem antes do verbo. Ex: Os vestidos mais escuros, 
estes usarei nos dias de inverno.
O adjunto adverbial pode ser isolado caso esteja no início ou meio da oração mas, a vírgula é 
dispensada nos casos em que o adjunto for, apenas, um advérbio. Ex: Minha mãe, calma e 
silenciosamente, entrou no quarto / O juiz nunca acreditará na história dele.
Elementos repetidos são isolados pela vírgula. Ex: Cristina passou por aqui com muita, muita 
pressa!
Expressões intercaladas na oração são isoladas (contudo, por exemplo, além disso, todavia, 
enfim, logo, além disso. Ex: O rapaz veio aqui te procurar, porém, já foi embora porque estava 
com pressa.
A supressão da palavra pode ser indicada por uma vírgula, especialmente, um verbo. Ex: Darei 
aulas nas terças de manhã; Ludmila, nas quintas à tarde.
• Separar orações em um período
Existem diferentes regras para a separação de orações em um período. Orações independentes, 
ou seja, que têm sentido fora do contexto, por exemplo, devem ser separadas por vírgula. Veja 
quais são as regras de forma mais detalhada.
• Orações coordenadas sindéticas:
São orações ligadas por meio de conjunções e, nelas, usa-se a vírgula quando não são 
introduzidas pela conjunção “e”. Exemplos:
Ou você me liga hoje, ou não precisa me ligar mais.
Eu planejei viajar para Gramado mas, acabei mudando de ideia.
15
• Orações coordenadas assindéticas
Orações que não estejam ligadas por meio de conjunções mas, por uma pausa. Exemplos:
Não consegui acordar cedo, nem malhar, nem estudar hoje.
Quero ganhar dinheiro para viajar, comprar um carro, financiar um apartamento.
• Orações subordinadas adverbiais antepostas
Estas e aqueles reduzidas do gerúndio, infinitivo e particípio que equivalem a uma oração 
adverbial são separadas pela vírgula. Exemplos:
Se chover, não conseguiremos ir à praia.
Chovendo, ir à praia fica impossível.
• Orações intercaladas
Orações subordinadas adjetivas explicativas e intercaladas devem ser isoladas pela vírgula. 
Exemplos:
O presidente, que está com a popularidade afetada, publicou novo pacote de medidas hoje.
O ideal, comentou meu avô, é acordarmos mais cedo para chegarmos a tempo no lugar.
• Antes da conjunção “e”
Usamos a vírgula antes da conjunção “e” nos seguintes casos:
conjunção não transmite noção de adição mas, de um valor diferente. Ex: Ela saiu mais cedo de 
casa, e mesmo assim, chegou atrasada na escola.
orações coordenadas com sujeitos distintos. Ex: Eu me formei em Geografia, e ele preferiu 
estudar História.
conjunção usada de forma repetida para enfatizar algo. Ex: O funcionário chega, e limpa, e 
organiza, e distribui as caixas.
• Quando não se pode usar a vírgula?
Em alguns casos, o uso da vírgula não é permitido em uma frase. Elementos principais seguidos 
na oração, por exemplo, não podem ser separados, como sujeito e predicado, verbo e objetos, 
objeto direto e indireto. Exemplos:
Janaína comprou uma blusa para a filha.
O professor deu notas baixas para toda a classe.
16
Conjunções subordinativas
As conjunções ligam as orações subordinadas, ou seja, orações dependentes entre si, que não
apresentam um sentido completo. Assim, uma oração completa o sentido da outra.
As conjunções subordinativas podem ser integrantes ou adverbiais.
• Conjunções integrantes introduzem orações substantivas que desempenham uma função 
sintática: de sujeito, de objeto direto, de objeto indireto.
• Conjunções adverbiais introduzem orações adverbiais, que indicam circunstâncias de tempo, 
modo, fim, causa, consequência, condição.
17
Conjunções coordenativas
Conjunções coordenativas ligam orações coordenadas, ou seja, orações independentes, que 
apresentam sentido completo. Embora estejam unidas pelo sentido, as orações coordenadas 
podem ser entendidas separadamente.
As orações coordenadas ligadas através de conjunções são chamadas de orações coordenadas 
sindéticas. As conjunções coordenativas são classificadas conforme a ideia que transmite: 
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
18
Sintaxe
Como visto sobre a vírgula na página anterior, a sintaxe é a parte da gramática que estuda a 
disposição das palavras na frase e das frases no discurso, incluindo a sua relação lógica, entre as 
múltiplas combinações possíveis para transmitir um significado completo e compreensível. Ao 
contrário da morfologia que estuda cada palavra de forma isolada, a sintaxe analisa a relações 
entre as palavras dentro daoração e é geralmente nesse momento que ocorre confusão entre 
os termos.
Reconhecimento dos termos da oração
Na oração pode haver muitos termos. São eles:
Sujeito: é identificado com o questionamento de “quem é que”. O sujeito pode ser simples 
(único núcleo), composto (mais de um núcleo), oculto (quando é a partir da desinência verbal 
que você encontra o sujeito), indeterminado (verbos em terceira pessoa indicam a 
indeterminação do sujeito) e poderá haver orações sem sujeito (com os verbos haver, acontecer, 
ser).
Predicativo: tudo que foi dito sobre o sujeito.
Predicado verbal: quando há predicativo e verbos sem ligação.
Predicado verbo-nominal: quando o verbo é significativo e há dois núcleos.
Objeto direto: complementa o sentido do também verbo direto, geralmente está acompanhado 
de artigos.
Objeto indireto: aparece com preposição e complementa o sentido do verbo transitivo indireto.
Agente da passiva: inicia-se com “por”, “pelo”, “de” e pratica a ação verbal na voz chamada 
passiva.
Adjunto adverbial: são informações de tempo, dúvida, causa, modo, lugar, intensidade, ao 
verbo.
Adjunto adnominal: determina ou caracteriza o nome referido.
Complemento nominal: complementa o sentido de substantivos abstratos.
Aposto: resume e caracteriza o nome que está sendo referido.
Vocativo: isolado por vírgulas, serve para “chamar”.
Identificação da oração no período
Para que a frase seja classificada com oração, é preciso que se atente para duas características 
principais: que exista um verbo ou locução verbal, e que promova o sentido completo. Por isso 
que, nem sempre toda frase será oração. Veja:
Que noite bonita! 
mesmo que tenha sentido, não há verbo,
portanto, é frase.
há verbo e sentido, sendo assim é
uma oração. Maria fez a lição!
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Sujeito
Para entender uma frase ou oração por completo, deve saber os tipos de sujeitos que possam 
existir. Resumidamente, sujeito é um elemento da oração a respeito do qual damos alguma 
informação. Seu núcleo (palavra mais importante) pode ser um substantivo, pronome ou palavra 
substantivada.
Tipos de sujeito
• Simples: aquele que possui apenas um núcleo.
Ex.: Livros ganham as prateleiras dos supermercados. 
Núcleo: livros
• Sujeito Composto
Aquele que possui mais de um núcleo.
Ex.: Jogadores e torcedores reclamaram da arbitragem.
Núcleos: jogadores, torcedores
• Sujeito oculto, elíptico ou desinencial
Aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência 
do verbo.
Ex.: Aonde vou, o que quero da vida?
Apesar de o sujeito não estar expresso, 
pode ser identificado nas duas orações: eu.
• Sujeito indeterminado
Aquele que não se quer ou não se pode identificar.
Ex.: Vive-se melhor em uma cidade pequena.
Absolveram o réu.
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Sujeito
O sujeito pode ser indeterminado em duas situações:
- verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito expresso.
Ex: Telefonaram por engano para minha casa.
- Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome SE (índice de indeterminação 
do sujeito).
Ex: Acredita-se na existência de políticos honestos.
• Sujeito inexistente ou oração sem sujeito
A informação contida no predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre oração sem sujeito 
quando temos um verbo impessoal. O verbo é impessoal quando:
Indicar fenômenos da natureza (chover, nevar, amanhecer, etc.).
Ex.: Anoiteceu muito cedo.
Choveu muito no Rio de Janeiro este mês. 
Fazer, ser, estar indicarem tempo cronológico.
Ex.: Faz meses que ele não aparece.
Já é uma hora da tarde.
Está quente em São Paulo.
Haver indicar sentido de existir.
Ex.: Havia mulheres na sala.
Preste atenção:
Os verbos impessoais sempre ficarão na 3ª pessoa do singular (havia, faz...). 
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Predicado
É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito, e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempre 
concorda em número e pessoa com o sujeito.
Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal - 3ª 
pessoa do singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou ambos.
Ex.: Seu trabalho tem uma ligação muito forte com a psicanálise.
Tipos de predicado 
• Predicado verbal
Aquele que tem como núcleo (palavra mais importante) um verbo significativo.
Ex.: Ministro anuncia reajuste de impostos.
Núcleo: anuncia (verbo significativo)
• Predicado nominal
Aquele cujo núcleo é um nome (predicativo). Nesse tipo de predicado, o verbo não é 
significativo, e sim de ligação. Serve de elo entre o sujeito e o predicativo.
Ex.: Todos estavam apressados.
Núcleo: apressados (predicativo)
• Predicado verbo-nominal
Aquele que possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito ou do objeto.
Ex.: O juiz julgou o réu culpado.
Núcleos:
julgou- verbo significativo
culpado- predicativo do objeto (o réu )
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Objeto Direto e Indireto
São dois tópicos são extremamente cobrados em questões de português. Eles podem aparecer 
em perguntas isoladas ou também em perguntas que abordam outros assuntos da gramática.
• Objeto Direto
O mais importante a ser lembrado é que o objeto direto nunca é acompanhado de preposição.
Dessa maneira, ele funciona como o complemento do verbo transitivo (aqueles que necessitam 
de complemento para constituir o predicado) em uma frase qualquer e pode ser representando 
por um substantivo, por um pronome, um numeral, um palavra substantiva ou uma oração 
substantiva.
Lembre-se que para achar o objeto direto na frase você pode se perguntar “o quê?”
Sei que você não voltará. Enviei dois funcionários para a Itália semana passada.
O QUÊ?
• Objeto Direto Interno
Complemento cujo sentido já participa do universo de significados do próprio verbo.
Exemplos:
Dormi um sono tranquilo.
• Objeto Direto Pleonástico
Normalmente o objeto direto pleonástico é formado por um pronome ou um numeral. Além 
disso, ele é um termo dispensável que retoma um termo já dito anteriormente na oração. Esse 
tipo normalmente faz parte da linguagem falada.
Exemplos:
Seu texto, corrigi-o ontem.
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Objeto Direto e Indireto
• Objeto Indireto
O objeto indireto é um complemento da frase. Porém, o verbo transitivo indireto (VTI) ou o 
verbo transitivo direto e indireto (VTDI) que o acompanham exigem preposição.
Ele pode ser representado em uma oração por um substantivo, pronome, numeral, palavra 
substantivada ou oração substantiva (da mesma forma que o objeto direto).
Pergunta: A QUEM? DE QUÊ?
Eu não dependo do seu dinheiro.
DE QUÊ?
Adjunto Adverbial
É um termo da oração que indica uma circunstância expressa por um advérbio, dando ideia de 
tempo, lugar, modo, causa, finalidade. Podem aparecer em orações, mas são “acessórios”, ou 
seja, não são obrigatórios. Concluindo, é o termo que traz circunstancia ao verbo.
Hoje estudei muito na minha escola
O adjunto adverbial pode ser deslocado para o início, meio e final da oração.Esse 
posicionamento pode variar conforme a entonação e o destaque que se pretende dar a esse 
dispositivo na frase. Vale destacar que, ao fazer esse deslocamento, é preciso ter cuidado com a 
pontuação. 
Eu encontrei meu amigo hoje.
Hoje, eu encontrei meu amigo.
Eu, hoje, encontrei meu amigo.
Eu encontrei, hoje, meu amigo.
Adjunto adverbial 
de tempo
verbo
Adjunto adverbial de 
intensidade
Adjunto adverbial de 
lugar
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Tipos de Adjunto Adverbial
Adjunto Adnominal
O adjunto adnominal nada mais é do que o termo de uma oração que acompanha, especifica, 
delimita ou modifica o significado de um substantivo. Podem exercer função de adjunto 
adnominal os:
• Adjetivos como adjunto adnominal
Exemplo: Os dias ensolarados estão cada vez mais secos e fatigantes.
• Locuções Adjetivas como adjunto adnominal
Exemplo: Olhos de cigana oblíqua e dissimulada. (Machado de Assis)
• Pronome adjetivo como adjunto adnominal
Exemplo: Aquela colcha de retalho está bem guardada.
• Artigos como adjunto adnominal
Exemplo: Os estudantes homenagearam os professores.• Numerais adjetivos como adjunto adnominal
Exemplo: O terceiro colocado, além da medalha de bronze, recebeu um prêmio em dinheiro.
• Orações adjetivas como adjunto adnominal
Exemplo: Admiro as pessoas que perdoam e não guardam rancor.
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Qual a diferença
entre adjunto adnominal e adverbial?
Já que se trata de palavras e suas funções na frase, vamos fazer uma análise sintática:
Tenha em mente que, precisamos observar com qual outro termo da oração o termo destacado 
faz relação:
Denis é um menino travesso. (adjetivo)
O vestido de seda era o mais caro da loja. (locução adjetiva)
Para o último competidor foi dado um prêmio simbólico. (numeral)
Minha avó está morando conosco. (pronome possessivo)
O pintor era genial. (artigo)
Percebe-se que as palavras grifadas fazem relação com os substantivos. Na medida em que 
estes termos grifados dão característica (travesso, de seda, último), especificam ou restringem 
(minha, o) sentido das palavras a que elas fazem relação.
Agora veja os exemplos: 
As crianças brincaram bastante a tarde toda. (locução adverbial)
Vamos à academia de manhazinha. (locução adverbial)
Eles nunca viajaram sozinhos antes. (intensidade, tempo e negação)
O sentido dos verbos “brincar”, “ir”, “ viajar” está sendo modificados por meio das palavras 
destacadas. 
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Concordância verbal e nominal
Justificação de casos de concordância nominal e verbal
Concordância verbal é quando o verbo se flexiona para concordar com o número e pessoa do 
sujeito.
A menina brincou de Barbie
As crianças brincaram muito
Lápis, caderno, livro, tudo é necessário para uma educação de qualidade (quando se refere a 
tudo, ninguém ou nada, o verbo permanece no singular)
Vossa Excelência quer um chá? (pronomes de tratamento, o verbo fica em terceira pessoa)
A menina ou o menino vai ganhar (ideia de exclusão, o verbo continua no singular)
Concordância nominal:
Já a nominal concordará com os substantivos, conforme o gênero e número.
Os alunos novos precisam das apostilas que estão em meus dois armários da biblioteca.
Estas revistas são caras. (adjetivo)
As revistas custaram caro. (advérbio)
A garota está meio gripada. (advérbio)
Comi meia pizza. (adjetivo)
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Classificação dos verbos quanto a sua predicação
• Transitivo direto: é acompanhado de um objeto direto sem preposição.
Exemplo: Minha mãe reconquistou o pai.
• Transitivo indireto: é acompanhando de um objeto indireto com preposição. 
Exemplo: Vamos brincar de boneca?
• Transitivo direto e indireto: quando há tanto o objeto direto quanto indireto. 
Exemplo: O jornal dedicou uma folha ao acidente.
• Verbo de ligação: apresenta estado ou mudança do sujeito. 
Exemplo: Ela é linda.
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Concordância verbal 
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Concordância verbal 
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Concordância Nominal 
Em regra geral da concordância nominal, haverá a concordância em número e
gênero com substantivos.
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Regência Verbal e Nominal
Regência é a relação de subordinação entre os verbos e os termos complementares (objetos 
diretos ou indiretos) ou caracterizadores (adjuntos adverbiais). Entender a regência dos termos 
é importante porque permite ampliar a capacidade de expressão. Assim, conhece os 
significados de um verbo e as diferenças que a mudança ou retirada de uma preposição podem 
provocar. Por exemplo:
O pai assiste o filho – significa ver, observar.
O pai assiste ao filho – que dizer prestar assistência, ajudar.
Isso quer dizer que assistir alguém é diferente de assistir a alguém. 
A oração é totalmente diferente, com relação ao seu significado, e tudo graças à preposição “a”
Regência Verbal: Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos são aqueles que não necessitam de complemento para se fazerem 
entender, pois eles já completam a informação.
Contudo, para ficar ainda mais clara a comunicação, os verbos intransitivos costumam ser 
acrescidos de adjuntos adverbiais. Você irá conhecer alguns casos abaixo:
• Verbos “chegar” e “ir”
• Verbo “comparecer”
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Regência Verbal:
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos necessitam de complemento para dotarem a oração de sentido 
completo, e este complemento se dá por objetos diretos, isto é, sem utilização de preposição 
após o verbo. Contudo, pronomes oblíquos podem ser utilizados
Exemplo: Eu amo aquele ator. Eu amo-o.
Os pronomes oblíquos “lhe” e “lhes” são considerados objetos indiretos, mas podem ser 
objetos diretos quando sua utilização significa posse.
Assim, são adjuntos adnominais. Como: Quero acariciar-lhe os cabelos.
Os verbos Transitivos Indiretos necessitam de preposição entre eles e o seu complemento. 
Conheça alguns exemplos:
Verbos que admitem objetos 
diretos ou indiretos
Entretanto, alguns verbos admitem tanto objetos diretos quanto indiretos, e o sentido continua 
o mesmo. São eles:
abdicar, acreditar, almejar, ansiar, anteceder, atender, atentar, cogitar, consentir, deparar, gozar, 
necessitar, preceder, presidir, renunciar, satisfazer e versar. Veja exemplos de cada um:
• O rei abdicou o trono. O rei abdicou do trono.
• Não acreditava a força que tinha seu filho. Não acreditava na força que tinha seu filho.
• Almejamos sucesso na carreira. Almejamos por sucesso na carreira.
• Anseio respostas imediatas. Anseio por respostas imediatas.
.
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Regência Verbal:
Verbos que exigem objetos diretos e indiretos
Alguns verbos necessitam tanto de objetos diretos quanto de objetos indiretos como 
complemento. Assim, são chamados de verbos transitivos diretos e indiretos, como: agradecer, 
perdoar e pagar. Veja:
• Agradecemos ao pastor a doação (ao = preposição; a = artigo).
• Perdoamos ao inadimplente o não pagamento de sua prestação mensal (ao = preposição; a = 
artigo).
A pessoa SEMPRE deve aparecer como objeto indireto, mesmo nos casos onde não há objeto 
direto. Nos exemplos: ao pastor; ao inadimplente.
Transitividade e mudança de significado
Alguns verbos mudam de significado com a mudança de transitividade. Por exemplo:
• Agradar
O sentido de fazer agrados é objeto direto. No sentido de satisfazer, ser agradável, é objeto 
indireto.
Agradamos o cachorro do vizinho (fizemos agrados).
Agradamos ao cachorro do vizinho (fomos agradáveis ao).
• Aspirar
É objeto direto quando quer dizer inalar, absorver, inspirar. Significa objeto indireto no caso de 
desejo, ambição. Exemplos:
Aspiramos o ar limpo do campo (inspiramos = objeto direto).
Aspiramos ao cargo de supervisor (desejamos = objeto indireto).
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Regência Verbal: verbos e
suas regências
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Regência Verbal: verbos e
suas regências
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Regência Verbal: verbos e
suas regências
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Regência Verbal: verbos e
suas regências
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Regência Nominal
A regência nominal é a relação que existe entre um nome (adjetivo, substantivo ou advérbio) e 
os termos que são regidos por ele. A regência nominal sempre é mencionada por uma 
preposição. Vários nomes apresentam o mesmo regime dos verbos a que derivam. Quando se 
conhecem esses verbos, nestes casos, também se conhecem os verbos cognatos. Veja os 
exemplos para entender melhor:
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Exemplos de Regência Nominal
Não esquecer: A regência 
nominal está relacionada ao 
tipo de preposição que liga 
o termo regente aos termos 
regidos.
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Flexão Verbal
Dentro da classe gramatical, temos o verbo: a classe tão cobrada e tão temida nos concursos.
Diversos são os tipos de verbos: regulares, irregulares, auxiliares, abundantes, anômalos, 
defectivos. As principais conjugações verbais (formas de "dizer" o verbo) são aquelas 
terminadas em -ar, -er e -ir. Mas o verbo também pode indicar diversas outras coisas, como 
estado das coisas, sentimentos, fenômenos da natureza. A conceituação mais completa seria a 
que diz que o verbo é a classe de palavras variável que indica processos em geral. Em provas de 
concurso, o assunto mais cobrado dentro desse tema é o emprego dos verbos/flexão verbal.
Flexão verbal é a variação do verbo em modo, tempo, número, pessoa e voz do discurso. Além 
de saber a conjugação dos verbos, é necessárioconhecer a semântica, ou seja, o sentido dos 
verbos no discurso.
Dentro da flexão verbal, é comumente cobrado sobre flexão de tempo e modo, ou desinência 
modo-temporal. Ela representa a atitude do falante em relação àquele processo/ação que está 
sendo praticado na oração.
O modo se divide em:
• Indicativo: indica certeza e fatos concretos.
• Subjuntivo: indica hipóteses, dúvidas e possibilidades.
• Imperativo: indica ordem, sugestão e conselhos
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Modo Indicativo
Cada modo, vai apresentar diferentes tempos verbais, que podem se dividir em:
• Presente - indicar uma ação que ocorre no momento presente do enunciado ou uma ação 
habitual;
• Pretérito perfeito - Pode ser usado para indicar um fato em momento anterior ao da fala e 
que já foi concluído;
• Pretérito imperfeito - Pode ser usado para indicar uma ação contínua que ocorria em 
momento anterior ao da fala, mas que foi interrompida e parou de ocorrer, muitas vezes não 
tendo sido finalizada;
• Pretérito mais-que-perfeito - Pode ser usado para indicar uma ação que já ocorria antes de 
outra ação no passado. Portanto, é uma ação anterior ao passado em relação ao momento da 
fala;
• Futuro do presente - Pode ser usado para indicar uma ação que ocorrerá em momento 
posterior ao da fala;
• Futuro do pretérito - Pode ser usado para indicar uma ação posterior à outra do passado, uma 
ação que não ocorreu ainda e cuja ocorrência é duvidosa ou não está exatamente de acordo 
com o esperado.
Dentro dos tempos verbais e modos, há alguns casos a serem destacados que ocorre com o 
verbo e acaba ficando confuso em questões. Um deles é o tempo composto, que é formado por 
uma locução verbal, ou seja, mais de um verbo. Os verbos “ter” ou “haver” e um verbo 
principal. O verbo auxiliar é conjugado de acordo com o tempo verbal, enquanto o verbo 
principal fica no particípio, o que forma uma locução verbal:
verbo auxiliar + verbo principal
Exemplo:
Eu tenho estudado muito!
Além do tempo composto, o modo indicativo também é um destaque da flexão verbal quando 
se trata de questões de concurso. O modo indicativo, espera-se que a ação verbal tenha 
acontecido ou que aconteça de fato. No caso do modo subjuntivo, os acontecimentos são 
considerados menos certos de ocorrer. No modo imperativo, há um pedido ou uma ordem, que 
pode ser tanto algo positivo quanto negativo.
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Modo Indicativo
Apenas quatro tempos do modo indicativo apresentam formas compostas: pretérito perfeito, 
pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
Pretérito perfeito: Pode indicar uma ação que se repete continuamente desde o passado 
até o momento presente.
A semântica/sentido do verbo conjugado no pretérito perfeito composto expressa:
Uma ação que começou no passado e se prolonga até o presente.
Ex.: Eu tenho (presente do indicativo) cantado (particípio) muito.
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Modo Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
Pode indicar uma ação que ocorreu anteriormente à outra ação do passado.
Ele é formado por um auxiliar TER ou HAVER no pretérito imperfeito e o verbo principal 
no particípio (forma verbal que termina em -do).
Exemplo: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já havia passado.
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Modo Indicativo
Futuro do presente
Pode indicar uma ação futura que terá terminado antes de outra ação futura ou exprimir uma 
expectativa de quem fala.
Ele é formado por um auxiliar no futuro do presente e o verbo principal no particípio (forma 
verbal que termina em -do).
Uma ação que já estará concluída naquele momento futuro.
Ex.: Às 23h terei cantado. 
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Modo Indicativo
Futuro do pretérito
Pode indicar uma ação que teria ocorrido depois de outra ação no passado.
• Indica um fato que se realizaria no passado, entretanto, com uma condição: 
Se você não tivesse vindo, eu não teria cantado.
• Pode ser usado para indicar a possibilidade de um fato já passado:
Maria Amélia, com aquela voz tão linda, teria sido uma grande cantora!
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Vozes verbais
As vozes verbais informam a relação entre o que é referido e os participantes daquilo que é 
relatado. Existem três vozes verbais: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. 
Voz ativa
ocorre quando o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, sendo tradicionalmente chamado 
de agente.
O gato apanhou o rato.
Mas nem sempre o sujeito desempenha o papel de agente, apesar do verbo estar na voz ativa. 
Exemplo: O gato caiu do telhado.
Nesse caso, o verbo está na voz ativa, mas o gato, apesar de sujeito, apresenta passividade em 
vez de atividade, pois sofre uma ação em vez de agir.
Desse modo, apesar de servir à nomenclatura, o nível semântico é secundário. Ou seja, não 
importa se o sujeito está de fato agindo no mundo real para que exista a estrutura da voz ativa. 
Por isso, é importante não tomar como sinônimos os termos sujeito e agente para definir a voz 
ativa.
Voz passiva
Voz passiva analítica
Voz passiva é uma construção em que o objeto direto passa a ocupar a função de sujeito. 
Assim, a estrutura sintática sujeito–verbo–objeto da frase original se inverte, mas o sentido do 
enunciado permanece.
O rato foi apanhado pelo gato.
sujeito agente
verbo
Objeto paciente
sujeito paciente
Auxiliar + particípio
agente da passiva 
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Vozes verbais: passiva
Em quase todos os casos o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta a ação. 
O núcleo da forma passiva é o verbo sempre no particípio, variável em número (singular/plural) 
e gênero (masculino/feminino), ou seja, concordando com o sujeito.
Ao observar o exemplo anterior, é possível notar que a passiva é constituída de um verbo 
auxiliar (frequentemente ser) que acompanha o verbo no particípio. Por isso, esse tipo de voz 
passiva é conhecido como analítica.
Voz passiva sintética
Também a passiva chamada pronominal. É formada pelo pronome se, que tem a função 
apassivadora. Nesse tipo de construção, não há verbo auxiliar, por isso alguns gramáticos a 
denominam passiva sintética. Além disso, não existe o agente da passiva.
Pinturas preciosas foram salvas no incêndio do museu.
Voz reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito/agente e o objeto/paciente coincidem. Isso significa que o sujeito faz 
uma ação, expressa pelo verbo, que ele mesmo sofre ou recebe.
O prisioneiro se matou.
O pronome se significa que o prisioneiro matou a si mesmo. É exatamente desse modo que a 
reflexiva é formada, juntando às formas ativas os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos e se, 
respectivamente com o sentido de a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, a vós 
mesmos e a si mesmos.
sujeito paciente
Voz passiva analítica
Adjunto adverbial
sujeito agente
Objeto paciente
verbo
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Semântica
A semântica é a área da linguística que estuda o significado e a sua relação com o significante. 
O significado está associado ao sentido e, portanto, ao conteúdo e ao contexto; o significante
está associado à forma (de palavras ou de sinais, de grafia ou de som).
Dentro da semântica, há conceitos relacionando o uso e a estrutura do significado dentro de 
determinados contextos, bem como alguns fenômenos gramaticais a respeito do significado na 
língua. Uma mesma palavra pode ter significados diferentes dependendo do contexto ou a 
estrutura de um enunciado pode levar à compreensão de formas diferentes e esses tópicos que 
a semântica analisa.
Uso do Parônimo
O parônimo refere-se a palavras com significados diferentes, mas significantes (estrutura)
parecidos. Os parônimos muitas vezes geram confusão nos falantes, que trocam o seu uso por
conta da semelhança escrita e sonora entre essas palavras.
Uso da Homonímia
Temos também os Homônimos perfeitos que são aqueles com grafia e som exatamente iguais e
significados distintos. Exemplos de homônimos perfeitos:
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Semântica
Polissemia
A polissemia é a propriedade de um mesmo significante ter mais de um significado, que pode
ser entendido pelo contexto.
Pregar (um sermão); pregar (um botão na camiseta); pregar (um prego na parede).
Manga (fruta); manga (da camiseta).
ConotaçãoRefere-se ao uso dessas palavras ou expressões no sentido figurado, podendo 
ser metafórico, irônico ou para passar um significado que vai além (ou que é diferente) do 
literal. expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos 
particulares de uso. Muito utilizado em gêneros discursivos literários e publicitários.
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Semântica
Denotação
A denotação refere-se ao uso de palavras ou de expressões com significado literal, real e
dicionarizado.
Uma gota fez o copo transbordar.
Com sentido denotativo, “gota” tem o significado real de gota de algum líquido. No sentido
conotativo, “gota” pode representar um evento ou uma ação que desencadeou uma série de
consequências.
Ambiguidade
A ambiguidade ocorre quando um enunciado tem mais de uma interpretação possível devido à
sua estrutura, muitas vezes gerando problemas de comunicação.
Pode também ser usada como recurso estilístico para gerar humor ou na licença poética.
Ele reencontrou a mãe em sua casa.
A casa era de quem? Do filho ou da mãe?
Esse é um exemplo comum de ambiguidade.
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Estilística: Figuras de linguagem
As figuras de linguagem são usadas para exprimir de formas e objetivos diferentes os 
pensamentos da pessoa que escreve, a fim de comover, surpreender, fazer o leitor rir ou refletir 
sobre algo. Indo diversas vezes além do sentido literal. São muitas figuras de linguagem, porém 
há figuras que são majoritariamente utilizadas sempre pelas bancas.
Antítese
uso aproximado de termos opostos.
Exemplo: Mesmo que você não acredite, o céu é um lugar melhor do que o inferno!
Elipse
omissão de uma palavra que, apesar de não exposta, pode ser identificada por quem lê.
Exemplo: Ele estava de casaco de frio; ela, de casaco de pele! (omissão do verbo “estava” em 
“Ela estava de casaco de pele”.
Eufemismo
usada para atenuar algo grave de ser dito.
Exemplo: Ele passou dessa para uma melhor! (para não dizer morreu ou faleceu)
Hipérbole
expressão de exagero usada para dar ênfase em alguma informação.
Exemplo: Fui à sua casa milhões de vezes, mas você nunca está lá!
Ironia
expressão usada para dar ideia contrária ao que se pensa.
Exemplo: Sim, você é realmente muito valente, enfrentou vários soldados com sua espada de 
bambu e seu escudo de madeira usada em fabricação de borracha.
Metáfora
relação entre duas palavras, na qual uma substitui a outra e forma significações semelhantes.
Exemplo: Você é um sol radiante em minha vida!
Personificação ou prosopopeia
acontece quando animais ou seres inanimados recebem atribuições humanas.
Exemplo: A xícara falou para o bule: o que aconteceu, por que este bico deste tamanho?
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Estrutura coordenada e subordinada
Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por 
coordenação, subordinação ou coordenação e subordinação.
coordenação é composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que 
juntas complementam o sentido da frase. 
Exemplo: 
Eu dormi e sonhei com você. 
Observe que ambas as orações são independentes, 
isto é, fazem sentido se fossem separadas.
Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, 
são subordinadas.
Exemplo:
O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. 
As duas orações não podem ser separadas.
E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a 
junção dos dois. 
Exemplo: 
O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. 
Há três orações. 
As duas primeiras são coordenadas 
e a terceira é subordinada.
52
Estrutura coordenada e subordinada
Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas:
Oração coordenada aditiva: acresce uma informação. 
Exemplo: 
Eu dormi e sonhei.
Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste.
Exemplo: 
Eu passei no vestibular, mas não sei se é isso que quero.
Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. 
Exemplo:
Ora você gosta de mim, ora você some.
Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. 
Exemplo:
Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha demissão.
Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. 
Exemplo: 
Você está errado porque tenho provas.
Exemplo de oração coordenada alternativa:
informação
Contraste com o “mas ”
“ora ” faz o papel de alternativa
Uso de conjunções explicativas
Uso de conectivos de conclusão
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Estrutura coordenada e subordinada
Já no período de subordinação há duas categorias: 
Orações subordinadas adjetivas (função de adjetivo). Orações subordinadas adjetivas 
podem ser duas: restritivas e explicativas.
As restritivas limitam o que a frase quer dizer. 
Exemplo: 
Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. 
O sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X. 
Já nas orações explicativas, o sentido é mais abrangente.
Exemplo:
O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os campos da vida.
A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e, portanto, está generalizando todos os 
homens não apenas um.
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Estrutura coordenada e subordinada
Orações subordinadas adverbiais
Podem ter 9 classificações:
• Oração subordinada adverbial causal: expressa causa.
Exemplo: Não posso opinar, uma vez que não tenho direito.
• Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. 
Exemplo Você pode fazer isso, mesmo que não tenha experiência.
• Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. 
Exemplo: Se você conseguir, ganhará uma recompensa.
• Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. 
Exemplo: Os olhos azuis são bonitos como o do pai.
•Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência.
Exemplo: Acordei tão atrasado que não consegui entrar na faculdade.
• Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. 
Exemplo: Eu fiz isso para subir na vida.
•Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. 
Exemplo: Chorei por você quando foi embora.
• Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção.
Exemplo: Fui amolecendo à medida que percebi que te amava.
• Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. 
Exemplo: Fiz o que você pediu conforme as regras.
Na tirinha há uma Oração subordinada condicional:
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Gêneros Textuais
Os Gêneros Textuais tratam de situações concretas de comunicação que partem de tipologias.
Existem diversos gêneros textuais possíveis, e eles são categorizados conforme suas características 
e peculiaridades em relação à abordagem do assunto, à finalidade, a quem escreve, ao veículo 
onde são publicados, ao papel dos interlocutores e, claro, às suas funções sociais específicas.
E quando falamos em tipos textuais, nos referimos às classificações de texto conforme suas 
estruturas e características linguísticas, como tempos verbais, escolha de vocabulário, relações de 
lógica, construções das orações etc.
Diferença entre tipo e gênero textual
É comum que exista uma confusão entre o conceito de tipo textual com o de gênero textual, mas 
cada uma dessas categorias tem suas características próprias. Conhecê-las e compreender suas 
diferenças é fundamental para que não haja equívoco.
A classificação dos textos considera fatores como estrutura, linguagem, forma e tipo de conteúdo. 
A saga do bruxo Harry Potter, por exemplo, está dentro do tipo textual chamado de narrativa; o 
gênero textual dessa história, por outro lado, é o romance, nome dado a uma narrativa longa 
escrita em prosa. De forma mais resumida, podemos dizer que os tipos textuais levam em conta a 
forma do texto e que os gêneros textuais são estipulados levando em consideração o conteúdo 
desse mesmo texto. Por isso é correto dizer que os gêneros textuais são “filhos” dos modelos 
preestabelecidos de tipos textuais. Além disso, não há um número exato de gêneros textuais, já as 
classificações dos tipos textuais, no entanto, são fixas e não mudam. 
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Quais são os elementos
dos gêneros textuais?
Os gêneros textuais são subcategorias dos tipostextuais, mas, ao contrário desses, os gêneros 
textuais são variados e podem mudar de classificação de acordo com a linguagem utilizada, a 
finalidade do texto e a própria estrutura textual. Existem muitos gêneros textuais, por isso é 
impossível listar gênero a gênero, já que, além de muitos, eles podem variar de acordo com o 
contexto. Ao falar especificamente sobre os elementos dos gêneros textuais, pode-se dizer que há 
três elementos principais: tema, forma composicional e estilo:
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Funções da Linguagem
Funções da linguagem é estudar elementos da comunicação. Os teóricos dessa área apontam a 
existência de pelo menos seis funções principais da linguagem, e é fundamental entender esses 
conceitos para conseguir trabalhar melhor com questões relacionadas à interpretação de texto.
Função referencial ou denotativa:
Nessa função, é importante valorizar a apresentação de dados, circunstâncias, fatos e fontes e não 
de “achismos”. Alinhada a essa apresentação objetiva da realidade está o dever de contextualizar 
tais informações de acordo com tempo histórico, fatores culturais, localidade, sistema político 
vigente e outros elementos que cumpram esse papel de relevar as circunstâncias dentro das quais 
o fato existe.
Função emotiva ou expressiva:
Ao contrário da função referencial, a função emotiva ou expressiva da linguagem é aquela que usa 
elementos mais abstratos, subjetivos e relacionados às emoções particulares de cada indivíduo. A 
intenção, portanto, é a de emocionar quem está lendo e revelar os sentimentos de quem escreve. 
Dentro desta função da linguagem estão textos como diários, poemas e artigos opinativos. Todos 
eles são escritos a partir do ponto de vista de quem escreve.
Função poética:
Esta função da linguagem costuma ser confundida com a função emotiva, mas é importante 
entender as diferenças entre uma e outra. Na função poética, o foco principal é a mensagem, não 
necessariamente o autor.
Função fática: 
Chamada também de função de contato, a função fática é focada no canal da mensagem, com o 
intuito de comprovar a eficácia do meio de comunicação. A função fática está presente, portanto, 
em diálogos, saudações e cumprimentos.
Função conativa ou apelativa:
Esta função da linguagem é direcionada ao convencimento do interlocutor, ou seja, da pessoa que 
recebe a mensagem. Na função conativa estão as mensagens de aconselhamento, ordem e 
também aquelas com cunho didático. É comum o uso de verbos no imperativo, mostrando que a 
pessoa que dá a mensagem tem a intenção de convencer, influenciar, ensinar o receptor.
Função metalinguística:
Neste tipo de função da linguagem, temos um foco no código da mensagem, ou seja, a linguagem 
fala sobre a própria linguagem. A função metalinguística tem o intuito de explicar alguma coisa, 
utilizando uma linguagem autoexplicativa.
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Intertextualidade
A intertextualidade ocorre quando um texto está inserido em outro texto, podendo acontecer de
maneira implícita (sem citação expressa da fonte) ou explícita (quando há citação da fonte do
intertexto). Pensemos na estrutura da palavra intertextualidade: o sufixo inter, de origem latina,
refere-se a uma noção de relação, dependência. Dessa forma, podemos dizer que a
intertextualidade acontece quando os textos conversam entre si, estabelecendo assim
uma relação dialógica, representada em citações, paródias ou paráfrases:
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Variações Linguísticas
• Estilo
As variações linguísticas do tipo “estilo” estão, normalmente, relacionadas à situação de uso da
língua. Um exemplo claro disso é a distinção entre linguagem formal e linguagem informal.
Lembre-se de que um sinônimo de formal é culto e de informal é coloquial.
A linguagem formal (ou culta) segue as regras prescritas na gramática normativa. É a variante
ensinada na escola e é aquela usada em contextos formais, como entrevistas de emprego, textos
jornalísticos, redações de concursos, entre outros.
Já a linguagem informal (ou coloquial) é aquela utilizada de maneira mais espontânea e no
cotidiano dos falantes. Ela é utilizada em situações comunicativas mais informais, como nos
diálogos entre amigos, familiares, entre outras situações.
Um exemplo de uso da linguagem informal é a mistura da 2ª com a 3ª pessoa do singular; ou
também o uso de “a gente” em vez de “nós”.
Além disso, é um recurso utilizado em tirinhas para demonstrar o contexto em que os
personagens estão inseridos de acordo com a região, idade e até qual trabalho ele pertence.
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Relações Discursivas
Dentre os assuntos importantes que fazem parte de provas de Língua Portuguesa de concursos,
sempre está o tópico de "relações lógico-discursivas estabelecidas entre parágrafos, períodos ou
orações". Este assunto é ligado a interpretação de texto da questão e à substituição de termos
vinculados às expressões originais (sem que haja mudança de contexto).
Causalidade
A causalidade é aquela que representa o motivo, a causa, pela qual uma ação aconteceu. A
principal conjunção utilizada é o ‘porque’, entretanto, no próprio texto pode não haver uma
conjunção e aí será necessário compreender o sentido de causa e efeito por si só, conforme o
contexto. Exemplo: "Porque/como/visto que estava doente, fui na farmácia".
Consequência
É o efeito que é declarado na oração principal. Geralmente, utiliza-se apenas a conjunção ‘que’ para
exprimir essa relação, como em: "Estava com tanta sede que bebi muitos litros de água".
Condição
As relações condicionais são aquelas que expressam uma imposição para que algo aconteça. É
necessário impor para que seja realizado ou não. A conjunção mais conhecida da condição é a
partícula ‘se’, que já indica a probabilidade. Exemplo: "Se todo mundo concordar, libero a festa".
Concessão
Tenha em mente a palavra contraste, porque é esse tipo de simbologia que essa relação lógica-
discursiva oferece. É na concessão que acontece contradição, por exemplo, nesta frase: "Eu irei,
mesmo que ela não vá".
Comparação
Para essa relação, utiliza-se muito a conjunção ‘como’, para estabelecer uma comparação entre os
elementos e pelas ações que serão proferidas na oração principal. Olhe um exemplo: "Ele come
como um leão". Mesmo que haja uma metáfora inserida, a comparação ainda existe
metaforicamente.
Conformidade
A conformidade é aquela relação em que só poderá realizar um fato se seguir uma regra, uma
norma, conforme como se pede. Pode-se utilizar “Segundo”, “De acordo”, “Conforme”.
Exemplo: "Conforme foi dito, realizei a tarefa".
Temporalidade
É no tempo que conseguimos exprimir as noções de posterioridade e anterioridade, além de
simultaneidade. É o fato que pode expressar essa causa de tempo, que geralmente está
acompanhado pela expressão ‘quando’. Por exemplo: "Sempre que acontece isso, você fica assim"
(expressa a condição do tempo, do que aconteceu).
Finalidade
A finalidade é aquilo que você responde: qual o objetivo da ação? A onde você quer chegar?
Através da construção ‘a fim de que’, ‘para que’, você consegue exprimir essa relação lógica-
discursiva, como acontece no período a seguir: "Fui viajar, para que pudesse esquecer de você"
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Efeitos de sentido:
Muitas vezes utilizamos recursos para expressar algum sentido além do óbvio. Esses recursos são
chamados de efeitos de sentido e podem ser construídos por meio do duplo sentido, da
ambiguidade, da ironia e do humor.
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Resoluções de questões
• Função da linguagem:
1)Numere a coluna B pela coluna A de acordo com a função da linguagem correspondente.
COLUNA A
I. Conativa
II. Emotiva.
III. Fática.
IV. Metalinguística.
COLUNA B
( ) Centrada no receptor predomina nos textos que privilegiam a persuasão ou o convencimento 
do receptor a uma mudança de comportamento.
( ) Centrada no canal predomina nos textos que privilegiam o favorecimento ou a manutenção do 
contato comunicativo.
( ) Centrada no emissor predomina nos textos que privilegiam a expressão das emoções e dos 
sentimentos do emissor.
( ) Centrada no código predomina nos textos que privilegiam as referências à própria linguagemutilizada.
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
A) II – IV – III – I.
B) I – III – IV – II.
C) III – II – IV – I.
D) IV – I – II – III.
E) I – III – II – IV.
Gabarito: letra E
FUNÇÃO APELATIVA OU CONATIVA
convencer, persuadir -> receptor.
Conativa = convencer
FUNÇÃO FÁTICA
Linguagem empregada para estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação.
FUNÇÃO EXPRESSIVA OU EMOTIVA
Sentimentos/emoções -> receptor
Presença de interjeições, ponto de exclamação, reticências.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
O emissor explica um código usando o próprio código;
Exemplos: gramática, dicionário.
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Resoluções de questões
• Tempo presente do indicativo:
2) (FCC -2013) esta vida é uma viagem / pena eu estar / só de passagem
O segmento em destaque nos versos acima transcritos equivale a: que eu
A) Estivera
B) Esteja
C) Estaria
D) Estivesse
E) Estava
Gabarito: letra B
Preste atenção na conjunção “que”. Ela força a flexão do verbo em relação ao modo 
e ao tempo. A primeira oração conta com o tempo presente do indicativo “é”, por 
isso, o infinitivo “estar” da frase deve se flexionar no tempo presente do subjuntivo: 
esteja.
• Forma verbal:
3) (2019/FCC/SABESP/) O transporte do café mais rápido e barato incentivou a 
produção. (5° parágrafo)
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será
A) havia incentivado.
B) incentiva-se.
C) É incentivado.
D) Foi incentivado.
E) Foi incentivada.
Gabarito: letra E
Voz passiva: um dos assuntos recorrente cobrado.
Na voz passiva analítica o objeto direto vira sujeito e o sujeito torna-se o agente da 
voz passiva. Lembre-se de que é necessário manter a conjugação.
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Resoluções de questões
• Pronomes
4) (VUNESP) Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português
Extremamente culto e correto que é falado pelos personagens da novela. Com
frases que parecem retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais
banais, os personagens se expressam de maneira correta e erudita.
Considere as passagens:
• ... os personagens se expressam de maneira correta e erudita.
• Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim...
• “... para que o telespectador consiga se sentir em outra época”...
Os pronomes, em destaque, assumem nos enunciados, correta e respectivamente,
os sentidos:
(A)reflexivo, demonstrativo e enfático.
(B) reflexivo, possessivo e reflexivo.
(C) recíproco, reflexivo e reflexivo.
(D) reflexivo, enfático e possessivo.
(E) recíproco, possessivo e reflexivo.
Gabarito: letras B
Vamos começar pelo pronome “lhe”, o qual não é demonstrativo, nem reflexivo,
nem enfático. Ele pode ter valor possessivo, isto é, Jayme Monjardim compartilhou
o seu sentimento. Assim, eliminamos as alternativas (A), (C) e (D).
As alternativas (B) e (E) apontam que a última ocorrência de “se” é reflexiva. Assim,
resta observarmos, de acordo com o fragmento do texto, se a primeira ocorrência
do pronome “se” é reflexivo ou recíproco. Para haver a reciprocidade, deve haver a
ação de um e a resposta a ele na mesma medida, no mesmo ato, como ocorre no
abraço, no aperto de mão, no cumprimento em geral, por exemplo. Pelo contexto,
não entendemos que um personagem expressa para outro e este expressa para o
primeiro. O que entendemos é que os personagens se expressam (para o público) de
maneira correta e erudita. Assim, cabe o valor reflexivo do pronome “se”, e não
recíproco, e a alternativa (B) é a correta.
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Resoluções de questões
• Colocação Pronominal
(VUNESP) Assinale a alternativa que atende a norma-padrão de colocação 
pronominal. 
(A) Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do 
mundo, recorri à frase: – ” Ó universo, eu sou-te. 
(B) Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou 
artísticos. 
(C) Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o 
intransitivo de identificação na frase. 
(D) Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na 
frase: – ” Ó universo, eu sou-te. 
(E) A prosódica, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo.
Gabarito: letra B
A alternativa A está errada, pois não cabe Ênclise no particípio. Assim, a forma
correta é “Tendo-me referido” ou “Tendo me referido”.
A alternativa (B) é a correta, pois não se pode iniciar frase com pronome átono.
Assim, a Ênclise foi obrigatória.
A alternativa C está errada, pois não cabe Ênclise
com verbo no futuro do pretérito do indicativo. O ideal é a mesóclise: “juntar-se-
iam”.
A alternativa D está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
átono. Assim, a ênclise é obrigatória: “Consubstancia-se”.
A alternativa E está errada, pois o advérbio “já” é palavra atrativa e força a
próclise: “já o disse”.
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Resoluções de questões
• Classe gramatical
5) (UNESC) Na frase "Ser feliz sem motivo É a MAIS autêntica forma de felicidade.",
as palavras destacadas são, respectivamente:
A) Conjunção, advérbio.
B) Verbo, preposição.
C) Conjunção, preposição.
D) Advérbio, conjunção
E) Verbo, advérbio.
Gabarito: letra E
É- verbo ser
Mais - advérbio de intensidade.
Mas como saber se esse "mais" é advérbio de intensidade ou pronome ?
Lembrem-se que advérbio se relaciona com verbo, advérbio e adjetivo. Já o 
pronome se liga a um substantivo. Logo, fica fácil saber a diferenciar.
".... a MAIS autêntica forma de felicidade"
temos o substantivo "forma", o artigo "a", o adjetivo "autêntica". O "mais" está se 
relacionando com o adjetivo "autêntica". Logo, trata-se de um advérbio.
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Resoluções de questões
• Forma verbal
6) (UNESP) Na frase “Estima-se que muitas pessoas sofram algum transtorno 
psíquico durante a pandemia.”, a forma verbal sublinhada está no modo:
Alternativas:
A)infinitivo.
B)particípio.
C)imperativo.
D)subjuntivo.
E)indicativo.
Gabarito letra D
Uma das formas de descobrir o subjuntivo é utilizar a conjunção " que"
que muitas pessoas sofram.
Não esqueça:
é usado para transmitir um acontecimento irreal, hipotético ou desejado, ou seja, 
de possível realização, mas ainda incerto. Por conta disso, o “estima-se auxilia a 
resolver também a questão.
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Resoluções de questões
• Forma verbal
7) (ACCESS) Em meus filhos e netos, vejo com surpresa a repetição de um jeito de 
falar...”
Na frase acima, a forma verbal destacada está flexionada no presente do indicativo. 
Se passarmos essa frase para o pretérito perfeito do indicativo a forma verbal 
correta será:
A) vira
B) visse
C) Vir
D) vi
E) Veja
Gabarito: letra D
a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
b) Pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) Futuro do subjuntivo.
d) Pretérito perfeito do indicativo.
e) Presente do subjuntivo.
Quando está no pretérito perfeito, a ação aconteceu em determinado momento, 
tendo o seu início e o seu fim no passado.
Frases com verbos no pretérito perfeito do indicativo
Na terça-feira eu visitei meus avós paternos.
Os alunos aprenderam essa matéria na semana passada.
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Resoluções de questões
• Forma verbal
8) (IESES) Considerando que uma oração subordinada adverbial temporal é aquela 
que expressa tempo, assinale a alternativa que apresenta um exemplo desse tipo de 
oração.
A) É necessário que ela estude português.
B) Só desejo uma coisa: que tenha um ano maravilhoso.
C) Mal chegamos, ele já entrou na piscina.
D) Luisa caiu e quebrou a perna.
Gabarito: letra C
a) É necessário que ela estude português.
Incorreto. A oração "que ela estude português" é subordinada substantiva subjetiva, 
ou seja, exerce a função de sujeito;
b) Só desejo uma coisa: que tenha um ano maravilhoso.
Incorreto. A oração após os dois-pontos é subordinada substantiva apositiva, ou 
seja, exerce função de aposto;
c) Mal chegamos, ele já entrou na piscina.
Correto. A oração "mal chegamos" denota tempo;
d) Luisa caiu e quebrou a perna.
Incorreto. Orações temporais são subordinadas adverbiais. No período acima, há 
coordenação, de modo que o sentido temporal não existe.
Mal é tipicamente um advérbio de modo, quando expressa tempo é equivalente as 
conjunções "assim que""logo que". Portanto a frase fica assim: 
Assim que chegamos, ele entrou na piscina
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Resoluções de questões
• Semântica
9) (IESES)Para responder à questão, leia o fragmento abaixo, extraído do conto 
Amor, de Clarice Lispector.
No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um 
lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, 
com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem 
casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua 
juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos 
poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, 
encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha 
— com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar 
estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes 
se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim 
compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.
Sabendo que as palavras dentro de um contexto podem assumir vários sentidos, 
em Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, os termos 
sublinhados apresentam sentido:
A) Conotativo.
B) Denotativo.
C) Paronímico.
D) Homonímico.
Gabarito: letra A
Denotação: Uso da palavra com o seu sentido original (Sentido literal)
D = sentido do Dicionário.
Conotação: Uso da palavra com um sentido diferente do original, criado pelo 
contexto (Sentido figurado) 
Ex: Aquele homem está uma fera.
Lembrando que é comumente usado em poesias e textos literários.
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Resoluções de questões
• Regência Verbal
10) (UNIP) Quando repeti isto, pela terceira vez, pensei no seminário, mas como se 
pensa em perigo que passou, um mal abortado, um pesadelo extinto; todos os meus 
nervos me disseram que homens não são padres. (Machado de Assis)
Na frase acima, os verbos destacados são:
A)Transitivo direto – transitivo indireto – intransitivo
B)Transitivo direto – transitivo direto – transitivo direto
C)Transitivo indireto – intransitivo – transitivo direto
D)Intransitivo – intransitivo – intransitivo
E)Intransitivo – transitivo direto – transitivo direto
Gabarito: letra A
a) Transitivo direto – transitivo indireto – intransitivo.
Repeti - o complemento do verbo não exigiu preposição, mas sim um objeto direto.
Pensei - o complemento do verbo exigiu preposição (Em que o sujeito
pensou? no seminário).
Passou - não necessita de complemento, logo é intransitivo.
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Resoluções de questões
• Concordância Verbal
11) (VUNESP, 2019) Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-
padrão de concordância verbal.
a) O primeiro problema enfrentado por Mauricio de Sousa foi o fato de seus 
personagens serem todos homens, não haviam mulheres.
b) Mauricio de Sousa não gostou dos significados encontrados no dicionário, que 
não dizia respeito àquilo que ele pensava de si mesmo.
c) As mulheres sentiam-se representadas pela Mônica e, como os leitores haviam 
pedido, a menina acabou se tornando a dona da rua.
d) Já faziam dez anos que Cebolinha tinha sido criado, quando a primeira revista da 
Mônica surgiu em 1970 e foi 200 mil exemplares nessa tiragem.
e) Além de Cebolinha, surgiu vários outros personagens da Turma da Mônica que 
fizeram muito sucesso com o público em geral.
Gabarito: Letra C
A letra A usa incorretamente o verbo “haver”, uma vez que, quando exprimir 
sentido existencial, ele será impessoal e, como consequência, flexionado na terceira 
pessoa do singular. 
A letra B está errada, dado que o pronome relativo “que” retoma o termo plural 
“significados”, de modo que a concordância deveria, também, se fazer com a forma 
plural do verbo “dizer”.
Resposta correta – Letra C. A assertiva está correta, pois o verbo “haver” não 
apresenta valor existencial, de forma que será pessoal, flexionando-se conforme o 
sujeito da ação – “leitores”. 
A letra D faz emprego incorreto do verbo “fazer”, pois, por expressar sentido de 
tempo decorrido, ele será impessoal, ou seja, sempre flexionado na terceira pessoa 
do singular. Finalmente, a letra E erra ao usar o verbo “surgir” no singular, já que o 
sujeito “vários outros personagens” se encontra na forma plural.
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Resoluções de questões
• Regência Nominal
12) (IESES ) Qual dos termos abaixo apresenta a mesma regência da palavra 
“análogo”?
A) Afável
B) Benéfico
C) Capaz
D) Diferente
E) Impróprio
Gabarito: letra B
A palavra “benéfico” tem a mesma regência de “análogo”, ou seja, é seguida da 
preposição “a”. Portanto, algo é “análogo a” ou “benéfico a”. Os demais termos 
possuem as seguintes regências:
“afável - com, para com”
“capaz - de, para”
“diferente - de”
“impróprio - para”.
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Resoluções de questões
• Conjunções Subordinativas
13) (IMPARH) Considere as seguintes frases:
I- Paulo é tão corajoso quanto um leão.
II- Paulo é tão corajoso que não se esquiva de nada.
III- Desde que o insultaram, Sílvio ficou de mau humor.
IV- Desde que não o provoquem, Sílvio não revida.
As conjunções/locuções subordinativas adverbiais das frases acima classificam-se, 
respectivamente, como
A) comparativa, concessiva, condicional e condicional
B)comparativa, consecutiva, temporal e condicional.
C)consecutiva, comparativa, concessiva e temporal.
D)condicional, consecutiva, temporal e concessiva.
Gabarito: letra B
I) Tão/quanto. Aqui temos o exemplo de conjunção comparativa.
II) Tão/que. Nessa frase temos a conjunção consecutiva.
III) Desde que marca bem a conjunção temporal, marcando o momento de um 
evento ocorrido.
IV) Desde que aqui faz a função da conjunção condicional pois dá ao outro a 
condição necessária para que seja realizada ou não o fato principal.
Referências
BARROS, Diana Pessoa de. A comunicação humana. In: FIORIN, José Luiz. (org.) et 
al. Introdução à Linguística. 6.ed. 7ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2019. 
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 39ª 
edição,2019. 
BORBA, Francisco da Silva. Pequeno vocabulário de linguística moderna. São Paulo: Global 
Editora; 3ª edição, 2011.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª ed. São Paulo: Companhia 
Editora Nacional. 2009. 696 p.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 6ª ed. Rio de Janeiro: 
Lexikon, 2013. 800 p.
VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Editora Global. São Paulo: 2009. 
ALVES, Ieda Maria.

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